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LICITAÇÃO- ADM

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LICITAÇÃO: CONSIDERAÇÕES INICIAIS; CONCEITOS E PRINCÍPIOS; OBRIGATORIEDADE, DISPENSA E INEXIGIBILIDADE
CONSIDERAÇÕES INICIAIS
Base constitucional: ART. 37, XXI
“Ressalvados os casos especificados na legislação, as obras, serviços, compras e alienações serão contratados mediante processo de licitação pública que assegure igualdade de condições a todos os concorrentes, com cláusulas que estabeleçam obrigações de pagamento, mantidas as condições efetivas da proposta, nos termos da lei, o qual somente permitirá as exigências de qualificação técnica e econômica indispensáveis à garantia do cumprimento das obrigações.”
Contratos de permissão e concessões sempre vão exigir licitação prévia. ART. 175, CF – “Incumbe ao Poder Público, na forma da lei, diretamente ou sob regime de concessão ou permissão, sempre através de licitação, a prestação de serviços públicos.”
A competência para legislar sobre normas gerais de licitações e contratos adm. é privativa da União (ART. 22, XXVII, CF). Demais entes legislativos podem legislar sobre normas específicas. 
- Nesse sentido, o STF entendeu competência legislativa do Estado para compra de softwares – STF, ADI 3059/2015. 
Como esse assunto foi abordado em concurso público? Promotor do MP de Roraima/2008, foi considerada errada a seguinte assertiva – “O Estado de Rondônia editou uma lei disciplinando o sistema de registro de preços. Nessa situação, a referida lei é inconstitucional, já que é e competência privativa da União legislar acerca de licitações públicas”. 
Lei 8.666/1993: normas gerais sobre licitações e contratos adm., de observância obrigatória por parte de todos os entes federados. ATENÇÃO: Última atualização: 2018. 
Art. 1o  Esta Lei estabelece normas gerais sobre licitações e contratos administrativos pertinentes a obras, serviços, inclusive de publicidade, compras, alienações e locações no âmbito dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios. > Objeto da licitação. 
Parágrafo único.  Subordinam-se ao regime desta Lei, além dos órgãos da administração direta, os fundos especiais, as autarquias, as fundações públicas, as empresas públicas, as sociedades de economia mista e demais entidades controladas direta ou indiretamente pela União, Estados, Distrito Federal e Municípios.”
Segundo a Lei, considera-se obra toda construção, reforma, fabricação, recuperação ou ampliação. Serviço seria toda atividade destinada a obter determinada utilidade de interesse para a Adm. Já compra se caracteriza como toda aquisição remunerada de bens e a alienação significa toda transferência de domínio de bens a terceiros. 
Art. 2o  As obras, serviços, inclusive de publicidade, compras, alienações, concessões, permissões e locações da Administração Pública, quando contratadas com terceiros, serão necessariamente precedidas de licitação, ressalvadas as hipóteses previstas nesta Lei.
Parágrafo único.  Para os fins desta Lei, considera-se contrato todo e qualquer ajuste entre órgãos ou entidades da Administração Pública e particulares, em que haja um acordo de vontades para a formação de vínculo e a estipulação de obrigações recíprocas, seja qual for a denominação utilizada.
CONCEITO (FINALIDADE E OBJETO)
Procedimento administrativo, de observância obrigatória pelas entidades governamentais, em que, observada a igualdade entre os participantes, deve ser selecionada a melhor proposta dentre as apresentadas pelos interessados em com elas travar determinadas relações de conteúdo patrimonial, uma vez preenchidos os requisitos mínimos necessários ao bom cumprimento das obrigações a que eles se propõem. 
Licitação é o procedimento prévio de seleção por meio do qual a Adm., mediante critérios previamente estabelecidos, isonômicos, aberto ao público e fomentadores da competitividade, busca escolher a melhor alternativa para a celebração de um contrato. 
Recentemente a Lei 12.349/2010 incluiu a “promoção do desenvolvimento nacional sustentável” como finalidade da licitação pública.
Finalidades da licitação: vantajosidade, isonomia, promoção do desenvolvimento nacional sustentável (Concurso para Defensor Público de Roraima)
PRINCÍPIOS
Art. 3º da Lei 8.666: As licitações destinam-se a garantir a observância da isonomia em selecionar a proposta mais vantajosa para a adm. e a promoção do desenvolvimento nacional sustentável. 
Esse artigo enumera os princípios básicos que regem o procedimento administrativo de licitação. São os seguintes os princípios citados: 
LEGALIDADE (ESTADO DE DIREITO)
IMPESSOALIDADE (INTERESSE PÚBLICO / FINALIDADE ADMINISTRATIVA)
MORALIDADE
IGUALDADE
PUBLICIDADE
PROBIDADE ADMINISTRATIVA
VINCULAÇÃO AO INSTRUMENTO CONVOCATÓRIO (*)
JULGAMENTO OBJETIVO (*) 
PRINCÍPIOS IMPLÍCITOS ESPECÍFICOS:
COMPETITIVIDADE
PROCEDIMENTO FORMAL
SIGILO NA APRESENTAÇÃO DAS PROPOSTAS
ADJUDICAÇÃO COMPULSÓRIA 
(FORMALISMO, OBRIGATORIEDADE, ECONOMICIDADE...)
MORALIDADE: Exigência de atuação ética dos agentes da adm. em todas as etapas do procedimento. Aplicabilidade não só à atuação dos agentes, mas aos administrados participantes do procedimento licitatório. 
- LEI 8.429/1992 (LEI DA IMPROBIDADE ADMINISTRATIVA)
- ART. 37, § 4º, CF (SUSPENSÃO DE DIREITOS POLÍTICOS, PERDA DA FUNÇÃO PÚB., INDISPONIBILIDADE DOS BENS, RESSARCIMENTO AO ERÁRIO. * ART. 85, CF: CRIME DE RESPONS.
IGUALDADE: Tratar isonomicamente todos os que participam da disputa (vedação de discriminação de qualquer espécie).
 - Não configura violação o estabelecimento de requisitos mínimos que tenham como finalidade exclusivamente garantir a adequada execução do contrato. 
 - ART. 3º, § 1º da Lei veda a restrição ao caráter competitivo. Ex. Art. 7º, § 5º: “É vedada a realização de licitação cujo objeto inclua bens e serviços sem similaridade ou de marcas, características e especificações exclusivas, salvo nos casos em que for tecnicamente justificável, ou ainda quando o fornecimento de tais materiais e serviços for feito sob o regime de administração contratada, previsto e discriminado no ato convocatório.”
ART. 3º. § 5o  ”Nos processos de licitação, poderá ser estabelecida margem de preferência para: 
I - produtos manufaturados e para serviços nacionais que atendam a normas técnicas brasileiras; e
II - bens e serviços produzidos ou prestados por empresas que comprovem cumprimento de reserva de cargos prevista em lei para pessoa com deficiência ou para reabilitado da Previdência Social e que atendam às regras de acessibilidade previstas na legislação.” 
Margem de preferência adicional: § 7o  “Para os produtos manufaturados e serviços nacionais resultantes de desenvolvimento e inovação tecnológica realizados no País, poderá ser estabelecido margem de preferência adicional àquela prevista no § 5o.”
* Não mais que 25%.
- Preferência de contratação para as microempresas e empresas de pequeno porte: LC 123/2006 (Estatuto Nacional da ME e da EPP) estabeleceu regras que implicam preferência de contratação. 
Art 44 dispõe que nas licitações será assegurada, como critério de desempate, preferência de contratação para as ME e EPP. Embora o texto legal fale claramente em “critério de desempate”, o §1º estatui que se entendem por empate “aquelas situações em que as propostas apresentadas pelas ME e EPP sejam iguais ou até 10% superiores à proposta mais bem classificada”. 
O dispositivo criou uma “equiparação a empate”. 
PUBLICIDADE: Art. 3º, § 3º “A licitação não será sigilosa, sendo públicos e acessíveis ao público os atos de seu procedimento, salvo quanto ao conteúdo das propostas, até a respectiva abertura”. Objetivo: permitir o acompanhamento e controle do procedimento não só pelos participantes, mas pelos administrados. Nós podemos sustar ou impugnar quaisquer atos lesivos à moralidade adm ou ao patrimônio público, representar contra ilegalidades ou desvios de poder etc. Instrumentos: ação popular, direito de petição, mandado de segurança, habeas data. O art. 4º da lei expressamente assegura a qualquer cidadão o direito de acompanhar o desenvolvimento docertame. O princ da publicidade impõe também que os motivos determinantes das decisões proferidas em qualquer etapa do procedimento sejam declarados. 
VINCULAÇÃO AO INSTRUMENTO CONVOCATÓRIO: Art 41, caput – “A Administração não pode descumprir as normas e condições do edital, ao qual se acha estritamente vinculada”- vincula tanto os licitantes quanto a adm que o expediu. 
No mesmo artigo, a lei assegura a qualquer cidadão o direito de impugnar o edital de licitação por motivo de irregularidade (§1º).
JULGAMENTO OBJETIVO: Julgamento objetivo é o que se baseia no critério indicado no Edital e nos termos específicos das propostas. Em tese, não pode haver qualquer discricionariedade na apreciação das propostas pela Adm. Arts. 44 e 45. 
 É vedada a utilização de qualquer elemento, critério ou fator sigiloso, secreto, subjetivo ou reservado que possa ainda que indiretamente elidir o princípio da igualdade entre os licitantes.
Não se considerará qualquer oferta de vantagem não prevista no edital ou no convite, inclusive financiamentos subsidiados ou a fundo perdido, nem preço ou vantagem baseada nas ofertas dos demais licitantes.
