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Enterobíase- Infectologia e Parasitologia

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Mikaelle Teixeira Mendes – MED 33 
Enterobíase 
 
® AGENTE ETIOLÓGICO: Enterobius vermicularis (oxiúro), o qual apresenta como principal meio de transmissão a ingestão de ovos 
infectantes, associados a baixas condições de higiene e aglomerações forçadas; são vermes nematódeos que parasitam o intestino 
dos mamíferos. Apresenta dimorfismo sexual: 
ž Machos: 2-5mm, com a parte posterior enrolada (cauda enrolada), com um espículo presente 
ž Fêmeas: cerca de 1cm, com a porção posterior retilínea; cauda pontiaguda e longa 
ž Ovos: aspecto grosseiro de um D, no momento que sai da fêmea, já apresenta uma larva no seu interior 
ǃ OBS: Habitat ® machos e fêmeas vivem no ceco e no apêndice. Fêmeas, repletas de ovos, são encontradas na região perianal, após 
migrarem e causarem o prurido característico da parasitose. 
 
# TRANSMISSÃO: os mecanismos podem ser: 
9 Heteroinfecção: ovos na poeira ou alimentos atingem novo hospedeiro 
9 Indireta: ovos na poeira ou alimentos atingem o mesmo hospedeiro 
9 Autoinfecção externa/direta: hospedeiro leva ovos da região perianal à boca ® cronicidade 
9 Autoinfecção interna: larvar eclodiriam ainda no reto e depois migrariam até o ceco (raro) 
9 Retroinfecção: larvas eclodem na região perianal (externamente), penetram pelo ânus e migram pelo IG até o ceco 
 
® CICLO BIOLÓGICO: monoxênico; após a cópula os machos são eliminados com as fezes e morrem 
Ingestão de ovos embrionados ® ovos eclodem no ID ® transformam-se em adultos ® fêmeas desprendem do ceco ® migram para 
o ânus (+ a noite) ® eliminação dos ovos ® se não houver reinfecção o parasitismo se extingue aí. 
 
® QUADRO CLÍNICO: 
ž Geralmente assintomático na etapa intestinal; se sintomático parece uma colite inespecífica 
ž Após depósito dos ovos na região perianal, a reação imune local (histamínica) pode levar ao prurido anal. 
9 O prurido ainda provoca perda de sono, nervosismo e, devido à proximidade dos órgãos genitais, pode levar à masturbação 
e erotismo, principalmente em meninas. 
ž A presença dos vermes nos órgãos genitais femininos pode levar a vaginite, metrite, salpingite e ovarite. 
 
® EPIDEMIOLOGIA: é a única parasitose que ainda é comum em países desenvolvidos. 
- Prevalente em crianças em idade escolar, transmissão domestica ou ambientes coletivos fechados (creches, asilos etc) 
- Somente a espécie humana alberga o E. vermicularis. 
- Os ovos podem resistir até três semanas em ambientes domésticos, contaminando alimentos e “poeira”. 
 
® DIAGNÓSTICO: o exame de fezes não funciona para essa verminose intestinal. O melhor método é o da fita adesiva (transparente) 
ou método de Graham. Consiste em pressionar uma espátula ou lâmina na região perianal com a face adesiva voltada para a pele. 
Após a retirada deve ser observada ao microscópio. Deve ser feita ao amanhecer, antes da pessoa tomar banho, e repetida em dias 
sucessivos, caso dê negativo. 
 
® TRATAMENTO: 
• Mebendazol ou Albendazol: ­2 anos 100mg, 2x/semana; ­6 anos 400mg 
• Pamoato de Pirantel: 10mg/kg, dose única 
• Ivermectina: pouco usado 
 
® PREVENÇÃO: 
• A roupa de cama usada pelo hospedeiro não deve ser sacudida pela manhã, e sim enrolada e lavada em agua fervente, 
diariamente. 
• Tratamento de todas as pessoas parasitadas da família 
• Manter as unhas aparadas, aplicação de pomada mercurial na região perianal (hypogloss), banho de chuveiro ao levantar-se e 
limpeza doméstica com aspirador de pós, são medidas complementares.

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