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SEA_Controles_na_Administracao_publica_Unidade_01.doc
Curso Controles na Administração Pública
Sumário
Curso Controles na Administração Pública
1Unidade 01 Controles na Administração Pública e Prestação de Contas	�
11.1 O que é controle?	�
31.2 Espécies de controle	�
31.3 Controle administrativo	�
51.4 Controle legislativo	�
61.5 Controle judiciário	�
71.6 Meios de controle	�
71.7 Prestação de contas: conceitos preliminares	�
81.8 A importância da prestação de contas	�
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Unidade 01 Controles na Administração Pública e Prestação de Contas
Introdução
Nesta primeira unidade do curso, você entenderá que administrar uma organização, pública ou privada, não é tarefa fácil, demanda uma série de controles bem ajustados e alinhados com as metas propostas pelos dirigentes dessas organizações. Você conhecerá com maior profundidade o conceito de controle e verificará sua aplicação e execução na administração pública.
Objetivos de aprendizagem
 Ao final desta unidade, você será capaz de:
diferenciar as formas de controle na administração pública;
conhecer os conceitos preliminares em torno das prestações de contas;
compreender a importância das prestações de contas.
1.1 O que é controle? 
Você sabe realmente o que é controle? De onde surgiu isso? Há alguma teoria que embasa o controle? Qual é a relação entre controle relatado pela teoria geral da administração e a administração pública? Esses são alguns dos questionamentos que serão respondidos ao longo desta seção de estudo.
Definição de controle
A palavra controle tem relação intrínseca e direta com o “ato de dirigir qualquer serviço, fiscalizando-o e orientando-o do modo mais conveniente” (MICHAELIS, 2011, p. 55). A partir dessa breve definição, podemos começar a realizar conexões e pré-validações a respeito do controle, seus desdobramentos e campos de aplicação, que, no caso deste curso, está relacionado à administração pública.
Funções de controle
Conheça as 4 funções do controle, divididas em elementos, de acordo com Stoner (1999).
Estabelecimento de padrões de desempenho.
Medição do desempenho atual.	 
Comparação desse desempenho com os padrões estabelecidos.
Caso sejam detectados desvios, execução de ações corretivas.
Operações de controle
Stoner (1999, p. 7), descreve a finalidade do controle. Por meio “do controlar, o administrador mantém a organização no caminho escolhido”, ou seja, o que é traçado no planejamento inicial deverá ser cumprido, e uma das formas de se cumprir o que foi planejado é mantendo as operações em controle.
Controle versus Administração Pública
Partindo da descrição de Stoner, fica mais fácil a compreensão acerca da relação controle x administração pública, como exemplo, podemos citar o Plano Plurianual (PPA). Vá adiante e entenda melhor o que é Plano Plurianual.
Plano Plurianual
Plano Plurianual (PPA) é um planejamento das operações governamentais, considerando os três âmbitos (União, Estado, Município e Distrito Federal) a ser cumprido em longo prazo. Tudo o que está descrito nesse planejamento deverá ser cumprido pelo gestor público considerando um certo lapso temporal. 
O planejamento das operações governamentais só poderá ser executado desde que haja um controle efetivo sobre as receitas e os gastos públicos, alinhando as métricas econômicas e operacionais, visando à realização das operações propostas no PPA, ou seja, basicamente tudo está atrelado ao controle.
Início saiba mais
O Plano Plurianual (PPA) é caracterizado como um instrumento que tem como finalidade organizar e proporcionar viabilização a toda e qualquer ação governamental e está presente nos três âmbitos: Federal, Estadual e Municipal. Para mais informações, acesse o site: <http://www.planejamento.gov.br/assuntos/planejamento-e-investimentos/plano-plurianual>. 
Fim saiba mais
Controle interno e controle externo
O controle que tange a administração pública é exercido não só internamente (controle interno), com o objetivo de se cumprir as metas propostas no planejamento, mas também por órgãos externos (controle externo). Ademais, se tal planejamento não for cumprido efetivamente, o gestor público poderá sofrer sanções descritas em legislações que tratam especificamente da temática.