COMPETITIVIDADE: Somente o procedimento em que haja efetiva competição entre os participantes, evitando manipulações de preços, será capaz de assegurar à Adm a obtenção da proposta mais vantajosa. Art. 90 “Frustrar ou fraudar, mediante ajuste, combinação ou qualquer outro expediente, o caráter competitivo do procedimento licitatório, com o intuito de obter, para si ou para outrem, vantagem decorrente da adjudicação do objeto da licitação: Pena - detenção, de 2 (dois) a 4 (quatro) anos, e multa.”
PROCEDIMENTO FORMAL: O procedimento adm da licitação é sempre um procedimento formal, especialmente em razão de implicar dispêndio de recursos públicos. Art. 4º, parágrafo único “O procedimento licitatório previsto nesta lei caracteriza ato administrativo formal, seja ele praticado em qualquer esfera da Administração Pública”. 
SIGILO NA APRESENTAÇÃO DAS PROPOSTAS: publicidade das licitações, salvo quanto ao conteúdo das propostas, até sua abertura. Crime sua violação. A violação do sigilo das propostas deixa em posição vantajosa o concorrente que disponha da informação relativa ao seu conteúdo, uma vez que pode, por ex., conhecendo o preço oferecido pelos seus adversários, oferecer um preço um pouco menor e vencer o certame, em evidente fraude à competitividade do procedimento. 
ADJUDICAÇÃO COMPULSÓRIA: Adjudicar – atribuir o objeto do certame ao licitante vencedor. O princ impede que a adm, concluído o procedimento licitatório, atribua seu objeto a outro que não o legítimo vencedor. Esse princ. também veda que se abra nova licitação enquanto válida a adjudicação anterior. Não se deve confundir adjudicação com celebração do contrato. A adjudicação é ato declaratório e ato final do procedimento de licitação. É possível que ocorra do contrato não ser celebrado, por anulação ou revogação da licitação. Art. 50, 64 e 81.
OBRIGATORIEDADE, DISPENSA E INEXIGIBIGILIDADE
Regra geral: obrigatoriedade da adm púb como um todo, previamente à celebração de contrato adm, realizar licitação, em decorrência do princ. da indisponibilidade do interesse púb. 
Entretanto, a própria CF (art. 37, XXI) prevê a possiblidade da lei estabelecer hipóteses que a licitação não ocorrerá ou poderá não ocorrer (concessões e permissões sempre demandarão licitações). 
CONTRATAÇÕES DIRETAS 
INEXIGIBILIDADE: Quando a licitação é juridicamente impossível. A impossibilidade jurídica decorre da impossibilidade de competição, em razão da inexistência de pluralidade de potenciais proponentes. É pressuposto lógico da licitação a existência de uma pluralidade de objetos e de uma pluralidade de ofertantes. (ART. 25 – LISTA EXEMPLIFICATIVA)
DISPENSA: A licitação é possível, mas a lei dispensa ou permite que seja dispensada a licitação. Quando a lei diretamente dispensa: licitação dispensada – Hipóteses: alienação de bens, ou de direitos sobre bens, ART. 17, I - II e §2º. Quando a lei autoriza a Adm, discricionariamente (critérios de conveniência e oportunidade), deixar de realizar a licitação: licitação dispensável (ART. 24 – LISTA TAXATIVA)
CONTRATAÇÕES DIRETAS
	DISPENSA
	INEXEGIBILIDAIDE
	Competição viável
	Competição inviável
	Taxatividade
	Não taxatividade
	(ART. 17) Dispensada
(ART 24) Dispensável
	(ART. 25)
Em qualquer caso (inexigibilidade ou dispensa) é obrigatória a motivação do ato adm. 
Sempre que a adm deixar de licitar alegando inexigibilidade ou dispensa, e for comprovado superfaturamento, responderão solidariamente pelo dano ao erário o fornecedor ou prestador de serviço e o agente púb. 
INEXIBILIDADE: ART. 25 EXEMPLIFICA EM 3 INCISOS
“Art. 25.  É inexigível a licitação quando houver inviabilidade de competição, em especial:
I - para aquisição de materiais, equipamentos, ou gêneros que só possam ser fornecidos por produtor, empresa ou representante comercial exclusivo, vedada a preferência de marca, devendo a comprovação de exclusividade ser feita através de atestado fornecido pelo órgão de registro do comércio do local em que se realizaria a licitação ou a obra ou o serviço, pelo Sindicato, Federação ou Confederação Patronal, ou, ainda, pelas entidades equivalentes;
II - para a contratação de serviços técnicos enumerados no art. 13 desta Lei, de natureza singular, com profissionais ou empresas de notória especialização, vedada a inexigibilidade para serviços de publicidade e divulgação;
III - para contratação de profissional de qualquer setor artístico, diretamente ou através de empresário exclusivo, desde que consagrado pela crítica especializada ou pela opinião pública.”
§ 1o  Considera-se de notória especialização o profissional ou empresa cujo conceito no campo de sua especialidade, decorrente de desempenho anterior, estudos, experiências, publicações, organização, aparelhamento, equipe técnica, ou de outros requisitos relacionados com suas atividades, permita inferir que o seu trabalho é essencial e indiscutivelmente o mais adequado à plena satisfação do objeto do contrato.
“Art. 13.  Para os fins desta Lei, consideram-se serviços técnicos profissionais especializados os trabalhos relativos a:
I - estudos técnicos, planejamentos e projetos básicos ou executivos;
II - pareceres, perícias e avaliações em geral;
III - assessorias ou consultorias técnicas e auditorias financeiras ou tributárias;  
IV - fiscalização, supervisão ou gerenciamento de obras ou serviços;
V - patrocínio ou defesa de causas judiciais ou administrativas;
VI - treinamento e aperfeiçoamento de pessoal;
VII - restauração de obras de arte e bens de valor histórico.
§ 1o Ressalvados os casos de inexigibilidade de licitação, os contratos para a prestação de serviços técnicos profissionais especializados deverão, preferencialmente, ser celebrados mediante a realização de concurso, com estipulação prévia de prêmio ou remuneração.
§ 3o A empresa de prestação de serviços técnicos especializados que apresente relação de integrantes de seu corpo técnico em procedimento licitatório ou como elemento de justificação de dispensa ou inexigibilidade de licitação, ficará obrigada a garantir que os referidos integrantes realizem pessoal e diretamente os serviços objeto do contrato.” > Caráter personalíssimo do contrato. Ou seja, vedada a subcontratação. 
DISPENSA
 - LICITAÇÃO DISPENSÁVEL (ART. 24 – TAXATIVO)    
Art. 24.  É dispensável a licitação: 
I - para obras e serviços de engenharia de valor até 10% (dez por cento) do limite previsto na alínea "a", do inciso I do artigo anterior, desde que não se refiram a parcelas de uma mesma obra ou serviço ou ainda para obras e serviços da mesma natureza e no mesmo local que possam ser realizadas conjunta e concomitantemente;  (R$ 33.000,00)   
II - para outros serviços e compras de valor até 10% (dez por cento) do limite previsto na alínea "a", do inciso II do artigo anterior e para alienações, nos casos previstos nesta Lei, desde que nãose refiram a parcelas de um mesmo serviço, compra ou alienação de maior vulto que possa ser realizada de uma só vez; (R$ 17.600,00)      
III - nos casos de guerra ou grave perturbação da ordem;
IV - nos casos de emergência ou de calamidade pública, quando caracterizada urgência de atendimento de situação que possa ocasionar prejuízo ou comprometer a segurança de pessoas, obras, serviços, equipamentos e outros bens, públicos ou particulares, e somente para os bens necessários ao atendimento da situação emergencial ou calamitosa e para as parcelas de obras e serviços que possam ser concluídas no prazo máximo de 180 (cento e oitenta) dias consecutivos e ininterruptos, contados da ocorrência da emergência ou calamidade, vedada a prorrogação dos respectivos contratos;
V - quando não acudirem interessados à licitação anterior e esta, justificadamente, não puder ser repetida sem prejuízo para a Administração, mantidas, neste caso, todas as condições preestabelecidas;
# Licitação deserta: quando a licitação é convocada e não aparece nenhum interessado. Não existe limite de valor do contrato para que se decida pela contratação direta em razão de licitação deserta. A licitação deserta é diferente de licitação fracassada. Licitação fracassada aparecem interessados, mas nenhum é selecionado, em razão de inabilitação ou desclassificação. A licitação fracassada, de regra, não é hipótese de licitação dispensável. No caso de licitação fracassada – art. 48, §3º.
VI - quando a União tiver que intervir no domínio econômico para regular preços ou normalizar o abastecimento;
VII - quando as propostas apresentadas consignarem preços manifestamente superiores aos praticados no mercado nacional, ou forem incompatíveis com os fixados pelos órgãos oficiais competentes, casos em que, observado o parágrafo único do art. 48 desta Lei e, persistindo a situação, será admitida a adjudicação direta dos bens ou serviços, por valor não superior ao constante do registro de preços, ou dos serviços;  
VIII - para a aquisição, por pessoa jurídica de direito público interno, de bens produzidos ou serviços prestados por órgão ou entidade que integre a Administração Pública e que tenha sido criado para esse fim específico em data anterior à vigência desta Lei, desde que o preço contratado seja compatível com o praticado no mercado;        
IX - quando houver possibilidade de comprometimento da segurança nacional, nos casos estabelecidos em decreto do Presidente da República, ouvido o Conselho de Defesa Nacional;       
X - para a compra ou locação de imóvel destinado ao atendimento das finalidades precípuas da administração, cujas necessidades de instalação e localização condicionem a sua escolha, desde que o preço seja compatível com o valor de mercado, segundo avaliação prévia;         
XI - na contratação de remanescente de obra, serviço ou fornecimento, em consequência de rescisão contratual, desde que atendida a ordem de classificação da licitação anterior e aceitas as mesmas condições oferecidas pelo licitante vencedor, inclusive quanto ao preço, devidamente corrigido;
XII - nas compras de hortifrutigranjeiros, pão e outros gêneros perecíveis, no tempo necessário para a realização dos processos licitatórios correspondentes, realizadas diretamente com base no preço do dia; 
XIII - na contratação de instituição brasileira incumbida regimental ou estatutariamente da pesquisa, do ensino ou do desenvolvimento institucional, ou de instituição dedicada à recuperação social do preso, desde que a contratada detenha inquestionável reputação ético-profissional e não tenha fins lucrativos;        
XIV - para a aquisição de bens ou serviços nos termos de acordo internacional específico aprovado pelo Congresso Nacional, quando as condições ofertadas forem manifestamente vantajosas para o Poder Público;      
XV - para a aquisição ou restauração de obras de arte e objetos históricos, de autenticidade certificada, desde que compatíveis ou inerentes às finalidades do órgão ou entidade.
