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CPI CPMI

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Faculdade de Integração do Sertão
4° período – Direito Constitucional II – Tarde 
Mariana Diniz Bezerra
CPI e CPMI
CPI é a sigla para Comissão Parlamentar de Inquérito, nome dado aoprocesso de investigação comandado pelo Poder Legislativo com o objetivo de averiguar determinadas denúncias de irregularidades no setor público.
Uma das principais funções do Poder Legislativo é justamente fiscalizar o trabalho desempenhado pelo Poder Executivo e, caso haja a suspeita de infrações, as CPI’s são necessárias para investigar estes casos.										A CPI tem apenas o poder investigatório, ou seja, não pode punir ou entrar com uma ação criminal contra os acusados. No entanto, após as investigações levantadas pela Comissão, um relatório final e conclusivo pode ser apresentado ao Ministério Público para que este tome as devidas medidas de punição contra os arguidos, se for o caso.					De acordo com o texto presente no parágrafo 3º do artigo 58 da Constituição Federal de 1988, “as comissões parlamentares de inquérito, que terão poderes de investigação próprios das autoridades judiciais, além de outros previstos nos regimentos das respectivas Casas, serão criadas pela Câmara dos Deputados e pelo Senado Federal, em conjunto ou separadamente, mediante requerimento de um terço de seus membros, para a apuração de fato determinado e por prazo certo, sendo suas conclusões, se for o caso, encaminhadas ao Ministério Público, para que promova a responsabilidade civil ou criminal dos infratores”.					Ou seja, para que seja instaurada uma CPI é necessária a aprovação de no mínimo um terço dos parlamentares, seja da Câmara dos Deputados ou do Senado Federal.			As CPI’s também já nascem com um prazo para acabar (normalmente as investigações e debates duram 120 dias), no entanto este período pode ser prorrogado, caso seja necessário.		O Brasil já presenciou vários escândalos públicos que foram investigados por CPI’s, como a CPI do BNDES, CPMI do Mensalão e a CPI da Petrobrás (apuração de desvio de recursos da estatal por membros do partido PT, PP e PMDB).
Poderes da CPI
Vale lembrar que a CPI tem o mesmo poder de investigação de uma autoridade judicial, podendo executar algumas ações como: quebra de sigilo bancário, fiscal e de dados, ouvir testemunhas, investigados e indiciados, prender em flagrante, entre outros. Porém, existem algumas limitações que escapam do poder concedido às CPI’s, como por exemplo: decretar prisão preventiva, decretar busca e apreensão domiciliar, determinar o afastamento do acusado de seu cargo durante as investigações, entre outras.							CPMI é a sigla de Comissão Parlamentar Mista de Inquérito, um grupo formado por representantes do Senado Federal e Câmara dos Deputados com o objetivo de investigar supostas irregularidades no setor público.								As Comissões de Inquérito estão previstas no parágrafo 3, artigo 58, da Constituição Federal Brasileira, garantindo que estas “terão poderes de investigação próprios das autoridades judiciais, além de outros previstos nos regimentos das respectivas Casas, serãocriadas pela Câmara dos Deputados e pelo Senado Federal, em conjunto ou separadamente, mediante requerimento de um terço de seus membros, para a apuração de fato determinado e por prazo certo, sendo suas conclusões, se for o caso, encaminhadas ao Ministério Público, para que promova a responsabilidade civil ou criminal dos infratores”.					Como descreve a lei, as comissões de inquérito adquirem o caráter de mistas quando apresentam um terço dos membros tanto da Câmara dos Deputados, como do Senado Federal, no processo de investigação parlamentar de determinado caso.
CPMI da Petrobrás
A CPMI da Petrobrás foi criada para investigar supostas irregularidades envolvendo a estatal petrolífera brasileira, que teriam ocorrido entre os anos de 2005 e 2014. O escândalo envolveu desde acusações de pagamentos de propinas para funcionários da Petrobrás, até o superfaturamento na construção de refinarias. As investigações foram concluídas em dezembro de 2014.
CPMI dos Correios
Esta CPMI teve início em 2005, após a divulgação de um vídeo onde o ex-funcionário dos Correios, Maurício Marinho, aparece recebendo propina de supostos empresários.			A partir das investigações da CPMI dos Correios descobriu-se o famoso esquema do Mensalão, que foi divulgado inicialmente pelo deputado federal Roberto Jefferson (PTB-RJ), que também fazia parte deste esquema. O relatório final desta CPMI foi aprovado em 5 de abril de 2006.												A principal diferença entre a CPMI e a CPI está no modo como essas comissões de inquérito são formadas. A Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) é constituída no âmbito do Congresso Nacional, com a participação tanto de membros da Câmara dos Deputados, como do Senado Federal. Já as Comissões Parlamentares de Inquérito (CPI) são formadas no âmbito de apenas uma das Casas legislativas, ou seja, na Câmara dos Deputados ou no Senado Federal.
CPI ou CPMI: Que casos suscitam uma Comissão Parlamentar Mista?
Da Redação, Em São Paulo
07/07/200518h19
 