Início na prática
A partir dessas breves considerações, é possível visualizar a grande relevância que o controle exerce sobre a administração pública e que, caso tal planejamento não seja efetivado com excelência, por falta de controle, o gestor público poderá sofrer sanções penais, previstas nas legislações pertinentes. Por exemplo, a Lei da Responsabilidade Fiscal (LFR), que trata dos limites dos gastos públicos, do cumprimento das metas propostas nos planejamentos, além de outros elementos.
Fim na prática
1.2 Espécies de controle 
Você estudou anteriormente o controle, considerando-o sob um aspecto geral. E mais ao final dos escritos realizamos uma breve conexão com a administração pública. Agora, é o momento de desmembrar esse controle, identificando, assim, suas espécies. Quais são essas espécies de controle? Quando são realizados esses controles?
Distinções de controle
Di Pietro (2002) descreve as distinções quanto ao momento em que é efetuado o controle. Esses podem ser: prévio, concomitante ou posterior. Conheça abaixo:
Prévio De um modo geral, esse controle é caracterizado como um controle preventivo, ou seja, ele possui a finalidade de impedir que seja praticado qualquer ato que seja ilegal ou contrário ao interesse público.
Concomitante Como o próprio nome diz, acompanha a atuação administrativa no momento em que ela é verificada; é o que acontece com o acompanhamento da execução orçamentária pelo sistema de auditoria.
Posterior Esse controle tem basicamente a função de rever os atos que já foram praticados para que assim seja possível corrigi-los, desfazê-los ou, então, apenas confirmá-los.
Diálogo entre os personagens Marcos e Andréa
Marcos Andréa, você sabia que o controle prévio é o mais antigo entre os três tipos?
Andréa Sim, Marcos! Isso acontece devido à alta demanda de operações que existem no âmbito da administração pública. Esse controle acaba interrompendo a eficácia do ato, pois a análise pelo órgão competente muitas vezes é vagarosa. 
Fim diálogo
1.3 Controle administrativo 
Anteriormente, foi apresentado o conteúdo a respeito das espécies de controle. Agora, você entrará em algo mais específico, o controle administrativo.
Você sabe o que é o controle administrativo? Observe a seguir.
Conceitos de controle administrativo
Di Pietro (2002, p. 600) desenvolve um raciocínio claro e conciso sobre o controle administrativo. A autora anuncia que: “O controle administrativo é o poder de fiscalização e correção que a Administração Pública (em sentido amplo) exerce sobre a sua própria atuação, sob os aspectos de legalidade e mérito, por iniciativa própria ou mediante provocação. Na esfera federal, esse controle é denominado de supervisão ministerial pelo Decreto-Lei no 200, de 25 de fevereiro de 1967”.
Atividade pública
É necessário que haja o controle administrativo para que se possa cumprir a finalidade da atividade pública. A atividade pública é caracterizada pela “satisfação das necessidades coletivas e atendimento dos direitos individuais dos administrados” (MEIRELLES, 2004, p. 645).
Diálogo entre os personagens Marcos e Andréa
Marcos O controle administrativo, Andréa, compreende todos os órgãos da Administração Direta e da Indireta.
Andréa E esse controle, Marcos, é caracterizado como sendo de natureza interna, pois é exercido em sua plenitude pelos próprios entes que produziram as situações fiscalizadas. 
Fim diálogo
O controle administrativo relacionado à administração direta é derivado do poder de autotutela, sendo assim, a administração pública tem a possibilidade de rever os atos praticados por ela, quando
esses forem caracterizados como ilegais, inoportunos ou, então, inconvenientes. Ainda sobre o poder de autotutela, o Supremo Tribunal Federal (STF) expediu duas súmulas, a 346 e a 473, reconhecendo amplamente esse poder. 
Início saiba mais
A título de complementação, o poder de autotutela está enraizado nos princípios da legalidade e da predominância do interesse público, ambos previstos na Constituição Federal.
Fim saiba mais
Administração indireta
Ao ser traçado um paralelo com a administração indireta, surge a tutela. Esse tipo de controle só poderá ser exercido nos limites estabelecidos pelas legislações, “sob pena de ofender a autonomia que lhes é assegurada do controle, aos atos de controle possíveis e aos aspectos sujeitos ao controle” (DI PIETRO, 2002, p. 601).
