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Vazões máximas em pequenas bacias urbanas (Método Racional): Para bacias de drenagem que não apresentam complexidade e que tenham áreas de drenagem inferiores a aproximadamente 2 Km², é recomendado que a descarga de projeto seja analisada pelo denominado método racional. Expressão do método racional Onde: Q Vazão de pico do escoamento superficial direto (ESD) em m³/s; C coeficiente adimensional, chamado de coeficiente de ESD (“runoff”), isto é, a relação entre o volume de ESD e o volume precipitado; I Intensidade média da chuva, em mm/h, para uma duração da chuva igual ao tempo de concentração da bacia em estudo. Este tempo é, usualmente, o requerido pela água para escoar desde o ponto hidraulicamente mais remoto da bacia até o ponto de controle (local de interesse); A Área da bacia em Km². Coeficiente de escoamento superficial direto (coeficiente de runoff): coeficiente de escoamento superficial para a subárea i, adimensional; subárea considerada; área total considerada. Valores de C adotados pela Prefeitura de São Paulo (Wilken,1978) Descrição da área Área (m²) C C x A Subúrbios com alguma edificação: áreas de arrabaldes e subúrbios com pequena densidade de construção 13.856,21 0,2 11.862,47 19.717,53 18.729,97 7.008,62 Edificações com muitas superfícies livres: áreas residenciais com ruas macadamizadas ou pavimentadas 6.504,55 0,3 5.039,20 3.241,28 7.051,50 Edificações com poucas superfícies livres: áreas residenciais com construções cerradas e ruas pavimentadas 3.677,46 0,55 19.599,29 2.064,18 7.422,41 5.119,98 2.776,75 9.482,06 5.092,23 Matas, parques e campos de esportes: áreas rurais, verdes, superfícies arborizadas, parques ajardinados e campos de esporte sem pavimentação 5.374,78 0,1 537,48 TOTAL 117.119,51 37.038,43 Coeficiente C da bacia 0,316 Tempo de concentração (tc): Equação SCS - método cinemático Smedema e Rycroft (1983) salientam que o tempo de concentração pode ser obtido dividindo-se a distância percorrida pelo escoamento superficial pela velocidade do escoamento. em que tempo de concentração, min; distância percorrida no trecho considerado, m; e velocidade média no trecho considerado, m/s. Velocidade de escoamento (m/s) em função da declividade (%) e do tipo de cobertura: 1º Trecho: 2º Trecho: Intensidade: Intensidade é a quantidade de chuva que ocorre na unidade de tempo adotada, para uma dada frequência e com uma duração igual ao tempo de concentração. Onde: intensidade máxima média de precipitação (mm/h); T período de retorno esperado para a precipitação (anos); t duração da precipitação (minutos); K, a, b, c coeficientes relativos a cada localidade. No caso de Manhumirim, os parâmetros da equação são os seguintes (retirados do software Plúvio2.1): K = 1182,366 a = 0,141 b = 14,695 c = 0,789 Para um período de retorno T = 5 anos e inicialmente adotando um , temos: Vazão dos pontos de interesse: Cálculo da capacidade de condução hidráulica das ruas e sarjetas: A capacidade de condução das ruas e sarjetas será calculada considerando a água escoando por toda a calha da rua. Seção transversal da rua: Área molhada, perímetro molhado e raio hidráulico de uma estrutura de drenagem de seção transversal triangular: Com estes dados a verificação da vazão máxima escoada pode ser calculada utilizando a equação de Manning: Onde: vazão escoada pela sarjeta m³/s; área da seção na sarjeta, m²; raio hidráulico, m; declividade longitudinal da rua, m/m; coeficiente de Manning que, para concreto liso, pode-se adotar o valor de 0,018. É importante que se atente para o fato de que, quando a vazão calculada for maior do que a capacidade da sarjeta, é necessário que se utilizem as bocas-de-lobo para retirar o excesso, evitando assim que se causem os transtornos anteriormente mencionados. Fator de redução de escoamento das sarjetas: Vazão da precipitação