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ENEM Biologia - Pré-Vestibular Impacto - Reino Monera II

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JACKY12/03/08
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
REINO MONERA
FAÇO IMPACTO - A CERTEZA DE VENCER!!!
 
PROFº: HUBERTT LIMA 
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CONTEÚDO 
A Certeza de Vencer 
05
3 
Bactérias Gram – positivas e Gram – negativas: 
 Em 1884, o bioquímico dinamarquês Hans Christian Gram 
descobriu que bactérias destituídas de uma camada de lipídios 
associada a polissacarídeos na parede celular absorvem o 
corante violeta de genciana. Este corante não é, porém, absorvido 
pelas bactérias que possuem tal camada. Esse processo, 
chamado coloração de Gram, é usado para classificar as bactérias 
em Gram-positivas ou Gram-negativas, conforme absorvam ou 
não o corante. 
 A classificação tem também uma importância prática, pois as 
bactérias Gram-positivas são mais sensíveis à penicilina e à sulfa. 
Reino Monera: As Bactérias (Morfologia Bacteriana): 
 Reúne os organismos unicelulares e procariontes, 
representados pelas bactérias e algas azuis ou cianofíceas. 
Consideradas como um grupo de bactérias, as cianofíceas 
são denominadas atualmente de cianobactérias. 
 
 
 
 
 
 
 
Cianobactérias. Imagem retirada da página: 
http://www.enq.ufsc.br/labs/probio/disc_eng_bioq/trabalhos_pos2004/microorganismos
/CIANOBACTERIAS.jpg 
 
 As bactérias representam os menores e mais 
simples seres do planeta, englobando cerca de 4.800 
espécies. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Imagem retirada da página: 
http://www.insarj.pt/site/insa_unidade_02.asp?local_id=1&unidade_id=105&unidadeare
a_id=221 
 
1. Morfologia e fisiologia das bactérias: 
 Várias espécies de bactérias são parasitas, 
provocando doenças em outros seres vivos — inclusive o 
homem. Mas há também bactérias úteis, como as que vivem 
no intestino humano e fabricam vitamina K e vitaminas do 
complexo B, as que digerem a celulose no tubo digestivo dos 
ruminantes e as que são utilizadas na produção de iogurtes e 
queijos. Não podemos esquecer também que as bactérias são 
fundamentais para a reciclagem da matéria na natureza, pois, 
juntamente com os fungos, respondem pela decomposição 
dos resíduos orgânicos e dos cadáveres. 
 Essa capacidade de 
decomposição é aproveitada pelo homem, 
que usa bactérias do gênero 
Pseudomonas para decompor o petróleo 
que vaza no mar. 
 
Pseudomonas fluorescens. Imagem retirada da página: 
http://www.scienceclarified.com/As-Bi/Bacteria.html 
A célula procariota 
 As bactérias constituem os menores organismos do 
planeta (se não considerarmos os vírus): a maioria mede entre 
0,5 e 1 um, cerca de dez vezes menores que as células 
eucariotas. 
 
 
 
 
Imagem retirada da página e modificada: 
http://www.phschool.com/science/biolog
y_place/biocoach/images/cells/allcell.jpg 
 
