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(Questões 01 – 90) CONHECIMENTOS GERAIS 26.05.2019 VESTIBULAR 2019 Nome do candidato Número de matrícula Assine com caneta de tinta preta a Folha de Respostas apenas no local indicado. Esta prova contém 90 questões objetivas e terá duração total de 4h30. Para cada questão, o candidato deverá assinalar apenas uma alternativa na Folha de Respostas, utilizando caneta de tinta preta. Encontra-se neste caderno a Classificação Periódica, a qual, a critério do candidato, poderá ser útil para a resolução de questões. O candidato somente poderá sair do prédio depois de transcorridas 1h, contadas a partir do início da prova. Ao final da prova, antes de sair da sala, entregue ao fiscal a Folha de Respostas. MEDICINA QUESTÃO 1 “[...] Quando há problema tribal, não vale a pena pensar quem é que tem a culpa. Se duma vez foi um que provocou, é porque antes o outro tinha provocado. Quem nasceu pri- meiro, a galinha ou o ovo? É assim com o tribalismo.” Como o autor se posiciona frente ao tribalismo? (A) Utiliza questionamento antigos e insistente para explicar a questão do tribalismo; (B) Defendendo que as questões da tribo precisam ser resol- vidas; (C) Defendendo as relações que são resultados das socieda- des tradicionais; (D) Mostrando indiferença ao assunto que não lhe convém; (E) Dando uma solução prática para o fim dos conflitos. QUESTÃO 2 “Do tipo que não sai de casa sem abrir seu kit de maquiagem infantil e passar batom (no momento, favorece o vermelho), Luana (3 anos) fez a mãe ir de loja em loja atrás de um ves- tidinho preto para seu aniversário.” A referência a cores do vestuário envolve, muitas vezes, uma combinação de tonalidades expressas por palavras simples ou compostas. Nas frases a seguir, analise a flexão das pa- lavras em destaque: 1. Os últimos desfiles comprovam que os estilistas deram preferência às cores cítricas, e roupas amarelas-limões foram as que mais receberam vaias. 2. As jaquetas cinza e os casacos pretos foram os itens mais aplaudidos. 3. As revistas e jornais especializados em moda destacaram os macacões azul-marinho, em oposição às cores vivas. 4. Blusas rosa-choque foram moda há décadas e parecem estar novamente em alta. 5. E você, o que acha de roupas azuis-piscinas com deta- lhes roxos-berinjelas? Estão corretas as frases: (A) 1 – 2 – 5; (B) 2 – 3 – 4; (C) 1 – 2 – 3; (D) 3 – 4 – 5; (E) 1 – 3 – 4. QUESTÃO 3 A alternativa que mostra inadequação entre cognatos é: (A) Terra – aterrorizar; (B) Lei – legalizar; (C) Acordo – acordar; (D) Temor – atemorizar; (E) Homem – humanizar. QUESTÃO 4 Observe as orações: I. Tomou meio litro de leite. II. Foi o sétimo colocado na corrida. III. No novo emprego, ele passou a ganhar o dobro. IV. No último sorteio da loteria, ele arriscou um palpite triplo. V. Comprou doze doces pelo preço de dez. Assinale a alternativa que apresenta a classificação correta quanto aos numerais utilizados. (A) I – fracionário; II – multiplicativo; III – ordinal; IV – cardinal; V- fracionários; (B) I – ordinal; II – multiplicativo; III – ordinal; IV – cardinal; V- fracionários; (C) I – fracionário; II – ordinal; III – ordinal; IV – ordinais; V- cardinais; (D) I – fracionário; II – ordinal; III – multiplicativo; IV – multipli- cativo; V- cardinais; (E) I – multiplicativo; II – multiplicativo; III – multiplicativo; IV – cardinal; V- cardinais; QUESTÃO 5 Depressão não é tristeza? A teoria tradicional diz que a depressão é uma deficiência de serotonina um neurotransmissor relacionado a unções como o humor, o sono e o apetite – e, para combatê-la, tudo o que os antidepressivos fazem é aumentar a quantidade dessa substância no cérebro. Mas duas questões nessa teoria intri- gam os cientistas há algum tempo. A primeira é que, pouco depois de tomar esses remédios, o cérebro já está cheio de serotonina e, no entanto, nada acontece. O segundo é que os efeitos esperados só vão aparecer um mês depois. Um mês é exatamente o tempo que o cérebro leva para produzir novos neurônios e fazê-los funcionar. Foi daí que se suspei- tou que existe uma relação entre a depressão e a queda na produção de novas células no cérebro. Outros indícios reforçaram a hipótese: o estresse – um dos principais fatores que desencadeiam a depressão – também inibe a neurogênese, como se o cérebro estivesse mais pre- ocupado em sobreviver ao fator estressante que em produzir neurônio para o futuro. Mas a primeira evidência concreta veio em 2000, quando cientistas americanos mostraram que os principais tratamentos antidepressivos aumentam a neu- rogênese em ratos adultos. No ano seguinte, percebeu-se também que bloquear o nascimento de neurônios tornava ineficazes os antidepressivos. Agora a esperança é encon- trar uma forma de estimular a neurogênese e, com isso, ali- viar a depressão. Ao que indicam esses estudos, essa do- ença pode não ser só um estado de tristeza, mas, sim, o efeito da falta de neurônios novos e da consequente perda da habilidade de se adaptar a mudanças. (SUPERINTERESSANTE São Paulo: Abril, v.229,ago.20006.p.50.) 3 Nos textos, substantivos podem ser retomados por pronomes ou por outro substantivo com o qual guarda algum relação de sentido. Releia os trechos a seguir e escolha a alternativa que apresenta a relação correta em relação a qual termos os substantivos destacados referem-se: I. “...os antidepressivos fazem é a aumentar a quantidade dessa substância no cérebro.” II. “...A primeira é que, pouco depois de tomar esses remé- dios, o cérebro já está cheio de serotonina...”; III. “...Um mês é exatamente o tempo que o cérebro leva para produzir novos neurônios e fazê-los funcionar...” IV. “...para combatê-la, tudo o eu os antidepressivos azem é aumentar a quantidade dessa substância no cérebro...” (A) I – antidepressivo; II – antidepressivos; III – neurônios; IV - depressão / serotonina; (B) I – serotonina; II – neurônios; III – antidepressivos; IV - primeira / serotonina; (C) I – serotonina; II – antidepressivos; III – neurônios; IV - depressão / serotonina; (D) I – neurônio; II – antidepressivos; III – neurônios; IV - se- rotonina / depressão; (E) I – serotonina; II – neurônios; III – antidepressivos; IV - problemática / serotonina. QUESTÃO 6 Observe a construção do texto a seguir “...nuvens brancas passam em brancas nuvens” (LEMINSKI, Paulo. Caprichos & relaxos. São Paulo: Brasiliense, 1983.) Todas as afirmações estão corretas, exceto: (A) “Nuvens brancas” significam nuvens da cor do leite, da neve; (B) “Brancas nuvens” significam momentos cercados de faci- lidade, de conforto, de alegria, sem sofrimento; (C) Sempre que se muda o adjetivo de lugar, não há mudança no sentido do substantivo; (D) A mudança de posição do adjetivo brancas foi o recuso que o poeta utilizou para provocar a alteração de sentido; (E) O autor faz um jogo de palavras utilizando o mesmo adje- tivo e substantivo. QUESTÃO 7 Pai, afasta de mim esse cálice! Pai, afasta de mim esse cálice! Pai, afasta de mim esse cálice! De vinho tinto de sangue. Como beber dessa bebida amarga, Tragar a dor, engolir a labuta, Mesmo calada a boca, resta o peito, Silêncio na cidade não se escuta. De que me vale ser filho da santa, Melhor seria ser filho da outra, Outra realidade menos morta, Tanta mentira, tanta força bruta. (www.uol.com.br/chicobuarque/ ) Considera-se rima a identidade ou semelhança de sons em lugares determinados dos versos; portanto, nota-se nas li- nhas pares da segunda estrofe de “Cálice”, que o único verso que não está de acordo com essa definição é: (A) Como beber dessa bebida amarga; (B) Melhor seria ser filho da outra; (C) Silêncio na cidade não se escuta; (D) Tanta mentira, tanta força bruta; (E) De que me valeser filho da outra. QUESTÃO 8 Dedicatória (l,6-18) 6 E vós, ó bem nascida segurança Da lusitana antiga liberdade, E não menos certíssima esperança De aumento da pequena Cristandade, Vós, ó novo temor da Moura lança, Maravilha fatal da nossa idade, Dada ao mundo por Deus, eu todo o mande, Pera do mundo a Deus dar parte grande. (...) 11 Ouvi: que não vereis com vãs façanhas, Fantásticas, fingidas, mentirosas, Louvar os vossos, como nas estranhas Musas, de engrandecer-se desejosas: As verdadeiras vossas são tamanhas Que excedem as sonhadas, fabulosas, (...) 