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MOMENTOS HISTÓRICOS FUNDAMENTAIS ORIGENS - migrações dos teutões (os primeiros germânicos) e dos cimbros (descendentes dos daneses que criariam a Dinamarca), que chegaram - Europa Mediterrânea por volta de 100 a.C. TRATADO DE VERDUN (843 d.C.) - divisão do Império Carolíngio entre os três netos de Carlos Magno: Carlos, o Calvo ficou com a França; Lotário, com a Lotaríngia (hoje, a Alsácia-Lorena) e Luiz, o Germânico passou a reinar sobre o território que hoje é a Alemanha. 936 - Oto I foi coroado imperador do Império Germânico (início do futuro Sacro Império Romano - Germânico -Primeiro Reich). 1517- início da Reforma Protestante, liderada por Martinho Lutero. SÉCULO XVI- guerras religiosas na Alemanha; a França, interessada em quebrar o "anel de ferro dos Habsburgos" que a cercava, apoiou os protestantes. PAZ DE AUGSBURGO (1555)**-** firmado o princípio "tal príncipe, tal religião": os príncipes alemães definiriam a religião dos seus respectivos estados e súditos. GUERRA DOS 30 ANOS (1618 - 1648)**-** conflito religioso e político entre, de um lado, os Habsburgos e, de outro, França, Suécia e Dinamarca. A guerra teve início com a rebelião da Boêmia, pois os tchecos queriam ficar independentes do Habsburgos. PAZ DE VESTFÁLIA (1648) - vitória francesa na guerra dos 30 anos. SÉCULO XVIII - a Prússia se torna uma das maiores potências da Europa. 1806 - Napoleão extingue o Sacro Império Romano - Germânico, substituído pela Confederação do Reno. ALEMANHA Nome Oficial: República Federal da Alemanha República Parlamentarista Área: 356.733 km² População: 81.147.000 Moeda: euro Língua: alemão A República Federal da Alemanha é o país resultante da reunificação das duas antigas Alemanhas – a Ocidental (República Federal Alemã – RFA) e a Oriental (República Democrática Alemã – RDA). Situada na porção centro-ocidental da Europa – com condição geográfica privilegiada – a Alemanha foi sempre destinada a ser a maior potência do Velho Mundo. Sua história, por vezes trágica, foi sempre turbulenta. Considerada a terceira maior potência mundial, o país teve uma industrialização tardia em relação à Inglaterra e à França. MOMENTOS HISTÓRICOS FUNDAMENTAIS 1871 - Bismarck (chanceler da Prússia) unifica a Alemanha (Alemanha Imperial - Segundo Reich). 1884 - Congresso de Berlim- partilha da África entre as potências europeias (colônias alemãs na África Negra). 1914 - 1918 - Primeira Guerra Mundial (a Alemanha é derrotada). 1919 - foi proclamada a República de Weimar. 1919 - o Tratado de Versalhes estipulava o pagamento de indenizações de guerra por parte da Alemanha, cujas forças armadas seriam limitadas. 1933 - Hitler líder, do Partido Nazista, tomava o poder na Alemanha. 1938 - a anexação da Áustria - nascia o Terceiro Reich. 1939 - 1945 - Segunda Guerra Mundial. 1945 - a Alemanha é derrotada e dividida em quatro zonas de ocupação - americana, inglesa, francesa e soviética. 1949 - surgiam as duas Alemanhas - República Federal da Alemanha (Alemanha Ocidental, sob regime capitalista) e República Democrática da Alemanha (Alemanha Oriental, sob regime socialista). 1990 - reunificação das duas Alemanhas sob a denominação de República Federal da Alemanha. AS DUAS ALEMANHAS Ao final da Segunda Guerra Mundial, a Alemanha encontrava-se derrotada e quase totalmente destruída. Em 1945, o país foi dividido em quatro zonas de ocupação - americana, inglesa, francesa e soviética. Em 1949, surgiam duas Alemanhas - a República Federal Alemã, popularmente conhecida como Alemanha Ocidental, tendo Bonn como sua capital, era um país livre e capitalista. A outra Alemanha foi a República Democrática Alemã, conhecida como Alemanha Oriental, cuja capital era Berlim Oriental. A Alemanha Oriental era um país socialista e totalitário, dominado pela União Soviética. Em 1961, foi construído o Muro de Berlim, que se tornou o símbolo da Guerra Fria e da divisão entre o Leste socialista e o Oeste capitalista. A RECONSTRUÇÃO ALEMÃ As cidades, fábricas, estradas e ferrovias alemãs haviam sido destruídas durante a Segunda Guerra Mundial. Pergunta-se: como um país tão fragmentado e destruído conseguiu rapidamente se tornar a economia mais importante da Europa? Quando a Alemanha foi dividida, a Alemanha Ocidental continuou sendo um país capitalista, mas a Alemanha Oriental adotou o regime socialista. Cada uma das duas Alemanhas teve sua reconstrução financiada por um dos líderes do mundo bipolar: os Estados Unidos e a União Soviética. A Alemanha Ocidental se democratizou e, utilizando os amplos recursos do Plano Marshall, reconstruiu fábricas, estradas e ferrovias com os mais modernos equipamentos disponíveis. O crescimento econômico da Alemanha Ocidental foi, de fato, extraordinário. De uma nação derrotada, o país se tornou o líder econômico da Europa e a terceira maior economia do mundo, ficando atrás apenas dos Estados Unidos e do Japão. A população da Alemanha Ocidental desfrutava de uma alta qualidade de vida e de um grande poder de consumo. Já a Alemanha Oriental, devido à influência soviética, passou a adotar os moldes socialistas da União Soviética. Com uma economia planificada, os meios de produção do país eram controlados pelo Estado. Uma ditadura tomou conta da Alemanha Oriental; seguindo o modelo político soviético, havia somente um único partido político - o partido