XVI - para a impressão dos diários oficiais, de formulários padronizados de uso da administração, e de edições técnicas oficiais, bem como para prestação de serviços de informática a pessoa jurídica de direito público interno, por órgãos ou entidades que integrem a Administração Pública, criados para esse fim específico;          
XVII - para a aquisição de componentes ou peças de origem nacional ou estrangeira, necessários à manutenção de equipamentos durante o período de garantia técnica, junto ao fornecedor original desses equipamentos, quando tal condição de exclusividade for indispensável para a vigência da garantia;    
XVIII - nas compras ou contratações de serviços para o abastecimento de navios, embarcações, unidades aéreas ou tropas e seus meios de deslocamento quando em estada eventual de curta duração em portos, aeroportos ou localidades diferentes de suas sedes, por motivo de movimentação operacional ou de adestramento, quando a exiguidade dos prazos legais puder comprometer a normalidade e os propósitos das operações e desde que seu valor não exceda ao limite previsto na alínea "a" do inciso II do art. 23.     
XIX - para as compras de material de uso pelas Forças Armadas, com exceção de materiais de uso pessoal e administrativo, quando houver necessidade de manter a padronização requerida pela estrutura de apoio logístico dos meios navais, aéreos e terrestres, mediante parecer de comissão instituída por decreto;  
XX - na contratação de associação de portadores de deficiência física, sem fins lucrativos e de comprovada idoneidade, por órgãos ou entidades da Administração Pública, para a prestação de serviços ou fornecimento de mão-de-obra, desde que o preço contratado seja compatível com o praticado no mercado.    
XXI - para a aquisição ou contratação de produto para pesquisa e desenvolvimento, limitada, no caso de obras e serviços de engenharia, a 20% do valor de que trata a alínea “b” do inciso I do caput do art. 23.
XXII - na contratação de fornecimento ou suprimento de energia elétrica e gás natural com concessionário, permissionário ou autorizado, segundo as normas da legislação específica;   
XXIII - na contratação realizada por empresa pública ou sociedade de economia mista com suas subsidiárias e controladas, para a aquisição ou alienação de bens, prestação ou obtenção de serviços, desde que o preço contratado seja compatível com o praticado no mercado.        
   
XXIV - para a celebração de contratos de prestação de serviços com as organizações sociais, qualificadas no âmbito das respectivas esferas de governo, para atividades contempladas no contrato de gestão.        
XXV - na contratação realizada por Instituição Científica e Tecnológica - ICT ou por agência de fomento para a transferência de tecnologia e para o licenciamento de direito de uso ou de exploração de criação protegida.     
XXVI – na celebração de contrato de programa com ente da Federação ou com entidade de sua administração indireta, para a prestação de serviços públicos de forma associada nos termos do autorizado em contrato de consórcio público ou em convênio de cooperação.        
XXVII - na contratação da coleta, processamento e comercialização de resíduos sólidos urbanos recicláveis ou reutilizáveis, em áreas com sistema de coleta seletiva de lixo, efetuados por associações ou cooperativas formadas exclusivamente por pessoas físicas de baixa renda reconhecidas pelo poder público como catadores de materiais recicláveis, com o uso de equipamentos compatíveis com as normas técnicas, ambientais e de saúde pública.        
XXVIII – para o fornecimento de bens e serviços, produzidos ou prestados no País, que envolvam, cumulativamente, alta complexidade tecnológica e defesa nacional, mediante parecer de comissão especialmente designada pela autoridade máxima do órgão.           
XXIX – na aquisição de bens e contratação de serviços para atender aos contingentes militares das Forças Singulares brasileiras empregadas em operações de paz no exterior,necessariamente justificadas quanto ao preço e à escolha do fornecedor ou executante e ratificadas pelo Comandante da Força
XXX - na contratação de instituição ou organização, pública ou privada, com ou sem fins lucrativos, para a prestação de serviços de assistência técnica e extensão rural no âmbito do Programa Nacional de Assistência Técnica e Extensão Rural na Agricultura Familiar e na Reforma Agrária, instituído por lei federal.
XXXII - na contratação em que houver transferência de tecnologia de produtos estratégicos para o SUS, conforme elencados em ato da direção nacional do SUS, inclusive por ocasião da aquisição destes produtos durante as etapas de absorção tecnológica
XXXIII - na contratação de entidades privadas sem fins lucrativos, para a implementação de cisternas ou outras tecnologias sociais de acesso à água para consumo humano e produção de alimentos, para beneficiar as famílias rurais de baixa renda atingidas pela seca ou falta regular de água.         
XXXIV - para a aquisição por pessoa jurídica de direito público interno de insumos estratégicos para a saúde produzidos ou distribuídos por fundação que, regimental ou estatutariamente, tenha por finalidade apoiar órgão da administração pública direta, sua autarquia ou fundação em projetos de ensino, pesquisa, extensão, desenvolvimento institucional, científico e tecnológico e estímulo à inovação, inclusive na gestão administrativa e financeira necessária à execução desses projetos, ou em parcerias que envolvam transferência de tecnologia de produtos estratégicos para o SUS, nos termos do inciso XXXII deste artigo, e que tenha sido criada para esse fim específico em data anterior à vigência desta Lei, desde que o preço contratado seja compatível com o praticado no mercado.        
ATENÇÃO:
XXXV - Para a construção, a ampliação, a reforma e o aprimoramento de estabelecimentos penais, desde que configurada situação de grave e iminente risco à segurança pública. 
	LICITAÇÃO DISPENSÁVEL
	INCISOS
	Em razão do pequeno valor
	I e II
	Em razão de situações excepcionais
	III, IV, V, VI, VII, IX, XI, XIV, XVIII, XXVII, XXVIII
	Em razão do objeto
	X, XII, XV, XVII, XIX, XXI, XXV, XXIX, XXX, XXXI, XXXII, XXXIII, XXXV
	Em razão da pessoa
	VIII, XIII, XVI, XX, XXIII, XXIV, XXVI
DISPENSA
 - LICITAÇÃO DISPENSADA   (ART. 17 – TAXATIVO)   
Art. 17.  A alienação de bens da Administração Pública, subordinada à existência de interesse público devidamente justificado, será precedida de avaliação e obedecerá às seguintes normas:
I - quando imóveis, dependerá de autorização legislativa para órgãos da administração direta e entidades autárquicas e fundacionais, e, para todos, inclusive as entidades paraestatais, dependerá de avaliação prévia e de licitação na modalidade de concorrência, dispensada esta nos seguintes casos:
a) dação em pagamento;
b) doação, permitida exclusivamente para outro órgão ou entidade da Administração Pública, de qualquer esfera de governo;    
c) permuta, por outro imóvel que atenda aos requisitos constantes do inciso X do art. 24 desta Lei;
d) investidura;
e) venda a outro órgão ou entidade da administração pública, de qualquer esfera de governo;              
f) alienação gratuita ou onerosa, aforamento, concessão de direito real de uso, locação ou permissão de uso de bens imóveis residenciais construídos, destinados ou efetivamente utilizados no âmbito de programas habitacionais ou de regularização fundiária de interesse social desenvolvidos por órgãos ou entidades da administração pública;           
g) procedimentos de legitimação de posse de que trata o art. 29 da Lei nº 6.383, mediante iniciativa e deliberação dos órgãos da Administração Pública em cuja competência legal inclua-se tal atribuição;      
h) alienação gratuita ou onerosa, aforamento, concessão de direito real de uso, locação ou permissão de uso de bens imóveis de uso comercial de âmbito local com área de até 250 m² e inseridos no âmbito de programas de regularização fundiária de interesse social desenvolvidos por órgãos ou entidades da administração pública;
i) alienação e concessão de direito real de uso, gratuita ou onerosa, de terras públicas rurais da União e do Incra, onde incidam ocupações até o limite de quinze módulos fiscais e não superiores a 1.500ha (mil e quinhentos hectares), para fins de regularização fundiária, atendidos os requisitos legais; e
    
II - quando móveis, dependerá de avaliação prévia e de licitação, dispensada esta nos seguintes casos:
a) doação, permitida exclusivamente para fins e uso de interesse social, após avaliação de sua oportunidade e conveniência socioeconômica, relativamente à escolha de outra forma de alienação;
b) permuta, permitida exclusivamente entre órgãos ou entidades da Administração Pública;
c) venda de ações, que poderão ser negociadas em bolsa, observada a legislação específica;
d) venda de títulos, na forma da legislação pertinente;
e) venda de bens produzidos ou comercializados por órgãos ou entidades da Administração Pública, em virtude de suas finalidades;
f) venda de materiais e equipamentos para outros órgãos ou entidades da Administração Pública, sem utilização previsível por quem deles dispõe.
  LICITAÇÃO: PROCEDIMENTO; ANULAÇÃO E REVOGAÇÃO
PROCEDIMENTO LICITATÓRIO
A Lei 8.666/93 não fez uma enumeração didática das fases ou etapas do procedimento licitatório, mas tratou cada uma delas detalhadamente. (Proced. Formal)
Nem todas as modalidades de licitação apresentam todas as fases. A concorrência é a mais complexa das modalidades de licitação - todas as etapas são bem definidas. Nas modalidades tomada de preço e convite, não há uma fase separada só para habilitação dos interessados. No concurso e leilão a habilitação é extremamente simplificada. No pregão, há uma etapa de habilitação, mas ela é posterior ao julgamento da proposta e, por isso, não alcança todos os licitantes. 
