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Direito-Ambiental-2ª-Edição-Volume-Único

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APOSTILA 
 
Direito Ambiental | 2ª ed. 
 
 
 
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e-mail: ​atendimento@provadaordem.com.br 
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Direito Ambiental | 2ª ed. 
 
SUMÁRIO 
 
Introdução 4 
Conceitos Básicos 4 
Principais artigos da Constituição Federal sobre Direito Ambiental 4 
Direito Ambiental Internacional 5 
Espécies de Meio Ambiente 7 
Princípios do Direito Ambiental 8 
Competência no Direito Ambiental 9 
Sobre a PNMA (POLÍTICA NACIONAL DO MEIO AMBIENTE) 10 
Objetivos gerais da PNMA – Art. 2º, caput, da Lei 10 
Objetivos específicos da PNMA – Art. 2º e incisos da Lei 10 
Princípios da PNMA 11 
Instrumentos da PNMA – Art. 9º da Lei 11 
Sistema Nacional do Meio Ambiente (SISNAMA) – Art. 6º da Lei 12 
Licenciamento Ambiental 13 
Avaliação de Impactos Ambientais (AIA) 16 
Estudo prévio de impacto ambiental (EIA) 17 
Relatório de impacto ambiental (RIMA) 17 
Publicidade e participação pública 18 
Audiência pública 18 
Outras modalidades de avaliação de impacto ambiental (AIA) 18 
Zoneamento Ambiental 18 
Tombamento 19 
Infrações e Sanções Administrativas 19 
Tutela Civil 21 
Dano Ambiental 21 
Classificação de Dano Ambiental 21 
 
 
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Direito Ambiental | 2ª ed. 
 
Reparação do Dano Ambiental 21 
Tutela Pré-processual 22 
Tutela Processual 23 
Ações Individuais 23 
Ação civil pública ambiental (ACP) 23 
Ação popular ambiental constitucional 25 
Mandado de segurança coletivo ambiental 26 
Mandado de injunção ambiental 26 
Tutela Penal e Processual Penal 26 
Norma penal ambiental 26 
Competência 26 
Concurso de agentes e omissão penalmente relevante 27 
Responsabilidade penal da pessoa jurídica 27 
Aplicação da pena 27 
Penas restritivas de direitos aplicáveis às pessoas físicas 27 
Sursis ambiental 28 
Multa 28 
Perícia 28 
Sentença condenatória 28 
Penas aplicáveis às pessoas jurídicas 29 
Ação penal 29 
Infração de menor potencial ofensivo (IMPO) 29 
Sursis processual 29 
Crimes em espécie 29 
 
 
 
 
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Direito Ambiental | 2ª ed. 
 
Introdução 
A compreensão da matéria de Direito Ambiental pressupõe um conjunto de conhecimentos 
prévios oriundos de outros ramos do Direito. Em si, o Direito Ambiental poderia ser classificado 
como uma espécie do Direito Administrativo, no entanto recebe interferências diversas outras 
disciplinas, o que impede essa classificação seja absoluta. 
 
Conceitos Básicos 
Antes de iniciarmos o estudo dos tópicos que compõe a matéria de Direito Ambiental, é 
importante que alguns conceitos básicos sejam compreendidos para o bom desenvolvimento do 
aprendizado: 
O que é Meio Ambiente? O Art. 3º, I da Lei 6938/81 preconiza ser “o conjunto de condições, leis, 
influências e interações de ordem física, química e biológica, que permite, abriga e rege a vida em 
todas as suas formas (Art. 3°, I da Lei n° 6.938/81). 
O que é Risco Ambiental? O risco ambiental pode ser aferido sempre que houver possibilidade de 
degradação ambiental, ou seja, que sofra alterações intervencionistas - não naturais. 
O que é Poluição? O art. 3°, III da Lei n° 6.938/81 define que poluição é a degradação da 
qualidade ambiental resultante de atividades que direta ou indiretamente: 
● prejudiquem a saúde, a segurança e o bem-estar da população; 
● criem condições adversas às atividades sociais e econômicas; 
● afetem desfavoravelmente a biota; 
● afetem as condições estéticas ou sanitárias do meio ambiente; 
● lancem matérias ou energia em desacordo com os padrões ambientais estabelecidos. 
 
O que é Poluidor? A definição é trazida pela inteligência do art. 3°, IV da Lei n° 6.938/81, em que 
poluidor é a pessoa física ou jurídica, de direito público ou privado, responsável, direta ou 
indiretamente, por atividade causadora de degradação ambiental. 
 
PRINCIPAIS ARTIGOS DA CONSTITUIÇÃO FEDERAL SOBRE DIREITO AMBIENTAL 
a) art. 1º, III: dignidade da pessoa humana – sua aplicação pressupõe que somente há vida digna 
se inserida num ambiente ecologicamente equilibrado; 
b) art. 5º, caput: garantia da inviolabilidade do direito à vida; 
 
 
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c) art. 170, caput e incisos III e VI, da CF: a ordem econômica deve respeitar os princípios da 
função social da propriedade e da defesa do meio ambiente; 
d) art. 225, caput: todos têm direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, bem de uso 
comum do povo e essencial à sadia qualidade de vida, impondo-se ao Poder Público e à 
coletividade o dever de defendê-lo e preservá-lo para as presentes e futuras gerações. 
 
 
Direito Ambiental Internacional 
 
Conferência Sobre Meio Ambiente Humano 
 
Realizada após a Declaração de Estocolmo/72. Essa conferência estabeleceu um meio 
ambiente ligado à vida saudável e ​direitos humanos. Vale ressaltar, que o art. 225 da CF/88 
estabelece o meio ambiente como um direito fundamental. 
 
 
 
 
 
Art. 225. Todos têm direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, bem de uso 
comum do povo e essencial à sadia qualidade de vida, impondo-se ao Poder Público e à 
coletividade o dever de defendê-lo e preservá-lo para as presentes e futuras gerações. 
§ 1º - Para assegurar a efetividade desse direito, incumbe ao Poder Público: 
I - preservar e restaurar os processos ecológicos essenciais e prover o manejo ecológico 
das espécies e ecossistemas; 
II - preservar a diversidade e a integridade do patrimônio genético do País e fiscalizar as 
entidades dedicadas à pesquisa e manipulação de material genético; 
III - definir, em todas as unidades da Federação, espaços territoriais e seus componentes 
a serem especialmente protegidos, sendo a alteração e a supressão permitidas somente 
através de lei, vedada qualquer utilização que comprometa a integridade dos atributos 
que justifiquem sua proteção; 
IV - exigir, na forma da lei, para instalação de obra ou atividade potencialmente 
causadora de significativa degradação do meio ambiente, estudo prévio de impacto 
ambiental, a que se dará publicidade; 
V - controlar a produção, a comercialização e o emprego de técnicas, métodos e 
substâncias que comportem risco para a vida, a qualidade de vida e o meio ambiente; 
 
