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Aula 1 - Recuperação Judicial e Falencia 2019-2

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Recuperação e Falência
2019.2
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Prof. Dr. Luiz Nestor Martins Filho
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Nestor.martins@gmail.com
Programa 
UNIDADE I - RECUPERAÇÃO DE EMPRESAS.
FUNÇÃO SOCIAL DA EMPRESA.
RECUPERAÇÃO DE EMPRESAS E SUA DIFERENCIAÇÃO DA CONCORDATA.
NATUREZA JURÍDICA E CONCEITO.
CRÉDITOS SUBMETIDOS.
PRESSUPOSTOS.
LEGITIMIDADE ATIVA.
MEIOS PARA RECUPERAÇÃO JUDICIAL E SEUS EFEITOS.
PEDIDO DE RECUPERAÇÃO JUDICIAL.
PLANO DE RECUPERAÇÃO JUDICIAL.
DEFERIMENTO DA RECUPERAÇÃO JUDICIAL.
A RECUPERAÇÃO JUDICIAL DE EMPRESAS EM RELAÇÃO ÀS MICROEMPRESAS E ÀS EMPRESAS DE PEQUENO PORTE
CONVOCAÇÃO DA RECUPERAÇÃO JUDICIAL NA FALÊNCIA.
RECUPERAÇÃO EXTRAJUDICIAL DE EMPRESAS.
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Programa
UNIDADE II: - DA FALÊNCIA.
ORIGEM, NATUREZA JURÍDICA E CONCEITO DO ESTADO DE FALÊNCIA.
EXECUÇÃO COLETIVA. 
HIPÓTESES DE FALÊNCIA E SEUS PRESSUPOSTOS. 
LEGITIMIDADE ATIVA E PASSIVA. 
FORO COMPETENTE PARA A DECRETAÇÃO DA FALÊNCIA. 
REQUERIMENTO DA FALÊNCIA E OS MEIOS DE DEFESA CABÍVEIS. 
PROCEDIMENTO PRELIMINAR DA FALÊNCIA (SENTENÇAS: REVOGATÓRIA E DECLARATÓRIA).
“ÓRGÃOS” DA FALÊNCIA:
O JUIZ;
A ADMINISTRAÇÃO JUDICIAL - DEVERES E ATRIBUIÇÕES; 
– AVISOS SOB A RESPONSABILIDADE DO ADMINISTRADOR;
– RESPONSABILIDADE DO ADMINISTRADOR;
COMITÊ DE CREDORES: COMPOSIÇÃO E ATRIBUIÇÕES.
O MINISTÉRIO PÚBLICO.
ASSEMBLÉIA GERAL DE CREDORES;
ATRIBUIÇÕES;
CONVOCAÇÃO;
COMPOSIÇÃO.
DECRETAÇÃO DA FALÊNCIA
EFEITOS SOBRE AS OBRIGAÇÕES DO DEVEDOR;
INEFICÁCIA E REVOGAÇÃO DOS ATOS ANTERIORES À FALÊNCIA;
HABILITAÇÃO DE CRÉDITOS E SUA COMPOSIÇÃO;
CLASSIFICAÇÃO DOS CRÉDITOS; E
ARRECADAÇÃO, CUSTÓDIA DOS BENS, LIVROS E DOCUMENTOS DO FALIDO.
REALIZAÇÃO DO ATIVO, PAGAMENTO E PEDIDO DE RESTITUIÇÃO DOS BENS REMANESCENTES.
ENCERRAMENTO DA FALÊNCIA E EXTINÇÃO DAS OBRIGAÇÕES DO FALIDO.
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Avaliação
Unidade I: Prova 7 + Questões Abertas 2 + Atividades em Sala 1. Total = 10
Obs: Questões abertas – cada aluno receberá 04 questões que deverá responder por escrito no dia e no corpo da avaliação (sem consulta).
Unidade II: Colegiada = 10
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Unidade I – Aula 1
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Revisão de Conceitos Importantes de TGE
Empresa / Empresário e Estabelecimento Empresarial.