Visão geral das etapas (2 grandes fases) do procedimento ordinário da concorrência.
O procedimento inicia dentro do órgão ou entidade que realizará a licitação. É a denominada FASE INTERNA, descrita no art. 38: “O procedimento da licitação será iniciado com abertura de processo administrativo, devidamente autuado, protocolado e numerado, contendo a autorização respectiva, a indicação sucinta do seu objeto e do recurso próprio para a despesa... 
A fase interna tem início com a abertura do procedimento, caracterização da necessidade de contratar, definição precisa do objeto a ser contratado, reserva de recursos orçamentários, dentre outros. A Lei prescreve, por exemplo, a necessidade, nas contratações de obras e serviços, de “projeto básico aprovado pela autoridade competente”, a existência de “orçamento detalhado” em planilhas, a “previsão de recursos orçamentários” e, quando o caso, a contemplação no “plano plurianual” (art. 7º, I, II, III, e § 2º, IV).
As minutas dos editais de licitação, bem como as dos contratos, acordos, convênios ou ajustes devem ser previamente examinadas e aprovadas por assessoria jurídica da Administração.  
Análise jurídica do edital e do contrato: O prévio exame das minutas é de extrema importância , pois permite um controle preventivo da legalidade, evitando relações contratuais ilegais, equivocadas ou prejudiciais ao interesse púb. 
ATENÇÃO: A ausência de parecer jurídico não acarreta a anulação do procedimento. Esse parecer é de natureza opinativa e não vinculante. 
A FASE EXTERNA, por sua vez, se inicia a partir do momento em que se torna pública a licitação. Embora a Lei não enumere as etapas da fase externa da licitação, a doutrina ensina serem elas as seguintes: 
Abertura (Edital ou Carta-Convite – Audiência Púb.)
Habilitação
Classificação (Julgamento)
Homologação
Adjudicação
Art. 43 (resumo da fase externa):  A licitação será processada e julgada com observância dos seguintes procedimentos:
(Publicação do edital ou envio da carta-convite – abertura da fase externa)
I - abertura dos envelopes contendo a documentação relativaà habilitação dos concorrentes, e sua apreciação;
II - devolução dos envelopes fechados aos concorrentes inabilitados, contendo as respectivas propostas, desde que não tenha havido recurso ou após sua denegação;
III - abertura dos envelopes contendo as propostas dos concorrentes habilitados, desde que transcorrido o prazo sem interposição de recurso, ou tenha havido desistência expressa, ou após o julgamento dos recursos interpostos;
IV - verificação da conformidade de cada proposta com os requisitos do edital e, conforme o caso, com os preços correntes no mercado ou fixados por órgão oficial competente, ou ainda com os constantes do sistema de registro de preços, os quais deverão ser devidamente registrados na ata de julgamento, promovendo-se a desclassificação das propostas desconformes ou incompatíveis;
V - julgamento e classificação das propostas de acordo com os critérios de avaliação constantes do edital;
VI - deliberação da autoridade competente quanto à homologação e adjudicação do objeto da licitação.
Além desses atos, nas concorrências de valor especialmente elevado (acima de R$ 1.500.000,00 (um milhão e quinhentos mil reais), há uma exigência anterior à própria publicação do edital, a audiência pública. 
* AUDIÊNCIA PÚBLICA 
A fim de ampliar o acesso a informações, a Lei, em seu Art. 39, estabelece a obrigatoriedade de realização de uma audiência pública prévia à publicação do edital nas licitações de valores mais elevados. 
Art. 39.  Sempre que o valor estimado para uma licitação ou para um conjunto de licitações simultâneas ou sucessivas for superior a 100 (cem) vezes o limite previsto no art. 23, inciso I, alínea "c" desta Lei, o processo licitatório será iniciado, obrigatoriamente, com uma audiência pública concedida pela autoridade responsável com antecedência mínima de 15 (quinze) dias úteis da data prevista para a publicação do edital, e divulgada, com a antecedência mínima de 10 (dez) dias úteis de sua realização, pelos mesmos meios previstos para a publicidade da licitação, à qual terão acesso e direito a todas as informações pertinentes e a se manifestar todos os interessados. (CONCURSO AUDITOR DO ESTADO DE RORAIMA, 2010)
Consideram-se licitações simultâneas aquelas com objetos similares e com realização prevista para intervalos não superiores a 30 dias e licitações sucessivas aquelas em que, também com objetos similares, o edital subsequente tenha uma data anterior a 120 dias após o término do contrato resultante da licitação antecedente.  
Na audiência pública os interessados terão acesso a todas as informações pertinentes ao objeto da licitação e terão oportunidade de se manifestarem a respeito. 
EDITAL (PUBLICAÇÃO DO INSTRUMENTO CONVOCATÓRIO)
O edital é o instrumento por meio do qual a Adm torna pública a realização de uma licitação. É o meio utilizado para todas as modalidades de licitação, exceto a modalidade convite (carta-convite). A intenção de licitar é divulgada pela publicação de aviso com o resumo do edital, nos termos do Art. 21. 
ATENÇÃO: No convite basta que a unidade adm fixe, em local apropriado, cópia do instrumento convocatório.
Como esse assunto foi cobrado em concurso? Procurador da Paraíba (CESPE/2008): “O edital é o meio pelo qual a Adm torna púb a realização de uma licitação. A modalidade de licitação que não utiliza o edital como meio de tornar pública a licitação é o: d) convite”. 
Art. 21.  Os avisos contendo os resumos dos editais das concorrências, das tomadas de preços, dos concursos e dos leilões, embora realizados no local da repartição interessada, deverão ser publicados com antecedência, no mínimo, por uma vez:
I - no Diário Oficial da União, quando se tratar de licitação feita por órgão ou entidade da Administração Pública Federal e, ainda, quando se tratar de obras financiadas parcial ou totalmente com recursos federais ou garantidas por instituições federais;       
II - no Diário Oficial do Estado, ou do DF quando se tratar, respectivamente, de licitação feita por órgão ou entidade da Administração Pública Estadual ou Municipal, ou do DF;        
III - em jornal diário de grande circulação no Estado e também, se houver, em jornal de circulação no Município ou na região onde será realizada a obra, prestado o serviço, fornecido, alienado ou alugado o bem, podendo ainda a Administração, conforme o vulto da licitação, utilizar-se de outros meios de divulgação para ampliar a área de competição
§ 1o  O aviso publicado conterá a indicação do local em que os interessados poderão ler e obter o texto integral do edital e todas as informações sobre a licitação.
Quanto à modalidade pregão de licitação, determina a Lei 10.520/2002 (Art. 4º), a divulgação por meio de aviso publicado em diário oficial do respectivo ente federado ou, não existindo, em jornal de circulação local. Faculta, ainda, a divulgação do aviso por meio eletrônicos, e, conforme o vulto da licitação, em jornal de grande circulação. 
O edital é lei interna da licitação. Ele deve fixar as condições de realização da licitação e vincula a Adm e os proponentes. O Art. 40 elenca elementos obrigatórios constantes do edital.
Art. 40.  O edital conterá no preâmbulo o número de ordem em série anual, o nome da repartição interessada e de seu setor, a modalidade, o regime de execução e o tipo da licitação, a menção de que será regida por esta Lei, o local, dia e hora para recebimento da documentação e proposta, bem como para início da abertura dos envelopes, e indicará, obrigatoriamente, o seguinte:
I - objeto da licitação, em descrição sucinta e clara;
II - prazo e condições para assinatura do contrato ou retirada dos instrumentos, como previsto no art. 64 desta Lei, para execução do contrato e para entrega do objeto da licitação;
III - sanções para o caso de inadimplemento;
IV - local onde poderá ser examinado e adquirido o projeto básico;
V - se há projeto executivo disponível na data da publicação do edital de licitação e o local onde possa ser examinado e adquirido;
VI - condições para participação na licitação, em conformidade com os arts. 27 a 31 daLei, e forma de apresentação das propostas;
VII - critério para julgamento, com disposições claras e parâmetros objetivos;
VIII - locais, horários e códigos de acesso dos meios de comunicação à distância em que serão fornecidos elementos, informações e esclarecimentos relativos à licitação e às condições para atendimento das obrigações necessárias ao cumprimento de seu objeto;
IX - condições equivalentes de pagamento entre empresas brasileiras e estrangeiras, no caso de licitações internacionais;
X - o critério de aceitabilidade dos preços unitário e global, conforme o caso, permitida a fixação de preços máximos e vedados a fixação de preços mínimos, critérios estatísticos ou faixas de variação em relação a preços de referência, ressalvado o disposto nos parágrafos 1º e 2º  do art. 48;          
XI - critério de reajuste, que deverá retratar a variação efetiva do custo de produção, admitida a adoção de índices específicos ou setoriais, desde a data prevista para apresentação da proposta, ou do orçamento a que essa proposta se referir, até a data do adimplemento de cada parcela;
XIII - limites para pagamento de instalação e mobilização para execução de obras ou serviços que serão obrigatoriamente previstos em separado das demais parcelas, etapas ou tarefas;
XIV - condições de pagamento, prevendo:
	a) prazo de pagamento não superior a 30 dias, contado a partir da data final do período de adimplemento de cada parcela;           
	b) cronograma de desembolso máximo por período, em conformidade com a disponibilidade de recursos financeiros;
	c) critério de atualização financeira dos valores a serem pagos, desde a data final do período de adimplemento de cada parcela até a data do efetivo pagamento;             
	d) compensações financeiras e penalizações, por eventuais atrasos, e descontos, por eventuais antecipações de pagamentos;
	e) exigência de seguros, quando for o caso;
XV - instruções e normas paraos recursos previstos nesta Lei;
XVI - condições de recebimento do objeto da licitação;
XVII - outras indicações específicas ou peculiares da licitação.