15 E, enquanto eu estes canto, e a vós não posso, Sublime Rei, que não me atrevo a tanto, Tomai as rédeas vós do Reino vosso, Dareis matéria a nunca ouvido canto. (...) CAMÕES, Luís Vaz de. Os Lusíadas. São Paulo: Klick, 1999) Camões dedica a obra ao rei D. Sebastião. Qual alternativa não se refere ao rei: (A) De engrandecer-se; (B) Segurança; (C) Maravilha fatal; (D) Sublime; (E) Novo temor; 4 QUESTÃO 9 Classifique, quanto à métrica, o nome dos versos abaixo: I. “Eis na horrível caverna que habito.” II. “Pela crista da serra assim dizendo vai.” III. “És tu, rosa da mocidade.” (A) I – hexassílabo; II – decassílabo; III – heptassílabo; (B) I – eneassílabo; II – hendecassílabo; III – hexassílabo; (C) I – eneassílabo; II – dodecassílabo; III – octossílabo; (D) I – eneassílabo; II – hendecassílabo; III – octossílabo; (E) I – octossílabo; II – heptassílabo; III – hexassílabo. QUESTÃO 10 E vós, Tágides minhas, pois criado Tendes em mim um novo engenho ardente, Se sempre em verso humilde, celebrado Foi de mim vosso rio alegremente, Dai-me agora um som alto, e sublimado, Um estilo grandioso e corrente, Porque de vossas águas Febo ordene, Que não tenham inveja às de Hipocrene. (CAMÕES, Luiz Vaz de. Os lusíadas) Observando as rimas, a alternativa que espelha o esquema rimático do poema é: (A) AB-AB-AB-CC; (B) AAA-BBB-CC; (C) ABCD – ABCD; (D) AA-BB-AA-BB; (E) ABC-ABC-DD. Leia o fragmento da novela “O invasor”, de Marçal Aqui- no (1958 - ), para responder as questões de 11 e 12 Mesmo seguindo as indicações de Anísio, demoramos um bocado para encontrar o bar, numa rua estreita e escura da Zona Leste. Um lugar medonho. Estacionei perto do que parecia ser uma fábrica abandonada, um galpão enorme e cinzento, com as paredes pichadas e vi- trôs com vidros quebrados. Alaor continuou imóvel, seguran- do a pasta no colo. Tínhamos trocado meia dúzia de frases, se tanto, no trajeto até ali. Ficamos algum tempo sentados no carro, olhando a luz ama- relada que saía da porta do bar. Vamos lá, eu disse, tirando a chave do contato e abrindo a porta. Alaor se mexeu com lentidão. Ele tinha sugerido que Anísio fosse nos encontrar na construtora, mas não topei. Achei ar- riscado: não queria que ninguém nos visse juntos. Então ali estávamos, naquele lugar sem nenhuma vocação para car- tão-postal. Fechei o carro, acionei o alarme e caminhamos até o bar, do outro lado da rua. Havia algo de melancólico no calçamento pintado de verde e amarelo, uma lembrança desbotada dos dias de jogos da Seleção na Copa. Era uma noite abafada e, apesar da distância, dava para ouvir o tráfego pesado da Radial Leste. Merecemos uma rápida avaliação dos dois sujeitos que be- biam cerveja debruçados no balcão, conversando com o ve- lho que devia ser o dono do bar. Os quatro homens que jo- gavam bilhar também nos olharam por um instante, e depois retomaram a conversa. O rádio sobre o balcão chiava um programa de músicas antigas. Anísio estava sentado a uma mesa de fórmica num dos can- tos, perto do banheiro, e acenou para nós, indicando as ca- deiras vazias. Quem é quem?, ele perguntou, enquanto apertava a minha mão. Eu sou Ivan, e ele é o Alaor. Alaor sentou-se e colocou a pasta no chão, sob a mesa. Eu e ele ficamos de costas para a porta do bar e isso me incomo- dou. Sempre gostei de ver o que acontece ao meu redor em bares, ainda mais num daqueles. (O invasor, 2002) QUESTÃO 11 Para a construção desse período narrativo, o autor se vale de procedimento no qual encontramos sequências textuais predominantemente: (A) persuasivas (B) descritivas (C) argumentativas (D) injuntivas (E) expositivas QUESTÃO 12 “Então ali estávamos, naquele lugar sem nenhuma vocação para cartão-postal” (5º parágrafo). O trecho em destaque denota que o local em que Ivan e Alaor se encontravam era (A) melancólico (B) despretensioso (C) caótico (D) poluído (E) inóspito QUESTÃO 13 Comida Titãs Bebida é água! Comida é pasto! Você tem sede de quê? Você tem fome de quê? A gente não quer só comida A gente quer comida, diversão e arte A gente não quer só comida A gente quer saída para qualquer parte 5 A gente não quer só comida A gente quer bebida, diversão, balé A gente não quer só comida A gente quer a vida como a vida quer Bebida é água! Comida é pasto! Você tem sede de quê? Você tem fome de quê? A gente não quer só comer A gente quer comer E quer fazer amor A gente não quer só comer A gente quer prazer pra aliviar a dor A gente não quer só dinheiro A gente quer dinheiro E felicidade A gente não quer só dinheiro A gente quer inteiro e não pela metade Diversão e arte Para qualquer parte Diversão, balé Como a vida quer Desejo, necessidade, vontade Necessidade, desejo, eh! Necessidade, vontade, eh! Necessidade (Compositores: Arnaldo Augusto Nora Antunes Filho/ Sérgio De Britto Alvares Affonso/Marcelo Fromer) Note que as expressões: “A gente quer” e “A gente não quer” são usadas com frequência no texto. A alternativa que faz referência ao uso dessas expressões está devidamente pre- sente em: (A) Na linguagem coloquial essas expressões nunca costu- mam ser usadas. (B) O sentido não seria alterado se substituíssemos as ex- pressões pelo pronome pessoal reto nós, mudando so- mente a conjugação verbal. O pronome nós deveria, no caso, ser utilizado com o verbo conjugado na primeira pessoa do plural, já a expressão “a gente” acompanhada do verbo conjugado na terceira pessoa do singular. (C) Na sentença, exercem a função de complemento verbal (objeto direto ou indireto). (D) Elas se subdividem em dois tipos: átonas, que não são antecedidas por preposição, e os tônicas, precedidas por preposição. (E) Nós é uma locução pronominal que pode substituir as ex- pressões: “a gente quer” e “a gente não quer” , sem preju- ízo de valor, ao passo que a gente é um pronome pessoal reto, de uso formal. QUESTÃO 14 “Seguindo na esteira de Platão, o poeta considera-se caído no plano humano, o mundo sensível, esmagado pelas remi- niscências do mundo inteligível, onde moram as ideias, a ver- dadeira realidade de que as coisas deste mundo são apenas lembranças ou sombras” (Massaud Moisés. A literatura portuguesa, 2008) O comentário crítico de Massaud Moisés pode ser devida- mente harmonizado à poesia de Camões, mais especifica- mente aos versos que vemos nas estrofes (A) É um não querer mais que bem querer; é um andar solitário entre a gente; é nunca contentar-se de contente; é um cuidar que ganha em se perder. (B) Mudam-se os tempos, mudam-se as vontades, Muda-se o ser, muda-se a confiança; Todo o mundo é composto de mudança, Tomando sempre novas qualidades. (C) Pede o desejo, Dama, que vos veja: Não entende o que pede; está enganado. É este amor tão fino e tão delgado, Que quem o tem não sabe o que deseja. (D) Ah! minha Dinamene! Assim deixaste Quem não deixara nunca de querer-te! Ah! Ninfa minha, já não posso ver-te, Tão asinha esta vida desprezaste! (E) Enquanto quis Fortuna que tivesse Esperança de algum contentamento, O gosto de um suave pensamento Me fez que seus efeitos escrevesse. QUESTÃO 15 “ Pane no sistema, alguém me desconfigurouAonde estão meus olhos de robô? Eu não sabia, eu não tinha percebido Eu sempre achei que era vivo [...] Pense, fale, compre, beba Leia, vote, não se esqueça Use, seja, ouça, diga Tenha, more, gaste, viva (Admirável Chip Novo – Pitty) No trecho “Pense, fale, compre, beba”, todos os verbos no modo Imperativo Afirmativo, se o sujeito dos verbos destaca- dos fossem alterados para nós e vós, ainda no mesmo modo verbal, as formas verbais seriam modificadas para: (A) Pensemos falemos compremos bebemos Pensais faleis comprais bebais (B) Pensemos falamos compramos bebemos Pensai falai comprai bebei (C) Pensemos falemos compramos bebamos Pensai falai comprai bebei (D) Pensemos falemos compremos bebamos Pensais falai comprais bebais (E) Pensemos falemos compremos bebamos Pensai falai comprai bebei 6 QUESTÃO 16 O Anjo da Morte (1851) (Foto: O Peregrino Sobre o Mar de Névoas (1818) Pintura: Horace Vernet/Reprodução) (Foto: Pintura: Caspar David Friedrich / Reprodução) Na primeira geração romântica a evasão da realidade acon- tece no tempo e no espaço. Não se pode afirmar o mesmo quando se trata da segunda geração, que buscou uma fuga para seus problemas existências de uma forma mais trágica, como na morte. Relacione as informações dadas com os quadros O Anjo da Morte e O Peregrino Sobre o mar e marque a opção que traz os comportamentos típicos do Romantismo da 2ª Geração. (A) Pessimismo – dor existencial – sofrimento – isolamento - exaltação da pátria; (B) Pessimismo – dor existencial – euforia – liberdade de cria- ção - sentimentalismo; (C) Sentimentalismo – individualismo –pessimismo– evasão no tempo e no espaço; (D) Liberdade de criação – exaltação da pátria – valorização da natureza – pessimismo; (E) Sinestesia – dualidade entre os prazeres do corpo e da espiritualidade – conflito existencial. QUESTÃO 17 Canção do exílio Minha terra tem palmeiras, Onde canta o Sabiá; As aves, que aqui gorjeiam, Não gorjeiam como lá. Nosso céu tem mais estrelas, Nossas várzeas têm mais flores, Nossos bosques têm mais vida, Nossa vida mais amores. Em cismar, sozinho, à noite, Mais prazer eu encontro lá; Minha terra tem palmeiras, Onde canta o Sabiá. Minha terra tem primores, Que tais não encontro eu cá; Em cismar, sozinho, à noite, Mais prazer eu encontro lá; Minha terra tem palmeiras, Onde canta o Sabiá. Não permita Deus que eu morra, Sem que eu volte para lá; Sem que disfrute os primores Que não encontro por cá; Sem qu'inda aviste as palmeiras, Onde canta o Sabiá. De Primeiros cantos (1847) William Roberto Cereja e Thereza (Analia Cochar Magalhães ATUAL EDITORA LTDA, São Paulo, 1997) I. “Minha terra tem palmeiras, Onde canta o Sabiá;” II. “Em cismar, sozinho, à noite, Mais prazer eu encontro lá; ” III. “Não permita Deus que eu morra, Sem que eu volte para lá; 7 Analisando o poema acima e os versos extraídos dele, con- sidere as afirmações: I. Nos versos (I), está claro que o autor expressa o naciona- lismo ufanista por meio da exaltação da natureza; II. Nos versos (II), o desejo de regressar fica evidente, pois o autor afirma que só encontra prazer em sua terra; III. Nos versos (III) o desejo de regressar fica evidente, ex- presso por palavras, pois o autor pede a Deus que permi- ta sua volta antes que morra. IV. No conjunto semântico do poema é possível perceber um eu-lírico tomado de saudades de seu país. V. O Hino Nacional Brasileiro, escrito em 1822, menciona dois versos do poema: “Nossos bosques têm mais vida, Nossa vida, (no teu seio) mais amores”. São verdadeiras as afirmações, EXCETO em: (A) Somente a I; (B) Somente a II; (C) Somente a III; (D) Somente a IV; (E) Somente a V. QUESTÃO 18 Cântico do calvário À memória de meu Filho morto a 11 de dezembro de 1863 “Eras na vida a pomba predileta Que sobre um mar de angústias conduzia O ramo da esperança. - Eras a estrela Que entre as névoas do inverno cintilava Apontando o caminho ao pegureiro. Eras a messe de um dourado estio. Eras o idílio de um amor sublime. Eras a glória, - a inspiração, - a pátria, O porvir de teu pai! - Ah! no entanto, Pomba, - varou-te a flecha do destino! Astro, - engoliu-te o temporal do norte! Teto - caíste! - Crença, já não vives![...] (...