Início saiba mais
Com a finalidade de complementar a discussão a respeito do poder de autotutela e sua relação com o STF, temos as súmulas 346 e a 473 na íntegra. Veja!
 Súmula 346 possui uma relação característica.
Súmula 473 a administração pode anular seus próprios atos, quando eivados de vícios que os tornam ilegais, porque deles não se originam direitos; ou revogá-los, por motivo de conveniência ou oportunidade, respeitados os direitos adquiridos.
Fim saiba mais
1.4 Controle legislativo 
Você conhece a abrangência do controle legislativo? Quais são os limites? Há algum embasamento jurídico? Esses são alguns questionamentos que serão respondidos nesta seção de estudo. 
Conceito de controle legislativo
O controle legislativo é: [...] “exercido pelos órgãos legislativos (Congresso Nacional, Assembleias Legislativas e Câmaras de Vereadores) ou por comissões parlamentares sobre determinados atos do Executivo na dupla linha da legalidade e da conveniência pública, pelo que se caracteriza como um controle eminentemente político, indiferente aos direitos individuais dos administrados, mas objetivando os superiores interesses do Estado e da comunidade”. (MEIRELLES, 2004, p. 673).
Controle legislativo limitado
O controle legislativo é limitado quando nos referimos a suas hipóteses de incidência, pois ele só poderá ocorrer de forma legítima em situações em que há previsão legal em texto constitucional (Constituição Federal), respeitando, assim, o Princípio da Independência dos Poderes (art. 2º da CF). 
A seguir, entenda o Controle político e financeiro.
Controle político e financeiro
Até o momento, evidenciamos o conceito de controle legislativo e suas características. Agora, trataremos dos desdobramentos desse controle, que são: o político e o financeiro.
Controle político Esse controle compreende aspectos legalidade, de mérito, apresentando-se, por isso mesmo, como de natureza política, pois esse controle irá examinar decisões administrativas sob o aspecto, inclusive, da discricionariedade, em outras palavras, da oportunidade e conveniência do interesse público (DI PIETRO, 2002)
Controle Financeiro Quando tratamos do controle financeiro, esse que é exercido pelo Poder Legislativo, voltamos inicialmente nossos olhares para os artigos 70 a 75 da Constituição Federal, pois neles estão disciplinados alguns elementos abarcados por esse controle. São eles: a fiscalização contábil, financeira e orçamentária, considerando o âmbito da União, dos Estados, dos Municípios e do Distrito Federal, além das entidades da administração direta e indireta, no que se refere à legalidade, à legitimidade, à economicidade, à aplicabilidade e à renúncia de receitas.
Início saiba mais
Além das sucintas explanações acerca dos elementos abarcados nos artigos 70 a 75 da Constituição Federal, é relevante fazer um aprofundamento nas discussões e compreensão. Isso quer dizer que a leitura desses artigos na íntegra será importante para que possamos ter uma maior compreensão dos conceitos apresentados, tal conteúdo está disponível no respectivo seguinte site: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/ConstituicaoCompilado.htm>.
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1.5 Controle judiciário 
Você conhecerá agora o controle judiciário, também chamado de controle jurisdicional. Esse tipo de controle ganhou ascensão e fortalecimento devido à Constituição Federal de 1988, pois, no ordenamento jurídico anterior, as lesões a direito eram protegidas judicialmente. Contudo, atualmente, não é mais esse o cenário em atividade. 
Conceito de controle judiciário
Sobre o controle judiciário, Odete Medauar (2010, p. 406) expõe que “[...] a expressão controle jurisdicional da administração pública abrange a apreciação, efetuada pelo Poder Judiciário, sobre atos, processos e contratos administrativos, atividades ou operações materiais e mesmo a omissão ou inércia da administração”.
Princípio de Legalidade
É possível relatar que o controle judicial é constituído em consonância com o princípio da legalidade. Esse é um dos fundamentos em que repousa o Estado de Direito (DI PIETRO, 2002). Pois, “de nada adiantaria sujeitar-se a Administração Pública à lei se seus atos não pudessem ser controlados por um órgão dotado de garantias de imparcialidade de que permitam apreciar e invalidade os atos ilícitos por ela praticados” (DI PIETRO, 2002, p. 616).
