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Resumo raquitismo dependente de vitamina D, tipo I

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Nomes: Agnes Della Giustina, Ester Roepcke, Louise Krueger e Lucas Andrade Telles 
Disciplina: Genética Médica Veterinária
Raquitismo dependente de vitamina D, tipo I no gato doméstico (Felis catus)
Introdução: O raquitismo dependente de vitamina D, tipo I é uma doença hereditária do metabolismo da vitamina D, que terá um início precoce, caracterizando-se por hipocalcemia grave, levando ao raquitismo, osteomalácia e hipofosfatémia moderada.
Epidemiologia: Não haverá predisposição racial ou por sexo, sendo observado em animais jovens o raquitismo e em animais adultos a osteomalácia.
Etiologia: Essa doença caracteriza-se por ser autossômica recessiva e podem ocorrer por diversas mutações no gene CYP27B1, que levam a perda de função ou função alterada da enzima, 1α-hidroxilase, sendo elas:
Mutação missense: Val75Met, isto é ocorre uma substituição que acaba levando a produção de uma Metionina em vez de uma Valina.
Mutação missenses H441Y:ocorre a produção de uma Histidina em vez de uma Tirosina e R459L onde a produção de uma Arginina é substituida por uma Leucina.
Outra mutação será uma deleção de base (731delG, ou seja a deleção de uma guanina), sendo que esta deleção é dita como a provavel causa dos sinais clinicos.
Há ainda uma outra mutação descrita que é uma mutação nonsense no exon 4 G637T (Guanina subtituida por Timina) levará a uma codificação prematura de um stop codon E213X (Glutamato por stop codon), esta é a dita mais provavel causa do raquitismo observado.
Patogenia: A vitamina D é sintetizada na pele pela ação dos raios UV solares. Ela requer duas hidroxilações para se tornar biologicamente ativa. A primeira hidroxilação, catalizada pela 25-hidroxilase ocorre no fígado. A segunda hidroxilação ocorre nos rins pela ação da enzima 1α-hidroxilase. O resultado é a ativação da vitamina D (1,25-dihidroxicolecalciferol), que tem função vital na homeostase do cálcio corporal. A deficiência raquítica de vitamina D, tipo 1 ocorre pela deficiência congênita da enzima 1α-hidroxilase, o que vai impedir a síntese de vitamina D. 
Sinais clínicos: O animal pode apresentar fraqueza muscular e convulsões devido a hipocalcemia. Além disso pode enfrentar um quadro de raquitismo, levando a deformidades ossos como encurvamento de ossos longos e menor taxa de crescimento, este sinal clinico é decorrente da tentativa do organismo normalizar os níveis de cálcio no organismo. 
Exames complementares:
Análise sérica: vai revelar hipocalcemia, redução da atividade da fosfatase alcalina, a concentração de 1,25 di-hidroxicolecalciferol reduzidas e 25-hidroxicolecalciferol aumentadas ( vai ocorrer um acumulo devido a incapacidade de conversão) e paratormônio elevado
Através de radiografia: o animal vai apresentar osteopenia (diminuição da densidade óssea ), ossos longos encurvados com extremidades alargadas e coluna vertebral podendo apresentar escoliose, lordose lombar. 
Diagnostico diferencial: Raquitismo por causa nutricional (mais comum) através da anamnese pode ser descartada ou não essa opção, pois as raçoes convencionais tem níveis adequados de cálcio.	Além disso é importante diferenciar do Raquitismo dependente de vitamina D tipo II, esta outra forma da doença apresenta na maioria dos casos alopecia associada, por isso é de fácil distinção durante o exame físico do animal. A certeza do diagnostico só pode ser feita através de análise genética, pouco utilizada na medicina veterinária.

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