 Praticamente todas as bactérias possuem um 
envoltório rígido, a parede celular, envolvendo a membrana 
plasmática (uma exceção é a bactéria conhecida como 
micoplasma, causadora de uma forma de pneumonia no 
homem). A parede celular constitui-se de uma rede de 
peptídios (pequenas cadeias de quatro aminoácidos) ligados a 
polissacarídeos (glicídios formados da união de muitos 
açúcares simples ou monossacarídeos). A substância que 
resulta da união dos peptídios com os polissacarídeos é 
chamada de peptidoglicano. Em algumas bactérias a parede 
celular possui ainda uma camada de lipídios unidos a 
polissacarídeos, formando lipopolissacarídeo. 
 Certas espécies de bactérias possuem ao redor da 
parede celular uma cápsula, de consistência viscosa, formada 
por proteínas e polissacarídeos. Além de conferir uma 
proteção extra à bactéria contra a penetração de vírus e 
contra o ataque de glóbulos brancos, a cápsula facilita a 
adesão da bactéria em vários tipos de superfície — inclusive 
nos dentes, no caso das bactérias que provocam a cárie. 
 Abaixo da parede bacteriana, encontramos a 
membrana plasmática, que pode formar invaginações ou 
dobras chamadas mesossomos. São estruturas ricas em 
enzimas respiratórias e importantes no período de divisão 
celular da bactéria, guiando o material genético para os pólos 
da célula. 
 No citoplasma das bactérias, encontramos apenas o 
DNA (ácido desoxirribonucléico), ribossomos e grãos de 
glicogênio (reserva de alimento), faltando os outros 
organóides que são típicos das células eucariotas. O DNA tem 
forma circular, não estando ligado a proteínas, como ocorre 
nos eucariontes. A região onde se localiza o DNA é chamada 
nucleóide. 
 Não há membrana nuclear separando o material 
genético do citoplasma, ou seja, não há um núcleo 
individualizado. Além do DNA principal, pode haver uma ou 
mais moléculas menores de DNA, os plasmídios. Alguns 
plasmídios podem conter genes que dão à bactéria resistência 
a antibióticos; outros podem ser injetados em bactérias 
competidoras, fazendo com que sintetizem uma substância 
tóxica que determina sua morte. 
 Muitas bactérias possuem filamentos longos usados 
para locomoção — os flagelos. Estes são formados por 
apenas uma fibrila que serve de eixo — e não por nove grupos 
de fibrilas periféricas e duas centrais, como nas células dos 
eucariontes. Além dos flagelos, pode haver também filamentos 
de citoplasma, os pêlos ou fímbrias, que funcionam na 
conjugação (troca de material genético entre duas bactérias), 
servindo também para ajudar na adesão da bactéria às células 
do hospedeiro, facilitando assim a infecção. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Estrutura da Bactéria. Imagem retirada da página: 
http://www.enq.ufsc.br/labs/probio/disc_eng_bioq/trabalhos_pos2004/constituintes_mic
roorg/estruturasdosmicroorganismos_arquivos/image004.jpg 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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 O2 O2 
Amônia 
do solo 
nitrito nitrato 
De acordo com a sua forma, as bactérias podem ser 
esféricas (cocos), em bastonete reto (bacilos), em bastonete 
curvo (vibriões) ou em hélice (espirilos — com célula rígida — 
e espiroquetas — com célula flexível). Conforme a figura 
abaixo. Em algumas bactérias, várias células se unem umas 
às outras, formando colônias (uma associação formada pela 
união anatômica de seres da mesma espécie) típicas de cada 
espécie. 
 
 
Formas e tipos de colônias de bactérias. Imagem retirada da página: 
http://www.efliz.blogger.com.br/img_monera5.gif 
Nutrição 
 A maioria das bactérias é heterotrófica por absorção, 
retirando moléculas orgânicas já digeridas do ambiente ou de 
seres vivos que parasitam. As outras são autotróficas por 
fotossíntese (usam a energia da luz para sintetizar compostos 
orgânicos) ou por quimiossíntese (usam energia química para 
produzir compostos orgânicos). 
 As cianobactérias (cianofíceas) possuem uma 
clorofila idêntica à encontrada nas plantas, mas as outras 
bactérias fotossintéticas possuem outro tipo de clorofila, a 
bacterioclorofila. É o caso das bactérias verdes e das 
bactérias púrpuras, cuja fotossíntese não libera oxigênio, já 
que em vez de água elas usam gás sulfídrico (H22S). Este tem 
a função da água na fotossíntese tradicional: ceder átomos de 
hidrogênio que se combinam ao gás carbônico para formar 
glicose e outros compostos orgânicos. O processo pode ser 
resumido na seguinte reação: 
6CO2 + 12H2S -+ C6H12O6 + 6H2O + 12S 
 As bactérias que fazem quimiossíntese utilizam a 
energia química em vez de energia luminosa para a síntese 
das suas cadeias de carbono. A energia química utilizada é 
proveniente de reações químicas de oxidação de compostos 
minerais. 
 Certas bactérias do solo, por exemplo, oxidam a 
amônia, formandonitritos (bactérias nitrosas); outras oxidam o 
nitrito, formando nitratos (bactérias nítricas). Essas bactérias 
são importantes no ciclo do nitrogênio, fornecendo o nitrato 
absorvido pelos vegetais, como mostra o esquema: 
 
NH3 NO2- NO-3 
 
 
 