în MOISÉS, Massaud (org.) A literatura brasileira através dos textos. São Paulo: Cultrix.p.168 - fragmento) Sobre o texto acima, é CORRETO afirmar: (A) Pertence a Gonçalves Dias – 1ª geração romântica – ex- pressa o sentimento de solidão pela morte do filho quan- do estava no exílio; (B) Pertence a Casimiro de Abreu – 2ª Geração romântica- expressa o pessimismo, típico dessa fase, vivido pela morte do filho; (C) Pertence a Fagundes Varela – 2ª geração romântica – ex- pressa o pessimismo, típico dessa fase e pela perda do filho; o autor mergulho fundo no mundo interior; (D) Pertence a Castro Alves – 3ª geração romântica – poeta sensível aos problemas sócias de seu tempo e abatido pela morte do filho; (E) Não pertence à geração romântica. QUESTÃO 19 Castro Alves, escritor da 3ª fase do Romantismo, é autor da Obra O Navio Negreiro, poema abolicionista mais famoso e que faz parte do grande poema épico chamado Os Es- cravos. Essa poesia abolicionista denuncia a crueldade da escravidão e clama pela liberdade. Esse estilo declamató- rio recebe o nome de condoreirismo. O condor é um tipo de águia que sobrevoa os mais altos picos da Cordilheira dos Andes, simbolizando a liberdade. Sua obra difere do egocentrismo exagerado presente nos poemas de muitos poetas românticos. I. [...] “Senhor Deus dos desgraçados! Dizei-me vós, Senhor Deus, Se eu deliro... ou se é verdade Tanto horror perante os céus?!... Ó mar, por que não apagas Co'a esponja de tuas vagas Do teu manto este borrão? Astros! noites! tempestades! Rolai das imensidades! Varrei os mares, tufão! [...] II. [...] “Era um sonho dantesco... o tombadilho Que das luzernas avermelha o brilho. Em sangue a se banhar. Tinir de ferros... estalar de açoite... Legiões de homens negros como a noite, Horrendos a dançar [...] III. [...] “Negras mulheres, suspendendo às tetas Magras crianças, cujas bocas pretas Rega o sangue das mães: Outras moças, mas nuas e espantadas, No turbilhão de espectros arrastadas, Em ânsia e mágoa vãs! [...] Para a afirmação: “Essa poesia abolicionista denuncia a crueldade da escravidão”, o verso que mais exemplifica essa denúncia está na alternativa: (A) [...]“Negras mulheres, suspendendo às tetas” e “Magras crianças de bocas pretas” [...]( ) (B) [...]”Em sangue a se banhar” “Tinir de ferros... estalar de açoite... “ [...] (C) [...] “Senhor Deus dos desgraçados!” e “Dizei-me vós, Se- nhor Deus, Se eu deliro... ou se é verdade” [...] (D) [...]”Outras moças, mas nuas e espantadas” e “Em ânsias e mágoas vãs!”[...] (E) [...]”Horrendos a dançar” e ”No turbilhão de espectros ar- rastadas” [...] 8 QUESTÃO 20 Rococó é o termo aplicado no estudo das artes visuais ao es- tilo artístico e arquitetônico caracterizado pela leveza, graça, alegria e intimidade (...) Os caracteres mais imediatamente identificáveis do estilo são o interesse pela frágil decoração profusamente colorida, por temas mais triviais que edifican- tes e por um sentido de poesia pastoral na arte. (...) Foi ao mesmo tempo um desenvolvimento e uma reação ao pesa- do estilo Barroco, do gosto pela complexidade formal; mas à preocupação com a massa veio suceder um delicado jogo de superfícies, e as cores sombrias e pesadas dourações deram lugar a claros rosas, azuis e verdes, destacando-se também, com frequência, o branco. (Ian Chilvers (org.) Dicionário Oxford de Arte, 2007) De acordo com essa definição, pode ser considerada como representante do Rococó a obra (A)(Giotto di Bondonne. Retiro de São Joaquim entre os pastores, 1306) (B) (Sandro Botticelli. A primavera, 1478) (C) (Caravaggio. O tocador de alaúde, 1594) (D) (Jean-Honoré Fragonard. O balanço, 1766) (E) (Gustave Courbet. Bom dia, senhor Courbet, 1854) 9 Texto para as questões 21 a 25: Two books explore the evolutionary origins of morality www.economist.com (adaptado) Chimpanzees and bonobos are humanity’s closest great-ape cousins. They look almost the same as each other, share almost all their (and human) DNA and demonstrate familiar emotions and behaviour. But in an important way, they are opposites. Chimpanzees are routinely violent. Males beat up females to assert sexual dominance, fight each other and kill rivals, friends and even infants. Bonobos, by contrast, enjoy relatively peaceful lives. Where do humans lie on this spectrum of violence? Are they inherently good or bad, and how does that shape their socie- ties? Two new books offer some answers. In “The Goodness Paradox”, Richard Wrangham, an anthro- pologist at Harvard, argues that, despite impressions to the contrary, people have evolved into largely docile animals, much like bonobos. But they have maintained the ability to commit acts of planned violence and cruelty, like chimpanze- es. They are, at once, much more and much less violent than their primate cousins—the paradox of his title. Successful human societies are the focus of “Blueprint” by Nicholas Christakis, a social scientist at Yale. What sorts of behaviour make societies work, and where do they originate? He begins with shipwrecks. In 1864 two ships, the Invercauld and theGrafton, were wre- cked on opposite sides of Auckland Island, which lies almost 300 miles (480km) south of New Zealand. Survivors from both crews were on the island at the same time, but were unaware of each other’s presence. Over the year after their stranding, the 19 survivors of the Invercauld splintered into groups, of- ten left the weakest to die and even resorted to cannibalism. Only three crew members lived long enough to be rescued. In contrast, all five survivors of the Grafton eventually made it off the island. Shipwrecks, writes Mr Christakis, are good natural experiments in society-building: “survivor camps”, he says, “provide fascinating data…about how and why social order might vary, and about what arrangements are the most conducive to peace and survival.” QUESTÃO 21 De acordo com o texto, os seres humanos: (A) herdaram genes tanto dos bonobos quanto dos chimpanzés (B) apresentam evolução genética em relação aos bonobos (C) são usualmente dóceis porém capazes de atos de crueldade (D) apresentam comportamentos culturais inatos (E) capazes de agressões premeditadas QUESTÃO 22 Da leitura do quinto e último parágrafo entende-se que: (A) os sobreviventes absorveram rapidamente a cultura dos nativos (B) era comum homens lançarem-se ao mar sem a devida tecnologia (C) quanto maior o grupo maior a cooperação (D) os arranjos sociais podem diferir entre grupos (E) habilidades inatas permitem aos humanos sobreviverem sob condições difíceis QUESTÃO 23 No trecho do primeiro parágrafo “Chimpanzees and bonobos are humanity’s closest greatape cousins. They look almost the same as each other, share almost all their (and human) DNA and demonstrate familiar emotions and behaviour” o pronome THEIR refere-se: (A) aos bonobos (B) aos chimpanzés (C) aos humanos (D) aos bonobos e chimpanzés (E) a todos os primatas QUESTÃO 24 No trecho do quinto e último parágrafo “survivor camps(...) provide fascinating data…about how and why social order might vary, and about what arrangements are the most con- ducive to peace and survival”, o termo MIGHT pode ser subs- tituído sem perda de sentido por: (A) shall (B) ought to (C) must (D) could (E) had better QUESTÃO 25 No mesmo trecho da questão anterior, o termo MIGHT ex- pressa uma ideia de : (A) possibilidade (B) condição (C) consequência (D) possibilidade (E) alternância 10 QUESTÃO 26 Netflix and Suicide: The Disturbing Example of “13 Rea- sons Why” www.newyorker.com(adaptado) Netflix’s teen drama “13 Reasons Why” was born in contro- versy. The show, based on a novel by Jay Asher, from 2007, follows the suicide of a high-school girl named Hannah Baker, who recorded tapes that explain her decision to take her life. At the time of the show’s release, a host of commentators, from individual suicide survivors to the National Association of School Psychologists, pointed out that a wide array of studies has linked portrayals of suicide in the media to increases in the suicide rate. Before the show’s première, in 2017, Netflix contacted, among others, Dan Reidenberg, the executive di- rector of Suicide Awareness Voices of Education, whose ad- vice was to not release the series. “But that wasn’t an option. That was made very clear to me,” he said at the time. Netflix responded to the controversy surrounding the release of the show with bromides: “Entertainment has always been the ul- timate connector and we hope that ‘13 Reasons Why’ can serve as a catalyst for conversation.” On April 29th of this year, the Journal of the American Academy of Child and Ado- lescent Psychiatry published a report, by the National Institute of Mental Health, which provided evidence that the experts were right and Netflix was wrong. The study stated that “13 Reasons Why” was “associated with a 28.9% increase in suicide rates among U.S. youth ages 10- 17 in the month (April 2017) following the show’s release, after accounting for ongoing trends in suicide rates.” An associa- tion is not, of course, the same thing as causality. Suicide is a vastly complex phenomenon. A study from the University of Pennsylvania, published a week earlier, showed that suicide risk decreased for students