Fundamentação constitucional
O controle judiciário, possui fundamentação constitucional, expresso no art. 5º, inciso XXXV:
Art. 5º [...]
XXXV - a lei não excluirá da apreciação do Poder Judiciário lesão ou ameaça a direito;[...]
 Início saiba mais
Com o objetivo de ampliar o arcabouço informacional difundido ao longo do texto e, assim, proporcionar uma base de informações mais alicerçada, é importante que o aluno conheça com profundidade o princípio da legalidade tratado na Constituição Federal, art. 5º, inciso II.
Fim saiba mais
1.6 Meios de controle 
Nesta seção, serão apresentados os meios de controle da atividade administrativa. São eles: o controle interno e o controle externo. 
Conheça, a seguir, mais detalhes sobre cada tipo de controle.
O controle interno, está disposto na Lei 4.320/1964, Lei Federal, em que são compreendidas normas gerais de Direito Financeiro, no artigo 70 da Constituição Federal (1988) e na Lei da Responsabilidade Fiscal, expressa pela Lei 101/2000. Essas são as fundamentações jurídicas (âmbito federal) que sustentam a temática do controle interno.
O controle externo é caracterizado com uma espécie de controle exercido por um dos Poderes sobre o outro, não excluindo disso o controle da Administração Pública Direta sobre a Indireta.
1.7 Prestação de contas: conceitos preliminares 
Nesta seção, será proporcionada uma introdução sobre a prestação de contas sob o âmbito da administração pública. Segundo Reis (1979, p. 154) a “prestação de contas é a satisfação, dada pelo agente da administração, da gestão de recursos que lhe foram confiados para consecução dos objetivos da entidade”.
Diálogo entre os personagens Marcos e Andréa
Andréa Marcos, todo o dinheiro arrecadado, por meio de tributos, alienação de bens móveis e/ou imóveis, e todos os gastos efetuados deverão ser declarados pelo ente público a toda a sociedade e para os órgãos competentes pela análise dessas informações. 
Marcos E, Andréa, há uma fundamentação jurídica que embasa essa obrigatoriedade. Ela está disposta na Constituição Federal, por meio do artigo 70. 
Artigo 70 A fiscalização contábil, financeira, orçamentária, operacional e patrimonial da União e das entidades da administração direta e indireta, quanto à legalidade, legitimidade, economicidade, aplicação das subvenções e renúncia de receitas, será exercida pelo Congresso Nacional, mediante controle externo, e pelo sistema de controle interno de cada Poder. Parágrafo único. Prestará contas qualquer pessoa física ou jurídica, pública ou privada, que utilize, arrecade, guarde, gerencie ou administre dinheiros, bens e valores públicos ou pelos quais a União responda, o que, em nome desta, assuma obrigações de natureza pecuniária.
Complementação
Art. 71 A Constituição Federal ainda complementa a discussão sobre a prestação de contas por meio do artigo 71, o qual diz que “o controle externo, a cargo do Congresso Nacional, será exercido com o auxílio do Tribunal de Contas da União [...].
Foi possível perceber que há fundamentação jurídica para a prestação de contas e que estas estão dispostas em cláusulas pétreas, ou seja, não podem ser modificadas, alteradas ou excluídas, salvo exceções, tratadas na própria Constituição Federal.
Início saiba mais
Você sabia que o Estado de Santa Catarina disponibiliza site com informações relativas a suas operações, tais como relatórios financeiros, legislações, licitações, entre outras informações, dê uma conferida em: <http://www.sef.sc.gov.br/servicos-orientacoes/dcog/presta%C3%A7%C3%A3o-de-contas-do-governo>.
Fim saiba mais
1.8 A importância da prestação de contas 
A prestação de contas das atividades dos entes públicos permite que a sociedade e os órgãos de fiscalização acompanhem com mais efetividade e tempestividade as operações desenvolvidas por esses entes. A prestação de contas é caracterizada como um instrumento muito poderoso, permitindo uma maior transparência a tais contas e operações. 
Lei de acesso às informações
Lei de acesso às informações
No Brasil, foi instituída a Lei de Acesso às Informações. Essa lei possui uma proposta bem relevante, pois fez com que os órgãos públicos divulgassem seus relatórios de gastos e receitas, licitações, número de funcionários, entre outras informações. E tal atitude faz aumentar a transparência dessas contas e operações.
