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OS HIDROMETEOROS E OS LITOMETEOROS
A maioria dos fenômenos meteorológicos classificam-se como hidrometeoros e litometeoros, embora existam ainda, outros tipos de fenômenos, como os luminosos, que não se encaixariam nessa classificação.
Os HIDROMETEOROS são partículas aquosas presentes na atmosfera. Essas partículas podem precipitar-se, depositar-se, ou simplesmente estar em suspensão no ar.
Os LITOMETEOROS são partículas geralmente sólidas, não aquosas, que costumam estar suspensas no ar, ou são eventualmente levantadas pelo vento.
HIDROMETEOROS EM SUSPENSÃO: A NEBULOSIDADE
A nebulosidade, como sabemos, decorre da condensação ou sublimação do vapor d’água na atmosfera. Pode constituir-se em nuvem ou nevoeiro.
nuvem – aglomerado de gotículas d’água ou cristais de gelo, ou ambos, em suspensão na atmosfera, sustentados por correntes ascendentes. Apesar de parecerem flutuar, seus elementos constitutivos caem lentamente em relação ao ar circundante. O diâmetro desses elementos é muito pequeno, podendo variar de 5 a 15 mícrons, com um valor médio de 10 mícrons.
Nevoeiro – o princípio do nevoeiro é o mesmo da nuvem, com a diferença de que este ocorre junto à superfície, reduzindo a visibilidade atmosférica a menos de 1000 metros. Se a visibilidade horizontal da atmosfera estiver 1.000 metros ou mais, em vez de nevoeiro, o fenômeno passa a denominar-se névoa úmida. A névoa úmida costuma dar um tom azulado à atmosfera. Sob temperaturas muito baixas, o nevoeiro pode constituir-se de cristais de gelo, vindo a se denominar nevoeiro glacial (Em Inglês Freezing Fog, que se abrevia FZFG). 
Formação dos nevoeiros
	A condição básica para que um nevoeiro se forme é a saturação do ar, ou seja, temperatura do ar igual à temperatura do ponto de orvalho, que pode ser resultado, como foi visto, ou do acréscimo de vapor d’água à atmosfera, ou do resfriamento. São ainda condições essenciais à formação do nevoeiro:
umidade relativa elevada;
núcleos higroscópicos abundantes;
vento fraco (até 10 kt)
Classificação dos nevoeiros
Quanto à intensidade:
	Costuma-se classificar a intensidade do nevoeiro, conforme o grau de redução da visibilidade horizontal do ar. Classificam-se então como:
	Forte – quando a visibilidade é até a 100 metros;
	Moderado – quando a visibilidade está entre 100 e 500 metros;
	Fraco – quando a visibilidade horizontal está entre 500 e 1000 metros.
Dependendo de como se formam, os nevoeiros podem ser classificados em Frontais e de Massas de Ar.
NEVOEIROS DE MASSAS DE AR – formam-se no interior de massas de ar (quente ou fria), normalmente provocados pelo resfriamento. Podem ser de radiação ou de advecção. 
- Nevoeiro de radiação ​– normalmente se forma em noites de céu claro, quando o solo perde calor rapidamente por radiação terrestre. É mais frequente no outono e no inverno nas latitudes tropicais e subtropicais.
- Nevoeiro de advecção – resulta do movimento horizontal do ar sobre a superfície terrestre (ar quente sobre superfície mais fria, ou ar frio sobre superfície mais quente). Pode abranger os seguintes tipos:
Nevoeiro de vapor – resulta do contato do ar frio com superfície líquida mais aquecida. São bastante comuns no outono e inverno sobre mares, rios, lagos, etc.
Nevoeiro marítimo – forma-se no contato do ar quente com corrente marítima fria, sendo mais comum no verão nas latitudes temperadas.
Nevoeiro de brisa marítima – resulta do contato do ar marítimo quente com litoral frio. É mais comum no inverno de latitudes temperadas e quase polares.
Nevoeiro orográfico – forma-se com o deslocamento lento e gradual de ar quente e úmido sobre a encosta suave de uma elevação.
NEVOEIROS FRONTAIS - estão associados às frentes (fria ou quente), como resultado da evaporação da precipitação leve e contínua, proveniente de nuvens estratiformes, que cai dentro do ar quente, no caso de frente fria, e dentro do ar frio, no caso de frente quente. Podem ser:
1) Nevoeiro pós-frontal – está associado com frente fria, de deslocamento muito lento ou quase estacionária. É mais comum no outono e inverno.
