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Direito Processual Civil- aula 3

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1 
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INTENSIVO I 
Fernando Gajardoni 
Direito Processual Civil 
Aula 3 
 
 
ROTEIRO DE AULA 
 
 
Tema: Jurisdição e competência II 
 
4. Competência interna 
 
4.1.2. Material (continuação) 
c) Justiça Federal (art. 109, CF) 
Toda a disciplina normativa da competência da Justiça Federal está no art. 109, CF, e, diferentemente das justiças 
especializadas (Eleitoral e Trabalhista), a competência da Justiça Federal não se dá apenas com base na causa de pedir, 
mas também é motivada pela parte que atua no processo. 
 
c.1) (Causa de pedir): III, V-A e XI (direitos coletivos) 
O art. 109, III, CF, estabelece que: 
 “Art. 109 - Aos juízes federais compete processar e julgar: 
(...) 
III - as causas fundadas em tratado ou contrato da União com Estado estrangeiro ou organismo internacional.” 
 
Neste caso, o que importa para definir a competência da Justiça Federal é que o fundamento da causa seja tratado ou 
contrato da União com Estado estrangeiro ou organismo internacional. 
O professor ressalta que foi este dispositivo o responsável por levar para a Justiça Federal o caso do menino Sean, em que 
houve a ação de guarda da criança, disputada entre o pai americano e a família brasileira. Ocorre que, como há convenção 
internacional que versa sobre aspectos cíveis relativos ao assunto, a ação foi encaminhada para a Justiça Federal. 
 
O inciso V-A do art. 109, CF, dispõe que cabe à Justiça Federal processar e julgar “as causas relativas a direitos humanos 
a que se refere o § 5º deste artigo.” 
 
 
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“Art. 109 (...) 
(...) 
§ 5º Nas hipóteses de grave violação de direitos humanos, o Procurador-Geral da República, com a finalidade de assegurar 
o cumprimento de obrigações decorrentes de tratados internacionais de direitos humanos dos quais o Brasil seja parte, 
poderá suscitar, perante o Superior Tribunal de Justiça, em qualquer fase do inquérito ou processo, incidente de 
deslocamento de competência para a Justiça Federal. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004)” 
 
O inciso V-A do referido artigo versa sobre o incidente de deslocamento de competência. Para que a ação seja deslocada 
da Justiça Estadual para a Justiça Federal, é necessário que os órgãos da justiça estadual não tenham capacidade ou 
imparcialidade para investigar e punir o conflito. 
 
O professor ressalta que o primeiro pedido de deslocamento de competência ocorreu no caso da missionária Dorothy 
Stang. Entretanto, não ocorreu o deslocamento, pois se verificou que não havia parcialidade ou incompetência da Justiça 
Estadual. 
 
O art. 109, XI, CF, dispõe que cabe à Justiça Federal processar e julgar as causas que envolvam “a disputa sobre direitos 
indígenas.” 
Este inciso fala de direito coletivo do direito indígena, não se referindo ao direito individual do índio. 
 
c.2) (Partes): Neste caso, não importa o assunto, pois o elemento determinante é a parte. 
A Justiça Federal julga qualquer processo que tenha como partes a União, autarquias federais, fundações públicas federais 
e empresas públicas federais. 
(Exceções: súmulas 235 1e 5012, STF – Súmula 423, STJ; súmulas 5084, 5565 e 5176, STF). 
 
1 Súmula 235, STF “É competente para a ação de acidente de trabalho a Justiça Cível comum, inclusive em segunda 
instância, ainda que seja parte autarquia seguradora.” 
2 Súmula 501, STF “Compete à Justiça Ordinária Estadual o processo e o julgamento, em ambas as instâncias, das causas 
de acidente do trabalho, ainda que promovidas contra a União, suas autarquias, empresas públicas ou sociedades de 
economia mista.” 
3 Súmula 42, STJ “Compete à Justiça Comum Estadual processar e julgar as causas cíveis em que é parte sociedade de 
economia mista e os crimes praticados em seu detrimento.” 
4 Súmula 235, STF “Compete à Justiça Estadual, em ambas as instâncias, processar e julgar as causas em que for parte o 
Banco do Brasil S.A.” 
5 Súmula 556, STF “É competente a Justiça Comum para julgar as causas em que é parte sociedade de economia mista.” 
6 Súmula 517, STF “As sociedades de economia mista só têm foro na Justiça Federal, quando a União intervém como 
assistente ou opoente.”. 
 