who watched “13 Reasons Why” all the way to the end of Season 2. (Students who stopped in the middle were at a higher risk for suicide.) There were other events—such as the suicide of Soundgarden’s Chris Cornell, in May, 2017—that may have contributed to the spike. The study’s press release also notes that the researchers could not rule out that other, unmeasured events could have had an effect on the elevated rates, and that the increase in the suicide rate began the month before the series premièred. Da leitura do texto entende-se que: (A) há uma forte correlação entre a veiculação da série e o aumento na taxa de suicídios (B) os alertas dos especialistas foram em vão (C) a série apontou os riscos sobre a depressão adolescente (D) ambos estudos chegaram a mesma conclusão (E) não foi possível concluir sobre as relações de causa e efeito nas taxas de suicídio Leia o texto a seguir para responder às questões 27 e 28. Bengal Tigers May Not Survive Climate Change www.nytimes.com (adaptado) Climate change and rising sea levels eventually may wipe out one of the world’s last and largest tiger strongholds, scientists warned in a new study. The cats are among nearly 500,000 land species whose sur- vival is now in question because of threats to their natural ha- bitats, according to a report on Monday by the United Nations. The Sundarbans, 4,000 square miles of marshy land in Ban- gladesh and India, hosts the world’s largest mangrove forest and a rich ecosystem supporting several hundred animal spe- cies, including the endangered Bengal tiger. But 70 percent of the land is just a few feet above sea level, and grave changes are in store for the region, Australian and Bangladeshi researchers reported in the journal Science of The Total Environment. Changes wrought by a warming pla- net will be “enough to decimate” the few hundred or so Bengal tigers remaining there. QUESTÃO 27De acordo com o texto: (A) ainda existem 500.000 espécimes de tigres de Bengala (B) 4.000 milhas quadradas do santuário de Sundarbans po- dem desaparecer (C) 70% do território australiano e bangladeshi também estão em risco (D) mudanças climáticas podem dizimar a população de ti- gres (E) tratamento do meio ambiente pode evitar o desapareci- mento dos tigres QUESTÃO 28 The modal verb MAY in the title express an idea of: (A) future possibility (B) present ability (C) past hypothesis (D) low probability (E) present condition Leia o texto a seguir para responder às questões 29 e 30: Can TV Dumb You Down? Older adults who watched more than three and half hours of television a day had lower scores on tests of verbal memory Experts generally agree that watching a lot of television is bad for children. Now a new study suggests it may not be very good for adults, either. The British study, in Scientific Reports, included 3,590 people, average age 67, who were free of dementia at the start of the study. All reported their TV watching time at the study’s start. Participants took two tests. One was of verbal memory, in which they were asked to recall, after a short delay, a list of spoken words. The second was a test of semantic fluency, in which researchers timed them reciting the names of as many animals as they could. Researchers administered the tests at the start and then again six years later. They found that people who watched more than three and half hours of television a day had an average decrease of 8 to 10 percent in their verbal memory scores, compared with 11 a 4 to 5 percent decrease in those who watched less. There was no association of TV watching with semantic fluency. The study controlled for education, medical conditions, physical activity and other factors. “This is not something to worry about,” said the lead author, Daisy Fancourt, a researcher at University College London. “But if you’re watching more than three hours a day, it’s worth trying to engage in social and physical activities and things that are mentally challenging like crosswords or the arts ac- tivities.” QUESTÃO 29 De acordo com o texto: (A) recomenda-se exercícios físicos para idosos que assis- tem mais de 3 horas de TV por dia (B) 3 ou mais horas de TV por dia causam danos cerebrais irreversíveis em idosos (C) há uma queda de 5% na capacidade semântica de idosos que assistem muita TV (D) 10% dos idosos apresentaram queda na capacidade de memória após assistir TV (E) Os índices de desempenho dos idosos nos testes de se- mântica foram inferiores aos de memória QUESTÃO 30 O termo COULD no segundo parágrafo expressa uma ideia de: (A) obrigação (B) necessidade (C) habilidade (D) capacidade (E) possibilidade QUESTÃO 31 Apesar de geograficamente dispersa, a Grécia Antiga tem uma vida cultural relativamente homogênea, que se expressa na língua comum, formas de organização política, em cren- ças religiosas semelhantes. Essa unidade – a civilização he- lênica – resultou: Coleção os Pensadores – História da filosofia. Nova Cultural. São Paulo. 1999. 15. (A) Da junção de pequenas comunidades independentes que se espalhavam junto ao Mediterrâneo, da Jônia, na Ásia Menor, até o Sul da Itália. (B) Das dispersões e constantes invasões dos povos vindos da região norte da Europa, em busca de terras férteis e cultiváveis. (C) Do desaparecimento da realeza com a passagem do po- der político para as mãos de uma aristocracia formada por grandes proprietários de terras. (D) Da fusão e difusão de diversas culturas trazidas por po- vos variados que invadiram a Grécia, misturando-se com os habitantes locais. (E) Do desenvolvimento do pensamento humano na pólis, onde os cidadãos existiam em pé de igualdade e vencia quem persuadisse melhor. QUESTÃO 32 Outra exceção na Idade Média é a contribuição dos árabes. No seu movimento expansionista, os árabes conhecem a cul- tura grega e iniciam a sua divulgação e a criação de centros de estudos. (...) No campo das ciências transmitem os co- nhecimentos antigos. Na matemática, são os introdutores, no Ocidente, dos algarismos arábicos e são os criadores da ál- gebra. Na alquimia efetuam a passagem do ocultismo para o estudo racional (...). Na astronomia, aperfeiçoam os métodos trigonométricos para o cálculo das órbitas dos planetas, che- gando a introduzir o conceito de seno. Na medicina, transmi- tem as obras de Hipócrates e Galeno, além de organizarem um trabalho original de sistematização. ARANHA, M. MARTINS, M. Filosofando – Introdução à Filosofia. Ed. Moderna. São Paulo. 1990.. 136 Acerca da contribuição dos árabes é correto afirmar: (A) A tolerância dos muçulmanos para com os povos conquis- tados permitiu-lhes atingir grande progresso econômico e cultural, pois utilizando elementos próprios e de outras culturas, desenvolveram conhecimentos e técnicas valio- sas até hoje. (B) A importância da alquimia no desenvolvimento das técni- cas laboratoriais apesar de suas explicações teóricas e antropomórficas, uma vez que as substâncias inorgânicas eram consideradas seres vivos. (C) A negativa do modelo da astrologia medieval, que repro- duz o desejo da permanência de uma ordem estabelecida e hierarquizada, da superioridade dos Céus sobre a Terra em cujo centro se encontra é o inferno. (D) A leitura muçulmana de mundo, que divide o universo em duas regiões, uma superior e outra inferior, estando uma sujeita a mudanças e outra não, tornando-se doutrina bá- sica da filosofia arábica. (E) Mesmo quando se pede ajuda da filosofia, e da revelação da lógica e do raciocínio, bem como da experiência empí- rica, que surge o último critério de verdade na produção de conhecimento humano. QUESTÃO 33 O sucesso do expansionismo do Reino Franco a partir do século V, se deveu não só a perícia de seus guerreiros, mas também e, principalmente: (A) Às suas fronteiras que se deslocavam constantemente em razão das lutas entre vizinhanças. (B) Ao estabelecimento de sua capital em Lutécia (atual Pa- ris), o que possibilitou a conquista das terras dos burgún- dios e dos visigodos. (C) À aliança do rei Clóvis com a igreja cristã, solidificada em 496, quando ele se converteu ao cristianismo. (D) À alternância entre períodos de migrações e invasões dos povos germânicos nos territórios antes pertencentes ao Império Romano do Ocidente. (E) Ao crescimento do poder militar dos francos, que possibi- litou ao longo dos séculos V e XVII a expansão e defesa territorial. 12 QUESTÃO 34 Eis pois que no ano de 1314 cinco príncipes germânicos ele- geram, em Frankfurt, Ludovico da Baviera regente supremo do império. Mas no mesmo dia, na outra margem do Meno, o conde palatino do Reno e o arcebispo de Colônia tinham eleito à mesma dignidade Frederico da Áustria. Dois impe- radores para uma única sede e um único papa para duas: situação que se tornou, na verdade, incentivo para grande desordem. ECO, U. O Nome da Rosa. Rio de Janeiro, O Globo, Folha de São Paulo. 