Aula 1 - Economia agroexportadora e o PSI

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Economia agroexportadora e o PSI
Professor: Luís Carazza
Fonte: Gremaud, Vasconcellos, e Toneto. “Economia Brasileira Contemporânea”, 6ª edição. Capítulos 13 e 14.
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Início da República
Restrição Externa Efetiva
Rui Barbosa
Monetização da Economia
Bancos Privados (até 1986)
Emissores de Moeda
Especulação
“Encilhamento” (1890)
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Encilhamento
Bolha econômica (bolha de crédito) que ocorreu no Brasil, entre o final da Monarquia e início da República, e estourou durante o governo provisório de Deodoro da Fonseca (1889-1891), desencadeando então uma crise financeira.
 Os então Ministros da Fazenda Visconde de Ouro Preto e Ruy Barbosa, sob a justificativa de estimular a industrialização no País, adotaram uma política baseada em créditos livres aos investimentos industriais garantidos por farta emissão monetária.
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Consequências:
A expansão dos capitais financeiro e industrial 
Especulação financeira em todos os mercados e forte alta inflacionária, 
Desconfiança oriunda de determinadas práticas no mercado financeiro,  como excesso de lançamento de ações sem lastro, e posteriores ofertas públicas de aquisição visando o fechamento de capital.
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Expansionismo vs Contracionismo
Inflacionismo vs Deflacionismo (Governo Campos Sales)
Reerguimento Econômico (Governo Rodrigues Alves)
Aumento do Investimento e da FBKF
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Convênio de Taubaté
O Convênio de Taubaté foi um plano feito entre os governos de São Paulo, Minas Gerais e Rio de Janeiro e os grandes cafeicultores destes estados. 
Firmado em 1906, na cidade de Taubaté (interior de São Paulo) tinha como principal objetivo aumentar o preço do café.
Os principais beneficiados foram os grandes produtores de café do Brasil, pois conseguiram vender seus estoques de café e garantir a obtenção de lucros e a manutenção dos seus negócios.
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Consequências principais
 - O Convênio de Taubaté conseguiu alcançar a valorização do café, beneficiando os grandes produtores. 
- Foi evitada uma forte crise no setor, fato que poderia prejudicar toda economia nacional.
 - O acordo gerou um forte aumento da dívida dos estados com bancos estrangeiros.
 - Diminuição dos recursos dos estados de MG, SP e RJ para investir em outros setores da economia e nas diversas áreas sociais.
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Caixa de Conversão
A Caixa de Conversão foi criada de 1906, para ajudar combater a crise pela qual passava mercado do café e manter equilibrado o poder de troca da moeda do Brasil no comércio com outras nações.
Era autorizada a emitir bilhetes "conversíveis", garantidos por lastro em moedas de ouro nacionais e estrangeiras, como a libra e o dólar. Encerrou sua atividade emissora em 1913.
Financiamentos Externos até 1913
A "Caixa de Conversão" emitiu papel-moeda em valores que variavam de 10 mil réis a 1 conto de réis - o chamado "papel-ouro" - porque tinha a garantia de poder ser trocado por moedas de ouro.
A "Caixa de Conversão" foi extinta em 1920.
Disparada da Inflação (até 1922)
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ECONOMIA AGROEXPORTADORA (até 1930)
Os ciclos e a economia agroexportadora
Ciclos da economia brasileira (açúcar, ouro, café, etc)
Elevada vulnerabilidade de uma economia agroexportadora
Modelo de desenvolvimento voltado para fora
Oscilações de preço na economia cafeeira
Lenta maturação dos investimentos (média de 4 anos)
Deterioração dos termos de troca
Elasticidade-renda da demanda (primários<manufaturados)
Estruturas de mercado diferentes (concorrencial x oligopolísticos)
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Política de defesa da economia agroexportadora e seus problemas: superprodução e socialização das perdas
Desvalorização cambial em uma economia agroexportadora
Mantêm a renda do setor (+)
Esconde o sinal dado pelo mercado (-): tendência à superprodução
Socialização das perdas (-) (produtos importados mais caros)
Política de valorização do café
O que fazer com os estoques? Como financiar a estocagem?
