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Protoparasitoses Parasitoses geniturinárias Parasitose Tricomoníase Agente Etiológico Trichomas vaginalis Morfologia Só ocorre na forma de trofozoítos. Forma ativa e infectante. Ciclo biológico MONOXENO Trofozoítos se instalam nas mucosas vaginal e da uretra peniana. Multiplicam-se por divisão binária. Colonizam-se nas regiões citadas acima. Transmissão Transmissão por relação sexual ou por objetos utilizados na região, como toalha, sabonete, banheiras, vaso sanitário, etc. Diagnóstico Clínico Mulheres: corrimento amarelo, odor forte, prurido vulvar, dor abdominal. Homens: maioria dos casos assintomáticos. Uretrite, prurido. Laboratorial Amostras vaginais, seminal, urina, esfregaços uretrais, secreção prostática. O método de cultura é o padrão ouro. Imunodiagnóstico e PCR Tratamento Metronidazol, tinidazol, secnidazol. Para todos envolvidos com a doença. Profilaxia Uso de preservativos, não compartilhar toalhas, sabonete, certificar uma boa higienização em banheiras, vasos, etc. Protoparasitoses Enteroparasitoses: parasitoses intestinais Parasitose Giardíase Agente Etiológico Giardia lamblia Morfologia Forma patôgenica – Trofozoítos Na qual ele de nutre, se locomove, se reproduz. Forma resistência – Cistos Possui característica de entrar no hospedeiro. Ciclo biológico MONOXENO Localiza-se principalmente no intestino delgado. Ingere cistos presentes em alimentos, quando ele chega no intestino muda sua forma para trofozoítos, e começa a infectar o hospedeiro. Transmissão Transmitida pela ingestão de alimentos, fezes contaminadas, fômites. Diagnóstico Clínico Diarreia aguda, dor abdominal, náuseas, vômito. Crônica: diarreia gordurosas amareladas, claras ou acinzentadas. Laboratorial Diarreicas: Exame de fezes direto a fresco (trofozoítos). Formadas: Hoffman, Ritchie e Faust (cistos). Pesquisa de antígenos do parasita em amostra de fezes – ensaio imunoenzimático (ELISA) Pesquisa de DNA do parasito em amostras de fezes - reação em cadeia da polimerase (PCR) Também são vistos pelo fluido duenal (enterotest). Tratamento Metronidazol, Secnidazol, Tinidazol. Nitazoxanida (annita). Profilaxia Higienização de alimentos, proteção de alimentos contra insetos, saneamento básico, educação a saúde, etc. Enteroparasitoses: parasitoses intestinais Parasitose Amebíase Agente Etiológico Entamoeba histolytica Morfologia Forma patogênica – Trofozoítos Na qual ele de nutre, se locomove, se reproduz. Forma resistência – Cistos Possui a característica de entrar no hospedeiro. Ciclo biológico MONOXENO Ingere cistos presentes em alimentos, quando ele chega no intestino pode permanecer na forma de cistos vivendo na luz do intestino grosso (não patogênica) ou pode mudar sua forma para trofozoítos, e começa a infectar o hospedeiro na parede intestinal, provocando ulcerações, podendo propagar para o fígado, pulmão, cérebro, etc. Transmissão Transmitida pela ingestão de alimentos, fezes contaminadas, fômites. Diagnóstico Clínico Aguda: diarreia sanguinolenta, cólicas, febre, evacuações diárias. Colite fulminante, apendicite, ameboma do cólon. Laboratorial Diarreicas: Exame de fezes direto a fresco (trofozoítos). Formadas: Hoffman, Ritchie e Faust (cistos). Pesquisa de antígenos do parasita em amostra de fezes – ensaio imunoenzimático (ELISA) Pesquisa de DNA do parasito em amostras de fezes - reação em cadeia da polimerase (PCR) Tratamento Teclosan, Efotamida, Metronidazol, Tinidazol. Profilaxia Higienização de alimentos, proteção de alimentos contra insetos, saneamento básico, educação a saúde, etc. PARASITOSES OPORTUNISTAS E EMERGENTES Parasitose Criptosporidiose Agente Etiológico Cryptosporidium parvum Cryptosporidium hominis Morfologia Oocistos Ciclo biológico MONOXENOS Os oocistos são imediatamente infectantes quando eliminados com as fezes no ambiente. São formados dois tipos, de parede espessa que é eliminado pelas fezes e de parede delgada, esse ultimo se rompe no intestino