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POPULAÇÃO BRASILEIRA Uma população pode crescer por meio da imigração ou da taxa de natalidade. Por outro lado, pode diminuir devido à emigração e à taxa de mortalidade. O enorme crescimento de uma população deve-se, principalmente, à diminuição da taxa de mortalidade. Isso ocorre graças aos progressos médicos e sanitários, que prolongam o tempo de vida do homem. Tais progressos tecnológicos resultaram em um rápido crescimento da população brasileira. Poucos países tiveram um crescimento populacional tão grande e rápido quanto o Brasil no século XX. No período abrangendo 1900 a 2000, o Brasil apresentou o maior percentual de crescimento populacional do mundo: 874%. Contudo, nas últimas décadas essa tendência mudou. Houve no país uma queda no ritmo de crescimento da população, pois as mulheres passaram a ter menos filhos. Atualmente, o Brasil é considerado um país em transição demográfica: está passando de país jovem para maduro. Em 2013, a taxa de natalidade era de 1,77 filho por mulher. Esse número é menor do que o mínimo necessário para repor a população: dois filhos por mulher. A tendência é que a taxa de natalidade caia ainda mais. Segundo as projeções do IBGE, a população brasileira começará a se reduzir a partir de 2042. A redução populacional enfraquece a economia de um país: significa menos pessoas com idade para trabalhar e pagar impostos. A redução da força de trabalho pode resultar na queda da produção econômica, levando a uma queda no PIB. Redução populacional significa menos pessoas trabalhando e produzindo, mas o mesmo número de pessoas recebendo previdência social. Em 2014, com uma população de aproximadamente 203 milhões, o Brasil é o quinto país mais populoso do mundo, antecedido por China, Índia, Estados Unidos e Indonésia. Ano Milhões de habitantes 1872 9,9 1900 17,3 1930 41,1 1960 70,0 1980 119,0 1991 150,0 2000 169,5 2010 190,8 Região % da população do Brasil Sudeste 42,1% Nordeste 27,8% Sul 14,4% Histórico do Crescimento Populacional Brasileiro O primeiro censo populacional do país foi feito em 1872 e constatou que havia cerca de 10 milhões de brasileiros. Em 2014, a população brasileira havia passado para 202 milhões de pessoas. Houve um aumento de 20 vezes desde o primeiro recenseamento realizado no Brasil, em 1872. Observe a tabela abaixo, que constata o grande crescimento populacional do Brasil: Fonte: IBGE. Tendências demográficas: uma análise preliminar do censo demográfico 2000. Rio de Janeiro, 2001. p. 7. Como se explica o tão elevado crescimento populacional brasileiro? Como explicado acima, o crescimento populacional resulta do crescimento vegetativo da população e de migrações – isto é, a entrada e saída de pessoas de um território. No caso do Brasil, até a década de 1930, o crescimento populacional foi muito influenciado pela imigração. A partir de então, ele passou a depender quase totalmente do crescimento vegetativo. O crescimento populacional relativamente baixo entre 1872 e 1940 deveu-se principalmente à elevada taxa de mortalidade, principalmente infantil, devido às más condições médico-hospitalares e sanitárias, à desnutrição e às doenças infecciosas e epidemias. Entre 1940 e 1980, houve uma redução lenta de natalidade, mas uma queda acentuada da mortalidade, pois a população passou a ter mais acesso à assistência médica e hospitalar, à vacinação, à medicina preventiva, ao saneamento básico, enfim, à tecnologia que ajudou a prolongar a vida do homem. A consequência disto foi que em apenas 40 anos, no período de 1940 a 1980, a população brasileira quase triplicou. Dados do último censo demográfico O último censo demográfico, fornecido pelo IBGE em 2010, demonstra que as taxas de natalidade e de mortalidade no Brasil foram, respectivamente, de 12 em mil e de 6,25 em mil. A queda no índice de fertilidade se deve a vários fatores: aumento do custo de criação de filhos, maior acesso a métodos anticoncepcionais e maior índice de mulheres que passaram a trabalhar fora de casa. As regiões do Brasil com os maiores índices de fecundidade são: Norte e Nordeste. Entre 2000 e 2010, o crescimento populacional não ocorreu de maneira uniforme entre as regiões e os estados. As maiores taxas médias geométricas de