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Resumo I de Histologia (1)

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RESUMO 1: METODOS DE ESTUDO
Microscópio óptico: Microscópio óptico é formado por uma lente ocular, um revólver com lentes objetivas, uma lente condensadora e uma fonte de iluminação (luz).Todos os microscópios ópticos se baseiam em uma fonte de luz que é concentrada por um sistema de lentes condensadoras sobre uma amostra montada sobre a lâmina. O feixe luminoso atravessa a amostra e é captado por uma lente objetiva que produz uma primeira imagem ampliada do objeto, que será em seguida captada pela lente ocular que projetará a imagem final na retina do observador. A imagem final pode também ser capturada por uma câmera fotográfica ou de vídeo.O aumento final é resultado da multiplicação do aumento dado pela lente objetiva pelo aumento da lente ocular. Como existem várias lentes objetivas num mesmo microscópio, uma grande variedade de aumentos pode ser obtida, bastando girar o revólver.Limite de resolução trata-se da menor distância entre dois pontos em que eles podem ser vistos como objetos distintos.
Fixação: consiste em matar rapidamente as células, preservando ao máximo sua estrutura original. As células são mergulhadas em líquido fixador (formol, ácido acético, álcool, etc.), que tem propriedade de coagular proteínas da amostra.
Desidratação: é a substituição da água dentro e fora da célula por um solvente orgânico, como o etanol ou metanol. A desidratação ocorre de maneira gradual. Esse solvente pode ser tanto removido, deixando a lâmina secar, quanto pode ser substituído por parafina ou outra resina que torne a amostra rígida, permitindo que seja fatiada. 
Secagem: remoção do solvente orgânico que substitui a água no processo de desidratação.
Inclusão: mergulha-se o material previamente fixado em parafina derretida (ou outra resina líquida) e espera-se que ela penetre na célula, esfrie e solidifique. A amostra fica, então, inserida num bloco de parafina solidificada.
Microtomia: um aparelho chamado micrótomo faz cortes extremante finos na amostra solidificada com parafina. Esses cortes finos permitem a passagem da luz, facilitando a observação do tecido no microscópio óptico.Após os cortes com o micrótomo, a parafina é dissolvida por um solvente orgânico. As amostras são colocadas em uma lâmina de vidro, podendo ser, enfim, colorizadas com corantes.
Coloração: consiste em mergulhar preparações de células previamente fixadas em soluções de substâncias corantes. Certos corantes têm afinidade apenas por determinadas estruturas da célula, associando-se preferencialmente a elas. Assim, depois que a preparação é retirada do corante, lavada e observada no microscópio, essas estruturas tornam-se coloridas e destacam-se das demais.
ESTUDO DA CÉLULA
O estudo da célula compreende toda sua estrutura e o seu funcionamento, a célula é composta por várias estruturas que desempenham seus papeis específicos para o bom funcionamento de determinado organismo. Durante o processo de evolução natural, os microrganismo unicelulares evoluíram para estados multicelulares, ocorrerem a diferenciação celular, dando origem a células especificas. 
Essas células desempenhavam funções específicas de maneira mais eficiente. Nos vertebrados, inúmeras funções são realizadas por células específicas, condução de sinal elétrico, esteroides, motilidade e diversas outras.
Vendo do ponto de vista químico, uma célula consiste principalmente de água, variando de 60 a 95% do volume do total da célula. Outros componentes da célula incluem proteínas, carboidratos, gordura, ácidos nucleicos e substâncias inorgânicas como sódio, potássio, cloreto, bicarbonato, fosfato, e ascorbato.
As células eucarióticas que são caracterizadas pela presença de um núcleo no interior da delas, possuem estruturas que a compõem e desempenham diversas funções, são chamadas de organelas verdadeiras. O conteúdo da célula eucariótica recebe o nome de protoplasma envolvido por uma membrana celular. Esse protoplasma se divide em carioplasma, componentes do núcleo, e citoplasma e todo material celular exceto o núcleo. No citoplasma é encontrada as organelas distintas e muito organizadas, são elas: a mitocôndrias, lisossomos, aparelho de Golgi, retículo endoplasmático rugoso, e liso, ribossomos, centríolos, microtúbulos e filamentos. 