socialista. A produtividade e a qualidade de vida da população da Alemanha Oriental eram inferiores aos da Alemanha Ocidental, gerando um descontentamento entre os alemães orientais. A REUNIFICAÇÃO - A QUEDA DO MURO DE BERLIM Em novembro de 1989, foi derrubado o Muro de Berlim. Em 1990, as duas Alemanhas foram reunificadas sob a denominação de República Federal da Alemanha. Não é de se surpreender que havia um distanciamento econômico e social muito grande entre as duas Alemanhas. Desde 1990, o governo da Alemanha reunificada investiu, anualmente, cerca de 100 bilhões de dólares para modernizar a ex-República Democrática Alemã, ou seja, a ex-Alemanha Oriental. A unificação custou muito à economia da Alemanha Ocidental: o déficit público, a taxa de juros, a inflação e o desemprego aumentaram. A Alemanha Ocidental - após ter sido unificada com a Oriental - voltou a crescer economicamente apenas na metade da década de 1990. PAPEL DA ALEMANHA NA UNIÃO EUROPEIA Atualmente, a Alemanha é a economia mais forte da Europa, exercendo um papel fundamental na União Europeia. Desde a fundação da União Europeia, a Alemanha tem trabalhado para que a organização se expanda, vindo a incluir novos membros. De fato, exportações e importações da Alemanha com os novos membros da União Europeia representam 9% do comércio exterior do país. Em 1 de janeiro de 1999, a Alemanha foi um dos onze países da União Europeia a adotar o Euro como unidade monetária nacional. Desde a queda da União Soviética, a Alemanha tem tentado promover a estabilidade e prosperidade em seus países vizinhos da Europa Central e Oriental. No início da década de 1990, a Alemanha se tornou o país que mais forneceu ajuda financeira, que mais investiu e que mais se engajou em comércio externo com os ex-membros da União Soviética. Assim, a Alemanha ajudou a promover reformas democráticas e capitalistas nesses países. Essa proximidade comercial entre a Alemanha e a Europa Oriental foi de grande benefício para a indústria alemã. Nos primeiros anos logo após sua reunificação, a Alemanha promoveu acordos bilaterais com a União Soviética, a Polônia, a República Tcheca e a Bulgária. A Alemanha também objetivou expandir a União Europeia ao aceitar como membros da organização países do norte e do leste europeu. Com a ajuda alemã, a União Europeia passou a firmar “Acordos Europeus” com o objetivo de oferecer aos ex-países socialistas a oportunidade de participar do mercado comum europeu. A INDÚSTRIA Após a Segunda Guerra Mundiale com a derrota da Alemanha, os Estados Unidos e seus aliados decidiram não permitir que uma Alemanha vencida, que havia perdido seus territórios orientais para a União Soviética, se tornasse um estado socialista ou totalitário. O governo norte-americano decidiu reconstruir a Alemanha Ocidental para que esta fizesse frente à Europa Socialista. Em dez anos, devido ao Plano Marshall – o Programa de Recuperação Europeia – a República Federal Alemã se tornou a primeira economia da Europa Ocidental. Além do Plano Marshall, onde houve grande financiamento de capitais norte-americanos para a reconstrução da Alemanha Ocidental, vários fatores permitiram o desenvolvimento da indústria alemã. Estes foram: integração na Comunidade Europeia do Carvão e do Aço (1952) e no Mercado Comum Europeu (1957). a região da Renânia, rica em carvão mineral, com grande concentração industrial no período anterior à guerra, localiza-se à oeste da antiga Alemanha e, portanto, passa a fazer parte da República Federal Alemã. mão de obra nacional (reduzida pela guerra, porém com tradição industrial) e mão de obra imigrante (não qualificada, porém barata: turcos). isenção de gastos militares. imensos agrupamentos de empresas (os “Konzerns”). A industrialização alemã, iniciada no século XIX, começou com os “Konzern” (agrupamento de empresas), muitas de base familiar – Krupp, Mannesmann e Thyssem (siderurgia); Siemens, Bosch e AEG (eletroeletrônica) e Bayer e Badishe (química). A economia alemã depende significativamente do comércio exterior. Na Alemanha, 24,6% da população ativa trabalha em atividades industriais e 73,8% nos setores de serviços. A indústria é responsável por cerca de 30,5% do PIB do país. O setor absorve grande parte da população ativa, empregando mão de obra bastante especializada. A Distribuição das Indústrias As indústrias alemãs foram reconstruídas, em sua maioria, nos mesmos locais em que estavam antes da guerra. A Renânia é a região industrial por excelência , onde se concentram as fundições de aço, indústria química, metalurgia pesada, refinarias de petróleo, indústria têxtil, indústria alimentícia etc. A maior concentração está no Vale do Ruhr, região carbonífera mais importante do país que, apesar de distante do Mar do Norte, é servida pela capacidade excepcional de transporte representada pelo rio Reno, que liga essa região ao Porto de Roterdã (Europoort). É nessa porção noroeste da R.F.A., que se concentram os grandes complexos urbano-industriais como Dusseldorf, Colônia, Essen, Dortmund, Duisburg. Aachen, Bonn etc. Em oposição a essa concentração industrial, o resto da indústria alemã ocorre em áreas dispersas. Após a queda do Muro de Berlim, descobriu-se o “abismo” de desenvolvimento que existia entre as duas Alemanhas, antes de serem reunificadas. ALEMANHA
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