2) Nevoeiro pré-frontal – está associado às frentes quentes.
Dissipação dos nevoeiros
Os dois principais elementos dissipadores dos nevoeiros são o aumento na velocidade do vento e o aquecimento solar. Deve-se ressaltar, no entanto, que o aquecimento só serve para dissipar nevoeiros formados em superfície não líquidas, pois os formados sobre superfícies líquidas tendem a se intensificar com a ação solar, pois esta intensifica a evaporação.
A névoa úmida – é semelhante ao nevoeiro, com a diferença de que a visibilidade atmosférica é igual ou superior a 1000 metros. A umidade deve ser igual ou superior a 80%. Abaixo disso, considera-se névoa seca. Tanto a névoa úmida quanto a névoa seca só são informadas nos códigos meteorológicos quando restringem a visibilidade atmosférica a 5.000 metros ou menos. A névoa úmida costuma dar uma tonalidade azulada à atmosfera.
 OUTROS TIPOS DE HIDROMETEOROS 
Além dos hidrometeoros em suspensão, existem também aqueles que se precipitam e os que se depositam.
hidrometeoros que se precipitam – a precipitação ocorre quando um hidrometeoro, não mais podendo conter o excesso de umidade condensada ou sublimada dos seus elementos constitutivos (gotículas d’água, flocos de neve, cristais de gelo, etc.), cai, sob a ação da força de gravidade, resultando, então, em chuvisco, chuva, neve, etc.
b) hidrometeoros que se depositam – um hidrometeoro se deposita quando o resfriamento de uma superfície sólida é suficiente para condensar ou sublimar a umidade do ar em contato com a mesma. Disso resultam o orvalho, a geada, o sincelo, etc.
		OS HIDROMETEOROS QUE SE PRECIPITAM
As precipitações são avaliadas de acordo com o seu TIPO, INTENSIDADE e CARÁTER. 
SOBRE O CARÁTER DA PRECIPITAÇÃO
O caráter representa o aspecto de continuidade com que a precipitação ocorre, e normalmente está associado ao tipo de nuvem que a produz. Assim:
Caráter contínuo – quando a intensidade aumenta ou diminui muito lentamente. É típico de nuvens estratiformes.
Caráter intermitente – quando há interrupções momentâneas, mas os períodos de interrupção, mas os períodos de interrupção nunca são superiores aos de precipitação.
Pancadas – a intensidade aumenta ou diminui bruscamente, com interrupções irregulares. Os períodos de precipitação costumam ser inferiores aos de interrupção.
SOBRE A QUANTIDADE DE PRECIPITAÇÃO
Normalmente a medição da quantidade dos hidrometeoros é feita depois que eles precipitam, através da verificação da altura da água acumulada num determinado volume de tempo. Em relação às precipitações sólidas, pode-se preceder à medida de duas formas: a altura da massa cumulada no solo antes da fusão, ou a altura da camada de água, depois de fundidos o gelo ou a neve.
Sobre a quantidade de chuva:
Para medir a precipitação, adota-se o volume (litro) para uma determinada superfície (m²).
Assim:
Quantidade de Precipitação = _1 litro_ = __1 dm³ = 0,01 dm = 1 mm.				 		 1 m²	 100 dm²	
Portanto, 1 milímetro de precipitação corresponde a 1 litro em cada metro quadrado.
	CARACTERISTICAS DAS PRECIPITAÇÕES
Chuvisco – gotículas d’água uniformemente dispersas, parecendo flutuar no ar, seguindo o sopro da brisa. Quase sempre o chuvisco está associado às nuvens stratus e é muitas vezes acompanhado de nevoeiro. A diferença básica entre a chuva e o chuvisco diz respeito ao diâmetro das gotículas, que neste é sempre inferior a 0,5 mm. Nos códigos meteorológicos, o chuvisco é identificado pela abreviatura DZ (da designação em inglês DRIZZLE).
Chuvisco glacial – chuvisco que se congela quando, ao cair, entra em contato com a superfície gelada. O chuvisco glacial só acontece quando a temperatura à superfície é negativa. Nos códigos meteorológicos é identificado pelasigla FZDZ (da designação em inglês FREEZING DRIZZLE).