 
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VI - promover a educação ambiental em todos os níveis de ensino e a conscientização 
pública para a preservação do meio ambiente; 
VII - proteger a fauna e a flora, vedadas, na forma da lei, as práticas que coloquem em 
risco sua função ecológica, provoquem a extinção de espécies ou submetam os animais 
a crueldade. 
§ 2º - Aquele que explorarrecursos minerais fica obrigado a recuperar o meio ambiente 
degradado, de acordo com solução técnica exigida pelo órgão público competente, na 
forma da lei. 
§ 3º - As condutas e atividades consideradas lesivas ao meio ambiente sujeitarão os 
infratores, pessoas físicas ou jurídicas, a sanções penais e administrativas, 
independentemente da obrigação de reparar os danos causados. 
§ 4º - A Floresta Amazônica brasileira, a Mata Atlântica, a Serra do Mar, o Pantanal 
Mato-Grossense e a Zona Costeira são patrimônio nacional, e sua utilização far-se-á, na 
forma da lei, dentro de condições que assegurem a preservação do meio ambiente, 
inclusive quanto ao uso dos recursos naturais. 
§ 5º - São indisponíveis as terras devolutas ou arrecadadas pelos Estados, por ações 
discriminatórias, necessárias à proteção dos ecossistemas naturais. 
§ 6º - As usinas que operem com reator nuclear deverão ter sua localização definida em 
lei federal, sem o que não poderão ser instaladas. 
 
 
Relatório “Nosso Futuro Comum (relatório Brundtland) 
Esse relatório trouxe o conceito de desenvolvimento básico. O ​conceito internacional de 
desenvolvimento básico é aquele que atende as necessidades das gerações presentes sem 
comprometer as necessidades das gerações futuras. Já o conceito de ​conceito nacional de 
desenvolvimento sustentável está no ​art. 225 da CF​ (mencionado a cima). 
 
Conferência Mundial sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento (Rio/92 ou Eco/92) 
Documentos são: declaração do Rio, agente 21, convenção – quadro sobre mudanças do clima e 
convenção sobre diversidade biológica. 
 
Rio + 10/2002 
Ocorreu em Joanesburgo, África do Sul. 
 
 
 
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Espécies de Meio Ambiente 
a) Meio ambiente físico ou natural: compreende o solo, o ar, a água, a flora e a fauna. Art. 225 da 
CF ou art. 3º da Lei 6.938/81. 
b) Meio ambiente artificial ou urbano: constituído pelo espaço urbano construído e pelos 
equipamentos públicos. ​Art. 182 da CF. 
 
c) Meio ambiente cultural: compreende o patrimônio histórico, artístico, cultural, paisagístico e 
turístico, ou seja, bens que refletem a identidade, formação e memória do povo brasileiro, sejam 
bens materiais ou imateriais. 
 
Art. 215. O Estado garantirá a todos o pleno exercício dos direitos culturais e acesso às 
fontes da cultura nacional, e apoiará e incentivará a valorização e a difusão das 
manifestações culturais. 
§ 1º - O Estado protegerá as manifestações das culturas populares, indígenas e 
afro-brasileiras, e das de outros grupos participantes do processo civilizatório nacional. 
§ 2º - A lei disporá sobre a fixação de datas comemorativas de alta significação para os 
diferentes segmentos étnicos nacionais. 
§ 3º A lei estabelecerá o Plano Nacional de Cultura, de duração plurianual, visando ao 
desenvolvimento cultural do País e à integração das ações do poder público que conduzem 
à: 
I defesa e valorização do patrimônio cultural brasileiro; 
II produção, promoção e difusão de bens culturais; 
III formação de pessoal qualificado para a gestão da cultura em suas múltiplas dimensões; 
IV democratização do acesso aos bens de cultura; 
V valorização da diversidade étnica e regional. 
Art. 216. Constituem patrimônio cultural brasileiro os bens de natureza material e imaterial, 
tomados individualmente ou em conjunto, portadores de referência à identidade, à ação, à 
memória dos diferentes grupos formadores da sociedade brasileira, nos quais se incluem: 
I - as formas de expressão; 
II - os modos de criar, fazer e viver; 
 
 
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III - as criações científicas, artísticas e tecnológicas; 
IV - as obras, objetos, documentos, edificações e demais espaços destinados às 
manifestações artístico-culturais; 
V - os conjuntos urbanos e sítios de valor histórico, paisagístico, artístico, arqueológico, 
paleontológico, ecológico e científico. 
§ 1º - O Poder Público, com a colaboração da comunidade, promoverá e protegerá o 
patrimônio cultural brasileiro, por meio de inventários, registros, vigilância, tombamento e 
desapropriação, e de outras formas de acautelamento e preservação. 
§ 2º - Cabem à administração pública, na forma da lei, a gestão da documentação 
governamental e as providências para franquear sua consulta a quantos dela necessitem. 
§ 3º - A lei estabelecerá incentivos para a produção e o conhecimento de bens e valores 
culturais. 
§ 4º - Os danos e ameaças ao patrimônio cultural serão punidos, na forma da lei. 
§ 5º - Ficam tombados todos os documentos e os sítios detentores de reminiscências 
históricas dos antigos quilombos. 
§ 6 º É facultado aos Estados e ao Distrito Federal vincular a fundo estadual de fomento à 
cultura até cinco décimos por cento de sua receita tributária líquida, para o financiamento 
de programas e projetos culturais, vedada a aplicação desses recursos no pagamento de: 
I - despesas com pessoal e encargos sociais; 
II - serviço da dívida; 
III - qualquer outra despesa corrente não vinculada diretamente aos investimentos ou 
ações apoiados 
 
d) Meio ambiente do trabalho: compreende todas as condicionantes para a tutela da saúde e 
segurança do trabalhador no ambiente no qual desenvolve suas atividades laborais. ​Art. 200, VII, 
CF 
 
PRINCÍPIOS DO DIREITO AMBIENTAL 
 
Ubiquidade o meio ambiente é vetor principal a ser aferido em toda atividade ou 
empreendimento, daí a exigência da presença de sustentabilidade 
 
 
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ambiental e do poder limitador que ele confere ao direito de 
propriedade (função socioambiental da propriedade). 
Desenvolvimento 
sustentável 
É um dos mais importantes princípios do Direito Ambiental. Este 
princípio busca o equilíbrio do desenvolvimento econômico e o 
meio ambiente, a chamada sustentabilidade. 
Direito à sadia 
qualidade de vida 
a vida, concebida constitucionalmente, é uma vida sadia se inserida 
num meio ambiente ecologicamente equilibrado. 
Participação o dever de zelar pelo meio ambiente é conferido à sociedade e ao 
Estado, concomitantemente. 
Função 
sócio-ambiental 
da propriedade 
o direito à propriedade passou a incorporar duas novas 
concepções: observância da função social e da função ambiental. 
Poluidor-pagador cabe ao poluidor suportar todos os custos das medidas necessárias 
para indenizar e/ou recuperar o meio ambiente. 
Usuário-pagador complementa o princípio anterior, na medida em que prevê que o 
usuário pague pela utilização de recursos ambientais. 
Prevenção que sejam tomadas todas as medidas possíveis para evitar os 
danos previsíveis. 
Precaução Este princípio está intimamente ligado à busca à busca da proteção 
do meio ambiente. Este princípio busca uma ação antecipada à 
ocorrência do dano ambiental.Competência no Direito Ambiental 
a) Competência legislativa: a competência legislativa é concorrente; dessa forma, cabe à União a 
edição de normas gerais sobre meio ambiente (art. 24 § 1º, da CF), cabendo aos Estados (art. 24, 
 