“Política de preços mínimos” e de “estoques reguladores”
Problemas: tendência à superprodução e incentivos a entrada de produtores
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Superprodução e crise da economia cafeeira em 1930
Momento de ruptura no desenvolvimento econômico brasileiro
Industrialização passa a ser meta / Novas classes econômicas no poder
Irradiação do setor exportador e início da industrialização brasileira
PROCESSO DE SUBSTITUIÇÃO DE IMPORTAÇÕES (PSI)
A década de 30 e o deslocamento do centro dinâmico
Deslocamento do centro dinâmico (queda dos preços do café e a fuga de capitais)
Políticas de Governo
Manutenção da renda: Estocagem e posterior destruição – uso de recursos próprios
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Deslocamento da demanda
Moratória sobre parte da dívida externa
Desvalorização da moeda nacional
Contingenciamento no uso dos recursos externos
Mudança na pauta de importações
A revolução de 1930 e o populismo
Derrubada do grupo hegemônico (oligarquia cafeeira paulista)
Insustentabilidade política (diferentes grupos de apoio)
Populismo (1930-1964), fases: autoritária (Vargas), democrática (pós-guerra), instabilidade (1960-64)
Não alterar a situação política do campo
Angariar apoio das massas urbanas (criação de concessões como a CLT)
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CARACTERÍSTICAS DO PROGRAMA DE SUBSTITUIÇÃO DE IMPORTAÇÕES
Industrialização fechada
Voltada para dentro
Depender, em parte, de proteção
Motor dinâmico do PSI era o estrangulamento externo (relativo)
Estrangulamento externo, medidas para conter a crise, onda de investimentos, novo estrangulamento, ....
Industrialização por etapas (4 etapas, cada uma delas com ênfase num tipo de bem)
Ideia de construção nacional (nacional desenvolvimentismo)
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MECANISMOS DE PROTEÇÃO À INDÚSTRIA NACIONAL UTILIZADOS NO PSI
Desvalorização real do câmbio (com Vargas na crise de 1930)
Controle do câmbio (com Dutra por volta de 1947-48)
Licenças para importar
Taxas múltiplas de câmbio (com Vargas em 1952)
Mercados cambiais. Vantagem: arrecadação de recursos nos diferentes mercados
Elevação das tarifas aduaneiras (com Juscelino)
DIFICULDADES NA IMPLEMENTAÇÃO DO PSI
Tendência ao desequilíbrio externo
Política cambial: “confisco cambial” (na exportação de agrícolas)
Indústria sem competitividade: foco no mercado interno
Elevada demanda por importações
Aumento da participação do estado
Adequação do arcabouço institucional à indústria
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Geração de infraestrutura básica
Fornecimento de insumos básicos
Captação e distribuição de poupança
Aumento do grau de concentração de renda
Êxodo rural, legislação trabalhista restrita ao trabalhador urbano
Caráter capital intensivo do investimento industrial
Argumento da indústria nascente – caçadores de renda (rent-seeking)
Escassez de fontes de financiamento
Inexistência de sistema financeiro (lei da usura)
Ausência de reforma tributária ampla
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PAPEL DA AGRICULTURA NA INDUSTRIALIZAÇÃO DE UM PAÍS
Liberação de mão-de-obra
Fornecimento de alimentos e matérias-primas
Transferência de capital
Geração de divisas
Mercado consumidor
Problemas da agricultura: *Visão estruturalista da inflação(causada pela agricultura); *Ausência de reforma agrária
Soluções da agricultura: *Gerou mão-de-obra, divisas, matéria-prima e alimentos; * Numa ampla perspectiva a agricultura se expandiu e se diversificou
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PLANO DE METAS (1956-1960)
Amadurecimento da indústria
Base nos estudos BNDE-CEPAL
Readequar infraestrutura e eliminar pontos de estrangulamento
Principais pontos do plano
Investimentos estatais em infraestrutura
Estímulo ao aumento da produção de bens intermediários
Incentivos à introdução de setores de consumo duráveis e de capital
Crédito subsidiado pelo BB e BNDE
Política de reserva de mercado (lei do similar nacional)
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Súmula 113 da SUMOC
Investimento estrangeiro sem cobertura cambial
Isenções fiscais
Garantias de mercado
Atacar pontos de estrangulamento
Criar pontos de germinação
Cumprimento de metas
Problemas
Financiamento
Concentração de renda
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Exercícios
A2006-1
A2009-1
A2012-2
A2014-4
A2017-1, 2 e 3
A2018 – 1, 2 e 3
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