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resenha de paulo nader

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NADER, Paulo. Introdução ao Estudo do Direito. 40.ed. ver. E atual. Rio de Janeiro: Forense, 2017. [1: Professor Emérito da Universidade Federal de Juiz de Fora; Membro Titular da Academia Brasileira de Letras Jurídicas; Juiz de Direito aposentado do Estado do Rio de Janeiro; Membro da Association Internationale de Methodologie Juridique; Especialista de Notório Saber pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro e Membro do Instituto Brasileiro de Filosofia, do Instituto dos Advogados Brasileiros e da Academia Valenciana de Letras.]
CAPITULO 1- SISTEMA DE IDEIAS GERAIS DO DIREITO (P.1-8)
1-A NECESSIDADE DE UM SISTEMA DE IDEIAS GERAIS DO DIREITO
“A disciplina constitui um sistema de ideias gerais. Ao mesmo tempo que revela o denominador comum dos diversos departamentos da ciência, ela se ocupa igualmente com a visão global do objeto, na pretensão de oferecer ao iniciante a ideia do conjunto.” (FILHO in NADER, 2017, p.2)[2: FILHO, Benjamim de Oliveira. Introdução à Ciência do Direito, 4ͣ ed., José Konfino Editor, Rio de Janeiro, 1967, p. 86.]
Segundo Nader (2017, p.2) afirma que, o desenvolvimento alcançado pela ciência do direito foi a partir da era da codificação, com a multiplicação dos institutos jurídicos, formação incessante de novos conceitos e permanente ampliação da terminologia especifica, a qual exigiu a criação de um sistema de ideias gerais, capaz de revelar o Direito como um todo e alinhar os seus elementos comuns. Ainda o autor afirma que em decorrência desse fenômeno de crescimento do Direito Positivo, de expansão dos códigos e leis, aumenta a dependência do ensino da Jurisprudência as disciplinas propedêuticas, que possuem a arte de centralizar os elementos necessários e universais do Direito, seus conceitos fundamentais. Desse modo, é necessário proceder a escola de uma disciplina entre várias sugeridas pela doutrina que seja capaz de atender ao mesmo tempo as exigências pedagógicas e cientificas. Antes de Introdução ao Estudo do Direito ser reconhecida como a mais indicada, houve várias tentativas e experiências com a Enciclopédia Jurídica, Filosofia do Direito, Teoria do Direito e Sociologia do Direito. 
2-A INTRODUÇÃO AO ESTUDO DO DIREITO
2.1-APRESENTACAO DA DISCIPLINA
		
Para Nader (2017, p.2) diz que a Introdução ao Estudo é matéria de iniciação que fornece para o estudante noções para compreender o fenômeno jurídico. O autor afirma que a introdução não é uma ciência apesar de se referir a conceitos científicos, mas um sistema de ideias gerais que ajuda a entender a finalidades pedagógicas. A palavra disciplina no sentido de ciência jurídica afirma que a Introdução ao Estudo do Direito não possui autonomia; ela não cria o saber, apenas recolhe das disciplinas jurídicas (Filosofia do Direito, Ciência do Direito, Sociologia do Jurídica, História do Direito, Direito Comparado) as informações necessárias para compor o quadro de conhecimentos a ser apresentado aos acadêmicos. O que possui de especifico é a sistematização dos conhecimentos gerais, embora de caráter descritivo, a disciplina deve estar infensa ao dogmatismo puro, dificulta o raciocínio e a reflexão. Entretanto, torna-se a matéria de estudo mais complexa e de difícil entendimento para os iniciantes, por outro lado, configura o objeto da Filosofia do Direito. Com isso, habituam o estudante com a pluralidade de opiniões cientificas, que é uma das tônicas da vida jurídica. [3: Filosofia do Direito, Sergio Antônio Fabris Editor, Porto Alegre, 1993, p. 161. O antigo professor da Faculdade de Direito de Santo Ângelo reproduziu o seu trabalho publicado na revista Jurídica, vol. V, 1953, onde apresenta uma lucida visão do objeto da Introdução ao Estudo do Direito e de suas conexões com a Filosofia do Direito, Sociologia Jurídica e Teoria Geral do Direito. Entre nós aquele estudo foi um dos pioneiros.]