Início saiba mais
Para mais informações a respeito da Lei de Acesso às Informações (Lei 12.527/2011), acesse o site: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2011-2014/2011/lei/l12527.htm>. Lá, você encontrará mais detalhes das especificações e abrangência dessa lei, bem como sua aplicabilidade.
Fim saiba mais
Fechamento
Você concluiu a unidade de estudo referente aos Controles na Administração Pública e às Prestações de Contas. Com isso, você adquiriu uma boa base de informações para processar e transformar em conhecimento e, assim, aplicá-lo no seu ambiente de trabalho e/ou transmitir aos colegas, aos familiares, amigos e assim por diante.
Revise agora o que você aprendeu.
Identificou a conceituação de controle e sua relação intrínseca com a administração pública.
Compreendeu as formas de controle na administração pública.
Aprendeu sobre as espécies de controle na administração pública.
Identificou os meios de controle, assim como as legislações pertinentes que tratam sobre tais meios, como a Constituição Federal, a Lei da Responsabilidade Fiscal, entre outras.
Compreendeu a importância que as prestações de contas representam para a sociedade, bem como para os órgãos públicos.
Quiz
Questão 01
Ao longo da unidade a respeito do controle, foi esclarecido quais eram os elementos que faziam parte dessa temática e que podem e devem se relacionar diretamente ao âmbito da administração pública. Escolha a alternativa que apresenta esses elementos.
A) Estabelecer padrões de desempenho; medir o desempenho atual; comparar esse desempenho com padrões estabelecidos; e executar ações corretivas (caso necessário).
B) Conhecer a organização; propor soluções para os problemas organizacionais; identificar avarias nos processos; e comparar os resultados.
C) Estabelecer critérios para o desenvolvimento das atividades; explorar com maior efetividade os processos já existentes; e propor melhorias nas áreas com maior grau de ineficiência.
D) Comparar as métricas já existentes; estabelecer padrões para a execução das atividades organizacionais; e medir o desempenho atual. 
Resposta
Alternativa A
Estabelecer padrões de desempenho; medir o desempenho atual; comparar esse desempenho com padrões estabelecidos; e executar ações corretivas são os quatro elementos que fazem parte das funções de controle.
Questão 02
As espécies de controle na administração pública possuem distinções, uma delas é quanto ao momento no qual é efetuado o controle. Escolha a alternativa que apresenta essas distinções.
A) Alternado, constante e prévio.
B) Prévio, concomitante e posterior.
C) Administrativo, judiciário e legislativo.
D) Passado, presente e futuro. 
Resposta
Alternativa B
Prévio, concomitante e posterior são as espécies de controle da Administração Pública.
Questão 03
Existem três tipos de controle, que são: controle administrativo, legislativo e judiciário. Agora, tratando-se especificamente do controle legislativo, esse possui desdobramentos. Escolha a alternativa que apresenta tais desdobramentos. 
A) Fiscal e monetário.
B) Fiscal e financeiro.
C) Administrativo e operacional.
D) Financeiro e político.
Resposta
Alternativa D
Os desdobramentos do controle legislativo são: o político e o financeiro.
Questão 04
Para que as atividades na administração pública possam se desenvolver de forma efetiva e eficaz, atendendo ao interesse público, são necessários meios de controle que administrem essas atividades. Escolha abaixo, quais são esses meios.
A) Controle legislativo e judiciário.
B) Controle processual e civil.
C) Controle financeiro e político.
D) Controle interno e externo.
Resposta
Alternativa D
Os controles interno e externo são necessários para que as atividades na administração pública possam se desenvolver de forma efetiva e eficaz.
Questão 05
A prestação de contas é uma atividade obrigatória que todo ente público deverá cumprir. Contudo, para que tal operação seja realizada, é necessário que haja uma legislação, sendo assim, escolha a alternativa onde está disposta juridicamente essa obrigatoriedade que foi exposta durante o curso?
A) Lei da Responsabilidade Fiscal (Lei Complementar 101/2000).
B) Decreto-Lei 6.340/1976.
C) Constituição Federal, art. 70.
D) Código Tributário Nacional.
