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Produção de Mudas de Maracujá e Técnicas Culturais

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MARACUJÁ
PROPAGAÇÃO 
Sexuada (sementes) = comercialmente
Assexuada ou vegetativa (estaquia e enxertia)
Cultivares híbridas – recomenda-se obter sementes ou mudas de viveiristas idôneos e credenciados no MAPA
OBS: não se deve utilizar sementes de frutos comerciais
A produção de mudas de qualidade genética e fitossanitária é o primeiro passo para o sucesso do cultivo do maracujá
Passos para produção da muda por sementes:
Aquisição das sementes em órgãos credenciados no MAPA
Semeadura em sacolas de polietileno (10 x 25 cm) ou tubetes (12 x 2,5 cm) 
Semeadura dois meses antes do início do plantio (2 sementes a 1cm de profundidade)
Em regiões onde a incidência de viroses é muito elevada, as mudas devem ser cultivadas ao menos 3 meses dentro de viveiros telados antiafídeos (mudão)
Deve-se usar sacolas de 2L a 5L, e permitir que as mudas cresçam em “palito” até cerca de 1,0 m a 1,8 m de altura, com uso de um tutor de bambu
TÉCNICAS CULTURAIS
POLINIZAÇÃO
A flor do maracujazeiro não se autofecunda
Uma das fases mais importantes na produção do maracujá
Chuvas no florescimento diminui a frutificação
Polinização natural: mamangavas (pomares pequenos)
Polinização artificial: manualmente (pomares comerciais)
PRAGAS
LAGARTAS (Dione juno juno e Agraulis vanillae vanillae)
Devoram as folhas, podendo causar o desfolhamento completo da planta
Controle: Bacillus thuringiensis, lambda-cialotrina, teflubenzuron, cloridrato de cartape
PERCEVEJOS (Diactor bilineatus, Leptoglossus zonatus, L. gonagra e Holymenia clavigera)
Prejuízos: as ninfas sugam a seiva dos botões florais e dos frutos novos. Os adultos atacam as folhas, os ramos e os frutos de qualquer idade. 
Os botões florais e frutos novos atacados caem e os frutos maiores murcham e enrugam
Controle: Imidaclopride (Provado 200 SC)
MOSCAS-DAS-FRUTAS (Anastrepha pseudoparalela e Ceratitis capitata)
Prejuízos: as larvas atacam frutos verdes e maduros e causam queda de frutos novos. Nos frutos mais desenvolvidos ocorre murchamento, impedindo a maturação
Controle: espinosade (isca tóxica)
MOSCAS-DO-BOTÃO-FLORAL (Silba pendula)
Prejuízos: as larvas atacam tecidos internos do botão floral, provocando sua queda
Controle: idem moscas das frutas
PRINCIPAIS DOENÇAS
ENDURECIMENTO-DOS-FRUTOS (Passion fruit woodiness vírus – PWV)
Sintomas: nas folhas, observam-se mosaico, clareamento das nervuras, rugosidades, bolhas e malformações. Os frutos podem ficar menores, deformados e com o pericarpo espesso e endurecido. As plantas infectadas apresentam redução no desenvolvimento e na longevidade, diminuindo a produção
VERRUGOSE (Cladosporium herbarum)
Sintomas: nas folhas, surgem pequenas manchas circulares, inicialmente translúcidas e posteriormente necróticas, com o centro verde-acinzentado. Nos frutos, ocorre o aparecimento de lesões circulares levemente deprimidas, que crescem e se tornam corticosas, salientes e de coloração pardacenta
Controle: Tebuconazol, óxido cuproso, hidróxido de cobre, difenoconazol, flutriafol
ANTRACNOSE {(Glomerella cingulata (Colletotricum gloeosporioides)}
Sintomas – A doença é citada ocorrendo nas folhas, nos ramos e nos frutos verdes, na forma de manchas de aspecto aquoso e cor verde-escura. Os frutos apresentam lesões grandes, arredondadas, de coloração escura, que evoluem para uma podridão mole e deprimida, atingindo grande extensão
Controle: Idem verrugose
MEDIDAS GERAIS PARA CONTROLE DE DOENÇAS
Utilizar sementes e mudas sadias, produzidas em sementeiras em áreas livres da doença e longe de plantios adultos
Construção de quebra-ventos
Eliminação dos restos culturais no final de cada ciclo
Inspecionar periodicamente as plantas
Desinfetar instrumentos de poda/desbrota
Manter o pomar roçado
Intensificar as adubações de cobertura e foliar para aproveitar o máximo a cultura
Realizar podas de limpeza e eliminar os materiais infectados
Aplicações de fungicidas de contato (preventivos) antes do início dos primeiros sintomas e curativos após o início 
GOIABA
PROPAGAÇÃO VEGETATIVA
ESTAQUIA HERBÁCEA 
Em câmara de nebulização, utilizando estacas de tecidos jovens compostas de um internódio e dois pares de folhas reduzidas à metade. A base das estacas deve ser imersa em solução de AIB (200 a 2.000ppm) por 12 a 14 horas, em ambiente escuro e sob temperatura próxima de 23°C. O substrato utilizado deve ser à base de vermiculita, casca de arroz carbonizada ou fibra de côco.