§ 1o  O original do edital deverá ser datado, rubricado em todas as folhas e assinado pela autoridade que o expedir, permanecendo no processo de licitação, e dele extraindo-se cópias integrais ou resumidas, para sua divulgação e fornecimento aos interessados.
§ 2o  Constituem anexos do edital, dele fazendo parte integrante:
I - o projeto básico e/ou executivo, com todas as suas partes, desenhos, especificações e outros complementos;
II - orçamento estimado em planilhas de quantitativos e preços unitários;        
III - a minuta do contrato a ser firmado entre a Administração e o licitante vencedor;
IV - as especificações complementares e as normas de execução pertinentes à licitação.
Embora a lei proíba a fixação de preços mínimos, ela determina que sejam desclassificadas as propostas com “preços manifestamente inexequíveis” > “aqueles que não venham a ter demonstrada sua viabilidade através de documentação que comprove que os custos dos insumos são coerentes com os de mercado e que os coeficientes de produtividade são compatíveis com a execução do objeto do contrato, condições estas necessariamente especificadas no ato convocatório da licitação”. 
ATENÇÃO: A vedação do preço mínimo só vale para os preços a serem pagos pela Adm, relativos a bens, direitos e serviços oferecidos pelos licitantes. É diferente na situação inversa. Quando a Adm aliena bens ou direitos a fixação de preço mínimo de venda é obrigatória. Ex. alienação de bens mediante leilão. Objetivo: garantia de não prejuízo do patrimônio púb. – Pric. da indisponibilidade do interesse público. 	
ANTECEDÊNCIA MÍNIMA DO EDITAL
Os prováveis interessados em licitar necessitam de um prazo que permita a elaboração de suas propostas, o estudo e a análise das condições da licitação, um tempo mínimo para que se preparem para participar da disputa. Os prazos mínimos variam conforme a modalidade da licitação, sendo maiores para as mais complexas e menores para as de menor vulto. 
Os prazos estabelecidos na Lei são prazos mínimos, nada obstando que a Adm adote lapsos temporais maiores sempre que entenda serem estes necessários ou convenientes, no intuito de aumentar a competitividade do procedimento.
Disciplina: Art. 21 e, no caso de pregão, Art. 4º da Lei 10.520/2002 (*Apenas os prazos relativos às modalidades convite e pregão são contados em dias úteis). 
A partir da última publicação do edital resumido ou da expedição do convite, ou ainda da efetiva disponibilidade do edital ou do convite e respectivos anexos (prevalecendo a data que ocorrer mais tarde), o prazo mínimo para o recebimento das propostas ou a realização do evento será de:
 - 45 dias para: 
 Concurso;
 Concorrência, quando o contrato a ser celebrado contemplar o regime de empreitada integral ou quando a licitação for do tipo melhor técnica ou técnica e preço.
 - 30 dias para:
 Concorrência, nos casos não especificados acima;
 Tomada de preços, quando a licitação for do tipo melhor técnica ou técnica e preço.
15 dias para:
 Tomada de preços, nos casos não especificados acima;
 Leilão.
 - 5 dias ÚTEIS para Convite.
 - 8 dias ÚTEIS para Pregão, contados a partir da publicação do aviso. 
Qualquer modificação no edital exige divulgação pela mesma forma que se teu o texto original, reabrindo-se o prazo inicialmente estabelecido para apresentação das propostas, exceto quando, inquestionavelmente, a alteração não afetar a formulação das propostas. 
* IMPUGNAÇÃO ADMINISTRATIVA DO EDITAL 
Já vimos que a Adm encontra-se vinculada às condições do edital (o edital é a lei da licitação, vinculando a seus termos não só a Adm, mas também os participantes do certame). A Lei 8.666 prevê a impugnação adm no edital de licitação sempre que este seja discriminatório ou omisso em pontos essenciais ou, ainda, presente qualquer irregularidade relevante. A impugnação pode ser feita por qualquer cidadão, inclusive os participantes do certame. 
Art. 41.  A Administração não pode descumprir as normas e condições do edital, ao qual se acha estritamente vinculada.
§ 1o  Qualquer cidadão é parte legítima para impugnar edital de licitação por irregularidade na aplicação desta Lei, devendo protocolar o pedido até 5 (cinco) dias úteis antes da data fixada para a abertura dos envelopes de habilitação, devendo a Administração julgar e responder à impugnação em até 3 (três) dias úteis, sem prejuízo da faculdade prevista no § 1o do art. 113.
Já quanto aos licitantes:
§ 2o  Decairá do direito de impugnar os termos do edital de licitação perante a administração o licitante que não o fizer até o segundo dia útil que anteceder a abertura dos envelopes de habilitação em concorrência, a abertura dos envelopes com as propostas em convite, tomada de preços ou concurso, ou a realização de leilão, as falhas ou irregularidades que viciariam esse edital, hipótese em que tal comunicação não terá efeito de recurso.       
  
§ 3o  A impugnação feita tempestivamente pelo licitante não o impedirá de participar do processo licitatório até o trânsito em julgado da decisão a ela pertinente. 
ATENÇÃO: Os prazos citados acima se referem à impugnação administrativa, ou seja, perante a própria Adm. O controle judicial não se sujeita a eles. 
Além da possiblidade de impugnação do edital, qualquer licitante, contratado ou pessoa física ou jurídica, poderá representar ao TC ou aos órgãos integrantes do sistema de controle interno contra irregularidades na aplicação da Lei, para fins de controle das despesas decorrentes dos contratos – Art. 113. 
CARTA-CONVITE
A carta-convite é o instrumento convocatório utilizado para chamar os interessados a participar da licitação quando adotada a modalidade convite. A carta-convite é enviada diretamente aos interessados e não precisa ser publicada, devendo, entretanto, ser fixada cópia em local apropriado (Art. 22, §3º). Aplicam-se à carta-convite, no que for cabível, as disposições relativas ao edital, especialmente quanto à identificação do objeto da licitação, critério de julgamento e demais condições cujo conhecimento seja indispensável. 
COMISSÃO DE LICITAÇÃO
As etapas de habilitação dos licitantes e julgamento das propostas são efetivadas por uma comissão de licitação ou comissão julgadora. Os órgãos ou entidades da Adm poderão possuir comissões permanentes ou constituir comissões especiais. As comissões serão integradas por, no mínimo, 3 membros, sendo pelo menos 2 deles servidores qualificados pertencentes aos quadros permanentes dos órgãos da Adm responsáveis pela licitação (Art. 51). 
§ 1o  No caso de convite, a Comissão de licitação, excepcionalmente, nas pequenas unidades administrativas e em face da exiguidade de pessoal disponível, poderá ser substituída por servidor formalmente designado pela autoridade competente
§ 2o  A Comissão para julgamento dos pedidos de inscrição em registro cadastral, sua alteração ou cancelamento, será integrada por profissionais legalmente habilitados no caso de obras, serviços ou aquisição de equipamentos.
§ 3o  Os membros das Comissões de licitação responderão solidariamente por todos os atos praticados pela Comissão, salvo se posição individual divergente estiver devidamente fundamentada e registrada em ata lavrada na reunião em que tiver sido tomada a decisão.
§ 4o  A investidura dos membros das Comissões permanentes não excederá a 1 (um) ano, vedada a recondução da totalidade de seus membros para a mesma comissão no período subsequente.
§ 5o  No caso de concurso, o julgamento será feito por uma comissão especial integrada por pessoas de reputação ilibada e reconhecido conhecimento da matéria em exame, servidores públicos ou não.
2. HABILITAÇÃO DOS LICITANTES
A fase de habilitação destina-se à verificação da documentação e de requisitos pessoais dos licitantes. É etapa relacionada às qualidades pessoaisdos interessados em licitar. A habilitação não é discricionária; é vinculada. Como regra, ocorre previamente à análise das propostas. Quando a habilitação é prévia, o licitante inabilitado é excluído do procedimento e a proposta que havia formulado nem chega a ser conhecida. 
A habilitação tem por finalidade garantir que o licitante, na hipótese de ser o vencedor do certame, tenha condições técnicas, financeiras e idoneidade para adequadamente cumprir o contrato objeto da licitação. 
Se nenhum interessado for habilitado, haverá a licitação fracassada (difere da licitação deserta, hipótese em que nenhum interessado comparece), que pode ensejar a contratação direta. Antes, porém, deverá a Administração conceder prazo para os interessados reapresentarem suas documentações, suprindo as falhas.
A fim de garantir maior competitividade possível, a Lei proíbe qualquer exigência supérflua ou desnecessária. Exigências dessa ordem indicariam direcionamento da licitação para favorecer determinadas empresas. 
Art. 27.  Para a habilitação nas licitações exigir-se-á dos interessados, exclusivamente, documentação relativa a:
I - habilitação jurídica;
II - qualificação técnica;
III - qualificação econômico-financeira;
IV – regularidade fiscal e trabalhista;
V – cumprimento do disposto no inciso XXXIII do art. 7º da CF (proibição de trabalho noturno, perigoso ou insalubre a menores de dezoito e de qualquer trabalho a menores de dezesseis anos, salvo na condição de aprendiz, a partir de quatorze anos). 
A documentação para habilitação poderá ser dispensada, no todo ou em parte, nos casos de convite, concurso, fornecimento de bens para pronta entrega e leilão. 
A documentação exigida para habilitação ou qualificação está enumerada nos Arts. 28 a 31.
A documentação relativa à habilitação jurídica, conforme o caso, consistirá em (Art. 28):
I - cédula de identidade;
II - registro comercial, no caso de empresa individual;
III - ato constitutivo, estatuto ou contrato social em vigor, devidamente registrado, em se tratando de sociedades comerciais, e, no caso de sociedades por ações, acompanhado de documentos de eleição de seus administradores;
IV - inscrição do ato constitutivo, no caso de sociedades civis, acompanhada de prova de diretoria em exercício;
V - decreto de autorização, em se tratando de empresa ou sociedade estrangeira em funcionamento no País, e ato de registro ou autorização para funcionamento expedido pelo órgão competente, quando a atividade assim o exigir.
