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CONTEÚDO PROGRAMÁTICO
AlfaCon Concursos Públicos
Lei do Direito Autoral nº 9.610, de 19 de Fevereiro de 1998: Proíbe a reprodução total ou parcial desse material ou divulgação com 
fins comerciais ou não, em qualquer meio de comunicação, inclusive na Internet, sem autorização do AlfaCon Concursos Públicos.
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ÍNDICE
Estelionato (Art. 171, CP) ...................................................................................................................................2
Conceito ..............................................................................................................................................................................2
Objeto Jurídico ...................................................................................................................................................................2
Elementos do Tipo (Objetivo) ..........................................................................................................................................2
Núcleo / Verbo ...............................................................................................................................................................2
Sujeitos ............................................................................................................................................................................3
Elemento Subjetivo .......................................................................................................................................................3
Consumação e Tentativa ..............................................................................................................................................4
Formas ............................................................................................................................................................................4
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Lei do Direito Autoral nº 9.610, de 19 de Fevereiro de 1998: Proíbe a reprodução total ou parcial desse material ou divulgação com 
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Estelionato (Art. 171, CP)
Estelionato
Art. 171 – Obter, para si ou para outrem, vantagem ilícita, em prejuízo alheio, induzindo ou mantendo 
alguém em erro, mediante artifício, ardil, ou qualquer outro meio fraudulento:
Pena – reclusão, de um a cinco anos, e multa, de quinhentos mil réis a dez contos de réis.
§ 1º – Se o criminoso é primário, e é de pequeno valor o prejuízo, o juiz pode aplicar a pena conforme o 
disposto no art. 155, § 2º.
§ 2º – Nas mesmas penas incorre quem:
Disposição de coisa alheia como própria
I – vende, permuta, dá em pagamento, em locação ou em garantia coisa alheia como própria;
Alienação ou oneração fraudulenta de coisa própria
II – vende, permuta, dá em pagamento ou em garantia coisa própria inalienável, gravada de ônus ou 
litigiosa, ou imóvel que prometeu vender a terceiro, mediante pagamento em prestações, silenciando 
sobre qualquer dessas circunstâncias;
Defraudação de penhor
III – defrauda, mediante alienação não consentida pelo credor ou por outro modo, a garantia pignoratí-
cia, quando tem a posse do objeto empenhado;
Fraude na entrega de coisa
IV – defrauda substância, qualidade ou quantidade de coisa que deve entregar a alguém;
Fraude para recebimento de indenização ou valor de seguro
V – destrói, total ou parcialmente, ou oculta coisa própria, ou lesa o próprio corpo ou a saúde, ou agrava 
as consequências da lesão ou doença, com o intuito de haver indenização ou valor de seguro;
Fraude no pagamento por meio de cheque
VI – emite cheque, sem suficiente provisão de fundos em poder do sacado, ou lhe frustra o pagamento.
§ 3º – A pena aumenta-se de um terço, se o crime é cometido em detrimento de entidade de direito público 
ou de instituto de economia popular, assistência social ou beneficência.
Estelionato contra idoso
§ 4º Aplica-se a pena em dobro se o crime for cometido contra idoso.
Conceito
Estelionato é a existência de uma fraude, pela qual o agente, valendo-se de artimanhas, ludibria o 
ofendido a entregar-lhe uma coisa, obtendo assim vantagem ilícita.
Objeto Jurídico
Também conhecido por bem jurídico ou bem tutelado.
A lei visa à tutela do patrimônio alheio.
Elementos do Tipo (Objetivo)
Núcleo / Verbo
A ação nuclear, ou verbo do tipo, consubstancia-se em: Obter, para si ou para outrem, vantagem 
ilícita, em prejuízo alheio, induzindo ou mantendo alguém em erro, mediante artifício, ardil, ou 
qualquer outro meio fraudulento.
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Verifica-se que NÃO HÁ, no tipo penal em questão, as figuras de violência ou grave ameaça.
 → ELEMENTOS:
a) Fraude do Agente:
 ˃ Artifício: aparato material (ex.: disfarce).
 ˃ Ardil: elemento intelectual (ex.: conversa enganosa).
 ˃ Qualquer outro meio fraudulento.
 → Obs.: a fraude deve ser aplicada ANTES / DURANTE a obtenção da vantagem para que seja 
IDÔNEA à criação do erro.
b) Erro da Vítima:
 ˃ Induzir: criar a ideia de erro.