2.2- OBJETO DA INTRODUÇÃO AO ESTUDO DO DIREITO 
De acordo com Nader (2017, p. 3) diz que, a disciplina Introdução ao Estudo do Direito visa a fornecer ao iniciante uma visão global do Direito, que não pode ser obtida através do estudo isolado dos diferentes ramos da árvore jurídica. Os conceitos gerais, como o Direito, fato jurídico, relação jurídica, lei, justiça, segurança jurídica, por serem aplicados a todos os ramos do Direito, fazem parte do objeto de estudo da Introdução. Já os conceitos específicos, como o do crime, mar territorial, hipoteca, desapropriação, aviso prévio, fogem a finalidade da disciplina, porque são particulares de determinados ramos jurídicos. Desse modo, a Introdução examina o objeto de estudo dos principais ramos, com intuito dos alunos familiarizar com a linguagem jurídica. No entanto, o estudo que desenvolve não versa sobre o teor das normas jurídicas; não se ocupa em definir o que se acha conforme ou não a lei, pois é disciplina de natureza epistemológica que expressa uma teoria da ciência jurídica, isto é, a disciplina possui um tríplice objeto que se caracterizam em: conceitos gerais do Direito, visão de conjunto do Direito e lineamento da técnica jurídica.
2.3- A IMPORTÂNCIA DA INTRODUÇÃO
Segundo Nader (2017, p. 4), os primeiros contatos do estudante com a Ciência do Direito se dá através da Introdução ao Estudo do Direito, que funciona como um elo entre a cultura geral no obtida no curso médio e a especifica do Direito. É por meio da Introdução ao Estudo do Direito que o estudante superar dificuldades em face dos novos conceitos, métodos, terminologia e diante próprio sistema que desconhece, ou seja, o papel que desempenha é de grande relevância para o processo de adaptação cultural do estudante que deverá superar esses primeiros desafios e testar a sua vocação para a Ciência do Direito, entretanto, não decorre apenas de propiciar aos estudantes a adaptação ao curso, mas também de dá noções essenciais à formação de uma consciência jurídica. . 
3- OUTROS SISTEMAS DE IDEIAS GERAIS DO DIREITO
3.1- FILOSOFIA DO DIREITO
É uma reflexão sobre o Direito e seus postulados, com o objetivo de formular do Jus e de analisar as instituições jurídicas no plano do dever ser, considerando a condição humana, a realidade objetiva e os valores de justiça e segurança. Os estudos filosóficos de direito requerem um conhecimento anterior tanto da filosofia quanto do direito. A importância de seu estudo é acessível, mas a sua presença nos cursos jurídicos se faz em período mais avançado quando os estudantes já se familiarizaram com os princípios gerais de Direito. (NADER,2017, p.5) 
3.2-TEORIA GERAL DO DIREITO
É uma forma de reação ao caráter abstrato e metafisico da Filosofia Jurídica, a qual surgiu a Teoria Geral do Direito que é positivista e adota subsidio da Logica, pois é uma disciplina forma que apresenta conceitos úteis a compreensão de todos os ramos do Direito. Seu objeto consiste na análise e conceituação dos elementos estruturais e permanente do Direito, como suposto e disposição da norma jurídica, coação, relação jurídica, fato jurídico, fontes formais. Ressalta-se que, a Teoria Geral do Direito surgiu no século XIX e alcançou o seu maior desenvolvimento na Alemanha, onde foi denominada “Allgemeine Rechtslehre”, seus principais representantes foram Adolf Merkel, Berbohm, Bierling, Binding e Felix Somló.