Chuva – gotas d’água nitidamente separadas que caem das nuvens stratocumulus, altostratus, nimbostratus, cumulus, e cumulonimbus. O diâmetro das gotas é superior a 0,5 mm. A intensidade da chuva costuma ser medida em termos de quantidade por tempo. Assim se definem:
Chuva leve (Light Rain): quando cai numa quantidade de até 5,0 mm por hora, ou no máximo 0,8 mm em 10 minutos. 
Chuva moderada (Moderate Rain): de 5,1 a 25,0 mm por hora, ou no máximo 4,0 mm em 10 minutos.
Chuva forte (Hevey Rain): quando cai numa quantidade superior a de 25,0 mm por hora, ou superior a 4,0 mm em 10 minutos.
Chuva glacial – é a chuva que congela ao contato com a superfície gelada. Assim como o chuvisco, só ocorre a temperaturas negativas. Nos códigos meteorológicos é identificada pela sigla FZRA (da designação em inglês FREEZING RAIN).
Grãos de neve – é o equivalente sólido do chuvisco. Ocorre a temperaturas inferiores a 0ºC.
Água-neve – grãos brancos, opacos e redondos, com estrutura de neve, com diâmetro de 2 a 5 mm, que se despedaçam ao cair na superfície.
Neve – cristais hexagonais de gelo que caem de nuvens nimbostratus, altostratus e cumulonimbus.
Agulhas de gelo – cristais de gelo pequenos e simples, que só podem ser vistos com céu claro. Estão associados ao “halo” e são de difícil ocorrência no nosso país.
9) Granizo (Hail) – partículas de água-neve encerradas em finas camadas de gelo, geralmente translúcidas, redondas ou cônicas. Não são quebradiços, nem se estilhaçam quando se chocam com superfícies duras. Nos códigos meteorológicos, o granizo pequeno, com diâmetro entre 2 e 5 mm, é designado pela abreviatura GS (Small hail). Acima de 5 mm é designado por GR (Hail). O granizo maior (Hail) costuma também ser designado pelo termo Saraiva. O granizo sempre está associado com a presença de cumulonimbus. 
OS HIDROMETEOROS QUE SE DEPOSITAM
Orvalho – gotas d’água depositadas pela condensação do vapor d’água sobre superfícies resfriadas pela radiação noturna.
Geada – cristais de gelo fino, em forma de agulhas ou escamas, depositadas por sublimação do vapor d’água sobre superfícies resfriadas nas mesmas condições que formam o orvalho, com exceção da temperatura à superfície, que deve ser igual ou inferior a 0ºC.
Geada vidrada – provém da precipitação de chuvisco glacial, chuva glacial, ou da congelação de chuvisco ou chuva quando em contato com a superfície com temperatura igual ou inferior a 0ºC.
Sincelo – pequenas colunas pendentes de gelo, formadas pela congelação da água do orvalho ou da neve derretida que escorre de superfícies sólidas, quando a temperatura é igual ou inferior a 0ºC.
Escarcha – camadas brancas de cristais de gelo, depositadas em superfícies sólidas verticais, principalmente quando ocorre nevoeiro super-resfriado. Consiste de camadas ou pontas cônicas que se acumulam no objeto, a favor do vento.
OS LITOMETEOROS 
Como foi visto, o ar atmosférico possui impurezas, sem as quais seria impossível a condensação ou sublimação do vapor d’água. Essas impurezas, denominadas genericamente de litometeoros, podem funcionar como núcleos higroscópicos. Por outro lado, essas partículas podem, por si sós, interferir na transparência da atmosfera, reduzindo a visibilidade do ar.
Os principais litometeoros são:
Névoa-seca – nome genérico dado aos litometeoros quando a visibilidade é de 1000 metros ou mais e a umidade relativa é inferior a 80 %. A névoa seca costuma dar uma coloração avermelhada à atmosfera.
Fumaça – concentração de minúsculas partículas resultantes da combustão indireta. Geralmente tem sua origem na mistura da fumaça com poeira.
Poeira – presença de partículas sólidas uniformemente distribuídas no ar, como terra, areia ou argila. 
Fumaça com nevoeiro (SMOG) – é a ocorrência de nevoeiro numa atmosfera enfumaçada. É típico dos grandes centros urbanos industriais e exige uma inversão de temperatura a pouca altura, o que impede a dispersão dos poluentes atmosféricos.

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