2003. p. 20 A Baixa Idade Média (séculos XI a XV), foi o período em que a Europa passou por uma série de modificações entre elas: (A) Descentralização do poder político, econômico e religioso das mãos do rei, tornando o poder localizado em cada feudo, administrado de forma independente pelo seu se- nhor, e as relações dos laços de nobreza passaram a ser baseadas na suserania e vassalagem. (B) Ascensão da cultura teocêntrica, ou seja, todo o poder político, econômico e religioso girava em torno da auto- ridade clerical e da fé; a Igreja ditava todas as normas comportamentais da vida em sociedade e todos os fenô- menos naturais eram explicados por meio de experiên- cias místicas. (C) A sociedade medieval se consolidou em formatoesta- mental, dividida em três ordens sociais, cada uma com sua função pré estabelecida: o clero, responsável pela oração, a nobreza encarregada da defesa militar da so- ciedade e o trabalho árduo ficava a cargo dos servos. (D) A Europa passa a ser constantemente invadida por povos bárbaros, assim chamados por viverem fora dos domínios territoriais do Império Romano do Ocidente; tais invasões se deram em etapas distintas, iniciando-se com os ger- manos e finalizando-se com os normandos e os árabes. (E) Modificações econômicas, políticas, sociais e culturais, com as quais se iniciou o processo de desintegração do sistema feudal, possibilitando o desenvolvimento do capi- talismo comercial e da centralização política, fatores que caracterizam a Idade Moderna. QUESTÃO 35 Examine o afresco renascentista do séc. XIV "Joaquim entre os pastores", de Giotto di Bondone: Giotto. Séc. XIV. Afresco. Scrovegni Chapel, Pádua, Itália. Foto: The Bridgeman Art Library/Keystone O Afresco rompe com a pintura hierárquica e rígida da arte medieval na medida em que: (A) Insere animais como elementos principais da figura, e co- loca os homens interagindo com esses e não entre si. (B) Exalta a importância da natureza no mundo, ao destacar animais, árvores e rochas ao invés de valorizar as figuras humanas. (C) Posiciona figuras humanas em relação de igualdade com a figura sagrada, humanizando-a. (D) Faz da divindade o foco principal, tornando-a superior à humanidade e à natureza, respeitando a hierarquia do Criador sobre os homens. (E) Evoca o franciscanismo, religião dos humildes, conforme a origem da maior parte dos pintores renascentistas. QUESTÃO 36 Muitos príncipes alemães aderiram à Reforma e confiscaram as terras da Igreja em seus principados. Com o apoio des- ses príncipes, Lutero fundou uma Igreja para a qual elaborou uma doutrina. BOULOS, A. J. História, sociedade e cidadania. V1 São Paulo. FTD, 2016. p. 276 A doutrina de Lutero apresenta como principais pontos: (A) Somente a fé em Deus salva; todo cristão é capaz de in- terpretar a bíblia por si mesmo; o celibato, a ideia de que o papa é infalível e o culto às imagens não têm fundamento; batismo e eucaristia são os dois únicos sacramentos e o ofício religioso deve ser ministrado na língua nacional e não em latim. (B) Somente a fé em Deus salva; muitos cristãos são capa- zes de interpretarem a bíblia sozinhos; o celibato e a ideia de que o papa é infalível devem ser mantidos; batismo e matrimônio são os dois únicos sacramentos e o ofício religioso deve ser ministrado na língua nacional e não em latim. (C) O cristão tem o direito de questionar a Deus; a interpre- tação da bíblia é uma experiência pessoal; o celibato é necessário para preservar as posses da Igreja; batismo, matrimônio e extrema-unção são os únicos sacramentos e o culto religioso deve ser ministrado na língua nacional e não em latim. (D) A relação do cristão com Deus é individual assim como sua interpretação dos escritos religiosos; o celibato e a infalibilidade do papa são questionáveis; a venda de in- dulgências é um pecado mortal e o culto religioso deve ser ministrado na língua nacional e não em latim. (E) A fé é uma vivência única e o cristão deve ter o livre arbí- trio para escolher como se relacionar com ela; a explica- ção do celibato é econômica e não racional; a venda de indulgências ofende a Deus e a interpretação dos escritos religiosos é papel do líder espiritual somente. 13 Leia o texto para responder às questões 37 e 38: Nunca houve acontecimento tão interessante para a espécie humana em geral e para os povos da Europa em particular, como a descoberta do Novo Mundo e a passagem para as Índias pelo Cabo da Boa Esperança. Começou com eles uma revolução no comércio, no poderio das nações, nos costu- mes, na indústria e no governo de todos os povos. Foi nesse momento que os homens de regiões mais afastadas se apro- ximaram por novas relações e necessidades. Os produtos dos climas situados sob o equador são consumidos nas vi- zinhanças do polo; a indústria do Norte é transportada para o Sul, os tecidos do oriente são procurados para o luxo dos ocidentais e, por toda parte, os homens fizeram trocas men- tais, de suas opiniões, de suas leis, de seus usos, de suas doenças, de seus remédios, de suas virtudes e seus vícios. RAYNAL, A. Histoire philosophique et politique des établissements et du commerce des Européens dans les deux Indes, V1. Paris. 1774. Citado por GASMAN, L. E FONSECA, J. História Geral 2, Cadernos MEC QUESTÃO 37 As navegações portuguesas para o comércio começaram muito cedo em relação aos outros países. Tal pioneirismo pode ser compreendido, entre outros motivos: (A) Por ter sido o primeiro Estado Nacional da história da Eu- ropa a apontar, junto com sua unificação, uma burguesia mercantil enriquecida que investiu pesadamente na em- preitada marítima. (B) Pela repentina participação lusitana no comércio europeu no século XV, em razão da ascensão de uma burguesia enriquecida que investiu nas navegações no intuito de co- mercializar com diferentes partes do mundo. (C) Em virtude da conquista de várias concessões na África; no ano de 1488, Bartolomeu Dias, navegador português, havia conseguido chegar ao Cabo da Boa Esperança, provando para o mundo que existia uma passagem para outro oceano. (D) Devido ao descobrimento dos estudos navais, os portu- gueses se tornaram grandes comerciantes, prosperando e produzindo novas embarcações e formando grandes navegadores. (E) Pela transformação do Estado português no maior arma- zém de entrepostos comerciais europeu durante as gran- des navegações marítimas, fato que permitiu à coroa lusa a acumulação de metais preciosos. QUESTÃO 38 O advento das grandes navegações é considerado por mui- tos historiadores como o ponto de partida para: (A) O genocídio indígena nas Américas Espanhola e Portu- guesa, seja pelo contato dos nativos com doenças ociden- tais até então desconhecidas, seja pela violência a que os ameríndios foram submetidos pelos colonizadores. (B) O início dos fluxos migratórios em virtude de várias adver- sidades que assolavam a Europa no momento em que a empresa marítima se erguia, como por exemplo, a peste, a fome, as guerras e as perseguições religiosas. (C) O processo de globalização, com o incremento do comér- cio entre as mais diferentes partes do globo, diminuindo as distâncias, intensificando as relações e permitindo grande interação cultural. (D) A progressão da engenharia naval através da Escola de Sagres, com altos investimentos realizados pela burgue- sia mercante e reis, dispostos a se arriscarem em troca do desenvolvimento tecnológico. (E) A descoberta da cura para os mais diversos tipos de en- fermidades com a exploração de plantas medicinais nos continentes asiáticos e africanos, até então inexistentes e desconhecidas pelos europeus. QUESTÃO 39 Disponível em: http://www.multirio.rj.gov.br/historia/modulo01/ tratado_madri.html Data da consulta: 03/12/2018 Guiados pelo mapa, representantes da Coroa portuguesa e espanhola assinaram em 1750, o Tratado de Madrid, com o objetivo de definirem novos limites na América. Considerando essa informação, é correto afirmar que o do- cumento: (A) Determinou uma configuração do território brasileiro mui- to próxima da sua aparência atual, por ter respeitado es- paços previamente ocupados pelos espanhóis no Conti- nente Americano. (B) Tomou o lugar do Tratado de Tordesilhas e conferiu às possessões lusas e espanholas na América uma feição mais próxima do que tinha sido a efetiva ocupação de ter- ras pelas duas Coroas. (C) Conservou, com poucas alterações, o que já estava sen- tenciado pelos tratados anteriormente negociados entre as monarquias de Portugal e da Espanha.(D) Fez com que Portugal abrisse mão da soberania sobre grande parte da Amazônia em troca do controle da bacia do Prata, área estratégica para o domínio do interior do Brasil após a descoberta de ouro. (E) Privilegiou a Espanha, que ficou com maior território no estabelecimento dos limites, por determinação do papa Alexandre II que era espanhol, já que a Igreja Cristã tinha grande influência política na Europa no século XVIII. 14 QUESTÃO 40 O Haiti foi o primeiro país latino-americano a se tornar inde- pendente da França, por meio da Revolução Haitiana. Sobre o processo de independência do Haiti é correto afirmar que: (A) Denominado de colônia Saint Domingue, o país foi o maior produtor de açúcar do mundo e o principal exporta- dor de algodão para a Europa. (B) Em 1791, L’Overture instigou os escravos a dizimarem a população mandatária branca, que cada vez mais restrin- gia a liberdade de seus vassalos com políticas racistas. (C) L’Overture assumiu o governo do Haiti em 1801, onde permaneceu por 10 anos, até ser capturado e morto pelas tropas de Napoleão Bonaparte. (D) Apesar de receber uma generosa indenização da França, o país entrou em uma grave crise econômica no início do século XIX. (E) Logo após sua independência o país adotou o sistema de governo monárquico, finalizado em 1820 com a adoção definitiva do parlamentarismo. QUESTÃO 41 Os meses que medeiam da partida de D. João à proclama- ção da Independência, período final em que os acontecimen- tos se precipitaram, resultou num ambiente de manobras de bastidores, em que a luta se desenrolava exclusivamente em torno do príncipe regente, num trabalho intenso de o afastar da influência das cortes portuguesas (...). Resulta daí que a Independência se fez por uma simples transferência política de poderes da metrópole para o novo governo brasileiro. E na falta de movimentos populares, na falta de participação direta das massas neste processo, o poder é todo absorvido pelas classes superiores da ex-colônia, naturalmente as úni- cas em contato direto com o regente e sua política. PRADO JR, Caio. Evolução política do Brasil: Colônia e Império. São Paulo: Brasiliense. 