delgado e é responsável pela auto-infecção. Contaminam alimentos e água e o homem ingere ou inala tais alimentos/água contaminados e o ciclo se repete. Transmissão Ingestão ou inalação de oocistos Auto-infecção (oocistos de parede delgada) A contaminação do meio ambiente com fezes infectadas pode atingir alimentos e fontes de água para consumo ou recreação, resultando em surtos. Diagnóstico Clínico Diarreia de 3 a 10 vezes no dia. Dor abdominal, náuseas, vômitos, perda de peso e desidratação. Laboratorial As amostras de fezes devem ser concentradas pelo método centrífugo-sedimentação em formol-acetato de etila Os oocistos podem ser observados em montagens com lugol ou coloração de Kinyoun (álcool-ácido-resistência modificada) Enterotest®, Biopsia , Imunofluorescência e ELISA. Tratamento Em indivíduos imunocompetentes o tratamento é espontâneo. Azitromicina, Roxitromicina, Nitazoxanida Profilaxia Higienização de alimentos, saneamento básico, educação a saúde, Adoção de medidas que evitam a contaminação do ambiente, água e alimentos com oocistos e o contato com de pessoas suscetíveis com fontes de infecção. Protoparazitoses Protozooses - PARASITOSES DO SANGUE E TECIDOS *Os protozoários invasivos do sangue e tecidos podem ser chamados de sistêmicos. Todos, sem exceção, em alguma parte do seu ciclo de vida, irá invadir uma célula ou tecido e reproduzir-se. As principais doenças causadas por protozoários sistêmicos são: Doenças de Chagas, leishmanioses, malária e toxoplasmose. Parasitose Doença de Chagas (Tripanossomíase americana) Agente Etiológico Trypanosoma cruzi Morfologia Estágio de multiplicação intracelular no hospedeiro vertebrado – Amastigota Infectantes para o hospedeiro invertebrado – Tripomastigotas sanguíneos Infectantes para o hospedeiro vertebrado –Tripomastigotas metacíclicos Formas de reprodução do parasita no vetor – Epimastigota Ciclo biológico HETEROXENO. O inseto pica e defeca no hospedeiro vertebrado, o tripomastigotas invadem as células e se transforma em amastigota, se multiplicam na célula, se transformam em tripomastigota e matam a célula, invadindo o sangue. O inseto pica o hospedeiro infectado, tripomastigotas invadem seu organismo, se multiplicam e o ciclo se repete Transmissão Pelo inseto vetor, transfusão sanguínea, amamentação, transplante, congênita, acidentes laboratoriais Diagnóstico Clínico Fase aguda: febre, edema, anorexia, mal estar, disritmia, cardiomiopatia, derrame, megacólon, megaesôfago. Fase crônica: assintomático. Pode estender por toda vida do indivíduo. Laboratorial Na fase aguda: direto a fresco, gota espessa, esfregaço delgado, microhematócrito, xenodiagnóstico, PCR, detecção de IgM, ELISA indireto. Na forma crônica: detecção de IgG, xenodiagnóstico, hemocultura, PCR, hemaglutinação e ELISA indireto. Tratamento Benzonidazol, cetoconazol, Itraconazol. Profilaxia Controle químico de vetor. Melhoria na habitação que proporciona o domicílio dos vetores. Triagem sorológica dos doares de sangue. Correta higienização e pasteurização de alimentos como açaí e caldo de cana. Protozooses - PARASITOSES DO SANGUE E TECIDOS Parasitose Leishmaniose tegumentar americana Agente Etiológico Leishmania braziliensis Leishmania amazonensis Leishmania guyanensis Morfologia Infectante para o hospedeiroinvertebrado – Amastigota Infectante para o hospedeiro vertebrado – Promastigota Ciclo biológico HETEROXENO Flebotomíneo fêmea pica o hospedeiro vertebrado e injeta promastigotas, que são fagocitados por macrófagos e se transformam em amastigotas dentro dos mesmos, se multiplicam por divisão binária (incluindo os macrófagos) e se espalham pelos tecidos. Então um flebotomíneo pica o hospedeiro contaminado sugando o amastigota, ele se transforma em promastigota, se reproduz no mosquito e o ciclo se repete. Transmissão Apenas pelo inseto vetor. Diagnóstico Clínico Lesões auto resolutivas (desfigurantes) Espundia e nariz de anta. Lesões noduradas não ulceradas por toda pele (forma