Sociedade Personificadas x Despersonificadas
Responsabilidade: 
Empresário x Sócios
Solidaria x Subsidiária
Limitada x Ilimitada
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Código Civil de 2002 e a Teoria da Empresa:
Empresário: Art. 966. Considera-se empresário quem exerce profissionalmente atividade econômica organizada para a produção ou a circulação de bens ou de serviços. 
Parágrafo único. Não se considera empresário quem exerce profissão intelectual, de natureza científica, literária ou artística, ainda com o concurso de auxiliares ou colaboradores, salvo se o exercício da profissão constituir elemento de empresa. (CC/2002).
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O Empresário
Empresário é o sujeito de direito: (aspecto subjetivo da empresa).
Pode ser pessoa física ou jurídica.
Gênero: empresário.
Espécies: empresário individual; sociedade empresária.
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Elementos indispensáveis à caracterização do empresário:
Exercer:
Atividade econômica : A atividade empresarial é exercida com intuito lucrativo e assunção dos respectivos riscos técnicos e econômicos. 
b) Organizada: Atividade desempenhada com articulação dos fatores de produção (capital, mão de obra, insumos e tecnologia) – organiza-se pessoas e meios para a consecução do fim pretendido.
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Elementos indispensáveis à caracterização do empresário:
c) Profissionalmente:
Para que se configure como empresária, a pessoa deve fazer do exercício da atividade econômica e organizada a sua profissão habitual. 
Assim, não é empresário quem exerce atividade econômica esporadicamente.
d) Produção e circulação de produtos e serviços
A princípio, qualquer atividade econômica pode se submeter ao regime jurídico empresarial, bastando que seja desenvolvida profissionalmente, de forma organizada e com intuito lucrativo. 
A produção e circulação de produtos ou serviços deve se destinar ao mercado, e não ao consumo próprio.
Obs: Não é empresário quem explora atividade de produção ou circulação de bens ou serviços sem alguns desses fatores.
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Agentes econômicos excluídos do conceito de empresário:
O conceito de empresário, assim como o de empresa, é abrangente, não excluindo do âmbito de sua incidência qualquer exercício de atividade econômica.
Todavia, alguns agentes econômicos, apesar de exercerem atividades econômicas, não são considerados empresários, por expressa previsão legal, a eles não se aplicando as normas de Direito Empresarial.
Segundo o art. 966, parágrafo único, do CC, “não se considera empresário quem exerce profissão intelectual, de natureza científica, literária ou artística, ainda com o concurso de auxiliares ou colaboradores, salvo se o exercício da profissão constituir elemento de empresa”.
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Agentes econômicos excluídos do conceito de empresário:
De acordo com o transcrito dispositivo legal, o profissional liberal não será considerado empresário, ainda que exerça sua atividade com intuito de lucro. 
Ex.: advogado, médico, professor.
Exceção: se o exercício da profissão intelectual for elemento de empresa (ou seja, desempenhada de forma empresarial, com impessoalidade na atuação), tem-se a configuração do empresário.
** Elemento de empresa = organização racional dos fatores de produção, empresarialidade.
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 Em resumo:
Exercício da profissão intelectual como fator principal do empreendimento: atividade não empresária; não há caracterização do empresário.
Exercício da profissão intelectual como mero elemento de uma atividade econômica organizada a partir da articulação de diversos outros fatores de produção: atividade empresária; há a configuração do empresário.
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Formas de exercício de empresa:
Podem exercer empresa tanto a pessoa física quanto a pessoa jurídica.
Exercício Individual de Empresa:
Empresa exercida pelo empresário individual (pessoa física que exerce profissionalmente atividade econômica organizada).
Exercício Coletivo de Empresa:
Empresa exercida pela sociedade empresária (pessoa jurídica constituída sob a forma de sociedade cujo objeto social é a exploração de uma atividade econômica organizada).
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!!! Importante !!!
Sócio da sociedade empresária ≠ empresário. 
Na sociedade empresária, a prática dos atos são imputadas à própria sociedade e não ao sócio. 
Desse modo, quem exerce empresa e, portanto, é considerada empresário é a sociedade, e não o sócio.