do trecho: Onde: Vazão de pico do escoamento superficial direto (ESD), no trecho, em m³/s; C coeficiente adimensional, chamado de coeficiente de ESD (“runoff”), isto é, a relação entre o volume de ESD e o volume precipitado; I Intensidade média da chuva, em mm/h, para uma duração da chuva igual ao tempo de concentração da bacia em estudo. Este tempo é, usualmente, o requerido pela água para escoar desde o ponto hidraulicamente mais remoto da bacia até o ponto de controle (local de interesse); A Área da bacia em Km². Cálculo da capacidade de engolimento das bocas-de-lobo: As bocas de lobo são elementos de recolhimento de água nas sarjetas, de forma a conduzi-la para as galerias e tubulações subterrâneas. As bocas de lobo podem ser de guia, de grelha, com fenda, combinada, com ou sem depressão, simples ou múltipla. A capacidade de “engolimento” de bocas de lobo pode ser estimada através das seguintes fórmulas: Boca de lobo de guia ( ≤ h): Quando a água acumulada sobre a boca de lobo gera uma lâmina inferior a da altura da abertura na guia (h), a boca de lobo funciona como um vertedouro. Onde: capacidade de “engolimento” da boca de lobo (m³/s); comprimento de abertura da guia (m); altura da lâmina d’água imediatamente antes da abertura da guia (m). Boca de lobo de grelha ( ≤ 12 cm): Para essa profundidade a boca de lobo funciona com um vertedouro de soleira livre com equação semelhante à do item a, porém com L sendo substituído pelo perímetro da boca de lobo. Caso um dos lados da boca de lobo seja adjacente à guia, esse lado deve ser suprimido do perímetro. Onde: capacidade de “engolimento” da boca de lobo (m³/s); comprimento do perímetro da boca de lobo (m); altura da lâmina d’água imediatamente antes da abertura da guia (m). Boca de lobo combinada: A capacidade de “engolimento” das bocas de lobo combinadas é aproximadamente a soma das capacidades de “engolimento” pela grelha e pela abertura da guia, isoladamente. Por simplificação, a SUDECAP, em Belo Horizonte, adota os resultados de experiência do U.S. Army Corps of Engineers. Desta forma, tem-se: Boca de lobo de guia ( ≤ 12 cm) (simples) (dupla) Boca de lobo de grelha ( ≤ 12 cm) (simples) (dupla) Assim como nas sarjetas, a capacidade de “engolimento” das bocas de lobo é, normalmente, menor que a capacidade teórica, devido à obstrução causada por detritos, irregularidades nos pavimentos e alinhamento real, entre outros motivos. Desta forma, na tabela a seguir, são propostos alguns coeficientes de redução da capacidade de “engolimento” das bocas de lobo para segurança. Parcela da guia ( ≤ 12 cm) (dupla) Boca da grelha ( ≤ 12 cm) (dupla) Aplicando o fator de redução, temos: Cálculo das bocas-de-lobo do trecho 1: Como para o trecho 1 temos três conjuntos compostos de uma boca de lobo dupla combinada (guia + grelha), cada, conforme o Padrão de Boca-de-lobo SUDECAP, temos: Cálculo das bocas-de-lobodo trecho 2: Como para o trecho 2 temos dois conjuntos compostos de uma boca de lobo dupla combinada (guia + grelha), cada, conforme o Padrão de Boca-de-lobo SUDECAP, temos: Cálculo da capacidade de condução das galerias: Equação de Manning: Onde: vazão escoada pela galeria, m³/s; área da seção na sarjeta, m²; raio hidráulico, m; declividade longitudinal da rua, m/m; coeficiente de Manning que, para tubos de PEAD, pode-se adotar o valor de 0,010. Cálculo das galerias do trecho 1: Para tubos circulares trabalhando com a seção plena, temos: Cálculo da velocidade de escoamento do trecho 1: Através da tabela, com a relação , obtemos a relação Cálculo das galerias do trecho 2: Cálculo da velocidade de escoamento do trecho 2: Através da tabela, com a relação , obtemos a relação 1 Rua Duarte Peixoto, 57 – Coqueiro – Tel.: (33) 3331-1557 | 3331-5407 – CNPJ: 03.865.832/0001-69 – contato@vertenteengenharia.com.br – Manhuaçu|MG
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