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¹ Acadêmicos de agronomia, UFRA – Campus Parauapebas. UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DA AMAZÔNIA MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO Autores: Daylon Aires Fernandes¹ Leomara Pessoa Brito¹ Kenya Laena Costa Carneiro¹ Jéssica Rodrigues Silva¹ Gabrielly Pereira de Araujo¹ Taysa Katlyn Lima Borges¹ CADEIA PRODUTIVA DE PYTAIA NO MUNICÍPIO DE TOMÉ-AÇÚ, PA: Desafios e Potencialidades. PARAUAPEBAS – PA 2018 ¹ Acadêmicos de agronomia, UFRA – Campus Parauapebas. 1. INTRODUÇÃO A Pitaya (Hyloceresus undatus) é uma cactácea de origem do México, também conhecida como fruta dragão. No brasil a cultura da Pitaya teve grande avanço na última década e continua crescendo em produção e em comercialização. Sabe-se que o maior volume de produção está localizado no estado de São Paulo. Mas a sua produção também pode ser encontrada em outros estados, tais como Santa Catarina, Minas gerais, Pernambuco e recentemente no Pará. No para a produção vem aumentando cada vez mais, a maior parte da produção do para esta localizada na cidade de Tomé-Açu, nordeste do Pará, onde a fruta vem sendo uma fonte alternativa de renda, 30% da produção é destinada para a cooperativa, 10% para vendas por encomenda e 60% para consumo. A Pitaya é uma cultura que foi implantada recentemente em Tomé-Açu, ainda não se tem protocolo de manejo da cultura, o que evidencia a necessidade de pesquisas sobre a mesma. ¹ Acadêmicos de agronomia, UFRA – Campus Parauapebas. 2. REFERENCIAL TEÓRICO A Pitaya é uma cactácea, frutífera, a planta e o fruto são denominados com o mesmo nome, a mesma tem origem da América Tropical e Subtropical. A mesma é considerada exótica a mesma era desconhecida, agora possui um nicho bastante promissor para o mercado. (Moreira R.A. et al 2012). Segundo C.A. de Lima et al (2013), a Pitaya também conhecida como fruta dragão, é considerada uma planta rustica da família Cactácea, a mesma possui muitas espécies que diferem em características físicas como presença de espinhos, cor de casca e polpa entre outras o que indica grande diversidade. Apesar do grande potencial da Pitaya os estudos são bastante escassos. De acordo com Abreu et al (2012), As Pitaias são fonte de vitamina B1, B2, B3, betacaroteno, licopeno, Ácido Ascórbico, Potássio, Magnésio e Carboidratos. O óleo presente nas sementes das Pitaias contém cerca de 50% de ácidos graxos essenciais, sendo que cerca de 48% é de ácido linoleico e 1,5% de ácido linolênico, existem interesse na cultura pela alta capacidade oxidante que pode variar de espécie para espécie. 3. METODOLOGIA A pesquisa foi realizada em uma propriedade rural do município de Tomé-Açu - PA. Os dados foram coletados por meio de uma entrevista com o produtor, visando levantar informações referentes à atividade produtiva praticada pelo agricultor e caracterizá-la. A partir da visita, foi possível fazer um levantamento da cadeia produtiva de açaí, identificar as dificuldades encontradas pelo produtor rural e suas potencialidades para expansão da atividade. As mudas utilizadas no cultivo foram doadas por um familiar do agricultor, e posteriormente as demais mudas foram obtidas através de poda. No cultivo da Pitaya é realizada a adubação orgânica, feita de forma semestral, duas vezes ao ano, utilizando uma compostagem constituída por cascas de Pitaya, torta e cacho de dendê, associada ao NPK. A compostagem é feita pela cooperativa e entregue ao agricultor, mas os valores nutricionais requeridos pela cultura ainda são desconhecidos. ¹ Acadêmicos de agronomia, UFRA – Campus Parauapebas. Os custos para implantação do sistema de irrigação foram de R$ 4.000,00 em uma pequena parcela do plantio, que corresponde a 0,7 há. Não houve preparo do solo para implantar a cultura da Pitaya, já que o solo já havia sido preparado anteriormente para estabelecer outro cultivo, e as estacas atualmente presentes foram reutilizadas do cultivo de pimenta-do-reino. As estacas apresentam 50 cm para sustentação, 2,5 m de distância entre estacas, e 5 m de distância entre linhas. Visando orientar o desenvolvimento dos ramos quanto à distribuição, número e tamanho, foi feita a poda de formação. Após surgirem as flores, num período de 30 dias a frutificação ocorre, e num período que varia entre quatro e cinco meses após o plantio quando a planta já obtém uma altura que varia entre 1 m e 1,5 m já ocorre a primeira frutificação. A planta de Pitaya consegue produzir num período