O noticiário nacional trouxe ao conhecimento dos cidadãos brasileiros nas últimas semanas uma terminologia própria dos meios políticos - CPMI (Comissão Parlamentar Mista de Inquérito). Formada por deputados e senadores, essa comissão tem a mesma competência da que é formada apenas por um dos grupos e que é conhecida como CPI. Então, por que algumas investigações suscitam uma comissão simples e outras, uma mista?
 	O artigo 58 da Constituição Federal prevê a criação de comissões de inquérito pelo Senado e pela Câmara, junto ou separadamente. Confere a essas comissões poderes próprios do Judiciário, como a quebra de sigilos bancários, fiscais e telefônicos dos investigados. O que move o Congresso a criar uma comissão mista são a importância do fato, sua repercussão e implicações.
"Normalmente, somente em casos de grande comoção nacional é que se propõe a criação de uma comissão mista", disse o presidente da Comissão de Direito Político Eleitoral da Ordem dos Advogados do Brasil de São Paulo, Everson Tobaruela.
 	Ele explica que, embora tenha a mesma competência de uma CPI, a CPMI reduz a possibilidade de confrontos entre as casas e por isso tem força maior do que a comissão simples. "Ao atuar numa CPI, um deputado fica mais suscetível a pressões de senadores de seu partido e do governo federal. Na CPMI, eles agem em conjunto e têm mais força política."
 	Para Tobaruela, um fato de alcance limitado à Câmara ou ao Senado dificilmente mobilizaria o Congresso a votar pela criação de uma comissão mista. "Até porque, a formação de uma CPMI necessita do voto de pelo menos um terço do Congresso e isso é muito mais difícil do que obter a aprovação de um terço dos membros de uma das casas."
Competências
 	A CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) é o instrumento constitucional utilizado por deputados federais e senadores para apurar fato relevante à vida pública e à ordem legal, econômica e social do país.
A CPI tem poderes de investigação semelhantes aos das autoridades judiciais, mas seu prazo de funcionamento é determinado. O processo de investigação é sumário (inicialmente por 90 dias) e deve apontar a procedência ou não de uma suspeita de transgressão disciplinar ou de um crime. O pedido de instauração de uma CPI no Congresso pode ser feito por qualquer senador ou deputado federal, desde que recolha, no mínimo, um terço de assinaturas no Senado ou na Câmara. No Senado, composto por 81 senadores, são necessárias 27 assinaturas.
 	No caso das comissões mistas, além das 27 assinaturas dos senadores, também é necessário o apoio de 171 deputados, exatamente um terço dos componentes da Casa. Recolhidas as assinaturas mínimas necessárias, o pedido de abertura é apresentado à mesa diretora, que o lê em plenário. Isto, no entanto, não é o bastante para ela funcionar. Ainda é preciso que os partidos que têm representatividade na Casa indiquem os membros para a comissão e, ai sim, é feita a sua instalação efetiva. Ostrabalhos devem durar 90 dias. Tanto as diligências, audiências externas, quebras de sigilo e convocações de depoimentos devem ser aprovadas pelo plenário da CPI. Depois de concluir as investgações, a Comissão Parlamentar de Inquérito deve encaminhar suas conclusões, se for o caso, ao Ministério Público, para que este promova a responsabilidade civil ou criminal dos acusados. Caso o resultado das investigações seja insuficiente para chegar a uma conclusão, a CPI pode ser prorrogada mediante requerimento de um terço dos membros do Senado (ou de um terço dos componentes do Congresso, no caso da CPMI). O cronograma de trabalho de uma Comissão Parlamentar de Inquérito é determinado por seus membros, que vão definir as investigações e as tomadas de depoimento. O relatório final é de responsabilidade exclusiva do relator, que deve ser escolhido por votação.

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