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Características do empresário individual:
Não há separação patrimonial, respondendo o empresário individual com todos os seus bens, inclusive os pessoais, pelas obrigações contraídas no exercício da empresa.
Responsabilidade direta, pessoal e ilimitada do empresário individual pelas obrigações contraídas no exercício da empresa.
O empresário individual deve se inscrever no registro de empesas.
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Características do empresário individual:
Apesar de não ser pessoa jurídica, possui inscrição no Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica do Ministério da Fazenda (CNPJ/MF).
Nome empresarial: firma individual (nome do empresário, por extenso ou abreviado, seguido ou não do ramo de atuação).
- Obrigações contraídas em nome do próprio empresário, ainda que hajam empregados e auxiliares.
- Pode requerersua transformação em sociedade empresária.
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Características do empresário individual:
Atualmente, existe a figura da EIRELI (Empresa Individual de Responsabilidade Limitada) 
trata-se de outra forma de exercício de empresa individualmente. 
A EIRELI é pessoa jurídica constituída por uma única pessoa titular da totalidade do capital social. 
Nesse caso, haverá distinção entre o patrimônio da EIRELI e o do indivíduo que a constitui (há separação entre o patrimônio empresarial e o privado). 
Ainda, a responsabilidade do titular da EIRELI é limitada, não respondendo com seus bens pessoais pelas dívidas da pessoa jurídica.
As regras da EIRELI são diferentes das que regulam a atividade do empresário individual.
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SOCIEDADES
São pessoas jurídicas de Direito Privado (art. 44, II, do CC), constituídas pela união de pessoas com finalidade de exploração de atividade econômica e repartição de lucros entre seus membros (art. 981 do CC). 
Pressupõe a existência de 02 (duas) ou mais pessoas. 
≠ Associações (não possuem fins econômicos – art. 53 e seguintes do CC). 
≠ Fundações (dotação de bens livres, para um dos fins previstos em lei – art. 62 e seguintes do CC). 
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** Características da sociedade empresária:
É pessoa jurídica com existência distinta de seus sócios.
Possui patrimônio próprio, distinto do patrimônio dos sócios que a integram.
Responsabilidade dos sócios pelas obrigações contraídas pela sociedade: subsidiária (primeiro respondem os bens da sociedade; depois, os bens particulares dos sócios); pode ser limitada (adstrita ao valor com o qual o sócio contribuiu para a formação do capital social da sociedade).
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 SOCIEDADES SIMPLES X SOCIEDADES EMPRESÁRIAS: 
O que define se uma sociedade é simples ou empresária é a forma de exercício do seu objeto social – com ou sem empresarialidade (Art. 982 do CC). 
Sociedade Simples: pessoa jurídica que exerce atividade econômica não empresarial (sem organização dos fatores de produção). 
Ex.: sociedade uniprofissional – formada por profissionais intelectuais, tendo como objeto a exploração da respectiva profissão intelectual de seus sócios (não há organização dos fatores de produção/o exercício da profissão não constitui elemento de empresa). 
Sociedade empresária: pessoa jurídica que exerce atividade econômica empresarial (com organização dos fatores de produção – art. 966 do CC). 
Obs: Cooperativa x sociedade empresária (art. 982, parágrafo único, do CC)
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 SOCIEDADES EMPRESÁRIAS: 
** A sociedade empresária deve se constituir segundo os dos tipos abaixo (art. 983 do CC):
Sociedade em nome coletivo (arts. 1.039 a 1.044 do CC); 
Sociedade em comandita simples (arts. 1.045 a 1.051 do CC); 
Sociedade limitada (arts. 1.052 a 1.087 do CC); 
Sociedade anônima (arts. 1.088 a 1.089 do CC, c/c Lei n.º 6.404/1976);
Sociedade em comandita por ações (arts. 1.090 a 1.092 do CC). 
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 SOCIEDADES SIMPLES: 
** Quanto à sociedade simples, não possui tipo societário específico (art. 983 do CC). Assim, pode se organizar sob a forma de um dos tipos de sociedade empresária, com exceção da sociedade por ações (sociedade anônima ou sociedade em comandita por ações). Assim, os tipos de sociedade simples são: 
Sociedade simples pura ou simples simples (art. 997 a 1.038 do CC); 
Sociedade em nome coletivo (arts. 1.039 a 1.044 do CC); 
Sociedade em comandita simples (arts. 1.045 a 1.051 do CC);
Sociedade limitada (arts. 1.052 a 1.087 do CC). 