crônica) Laboratorial Escarificação do bordo da lesão, biópsia, punção aspirativa, PCR, ELISA, IDRM. Tratamento Antimoniato de meglumine, pentoxifilina, anfotericina B. Profilaxia Inseticidas, medidas de controle individual (mosquiteiro, telar portas e janelas, repelentes, limpezas, etc). Protozooses - PARASITOSES DO SANGUE E TECIDOS Parasitose Leishmaniose visceral Agente Etiológico Leishmania chagasi Morfologia Infectante para o hospedeiro invertebrado – Amastigota Infectante para o hospedeiro vertebrado – Promastigota Ciclo biológico HETEROXENO Flebotomíneo fêmea pica o hospedeiro vertebrado e injeta promastigotas, que são fagocitados por macrófagos e se transformam em amastigotas dentro dos mesmos, se multiplicam por divisão binária (incluindo os macrófagos) e se espalham pelos tecidos. Então um flebotomíneo pica o hospedeiro contaminado sugando o amastigota, ele se transforma em promastigota, se reproduz no mosquito e o ciclo se repete. Transmissão Apenas pelo inseto vetor. Diagnóstico Clínico Quedas de cabelo, edemas de membros inferiores, cursa com febre, astenia, adinamia, anorexia, perda de peso e caquexia. A hepatoesplenomegalia é acentuada, intensa palidez de pele e mucosas, consequência da severa anemia. Imunossupressão. Laboratorial Punção das vísceras (baço, fígado e medula óssea). Biópsia ou aspirados em meio de cultura. PCR, ELISA, IDRM. Tratamento Antimoniato de meglumine, anfotericina B Profilaxia Inseticidas, medidas de controle individual (mosquiteiro, telar portas e janelas, repelentes, limpezas, etc). Parasitose Toxoplasmose Agente Etiológico Toxoplasma gondii Morfologia Taquizoítos Móveis, rapida multiplicação, fase aguda, estagio diagnóstico do parasita. Bradizoítos (cisto tecidual) Multiplicação lenta dentro do cisto, fase crônica, estagio diagnóstico do parasita. Oocistos Produzidos em células intestinais de felinos. Forma de resistência. Ciclo biológico HETEROXENO Felinos (hospedeiros definitivos - reprodução sexuada) eliminam fezes com oocistos imaturos. Esses oocistos imaturos em contato com o ambiente tornam-se oocistos esportulados infectando ao seu redor água, alimentos que são ingeridos por animais (porco, carneiro, ratos, aves) ou pelo homem (ambos hospedeiros intermediários – reprodução assexuada). Nos hospedeiros intermediários os oocistos esporulados se transformam em cistos teciduais contendo bradizoítos e/ou em taquizoítos. Transmissão O homem pode ser infectado tanto por oocistos esporulados ingerindo água, alimentos contaminados ou quando ingere carnes de animais contaminados com cistos teciduais contendo bradizoítos. Há também a transfusão sanguínea, transplante de órgãos, infecção transplacentária ou congênita, ingestão de taquizoítos presentes no leite, saliva, esperma. Diagnóstico Clínico Aguda: linfoadenopatia, febre, mal- estar, mialgia, cefaleia, anorexia, lesões na retina. Crônica/imunodeprimidos: encefalite, confusão mental, paralisias, comprometimento ocular. Laboratorial Fase aguda: esfregaços corados pelo Giemsa, sangue, líquor. Imunofluorescência indireta e ELISA para anticorpo IgM Cortes histológicos de linfonodos, pele, fígado, baço e músculo. Fase crônica: Cortes histológicos. Imunofluorescência e indireta ELISA para anticorpo IgG. Toxoplasmose congênita: Imunofluorescência indireta para anticorpo IgM Tratamento Pirimetamina, Sulfadiazina, espiramicina (gest.), prednisona (ocular). Profilaxia Cocção de carnes, ferver água e leite, lavar bem os alimentos e as mãos, cuidados com os gatos, alimentá-los com ração e realizar de maneira correta a eliminação das fezes e limpeza da caixa de areia. Parasitose Malária Agente Etiológico Plasmodium vivax - causa febre terçã benigna – humanos Plasmodium falciparum - causa febre terçã maligna - humanos Plasmodium malariae - causa febre quartã - chimpanzé/humanos Plasmodium ovale - causa febre terçã na África - humanos Plasmodium knowlesi - febre terça na Malásia - chimpanzé/humanos Morfologia Forma infectante