1993.p. 52-53 A interpretação sobre a independência brasileira presente no texto reconhece que o processo: (A) promoveu a reorganização social. (B) inseriu as classes populares. (C) distanciou as discussões das questões políticas. (D) manteve as estruturas de dominação. (E) não envolveu a monarquia portuguesa. QUESTÃO 42 A fotografia mostra a elevada concentração de aguapés em um trecho do Rio Tietê, localizado a montante da barragem de Barra Bonita (SP). (g1.globo.com) O desenvolvimento acelerado dessas plantas constitui um indicador de (A) assoreamento, oriundo do depósito de rejeitos de minera- ção e da diminuição da matéria orgânica em suspensão. (B) eutrofização, decorrente do aprofundamento dos leitos e da intermitência dos corpos d’água. (C) eutrofização, resultante do despejo de esgotos e da des- carga de fertilizantes agrícolas. (D) assoreamento, proveniente do aumento da precipitação média e da ocorrência da chuva ácida. (E) lixiviação, derivada do turbilhonamento do fundo de lagos e da oxigenação da água. QUESTÃO 43 Qual é a dinâmica pela qual evolui a rede de rios? O siste- ma evolui espontaneamente para o estado mais convenien- te, de energia mínima, impulsionado por fluxos de água e energia vindos de tempestades, avalanches e transporte de sedimentos. Trata-se de um processo de auto-organização da paisagem. (Nelson B. Peixoto. “O rio, a inundação e a cidade”. In: Revista Estudos Avançados, no 91, setembro/dezembro de 2017.) Um exemplo de auto-organização da paisagem natural rela- cionada aos rios é (A) a retificação dos cursos d’água. (B) a epirogênese de materiais. (C) a lixiviação pedogênica. (D) o escoamento laminar. (E) a formação de padrões meândricos. 15 QUESTÃO 47 Recentemente, os debates sobre a reforma do Código Flo- restal Brasileiro ganharam destaque junto aos meios de co- municação, ao explicitarem importantes divergências políti- cas entre organizações e grupos sociais do país. Em síntese, o Código Florestal corresponde ao conjunto de regras que determinam: (A) extensão máxima das Áreas de Preservação Ambiental e Reservas Extrativistas que devem ser mantidas em cada região brasileira. (B) as áreas mínimas de cobertura natural que devem ser preservadas nas encostas e nas margens de rios em cada bioma brasileiro. (C) o volume de matéria-prima, madeira, minérios, água, que cada ramo da indústria brasileira pode utilizar para a pro- dução de bens manufaturados. (D) a área mínima de cobertura vegetal, incluindo-se praças públicas e fragmentos de floresta urbana, que deve ser preservada nas áreas urbanas. (E) as medidas que devem ser adotadas em situações de de- sastres ambientais resultantes da perfuração de jazidas de petróleo em terra e no mar. QUESTÃO 48 "Um conjunto de normas mais ou menos semelhantes se im- pôs na Argentina após 1976, no Uruguai e no Chile, depois de 1973, na Bolívia quase ininterruptamente, no Peru, de 1968 até 1979, no Equador, de 1971 a 1978". (Clóvis Rossi) Assinale a alternativa que melhor expressa o conjunto de normas de exceção que marcaram a trajetória político-ins- titucional dos países latino-americanos, indicados no texto. (A) Dissolução de partidos e sindicatos, com objetivo de esta- belecer uma nova ordem democrática e popular. (B) Domínio político das organizações guerrilheiras. (C) Extinção dos partidos políticos, intervenção nos sindica- tos e suspensão das eleições diretas. (D) Política externa alinhada automaticamente à União das Repúblicas Socialistas Soviéticas e ao bloco do Leste. (E) Formação de uma frente parlamentar, para revisão cons- titucional. QUESTÃO 49 A Comunidade Econômica Europeia responde por um merca- do de 346 milhões de habitantes com uma renda per capita de quase US$ 12.000. Responde ainda por 38% do comércio mundial. Embora com tão expressivos números, um dos prin- cipais problemas enfrentados pela Comunidade é: QUESTÃO 44 Observe os mapas, que representam as sub-regiões e as ba- cias hidrográficas do Nordeste brasileiro. NORDESTE DO BRASIL Sub-regiões Bacias hidrográficas (IBGE) Indique a alternativa que contém as sub-regiões inteiramente localizadas na Bacia de Leste. (A) Agreste e Sertão. (B) Zona da Mata e Agreste. (C) Litoral Oriental e Sul da Bahia. (D) Recôncavo Baiano e Sul da Bahia. (E) Litoral Setentrional e Recôncavo Baiano. QUESTÃO 45 Com relação à fruticultura na região do Vale do São Francis- co no Nordeste brasileiro, é correto afirmar que: (A) a região tem terras férteis e adequadas à fruticultura gra- ças à inserção de projetos irrigáveis, o que compensa o clima seco e o alto índice de insolação durante a maior parte do ano. (B) a região tem clima úmido, com chuvas bem distribuídas ao longo do ano, característica favorável à fruticultura. (C) a região é importante produtora de frutas, mas não foi possível implantar a vitinicultura, apesar de várias tentati- vas, porque a cultura não se adapta ao clima. (D) os maiores produtores de frutas tropicais da região e do país encontram-se em polos agroindustriais dos municí- pios pernambucanos de Juazeiro e Petrolina. (E) a região é a principal área de produção de frutas cítricas no Brasil, com exportações para Europa e Ásia. QUESTÃO 46 Esse produto percorreu ampla região, desde o Morro da Tiju- ca, no Rio de Janeiro, no primeiro quartel do século XIX, até o norte do Paraná, onde praticamente cessou sua marcha na década de 1970. Nesse período, seu percurso deixou mar- cas significativas na paisagem: vasta rede urbana e densa malha ferroviária, solos empobrecidos pela erosão, florestasdizimadas e extensivas pastagens, quase sempre de baixa produtividade. (Jurandyr L. S. Ross. Ecogeografia do Brasil, 2009. Adaptado.) O excerto refere-se à produção do espaço brasileiro relacio- nada ao ciclo econômico (A) da borracha. (B) da cana-de-açúcar. (C) do café. (D) do ouro. (E) do algodão. 16 (A) o ressurgimento de políticas neocolonialistas entre alguns de seus membros (como a Inglaterra e a França), que procuram novos espaços sobretudo na África. (B) a elevada soma de investimentos em equipamentos mili- tares por parte de alguns países (como a França e a Itália) que inibem avanços em tecnologia de ponta. (C) a volta de antigas questões de fronteiras que foram aban- donadas no pós-Guerra e que criam problemas diplomá- ticos (envolvendo Bélgica-Holanda e Dinamarca-Alema- nha). (D) o grande hiato econômico que ainda existe entre seus membros ricos (como a Alemanha) e os membros pobres (como Grécia, Espanha e Portugal). (E) a não aceitação do Tratado de Maastricht por países que, embora pertencentes à Comunidade, não querem abdicar de sua identidade nacional (como a Bélgica e a Espanha). QUESTÃO 50 A Geografia da Europa: Após a Segunda Guerra Mundial, a Alemanha Ocidental recuperou-se em curto espaço de tempo, transformando-se na mais importante potência econômica da Europa. Assinale a alternativa que mais cor- retamente explica as causas do crescimento da economia alemã. (A) Abundância de recursos minerais, ajuda financeira dos Estados Unidos, criação do Mercado Comum Europeu, agricultura itinerante, grande fluxo migratório. (B) Existência de mão de obra qualificada, reforma agrária, infraestrutura de transportes, criação do Mercado Comum Europeu, altas taxas de população rural. (C) Combustíveis fósseis, qualificação da mão de obra, den- sa rede de transportes, recursos do Plano Marshall, parti- cipação do Mercado Comum Europeu. (D) Densa rede hidroviária, investimentos em pesquisa cien- tífica e tecnológica, qualificação da mão de obra, altas ta- xas de natalidade. (E) Carvão de excelente qualidade, petróleo em abundância, mão de obra qualificada, tradição industrial, altos índices de desmatamento. QUESTÃO 51 O termo “africanização” designa países que, mesmo não per- tencendo ao continente africano, apresentam as seguintes características: fome crônica, elevada dependência de ajuda humana externa e mortalidade causada por doenças já erra- dicadas na maioria dos países Assinale a alternativa que contém todos os países que se enquadram nessa classificação: (A) Somália, Ruanda, Turquia, Bangladesh, Haiti. (B) Etiópia, Somália, Bangladesh, Haiti, Ruanda. (C) Etiópia, Somália, Ruanda, Moçambique, México. (D) Bangladesh, Haiti, Colômbia, Etiópia, Somália. (E) Moçambique, Ruanda, Panamá, Somália, Haiti. QUESTÃO 52 O concurso natural dessas duas provas irrecusáveis, cuja renovação se tornou agora tanto impossível como inútil, nos conduziu hoje a essa estranha situação, em que nada ver- dadeiramente grande pode ser empreendido, nem para a or- dem, nem para o progresso, por falta duma filosofia realmen- te adaptada ao conjunto de nossas necessidades. Todo sério esforço de reorganização logo cessa diante dos temores de retrogradação, que ele próprio naturalmente deve inspirar, num tempo em que as ideias de ordem emanam ainda es- sencialmente do tipo antigo, hoje antipático às populações atuais. (COMTE. Curso de Filosofia Positivista. Adaptado) O filósofo de Comte reconhece que: (A) a ordem e progresso não são objetivos alcançáveis. (B) é necessário o desenvolvimento de uma abordagem filo- sófica para a construção da ordem social. (C) o pensamento antigo se manteve dominante até o século XIX sem prejuízo para as sociedades. (D) as necessidades dos sujeitos não se relacionam com a Filosofia. (E) a reorganização social é um fim negativo inevitável. QUESTÃO 53 Um fato social se reconhece pelo poder de coerção externa que exerce ou é capaz de exercer sobre os indivíduos; e a presença desse poder se reconhece, por sua vez, seja pela existência de alguma sanção determinada, seja pela resis- tência que o fato opõe a toda tentativa individual de fazer-lhe violência. Contudo, pode-se defini-lo também pela difusão que apresenta no interior do grupo, contando que, conforme as observações precedentes, tenha-se o cuidado de acres- centar como segunda e essencial característica que ele exis- te independentemente das formas individuais que assume ao difundir-se. (DURHKHEIM. As regras do método sociológico. Adaptado) O fato social, concepção difundida por Durkheim, pode ser compreendido como (A) elemento originário entre os homens, com o intuito de va- lorizar os fenômenos individuais inseridos num grupo. (B) acontecimento de ordem social, interdependente de or- dem física e biológica, sem relação com o grupo social. (C) um fator intersocial que aflora a potencialidade particular dos indivíduos, com o intuito de salientar a dessemelhan- ça no coletivo social. (D) fenômenos de natureza social, peculiares e diversos dos fenômenos físico, biológico ou psicológico. (E) feito simbólico retratável entre os indivíduos num coletivo social, com relevância no comportamento em grupo. 