Sociedade cooperativa. 
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SOCIEDADES 	PERSONIFICADAS	X 
SOCIEDADES 	NÃO PERSONIFICADAS
Atualmente, ao tratar das sociedades, o Código Civil as divide em duas categorias: 
Sociedades não personificadas (arts. 986 a 966 do CC); 
Sociedades personificadas (arts. 997 a 1.141 do CC). 
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SOCIEDADES 	PERSONIFICADAS	X 
SOCIEDADES 	NÃO PERSONIFICADAS
a) Sociedades personificadas: 
São pessoas jurídicas e, portanto, possuem personalidade jurídica própria. 
Sociedade limitada; 
Sociedade anônima; 
Sociedade em nome coletivo; 
Sociedade em comandita simples. 
Sociedade em comandita por ações; 
Sociedade simples pura ou simples simples; 
Sociedade cooperativa. 
b) Sociedades não personificadas: 
Não são pessoas jurídicas; não possuem personalidade jurídica. 
Sociedade em comum; 
Sociedade em conta de participação. 
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Empresário Rural:
O empresário rural é aquele que explora atividade econômica rural, normalmente fora da cidade.
A atividade econômica rural pode ser exercida de duas formas (art. 971 do CC):
Atividade Empresarial: Inscrição no registro das empresas (Junta Comercial) = empresário, sujeito ao DireitoEmpresarial.
Atividade Civil: Sem inscrição = não empresário, sujeito ao regime de Direito Civil.
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Cooperativas:
Serão SEMPRE sociedades simples, independente da atividade que explorem, por expressa determinação legal (art. 982 do CC).
Ainda que exerçam atividade econômica organizada, profissionalmente, para a produção e circulação de bens e serviços (atividade empresarial), serão consideradas sociedades simples, não empresárias.
Disciplina legal: Lei n.º 5.764/1971; arts. 1.093 a 1.096 do CC.
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Sociedades anônimas:
Serão SEMPRE sociedades empresárias, independente da atividade que explorem, por expressa determinação legal (art. 982 do CC e art. 2º, § 2º, da Lei das Sociedades Anônimas).
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Cooperativas x S.A.
Art. 982. Salvo as exceções expressas, considera-se empresária a sociedade que tem por objeto o exercício de atividade própria de empresário sujeito a registro (art. 967); e, simples, as demais.
Parágrafo único. Independentemente de seu objeto, considera-se empresária a sociedade por ações; e, simples, a cooperativa.
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Histórico da Legislação Falimentar
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Histórico da Legislação Falimentar
Intituto da Falência na Roma antiga 
origem do vocábulo “falência”, do verbo latino fallere, que significa enganar, falsear.
a garantia do credor era a pessoa do devedor (respondia por suas obrigações com a própria liberdade e às vezes até mesmo com a própria vida). 
Todos estavam sujeitos ao instituto da falência/(comerciante ou não).
Era considerado delito, acarretando penas que variavam de prisão à mutilação do devedor.
Lex Poetelia Papiria em 428 a.C., os bens do devedor, e não a sua pessoa, deveriam servir de garantia aos seus credores.
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Histórico da Legislação Falimentar
Problema a ser solucionado: e quando o patrimônio do devedor não fosse suficiente para a satisfação dos seus credores? 
Corpus Juris Civilis/Código de Justiniano - previsão de uma execução especial contra o devedor insolvente: tratava-se da chamada missio in possessio bonorum.
os credores adquiriam a posse comum dos bens do devedor, os quais, por sua vez, passavam a ser administrados por um curador, o curator bonorum. 
A partir de então, os credores adquiriam, consequentemente, o direito de vender os bens do devedor, com o intuito de saldar a dívida que este tinha em relação àqueles.