 
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Em relação à competência da Justiça Federal, existem algumas exceções: 
 
1º) Causas que são julgadas pela justiça estadual: 
• Causas da Justiça Eleitoral; 
• Causas da Justiça do Trabalho; 
• Causas de falência e recuperação judicial (por opção legislativa, essas causas são julgadas na Justiça Estadual); 
• Ações acidentárias típicas (são as ações acidentárias em face do INSS e ficam na Justiça Estadual); 
• Ações relativas à sociedade de economia mista federal. 
 
2º) OAB (Tema 258) – RE 595332 (execução fiscal) 
A OAB é uma instituição sui generis e, no Tema 258, no julgamento com Repercussão Geral do RE 595332, o STF entendeu 
que, em matéria de execução fiscal, quando a OAB atua como órgão de classe (ou seja, atua como autarquia federal), a 
competência para a causa é da Justiça Federal. 
Ocorre que o STF, no julgamento da ADI 3.026/DF, entendeu que a OAB, para outros fins, não é autarquia federal. Assim, 
a natureza jurídica da OAB ainda é uma incógnita e o STF deve voltar a analisar esse assunto posteriormente. 
 
3º) Inciso II, art. 109, CF (Estado Estrangeiro ou organismo internacional x município ou pessoa domiciliada no Brasil) (ROC 
STJ) 
Este dispositivo indica que compete à Justiça Federal processar e julgar “as causas entre Estado estrangeiro ou organismo 
internacional e Município ou pessoa domiciliada ou residente no País.” 
Nestes casos, o recurso cabível contra a decisão do juiz de 1º grau é o ROC (Recurso Ordinário Constitucional) para o STJ. 
 
4º) Art. 109, VIII (regras próprias de mandado de segurança – ensino/concessão de serviço público federal) 
Compete à Justiça Federal processar e julgar “os mandados de segurança e os habeas data contra ato de autoridade 
federal, excetuados os casos de competência dos tribunais federais.” Se a autoridade é federal, automaticamente a 
competência para julgar o processo também é federal. 
É necessário ficar atento porque existem regras próprias no caso mandado de segurança em matéria de ensino público 
federal e concessão de serviço público federal (Essa matéria será trabalhada posteriormente). 
 
d) Justiça Estadual (residual) 
O que não for da Justiça Eleitoral, Trabalhista e Federal, será da Justiça Estadual. 
 
 
 
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d.1) Súmulas 1507 e 2248 do STJ (art. 45, §3º,CPC) 
Essas súmulas foram incorporadas ao art. 45, §3º, CPC. 
O art. 45, §3º, CPC, preceitua: 
 
“Art. 45. Tramitando o processo perante outro juízo, os autos serão remetidos ao juízo federal competente se nele 
intervier a União, suas empresas públicas, entidades autárquicas e fundações, ou conselho de fiscalização de atividade 
profissional, na qualidade de parte ou de terceiro interveniente, exceto as ações: 
(...) 
§ 3o O juízo federal restituirá os autos ao juízo estadual sem suscitar conflito se o ente federal cuja presença ensejou a 
remessa for excluído do processo.” 
 
Tanto as súmulas quanto o art. 45,§º, CPC, estabelecem que, se houver intervenção de um dos entes federais perante um 
processo que corre na Justiça Estadual, o juiz estadual não tem competência para dizer se há ou não interesse do órgão 
federal que legitime a intervenção no processo. 
 
d.2) Súmulas 2709 e 36510, STJ 
A Súmula 365, STJ, reforça o que foi dito nas súmulas 150 e 224 do STJ. 
Já a Súmula 270, STJ, é uma exceção ao regramento das súmulas 150 e 224 do STJ. Isso ocorre porque ela éuma hipótese 
clara em que, apesar da intervenção do ente federal, não haverá o deslocamento da competência da justiça estadual para 
a federal. Essa hipótese ocorre quando o ente federal intervém no processo apenas para fazer o protesto pela preferência 
do crédito. 
 
d.3) Art. 45, §1º e §2º, CPC (cumulação de pedidos) 
Pode ocorrer uma ação perante a Justiça Estadual e, nessa ação, uma das partes fazer, inadvertidamente, uma cumulação 
de pedidos que envolva entes do art. 109, CF, e outros entes (julgados pela Justiça Estadual). 
Ex: o MP entra com uma ação contra o Santander, Itaú, Bradesco, Banco do Brasil e Caixa Econômica Federal. 
 