ao homem – Esporozoítos Trozoíto jovem anel Esquizonte Pigmento malárico Merozoítos complexo apical Gametócito P. falciparum Infectante para o vetor Trofozoíto maduro irregular Gametócito P. vivax Infectante para o vetor Ciclo biológico HETEROXENO O mosquito fêmea infectado pica o homem e o infecta com o parasita da malária, que pela corrente sanguínea alcança o fígado. No fígado o parasita entra na célula e espalha seu material genético, quando essa célula se multiplica, o parasita alcança novamente a corrente sanguínea e infecta hemácias. O parasita se multiplica dentro da hemácia e quando amadurece, implode a mesma, espalhando mais parasitas no sangue. O mosquito fêmea pica o homem infectado com málaria, então em seu estomago através da reprodução sexuada, formam-se cistos com parasitas, que chegas até as glândulas salivares e o ciclo se repete. Transmissão Vetorial: Anofelino fêmea infectado injeta esporozoítos durante a picada. Transfusão de sangue, compartilhamento de seringas, transmissão congênita. Diagnóstico Clínico Uma fase sintomática inicial, caracterizada por mal-estar, cefaleia, cansaço e mialgia geralmente precede a clássica febre da malária. 48 h para P. vivax, P. falciparum e P. ovale (malária terçã) Laboratorial Gota espessa, esfregaço delgado. PCR. 72 h para P. malariae (malária quartã) Tratamento Depende da espécie. Normalmente Primaquina, quinina, cloroquina, mefloquina, Lumefantrina, artemisinina. Profilaxia Combate ao vetor, inseticidas, larvicidas, medidas sanitárias, repelentes, telas, mosquiteiros, não frequentar locais próximos a criadouros naturais. HELMINTÍASES – VERMINOSES Parasitose Teníase Agente Etiológico Taenia solium e Taenia saginata Morfologia Verme adulto – Tênia T. solium e T. saginata Infectante para o hospedeiro intermediário (porco/boi) - Ovo Forma infectante para o homem (hospedeiro definitivo) – Cisticerco Ciclo biológico HETEROXENO Ovos ou proglotes grávidas são eliminados no ambiente por meio de fezes, bovinos ou porcos ingerem alimentos contaminados com ovos ou proglotes. O embrião penetra pela parede intestinal e migra para a musculatura, por meio da corrente sanguínea, desenvolvendo-se em cisticerco na musculatura, o homem ingere a carne contaminada crua ou mal cozida contendo cisticerco e é infectado. O parasita fixa na parente intestinal e o adulto se desenvolve no intestino delgado. Transmissão Através da ingestão de carne de boi ou de porco crua ou insuficientemente cozida contaminada com cisticercos. vtDiagnóstico Clínico Alteração de apetite, náuseas, vômito, distensão, dor abdominal, retardono crescimento e desenvolvimento da criança, obstrução do apêndice, etc. Laboratorial Pesquisa de proglotes nas fezes para identificação da espécie, tamisação, pesquisa de ovo nas fezes, fita gomada. Tratamento T. solium: Niclosamida, antiemético e laxante. Praziquantel. T. saginata: Niclosamida. Praziquantel. Profilaxia Saneamento básico e educação sanitária Cocção adequada de carnes suínas e bovinas Inspeção de frigoríficos Diagnóstico precoce e Tratamento dos indivíduos parasitados. HELMINTÍASES – VERMINOSES Parasitose Esquistossomose Agente Etiológico Schistosoma mansoni Morfologia Verme adulto Ovo Forma infectante para o caramujo (hospedeiro intermediário) – Miracídio Forma infectante para o homem (hospedeiro definitivo) – Larva cercária Ciclo biológico HETEROXENO Ovos são eliminados na água por meio das fezes. Tais ovos eclodem e liberam miracídios que penetram nos tecidos do caramujo, desenvolvem- se em cercarias e são liberadas na água. Quando o homem entra em contato com essa água, as cercarias penetram na sua pele, perdem a cauda, se transformam e desenvolvem-se em formas adultas. O homem contaminado defeca, suas fezes entram em contato com a água e o ciclo se repete. Transmissão Penetração ativa da larva cercária em pele e mucosa, em contado com águas doces contaminadas. vtDiagnóstico Clínico Fase aguda: Dermatite cercariana, febre, anorexia, dor