Considera-se como período inicial o direito falimentar – caráter extremamente repressivo, tendo como finalidade precípua a punição do devedor, e não a satisfação dos legítimos interesses dos seus credores. 
Ainda aplicável a qualquer tipo de devedor, fosse ele exercente de atividade econômica ou não. 
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Histórico da Legislação Falimentar
Curiosidades: Corpus Juris Civilis e Justiniano:
https://pt.wikipedia.org/wiki/Corpus_Juris_Civilis
https://www.youtube.com/watch?v=H_2E0RxVHH4.
https://www.youtube.com/watch?v=NKJJGe5CiVQ.
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Histórico da Legislação Falimentar
Instituto da Falência na Idade Média
(Geopolítica) https://www.youtube.com/watch?v=UY9P0QSxlnIMKT-MDL-02
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Histórico da Legislação Falimentar
Instituto da Falência na Idade Média
(Geopolítica) https://www.youtube.com/watch?v=UY9P0QSxlnI 
 
Primórdio do direito comercial (compilação dos usos e práticas mercantis), sobretudo nas cidades italianas.
Regras especiais para a execução dos devedores insolventes (para qualquer espécie de devedor), caráter repressivo.
Primeira fase do direito comercial 
corporações de oficio
Fase Subjetivista
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Histórico da Legislação Falimentar
Instituto da Falência na Idade Contemporânea
Segunda fase do direito comercial 
Teoria dos Atos do Comercio
Codificação napoleônica (Código Civil x Comercial)
O direito civil (direito comum) x direito comercial regime jurídico especial aplicável as atividades mercantis 
Code de Commerce / direito falimentar passou a constituir um conjunto de regras especiais aplicáveis restritamente aos devedores insolventes que revestiam a qualidade de comerciantes.
Para o devedor insolvente de natureza civil, não se aplicavam as regras do direito falimentar, mas as disposições constantes do regime jurídico geral, qual seja, o direito civil.
caráter repressivo e punitivo do devedor.
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Histórico da Legislação Falimentar
Instituto da Falência na Idade Contemporânea
a partir da Revolução Industrial e da subsequente globalização de mercados houve uma reformulação dos princípios e institutos do direito falimentar.
Noção de insolvência como fenômeno normal, inerente ao risco empresarial. 
Reconhecimento da função social da empresa e dos efeitos nefastos da paralisação de agentes econômicos 
A Preocupação do direito falimentar atual é a preservação da empresa, razão pela qual a legislação tenta fornecer ao devedor em crise todos os instrumentos necessários à sua recuperação, reservando a falência apenas para os devedores realmente irrecuperáveis.
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Histórico da Legislação Falimentar
Instituto da Falência no Brasil Colônia
Ordenações do Reino de Portugal (Afonsinas, Manuelinas e Filipinas). 
Influência Italiana / regras falimentares extremamente severas com o devedor
Marquês de Pombal - Alvará de 1756 – 
obrigava o devedor a comparecer à Junta Comercial e lá entregar as chaves de seus armazéns e seu livro Diário, bem como declarar todos os seus bens. 
Após isso, seus credores eram convocados por publicação editalícia, seu patrimônio era liquidado e 90% do produto arrecadado eram destinados ao ressarcimento dos credores, ficando os 10% restantes para o sustento do devedor e de seus familiares. 
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Histórico da Legislação Falimentar
Instituto da Falência no Brasil Império
Lei da Boa Razão, que mandava aplicar no Brasil, subsidiariamente, as leis dos países civilizados europeus quanto aos negócios mercantis e marítimos, (utilizava preceitos do Código Comercial francês).
Código Comercial de 1850, na sua Parte Terceira, tratava “Das quebras” (arts. 797 a 911)
(Regulamentado pelo Decreto n. 738/1850).
Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l0556-1850.htm
Decreto n. 917/1890;
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Histórico da Legislação Falimentar
Instituto da Falência no Brasil 
Decreto-lei n. 7.661/45;
Lei n. 11.101/2005 
incorpora o princípio da preservação da empresa;
 substituição da figura da concordata pelo instituto da recuperação judicial; 
o aumento do prazo de contestação, de 24 horas para 10 dias;
a exigência de que a impontualidade injustificada seja relativa à dívida superior a 40 salários; 
redução da participação do Ministério Público no processo falimentar; 
a alteração de regras relativas ao síndico (agora administrador judicial); 
mudança na ordem de classificação dos créditos e a previsão de créditos extraconcursais; 
 o fim da medida cautelar de verificação de contas; 
o fim do inquérito judicial para apuração de crime falimentar; e
a criação da figura da recuperação extrajudicial.
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Histórico da Legislação Falimentar
 Lei n. 11.101/2005
Regula a recuperação judicial, a extrajudicial e a falência do empresário e da sociedade empresária.,
Disponivem em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2004-2006/2005/Lei/L11101.htm
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Histórico - DECRETO-LEI N. 7.661/45
 Cuidava da falência e concordata, dispondo, em seu art. 1º, que era considerado falido o comerciante que, sem relevante razão de direito, não pagasse no vencimento obrigação líquida, constante de título que legitimava a ação executiva.
O sentido da palavra “comerciante” abarcava aqueles que praticavam os atos de comércio, não se devendo esquecer que a teoria dos atos de comércio era a adotada pelo Código Comercial de 1850.
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Histórico - DECRETO-LEI N. 7.661/45
 Na vigência do Decreto-lei n. 7.661/45, a falência era tida como um processo de liquidação do comerciante, a fim de extinguir sua atividade.
O processo de falência ocorria quando o comerciante estava em estado de insolvência (dívidas maiores que o patrimônio) ou impontualidade (não pagava no vencimento suas obrigações). 
O juiz prolatava uma sentença declarando o estado de falido do comerciante, por não ter condições de efetuar seus pagamentos. 
Iniciava-se um levantamento com a apuração de todos os seus créditos, direitos e patrimônio, que posteriormente deveria ser dividido proporcionalmente aos seus credores, como pagamento das dívidas contraídas..
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Concordata
 A concordata basicamente era uma forma de se obter dilação de prazo e/ou remissão parcial dos créditos quirografários. 
tinha uma natureza dilatória, remissória ou mista. 
A expressão “concordata”, na acepção inicial, significava concordância ou acordo com credores, mas na vigência do Decreto-lei n. 7.661/45 o instituto acabou assumindo um caráter de favor legal ao devedor, sem necessariamente haver a concordância dos credores.
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Concordata
O Decreto-lei n. 7.661/45 disciplinava a concordata em duas modalidades: Suspensiva e Preventiva
a suspensiva 
(durante o curso do processo de falência, o comerciante falido podia requerer ao juiz a “suspensão” do processo)
requisitos, por exemplo, oferecer o pagamento mínimo de 35% dos débitos à vista, ou 50% a prazo em até 2 anos.
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Concordata
Preventiva 
utilizada antes que algum credor do devedor requeresse em juízo a sua falência. 
tinha, assim, a função de “prevenir” o processo de falência.
Contudo, para efetivamente evitar a falência, o comerciante oferecia pagar seus credores quirografários da seguinte forma:
(i) 50% dos débitos à vista; 
(ii) ou a prazo: 60% em 6 meses, 75% em 12 meses, 90% em 18 meses, 100% em 24 meses.
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Concordata
Curiosidade: no Direito Romano, a concordata era entendida como um simples benefício que o devedor, considerado infeliz e de boa-fé, obtinha do imperador.
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A LEI N. 11.101/2005
A Lei n. 11.101/2005, Lei de Recuperação e Falência – LRF, revogou o Decreto-lei n. 7.661/45.
disciplina as recuperações extrajudicial e judicial e a falência do empresário individual e da sociedade empresária.
Ela mantém o instituto da falência, mas não contempla o da concordata, em qualquer de suas modalidades.
As concordatas preventivas e suspensivas (que se processavam em juízo) foram substituídas pela recuperação judicial. 
A recuperação extrajudicial, foi uma inovação da Lei n. 11.101/2005, a despeito da existência informal da concordata branca/extrajudicial (proposta de dilação de pagamentos, era considerado ato de falência, ou seja, que enseja a falência do devedor)
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Direito Empresarial
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