A documentação relativa à regularidade fiscal e trabalhista (2011), conforme o caso, consistirá em (Art. 29):
I - prova de inscrição no Cadastro de Pessoas Físicas (CPF) ou no Cadastro Geral de Contribuintes (CGC);
II - prova de inscrição no cadastro de contribuintes estadual ou municipal, se houver, relativo ao domicílio ou sede do licitante, pertinente ao seu ramo de atividade e compatível com o objeto contratual;
III - prova de regularidade para com a Fazenda Federal, Estadual e Municipal do domicílio ou sede do licitante, ou outra equivalente, na forma da lei;
IV - prova de regularidade relativa à Seguridade Social e ao Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS), demonstrando situação regular no cumprimento dos encargos sociais instituídos por lei.         
V – prova de inexistência de débitos inadimplidos perante a Justiça do Trabalho, mediante a apresentação de certidão negativa.
A documentação relativa à qualificação técnica limitar-se-á a (Art. 30):
I - registro ou inscrição na entidade profissional competente;
II - comprovação de aptidão para desempenho de atividade pertinente e compatível em características, quantidades e prazos com o objeto da licitação, e indicação das instalações e do aparelhamento e do pessoal técnico adequados e disponíveis para a realização do objeto da licitação, bem como da qualificação de cada um dos membros da equipe técnica que se responsabilizará pelos trabalhos;
III - comprovação, fornecida pelo órgão licitante, de que recebeu os documentos, e, quando exigido, de que tomou conhecimento de todas as informações e das condições locais para o cumprimento das obrigações objeto da licitação;
IV - prova de atendimento de requisitos previstos em lei especial, quando for o caso.
A documentação relativa à qualificação econômico-financeira limitar-se-á a (Art. 31):
I - balanço patrimonial e demonstrações contábeis do último exercício social, já exigíveis e apresentados na forma da lei, que comprovem a boa situação financeira da empresa, vedada a sua substituição por balancetes ou balanços provisórios, podendo ser atualizados por índices oficiais quando encerrado há mais de 3 (três) meses da data de apresentação da proposta;
II - certidão negativa de falência ou concordata expedida pelo distribuidor da sede da pessoa jurídica, ou de execução patrimonial, expedida no domicílio da pessoa física;
	Os documentos exigidos, para fins de habilitação, estão relacionados a:
	Habilitação jurídica
	Qualificação técnica
	Qualificação econômico-financeira
	Regularidade fiscal e trabalhista
	Cumprimento da proibição de trabalho noturno, perigoso ou insalubre a menores de 18 anos e de qualquer trabalho a menores de 16 anos, salva na condição de aprendiz, a partir dos 14 anos.
ATENÇÃO: Os documentação de que tratam os arts. 28 a 31 poderá ser dispensada, nos termos de regulamento, no todo ou em parte, para a contratação de produto para pesquisa e desenvolvimento, desde que para pronta entrega ou até o valor previsto na alínea “a” do inciso II do caput do art. 23 (R$ 176.000,00 ).
A inabilitação implica a exclusão do interessado do procedimento licitatório. O Art. 41 §4º estabelece que “a inabilitação do licitante importa a preclusão do seu direito de participar das fases subsequentes”. Por este motivo, o recurso contra a inabilitação tem efeito suspensivo (Art. 109, §2º). 
Ultrapassada a fase de habilitação dos concorrentes e abertas as propostas, não cabe desclassificá-las por motivo relacionada à habilitação, salvo em razão de fatos supervenientes ou só conhecidos após o julgamento (Art. 43 § 5º).
Após a fase de habilitação, o licitante não poderá mais desistir da proposta apresentada, salvo por motivo justo decorrente de fato superveniente e aceito pela comissão (Art. 43 §6º).
ATENÇÃO: É importante registrar que a LC 123/2006 (ME e EPP) estabeleceu regras especiais relativas à exigência de regularidade fiscal e trabalhista, somente exigida para efeito de assinatura do contrato. Isso significa que mesmo que uma ME ou EPP tenha débitos tributáveis, situação irregular, ela poderá participar da licitação. Somente no caso de ser vitoriosa no certame é que a ME ou EPP vencedora terá que regularizar sua situação fiscal.
Art. 43.  As microempresas e as empresas de pequeno porte, por ocasião da participação em certames licitatórios, deverão apresentar toda a documentação exigida para efeito de comprovação de regularidade fiscal e trabalhista, mesmo que esta apresente alguma restrição.
§1oHavendo alguma restrição na comprovação da regularidade fiscal e trabalhista, será assegurado o prazo de cinco dias úteis, cujo termo inicial corresponderá ao momento em que o proponente for declarado vencedor do certame, prorrogável por igual período, a critério da administração pública, para regularização da documentação, para pagamento ou parcelamento do débito e para emissão de eventuais certidões negativas ou positivas com efeito de certidão negativa.   
§ 2o  A não-regularização da documentação, no prazo previsto no § 1o deste artigo, implicará decadência do direito à contratação, sem prejuízo das sanções previstas no art. 81 da Lei no 8.666, de 21 de junho de 1993, sendo facultado à Administração convocar os licitantes remanescentes, na ordem de classificação, para a assinatura do contrato, ou revogar a licitação.
REGISTROS CADASTRAIS
Art. 34.  Para os fins desta Lei, os órgãos e entidades da Administração Pública que realizem frequentemente licitações manterão registros cadastrais paraefeito de habilitação, na forma regulamentar, válidos por, no máximo, um ano.   
§ 1o  O registro cadastral deverá ser amplamente divulgado e deverá estar permanentemente aberto aos interessados, obrigando-se a unidade por ele responsável a proceder, no mínimo anualmente, através da imprensa oficial e de jornal diário, a chamamento público para a atualização dos registros existentes e para o ingresso de novos interessados.
§ 2o  É facultado às unidades administrativas utilizarem-se de registros cadastrais de outros órgãos ou entidades da Administração Pública.
Art. 35.  Ao requerer inscrição no cadastro, ou atualização deste, a qualquer tempo, o interessado fornecerá os elementos necessários à satisfação das exigências do art. 27. 
A vantagem para o interessado é que ele não precisa providenciar toda essa documentação, muitas vezes em um prazo curto, antes de cada licitação de que deseje participar. Em vez disso, basta apresentar o “certificado de inscrição” no registro, documento apto a substituir a documentação de habilitação. 
A vantagem para a Adm é manter controle sempre atualizado sobre os seus potenciais contratados, possibilitando o registo da atuação destes em contratações anteriores, quando ao cumprimento das obrigações assumidas, além de tornar mais célere o procedimento licitatório. Art. 36.  Os inscritos serão classificados por categorias, tendo-se em vista sua especialização, subdivididas em grupos, segundo a qualificação técnica e econômica avaliada pelos elementos constantes da documentação relacionada nos arts. 30 e 31. 
§ 1o  Aos inscritos será fornecido certificado, renovável sempre que atualizarem o registro.
§ 2o  A atuação do licitante no cumprimento de obrigações assumidas será anotada no respectivo registro cadastral.
Art. 37.  A qualquer tempo poderá ser alterado, suspenso ou cancelado o registro do inscrito que deixar de satisfazer as exigências do art. 27, ou as estabelecidas para classificação cadastral.
Art. 51.  A habilitação preliminar, a inscrição em registro cadastral, a sua alteração ou cancelamento, e as propostas serão processadas e julgadas por comissão permanente ou especial de, no mínimo, 3 (três) membros, sendo pelo menos 2 (dois) deles servidores qualificados pertencentes aos quadros permanentes dos órgãos da Administração responsáveis pela licitação.
Art. 109.  Dos atos da Administração decorrentes da aplicação da Lei nº 8.666 cabem:
I – recurso no prazo de 5 (cinco) dias úteis a contar da intimação do ato ou da lavratura da ata, nos casos de:
a) habilitação ou inabilitação do licitante; (Suspensivo)
b) julgamento das propostas; (Suspensivo)
c) anulação ou revogação da licitação;
d) indeferimento do pedido de inscrição em registro cadastral, sua alteração ou cancelamento; (SEM EFEITO SUSPENSIVO)
e) rescisão do contrato, a que se refere o inciso I do art. 79;                
f) aplicação das penas de advertência, suspensão temporária ou de multa”
Art. 98.  Obstar, impedir ou dificultar, injustamente, a inscrição de qualquer interessado nos registros cadastrais ou promover indevidamente a alteração, suspensão ou cancelamento de registro do inscrito: Pena - detenção, de 6 (seis) meses a 2 (dois) anos, e multa.
3. CLASSIFICAÇÃO / JULGAMENTO DAS PROPOSTAS
O julgamento das propostas consiste no confronto das ofertas, classificação das propostas e determinação do vencedor, ao qual deverá ser adjudicado o objeto da licitação. Deverá sempre ser observado o critério de julgamento estabelecido no edital, critério este que se relaciona ao conceito de tipo de licitação. O julgamento, regra geral, é efetuado pela comissão de licitação. 
A etapa de julgamento, a rigor, pode ser dividida em duas subfases. 
1ª A Adm verifica a conformidade de cada proposta com os requisitos do edital, tais como as especificações técnicas e a compatibilidade com os preços correntes no mercado. As propostas desconformes ou incompatíveis serão desclassificadas (eliminadas). 
2ª As propostas não desclassificadas, isto é, as que atenderem às condições exigidas no edital, serão classificadas, postas em ordem, conforme os critérios de avaliação constantes do edital. 
Art. 44.  No julgamento das propostas, a Comissão levará em consideração os critérios objetivos definidos no edital ou convite, os quais não devem contrariar as normas e princípios estabelecidos por esta Lei.