7 Súmula 150, STJ “Compete à Justiça Federal decidir sobre a existência de interesse jurídico que justifique a presença, no 
processo, da União, suas autarquias ou empresas públicas.” 
 
8 Súmula 224, STJ “Excluído do feito o ente federal, cuja presença levara o Juiz Estadual a declinar da competência, deve 
o Juiz Federal restituir os autos e não suscitar conflito.” 
9 Súmula 270, STJ “O protesto pela preferência de crédito, apresentado por ente federal em execução que tramita na 
Justiça Estadual, não desloca a competência para a Justiça Federal.” 
 
10 Súmula 365, STJ “A intervenção da União como sucessora da Rede Ferroviária Federal S/A (RFFSA) desloca a 
competência para a Justiça Federal ainda que a sentença tenha sido proferida por Juízo estadual.” 
 
 
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Nesse caso, o juiz terá que desacumular os pedidos. Isso ocorre porque o juiz é incompetente para julgar o ente federal 
(no exemplo, a Caixa Econômica Federal). 
 
Obs.: Esse mesmo raciocínio pode ser aplicado de modo inverso, ou seja, é necessário desacumular pedidos em ação na 
Justiça Federal que cumula pedidos envolvendo entes que são julgados pela Justiça Estadual. 
 
“Art. 45. Tramitando o processo perante outro juízo, os autos serão remetidos ao juízo federal competente se nele 
intervier a União, suas empresas públicas, entidades autárquicas e fundações, ou conselho de fiscalização de atividade 
profissional, na qualidade de parte ou de terceiro interveniente, exceto as ações: 
I - de recuperação judicial, falência, insolvência civil e acidente de trabalho; 
II - sujeitas à justiça eleitoral e à justiça do trabalho. 
§ 1o Os autos não serão remetidos se houver pedido cuja apreciação seja de competência do juízo perante o qual foi 
proposta a ação. 
§ 2o Na hipótese do § 1o, o juiz, ao não admitir a cumulação de pedidos em razão da incompetência para apreciar qualquer 
deles, não examinará o mérito daquele em que exista interesse da União, de suas entidades autárquicas ou de suas 
empresas públicas.” 
 
d.4) Concessões – Súmula Vinculante 27 
A Súmula Vinculante 27 preceitua que “Compete à Justiça Estadual julgar causas entre consumidor e concessionária de 
serviço público de telefonia, quando a ANATEL não seja litisconsorte passiva necessária, assistente, nem opoente.” 
 
No caso da Súmula Vinculante, se a ação se originar por ato de determinação da ANATEL e a parte quiser controverter 
contra a agência reguladora, a competência é federal. Agora, se a ação for apenas em face da concessionária, a ação é de 
competência estadual. 
 
d.5) Súmula 4211, STJ e 508,12 55613 e 51714 do STF. 
As sociedades de economia mista, ainda que tenham capital da União (Ex. Petrobrás, Banco do Brasil), têm as ações 
julgadas pela Justiça Estadual. 
 
d.6) Complementação da aposentadoria – previdência privada – STF/RE 586.453 
 
11 Súmula 42, STJ “Compete à Justiça Comum Estadual processar e julgar as causas cíveis em que é parte sociedade de 
economia mista e os crimes praticados em seu detrimento.” 
12 Súmula 508, STF “ 
13 Súmula 556, STF “É competente a Justiça Comum para julgar as causas em que é parte sociedade de economia mista.” 
14 Súmula 517, STF “As sociedades de economia mista só têm foro na Justiça Federal, quando a União intervém como 
assistente ou opoente.”. 
 
 
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O STF, no julgamento do RE 586.453, que teve repercussão geral, decidiu que as ações para complementação de 
aposentadoria (previdência privada) são processáveis perante a Justiça Estadual e não perante a Justiça do Trabalho. 
 