 
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§ 2º, da CF) a atuação suplementar; a competência legislativa dos municípios em matéria 
ambiental deve limitar-se à demonstração da existência de interesse local. 
b) Competência material (administrativa): de acordo com o art. 23 da CF, extrai-se que a 
competência é do tipo tipo comum, competindo à União, aos Estados e Municípios proteger o 
meio ambiente e combater a poluição em qualquer de suas formas, preservando as florestas, a 
fauna e a flora 
c) Competência Fiscalizatória: De acordo com o art. 23, III, IV, VI, VII e IX da CF, ficou 
estabelecido que a competência é comum à União, aos Estados e ao Distrito Federal e aos 
Municípios, para realizar a proteção do meio ambiente. A atribuição fiscalizatória decorre da 
atribuição conferida aos entes federados para proteger o meio ambiente. 
 
Sobre a PNMA (POLÍTICA NACIONAL DO MEIO AMBIENTE) 
A Lei federal n. 6.938/81, denominada Lei da Política Nacional do Meio Ambiente, dispõe sobre a 
POLÍTICA NACIONAL DO MEIO AMBIENTE (PNMA); tendo instituído o SISTEMA NACIONAL 
DO MEIO AMBIENTE (SISNAMA), integrado pela União, Estados e Municípios. 
OBJETIVOS GERAIS DA PNMA – ART. 2º, CAPUT, DA LEI 
a) a preservação, melhoria e recuperação da qualidade ambiental; 
b) assegurar condições ao desenvolvimento socioeconômico; 
c) promover os interesses da segurança nacional; 
d) a proteção da dignidade da pessoa humana. 
 
OBJETIVOS ESPECÍFICOS DA PNMA – ART. 2º E INCISOS DA LEI 
I – desenvolvimento sustentável; 
II – definição de áreas prioritárias de ação governamental; 
III – estabelecimento de critérios e padrões de qualidade ambiental; 
IV – desenvolvimento de pesquisas e tecnologias; 
V – difusão de tecnologias; divulgação de dados e informações ambientais; e formação de uma 
consciência pública; 
 
 
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VI – preservação e restauração de recursos ambientais; 
VII – imposição, ao poluidor, de obrigação de recuperar e/ou indenizar os danos (princípio do 
poluidor-pagador) e ao usuário da obrigação de contribuir (como compensação) pela 
utilização de recursos ambientais com fins econômicos (princípio do usuário-pagador). 
 
PRINCÍPIOS DA PNMA 
I – meio ambiente como patrimônio de uso comum do povo (Direito Difuso); 
II – racionalização do uso de recursos naturais; 
III – planejamento e fiscalização do uso de recursos naturais; 
IV – proteção e preservação dos ecossistemas, inclusive com o estabelecimento de áreas de 
proteção ambiental e Estações Ecológicas de uso severamente restritivo; 
V – controle e zoneamento de atividades poluidoras; 
VI – incentivos ao estudo e à pesquisa; 
VII – acompanhamento do estado da qualidade ambiental; 
VIII – recuperação das áreas degradadas; 
IX – proteção de áreas ameaçadas de degradação; 
X – educação ambiental. 
INSTRUMENTOS DA PNMA – ART. 9º DA LEI 
I – estabelecimento de padrões de qualidade ambiental (compete ao CONAMA, segundo o art. 8º, 
VII, estabelecer normas, critérios e padrões relativos ao controle e à manutenção da 
qualidade do meio ambiente com vistas ao uso racional dos recursos ambientais, 
principalmente os hídricos); 
II – zoneamento ambiental; 
III – avaliação dos impactos ambientais (o art. 225, § 1º, IV, da CF exige estudo prévio de impacto 
ambiental para instalação de obra ou atividade efetiva ou potencialmente causadora de 
significativa degradação do meio ambiente); 
IV – licenciamento e revisão de atividades efetiva ou potencialmente poluidoras (o licenciamento 
ambiental é previsto no art. 10 da Lei n. 6.938/81); 
 
 
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V – incentivo à produção e instalação de equipamentos e criação ou absorção de tecnologia, 
voltados para a melhoria da qualidade ambiental; 
VI – criação de espaços territoriais especialmente protegidos pelo Poder Público federal, estadual 
e municipal, tais como áreas de proteção ambiental, de relevante interesse ecológico e 
reservas extrativistas (aqui se trata da criação de espaços especialmente protegidos, nos 
termos do art. 225, § 1º, III, da CF); 
VII – sistema nacional de informações sobre o meio ambiente; 
VIII – Cadastro Técnico Federal de Atividades e Instrumentos de Defesa Ambiental; 
IX – penalidades disciplinares ou compensatórias ao não cumprimento das medidas necessárias 
à preservação ou correção da degradação ambiental; 
X – instituição do Relatório de Qualidade do Meio Ambiente, a ser divulgado anualmente pelo 
IBAMA; 
XI – a garantia da prestação de informações relativas ao meio ambiente, obrigando-se o Poder 
Público a produzi-las, quando inexistentes; 
XII – o Cadastro Técnico Federal de atividades potencialmente poluidoras e/ou utilizadoras dos 
recursos ambientais; 
XIII – instrumentos econômicos, como concessão florestal, servidão ambiental, seguro ambiental 
e outros. 
 
SISTEMA NACIONAL DO MEIO AMBIENTE (SISNAMA) – ART. 6º DA LEI 
Cabe ao SISNAMA, que é integrado pelos órgãos e entidades da União, dos Estados, do Distrito 
Federal e dos Municípios responsáveis pela proteção e melhoria da qualidade ambiental, a 
gestão ambiental. 
a) Órgão superior: embora o SISNAMA preveja um Órgão Superior – o Conselho de Governo, 
cuja função é assessorar o Presidente da República na formulação da política nacional e das 
diretrizes governamentais para o meio ambiente e recursos ambientais, na prática seu lugar tem 
sido ocupado pelo Conselho Nacional de Meio Ambiente (CONAMA). 
b) CONAMA: órgão consultivo e deliberativo cuja função é assessorar, estudar e propor ao 
Conselho de Governo as diretrizes de políticas governamentais para o meio ambiente e deliberar 
sobre normas e padrões de qualidade ambiental; é presidido pelo Ministro do Meio Ambiente. 
 
 
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Licenciamento Ambiental 
O que é licenciável? 
De acordo com o art. 10 da Lei nº 6.938/81, necessita de licenciamento: 
“Art. 10 - A construção, instalação, ampliação e funcionamento de estabelecimentos e atividades 
utilizadoras de recursos ambientais, considerados efetiva e potencialmente poluidores, 
bem como os capazes, sob qualquer forma, de causar degradação ambiental, dependerão 
de prévio licenciamento de órgão estadual competente, integrante do Sistema Nacional do 
Meio Ambiente - SISNAMA, e do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e Recursos Naturais 
Renováveis - IBAMA, em carátersupletivo, sem prejuízo de outras licenças exigíveis” 
 
Ainda, reforçando esta previsão, temos o art. 2º da Resolução CONAMA n° 237/1997, que segue: 
“Art. 2º- A localização, construção, instalação, ampliação, modificação e operação de 
empreendimentos e atividades utilizadoras de recursos ambientais consideradas efetiva ou 
potencialmente poluidoras, bem como os empreendimentos capazes, sob qualquer forma, 
de causar degradação ambiental, dependerão de prévio licenciamento do órgão ambiental 
competente, sem prejuízo de outras licenças legalmente exigíveis.” 
 
