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Filosofia do Direito e Teoria Jurídica

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FICHAMENTO 1 
 
 
Filosofia do direito 1 
Prof. Dr. Rosmar Antonni 
Aluna: Rafaela Santos Melo 
 
TIPO: Livro 
ASSUNTO/TEMA: Filosofia 
 
REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA: 
 
KAUFMANN, Arthur. Filosofia do direito, teoria do direito, dogmática. In: Introdução à filosofia 
do direito e à teoria do direito contemporâneas. A. Kaufmann; W. Hassemer (orgs.). Tradução: 
Marcos Keel. Lisboa: Fundação Calouste Gulbenkian, 2009. P.25-46. 
 
 
RESUMO / CONTEUDO DE INTERESSE: 
 
1.1 FILOSOFIA DO DIREITO E DOGMÁTICA JURÍDICA 
A filosofia do direito se distingue dos outros ramos da filosofia geral, mas não por ser especial, mas por 
refletir, filosoficamente, sobre questões e problemas jurídicos, discutindo-os e dando-lhes uma resposta. 
No entanto, a filosofia do direito não se classificaria como a ciência do direito, pois, para tal ela precisaria 
utilizar do pensamento dogmático da razão pura, sem uma crítica prévia da sua própria capacidade. 
 
1.2 O ÂMBITO DA FILOSOFIA DO DIREITO 
 As diferentes formas de ser da filosofia do direito e da dogmática jurídica refletem-se. Nisso temos que, o 
objeto formal é a marca distintiva de cada ciência, ao passo que o objeto material pode ser comum a várias 
ciências. Assim o direito é o objeto material comum a todas disciplinas jurídicas, nas quais as 
especificidades se encaixam no respectivo objeto formal. 
O filosofo deve reconhecer o todo, mas a razão humana está estruturada de tal modo que o homem só 
consegue focar no particular. 
O objetivo da filosofia só pode ser alcançado, se é que pode ser alcançado de alguma forma, através da 
confluência de vários co-filósofos, ou seja, através do discurso. É por esta razão que a comunicação 
desempenha um papel tão importante na filosofia, pois, requer intuição intersubjetividade consenso e 
convergência. 
 
1.3 SOBRE AS QUESTÕES CORRETAS NA FILOSOFIA 
Na filosofia do direito o objeto é o todo do ser ou do direito. Na filosofia, porém, a formulação metódica de 
perguntas não pode ser determinada pelo seu objeto, uma vez que, o nosso pensamento não consegue 
dominar o todo imediatamente e uno actu, tendo, pelo contrário, de começar pelo singular por uma parte 
do todo. 
As perguntas filosóficas constituem um problema de grande alcance e de responsabilidade científicas 
considerável, por outro lado, deve mostrar que uma filosofia determinada só pode ser compreendida a partir 
das questões que coloca. 
 
1.4 OS ERROS DO CIENTSMO, DO FILOSOFISMO E A FORMA ERRADA DE LIDAR COM A 
FILOSOFIA 
A filosofia do direito dos “puros filósofos” representa uma mal tão grande como a filosofia do direito dos 
“puros juristas”. Começando com esta última: o filósofo do direito orientado exclusivamente para o jurídico, 
incorre no erro do cientismo, ou seja, cai na sobrevalorização da ciência (particular e dogmática) numa 
orientação parcial do pensamento (jurídico) científico. 
Um comportamento errado de um filósofo em relação a filosofia consiste em pretender transpor 
pensamentos, teses ou teorias filosóficas para seu próprio campo, isto é, aplicar a filosofia como uma 
receita ou como equação matemática. 
 
1.5 FILOSOFIA DO DIREITO E TEORIA DO DIREITO 
Em termos comparativos, é fácil mostrar como se relacionam a filosofia e a dogmática, mas ainda não 
temos uma boa distinção entre filosofia do direito e a teoria do direito. Essa diferença encontra-se esbatida. 
Não deixa de ser verdade que a filosofia do direito está mais orientada para o conteúdo enquanto a teoria 
do direito se preocupa mais com a forma, porém, isso acaba não servindo como base de distinção. 
 
CITAÇÕES Pagina Texto 
“Pode pôr-se a questão, algo negligentemente, desta maneira: na filosofia 
do direito, jurista formula as perguntas e o filosofo dá as respostas. Por 
isso, um filósofo do direito que se queira competente deve sentir-se em 
casa, tanto na ciência do direito como na filosofia.” 
25 1.1 
“Em princípio, o filosofo não deve aceitar nada como um dado adquirido. 
Nesse ponto pode mesmo dizer-se que a filosofia procede de forma mais 
produtiva do que as ciências particulares. Não se pode, porém, concluir que 
a filosofia se ocupe de coisas mais importantes do que as ciências 
dogmáticas.” 
27 1.1 
“A teoria da ciência entende objeto material como o objeto concreto do qual 
uma ciência se ocupa na totalidade. Por sua vez, o objeto formal é a 
perspectiva especifica a partir da qual a ciência investiga esse todo.” 
27 1.2 
 
 
 
 
 
 
“A filosofia não se preocupa com a particularidade, nem tão pouco com a 
multiplicidade das particularidades, mas com o todo, com o contexto, com o 
essencial. É nisso que reside em dos problemas mais difíceis da filosofia.” 
28 1.2 
Nunca conseguimos dominar, imediatamente o todo do ser ou o todo do 
direito. Assim a filosofia nunca consegue agarrar, diretamente e uno actu, o 
seu o objeto; pelo contrário, tem de se concentrar no singular, tendo em 
vista, obviamente, a meta de toda a investigação filosófica [...]. Fazendo 
nossas as palavras de Jasper: mesmo quando a filosofia como ciência, se 
dirige ao todo, aca por se realizar apenas no particular.” 
28 1.2 
“Tenho de começar de forma mais detalhada, nomeadamente 
questionando-me acerca da razão de ser e da finalidade, do direito, do 
significado do positivismo jurídico, [...] só a partir de todos esses detalhes 
pode ser sintetizado o todo – e, ainda assim, apenas aproxima.” 
30 1.3 
“Ele pretende responder aos problemas da filosofia do direito sem recorrer 
à filosofia e, na maior parte dos casos sem conhecimentos filosóficos [...]. 
Cada qual julga-se competente nas matérias da filosofia do direito, ainda 
que nunca se tenha preocupado seriamente com a filosofia.” 
32 1.4 
“[...] a formação de escola contradiz a natureza da filosofia. Tais escolas 
podem ter muitos méritos, mas, mais tarde ou mais cedo, acabaram por 
degenerar num dogmatismo que deixa se ser capaz de se abrir a outras 
correntes conduzindo, assim, a um endurecimento, a uma incrustação até a 
uma absolutização da opinião da escola.” 
33 1.4 
“[...] o direito só surge e se legitima através de procedimento. A pena e 
também o direito são simultaneamente dados adquiridos e renunciados, 
são irrevogavelmente objetividade e subjetividade num só, são tanto o ‘que’ 
como o ‘como’ do processo de realização pessoal, através do qual atingem 
a sua concreta forma do ser sem se limitar em a ser exclusivamente o 
produto desse processo.” 
42 1.6.4

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