4.1.2. 1. Competência material delegada 
Em determinadas circunstâncias, a competência de outras justiças vai para a Justiça Estadual e esta tem que processar e 
julgar causas que, originalmente, não seriam dela. Isso ocorre porque a Justiça Estadual é a maior e a que está mais 
presente em cada canto do Brasil, assim, para facilitar o acesso à justiça, há a delegação de competência. 
Existem dois modelos de competência material delegada: 
 
a) Federal para Estadual (CF/88, art. 109, § 3º): 
Atenção: o juiz estadual que julga matéria delegada da federal atua como juiz federal. Assim sendo, nestes casos, os 
recursos contra as suas decisões vão para o TRF. 
Hipóteses de delegação da competência federal para estadual: 
 
a.1) independe de lei (benefícios previdenciários e assistenciais) 
Neste caso, a delegação de competência da Justiça Federal para a Estadual independe de edição de lei e já consta no 
próprio art. 109, 3º, CF15. 
Para que ocorra tal delegação, é necessário que a comarca não tenha vara federal e que o interessado seja domiciliado 
no local. O dispositivo mencionado se refere, exclusivamente, aos benefícios previdenciários e assistenciais. 
O recurso, nesses casos, entretanto, é remetido ao Tribunal Regional Federal. 
 
a.2) depende de lei (art. 381, §4º, CPC) (revogação do art. 15 da Lei 5.010/66 – Súmula 349, STJ prejudicada) 
(cancelamento da Súmula 183, STJ). 
Pode haver delegação nos mesmos padrões do art. 109, §3º, CF, mas, neste caso, ela depende de lei. 
O principal exemplo é o que consta no art. 381, §4º, CPC, o qual diz que: 
 
“Art. 381. (...) 
(...) 
§ 4o O juízo estadual tem competência para produção antecipada de prova requerida em face da União, de entidade 
autárquica ou de empresa pública federal se, na localidade, não houver vara federal.” 
 
 
15 CF, art. 109, §3º. “§ 3º Serão processadas e julgadas na justiça estadual, no foro do domicílio dos segurados ou 
beneficiários, as causas em que forem parte instituição de previdência social e segurado, sempre que a comarca não seja 
sede de vara do juízo federal, e, se verificada essa condição, a lei poderá permitir que outras causas sejam também 
processadas e julgadas pela justiça estadual.” 
 
 
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Obs.: O art. 15 da Lei nº 5.010/1966 foi revogado, assim, não há mais delegação de competência, para a Justiça Estadual, 
de execução fiscal de tributos federais. Desse modo, a Súmula 349, STJ, está prejudicada. 
Outra observação é que foi cancelada a Súmula 183, STJ, a qual versava sobre a possibilidade de Ações Civis Públicas, que 
tinham a União como parte, serem julgadas na Justiça Estadual. 
 
b) Trabalhista para Estadual (art. 112, CF) (depende de lei): 
O art. 112, CF, preceitua que: 
 
“Art. 112. A lei criará varas da Justiça do Trabalho, podendo, nas comarcas não abrangidas por sua jurisdição, atribuí-la 
aos juízes de direito, com recurso para o respectivo Tribunal Regional do Trabalho. (Redação dada pela Emenda 
Constitucional nº 45, de 2004)” 
 
Do mesmo modo como ocorre na primeira hipótese de delegação federal, um eventual recurso de processo da Justiça do 
Trabalho que é delegado para a Justiça Estadual é encaminhado ao Tribunal Regional do Trabalho. 
Este caso de delegação também depende da edição de lei. 
 
Cuidado!Se houver uma ação em face do INSS, em um local em que há competência material delegada, é necessário 
verificar se a ação é acidentária típica. Se for, a competência é da Justiça Estadual e o recurso não vai para o TRF, mas 
para o TJ. 
 
4.1.3. Valorativo 
Esse critério toma por base o valor da causa para definir a competência. 
Em âmbito nacional, o juizado é o único exemplo em que a competência é atraída pelo critério valorativo. 
 
a) Nacionalmente: 
JEC (Lei nº 9.099/1995) – teto de 40 salários-mínimos; 
JEF (Lei nº 10.259/2001) – teto de 60 salários-mínimos; e 
JEFP (Lei nº 12.153/2009) – teto de 60 salários-mínimos. 
 
No Juizado Especial Cível, processam-se, facultativamente, as causas de até 40 salários-mínimos. 
A competência do Juizado Especial Federal e do Juizado Especial da Fazenda Pública é absoluta e, portanto, obrigatória 
nos casos de valor da causa até 60 salários-mínimos. 
 
b) Leis de organização judiciária dos Estados (Foros regionais SP) 
O professor ressalta que as leis de organização judiciária usam o critério valorativo para definir a competência dentro dos 
respectivos estados. Um exemplo disso ocorre no estado de São Paulo. 
 