17 QUESTÃO 54 A primeira vista, uma mercadoria parece uma coisa trivial e que se compreende por si mesma. Pela nossa análise mostramos que, pelo contrário, é uma coisa muito comple- xa, cheia de sutilezas metafísicas e de argúcias teológicas. Enquanto valor de uso, nada de misterioso existe nela, quer satisfaça pelas suas propriedades as necessidades do ho- mem, quer as suas propriedades sejam produto do trabalho humano. É evidente que a atividade do homem transforma as matérias que a natureza fornece de modo a torná-las úteis. Por exemplo, a forma da madeira é alterada, ao fazer-se dela uma mesa. Contudo, a mesa continua a ser madeira, uma coisa vulgar, material. Mas a partir do momento em que sur- ge como mercadoria, as coisas mudam completamente de figura: transforma-se numa coisa a um tempo palpável e im- palpável. Não se limita a ter os pés no chão; face a todas as outras mercadorias, apresenta-se, por assim dizer, de cabe- ça para baixo, e da sua cabeça de madeira saem caprichos mais fantásticos do que se ela começasse a dançar. (MARX. O Capital. Adaptado) Karl Marx, um dos grandes colaboradores do pensamento econômico, desenvolve o caráter que a mercadoria exerce na sociedade. O trecho acima, trata, (A) do processo de mais-valia. (B) da divisão das classes de trabalhadores. (C) das transformações que o homem passa em sociedade. (D) do fetiche da mercadoria. (E) da dominação da mercadoria. QUESTÃO 55 Karl Marx buscou desvendar o caráter misterioso da merca- doria, apontando o chamado “fetiche da mercadoria”. Entre- tanto, esse fetiche não existe quando (A) a mercadoria atinge um caráter fora do sistema econômi- co, sem valor de troca. (B) o produto retira essa vestimenta de mercadoria, sendo uma coisa sem uso na sociedade. (C) os homens não atribuem o valor de uso ao produto, per- dendo seu aspecto maior de objeto. (D) a mercadoria perde elementos vitais de sua essência, transfigurando-se em uma mera coisa sem valor. (E) considera-se apenas o valor de uso, não se transforman- do em mercadoria. QUESTÃO 56 Max Weber buscou compreender o princípio da autoridade. Essa temática abrange uma certa parcela de seu pensa- mento sociológico, visando estabelecer uma tipologia para as ações sociais que caracterizam as relações de poder em sociedade. Essa autoridade ocorre quando, (A) o governo se sente acossado por elementos externos, de- vendo assumir o seu posicionamento de comandante da nação. (B) a dominação se baseia na probabilidade de se obter obe- diência a um determinado mandato, podendose utilizar da força. (C) a situação de desobediência emerge, concretizando um estado de sítio, onde é preciso assumir com força temero- sa para manter o controle. (D) o Estado demonstra um aparente recuo de suas forças, abrindo mais espaço para uma participação popular. (E) o uso da força se faz necessário, para reafirmar todo o poder do governante perante seu povo. QUESTÃO 57 Cada cultura tem suas virtudes, seus vícios, seus conheci- mentos, seus modos de vida, seus erros, suas ilusões. Na nossa atual era planetária, o mais importante é cada nação aspirar a integrar aquilo que as outras têm de melhor, e a buscar a simbiose do melhor de todas as culturas. A França deve ser considerada em sua história não somen- te segundo os ideais de Liberdade Igualdade Fraternidade promulgados por sua Revolução, mas também segundo o comportamento de uma potência que, como seus vizinhos europeus, praticou durante séculos a escravidão em massa, e em sua colonização oprimiu povos e negou suas aspira- ções à emancipação. Há uma barbárie europeia cuja cultura produziu o colonialis- mo e os totalitarismos fascistas, nazistas, comunistas. Deve- mos considerar uma cultura não somente segundo seus no- bres ideais, mas também segundo sua maneira de camuflar sua barbárie sob esses ideais. (Edgard Morin. Le Monde, 08.02.2012. Adaptado.) A leitura do texto de Morin não permite afirmar que: (A) Estabelece uma reflexão crítica acerca do contato entre a cultura ocidental e outras culturas na história. (B) A cultura resulta da criação humana, sendo formas de ex- pressar, pensar, agir e sentir. (C) Afirma-se um pensamento de respeito perante as outras culturas, salientando que não existem só elementos agra- dáveis na cultura. (D) Devido ao contato com outras nações, a cultura de um povo pode assimilar elementos de outras culturas, sem perder a identidade. (E) Critica-se a cultura da França, salientando que a contradi- ção não pode fazer parte da cultura de uma nação. QUESTÃO 58 Os ciclos biogeoquímicos podem ser descritos como a dinâ- mica dos elementos químicos mais relevantes para os seres vivos através dos mais variados fatores bióticos e abióticos do planeta. Abaixo está representado o ciclo de um destes elementos: 18 Fonte do elemento químico herbívoro carnívoro morte decomposição plantas B A B B depósito subterrâneo produção de energia É possível concluir que o elemento cujo ciclo está descrito acima é o(a): (A) Nitrogênio, e as setas A e B representam, respectivamen- te, fixação do nitrogênio e respiração. (B) Oxigênio, e as setas A e B representam, respectivamente, O2 e CO2. (C) Carbono, e as setas A e B representam, respectivamente, fotossíntese e respiração. (D) Nitrogênio, e as setas A e B representam, respectivamen- te, amonificação e desnitrificação. (E) Carbono, e as setas A e B representam, respectivamente, CO2 e O2. QUESTÃO 59 Em um ecossistema, há uma espécie de planta com flores, e uma espécie de borboleta, e há variação no tamanho po- pulacional significativa quando essas espécies são mantidas juntas ou separadas. Esta variação está representada no gráfico abaixo: Tamanho populacional 1 - Plantas e borboletas juntas 1 2 3 2 - Apenas borboletas 3 - Apenas plantas Analisando o gráfico, é possível afirmar que a relação ecoló- gica entre as duas espécies provavelmente é: (A) Mutualismo. (B) Herbivoria. (C) Comensalismo. (D) Protocooperação. (E) Parasitismo. QUESTÃO 60 O gráfico abaixo traz duas curvas de crescimento diferentes, que representam padrões de crescimento de filos de animais, vertebrados ou invertebrados. D C A B TEMPO TAMANHO Sobre o gráfico, é incorreto afirmar que: (A) A curva A pode representar o crescimento de um vertebrado. (B) Os animais que apresentam a curva B apresentam exoes- queleto composto por um carboidrato. (C) As curvas A e B representam, respectivamente, cresci- mento contínuo e descontínuo. (D) A curva B pode representar o crescimento de um artrópode. (E) Em C e D, o animal pode estar sofrendo ecdise ou muda, em que não há crescimento algum. QUESTÃO 61 Dentre as verminoses mais estudadas atualmente, encontra- -se a esquistossomose, causada pelo platelminto Schistoso- ma mansoni. Uma pessoa contrai essa doença quando: (A) É picada por uma fêmea do pernilongo Phlebotomus. (B) Nada em lagoas contaminadas com larvas de cauda bifur- cada, as cercárias. (C) Ingere alimento contaminado, como o açaí. (D) Larvas ciliadas, chamadas miracídios, presentes em lago- as, penetram na pele. (E) Ingere carne, de boi ou porco, contaminada com o verme. QUESTÃO 62 Os animais pertencentes ao Filo dos Cnidários são caracte- rizados, principalmente, pela presença de células diferencia- das e únicas neste grupo, os cnidócitos. Estas células: (A) Auxiliam na defesa e captura de presas. (B) Auxiliam na locomoção dos cnidários móveis. (C) Promovem a captura de pequenas partículas de alimen- tos na água circulante na cavidade digestiva do animal. (D) São responsáveis pela reprodução dos cnidários. (E) Atuam como neurônios, transmitindo impulsos ao longo do corpo do animal. 19 QUESTÃO 63 Os organismos da Terra têm seu corpo composto por molé- culas orgânicas, que são classificadas em lipídios, proteínas, ácidos nucleicos e carboidratos. Dentre estas, as moléculas envolvidas em funções de reserva energética e estrutural são, respectivamente: (A) Lipídios e ácidos nucleicos. (B) Proteínas e carboidratos. (C) Carboidratos e lipídios. (D) Ácidos nucleicos e proteínas. (E) Proteínas e lipídios. QUESTÃO 64 O gráfico abaixo representa a quantidade de DNA no núcleo de uma célula animal durante o ciclo celular. 