Em suma, serão submetidos ao prévio licenciamento ambiental qualquer atividade ou 
empreendimento que possa causar danos ao meio ambiente, algum tipo de poluição. Vale 
destacar, ainda, que a o obtenção de outras autorizações e permissões junto à Administração 
Pública não assegura o direito do empreendedor ao exercício de atividade potencialmente 
poluidora. 
 
O que é o licenciamento? 
“É o procedimento administrativo realizado pelo órgão ambiental competente, que pode ser 
federal, estadual ou municipal, para licenciar a instalação, ampliação, modificação e operação de 
atividades e empreendimentos que utilizam recursos naturais, ou que sejam potencialmente 
poluidores ou que possam causar degradação ambiental. 
 
 
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O licenciamento é um dos instrumentos de gestão ambiental estabelecido pela lei Federal n.º 
6938, de 31/08/81, também conhecida como Lei da Política Nacional do Meio Ambiente. 
Em 1997, a Resolução nº 237 do CONAMA - Conselho Nacional do Meio Ambiente definiu as 
competências da União, Estados e Municípios e determinou que o licenciamento deverá ser 
sempre feito em um único nível de competência. 
No licenciamento ambiental são avaliados impactos causados pelo empreendimento, tais como: 
seu potencial ou sua capacidade de gerar líquidos poluentes (despejos e efluentes), resíduos 
sólidos, emissões atmosféricas, ruídos e o potencial de risco, como por exemplo, explosões e 
incêndios. 
Cabe ressaltar, que algumas atividades causam danos ao meio ambiente principalmente na sua 
instalação. É o caso da construção de estradas e hidrelétricas, por exemplo. 
É importante lembrar que as licenças ambientais estabelecem as condições para que a atividade 
ou o empreendimento cause o menor impacto possível ao meio ambiente. Por isso, qualquer 
alteração deve ser submetida a novo licenciamento, com a solicitação de Licença Prévia.” [1] – 
(FEPAM, Licenciamento Ambiental, consultado em 12/04/2016 às 11h - 
http://www.fepam.rs.gov.br/central/licenciamento.asp) 
a) Natureza jurídica: é um instrumento preventivo de tutela do meio ambiente. 
b) Conceito: “é o procedimento administrativo pelo qual o órgão ambiental competente licencia a 
localização, instalação, ampliação e a operação de empreendimentos e atividades utilizadoras de 
recursos ambientais, consideradas efetiva ou potencialmente poluidoras, ou daquelas que, sob 
qualquer forma, possam causar degradação ambiental, considerando as disposições legais e 
regulamentares e as normas técnicas aplicáveis ao caso”. 
c) Necessidade de estudo prévio de impacto ambiental: o licenciamento ambiental deve ser 
precedido de estudo prévio de impacto ambiental (EIA) sempre que o empreendimento ou 
atividade forem considerados efetiva ou potencialmente causadores de significativa degradação 
ambiental. 
d) Etapas: o procedimento de licenciamento ambiental tem 8 etapas: 
● definição pelo órgão ambiental licenciador, com a participação do empreendedor, dos 
documentos, projetos e estudos ambientais necessários ao início do processo do 
licenciamento; 
● requerimento da licença ambiental pelo empreendedor, acompanhado dos documentos, 
projetos e estudos ambientais pertinentes, e seu anúncio público; 
● análise pelo órgão licenciador dos documentos, projetos e estudos apresentados e 
 
 
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realização de vistorias técnicas, quando necessárias; 
● solicitação de esclarecimentos e complementações pelo órgão licenciador, podendo 
ocorrer reiteração caso os esclarecimentos e complementações não tenham sido 
satisfatórios; 
● realização ou dispensa de audiência pública; 
● solicitação de esclarecimentos e complementações decorrentes de audiências públicas, 
bem como reiteração quando os esclarecimentos e complementações não tenham sido 
satisfatórios; 
● emissão pelo órgão ambiental de parecer técnico conclusivo e, quando couber, parecer 
jurídico; 
● deferimento ou indeferimento do pedido de licença, com a devida publicidade, que se 
desdobra em licença prévia, licença de instalação e licença de operação ou 
funcionamento. 
 
e) Espécies: são 3 as licenças a serem concedidas pelo órgão competente: 
● licença prévia (LP): por meio dela o órgão licenciador atesta a viabilidade ambiental do 
empreendimento ou atividade e estabelece requisitos e condicionantes a serem atendidos 
nas próximas fases; a licença prévia tem prazo de validade de no máximo 5 anos; 
● licença de instalação (LI): a licença de instalação, obrigatoriamente precedida pela licença 
prévia, autoriza a instalação do empreendimento ou atividade de acordo com os planos, 
programas e projetos aprovados; o prazo da licença de instalação não poderá superar 6 
anos; 
● licença de operação ou de funcionamento (LO ou LF): essa licença sucede à de instalação 
e tem por finalidade autorizar a operação da atividade ou empreendimento; o prazo da 
licença de funcionamento será de no mínimo 4 e no máximo 10 anos. 
 
f) Competência 
● União: órgão federal – IBAMA. Cabe à União promover o licenciamento ambiental dos 
empreendimentos e atividades enumerados no art. 7º, inciso XIV, da Lei Complementar n. 
140/2011. 
● Estados: cabe aos Estados, nos termos do art. 8º, XIV, da Lei Complementar n. 140/2011, 
promover o licenciamento ambiental de atividades ou empreendimentos utilizadores de 
recursos ambientais, efetiva ou potencialmente poluidores ou capazes, sob qualquer 
 
 
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forma, de causar degradação ambiental, ressalvado o disposto nos arts.7o (competência 
da União) e 9º (competência dos Municípios). 
● Municípios: cabe aos Municípios, conforme o art. 9º, XIV, da Lei Complementar n. 
140/2011, promover o licenciamento ambiental das atividades ou empreendimentos que 
causem ou possam causar impacto ambiental de âmbito local, conforme tipologia definida 
pelos respectivos Conselhos Estaduais de Meio Ambiente, considerados os critérios de 
porte, potencial poluidor e natureza da atividade. 
 
g) Modificação, suspensão e cancelamento: a licença ambiental garante estabilidade temporal, 
mas não direito adquirido; segundoo art. 19 da Resolução CONAMA n. 237/97, “o órgão 
ambiental competente, mediante decisão motivada, poderá modificar as condicionantes e as 
medidas de controle e adequação, suspender ou cancelar uma licença expedida, quando ocorrer: 
I – violação ou inadequação de quaisquer condicionantes ou normas legais; 
II – omissão ou falsa descrição de informações relevantes que subsidiaram a expedição da 
licença; III – superveniência de graves riscos ambientais e de saúde”. 
 
h) Titularidade da Licença Ambiental: Além de serem analisadas as características do 
empreendimento ou atividade potencialmente poluidora, a licença ambiental é concedida a um 
sujeito que será o seu titular, necessariamente uma pessoa física ou jurídica. 
Esta titularidade é personalíssima, o que significa dizer que não é possível alterá-la. Nesse caso 
seria preciso a emissão de uma nova licença. 
 