 
 
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4.1.4. Territorial (art. 46 a 53, CPC) 
Por meio do critério territorial, define-se o local do ajuizamento da ação. 
Para que se defina o local, há um amplo regramento estabelecido nos arts. 46 a 53 do CPC. 
 
a) Direito pessoal e real sobre bens móveis (art. 46, CPC) 
A regra geral do critério territorial está preceituada no art. 46, CPC. 
O professor ressalta que, apesar de o art. 46 ser o primeiro do CPC a tratar sobre o assunto, ele é residual, ou seja, é 
necessário verificar, primeiramente, se o caso não se enquadra nas hipóteses do art. 47 até o art. 53, CPC. 
 
“Art. 46. A ação fundada em direito pessoal ou em direito real sobre bens móveis será proposta, em regra, no foro de 
domicílio do réu. 
§ 1o Tendo mais de um domicílio, o réu será demandado no foro de qualquer deles. 
§ 2o Sendo incerto ou desconhecido o domicílio do réu, ele poderá ser demandado onde for encontrado ou no foro de 
domicílio do autor. 
§ 3o Quando o réu não tiver domicílio ou residência no Brasil, a ação será proposta no foro de domicílio do autor, e, se 
este também residir fora do Brasil, a ação será proposta em qualquer foro. 
§ 4o Havendo 2 (dois) ou mais réus com diferentes domicílios, serão demandados no foro de qualquer deles, à escolha do 
autor. 
§ 5o A execução fiscal será proposta no foro de domicílio do réu, no de sua residência ou no do lugar onde for encontrado.” 
 
Regra geral: conforme o art. 46, CPC, não havendo regra especial, qualquer ação fundada em direito obrigacional ou real 
será ajuizada no domicílio do réu. 
 
b) Execução fiscal (art. 46, §5º, CPC) (sem escolha) 
Inadvertidamente, o legislador colocou regra de competência de processo de execução na parte geral do CPC. 
Essa regra vale, especialmente, para execução de créditos regidos pela Lei 6.830/1980. 
É necessário ter atenção porque a regra desse dispositivo é de foro sucessivo, ou seja, não dá ao autor a opção de escolher 
entre os possíveis foros. O autor tem que usar, sucessivamente, os três foros citados no art. 46, §5º, CPC. 
 
c) Direito real sobre bens imóveis (art, 47, CPC). 
As ações fundadas em direito real sobre bens imóveis são ajuizadas no local de situação da coisa. 
 
c.1) absoluta/funcional (art. 47, “caput”) 
Apesar de ser regra de competência territorial, ela é absoluta, ou seja, a parte não tem a opção de ajuizar a ação em outro 
lugar e não há prorrogação de competência. É norma cogente. 
 
 
 
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“Art. 47. Para as ações fundadas em direito real sobre imóveis é competente o foro de situação da coisa. 
§ 1o O autor pode optar pelo foro de domicílio do réu ou pelo foro de eleição se o litígio não recair sobre direito de 
propriedade, vizinhança, servidão, divisão e demarcação de terras e de nunciação de obra nova. 
§ 2o A ação possessória imobiliária será proposta no foro de situação da coisa, cujo juízo tem competência absoluta.” 
 
c.2) relativa: art. 47, §1º, CPC. 
Nos casos do §1º, art. 47, a competência é relativa. 
 
c.3) rescisão de contrato cumulada com reintegração de posse (art. 47, §2º, CPC) 
A ação possessória imobiliária será proposta no foro de situação da coisa, cujo juízo tem competência absoluta para julgar 
o caso, ou seja, essas ações caem na regra geral do “caput” do art. 47, CPC (foro de situação da coisa). 
 
Obs.: a rescisão de contrato cumulada com reintegração de posse, até a entrada em vigor do CPC/15, não era considerada 
possessória imobiliária nem ação de direito real imobiliário, pois o fundamento para a retomada da coisa era a rescisão 
do contrato. Assim, a regra de competência, nesses casos, era o foro de domicílio do réu ou foro de eleição (regra do art. 
46, CPC). Com a entrada em vigor do CPC/2015, surgiu o §2º no art. 47 e, segundo o professor, esse assunto, 
provavelmente, será revisto pelo STJ. 
 
d) Ações de direito sucessório (art. 48, CPC) 
A regra gera deste artigo é que o foro do último domicílio do morto é o competente para julgar as ações relativas à 
sucessão. 
 