 ˃ Manter em erro: já existe, por uma falsa percepção da realidade.
c) Vantagem Ilícita:
 ˃ Entregue de maneira espontânea pela vítima, razão pela qual não se pode falar em subtração 
(conduta típica dos crimes de furto [Art. 155] e roubo [Art. 157]).
 ˃ Sendo vantagem LÍCITA – pode se estar diante do tipo do Art. 345 do CP (exercício arbitrário 
das próprias razões).
 ˃ Outra informação que vale destaque: o dolo do agente é, de início, o de se locupletar à custa 
alheia, o que não se percebe no delito de apropriação indébita (Art. 168, CP), em que o dolo de 
obtenção de vantagem ilícita surge após a posse.
d) Prejuízo Alheio
 ˃ Além da vantagem, deve ocorrer o prejuízo alheio (vítima).
Trata-se de CRIME DE AÇÃO LIVRE.
Sujeitos
a) Ativo: trata-se de crime comum, qualquer pessoa pode cometê-lo, sem nenhuma condição 
especial sendo exigida pela lei.
Pode tanto ser o que aufere vantagem ilícita quanto o que emprega a fraude.
b) Passivo: qualquer pessoa que sofrer o prejuízo ou que for enganada.
 → Obs.:
 ˃ Pessoa Determinada: caso a conduta vise a vítimas indeterminadas, pode-se estar diante de 
crime contra a economia popular (Lei 1.521/51) – correntes, pirâmides, “empresas milagrosas” 
(tô brincando...tô não!), adulteração de combustíveis, balança.
 ˃ Capacidade da vítima: o iludido deverá ter capacidade de discernimento, caso contrário, podere-
mos estar diante do crime de abuso de incapazes (Art. 173, CP) ou ainda de furto (Art. 155, CP).
 ˃ Pessoa Idosa: haverá aumento de pena pelo dobro, caso a vítima seja pessoa idosa (Art. 171, § 
4º, CP).
Elemento Subjetivo
Além do DOLO (vontade livre e consciente do agente em obter vantagem ilícita em prejuízo 
alheio), exige-se o elemento subjetivo do tipo (dolo específico), vale dizer, o sujeito ativo deve visar 
que a vantagem seja PARA SI ou PARA OUTREM.
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Consumação e Tentativa
Consuma-se no momento em que o agente obtém a vantagem ilícita em prejuízo alheio. Portanto, 
exige-se um duplo resultado.
Diante do exposto, tem-se sobre a TENTATIVA:
Formas
a) SIMPLES (Art. 171, caput)
Já analisado acima em todas as suas nuanças, como se falássemos em uma modalidade “simples” 
do tipo de estelionato. Sempre a modalidadeque vem especificada primeiramente, no início do tipo, 
trata-se da primeira figura ou conduta com a qual nos deparamos.
É importante sempre lembrar que o elemento normativo da fraude deve vir ANTES ou 
DURANTE a execução criminosa.
No que tange à configuração típica, deve-se observar o que já foi demonstrado até aqui.
 → CONSIDERAÇÕES:
a) Cola Eletrônica: conduta atípica diante do tipo penal de estelionato (Art. 171, CP) – diante do 
julgamento pelo Plenário do STF no IP 1145 (HC 88.967, de 06/02/07).
No entanto, tal conduta foi tipificada pelo legislador no Art. 331-A do CP, bem como outras 
fraudes em certames de interesse público (ainda que haja parcela da doutrina entendendo que o 
referido crime NÃO abrange a “cola eletrônica”, tendo em vista que “gabarito particular” não é en-
tendido como caráter sigiloso.)
b) “Dia do Pindura”: 1ª posição – fato atípico, sendo mera dívida de valor (ilícito civil), desde 
que disponha o agente dos meios para efetuar o pagamento e não o faça. Caso não possua os 
recursos necessários, tipifica-se o Art. 176 do CP.
2ª posição – tipifica o estelionato (Art. 171), caso disponha dos meios para pagar e não o faça. Caso 
não possua os recursos, o mesmo tipo penal do Art. 176 resta configurado.
c) Papel-moeda grosseiramente falsificado: configura estelionato de competência da Justiça 
Estadual (SÚMULA 73 do STJ).
d) Torpeza Bilateral: NÃO afasta a tipicidade do crime de estelionato casos em que a própria 
vítima também atua com má-fé, visando obter vantagem sobre o agente. Deve-se observar que o 
tipo penal do Art. 171 não exige boa-fé da vítima como elementar.
b) PRIVILEGIADO (Art. 171, § 1º)
Trata-se de uma causa especial de diminuição de pena.
