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5 Espaço agropecuário brasileiro - parte 1

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O espaço agrícola brasileiro, parte 1/3 
Estrutura fundiária, produção e Revolução Verde 
 
A concentrada é herança histórica, desde as Capitanias ESTRUTURA FUNDIÁRIA
Hereditárias. A primeira legislação organizada sobre a posse da terra no Brasil é a Lei de Terras, de 
1850, que determinava a posse do estado sobre todas as áreas não ocupadas, limitando assim o 
acesso à terra àqueles que dispunham de recursos para aquisição ou àqueles que passaram a 
receber do próprio governo imperial. 
 
18/04/1850 – Lei de Terras 
04/09/1850 – Lei Eusébio de Queiróz (proibição do tráfico de escravos no Atlântico) 
1870 – Explosão do fluxo de imigrantes entrando no Brasil 
28/09/1871 – Lei do Ventre Livre 
28/09/1885 – Lei dos Sexagenários 
13/05/1888 – Lei Áurea 
 
Exploração do site: https://www.slavevoyages.org/ 
 
Em 1964, foi promulgado o Estatuto da Terra, conjunto de leis que regulamenta a estrutura 
fundiária até hoje. Na intenção da Lei (adaptada da legislação norte-americana), tanto minifúndio 
quanto latifúndios improdutivos deveriam ser eliminados, tomando como referência de 
produtividade o que se convencionou chamar de “empresa rural”, com tamanho médio e técnicas 
modernas de agricultura. A modernização do espaço rural brasileiro era o objetivo evidente. No 
entanto, esta intenção nunca foi atingida, não foram eliminados os minifúndios em regiões onde 
estes são praticamente insustentáveis e tampouco foram eliminados os latifúndios de baixa 
produtividade. 
 
Durante o regime militar, o crédito abundante oferecido para a modernização da produção, 
conhecido como SUBSÍDIO AGRÍCOLA, a *REVOLUÇÃO VERDE* e o incentivo ao aumento maciço 
da produção de soja para exportação aumentaram muito a competitividade nas áreas rurais, 
tornando quase impossível a competição entre pequenos produtores familiares e grandes 
empresários. O campo brasileiro começou a se esvaziar mais rapidamente e os movimentos 
migratórios em direção às cidades passaram a ser muito intensos. 
 
1960-1980: MODERNIZAÇÃO DA AGRICULTURA BRASILEIRA → CONCENTRAÇÃO FUNDIÁRIA → 
EXPULSÃO DOS PEQUENOS PROPRIETÁRIOS → ÊXODO RURAL → INTENSA MIGRAÇÃO RURAL-
URBANO → INCHAÇO URBANO → CRESCIMENTO DESORDENADO DAS CIDADES → CRESCIMENTO 
EXCESSIVO E ACELERADO DAS ÁREAS URBANAS → PROBLEMAS GRAVES DE INFRAESTRUTURA, 
DESEMPREGO E VIOLÊNCIA – (NAS ÚLTIMAS DÉCADAS, REDUÇÃO DO ÊXODO RURAL COM A 
DIVERSIFICAÇÃO DAS ATIVIDADES EM ÁREAS RURAIS – PRINCIPALMENTE TURISMO RURAL e 
AGRICULTURA ORGÂNICA) 
 
CENA INICIAL DO FILME “CIDADES DE DEUS” 
 
* DÉCADA DE 1970: INTENSO ÊXODO RURAL - REVOLUÇÃO VERDE 
(http://planetasustentavel.abril.com.br/noticia/atitude/conteudo_244070.shtml) 
 
Revolução Verde refere-se à invenção e disseminação de novas sementes e práticas 
agrícolas que permitiram um vasto aumento na produção agrícola em países menos 
desenvolvidos durante as décadas de 1960 e 1970. Foi um amplo movimento idealizado 
para aumentar a produção agrícola no mundo por meio do ‘melhoramento genético’ de 
sementes, uso intensivo de insumos industriais, mecanização e redução do custo de 
manejo. 
 
O modelo se baseia na intensiva utilização de sementes geneticamente melhoradas (particularmente sementes 
híbridas e mais recentemente os ‘transgênicos’), insumos industriais (fertilizantes e agrotóxicos), mecanização, 
produção em massa de produtos homogênicos (monocultura) e diminuição do custo de manejo. Também é 
creditado à Revolução Verde o uso extensivo de tecnologia no plantio, na irrigação e na colheita, assim como no 
gerenciamento de produção. 
 
Esse ciclo de inovações se iniciou com os avanços tecnológicos do pós-guerra, embora o termo Revolução Verde só 
tenha surgido na década de 1970. Desde essa época, pesquisadores de países industrializados prometiam, através de 
um conjunto de técnicas, aumentar estrondosamente as produtividades agrícolas e resolver o problema da fome nos 
países em desenvolvimento, dentro de uma perspectiva neomalthusiana de que a produção de alimentos deveria ser 
aumentada no mesmo ritmo do crescimento populacional, do contrário, a fome generalizada seria inevitável. Como 
as áreas de expansão da agricultura são findáveis, os esforços passaram a estar focados no aumento de produção 
com a manutenção das áreas já ocupadas. 
 
Mas, contraditoriamente, além de não resolver o problema da fome, a revolução aumentou a concentração 
fundiária, a dependência de sementes modificadas e alterou significativamente a cultura dos pequenos 
proprietários. A introdução destas técnicas em países menos desenvolvidos provocou um aumento brutal na 
produção agrícola de países não-industrializados. Países como o Brasil e a Índia foram alguns dos principais 
beneficiados com o aumento de produção. No Brasil, passou-se a desenvolver tecnologia própria, tanto em 
instituições privadas quanto em agências governamentais (como a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária - 
Embrapa) e universidades. 
 
A partir da década de 1990, a disseminação destas tecnologias em todo o território nacional permitiu que o Brasil 
vivesse um surto de desenvolvimento agrícola, com o aumento da fronteira agrícola, a disseminação de culturas nas 
quais o país é recordista de produtividade (como a soja, o milho e o algodão, entre outros), atingindo recordes de 
exportação. Há quem chame esse período da história brasileira de Era do Agronegócio (ou Era do Agrobusiness, 
embora esse último termo soe provocativo em alguns círculos nacionalistas/esquerdistas). 
 
HISTORINHA: GUERRA DO VIETNÃ – AGENTE LARANJA (ver documento extra) 
 
Com a modernização, a produtividade da agricultura brasileira disparou, mas não foram 
resolvidos problemas básicos ligados à desigualdade na distribuição de alimentos e da 
renda nas áreas rurais brasileiras. 
 
 
DADOS DE PRODUÇÃO E CONCENTRAÇÃO DE TERRAS NO BRASIL 
Censo Agropecuário 2017 
Dados de produção, Páginas 46 e 69 
Quantidade e tamanho dos estabelecimentos, páginas 80 a 83 
Uso da terra por tipo de atividade, páginas 86 e 87 
 Documentários recomendados: 
O veneno está na mesa I e II 
Alfabetização e idade, página 95 
Adubação e correção do solo, páginas 99 e 100 
Rebanhos e aves, página 103 e 104 
Censo Agropecuário 2006 
Cartogramas de área ocupada, páginas 
109 e 110, 117 e 118 
Gráfico de produção pecuária – Página 
112  
 
Estrutura Fundiária e Propriedade 
Agrícola no Brasil 
Número de trabalhadores por 
situação, página 15 
Área média e mediana das 
propriedades, página 21  
 
 
 
Concentração por região, página 23 
Gráfico da distribuição fundiária, página 
43 

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