abdominal, cefaleia, náuseas, diarreia, vômitos, etc. Fase crônica: Depende da localização do verme. Ver abaixo. Laboratorial Sedimentação espontânea ou centrifugação (Kato Katz), biópsia retal, sorologia. Tratamento Praziquantel, Oxamniquina . Profilaxia Saneamento básico, combate aos caramujos transmissores, melhoria das condições de vida, utilização de EPIs (botas), evitar banhos em locais onde possa existir o hospedeiro intermediário. Forma intestinal – caracterizada por diarreias repetidas mucosanguinolentas, constipação intestinal, tenesmo retal, cólicas abdominais, astenia e emagrecimento. Forma hepatointestinal – diarreia, epigastralgia, hepatomegalia, podendo ser detectadas nodulações à palpação do fígado. Forma hepatoesplênica compensada – hepatoesplenomegalia, hipertensão portal com formação de varizes no esôfago. Forma hepatoesplênica descompensada – fígado volumoso ou contraído devido à fibrose, esplenomegalia, hipertensão portal com formação de varizes de esôfago, umbigo, plexo hemorroidário, cuja ruptura é responsável por hemorragias geralmente graves, hematêmese e, mais tarde, edema, ascite, anemia e desnutrição. Verminoses - helmintíases Parasitose Ascaridíase Agente Etiológico Ascaris lumbricoides Morfologia Verme adulto fêmea e macho Ovo fértil Ovo infértil Ovo fértil decorticado Ciclo vtbiológico MONOXENO Ovos são eliminados no ambiente por fezes. Ovos férteis passam pelo processo de embriogênese. Esses ovos são ingeridos pelo homem e em seguida as larvas saem dos ovos e entram no intestino. Essas larvas são levadas pela circulação sanguínea aos pulmões. Penetram nas paredes dos alvéolos, sobem pela traqueia para a garganta e são engolidas. Dessa forma, chegam ao intestino delgados e se formam em vermes adultos. Transmissão Ingestão de água ou alimentos contaminados com ovos contendo a larva, ou diretamente veiculados pelas mãos levadas à boca. Também é possível a contaminação através de vetores mecânicos. Diagnóstico Clínico No pulmão: Pneumonia e eosinofilia sanguínea - Síndrome de Löeffler. Verme adultos: Desconforto abdominal, cólicas, dor epigástrica e má digestão, etc. Laboratorial Pesquisa de ovo nas fezes, Métodos de sedimentação - Hoffman, Ritchie e Coprotest. Kato-Katz - avalia a carga parasitária através da quantificação de ovos em uma amostra de fezes sólidas. Detecção de vermes adultos nas fezes, vômito, ânus, etc Tratamento Albendazol Mebendazol , Piperazina, Ivermectina. Profilaxia Saneamento básico, educação sanitária, lavar as mãos, higienizar os alimentos, proteção dos alimentos, diagnóstico precoce e tratamento da população. Parasitose Tricuríase Agente Etiológico Trichuris trichiura Morfologia Vermes Adultos Ovos Ciclo biológico MONOXENO Ovos são eliminados no ambiente pelas fezes. Ficam depositados no solo desenvolvendo-se. Podem grutas e contaminar alimentos. São ingeridos pelo homem por esses alimentos. Em contato com o organismo humano, os ovos chocam e liberam larvas. As larvas entram em fase adulta e liberam novos ovos que são eliminados pelas fezes e o ciclo se repete. Transmissão Ingestão de água ou alimentos contaminados com ovos contendo a larva filarióide, ou diretamente veiculados pelas mãos levadas à boca. Também é possível a contaminação através de vetores mecânicos. Diagnóstico Clínico Nervosismo, insônia, anorexia e eosinofilia sanguínea, diarréia com muco e sangue, dor abdominal tenesmo retal, prolapso retal. Laboratorial Métodos de sedimentação - Hoffman, Ritchie e Coprotest. Kato-Katz - quantificação de ovos em uma amostra de fezes sólidas. Pesquisa de antígenos e DNA do parasito em amostras de fezes e pesquisa de anticorpos específicos contra T. trichiura. Tratamento Mebendazol, Albendazol e Ivermectina Profilaxia Saneamento básico Educação sanitária Lavar as mãos Higienizar os alimentos Proteção dos alimentos Diagnóstico precoce e tratamento da população Parasitose Enterobiose Agente Etiológico Enterobius vermicularis Morfologia Vermes