Núcleo
O núcleo constitui o principal componente da célula, pois tem a orientação estrutural e funcional. Sua importância também se dá devido o núcleo guardar o material genético de cada célula o DNA que comada a produção de proteínas e polipeptídios por meio do processo conhecido por transcrição. Outra atividade de extrema importância desempenhada pelo DNA é a replicação, que assegura a a atividade transcricional para cada célula recém-formada após a divisão celular.
Em grande parte de dos tipos de celulares, o núcleo é de arredondado a ovoide. Em certas células como os leucócitos de mamíferos, o núcleo ode ser altamente lobulado ou em macrófagos, muitas vezes com o formato de rim. Determinados tipos celulares também podem ter mais que um núcleo, por célula. A condição multinucleada é muito comum no músculo esquelético, além de serem encontrada em células dos túbulos renais osteoclastos e hepatócitos mais maduros. No interior do núcleo a uma estrutura maio discreta denominada de nucléolo, constituído principalmente de proteína além de uma pequena quantidade de DNA (cromatina associada ao nucléolo, envolvida na transcrição do RNA ribossômico). A função primaria do nucléolo é sintetizar os principais componentes dos ribossomos (RNA ribossômico). 
Citoplasma
O citoplasma é o espaço intracelular entre a membrana plasmática e o invólucro nuclear em seres eucariontes, enquanto nos procariontes corresponde à totalidade da área intracelular. O citoplasma é preenchido por uma matéria coloidal e semi-fluida denominada citosol, na qual estão suspensos os organelas celulares. Nos eucariontes, em oposição ao protoplasma, o citoplasma não inclui o núcleo celular, cujo interior é formado por nucleoplasma. No geral, o citoplasma é tudo o que compreende a célula menos o núcleo e a membrana plasmática.
O citoplasma pode ser subdividido em regiões ou zonas com base na localização geral das organelas e na consistência. O citoplasma situado próximo ao núcleo é denominado citocentro e consiste em uma região estreita e gelatinosa, geralmente isenta de organelas, exceto pela presença do retículo endoplasmático fixo no envelope nuclear, um par de centríolos e elementos citoesquelético. Adjacente ao citocento está o endoplasma, a maior região do citoplasma. Nele ocorre as correntes citoplasmáticas, assim como as atividades metabólicas. Externamente ao endoplasma e adjacente a membrana plasmática, há uma faixa bastante estreita chamada de ectoplasma. Essa região possui poucas organelas e assemelha-se a uma gelatina. 
Retículo Endoplasmático
O retículo endoplasmático é um conjunto de membranas que têm função de síntese e transporte de várias substâncias. Há dois tipos de retículo endoplasmático: rugoso ou granular, e liso ou agranular.
O retículo endoplasmático rugoso, também chamado de ergastoplasma, possui inúmeros ribossomos aderidos às suas membranas, o que lhe confere um aspecto enrugado. Esses ribossomos produzem proteínasque são envolvidas por membranas, formando “pacotes” cheios de proteínas que são enviadas para o complexo de golgi para serem mandadas para os locais, dentro e fora da célula, que necessitam delas
O retículo endoplasmático liso não possui ribossomos aderidos em suas membranas, nelas ocorre a produção de ácidos graxos, fosfolipídios e esteroides. No interior da membrana há enzimas que combatem substâncias tóxicas, promovem a desintoxicação do organismo facilitando a eliminação dessas substâncias do corpo. Nas células do fígado, órgão responsável pela desintoxicação do corpo, há um grande número de retículo endoplasmático liso. Nos músculos essas organelas são bem desenvolvidas, pois servem de reservatório para íons cálcio, que participam das contrações musculares.