Respiração 
 A respiração celular é o processo pelo qual os seres 
vivos conseguem energia para realizar suas atividades, 
oxidando compostos orgânicos — principalmente a glicose. 
 A maioria dos seres vivos utiliza o gás oxigênio para extrair 
energia da glicose. O processo é chamado respiração aeróbia 
e pode ser resumido pela equação: 
C6H1206+602→6CO2+6H2O+ENERGIA 
Glicose 
 Outros seres vivos, porém, podem conseguir energia 
sem utilizar o oxigênio, através, por exemplo, do processo 
conhecido como fermentação. A partir daí, as bactérias podem 
ser divididas, quanto à respiração, em três grupos: aeróbias, 
anaeróbias facultativas e anaeróbias obrigatórias ou estritas. 
¾ As bactérias aeróbias dependem de oxigênio para 
conseguir energia e não sobrevivem sem esse gás. 
¾ As anaeróbias facultativas podem viver com ou sem 
oxigênio. Se houver oxigênio no ambiente, podem realizar 
respiração aeróbia; caso contrário, sobrevivem à custa de 
processos anaeróbios. A quantidade de energia obtida pela 
bactéria nesse caso é inferior à da respiração aeróbia. Um 
exemplo são as bactérias conhecidas como lactobacilos, que, 
na ausência de oxigênio, realizam a fermentação láctica, de 
acordo com o seguinte esquema: 
C6H1206 → 2C3H6O3 + ENERGIA 
glicose ácido láctico 
 
 A fermentação é usada na produção de iogurtes, coalhadas, 
queijos e outros produtos. 
¾ As bactérias anaeróbias obrigatórias ou estritas não 
possuem enzimas necessárias ao aproveitamento do oxigênio 
e, por isso, morrem a partir de determinada concentração de 
oxigênio no ambiente. Isto acontece porque, se o oxigênio não 
for utilizado, ficando livre na célula, ele poderá danificar 
moléculas importantes, como o DNA e as enzimas. 
 
Reprodução 
 A principal forma de 
reprodução das bactérias é a 
assexuada, por divisão binária ou 
bipartição: a célula aumenta de 
tamanho e o DNA se duplica. Em 
seguida, a célula se divide, 
ficando uma cópia do DNA para 
cada célula-filha. 
 
 
Imagem retirada da página: 
http://www.reinaldoribela.pro.br/imgs/biologia_
vol_II/bacterias.jpg 
 O processo de reprodução assexuada origina uma 
população de indivíduos geneticamente iguais, que chamamos 
de clone. Mas as bactérias podem realizar também um 
processo chamado conjugação: duas bactérias se ligam por 
filamentos especiais (pêlos sexuais), por onde ocorre então a 
transferência do DNA de uma bactéria para outra. 
 Após a troca, 
as bactérias se 
separam. Observe que 
uma das bactérias 
recebeu novos genes. 
Assim, quando esta 
bactéria se dividir, serão 
produzidas bactérias 
diferentes da bactéria original (antes da conjugação). Por isso, 
a conjugação pode ser considerada uma forma de reprodução 
sexuada, uma vez que em ambos os casos há uma 
recombinação de genes entre indivíduos da mesma espécie. 
Esta recombinação aumenta a variedade genética de uma 
população. 
 Além disso, a conjugação ajuda a espalhar a 
resistência a antibióticos entre as bactérias. Isto acontece 
quando um plasmídio, contendo um gene que confere 
resistência a determinado antibiótico, é transferido para uma 
bactéria sensível àquele antibiótico. Desse modo, pode surgir 
uma bactéria resistente a vários tipos de antibióticos. É 
importante esclarecer, no entanto, que o gene que confere 
resistência à bactéria surge por mutação e não devido à ação 
do antibiótico. Tudo o que o antibiótico faz é eliminar as 
bactérias sensíveis, enquanto as resistentes ficam livres para 
se reproduzir, aumentando de número. 
 Outro processo de transferência de DNA de uma 
bactéria para outra é a transdução, realizada através de vírus 
que, ao se reproduzirem dentro de bactérias, podem sair 
contaminados por pedaços de DNA bacteriano, transportando-
os para outra bactéria. 
 Uma terceira forma de recombinação de material genético 
entre bactérias é a transformação. Nesse caso, uma bactéria 
pode absorver DNA livre no meio ambiente (proveniente de 
outra bactéria morta) e incorporá-lo ao seu material genético.

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