TÉCNICAS CULTURAIS
PODA DE FORMAÇÃO 
Objetivo: definir a arquitetura da planta, procurando-se obter uma planta adulta de porte baixo e com os ramos bem distribuídos, caracterizando-se em forma de taça aberta
Quebrar a dominância apical da muda com uma poda a 50cm do solo
Escolher três a quatro ramos em direções opostas e originados em pontos de inserção diferentes
Caso necessário, utilizar barbantes ou fitilhos presos a pequenas estacas de bambu 
PODA DE FRUTIFICAÇÃO – produção de frutos em ramos do ano. Pode ser dividida em: poda contínua e poda escalonada ou total.
Poda contínua: os ramos são podados continuamente durante todo o ano, de tal forma que a planta apresenta brotações constantes. 
Poda total ou escalonada: a poda é feita em toda a planta ao mesmo tempo. Pode ser dividida em poda longa (6 a 7 pares de folhas) e poda curta (2 a 3 pares de folha) 
Irrigação – essencial para produção de frutos de mesa ao longo de todo o ano
Controle de plantas daninhas – capina manual nas linhas e uso de roçadeira nas entrelinhas (pomares novos); herbicidas na linha e roçadeira nas entrelinhas (pomares adultos) 
Desbaste de frutos – obtenção de frutos grandes e de bom aspecto comercial (2500 frutos/planta → 500 frutos) 
Despistilamento – retirada dos restos do cálice floral. Prática viável apenas para cultura de mesa
Ensacamento – saquinhos de papel-manteiga com dimensões de 12 x 15cm (frutos com 1 a 2,5cm)
PRAGAS
GORGULHO (Conotrachelus psidii)
A fêmea oviposita em frutos ainda bem verdes. 
O tecido do local fica escurecido e não acompanha o desenvolvimento do restante do fruto.
 Controle: ensacamento de frutos
PSILÍDEO (Triozoida limbata) 
Atacam as brotações novas, provocando o enrolamento dos bordos.
 Controle: inseticidas neonicotinoides (Imidaclopride) 
MOSCAS DAS FRUTAS (Anastrepha sp. Ceratitis capitata) 
O dano é causado pela larva do inseto que se alimenta da polpa do fruto.
 Controle: cultural - ensacamento dos frutos/ químico – isca tóxica (espinosade) 
TRIPES (Selenothrips rubrocinctus)
O adulto mede cerca de 1,4 mm de comprimento, coloração preta e asas franjadas; as ninfas são amarelas com uma faixa vermelha;
Provocam lesões de coloração prateada/ferruginosas nos frutos
Controle: não tem produto registrado no Mapa 
DOENÇAS 
BACTERIOSE (Erwinia psidii) 
Sintomas nas extremidades dos ramos novos, nas folhas mais velhas e nas flores e frutinhos. 
Controle: poda de abertura da copa, espaçamento de plantio adequado, uso de quebra-ventos, adubações equilibradas, desinfecção das ferramentas de poda, e pulverizações preventivas com fungicidas cúpricos (ø<3cm)
FERRUGEM (Puccinia psidii) 
 Ataca os tecidos novos de todos os órgãos da planta.