Constam os requisitos:
Verificados os dois requisitos: primariedade e pequeno valor, o Juiz poderá (em verdade 
“DEVERÁ” – pois se trata de direito subjetivo):
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 → E atenção:
c) EQUIPARADO (Art. 171, § 2º)
O § 2º do Art. 171 do CP traz seis hipóteses de condutas punidas com a mesma pena da modali-
dade simples. Vejamos:
 → Inciso I – Disposição de coisa alheia como própria: vende, permuta, dá em pagamento, em 
locação ou em garantia coisa alheia como própria.
 ˃ Considerações:
 » Figuram como sujeitos passivos o adquirente de boa-fé e o verdadeiro proprietário.
 » O agente deve ter ciência que a coisa é alheia – que pode ser móvel ou imóvel.
 » Consuma-se com o recebimento do preço, sendo dispensável a tradição da coisa móvel ou trans-
crição do imóvel. Exige-se, portanto que o agente receba a vantagem ilícita em prejuízo alheio.
 → Inciso II – Alienação ou oneração fraudulenta de coisa própria: vende, permuta, dá em pa-
gamento ou em garantia coisa própria inalienável, gravada de ônus ou litigiosa, ou imóvel que 
prometeu vender a terceiro, mediante pagamento em prestações, silenciando sobre qualquer dessas 
circunstâncias.
 → Inciso III – Defraudação de penhor: defrauda, mediante alienação não consentida pelo credor ou 
por outro modo, a garantia pignoratícia, quando tem a posse do objeto empenhado.
 → Inciso IV – Fraude na entrega de coisa: defrauda substância, qualidade ou quantidade de coisa 
que deve entregar a alguém.
 → Inciso V – Fraude para recebimento de indenização ou valor de seguro: destrói, total ou par-
cialmente, ou oculta coisa própria, ou lesa o próprio corpo ou a saúde, ou agrava as consequências 
da lesão ou doença, com o intuito de haver indenização ou valor de seguro.
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 ˃ Considerações:
 » Sujeito ativo: segurado. Caso haja terceiro, sabedor da fraude, este também responde em 
concurso.
 » Sujeito Passivo: segurador.
 » Consuma-se apenas com a conduta, independentemente do recebimento da indenização ou 
do seguro. É CRIME FORMAL, portanto.
 » Trata-se de EXCEÇÃO ao princípio da ofensividade ou alteridade, já que o Direito Penal 
não pune condutas que não excedam o próprio âmbito de bens jurídicos do autor.
 → Inciso VI – Fraude no pagamento por meio de cheque: emite cheque, sem suficiente provisão de 
fundos em poder do sacado, ou lhe frustra o pagamento.
 ˃ Considerações:
 » Pagamento com cheque roubado – estelionato simples.
 » Emissão de cheque de conta cancelada – estelionato simples.
 » Cheque sem fundos com nome ou assinatura falsa – estelionato simples.
 » Cheque de conta aberta com dados falsos – estelionato simples.
 » Cheque sem fundos para dívida passada – fato atípico, uma vez que o prejuízo é anterior à 
sua emissão e, portanto, não gera o cheque nenhuma vantagem ao agente.
 » Cheque pós-datado ou pré-datado:
•	 1ª posição: fato atípico, uma vez que não se trata de ordem de pagamento, mas apenas uma 
garantia da dívida (STJ, HC 121628, de 09/03/10).
•	 2ª posição: não configura a conduta prevista do Art. 171, § 2º do CP, mas, a depender da 
intenção do agente, pode tipificar o Art. 171, caput, CP.
 ˃ Súmula 554/STF: o pagamento de cheque emitido sem provisão de fundos, após o recebimento 
da denúncia, não obsta o prosseguimento da ação penal.
Apenas incide a referida súmula na figura do Art., 171, §2º, VI do CP, não se aplicando ao estelio-
nato simples (Art. 171, caput, CP).
 ˃ Súmula 521 STF: competência (Art. 171, § 2º, VI, CP) – local da recusa do pagamento. No 
mesmo sentido Súmula 244 do STJ.