§ 1o  É vedada a utilização de qualquer elemento, critério ou fator sigiloso, secreto, subjetivo ou reservado que possa ainda que indiretamente elidir o princípio da igualdade entre os licitantes.
§ 2o  Não se considerará qualquer oferta de vantagem não prevista no edital ou no convite, inclusive financiamentos subsidiados ou a fundo perdido, nem preço ou vantagem baseada nas ofertas dos demais licitantes.
§ 3o  Não se admitirá proposta que apresente preços global ou unitários simbólicos, irrisórios ou de valor zero, incompatíveis com os preços dos insumos e salários de mercado, acrescidos dos respectivos encargos, ainda que o ato convocatório da licitação não tenha estabelecido limites mínimos, exceto quando se referirem a materiais e instalações de propriedade do próprio licitante, para os quais ele renuncie a parcela ou à totalidade da remuneração.
Por fim, quando todos os licitantes forem inabilitados ou todas as propostas forem desclassificadas (licitação fracassada), a Adm poderá fixar aos licitantes prazo de 8 dias úteis para apresentação de nova documentação ou de outras propostas, facultada, no caso de convite, a redução desse prazo para 3 dias úteis (Art. 48 §3º). 
4. HOMOLOGAÇÃO E ADJUDICAÇÃO AO VENCEDOR
O Art. 43, VI, determina que, após o julgamento pela comissão, esta remeta o processo à autoridade competente para que ela homologue o procedimento e adjudique o objeto da licitação ao vencedor. O trabalho da comissão termina com a divulgação do resultado do julgamento; depois disso, o processo passa à autoridade competente para as providencias citadas. 
Na etapa de homologação é exercido o controle de legalidade do procedimento licitatório. Verificando irregularidade no julgamento, ou em qualquer fase anterior, a autoridade competente não homologará o procedimento, devolvendo o processo à comissão para que sejam repetidos os atos irregulares, com correção das falhas apontadas, se isso for possível. Caso não seja possível, deverá ser anulado o procedimento, se não integralmente, pelo menos a partir do ato ilegal. 
No pregão, a adjudicação é feita pelo pregoeiro, exceto em caso de pendência de recursos. Já nas demais modalidades, a homologação e a adjudicação são concentradas na autoridade competente pela autorização do certame. 
No pregão, ao contrário das demais modalidades de licitação, a adjudicação do objeto da licitação ao vencedor antecede à homologação do procedimento.
ANULAÇÃO E REVOGAÇÃO
A anulação de um ato administrativo aplica-se aos casos em que se verifica alguma ilegalidade ou ilegitimidade. A anulação de um ato do Poder Executivo pode pelo próprio Poder Executivo, mediante provocação ou de ofício, ou pelo Poder Judiciário, quando provocado. O ato que tenha a sua nulidade declarada perde a eficácia desde a origem (ex tunc), não podendo dele decorrer efeitos válidos, mantendo-se apenas os efeitos já produzidos perante terceiros de boa-fé que possam ser prejudicados pela invalidação do ato. 
A revogação retira do mundo jurídico um ato válido que se tornou inoportuno ou inconveniente ao interesse público, conforme critério discricionário da adm. A revogação de um ato do Poder Executivo somente pode ser feita pelo próprio poder executivo. Como o ato não apresentava qualquer vício, a revogação somente produz efeitos prospectivos (ex nunc). Ou seja, o ato produz efeitos regularmente até a data de sua revogação. 
O Art. 38, IX, determina que o despacho de anulação ou revogação da licitação seja fundamentado circunstancialmente.
Em seu Art. 49, a lei assevera que a autoridade competente para a aprovação do procedimento deverá anulá-lo por ilegalidade de ofício ou porprovocação de terceiros, mediante parecer escrito e devidamente fundamentado. A nulidade do procedimento licitatório induz à nulidade do contrato. 
ATENÇÃO: A anulação do procedimento licitatório por motivo de ilegalidade não gera obrigação de indenizar (ART. 49 §1º). Entretanto, a nulidade do contrato não exonera a Adm do dever de indenizar o contratado pelo que este houver executado até a data em que ela for declarada e por outros prejuízos regularmente comprovados, contanto que a causa de nulidade não lhe seja imputado (ao contratado), promovendo-se a responsabilidade de quem deu causa a quem deu nulidade (Art. 59, parágrafo único). 
A revogação de uma licitação sofre restrições em relação à regra geral aplicável aos atos adm. A revogação de uma licitação somente é possível em duas hipóteses:
a) Art 49: por motivo de interesse público decorrente de fato superveniente devidamente comprovado, pertinente e suficiente para justificar tal conduta, mediante parecer escrito e devidamente fundamentado.
b) Art. 64 §2º: a critério da administração, quando o adjudicatário, tendo sido por ela convocado, no prazo e condições estabelecidos no edital, para assinar o termo de contrato ou aceitar ou retirar o instrumento equivalente, recusar-se a fazê-lo, ou simplesmente não comparecer. 
Em qualquer caso, o despacho da revogação deverá ser fundamentado circunstancialmente. 
Diversamente do que ocorre com a anulação, que pode ser total ou parcial, não é possível a revogação de um ato do procedimento licitatório. 
Depois de assinado o contrato, não se pode mais revogar a licitação. Já a anulação pode ser feita mesmo depois de assinado o contrato e, como visto, a nulidade da licitação implica a nulidade do contrato dela decorrente.
Em todas as hipóteses e desfazimento da licitação (anulação ou revogação) são assegurados o contraditório e a ampla defesa (Art. 49 §3º). 
Cabe recurso administrativo, no prazo de 5 dias úteis a contar da intimação do ato, nos casos de anulação ou revogação da licitação (Art. 109, I, “c”). 
AULA 3 LICITAÇÃO: TIPOS E MODALIDADES. REVISÃO.
TIPOS DE LICITAÇÃO
Quando estudamos os princípios que regem as licitações, vimos que o legislador pretendeu que o julgamento fosse realizado conforme critérios objetivos. Os possíveis critérios a serem observados no julgamento das propostas no procedimento licitatório determinam os tipos de licitação. 
Evitar confusão entre “tipos” e “modalidades” de licitação. O termo “tipos” deve ser reservado para designar os critérios de julgamento. 
Os tipos de licitação, aplicáveis a todas as modalidades de licitação, exceto a modalidade concurso, estão previstos nos §1º do ART. 45. 
São tipos de licitação:
A de menor preço
A de melhor técnica
A de técnica e preço
A de maior lance ou oferta
 MENOR PREÇO
Quando o critério de seleção da proposta mais vantajosa para a Adm determinar que será vencedor o licitante que apresentar a proposta de acordo com as especificações do edital ou convite e ofertar o menor preço. O tipo menor preço deve ser a regra geral nas licitações para contratação de obras, serviços, compras, locações e fornecimentos. 
Na modalidade pregão só é admitido o tipo licitatório “menor preço”. 
MELHOR TÉCNICA E MELHOR TÉCNICA E PREÇO
- A lei estabelece que os tipos de licitação “melhor técnica” ou “técnica e preço” serão utilizados exclusivamente para serviços de natureza predominantemente intelectual, em especial na elaboração de projetos, cálculos, fiscalização, supervisão e de gerenciamento consultiva em geral e, em particular, para a elaboração de estudos técnicos preliminares e projetos básicos e executivos (Art. 46). 
ATENÇÃO: Nos termos do Art. 45, § 4º, para contratação de bens e serviços de informática, a Adm adotará, obrigatoriamente, o tipo de licitação “técnica e preço”, permitindo o emprego de outro tipo de licitação nos casos indicados em decreto do Poder Executivo. A Lei do Pregão, contudo, autoriza o uso da modalidade pregão de licitação, a qual sempre adota o tipo menor preço
MAIOR LANCE OU OFERTA
- Nos casos de alienação de bens ou concessão de direito real de uso. O licitante deve oferecer lance com maior valor possível, tendo como parâmetro mínimo o valor da avaliação.
MODALIDADES DE LICITAÇÃO
As licitações são classificadas em diferentes modalidades, conforme as peculiaridades do respectivo procedimento, ou do objeto do futuro contrato adm a ser celebrado. A Lei 8.666/1993 prevê, em seu Art. 22, cinco diferentes modalidades de licitação: CONCORRÊNCIA, TOMADA DE PREÇO, CONVITE, CONCURSO e LEILÃO. Posteriormente, foi criada por medida provisória um outra modalidade, o PREGÃO, atualmente regulado pela Lei nº 10.520/2002. Ao lado dessas, há, ainda, a CONSULTA.
Determina-se a modalidade de acordo com o VALOR da licitação:
 CONCORRÊNCIA, TOMADA DE PREÇO e CONVITE.
De acordo com o OBJETO: 
 CONCURSO, LEILÃO e PREGÃO. 
A Lei 8.666 expressamente declara vedada a criação de outras modalidades (União – Pregão) de licitação ou a combinação das modalidades nela referidas (ART. 22, § 8º). 
As três primeiras modalidades enumeradas na Lei 8.666 – CONCORRÊNCIA, TOMADA DE PREÇO e CONVITE – são hierarquizadas com base na complexidade de seus procedimentos e no vulto dos contratos a serem celebrados, especialmente no que se refere aos valores envolvidos. Essas três modalidades são aplicáveis, por excelência, ao contratos de execução de obras públicas, prestação de serviços e compra de bens. *Os contratos de concessão de serviços públicos sempre exigem licitação prévia, na modalidade concorrência. 
A CONCORRÊNCIA é a modalidade mais complexa de licitação, sendo sua utilização possível para a celebração de contratos de qualquer valor. É também a modalidade em que se verificam maior competitividade e publicidade possíveis. 
Em seguida, menos complexa e utilizável para a celebração de contratos intermediários temos a TOMADA DE PREÇOS. 