4X 2X 1Q ua nti da de de D NA 2 3 4 5 6 7 tempo Pesquisadores comumente utilizam uma substância chama- da vimblastina, que induz, na célula, a não formação dos mi- crotúbulos que compõem as fibras do fuso. No caso de esta célula animal ser tratada com vimblastina, pode-se concluir que ela não passará da fase representada pelo número: (A) 1, por não ocorrer o início da prófase. (B) 2, por não ocorrer a duplicação do material genético. (C) 5, por não ocorrer a migração das cromátides irmãs para os pólos. (D) 7, por não ocorrer a citocinese. (E) 2, por não ocorrer a organização dos cromossomos na placa equatorial. QUESTÃO 65 A colchicina é uma substância largamente utilizada nos estu- dos de células, por inibir a formação de microtúbulos, compo- nentes importantes na divisão celular. Em um experimento, biólogos separaram dois grupos de células eucarióticas em dois meios de cultura, A e B. Os dois meios eram idênticos em quantidade de água e nutrientes; no meio A, porém, foi adicionada colchicina. Após um intervalo de cinco dias, pode- -se observar que: (A) Há mais células no meio B, embora sejam menores que as do meio A. (B) Há igual número de células nos dois meios. (C) Há mais células no meio A, e estas são maiores que as do meio B. (D) Há mais células no meio B, e estas não apresentam dife- rença de volume com relação às do meio A. (E) Há mais células no meio B, e estas são maiores que as do meio A. QUESTÃO 66 A figura abaixo ilustra segmentos de ácidos nucleicos no nú- cleo de uma célula animal. A G 1 T C 2 LEGENDA D - desoxirribose C - citosina T - timina G - guanina R - ribose A - adenina 3 D R R R R D D D Analisando o esquema é incorreto afirmar: (A) O processo representado é a transcrição, e resultará na formação de uma molécula orgânica nitrogenada. (B) A célula representada está na intérfase. (C) 3 representa um segmento de RNA, o que pode ser justi- ficado pela ribose nos nucleotídeos. (D) 2 representa um segmentode DNA, o que pode ser justi- ficado pela presença da base nitrogenada adenina. (E) 1 corresponde à base nitrogenada uracila. QUESTÃO 67 Em relação aos compostos orgânicos, é correto afirmar: I. O nome oficial de um composto orgânico, segundo a IU- PAC, é 4 – isopropil – 2 – metil – heptano. O composto apresenta cinco carbonos primários, três carbonos secun- dários e três carbonos terciários. II. O etóxietano e butan-1-ol são isômeros planos de função e apresentam fórmula molecular C4H10O. III. Os compostos butanal e butanona são isômeros de fun- ção e apresentam respectivamente os grupos funcionais aldeído e cetona. Assim, as afirmativas verdadeiras são: (A) Apenas I (B) I, II e III (C) I e II (D) Apenas III (E) II e III 20 QUESTÃO 68 Com relação a este composto orgânico, pode-se afirmar, cor- retamente, que O OH CH3 OH (A) O nome oficial do composto é ácido-2-hidroxibutanoico e sua fórmula molecular é C3H5O2. (B) A estrutura apresenta as funções orgânicas éter e ácido carboxílico. (C) O nome oficial do composto é ácido – 2 – hidroxipropanoi- co e apresenta três carbonos com hibridização sp2. (D) A estrutura possui dois carbonos com hibridização sp3 e um carbono com hibridização sp. (E) A estrutura apresenta as funções orgânicas álcool e ácido carboxílico e sua fórmula molecular é C3H6O3. QUESTÃO 69 Considere que um brasileiro, em média, fume 30 cigarros por semana. Sabe-se que 40% da massa de um cigarro é consti- tuída pelo elemento carbono (C) enquanto que a massa quei- mado de um cigarro é aproximadamente 0,50 g. A partir das informações acima, a massa de CO2 que um fu- mante libera para a atmosfera anualmente corresponde a Note e Adote: 1 ano = 365 dias = 52 semanas massa molar (g⋅mol) C = 12; CO2 = 44g (A) 1000 g (B) 1555 g (C) 1250 g (D) 1144 g (E) 1350 g QUESTÃO 70 O peróxido de hidrogênio, também popularmente conhecido como água oxigenada, é utilizado principalmente como an- tisséptico e alvejante. Na presença de um agente oxidante forte, KMnO4, e meio ácido, H2SO4, o peróxido de hidrogênio se decompõe em gás oxigênio e água, conforme indicado na equação química abaixo. 5H2O2(aq) + 2KMnO4(aq) + 3H2SO4(aq) → 5O2(g) + 2MnSO4(aq) + K2SO4(aq) + 8H2O(l) Calcule a quantidade, em mols, de permanganato de potássio necessária para reagir estequiometricamente com 50,0 mL de uma solução 0,5 mol⋅L-1 de H2O2 (A) 0,025 mol (B) 0,005 mol (C) 0,01 mol (D) 0,02 mol (E) 0,025 mol QUESTÃO 71 Uma estudante de química dissolveu 1,2 ⋅ 1024 moléculas de ácido ascórbico em 500 mL de água. Dadas as massas molares C = 12 g⋅mol-1, H = 1 g⋅mol-1 e O = 16 g⋅mol-1, a fór- mula molecular do ácido ascórbico C6H8O6 e a constante de Avogadro sendo 6 ⋅ 1023 mol-1, a concentração da solução, em g⋅L-1, obtida é: (A) 704 g⋅L-1 (B) 685 g⋅L-1 (C) 525 g⋅L-1 (D) 778 g⋅L-1 (E) 628 g⋅L-1 QUESTÃO 72 Com relação ao cloreto de sódio, pode-se afirmar, correta- mente, que I. É classificado como um sal inorgânico. II. O cloreto de sódio e a água são os produtos da reação de neutralização de um ácido forte, HCl, e uma base forte, NaOH. A reação de neutralização está descrita abaixo: HCl(aq) + NaOH(aq) → NaCl(aq) + H2O(l) III. O cloreto de sódio é formado por ligação covalente. Assim, as afirmativas verdadeiras são: (A) Apenas I (B) I, II e III (C) I e II (D) Apenas III (E) II e III QUESTÃO 73 Sejam feitas estas afirmações a respeito da temperatura de ebulição de substâncias à pressão atmosférica: I. A temperatura de ebulição do propan-2-ol é maior que o da propanona. II. A temperatura de ebulição da trimetilamina é maior que o da propilamina. III. A temperatura de ebulição do hexano é maior que a do 2,2-dimetil-butano. Assim, as afirmativas verdadeiras são: (A) Apenas I (B) I, II e III (C) I e II (D) I e III (E) II e III 21 QUESTÃO 74 Com relação a geometria e polaridade das moléculas, pode- -se afirmar, corretamente, que: (A) As moléculas de H2O, NH3 e CH4 apresentam quatro nu- vens eletrônicas e geometria molecular angular, trigonal planar e tetraédrica respectivamente. (B) A molécula de CO2 apresenta geometria molecular linear e ligação covalente apolar entre os seus átomos. (C) A molécula de água apresenta geometria molecular angu- lar, momento dipolar (μ) diferente de zero, ligações cova- lentes polares e ângulo de ligação de 104,5º. (D) A geometria angular da molecular do ozônio (O3) não con- tribui para o seu caráter polar. (E) A molécula de amônia (NH3) apresenta caráter polar e ge- ometria molecular trigonal. QUESTÃO 75 Um químico recebeu uma amostra gasosa formada por um dos seguintes gases: CH4(g); C2H4(g); C2H6(g); C3H8(g) ou C4H10(g) Uma massa de 211g desse gás ocupa um volume de 44,8 L à pressão de 2,0 atm e temperatura de 27ºC. Dessa forma, conclui-se que trata-se do gás Dados: R = 0,082 atm⋅L⋅mol-1⋅K-1; Massa molar (g⋅mol-1): C = 12; H = 1 (A) metano (B) etano (C) propano (D) butano (E) eteno QUESTÃO 76 Um físico dispara um projétil com velocidade de v = 170 m/s sobre uma superfície plana. Ele ouve o impacto do projétil 3 s depois do disparo. Dessa forma, a distância d entre a su- perfície e o físico valerá? Considere a velocidade no som ar vsom = 340 m/s. (A) d = 300 m. (B) d = 340 m. (C) d = 200 m. (D) d = 180 m. (E) d = 280 m. QUESTÃO 77 Uma saída de emergência em uma estrutura é uma saída especial para emergências como um incêndio: o uso com- binado de saídas regulares e especiais permite evacuação rápida, enquanto fornece uma alternativa se a rota para a saída regular for bloqueada pelo incêndio, etc. As portas para saídas de emergência devem permanecer sempre fechadas, com o auxílio do dispositivo de fechamento automático, e nunca trancadas a chave, no sentido de evasão. A figura a seguir descreve uma situação na qual muitas pes- soas tentam escapar por uma porta de emergência que está trancada. As pessoas se aproximam da porta com uma ve- locidade v = 3,5 m/s, têm d = 0,25 m de espessura e estão separadas por uma distância L = 1,75 m. A figura mostra a posição das pessoas no instante t = 0. Considerando que a porta está fechada, podemos concluir que a taxa média de aumento da camada de pessoas que se comprimem contra a porta corresponde a: (A) 0,25 m/s (B) 0,50 m/s (C) 0,75 m/s (D) 1,00 m/s (E) 1,50 m/s QUESTÃO 78 Alguns cogumelos lançam esporos usando um mecanismo de catapulta. Quando o vapor d'água do ar se condensa em um esporo preso de um cogumelo, uma gota se forma de um lado do esporo e uma película de água se forma do outro lado. O peso da gota faz o esporo se encurvar, mas quando a película atinge a gota, a gota d'água se espalha bruscamente pelo filme e o esporo volta tão depressa à posição original que é lançado no ar. Tipicamente, o esporo atinge uma velo- cidade de 1,6 m/s, partindo do repouso, em um lançamento de 5,0 µm; em seguida, a velocidade é reduzida a zero em 1,00 mm pelo atrito com o ar. Considerando que os dois movimentos tenham um compor- tamento uniformemente variado, podemos dizer que a razão entre os módulos das acelerações dos esporos durante o lançamento (aL) e durante a redução de velocidade (aR) cor- responde a: Desconsidere a ação da aceleração da gravidade. (A) 100 (B) 500 (C) 1000 (D) 2000 (E) 5000 QUESTÃO 79 Uma certa porção de gelo inicialmente a -10°C é colocado no interior de um calorímetro ideal onde contém 170 g de água a 20 °C. Depois de um determinado período, observa-se que no recipiente existe apenas água a 0 °C. Sendo assim, a massa de gelo utilizada para a experiência foi: Dado: Lgelo = 80 cal/g cágua = 1,0 cal/gºC cgelo = 0,5 cal/gºC Despreze qualquer perda de calor ao colocar o gelo no ca- lorímetro.
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