3.3- Sociologia do Direito
Estuda as relações entre a sociedade e o Direito, desenvolve uma ampla extensão pela sociologia do Direito, porém não pode ter o seu conteúdo limitado ao problema da efetividade do Direito e nem se empreender a pesquisa profunda em nível de especialização. Portanto, a sociologia não oferece uma visão global do Direito, não estuda elementos estruturais e nem cogita problema de sua fundamentação. Além dessa lacunas, seus principais cultores formais procuram entre si um consenso a este respeito. (NADER,2017, p.5-6)
3.4- Enciclopédia Jurídica
Correspondia a um conjunto variado de conhecimentos indispensáveis a formação cultural do cidadão negro. A enciclopédia jurídica tem por objeto a formulação da síntese de um determinado sistema jurídico,mediante apresentação de conceitos, classificações, esquemas, acompanhados de numerosas terminologia. O que caracterizou a enciclopédia jurídica é o método de exposição dos assuntos que na pratica não se revelou uma disciplina pedagógica, porque conduz a memorização, tornando-se o seu estudo cansativo e sem atingir as finalidades de um sistema de ideias do Direito. (NADER, 2017, p.6)
4-A introdução ao Estudo do Direito e os currículos dos cursos jurídicos no Brasil 
 De acordo Coelho in Nader (2017, p.7), a primeira disciplina jurídica de caráter propedêutico no Brasil, surgiu a partir de 11 de agosto de 1827, foi a disciplina Direito Natural com a denominação antiga da filosofia do Direito, a qual teve a criação de cursos jurídicos em São Paulo e em Olinda. Entretanto, com advento da Republica em 1891, o currículo sofreu alterações e a disciplina Direito Natural foi substituída pela Filosofia e História do Direito, as quais foram lecionadas na primeira série. Em 1895, houve mudança desta disciplina, visualizando a filosofia do Direito na primeira série e a História do direito, sobrevivendo na quinta série. Já em 1877, Rui Barbosa reivindicava a substituição da disciplina Direito Natural pela Sociologia Jurídica, em sua “Reforma do Ensino Secundário e Superior”.[4: COELHO, Luiz Fernando. Teoria da Ciência do Direito. 1ͣ ed., Edição Saraiva, São Paulo, 1974, p.2.]
Para Nader (2017, p. 7) com reforma Rivadavia Correia ocorrida em 1912, foi instituída a Enciclopédia Jurídica, que permaneceu como matéria de iniciação durante três anos, sendo posteriormente suprimida pela reforma Maximiliano. A Filosofia do Direito passou então a ser estudada como disciplina introdutória, lecionada na primeira série, com a chamada Reforma Francisco Campos, passou a ser ensinada na última série e nos cursos de pós-graduação, uma vez que em seu foi criada a Introdução a Ciência do Direito. Com a Resolução nº 3 de 2 de fevereiro de 1972, do então Conselho Federal de Educação, alterou sua nomenclatura para Introdução ao estudo do direito e a Portaria nº 1.886, de 30 de dezembro de 1994, do Ministério da Educação de do Desporto, ao estabelecer novas diretrizes para o curso jurídico, confirmou o caráter obrigatório da disciplina, passando a denomina Introdução ao Direito. 
Nader (2017, p. 7-8) afirma que, a partir de 1 de outubro de 2004, entrava em vigor as Diretrizes Curriculares Nacionais do curso de Graduação em Direito, a qual foram instituídas pelo Conselho Nacional de Educação com resolução CNE/CES nº9 de 29 de setembro de 2004. Desse modo, essa resolução pretende assegurar aos acadêmicos “solida formação geral, humanística e axiológica, capacidade de análise, domínio de conceitos e da terminologia jurídica, adequada argumentação, interpretação e valorização dos fenômenos jurídicos sociais.
Ainda o autor (2017, p.8) afirma que as disciplinas que se encaixam no perfil delineado do Eixo de formação fundamental, dado nível da cultura e experiência acadêmica brasileira: introdução ao estudo do direito, sociologia jurídica, filosofia do direito, introdução a ciência política, economia aplicada ao direito e história do direito.

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