AVALIAÇÃO DE IMPACTOS AMBIENTAIS (AIA) 
Trata-se de instrumento da Política Nacional do Meio Ambiente, e consiste na avaliação dos 
impactos ambientais de uma atividade ou empreendimento, a permitir, pela antevisão dos riscos e 
impactos ambientais, a adoção de medidas preventivas, mitigadoras, corretivas ou 
compensatórias; a avaliação de impactos ambientais se dá com a realização do EIA e do RIMA. 
 
 
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ESTUDO PRÉVIO DE IMPACTO AMBIENTAL (EIA) 
a) Conceito: conjunto de estudos técnicos, científicos, econômicos e sociais, dentro do 
procedimento do licenciamento, pelo empreendedor, cuja finalidade é diagnosticar a viabilidade 
da realização de um empreendimento, obra ou atividade. 
b) Natureza jurídica: instrumento preventivo de tutela ambiental. 
c) Pressuposto: é exigido diante de obra, empreendimento ou atividade considerados efetiva ou 
potencialmente causadores de significativa degradação ambiental. 
d) Elaboração e custeio: os estudos necessários ao processo de licenciamento deverão ser 
realizados por profissionais legalmente habilitados, a expensas do empreendedor, sendo que o 
empreendedor e os profissionais que subscrevem os estudos previstos no caput do art. 11 da 
Resolução CONAMA n. 237/97 serão responsáveis pelas informações apresentadas, 
sujeitando-se às sanções administrativas, civis e penais. 
 
RELATÓRIO DE IMPACTO AMBIENTAL (RIMA) 
a) Conceito: é o documento que reflete as conclusões do estudo de impacto ambiental e deve ser 
apresentado de forma objetiva e adequada à compreensão de qualquer pessoa, trazendo 
informações em linguagem acessível, ilustradas por mapas, cartas, quadros, gráficos e demais 
técnicas de comunicação visual, de modo que se possam entender as vantagens e desvantagens 
do projeto, bem como todas as consequências ambientais de sua implementação. 
b) Conteúdo mínimo 
I – objetivos e justificativas do projeto; 
II – descrição do projeto; 
III – síntese do diagnóstico ambiental da área de influência do projeto; 
IV – descrição dos prováveis impactos ambientais; 
V – caracterização da qualidade ambiental futura da área de influência; 
VI – descrição do efeito esperado das medidas mitigadoras; 
VII – programa de acompanhamento e monitoramento dos impactos; 
VIII – recomendação quanto à alternativa mais favorável. 
 
 
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PUBLICIDADE E PARTICIPAÇÃO PÚBLICA 
O art. 225, § 1/], IV, da CF determina ao Poder Público dar publicidade ao estudo prévio de 
impacto ambiental, garantida a realização de audiências públicas. 
 
AUDIÊNCIA PÚBLICA 
As audiências públicas poderão ser convocadas: 
1º) quando o órgão ambiental julgar necessário; 
2º) por solicitação de entidade civil; 
3º) por solicitação do Ministério Público; 
4º) a pedido de 50 ou mais cidadãos. 
Obs.: No caso de haver solicitação de audiência pública e na hipótese de o Órgão Estadual não 
realizá-la, a licença concedida não terá validade. 
 
OUTRAS MODALIDADES DE AVALIAÇÃO DE IMPACTO AMBIENTAL (AIA) 
O CONAMA definiu estudos ambientais como todos e quaisquer estudos relativos aos aspectos 
ambientais relacionados à localização, instalação, operação e ampliação de uma atividade ou 
empreendimento, apresentado como subsídio para a análise da licença requerida, e enumerou 
algumas espécies que se perfilam ao lado do EIA e do RIMA: relatório ambiental, plano e projeto 
de controle ambiental, relatório ambiental preliminar (RAP), diagnóstico ambiental, plano de 
manejo, plano de recuperação de área degradada e análise preliminar de risco (art. 1º, III, da 
Resolução CONAMA n. 237/97). 
 
ZONEAMENTO AMBIENTAL 
a) Natureza jurídica: instrumento da Política Nacional do Meio Ambiente, e instrumento da política 
urbana. 
b) Conceito: procedimento pelo qual o Poder Público regra o uso e a ocupação do solo, limitando 
o direito de propriedade, para que atenda à sua função socioambiental, com a finalidade última de 
garantir a salubridade, a tranquilidade, a saúde e o bem-estar da população. 
 
 
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c) Zoneamento urbano (zoneamento municipal): procedimento urbanístico destinado a fixar os 
usos adequados para as diversas áreas do solo municipal, da competência do Poder Público 
Municipal. O zoneamento urbano tem como finalidade ordenar o uso e a ocupação do solo 
municipal urbano. 
 
TOMBAMENTO 
a) Natureza jurídica: instrumento de proteção ao patrimônio cultural, considerado instrumento da 
Política Nacional do Meio Ambiente e instrumento de política urbana. 
b) Conceito: instituto pelo qual o Poder Público declara/reconhece o valor cultural de bens de 
valor histórico, paisagístico, estético, arqueológico, arquitetônico e ambiental que passam a ser 
preservados no interesse da coletividade. 
c) Efeitos 
• obrigação de transcrição no registro público; 
• restrições à alienabilidade; 
• restrições à modificabilidade; 
• possibilidade de intervenção do órgão de tombamento para fiscalização e vistoria; 
• sujeição da propriedade vizinha a restrições. 
 
INFRAÇÕES E SANÇÕES ADMINISTRATIVAS 
a) Aspectos gerais: a infração ambiental, quase sempre, acarreta sancionamento de natureza 
penal, civil e administrativa. 
b) Sancionamento administrativo: a Lei n. 9.605/98 dedicou um capítulo específico à matéria das 
infrações administrativas (arts. 70 a 76), tendo sido regulamentada, na parte relacionada às 
infrações administrativas, pelo Decreto n. 6.514/2008. 
c) Infração administrativa ambiental: toda ação ou omissão que viole as regras jurídicas de uso, 
gozo, promoção, proteção e recuperação do meio ambiente. 
d) Competência para a apuração de infração ambiental: funcionários de órgãos ambientais 
integrantes do SISNAMA, designados para as atividades de fiscalização, bem como os agentes 
das Capitanias dos Portos, do Ministério da Marinha. 
 