máximo de cinco anos, em média 25 kg por planta de produção anual, e o seu período de maior produtividade é de agosto a dezembro, seu fruto possui em média 450 g, podendo atingir até 700 g. O fruto pode manter suas propriedades sob refrigeração por até vinte dias, e seu destino é exportação, mercado nacional e local, sendo direcionado à cooperativa CAMTA (Cooperativa agrícola mista de Tomé-Açu) e comercializado in natura ealém de ser utilizado em cosméticos, corante natural, fins medicinais e adubação orgânica. Na CAMTA ocorre a produção da polpa do fruto e estudos são feitos para verificar uma possível fabricação de sorvete da fruta. ¹ Acadêmicos de agronomia, UFRA – Campus Parauapebas. 4. ANÁLISE E DISCUSSÃO DOS RESULTADOS 4.1 Caracterização da propriedade O estudo foi realizado na zona rural do Município de Tomé-Açu está situado na parte central da mesorregião do nordeste paraense (02º 25' 08" S, 48º 09' 08" W), na microrregião do mesmo nome, considerado um dos polos de desenvolvimento da agricultura comercial mais importante do Estado do Pará, que utiliza sistemas modernos de cultivo. Segundo a classificação de Koppen, isto é, tropical chuvoso com estação seca bem definida, de 3 a 4 meses com menos de 60 mm de chuva mensal. A propriedade familiar detém de sistema produtivo SAF’s (Sistema Agroflorestais). A área total é de 130 ha, e uma parcela de 3 ha é ocupada com 1050 plantas de Pitaya (Hylocereus guatemalensis, H.undatus). Cerca de 0,7 ha do plantio possui irrigação por gotejamento, logo a parcela irrigada obteve um custo de 4000 reais na implantação; a parcela não irrigada do cultivo encontra-se em consórcio com plantas de caju e mandioca. Antes do estabelecimento da cultura de Pitaya, a área era ocupada com a cultura de acerola; as estacas que sustentam os cactos possuem aproximadamente 2 m de altura e 50 cm de diâmetro, as mesmas foram reutilizadas da cultura de pimenta do reino, com espaçamento de 2,5 m entre estacas e 5 m entre linhas. ¹ Acadêmicos de agronomia, UFRA – Campus Parauapebas. 4.2 Insumos e práticas utilizadas na produção ¹ Acadêmicos de agronomia, UFRA – Campus Parauapebas. 4.3 Desafios e potencialidades da produção Mesmo tendo elevado potencial de crescimento e uma escala comercial significativa, ainda existem diversos alicerces na produção de Pitaya a serem melhorados em prol do desconhecimento científico e cadeia produtiva informal, o que acarreta problemas na produção e qualidade final do produto. Com o objetivo de uma técnica que estimule a melhor produção por unidade de área de Pitaya, foi realizado um levantamento da cadeia produtiva para alavancar desafios e potencialidade da produção na qual estimule pesquisas relevantes para o melhor manejo da Pitaya. Na propriedade ruralque foi realizada o estudo, o manejo adotado na produção de Pitaya ainda é realizado de maneira informal, tendo como destaque: a adubação que se baseia de acordo com as mesmas práticas adotadas na cultura do Maracujá, ainda não obtendo uma técnica equilibrada de acordo com as exigências nutricionais da cultura. No manejo de pragas adotado pelo produtor, apenas medidas de controle químico são realizadas no ataque de pragas, não utilizando técnicas para um plano de manejo integrado das principais pragas que atacam a Pitaya. Havendo também a necessidade da caracterização dos tipos de solos da propriedade e a ausência de análise dos nutrientes na área de plantio além de uma avaliação de aptidão agrícola do solo. A potencialidade de produção deve ser interligada na utilização de novas técnicas de manejo para estimular a produção de Pitaya; Entre elas, a adoção de práticas tecnológicas por ferti-irrigação, um manejo integrado de pragas para formigas (principal praga que ataca a cultura na propriedade), aptidão agrícola que vise as necessidades físicas, químicas e biológicas do solo, conjunto de procedimentos para evitar a proliferação e dispersão de patógenos nocivos a cultura que ataca principalmente o colo da cactácea. A ação conjunta de Cooperativismo da CAMTA (Cooperativa Agrícola Mista de Tomé-Açu) é um forte contribuinte para a produção com programas de capacitação e projetos que visa a qualidade nos produtos finais da propriedade, estimulando a pequena produção que atendem as exigências do mercado nacional e internacional. ¹ Acadêmicos de agronomia, UFRA – Campus Parauapebas. 5. CONSIDERAÇÕES FINAIS ¹ Acadêmicos de agronomia, UFRA – Campus Parauapebas. REFERÊNCIAS
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