crescimento anual ocorreram nas regiões Norte e Centro-Oeste, onde a componente migratória e a maior fecundidade contribuíram para o crescimento diferencial. As regiões mais populosas foram a Sudeste (com 42,1% da população brasileira), Nordeste (27,8%) e Sul (14,4%). Norte (8,3%) e Centro-Oeste (7,4%) continuam aumentando a representatividade no crescimento populacional. Já as demais regiões mantêm a tendência histórica de declínio em sua participação nacional. As regiões mais populosas do Brasil, em 2010, eram: Região % da população do Brasil Norte 8,3% Centro-Oeste 7,4% Os estados mais populosos do Brasil – São Paulo, Minas Gerais, Rio de Janeiro, Bahia, Rio Grande do Sul e Paraná – concentram, em conjunto, 58,7% da população total do País. A Pirâmide de Idades A pirâmide de idades é um gráfico que revela dados sobre o número de habitantes de uma cidade, estado, região ou país, distribuídos por faixa etária e gênero. Ao estudar a pirâmide de idades, é possível fazer constatações sobre a taxa de natalidade e a expectativa de uma população. Quanto maior a base da pirâmide, maior é a taxa de natalidade e a participação dos jovens no conjunto da população. Por outro lado, quanto mais estreito o topo da pirâmide, menos a expectativa de vida e a participação de idosos no conjunto da população. A queda da taxa de fecundidade e de mortalidade no Brasil nas últimas cinco décadas mudou a estrutura etária da população. Houve uma diminuição do percentual de jovens devido à redução das taxas de natalidade, e o aumento do percentual de adultos e idosos, devido ao aumento da expectativa de vida e à redução da mortalidade. O Brasil pode ser considerado um país em transição demográfica, pois está passando de país jovem para maduro. A representatividade dos grupos etários no total da população em 2010 é menor que a observada em 2000 para todas as faixas com idade até 25 anos, ao passo que os demais grupos etários aumentaram suas participações na última década. Fonte: U.S. Census Bureau Fonte: U.S. Census Bureau Entre 1950 e 2010, o percentual de jovens no Brasil (de 0 a 14 anos) diminuiu de 42% para 25,58%. No mesmo período, o de idosos (acima de 60 anos) mais do que dobrou, passando de 4% para 9,98%. Simultaneamente, a expectativa média de vida do brasileiro passou de 46 para 73,5 anos. Ocorreu, portanto, um envelhecimento da população brasileira. Aumentou a idade mediana – a linha divisória entre os 50% mais velhos e os 50% mais novos da população. Este aumento da parcela de adultos e idosos ocorreu em todas as regiões do Brasil. A região Norte, apesar do contínuo envelhecimento observado nas duas últimas décadas, ainda apresenta características de uma população jovem, devido aos altos níveis de fecundidade no passado. Sudeste e Sul apresentam evolução semelhante da estrutura etária, mantendo-se como as duas regiões mais envelhecidas do País. As duas tinham em 2010 8,1% da população formada por idosos com 65 anos. A região Centro-Oeste apresenta uma estrutura etária e uma evolução semelhantes às do conjunto da população do Brasil. O percentual de crianças menores de 5 anos em 2010 chegou a 7,6%, valor que era de 11,5% em 1991. A população de idosos teve um crescimento, passando de 3,3% em 1991, para 5,8% em 2010. Proporção da população brasileira em dois grupos de idades - 2000 Segundo o Censo de 2010, a família brasileira diminuiu: na década de 1980, era constituída, em média, por 4,5 pessoas. Em 2010, este número havia caído para 3,37. Outro dado interessante sobre a estrutura da população brasileira é quehá mais mulheres que homens no país. Até a década de 1930, devido à imigração predominantemente masculina, havia mais homens que mulheres no Brasil. Esta relação entre o número de homens e mulheres em uma população é chamado de razão de sexo. Desde 1940, a população feminina ultrapassou a masculina, mas apenas com uma pequena diferença. Segundo o Censo Demográfico 2010, há no Brasil uma relação de 96,0 homens para cada 100 mulheres, como resultado de um excedente de 3.941.819 mulheres em relação ao número total de homens. A região Norte é a única que apresenta o número de homens superior ao de mulheres (relação de 101,8 para cada 100). POPULAÇÃO BRASILEIRA
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