 
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e) Elenco das sanções administrativas 
I – advertência; 
II – multa simples; 
III – multa diária; 
IV – apreensão dos animais, produtos e subprodutos da fauna e flora, instrumentos, petrechos, 
equipamentos ou veículos de qualquer natureza utilizados na infração; 
V – destruição ou inutilização do produto; 
VI – suspensão de venda e fabricação do produto; 
VII – embargo de obra ou atividade; 
VIII – demolição de obra; 
IX – suspensão parcial ou total de atividade; 
X – restrição de direitos. 
 
f) Prazos prescricionais: prazo de prescrição de 5 anos para a ação da Administração objetivando 
apurar a prática de infrações administrativas ambientais, contada da data da prática do ato ou, no 
caso de infração permanente ou continuada, do dia em que esta tiver cessado; a prescrição 
incidirá no procedimento de apuração do auto de infração, o que ocorrerá quando ficar paralisado 
por mais de 3 anos pendente de julgamento ou despacho, quando então os autos serão 
arquivados de ofício ou mediante requerimento, sem prejuízo da apuração da responsabilidade 
funcional e da reparação dos danos ambientais. 
 
 
 
 
 
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Tutela Civil 
DANO AMBIENTAL 
Classificação de Dano Ambiental 
 
→ ​Dano Ambiental, em sentido amplo​: é aquele que atinge o meio ambiente e todos que dele 
usufruem como um todo. 
→ ​Dano Ambiental Individual/reflexo/ricochete​: é aquele que atinge particularmente uma pessoa, 
atingindo a saúde ou a esfera econômica. 
→ ​Dano Patrimonial​: é a perda ou a deterioração dos bens da vitima. 
→ ​Dano Extrapatrimonial/moral ambiental​: é o dano emocional que o dano ambiental causou na 
vitima. 
Obs​​: ​Dano Moral Coletivo ​→ a terceira turma do STJ admitiu o dano moral coletivo nas relações 
de consumo (direito do consumidor). ​PS​​: a primeira turma não admite o dano moral coletivo. 
 
Reparação do Dano Ambiental 
Há 2 modalidades, sendo que elas não estão em pé de igualdade. São essas: 
→ ​Reparação In Natura/Em Espécie​: é reparar o dano causado ao próprio meio ambiente. Sendo 
que essa será a primeira alternativa a ser concretizada. 
→ ​Reparação Pecuniária​: caso não seja possível reparar onde ocorreu o dano ambiental, então 
far-se-á a reparação pecuniária. 
Ação Civil Pública ​→ o objeto da ação civil pública é a condenação em dinheiro ​ou o 
cumprimento de obrigação de fazer ou não fazer. Sendo que ​o STJ tem admitido a cumulação de 
pedidos em ação civil pública​, podendo ser tanto a obrigação de fazer e a condenação de 
dinheiro. Portanto, para o STJ a conjunção OU desta norma especificamente significa adição. 
 
A ação ​civil de reparação de danos ambientais é IMPRESCRITÍVEL. O penal e a infração 
administrativa prescreve, somente a civil é que não prescreve. 
 
a) Responsabilidade civil ambiental: é a obrigação que alguém tem de reparar os danos 
ambientais causados. 
● fundamento: está no art. 14, § 1º, da Lei n. 6.938/81 e o fundamento constitucional no art. 
225, § 3º, da CF; 
● natureza objetiva e solidária: a responsabilização pelos danos ambientais, além de 
solidária, é objetiva, bastando a comprovação do dano e do nexo de causalidade; 
● reparação específica (in natura): a reparação de danos deve ser específica, buscando 
 
 
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reverter a situação ao statu quo ante, o que não impede, todavia, que danos materiais e 
morais resultantes da lesão sejam também exigidos; 
● indenização: a indenização dos danos ambientais somente deve ser pleiteada e admitida 
se a reparação específica for tecnicamente impossível ou desaconselhável por 
inviabilidade técnica. 
 
b) Elementos necessários para a responsabilização civil: no sistema de responsabilidade objetiva 
os elementos são: conduta/atividade, dano e nexo de causalidade. 
● Responsáveis – poluidores: entende-se por poluidor toda pessoa física ou jurídica, de 
direito público ou privado, responsável, direta ou indiretamente, por atividade causadora de 
degradação ambiental. 
● Desconsideração da personalidade jurídica: poderá ser desconsiderada a pessoa jurídica 
sempre que sua personalidade for obstáculo ao ressarcimento de prejuízos causados à 
qualidade do meio ambiente. 
● Danos: os danos ambientais, quer derivados de atividade lícita, quer derivados de 
atividade ilícita, são indenizáveis; inclusive os danos individuais. 
● Imprescritibilidade – a pretensão reparatória ambiental de caráter coletivo é imprescritível 
(nesse sentido: doutrina e jurisprudência do STJ). 
● Nexo de causalidade: é aferido de maneira objetiva, bastando se demonstre que o dano 
resultou da atividade desenvolvida (teoria do risco da atividade). Adota se a teoria do risco 
integral, que não admite excludentes para fins de afastar a responsabilidade civil; assim, 
caso fortuito, força maior e fato de terceiro não arredamo dever de indenizar, sendo a 
atividade causa eficiente para tanto. 
 
Tutela Pré-processual 
A composição extrajudicial dos conflitos ambientais é mais vantajosa para as partes que o 
ajuizamento da ação civil pública, e é feita por meio da formalização de termo de ajustamento de 
conduta (TAC). 
a) Previsão legal: art. 5º, § 6º, da Lei n. 7.347/85. 
b) Natureza jurídica: o TAC tem natureza bilateral e consensual (o infrator se submete às 
imposições para recomposição ambiental e o legitimado ativo apenas abre mão de ajuizar a ação, 
além de respeitar o conteúdo do ajuste) e tem eficácia de título executivo extrajudicial. 
 
 
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c) Objeto: o objeto do ajuste não é o meio ambiente (que é indisponível), mas as condições de 
modo, tempo e lugar do cumprimento da obrigação de recuperar integralmente o meio ambiente. 
d) Características 
● é tomado por termo por um dos órgãos públicos legitimados à ação civil pública; 
● não há concessões de direito material, devendo o causador do dano assumir obrigações 
de fazer e/ou não fazer, sob cominações pactuadas; 
● as obrigações devem ser líquidas (obrigação certa quanto à existência e determinada 
quanto ao objeto); 
● gera título executivo extrajudicial; 
● trata-se de garantia mínima (se outro colegitimado não aceitar o TAC formalizado 
extrajudicialmente, poderá desconsiderá-lo e buscar a via judicial). 
 
e) Transação judicial: é admissível a celebração de ajuste nos autos de ação civil pública ou 
coletiva; ocorrendo homologação em juízo, tecnicamente teremos um título executivo judicial (art. 
515, III, do Novo CPC). 
 
Tutela Processual 
AÇÕES INDIVIDUAIS 
Teoria do Risco Integral: a obrigaçãode indenizar os prejuízos causados pelo dano ambiental, 
independem da demonstração de culpa. 
Além disso, a responsabilidade desses danos é solidária, sendo a obrigação de indenizar não 
apenas para aquele que causa o dano diretamente, mas também para aquele que, indiretamente, 
dele participa. 
 