 Causa manchas circulares, necróticas, podendo atingir 1cm de diâmetro, onde se desenvolve uma massa pulverulenta de coloração amarelo-viva.
Controle: cultural, através de poda de limpeza, e químico através de fungicidas: cúpricos (ø<3cm), azoxistrobina e triazois (bromoconazol, ciproconazol e tebuconazol) 
ANTRACNOSE (Colletotrichum gloeosporioides) 
 Pode promover podridão em frutos jovens e manchas circulares de coloração marrom em frutos maduros. 
Controle: cultural (eliminação de frutos contaminados) e químico: cúpricos (ø<3cm), estrobilurina e tebuconazol + trifloxistrobina 
PINTA PRETA 
Guignardia psidii 
Pequenos pontos descoloridos, que 
Evoluem rapidamente na superfície dos
Frutos, formando lesões deprimidas, 
Escuras, circulares.
Controle: podas, com abertura da copa, enterrio dos frutos doentes e pulverizaçõesMAMAO
PROPAGAÇÃO
A planta pode ser propagada por meio de sementes, de estacas, e de enxertia.
Os produtores brasileiros, entretanto, preferem produzir mudas das sementes.
As plantas escolhidas para a produção de sementes devem ser hermafroditas, ter boa sanidade, baixa altura de inserção das primeiras flores, precocidade, alta produtividade, e produzir frutos típicos da variedade. 
Com o auxílio de uma colher, as sementes devem ser retiradas e lavadas em água corrente e numa peneira, para que se separem da mucilagem (uma substância viscosa que as envolve). 
Além disso, devem ser postas para secar à sombra, e em finas camadas, sobre folha de jornal ou sobre pano que possa absorver o excesso de umidade. 
Após dois ou três dias já podem ser plantadas, ou então tratadas com fungicidas e conservadas em sacos de plástico 
A semeadura pode ser feita em sementeiras ou em canteiros, com posterior transplante para sacos de plástico; ou ser feita diretamente nos sacos 
Entre os recipientes utilizados para a semeadura do mamoeiro, encontram-se sacos de polietileno e canteiros móveis (bandejas de isopor ou tubetes). 
O substrato deve ser solarizado para minimizar o aparecimento de doenças na fase de germinação
Deve-se desbastar as mudinhas ainda no saco,.
DEFICIÊNCIA DE BORO
O boro (B) é o micronutriente mais importante para a cultura do mamoeiro.
A deficiência desse microelemento caracteriza-se pelos seguintes sintomas: os frutos ficam encaroçados, malformados e apresentam exsudação (escorrimento) de látex pela casca, e as flores abortam com mais frequência em períodos de estiagem.
É preciso não confundir a exsudação de látex causada por deficiência de boro com a que ocorre em plantas com a virose denominada “meleira”.
Altamente exigente em água e nutrientes
O fornecimento desses insumos nas quantidades e nos momentos adequados é decisivo para alcançar elevadas produtividades
O déficit hídrico do solo afeta sensivelmente o mamoeiro, independente do estádio da cultura
PRINCIPAIS PRAGAS
Ácaro branco: Conhecido como ácaro tropical ou ácaro da queda do chapéu. As folhas novas ficam reduzidas quase que somente às nervuras, paralisando o crescimento. Ocorre principalmente durante os períodos mais quentes e de umidade mais elevada.Acaricidas registrados: abamectina, enxofre, bifentrina, fenpiroximato
Ácaros rajado e vermelho: Provoca o amarelecimento, necrose e perfurações nas folhas. Ocorrem nos meses quentes e secos. O controle é feito eliminando-se as folhas velhas e aplicando-se acaricidas. Acaricidas registrados: abamectina, azadiractina, fenpropatrina, milbemectina
As cigarrrinhas verdes :Ao sugarem a seiva das plantas causam o amarelecimento e encurvamento das folhas mais velhas. Inseticidas registrados: tiacloprido, bifentrina
Mandarová ou gervão: Se alimentam das folhas. A planta pode apresentar desfolhamento total. Inseticida registrado: teflubenzuron
PRINCIPAIS DOENÇAS - VIRUS 
Vírus da mancha na elar do mamoeiro (Mosaico do mamoeiro): Plantas afetadas pelo mosaico apresentam baixa produtividade, e os seus frutos podem tornar-se imprestáveis para a comercialização no mercado interno. Sintomas: o amarelecimento das folhas mais novas, e, posteriormente, ocorrem: o clareamento das nervuras; o enrugamento e mosaico das folhas; a redução da lâmina foliar; o aparecimento de estrias oleosas nos pecíolos e na parte superior do caule; bem como a formação de anéis nos frutos e, como consequência, alterações em seu sabor e aroma
Vírus da meleira: O principal sintoma é a perda, por gotejamento, do látex (leite) nos frutos. Ao ficar escuro, esse látex dá aos frutos um aspecto de “borrado” ou “melado”, comprometendo, com isso, sua qualidade comercial.