“Art. 48. O foro de domicílio do autor da herança, no Brasil, é o competente para o inventário, a partilha, a arrecadação, 
o cumprimento de disposições de última vontade, a impugnação ou anulação de partilha extrajudicial e para todas as 
ações em que o espólio for réu, ainda que o óbito tenha ocorrido no estrangeiro. 
Parágrafo único. Se o autor da herança não possuía domicílio certo, é competente: 
I - o foro de situação dos bens imóveis; 
II - havendo bens imóveis em foros diferentes, qualquer destes; 
III - não havendo bens imóveis, o foro do local de qualquer dos bens do espólio.” 
 
e) Contra ausente (art. 49, CPC) 
A regra nos casos de ausente é muito parecida com as relativas à sucessão, sendo competente o foro do último domicílio 
do ausente. 
 
“Art. 49. A ação em que o ausente for réu será proposta no foro de seu último domicílio, também competente para a 
arrecadação, o inventário, a partilha e o cumprimento de disposições testamentárias.” 
 
 
 
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f) Contra incapaz (absoluto ou relativo) (art. 50, CPC) (Súmula 383, STJ16) 
O CPC não faz, nesse dispositivo, diferenciação entre a incapacidade relativa e a absoluta. 
 
“Art. 50. A ação em que o incapaz for réu será proposta no foro de domicílio de seu representante ou assistente.” 
 
g) União - autora e ré (art. 109, §§ 1º e 2º da CF e art. 51, CPC) 
g.1) Ações em que a União é autora: de acordo com o art. 109, § 1º e art. 51, CPC, nas ações em que a União é autora, ela 
vai ingressar com a ação na vara federal do domicílio do réu ou, caso não haja Justiça Federal no local, a ação será 
intentada na vara federal que abranja a área de domicílio do réu. 
 
CF 
“Art. 109 (...) 
(...) 
§ 1º As causas em que a União for autora serão aforadas na seção judiciária onde tiver domicílio a outra parte.” 
 
CPC 
 “Art. 51. É competente o foro de domicílio do réu para as causas em que seja autora a União. 
Parágrafo único. Se a União for a demandada, a ação poderá ser proposta no foro de domicílio do autor, no de ocorrência 
do ato ou fato que originou a demanda, no de situação da coisa ou no Distrito Federal.” 
 
g.2) União como ré 
Neste caso, a competência é concorrente, ou seja, o autor pode ingressar com a ação em face da União no foro de 
domicílio do autor, no foro do local do fato, no foro do imóvel ou no DF. 
Obs.: Alguns autores sustentam que a ação também poderia ser intentada na capital do estado. 
 
CF“Art. 109 (...) 
(...) 
§ 2º As causas intentadas contra a União poderão ser aforadas na seção judiciária em que for domiciliado o autor, naquela 
onde houver ocorrido o ato ou fato que deu origem à demanda ou onde esteja situada a coisa, ou, ainda, no Distrito 
Federal.” 
 
Atenção: De acordo com o entendimento dominante, as regras dos artigos art. 109, §§ 1º e 2º da CF e art. 51, CPC, 
também se aplicam no caso de autarquias federais e fundações públicas de direito público federal. 
 
16 Súmula 383, STJ “A competência para processar e julgar as ações conexas de interesse de menor é, em princípio, do 
foro do domicílio do detentor de sua guarda.” 
 
 
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h) Estado e DF – autor e réu (art. 52, CPC) 
O regramento do artigo 52, CPC, é muito similar ao do art. 51, CPC. Assim, quando o Estado ou o DF forem autores, eles 
ingressarão com a ação no foro de domicílio do réu. Já se o Estado ou o DF forem réus, também há foros concorrentes, 
sendo possível ingressar com a ação no foro de domicílio do autor, no foro do local do fato, no foro de situação da coisa 
ou na capital do ente federado. 
 
“Art. 52. É competente o foro de domicílio do réu para as causas em que seja autor Estado ou o Distrito Federal. 
Parágrafo único. Se Estado ou o Distrito Federal for o demandado, a ação poderá ser proposta no foro de domicílio do 
autor, no de ocorrência do ato ou fato que originou a demanda, no de situação da coisa ou na capital do respectivo ente 
federado.” 
 