Por último, o CONVITE é a mais simples modalidade de licitação, somente utilizável para a celebração de contratos de menor valor (*Devemos lembrar que quando o valor do contrato é muito reduzido existe a possiblidade da Adm dispensar a licitação – ART. 24, I e II). 
Os valores dos contratos que determinam a modalidade mínima exigida estão descritos no Art. 23: ATENÇÃO – ÚLTIMA ATUALIZAÇÃO EM 2018 – Decreto nº 9.412.
I – Para obras e serviços de ENGENHARIA:
 CONVITE – até R$ 330.000,00 (trezentos e trinta mil reais)
 TOMADA DE PREÇO – até R$ 3,3 milhões
 CONCORRÊNCIA – acima de R$ 3,3 milhões
II – Para compras e serviços não referidos no inciso anterior:
 CONVITE – até R$ 176.000,00 (cento e setenta e seis mil reais)
 TOMADA DE PREÇO – até R$ 1,43 milhão
 CONCORRÊNCIA – acima de R$ 1,43 milhão
CONCORRÊNCIA
No § 1º do Art. 22, a lei genericamente afirma que a “concorrência é a modalidade de licitação entre quaisquer interessados que, na fase inicial de habilitação preliminar, comprovem possuir os requisitos mínimos de qualificação exigidos no edital para execução do seu objeto”. 
Os requisitos da concorrência, também nominados “características básicas”, são: a universalidade, a ampla publicidade, a habilitação preliminar e o julgamento por comissão. 
A universalidade é decorrente da amplitude de participantes potenciais no certame licitatório. Por esse requisito admite-se a qualquer interessado a sua participação, ainda que não esteja antes cadastrado, diferentemente do que ocorre na tomada de preços e no convite. Está relacionado, de forma direta, ao princípio da impessoalidade.
A concorrência é a mais complexa das modalidades de licitação e é, via de regra, utilizada para maiores contratações. Presta-se à contratação de obras, serviços e compras, de qualquer valor. Além disso, é a modalidade exigida, em regra, para compra de imóveis e para alienação de imóveis públicos, para a concessão de direito real de uso, para as licitações internacionais, para a celebração de contratos de concessão de serviços públicos e para os contratos de parceriaspúblico-privadas. 
Seja qual for o valor do contrato, a concorrência, em tese, pode ser utilizada. Relativamente ao valor do contrato, há uma hierarquia entre a concorrência, a tomada de preço e o convite. Por isso, quando for possível o convite, será alternativamente, possível usar a tomada de preço e a concorrência; quando for possível usar a tomada de preços, será possível, alternativamente, utilizar a concorrência. 
Uma das características da concorrência é possuir uma fase preliminar de habilitação, após a abertura do procedimento (publicação do edital). Mas ATENÇÃO: especificamente na concorrência de contratos de parcerias público-privadas, e na concorrência de contratos de concessão de serviços públicos, é admitida a inversão dessa ordem das fases de habilitação e julgamento, hipótese em que esta ocorrerá antes daquela. 
TOMADA DE PREÇOS
O Art. 22, § 2ª da Lei 8.666 define a tomada de preços como a “modalidade de licitação entre interessados devidamente cadastrados ou que atenderem a todas as condições exigidas para cadastramento até o terceiro dia anterior à data do recebimento das propostas, observada a necessária qualificação”. 
Na tomada de preço, a habilitação, que corresponde ao próprio cadastramento, é prévia à abertura do procedimento. Entretanto, a fim de atender ao princípio da competitividade, os interessados não previamente cadastrados têm garantida a possiblidade de se inscreverem até o terceiro dia anterior à data do recebimento das propostas, contanto que satisfaçam as condições de qualificação exigidas (que são as mesmas condições impostas para o cadastramento). 
A tomada de preços é admitida nas licitações internacionais, desde que:
O órgão ou entidade disponha de cadastro internacional de fornecedores; e
O contrato a ser celebrado esteja dentro dos limites de valor para a tomada de preços. 
CONVITE
Relações negociais de valores mais baixos, o que permitiu o legislador vislumbrar um procedimento de formalidades reduzidas. 
O Art. 22, §3º, da Lei define o convite como a modalidade de licitação entre interessados do ramo pertinente ao seu objeto, cadastrados ou não, escolhidos e convidados em número mínimo de 3 pela unidade adm, a qual afixará, em local apropriado, cópia do instrumento convocatório e o estenderá aos demais cadastrados na correspondente especialidade que manifestarem seu interesse com antecedência mínima de até 24 horas da apresentação das propostas. 
Já vimos que o instrumento de convocação utilizado na modalidade convite é a carta-convite, enviada diretamente aos interessados. É interessante notar que a Lei fala, num primeiro momento, em interessados cadastrados ou não, para o fim de ser enviada a carta-convite. No caso do convite não há publicação em diário oficial, mas é necessário, além do envio da carta-convite aos interessados, afixação de cópia do instrumento em local apropriado para que os demais cadastrados não originalmente convidados possam participar, habilitando-se até 24 horas antes do prazo para entrega das propostas (esta possibilidade de que aqueles que não foram convidados possam habilitar-se até 24 horas antes do prazo para entrega das propostas alcança somente os interessados cadastrados!).
É possível que a carta-convite, excepcionalmente, seja enviada a menos de três interessados, desde que por limitações do mercado ou manifesto desinteresse dos convidados, seja impossível a obtenção do número mínimo de licitantes. Essas circunstâncias deverão ser devidamente justificadas no processo, sob pena de repetição do convite (Art. 22, §7º). 
Na hipótese contrária, ou seja, de existirem mais de três possíveis interessados numa praça, a cada novo convite realizado para objeto idêntico ou assemelhado é obrigatório o convite a, no mínimo, mais um interessado, enquanto existirem cadastrados não convidados nas últimas licitações (ART. 22, §6º). 
ATENÇÃO: Embora seja a menos complexa das modalidades, é possível convite em licitações internacionais, respeitados os limites de valor estabelecidos na Lei 8.666, quando não houver fornecedor do bem ou serviço no Brasil (ART. 23, §3º). 
CONCURSO
O Art. 22, §3º da Lei define o concurso como a modalidade de licitação entre quaisquer interessados pela escolha de trabalho técnico, científico ou artístico, mediante a instituição de prêmios ou remuneração aos vencedores, conforme critérios constantes de edital publicado na imprensa oficial com antecedência mínima de 45 dias. 
Portanto, o que determina a necessidade de realizar a licitação na modalidade concurso é a natureza do seu objeto, não o valor do contrato. 
Ao concurso não se aplicam os tipos de licitação previstos no art. 45 (menor preço, melhor técnica etc), pois os vencedores recebem um prêmio ou remuneração. 
O Art. 52.  estabelece que o concurso deve ser precedido de regulamento próprio, a ser obtido pelos interessados no local indicado no edital.
LEILÃO
Nos termos do ART. 22, §5º da Lei, o leilão é a modalidade de licitação, entre quaisquer interessados, para a venda, a qual oferecer o maior lance, igual ou superior ao valor da avaliação, dos seguintes bens:
bens móveis inservíveis para a Adm;
Produtos legalmente apreendidos ou penhorados;
bens imóveis da Adm, cuja aquisição havia derivado de procedimentos judiciais ou de dação em pagamento (Art. 19, III).
Art. 53.  O leilão pode ser cometido a leiloeiro oficial ou a servidor designado pela Administração, procedendo-se na forma da legislação pertinente.
§ 1o  Todo bem a ser leiloado será previamente avaliado pela Adm para fixação do preço mínimo de arrematação.
§ 2o  Os bens arrematados serão pagos à vista ou no percentual estabelecido no edital, não inferior a 5%  e, após a assinatura da respectiva ata lavrada no local do leilão, imediatamente entregues ao arrematante, o qual se obrigará ao pagamento do restante no prazo estipulado no edital de convocação, sob pena de perder em favor da Adm o valor já recolhido.
§ 3o  Nos leilões internacionais, o pagamento da parcela à vista poderá ser feito em até 24h.
§ 4o  O edital de leilão deve ser amplamente divulgado, principalmente no município em que se realizará.
PREGÃO
O pregão é uma sexta modalidade de licitação, instituídas a par das cinco citadas no Art. 22.
 Lei 10.520/2002, em sua ementa, institui, no âmbito da União, Estado, DF e Municípios, nos termos do art. 37, XXI, da CF, o Pregão, para a aquisição de bens e serviços comuns. QUALQUER QUE SEJA O VALOR ESTIMADO DA CONTRATAÇÃO. A disputa entre os licitantes é feita por meios de propostas e lances em sessão pública. 
O fator que define a possiblidade de utilização da modalidade pregão é a natureza do objeto da contratação – aquisição de bens e serviços comuns -, não o valor do contrato. 
A Lei 10.520 define como bens e serviços comuns “aqueles cujos padrões de desempenho e qualidade possam ser objetivamente definidos pelo edital, por meio de especificações usuais no mercado” (ART. 1º, parágrafo único). 
ATENÇÃO: A modalidade pregão sempre adota como critério de julgamento o menor preço da proposta! 
Em resumo: o pregão pode ser utilizado para qualquer valor do contrato, sendo a licitação sempre do tipo menor preço. 
Vantagens do pregão para a Adm: características procedimentais que possibilita maior celeridade na contratação de bens e serviços comuns. Mediante a utilização do pregão, o valor final dos contratos tende a ser mais vantajoso para a Adm comparativamente àquele que ela obteria com outras modalidades de licitação. 
Importantes características: possiblidade de redução do preço das propostas iniciais por meio de lances verbais dos participantes e a não exigência de habilitação prévia, optando por cominar rigorosas sanções àqueles que, vencendo a licitação, deixem de adimplir o contrato ou executem inadequadamente. A lei prevê sanções como a imposição de multas e o impedimento de licitar e contratar com o ente federado licitante pelo prazo de até 5 anos. 
Bens: água mineral, combustível, gêneros alimentícios, material hospitalar e de limpeza, uniformes,

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