adultos Macho e Fêmea. Ovo Ciclo biológico MONOXENO Ovos presentes nas pregas perianais vão para o ambiente através de coceira, roupas de cama ou íntimas, toalha, qualquer coisa que é passado na região. São ingeridos com o embrião pelo homem, então as larvas eclodem no intestino delgado, se desenvolvem em vermes adultos no lúmen do ceco, as fêmeas migram para a região perianal a noite e botam ovos, o homem coça a região ou passa qualquer coisa e o ciclo se repete. Transmissão Heteroinfecção (primo-infecção) - ovos presentes em poeira e alimentos são ingeridos por um novo hospedeiro; Indireta - ovos presentes em poeira e alimentos são ingeridos pelo próprio hospedeiro que os eliminou; Auto-infecção externa (direta) Transmissão direta ânus-boca Diagnóstico Clínico Prurido anal, frequentemente noturno, insônia, cólica, dor abdominal. Laboratorial Pesquisa de ovos na região perianal pelo Método da fita gomada (Swab anal) – Graham Tratamento Pamoato de pirantel, Mebendazol, Albendazol, Ivermectina. Profilaxia Higienização das mãos (antes das refeições, após o uso do sanitário, após o ato de se coçar e antes da manipulação de alimentos). Não sacudir roupas de cama, lavar roupas de cama em água fervente. Limpar a casa com aspirador de pó. Parasitose Ancilostomose ou Ancilostomíase Agente Etiológico Ancylostoma duodenale Necator americanos Morfologia Vermes adultos Ovo Ciclo biológico MONOXENO Ovos são eliminados no ambiente por fezes. São formadas larvas rabdiforme, após larva filariforme e ela penetra na pele. Transmissão Principal mecanismo de infecção é a penetração ativa de larvas filarióides (L3) através da pele em contato com o solo. Diagnóstico Clínico Aguda: Pele: dermatite Pulmão: pneumonia e eosinofilia sanguínea Síndrome deLöeffler. Intestino: dores abdominais, náuseas e vômitos, perda de peso, cólicas e diarreia. Crônica: Anemia ferropriva. Laboratorial Pesquisa de ovos de Ancilostomídeos Método de sedimentação (Hoffman), sedimentação por centrifugação (Coprotest) MÉTODO DE FLUTUAÇÃO (WILLIS). Pesquisa de larvas de Ancilostomídeos Método de Baermann-Moraes ou Rugai Tratamento Mebendazol, albendazol, pirantel e tratamento antianêmico. Profilaxia Saneamento básico, uso de calçados e tratamento dos doentes. Parasitose Estrongiloidíase Agente Etiológico Strongyloides stercoralis Morfologia Verme na fase adulta Ovo Ciclo biológico MONOXENO A larva filaróide penetra na pele e é carregada pelo sistema circulatório até os pulmões, onde penetra nos espações alveolares. Ocorre migração da larva até a faringe, chegam ao intestino transformando-se em parterogenéticas. As fêmeas adultas depositam ovos na mucosa intestinal e migram para luz intestinal. Larvas rabditoides são eliminadas pelas fezes, desenvolvem-se em adultas, produzem ovos no ambiente, desenvolvem-se em rabditoides e depois filaróides e o ciclo se repete. Transmissão Heteroinfecção - larvas filarióides (L3) penetram usualmente através da pele em contato com o solo, ou, ocasionalmente, através das mucosas da boca e do esôfago. Auto-infecção externa - larvas rabditóides presentes na região perianal transformam-se em larvas filarióides (L3) infectantes e aí penetram. Auto-infecção interna - Larvas rabditóides, na luz do intestino transformamse em larvas filarióides (L3), que penetram na mucosa intestinal (íleo e cólon). Diagnóstico Clínico Manifestações cutâneas, síndrome de Löeffler, dor abdominal, diarreia, constipação. Risco de morte em indivíduos imunocomprometidos, febre alta, dor abdominal, distensão, choque, pneumonia, complicações neurológicas e septicemia. Laboratorial Pesquisa de larvas em amostras fecais – Baermann-Moraes ou Rugai Pesquisa de larvas em conteúdo duodenal ("enterotest") Pesquisa de larvas em secreção pulmonar (escarro e lavado broncoalveolar) Tratamento Tiabendazol, albendazol, ou ivermectina. Profilaxia Saneamento básico, uso de calçados e tratamento dos doentes.
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