Obs.: a regra do art. 52, CPC, também se aplica no caso de autarquias e fundações públicas de direito público estadual e 
distrital. 
 
i) Municípios – autor e réu (sem regra específica) 
O CPC não traz regra específica para ações envolvendo os municípios. Assim, aplica-se a regra geral, independentemente 
de ser o município autor ou réu. 
 
j) Regras especiais (art. 53, CPC) 
A regra do art. 53, CPC, era para ser fundada na hipossuficiência presumida. Ocorre que esse objetivo inicial não foi 
seguido. 
 
“Art. 53. É competente o foro: 
I - para a ação de divórcio, separação, anulação de casamento e reconhecimento ou dissolução de união estável: 
a) de domicílio do guardião de filho incapaz; 
b) do último domicílio do casal, caso não haja filho incapaz; 
c) de domicílio do réu, se nenhuma das partes residir no antigo domicílio do casal; 
II - de domicílio ou residência do alimentando, para a ação em que se pedem alimentos; 
III - do lugar: 
a) onde está a sede, para a ação em que for ré pessoa jurídica; 
b) onde se acha agência ou sucursal, quanto às obrigações que a pessoa jurídica contraiu; 
c) onde exerce suas atividades, para a ação em que for ré sociedade ou associação sem personalidade jurídica; 
d) onde a obrigação deve ser satisfeita, para a ação em que se lhe exigir o cumprimento; 
e) de residência do idoso, para a causa que verse sobre direito previsto no respectivo estatuto; 
f) da sede da serventia notarial ou de registro, para a ação de reparação de dano por ato praticado em razão do ofício; 
IV - do lugar do ato ou fato para a ação: 
 
 
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a) de reparação de dano; 
b) em que for réu administrador ou gestor de negócios alheios; 
V - de domicílio do autor ou do local do fato, para a ação de reparação de dano sofrido em razão de delito ou acidente de 
veículos, inclusive aeronaves.” 
 
k) Leis extravagantes: (art. 2º da Lei nº 7.347/85; art. 93 do CDC; art. 58, II da Lei 8.245/91; art. 4º da Lei 9.099/95 
etc.). 
 
5. Regime jurídico da competência interna (quadro sinótico) 
 ABSOLUTA RELATIVA 
CRITÉRIOS Funcional/hierárquico e material 
(regra geral). 
Valorativo e territorial (regra geral). 
PREVISÃO LEGAL Art. 64, §§, CPC Art. 65, CPC (art. 64, §§ 2º a 4º 
também valem para a competência 
relativa). 
INTERESSE PROTEGIDO PÚBLICO PRIVADO 
CONHECIMENTO PELO JUIZ De ofício, em qualquer momento e 
grau de jurisdição, observado, 
todavia, o que aponta o art. 10 do 
CPC. 
Só mediante alegação da parte ou MP 
(súmula 33, STJ) (art. 65, § único, CPC) 
DERROGABILIDADE NÃO (art. 62 do CPC) (inaplicabilidade 
do art. 190 CPC). 
SIM: foro de eleição (art. 63, CPC) e 
conexão/continência (arts. 55 e 56 
CPC). 
MOMENTO e MODO PARA 
ALEGAÇÃO 
Preliminar de contestação (art. 64, 
CPC), ou a qualquer momento (art. 
64, § 1º, CPC). 
Preliminar de contestação, sob pena 
de prorrogação. 
VIOLAÇÃO Eventual nulidade dos atos praticados 
(art. 64, § 3º, CPC). Cabe ação 
rescisória (art. 966, II, CPC). 
Não gera nulidade: prorrogação de 
competência (art. 65 CPC). Não cabe 
rescisória. 
 
 
5.1. Critério territorial absoluto (art. 47 e § 2º, CPC) (art. 2º da Lei nº 7.347/1985) 
 
O que interessa para uma regra ser de competência absoluta é a proteção do interesse público. Já o que interessa para 
uma regra ser de competência relativa é a proteção do interesse privado. Por esse motivo é que, ainda que a regra seja 
valorativa e territorial, se ela proteger o interesse público, ela seguirá as regras de competência absoluta. 
 
 
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Em resumo: se o interesse protegido pela norma for público, ainda que, eventualmente, o critério seja valorativo ou 
territorial, o regramento será da competência absoluta. 
O critério territorial absoluto também pode aparecer com o nome de “critério funcional territorial”. 
 
Exemplos: 
 
CPC 
“Art. 47. (…). 
§ 2º A ação possessória imobiliária será proposta no foro de situação da coisa, cujo juízo tem competência absoluta.” 
 