MEDIDAS DE CONTROLE APLICÁVEIS ÀS VIROSES
Produção de mudas em áreas isoladas para evitar a infecção ainda no viveiro; Vistoria no viveiro e/ou no pomar duas a três vezes por semana; Eliminação de pomares velhos e improdutivos; Erradicar e/ou evitar o plantio de cucurbitáceas, berinjela, quiabo, algodão, couve, couve flor, pimenta e repolho (hospedeiras do vírus do mosaico), Além de se fazer rotação de culturas.
PRINCIPAIS DOENÇAS
Antracnose  (Colletotrichum gloeosporioides): Aparecem nos frutos em qualquer estágio de desenvolvimento, mas principalmente em frutos maduros. As lesões começam com a formação de pontos negros, que vão aumentando de tamanho até transformar-se em lesões deprimidas, com até 5cm de diâmetro.Controle - retirar e enterrar frutos atacados, colhê-los ainda verdoengos, desinfestar galpões e vasilhames de transporte e aplicar quinzenalmente fungicidas à base de cobre.Fungicidas registrados: Tebuconazol, Oxicloreto de cobre, Óxido cuproso, Azostrobina + Difenoconazol, Mancozeb, Piraclostrobina, Imazalil
Varíola ou pinta-preta (Asperisporium caricae): Surgimento de pequenas lesões circulares na parte inferior da folha. Nos frutos, as lesões são circulares, salientes, apresentando centros esbranquiçados no estágio final. Controle - aplicações quinzenais de fungicidas à base de cobre, a partir do início da frutificação.Fungicidas registrados: Clorotalonil, Azostrobina + Difenoconazol, Flutriafol, Cercobin, Oxicloreto de cobre, Óxido cuproso, Mancozebe, Tiabendazol
BANANA
PROPAGAÇÃO
Convencional (campo): Chifrinho - 20 a 30 cm de altura. Chifre - 50 a 60 cm (2 a 3 meses). Chifrão – 60 a 150 cm (6 a 9 meses
Rápida: Divisão de rizomas: 1,2 a 1,5 kg, Rizomas inteiros
Micropropagação ou cultura de meristemas (matriz)
TRATOS CULTURAIS
CONTROLE DE PLANTAS DANINHAS: Competição por água, luz e nutrientes
IRRIGAÇÃO: Na irrigação, os métodos variam de acordo com o tipo de solo e a disponibilidade de água.O método de irrigação localizada é o mais usado, principalmente a microaspersão seguida pelo gotejamento. TÉCNICAS CULTURAIS (MANEJO)
DESBASTE: Eliminação do excesso de filhos ou rebentos produzidos pela bananeira. Deve-se deixar só um filho por touceira. 
DESFOLHA:Folhas secas, mortas, pecíolo quebrado, severamente atacadas por pragas e doenças. Junto com o desbaste
ELIMINAÇÃO DO CORAÇÃO: Pêndulo, dreno e abrigo de insetos
DESPISTILAGEM: Retirada dos restos florais (pistilo). 