Ribossomas
São estruturas encontradas no citoplasmade células procarióticas e eucarióticas com função de síntese proteica. Quando os ribossomos estão associados ao retículo endoplasmático, as proteínas sintetizadas penetram diretamente no retículo. O destino de tais proteínas envolve o transporte por meio de vesículas.
Ribossomos livres sintetizam proteínas que atuam no citoplasma ou no interior do núcleo e das mitocôndrias. Ribossomos aderidos ao retículo produzem tanto as proteínas que compõem as estruturas celulares como as proteínas que foram “escondidas” pela célula.
Essas estruturas permanecem próximas do filamento do ácido ribonucleico, o RNA mensageiro, formando através de uma síntese celular os polissomos.A estrutura do ribossomo é constituída basicamente por proteínas e por um tipo de ácido ribonucleico: o RNA ribossômico (RNAr). Os ribossomos são constituídos por duas subunidades arredondadas, com dimensões desiguais, localizadas uma sobre a outra.
Os ribossomos apresentam características importantes na síntese proteica, pois unem as partículas de RNA durante o processo de tradução.Na maioria das vezes, o RNA mensageiro pode ser traduzido simultaneamente e em sequência por vários ribossomos. Nesse caso, fala-se em polirribossomos ou polissomos (vários ribossomos ligados a um mesmo RNAm). Assim, são formadas várias moléculas proteicas idênticas.
Aparelho de Golgi
O aparelho de Golgi é formado por vários sáculos lameliformes e estes sáculos apresentam duas faces distintas, a face cis ou formativa e a face trans ou de maturação. Essa organela tem função secretora (secreção de hormônios), de armazenamento, transformação e empacotamento de substâncias que são produzidas na síntese celular. No entanto, a organela não está ligada à produção de secreções proteicas, mas sim à concentração, modificação e eliminação dessas secreções.
O aparelho de Golgi também tem por função a síntese da lamela média nos vegetais, síntese de lisossomos, formação do acrossomo nas células sexuais masculinas (espermatozoides), entre outras.
O tamanho e o desenvolvimento do aparelho de Golgi dentro da célula dependem basicamente da atividade metabólica e do tipo de atividade celular. 
Lissosomas
Os lisossomos são organelas membranosas, geralmente pequenas e presentes, se não em todas, na grande maior parte das células eucariontes. Essas organelas se tratam de estruturas que surgem a partir do complexo de Golgi, ou seja, algumas vesículas que se destacam do aparelho Golgiense acabam se tornando lisossomos. Eles estão presentes por todo o citoplasma da célula e se relacionam com a degradação de diversos compostos.
Os lisossomos têm sua função associada à digestão intracelular, ou seja, uma degradação de diversos compostos que ocorre dentro da célula. Entretanto, é importante ressaltar que o lisossomo, em condições normais, não realiza sua atividade de maneira arbitrária ou caótica. As estruturas que devem ser digeridas são devidamente sinalizadas com marcadores celulares, como algumas proteínas citosólicas, por exemplo.
Essa atividade digestiva desempenhada pelos lisossomos pode ser autofágica ou heterofágica. Isso quer dizer que os lisossomos podem destruir tanto estruturas da própria célula quanto alguns compostos que vêm de fora, como nutrientes ou, até mesmo, microrganismos.
Mitocôndria
As mitocôndrias são organelas presentes no interior das células animais, mais especificamente no citoplasma. As mitocôndrias exercem uma importante função nas células: são elas que realizam o importante processo de respiração celular. Na respiração celular, ocorre um processo de reações químicas, através das quais a célula obtém energia para suprir suas necessidades vitais.
As reações químicas que ocorrem no processo de respiração celular são dinamizadas por enzimas do ciclo de Krebs (encontradas no centro do fluido mitocondrial). Atuam também neste processo as enzimas da cadeia de transporte do elétron (localizadas no forro interior da membrana).
As mitocôndrias usam o oxigênio e a glicose oferecidos pela célula, transformando-os em energia na forma de ATP (adenosina trifosfato) que é devolvida para célula.

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