AÇÃO CIVIL PÚBLICA AMBIENTAL (ACP) 
a) Previsão: tem previsão na Lei n. 7.347/85 (Lei da Ação Civil Pública). 
b) Objeto: embora o art. 3º da LACP preveja somente provimento condenatório (condenação em 
dinheiro ou cumprimento de obrigações de fazer ou não fazer), o espectro foi ampliado pelo art. 
83 da Lei n. 8.078/90, que permite qualquer espécie de ação para a tutela de interesses difusos, 
coletivos e individuais homogêneos (ações de conhecimento ou de execução, cautelares ou 
mandamentais etc.), dispositivo esse aplicado à LACP por força dos arts. 90 do CDC e 21 da 
LACP. 
 
 
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c) Legitimação ativa: são legitimados o Ministério Público, a Defensoria Pública, a União, os 
Estados, o Distrito Federal e os Municípios, as autarquias, as empresas públicas, as fundações e 
as sociedades de economia mista, e as associações (para estas exige-se representatividade 
adequada, ou seja, devem possuir, concomitantemente: pertinência temática – finalidade 
institucional compatível com a defesa judicial do meio ambiente; pré-constituição – constituição 
legal há pelo menos 1 ano, salvo se ocorrer dispensa pelo juiz, nos termos do art. 5º, § 4º, diante 
do manifesto interesse social evidenciado pela dimensão ou característica do dano, ou pela 
relevância do bem jurídico protegido), sendo a legitimação concorrente e disjuntiva (todos podem 
promover a demanda, ou seja, agir isoladamente, não se exigindo anuência ou autorização dos 
demais; não precisando, pois, comparecer em litisconsórcio). 
d) Legitimação passiva: a ACP pode ser proposta contra o responsável direto, o responsável 
indireto ou contra ambos (responsabilidade solidária). 
e) Competência: o art. 2º da LACP dispõe que “as ações previstas nesta Lei serão propostas no 
foro do local onde ocorrer o dano, cujo juízo terá competência funcional para processar e julgar a 
causa”; se o dano atingir mais de uma localidade aplica-se o princípio da prevenção (será 
competente o juiz que despachou em primeiro lugar, se as ações tramitam na mesma Comarca; e 
se tramitam em Comarcas diferentes, o critério será pela citação válida). 
• Conforme o parágrafo único, “a propositura da ação prevenirá a jurisdição do juízo para todas as 
ações posteriores intentadas que possuam a mesma causa de pedir ou o mesmo objeto”. 
• Tratando-se de danos de alcance regional, será competente a justiça “do foro da Capital do 
Estado ou do Distrito Federal, para os danos de âmbito nacional ou regional, aplicando-se 
as regras do Código de Processo Civil aos casos de competência concorrente”. 
 
f) Coisa julgada: o art. 16 da LACP restringiu o alcance da coisa julgada aos limites territoriais do 
juiz prolator, ao assinalar que “a sentença civil fará coisa julgada erga omnes, nos limites da 
competência territorial do juiz prolator”; em primeiro lugar, o dispositivo é equivocado na medida 
em que confunde limites da coisa julgada (limites subjetivos) e competência territorial, e, em 
segundo lugar, a alteração não modifica o sistema do CDC, que tem disciplina no art. 103, 
dispositivo esse aplicado não somente à defesa coletiva dos consumidores mas também a toda 
tutela judicial de interesses transindividuais, inclusive em matéria ambiental. 
Quando há a conclusão do inquérito civil pode o membro do Ministério Público concluir que ele 
deve ser arquivado, que deva ser proposta ao infrator a possibilidade de aceitar Termo de 
Ajustamento de Conduta (TAC) ou que seja ajuizada Ação Civil Pública (ACP). 
 
 
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A) Termo de Ajustamento de Conduta (TAC): Trata-se de medida que pode ser adotada tanto 
pelos membros do Ministério Público que tenham conduzido o inquérito civil, como por 
qualquer dos legitimados da ACP, antes da propositura ou no curso da ACP. 
B) Termo de Compromisso: O termo de compromisso busca alcançar, extrajudicialmente, a 
concordância do infrator às normas ambientais em adequar-se, atendendo às exigências 
impostas pelas autoridades ambientais competente. 
 
Tanto o Termo de Compromisso quanto o TAC possuem a natureza jurídica de título executivo 
extrajudicial, pela disposição do art. 79-A da Lei nº 9.605/98 e art. 784, XII do Novo CPC. 
 
Quadro Comparativo: TAC x Termo de Compromisso 
Características TAC Termo de Compromisso 
Fundamento Art. 5º, § 6º da Lei nº 7.347/85 Art. 79-A da Lei nº 9.605/98 
(MP 2163- 412001) 
Partes Mesmos legitimados para o 
ajuizamento da ACP (art. 5ª, caput da 
Lei nº 7.347/85) 
Integrantes do SISNAMA 
Prazo Avaliado caso a caso 90 dias a 3 anos, com 
possibilidade de prorrogação 
Provocação Os legitimados da ACP ou o infrator, 
no exercício do direito de petição (art. 
5º XXXIV, letra a da CRFB) 
Os integrantes do SISNAMA 
ou o infrator (art. 79-A, §2º 
da Lei nº 9.605/98). 
 
 
AÇÃO POPULAR AMBIENTAL CONSTITUCIONAL 
Está prevista no art. 5º, LXXIII, da CF (“qualquer cidadão é parte legítima para propor ação 
popular que vise a anular ato lesivo ao patrimônio público ou de entidade de que o Estado 
participe, à moralidade administrativa, ao meio ambiente e ao patrimônio histórico e cultural, 
ficando o autor, salvo comprovada má-fé, isento de custas judiciais e do ônus da sucumbência”); 
trata-se, como se vê, de ação constitucional que pode ter por objeto a defesa do meio ambiente, 
ajuizada por qualquer cidadão, e que tem como legitimados passivos a pessoa jurídica, a 
 
 
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autoridade responsável e os beneficiários do ato lesivo, exigindo-se, para a sua propositura, tão 
somente a lesividade ao meio ambiente. 
 
MANDADO DE SEGURANÇA COLETIVO AMBIENTAL 
A CF, no art. 5º, LXX, prevê o mandado de segurança coletivo como instrumento processual 
passível de ser ajuizado por partido político com representação no Congresso Nacional, 
organização sindical, entidade de classe e associação legalmente constituída há mais de 1 ano, 
destinado à defesa dos filiados do partido, do sindicato, da entidade de classe ou da associação; 
todavia, como a regra constitucional não menciona a natureza do direito tutelado, exigindo 
apenas seja líquido e certo, entende-se que o MSCA pode ser manejado para tutelar direito 
difuso, ligado ao meio ambiente. 
 
MANDADO DE INJUNÇÃO AMBIENTAL 
A CF, no art. 5º, LXXI, prevê a concessão demandado de injunção “sempre que a falta de norma 
regulamentadora torne inviável o exercício dos direitos e liberdades constitucionais e das 
prerrogativas inerentes à nacionalidade, à soberania e à cidadania”, daí ser cabível o MIA para 
tutelar o meio ambiente, que é um direito subjetivo constitucional, bem difuso de toda a 
coletividade e essencial para a sadia qualidade de vida; assim, o MIA é admissível toda vez que a 
falta de norma regulamentadora torne inviável o exercício dos direitos e liberdades 
constitucionais, entre eles os direitos difusos, coletivos e individuais. 
 