REMOÇÃO DA ÚLTIMA PENCA: 
ENSACAMENTO DO CACHO: 
ESCORAMENTO: Tombamento de plantas – ventos, peso do cacho, altura e má sustentação da planta, Perda de cachos, Após a emissão do cacho
CORTE DO PSEUDOCAULE APÓS A COLHEITA
PRINCIPAIS PRAGAS
BROCA-DA-BANANEIRA OU MOLEQUE (Cosmopolites sordidus): Ovos são colocados em pequenos orifícios com o auxílio das mandíbulas;nLarvas ápodas, enrugadas,com cabeça e peças bucais marrons.Prejuízos: Danos diretos, através da abertura de galerias nos rizomas e indiretos, diminuindo a resistência a ventos e facilitando a entrada de microorganismos; Controle: a)seleção de mudas sadias; b) tratamento de mudas com carbofuran; c)inseticidas granulados em orifício aberto com a “lurdinha”;d) uso de iscas tipo queijo ou tipo telha; e) Beauveria bassiana; f) “Cosmolure”.
TRIPES (Palleucothrips musae): Insetos pequenos que vivem nas inflorescências, entre as brácteas do “coração” e entre os frutos, nos cachos; Prejuízos: Suas picadas fazem com que os frutos tornem-se manchados, depreciando-os sobretudo para exportação; Controle:Cultural: eliminação do “coração” após a formação do cacho; Químico: pulverizar flores e frutos com inseticida organofosforado (Carbaril)
PRINCIPAIS DOENÇAS
MAL DO PANAMÁ: A infecção ocorre nas raízes, atingindo posteriormente o rizoma, o pseudocaule e a nervura principal das folhas. O ataque provoca o amarelecimento, a murcha e a queda das folhas. Provoca ainda rachaduras nas bainhas do pseudocaule perto do solo. Internamente, os vasos adquirem a cor marrom, tanto no rizoma como no pseudocaule.Geralmente, as plantas afetadas morrem.Para facilitar a convivência com a doença, em variedades como a Prata, Prata Anã e Pacovan, que são sensíveis, recomendam-se os seguintes procedimentos: Evitar o plantio em áreas onde o mal-do-panamá já tenha ocorrido;Utilizar mudas comprovadamente sadias;Elevar o pH do solo para níveis próximos da neutralidade;Dar preferência a solos ricos em matéria orgânica; Evitar áreas com alta umidade;Manter controle sobre a broca-do-rizoma e os nematóides; Adubar adequadamente.O melhor controle, porém, é o uso de variedades resistentes, como Nanica, Nanicão, Grande Naine, Terra, Terrinha, D’Angola, Thap Maeo, Caipira, Pacovan Ken, Preciosa, Fhia-Maravilha, Prata Graúda, entre outras.
SIGATOKA AMARELA: Pode provocar perdas superiores a 50% na produção. A infecção ocorre nas folhas mais novas, desenvolvendo grande número de pequenas estrias, que se expandem, unem-se, formam lesões necróticas e provocam a morte prematura das folhas. A doença é mais problemática nas regiões mais chuvosas, com umidade relativa média acima de 80% e com temperaturas médias ao redor de 25ºC.O controle pode ser feito com o uso de variedades resistentes, como Terra,Terrinha, D’Angola, Thap Maeo, Pioneira, Caipira, Pacovan Ken, Preciosa, Tropical e outras, ou aplicando fungicidas, quando as variedades são suscetíveis, de modo a proteger sempre as folhas mais novas da planta.A aplicação desses produtos deve ser feita durante o período chuvoso, quando a doença se mostra mais severa.Fungicidas registrados no MAPA:Clorotalonil, Tebuconazol, Difenoconazol, óleo mineral, Mancozeb, Azostrobina, óxido cuproso, hidróxido de cobre, etc
SIGATOKA NEGRA: É também uma doença foliar, constatada no ano de 1998, na Região Amazônica. É causada pelo fungo Mycosphaerella fijiensis, uma espécie mais agressiva do que a M. musicola. Caracteriza-se pelo aparecimento, sobre a folha, de muitas lesões, que, na fase jovem, aparecem na face inferior da folha como estrias marrons, passam, em seguida, a estrias negras, até se transformarem em lesões necróticas, que se unem rapidamente e levam à morte as folhas muito novas. O comportamento dessa doença segue os mesmos padrões da sigatoca-amarela, mas, em virtude de sua maior agressividade, pode causar até 100% de perda na produção.Controle: Uma das formas mais fáceis de controlá-la é a utilização de variedades resistentes, como Thap Maeo, Caipira, Fhia-18, Fhia-Maravilha, Pacovan Ken, Preciosa, Figo, e outras. Quanto ao controle químico, devem-se seguir as mesmas orientações fornecidas para a sigatoka amarela, tendo-se a consciência de que, pelo fato de a doença ser mais agressiva, é necessário mais rigor nas ações de controle.Fungicidas registrados no MAPA: Tebuconazol, Difenoconazol, Mancozeb, Difenoconazol + Tebuconazol, Piraclostrobina, Flutriafol, Tebuconazol + trifloxistrobina
ABACAXI
PROPAGAÇÃO
O abacaxizeiro propaga-se vegetativamente por meio de mudas produzidas pela planta, como filhotes (do pedúnculo do fruto), rebentões (do talo da planta - maiores) e até as coroas dos frutos destinados à indústria, ou ainda, mudas resultantes do enviveiramento de seções do talo da planta ou das mudas. 