No entanto, em se tratando de uso de cheque na prática do estelionato simples (Art. 171, caput), a 
competência é do local da obtenção da vantagem pelo agente – Súmula 48 do STJ.
d) MAJORADO (Art. 171, §§ 3º e 4º)
Os parágrafos 3º e 4º do Art. 171 trazem duas hipóteses de majoração (aumento) da pena. 
Vejamos:
 ˃ A pena aumenta-se de um terço se o crime é cometido em detrimento de entidade de direito 
público ou de instituto de economia popular, assistência social ou beneficência (§ 3º)
 ˃ Aplica-se a pena em dobro se o crime for cometido contra idoso (§ 4º).
e) DISTINÇÕES
 ˃ Estelionato (Art. 171) e furto mediante fraude (Art. 155, § 3º): no estelionato, a fraude é usada 
para que a vítima faça a entrega espontânea da coisa. No furto, a fraude é utilizada com a finali-
dade de diminuir a vigilância da vítima e, com isso, subtrair a coisa.
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 ˃ Estelionato (Art. 171) e extorsão (Art. 158): no estelionato, há entrega espontânea da coisa 
pela vítima após ser enganada. Na extorsão, há constrangimento mediante violência ou grave 
ameaça para que faça, deixe de fazer ou permita que se faça algo.
 ˃ Estelionato (Art. 171) e apropriação indébita (Art. 168): no estelionato, o agente possui o dolo desde 
o início (ab initio). Na apropriação indébita, o agente já possui ou detém a coisa de maneira LÍCITA.
 ˃ Falso (crime anterior) e estelionato (crime posterior) – POSIÇÕES:
1ª) Crime-meio (falso) é absorvido pelo crime-fim (estelionato), se o falso foi meio necessário para 
se obter o estelionato (Princípio da CONSUNÇÃO). E caso haja potencialidade lesiva do falso, 
mesmo após o estelionato, estaremos diante de concurso de crimes. Vejamos a Súmula 17 do STJ: 
quando o falso se exaure no estelionato, sem mais potencialidade lesiva, é poreste absorvido.
2ª) O estelionato será um fato posterior impunível.
3ª) Concurso Material (Art. 69 do CP): não se aplica princípio da consunção por se tratar de 
bens jurídicos distintos – Fé Pública (falso) e Patrimônio (estelionato).
4ª) Concurso Formal (HC 73846 – STF).
Exercícios
01. No que se refere aos crimes contra o patrimônio, contra a dignidade sexual e contra a fé e a 
administração públicas, julgue o item que se segue.
Praticará o crime de estelionato aquele que obtiver para si vantagem ilícita, em prejuízo de 
incapaz, mantendo-o em erro, mediante fraude.
Certo ( ) Errado ( )
02. Paulo emitiu cheque pré-datado como garantia de dívida contraída com Renato. Renato des-
cobriu, ao tentar descontar o cheque, antes de exigível a dívida, que o emitente não possuía 
fundos para honrá-lo. Nessa situação, Paulo praticou delito de estelionato na modalidade es-
pecífica conhecida como fraude no pagamento por meio de cheque.
Certo ( ) Errado ( )
03. Gustavo, funcionário público estadual, com o objetivo de obter vantagem patrimonial ilícita 
para si, utilizou papel-moeda grosseiramente falsificado para efetuar pagamento de compras 
de alto valor em um supermercado.
Em face dessa situação hipotética, a figura típica do delito praticado por Gustavo seria estelionato.
Certo ( ) Errado ( )
04. No que se refere aos crimes contra o patrimônio, contra a dignidade sexual e contra a fé e a 
administração públicas, julgue o item que se segue.
Praticará o crime de estelionato aquele que obtiver para si vantagem ilícita, em prejuízo de 
incapaz, mantendo-o em erro, mediante fraude.
Certo ( ) Errado ( )
Gabarito
01 - Certo
02 - Errado
03 - Certo
04 - Errado
Referências Bibliográficas
CAPEZ, Fernando, Direito Penal. São Paulo: Saraiva, 2012.
NUCCI, Guilherme de Souza. Direito Penal, Esquemas e Sistemas. São Paulo: Forense, 2017.
SALIM, Alexandre e AZEVEDO, Marcelo André de. Direito Penal, Sinopses para Concursos. Salvador: 
JusPodivm, 2017.

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