Lei 7.347/1985 (Lei de Ação Civil Pública) 
“Art. 2º As ações previstas nesta Lei serão propostas no foro do local onde ocorrer o dano, cujo juízo terá competência 
funcional para processar e julgar a causa.” 
 
5.2. Critério valorativo/absoluto (art. 3º, §3º, Lei 10.259/2001) (art. 2º, §4º, Lei 12.153/2009) 
Se o interesse protegido pela norma for público, ainda que, eventualmente, o critério seja valorativo, o regramento será 
da competência absoluta. 
Este critério pode aparecer com o nome de “critério funcional valorativo”. 
 
5.3. Foro de eleição (sempre renunciável em prol da regra do art. 46, CPC) 
O foro de eleição é um negócio jurídico pré-processual típico, pois ocorre antes do processo e tem previsão legal expressa. 
A regra do foro de eleição sempre será renunciável em prol da regra do art. 46, CPC (domicílio do réu), pois esta é mais 
favorável ao demandado. 
a) Requisitos (art. 62 e 63, “caput” e §1º): 
• A competência deve ser relativa. 
• Sempre a regra do foro de eleição deve ocorrer por escrito. 
• O foro de eleição não pode ser genérico. 
• Deve seguir as demais regras sobre negócio jurídico (art. 104, CC). 
 
“Art. 62. A competência determinada em razão da matéria, da pessoa ou da função é inderrogável por convenção das 
partes. 
Art. 63. As partes podem modificar a competência em razão do valor e do território, elegendo foro onde será proposta 
ação oriunda de direitos e obrigações. 
§ 1o A eleição de foro só produz efeito quando constar de instrumento escrito e aludir expressamente a determinado 
negócio jurídico.” 
 
 
 
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b) Sucessão (art. 63, §2º) 
O foro de sucessão obriga herdeiros e sucessores. 
Atenção porque o dispositivo não cita cônjuge e companheiro. 
 
“Art. 63. (...) 
§ 2o O foro contratual obriga os herdeiros e sucessores das partes.” 
 
c) Abusividade do foro de eleição (art. 63, §§3º e 4º, CPC) 
Se o foro de eleição for considerado abusivo, pode ser reconhecida a sua nulidade. Nesse caso, haverá o encaminhamento 
dos autos ao juiz competente,conforme as regras do CPC. 
 
Atenção: 
Antes da citação, o juiz pode, de ofício, pronunciar o vício (ineficácia do foro de eleição). 
Depois da citação do réu, somente poderá pronunciar o vício mediante a provocação da parte. 
 
“Art. 63. (...) 
§ 3o Antes da citação, a cláusula de eleição de foro, se abusiva, pode ser reputada ineficaz de ofício pelo juiz, que 
determinará a remessa dos autos ao juízo do foro de domicílio do réu. 
§ 4o Citado, incumbe ao réu alegar a abusividade da cláusula de eleição de foro na contestação, sob pena de 
preclusão.” 
 
5.4. Alegação de incompetência na contestação (art. 64, “caput”), audiência de conciliação e prazo (art. 340) – incidente 
de incompetência. 
O art. 340, CPC, cita o incidente de incompetência, que é uma maneira antecipada de alegar a incompetência do juízo, de 
modo que a parte não seja tão prejudicada com eventual deslocamento. 
 
CPC 
 “Art. 64. A incompetência, absoluta ou relativa, será alegada como questão preliminar de contestação. (...)” 
 
“Art. 340. Havendo alegação de incompetência relativa ou absoluta, a contestação poderá ser protocolada no foro de 
domicílio do réu, fato que será imediatamente comunicado ao juiz da causa, preferencialmente por meio eletrônico. 
§ 1o A contestação será submetida a livre distribuição ou, se o réu houver sido citado por meio de carta precatória, juntada 
aos autos dessa carta, seguindo-se a sua imediata remessa para o juízo da causa. 
§ 2o Reconhecida a competência do foro indicado pelo réu, o juízo para o qual for distribuída a contestação ou a carta 
precatória será considerado prevento. 
§ 3o Alegada a incompetência nos termos do caput, será suspensa a realização da audiência de conciliação ou de 
mediação, se tiver sido designada. 
 
 
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§ 4o Definida a competência, o juízo competente designará nova data para a audiência de conciliação ou de mediação.”

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