TRATOS CULTURAIS
CAPINAS: o abacaxi sente muito a concorrência, Crítica nos primeiros cinco meses, Herbicidas em pré ou pós-emergência – Diuron (simazina, ametrina, ametrina + simazina), bromacil + diuron 
ENSACAMENTO DOS FRUTOS 
IRRIGAÇÃO: Primeiro mês – baixa exigência, A partir do segundo mês aumenta a exigência
ADUBAÇÃO: N e K e micronutrientes (via foliar)
CONTROLE DA FLORAÇÃO
FLORAÇÃO NATURAL: A floração natural é uma característica dessa planta, e pode ocorrer em percentuais elevados na maioria das regiões produtoras brasileiras.Em muitas situações, a floração natural constitui uma característica indesejável. Os inconvenientes da floração natural são: A floração natural na cultura do abacaxi ocorre de modo desuniforme.Dificulta os tratos culturais e fitossanitários. Encarece o custo de produção.Reflete-se de modo negativo na comercialização do fruto que, em geral, não atinge padrão comercial e chega ao período de colheita em época de alta oferta (safra principal) e com menor preço.
INDUÇÃO ARTIFICIAL: A indução artificial da floração, na cultura do abacaxi, é feita com substâncias químicas apropriadas, em geral reguladores do crescimento vegetal ou fitorreguladores. Atualmente, os produtos mais usados para antecipar a floração do abacaxizeiro são o carbureto de cálcio e o ethephon (ácido 2-cloroetilfosfônico).No Brasil, o carbureto de cálcio é o mais usado pela grande massa de pequenos agricultores. OBJETIVOS DA FLORAÇÃO ARTIFICIAL: A principal finalidade do tratamento de indução artificial do abacaxizeiro é antecipar e uniformizar a floração e facilitar a colheita do fruto, a fim de permitir a concentração da safra em época favorável à comercialização da produção.
QUAL É O MELHOR PERÍODO DO DIA (HORA) PARA APLICAÇÃO DA INDUÇÃO FLORAL NA CULTURA DO ABACAXI?A aplicação dos produtos deve ser feita, de preferência, à noite, ou pela manhã (até 9h), ou ainda no final da tarde (após as16h). Os dias nublados também favorecem a aplicação. Devem-se evitar as horas quentes do dia para não comprometer a eficiência do tratamento, tendo cuidado com as concentrações e épocas de aplicação, a fim de não causar danos às plantas e aos frutos.
QUANDO SE DEVE REALIZAR O TRATAMENTO DE INDUÇÃO DO ABACAXI? Deve ser feita quando o abacaxizeiro atinge tamanho suficiente para produzir um fruto de valor comercial. A indução floral de plantas pequenas, com poucas folhas resulta na produção de frutos também pequenos, o que reduz o rendimento da cultura e a renda do produto.
COMO SE RECONHECE QUE O TRATAMENTO DE INDUÇÃO FLORAL DO ABACAXIZEIRO FOI EFICIENTE? A depender das condições climáticas, a partir dos 40 ou 50 dias depois da aplicação nota-se o aparecimento da inflorescência (botão floral) no centro da roseta foliar da planta. No entanto, cerca de duas semanas após a aplicação, já se pode ter uma ideia da eficiência do tratamento. Basta arrancar uma folha jovem do centro da roseta foliar de algumas plantas e observar se a cor de sua base ou do terço inferior está avermelhada, se estiver é sinal de que o tratamento funcionou como esperado.