Tutela Penal e Processual Penal 
NORMA PENAL AMBIENTAL 
Muitos tipos penais ambientais são normas penais em branco, ou seja, a descrição típica 
mostra-se incompleta, lacunosa, indeterminada, necessitando de complemento de outra 
disposição legal, em regra, de cunho extrapenal, sendo a parte integradora necessária e 
indispensável para a tipicidade. 
 
 
 
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Competência 
A competência dos crimes ambientais, via de regra, é da Justiça Estadual; portanto, somente 
havendo interesse direto da União, de suas autarquias ou de empresas públicas federais é que a 
competência se desloca para a Justiça Federal. 
 
CONCURSO DE AGENTES E OMISSÃO PENALMENTE RELEVANTE 
O art. 2º da Lei n. 9.605/98, na primeira parte, reproduz o art. 29 do CP; na segunda parte, 
complementa o art. 13, § 2º, a, do CP, atribuindo ao dirigente da pessoa jurídica, especialmente 
aos que ocupam cargo de direção, a obrigação de impedir a prática criminosa, quando podia 
evitá-la, levando-o a responder pelo delito de se omitir a respeito (crime comissivo por omissão). 
 
RESPONSABILIDADE PENAL DA PESSOA JURÍDICA 
Embora haja debate doutrinário a respeito, o STF já se pronunciou admitindo-a. 
a) Concurso necessário: embora a lei não o faça, o STJ vem exigindo a responsabilidade 
simultânea e concomitante da pessoa física, tendo, inclusive, trancado ações penais formuladas 
em relação ao ente moral quando inexistente imputação aos dirigentes (RMS 16.696/PR, RHC 
19.119/MG, REsp 889.528/SC, REsp 847.476/SC). 
b) Benefícios da Lei n. 9.099/95: cabem, também para a pessoa jurídica, os institutos da 
transação e suspensão condicional do processo. 
 
APLICAÇÃO DA PENA 
Atendendo ao princípio da individualização da pena, o juiz aplicará a pena pelo sistema trifásico, 
e levará em conta, para fixação da pena-base, as circunstâncias judiciais do art. 59 do CP e o art. 
6o da Lei n. 9.605/98, que traz condicionantes próprias para tanto. 
 
PENAS RESTRITIVAS DE DIREITOS APLICÁVEIS ÀS PESSOAS FÍSICAS 
Os arts. 7º a 13 da Lei n. 9.605/98 enunciam as penas restritivas de direitos aplicáveis às pessoas 
físicas e os requisitos. 
a) Requisitos: o art. 7º diz que as penas restritivas de direitos são autônomas e substituem as 
penas privativas de liberdade quando: 
 
 
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● tratar-se de crime culposo ou, se doloso, a pena privativa de liberdade for inferior a 4 anos; 
● a culpabilidade, os antecedentes, a conduta social e a personalidade do condenado, bem 
como os motivos e as circunstâncias do crime indicarem que a substituição seja suficiente 
para efeitos de reprovação e prevenção do crime. 
 
b) Elenco das penas restritivas de direitos: prestação de serviços à comunidade; interdição 
temporária de direitos; suspensão parcial ou total de atividades; prestação pecuniária; 
recolhimento domiciliar. 
SURSIS AMBIENTAL 
O sursis ambiental é possível para condenação a pena privativa de liberdade não superior a 3 
anos. As condições a serem impostas pelo juiz deverão relacionar-se com a proteção ao meio 
ambiente. 
 
MULTA 
A pena de multa deve ser calculada segundo os critérios do Código Penal, com uma diferença: se 
a multa se mostrar ineficaz, ainda que aplicada no máximo, “poderá ser aumentada até 3 vezes, 
tendo em vista o valor da vantagem econômica auferida”, ou seja, estabelece outro parâmetro a 
permitir que a pena, já aplicada no máximo, seja triplicada no caso da vantagem econômica 
auferida pelo agente com a prática do crime ambiental. 
 
PERÍCIA 
A perícia de constatação do dano ambiental, sempre que possível, fixará o montante do prejuízo 
causado para efeitos de prestação de fiança e cálculo de multa. 
A perícia produzida no inquérito civil ou no juízo cível poderá ser aproveitada no processo penal, 
instaurando-se o contraditório. 
 
SENTENÇA CONDENATÓRIA 
A sentença penal condenatória fixará, sempre que possível, o valor mínimo para reparação dos 
danos causados pela infração, considerando os prejuízos sofridos pelo ofendido ou pelo meio 
ambiente. Transitada em julgado a sentença condenatória, a execução poderá efetuar-se pelo 
valor fixado, sem prejuízo da liquidação para apuração do dano efetivamente sofrido. 
 
 
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PENAS APLICÁVEIS ÀS PESSOAS JURÍDICAS 
Multa, pena restritiva de direitos e prestação de serviços à comunidade. 
 
Ação penal 
A ação penal, nas infrações penais ambientais, é pública incondicionada. 
INFRAÇÃO DE MENOR POTENCIAL OFENSIVO (IMPO) 
Nos crimes ambientais de menor potencial ofensivo a transação penal somente poderá ser 
formulada desde que tenha havido a prévia composição do dano ambiental, salvo em caso de 
comprovada impossibilidade. 
 
SURSIS PROCESSUAL 
A suspensão do processo tem previsão no art. 28 da Lei n. 9.605/98; por esse dispositivo, 
somente ocorrerá a extinção da punibilidade, nos termos do § 5º do art.89, diante de laudo de 
constatação da efetiva reparação do dano ambiental (ressalvada a impossibilidade de fazê-lo). 
a) Prorrogação: o art. 28, II, prevê que na hipótese de o laudo de constatação comprovar que a 
reparação não foi completa, “o prazo de suspensão será prorrogado, até o período máximo 
previsto no artigo referido no caput, acrescido de mais 1 (um) ano, com suspensão do prazo da 
prescrição”. 
b) Nova prorrogação: findo o prazo da prorrogação, assinala o art. 28, IV, que “proceder-se-á à 
lavratura de novo laudo de constatação de reparação do dano ambiental, podendo, conforme seu 
resultado, ser novamente prorrogado o período de suspensão, até o máximo previsto no inciso II 
deste artigo, observado o disposto no inciso III”, ou seja, nova prorrogação por mais 5 anos. 
c) Retomada do processo: esgotado o prazo máximo de prorrogação, “a declaração de extinção 
de punibilidade dependerá de laudo de constatação que comprove ter o acusado tomado as 
providências necessárias à reparação integral do dano”, ou seja, se após as duas prorrogações 
se constatar que não houve a reparação integral do dano,o processo deverá ser retomado. 
 
CRIMES EM ESPÉCIE 
Os crimes em espécie estão dispostos nos arts. 29 a 69, nos quais encontramos os crimes contra 
a fauna (arts. 29 a 37), contra a flora (arts. 38 a 53), os relativos à poluição e outros crimes 
 
 
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ambientais (arts. 54 a 61), contra o ordenamento urbano e o patrimônio cultural (arts. 62 a 65), 
contra a administração ambiental (arts. 66 a 69-A). 
 
 
 
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