PRINCIPAIS PRAGAS
COCHONILHA (Dysmicocus brevips): As folhas adquirem coloração verde-escura, tendendo para avermelhadas, posteriormente ficam cor de rosa e as bordas enrolam-se e o ápice fica recurvado. Controle: inseticida sistêmico (período vegetativo) – Tiametoxam e Imidaclopride 
BROCA DO FRUTO (Thecla basalides):Lagartas de borboleta de coloração cinza escuro que fazem galerias nos frutilhos. Transmite a “fusariose”. Controle: pulverizações preventivas com inseticidas (Bacillus thuringiensis), Deltametrina, Carbaril, Beta-ciflutrina, Alfa-cipermetrina + Teflubenzuron) 
BROCA DO TALO (Castia invaria volitans): Adulto: mariposa de 34 mm de comprimento por 87 a 105 mm de envergadura. Asas anteriores são marrons e as posteriores, vermelhas. Sintomas: definhamento progressivo, acompanhado de amarelecimento e posterior secamento das folhas; morte do olho e lançamento de brotação lateral antes de morrer. Controle – realizar inspeções periódicas na lavoura, arrancar as plantas, cortá-las na altura do caule, com facão, e destruir as lagartas (controle mecânico)
PRINCIPAIS DOENÇAS
FUSARIOSE (Fusarium subglutinans):Causa perdas de produção da ordem de 30%. Infecta todas as partes da planta, provocando exsudação de goma. Controle: mudas sadias, erradicação de plantas doentes, queima dos restos culturais e pulverizações após a indução floral a cada 10 dias. Tebuconazole, Tiofanato metílico, Flutriafol, Tiabendazol e Tebuconazole + Trifloxistrobina 
Podridão negra (Thielaviopus paradoxa): Penetração do patógeno se da através do pedúnculo do fruto ou através de ferimentos na colheita e transporte. Amolecimento da polpa, de coloração amarela translúcida, evoluindo para a cor marrom. Em estágio mais avançado ocorre exsudação de suco. Controle – colher o fruto com remanescente do pedúnculo de 2 a 3 cmCaptan, Flutriafol, Metiram + Piraclostrobina 
MANGA
PROPAGAÇÃO
A propagação da mangueira pode ser feita por semente e por muda enxertada.
A propagação por semente apresenta inconvenientes como longo período juvenil,porte elevado das plantas e dissociação de caracteres.
A propagação por muda enxertada induz uniformidade e precocidade de produção.
Conquanto todas as cultivares sirvam como porta-enxertos, as mais utilizadas têm sido a Espada, a Carlota, a Ubá, a Coquinho, a Santa Alexandrina e a Itamaracá, entre outras.
Deve ser semeada uma amêndoa em cada saco, posicionada com a parte ventral voltada para baixo, numa profundidade suficiente para que ela seja coberta. Do contrário, poderá comprometer o sistema radicular da planta, que ficará torcido. 
Seis meses após a semeadura, os porta-enxertos estarão em condições de receber o enxerto.
Os métodos comumente utilizados para enxertia, com algumas variações, são a garfagem e a borbulhia.
 O primeiro confere desenvolvimento mais rápido ao enxerto, o que possibilita transplantá-lo para o local definitivo 3 a 4 meses após a enxertia, enquanto o segundo permite maior economia de material de propagação, no caso de gemas ou de borbulhas.
 INDUÇÃO FLORAL
A indução floral é uma prática de grande importância, pois propicia o aumento da produção e possibilita o deslocamento de colheitas para períodos de entressafra, ocasionando maior retorno econômico.
O método convencional de indução do florescimento da mangueira ‘Tommy Atkins’, principalmente na Região do Submédio São Francisco (Juazeiro, BA e Petrolina, PE), é mediante o uso do paclobutrazol (PBZ) em regime de irrigação constante da planta, de nitratos e de adubações químicas à base de macro e micro elementos.
Após a colheita de frutos, são feitas as podas dos ramos com restos florais da última safra, seguida da irrigação da planta e de adubação, principalmente nitrogenada ou de pulverizações foliares de nitrato de potássio (1% a 2%), para quebrar a dormência das gemas e obter a emissão de novos fluxos foliares. 
Quando esses novos ramos atingirem cerca de 20 dias de idade, é feita a aplicação do PBZ.
Em torno de 30 dias após o início das pulverizações de nitrato, ocorre o florescimento da planta. Na época de desenvolvimento de frutos, são feitas novas adubações químicas para a nutrição da planta e, decorridos 105 a 110 dias após o florescimento, tem-se a nova colheita de frutos.
PRAGAS 
Moscas-das-frutas: As espécies que mais prejudicam a mangueira são a Anastrepha obliqua, A. fraterculum e Ceratitis capitata, esta conhecida como mosca-do-mediterrâneo. As principais medidas de controle consistem em:Evitar plantios próximos às fruteiras muito atacadas pelas moscas.Coletar os frutos atacados e enterrá-los em covas fundas.O controle direto do inseto é feito com o uso de iscas tóxicas (Espinosade)
Broca-da-mangueira (Hypocryphalus mangiferae)Esse besouro está associado à seca-da-mangueira, como transmissor do fungo Ceratocystis fimbriata, iniciando o ataque pelos ramos mais finos no topo da copa, onde aparecem os ramos secos. Devem-se efetuar inspeções periódicas no pomar e eliminar a planta nova ou os ramos atacados de plantas adultas.Após a poda dos ramos afetados, faz-se a pulverização ou o pinçelamento com fungicida à base de cobre.Não há produtos registrados no MAPA 
Ácaros: O principal deles é o Eriophyes mangiferae, de coloração branca, com aspecto de verme. Ele ataca as gemas terminais e as inflorescências, causando atrofia e morte de brotos terminais de mudas e de plantas adultas. Sua maior importância na mangueira é por ser vetor do fungo Fusarium spp., agente etiológico da malformação da mangueira. Sua presença, associada à malformação da inflorescência, exige controle rigoroso em viveiros e pomares em formação, com acaricidas específicos.Acaricida registrado: Hexitiazoxi (Talento)Nas plantas adultas, recomenda-se fazer a poda dos ramos e das inflorescências atacadas.
DOENÇAS 
Antracnose:As folhas apresentam manchas escuras, de tamanho e contorno irregulares.Nas áreas onde essas manchas ocorrem, os tecidos morrem. As inflorescências também ficam escuras, tornam-se quebradiças e acabam por cair. Nos frutos, surgem lesões irregulares, deprimidas e escuras, chegando a atingir até a parte interna.Um importante controle dessa doença é a poda dos galhos. Fungicidas registrados: tebuconazol, tiofanato-metílico, azoxistrobina , difenoconazol, azoxistrobina + difenoconazol, azoxistrobina + tebuconazol, óxido cuproso, oxicloreto de cobre, mancozeb As cultivares Tommy Atkins e Keitt são consideradas medianamente resistentes.
Seca-da-mangueira: As folhas da ponta dos ramos atacados amarelecem, murcham e secam.Posteriormente, os ramos também secam e a planta chega a morrer.Essa doença é disseminada por uma pequena broca (Hypocryphalus mangiferae), que só é vetor quando o fungo existe no pomar.Deve-se inspecionar o pomar periodicamente e, uma vez detectada essa doença, deve-se cortar a parte atingida a 40 cm do ponto da infecção e queimar os ramos atacados. Em seguida, deve-se pincelar a parte cortada com pasta à base de cobre. Isso reduz o aparecimento da doença, em função do controle do vetor. Devem-se marcar as plantas tratadas, para facilitar novas inspeções. As cultivares Tommy Atkins, Keitt e Kent são consideradas medianamente resistentes.
Oídio: causa sérios prejuízos às folhas, aos ramos novos, às inflorescências, às flores e aos frutos. Apresenta-se sob a forma de um pó branco-acinzentado, que se deposita sobre a superfície dos órgãos atacados. Estes perdem sua função e caem. Para seu controle, fazem-se pulverizações com produtos à base de enxofre. A primeira aplicação se faz alguns dias antes do florescimento; a segunda, após a queda das flores, e a última, depois da formação dos frutos.Fungicidas registrados: tebuconazol, piraclostrobina, difenoconazol, tiabendazol, flutriafol, enxofre.

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