Resposta
Alternativa C
Há uma fundamentação jurídica que embasa essa obrigatoriedade. E ela está disposta na Constituição Federal, por meio do artigo 70.
SEA_Controles_na_Administracao_publica_Unidade_02.doc
Curso Controle na Administração Pública
Sumário
1Unidade 02 Controle Externo	�
12.1 Controle externo	�
22.2 O controle externo e a relação com a administração pública	�
22.3 Controle externo como um dispositivo de transparência	�
42.4 Lei de responsabilidade fiscal: transparência, controle e fiscalização	�
�
�
Unidade 02 Controle Externo
Introdução
Nesta unidade, você irá entender como funciona a sistemática de fiscalização dos órgãos públicos e saber qual é a real necessidade de ter o controle externo em atividade no Brasil. Além disso, irá compreender como se desenvolve a relação do controle externo com a administração pública, como esse controle atua como dispositivo de transparência e, por fim, desenvolver uma discussão entre o controle externo e a lei de responsabilidade fiscal. 
Objetivos de aprendizagem
Ao final desta unidade, você será capaz de
identificar os órgãos responsáveis pelo controle externo;
compreender as respectivas funções dos órgãos responsáveis pelo controle externo;
reconhecer a contribuição que os órgãos de controle externo proporcionam para com a transparência nas ações governamentais.
2.1 Controle externo
O que é controle externo? O controle externo é basicamente um controle desenvolvido por um órgão/agente externo à administração, proporcionando, assim, isenção e imparcialidade perante a análise das contas do órgão/agente fiscalizado.
MORAES (2010, p. 2) afirma que “[…] temos que as realizações das atribuições de controle são realizadas por agentes estranhos à administração pública, aí estão delineadas as atividades de controle exercidas pelos Poderes Legislativo e Judiciário, bem como por toda a sociedade”.
Saiba mais
Segundo o autor Meirelles (2005, p. 661), o controle externo “É o que se realiza por um Poder ou órgão constitucional independente funcionalmente sobre a atividade administrativa de outro Poder estranho à Administração responsável pelo ato controlado, como por exemplo, a apreciação das contas do Executivo e do Judiciário pelo Legislativo; a auditoria do Tribunal de Contas sobre a efetivação de determinada despesa do Executivo; a anulação de um ato do Executivo por decisão do Judiciário [...].”
Controle político
Meireles (2005, p. 602), relata que o controle externo, é “[…] por excelência, um controle político de legalidade contábil e financeira[…]”, destinando-se a comprovar os seguintes itens: 
a) probidade dos atos da administração;
b) regularidade dos gastos públicos e do emprego de bens, valores
e dinheiros públicos; 
c) fiel execução do orçamento. 
Início saiba mais
Você sabia que existe também a figura do controle externo popular? Ele está previsto na Constituição Federal, nº art. 31, § 3º, o qual determina que as contas dos munícipios ficarão pelo prazo de 60 dias, anualmente, à disposição de qualquer contribuinte para o seu exame e apreciação, além de também ser possível questionar a legitimidade nos termos da lei. 
Fim saiba mais
2.2 O controle externo e a relação com a administração pública
O controle externo tem forte presença na administração pública, tendo vários órgãos que atuam para o desenvolvimento dessas atividades de controle, órgãos esses atrelados à administração pública. Quem são esses órgãos? Como eles atuam e qual é a relação do controle externo com a administração 
É previsto na Constituição Federal que a titularidade do controle externo é conferida ao Congresso Nacional, de modo que essa disposição foi transcrita no art. 71 e seus respectivos incisos.
O Congresso Nacional atua em consonância com o Tribunal de Contas da União, promovendo as devidas análises sobre as contas públicas de determinados órgãos. 
2.3 Controle externo como um dispositivo de transparência
Qual é a relação do princípio da publicidade com o controle externo e a transparência? 
Quais foram os instrumentos que favoreceram a participação mais efetiva da sociedade na administração pública? 
Avance e descubra!
Início saiba mais
Durante as discussões, foram citados trechos da Constituição Federal e de outros dispositivos legais, mas é de suma importância que você conheça todo o contexto que forma os artigos das respectivas legislações. Por isso, é interessante que você leia a nossa Constituição Federal (http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Constituicao/Constituicao.htm), com o objetivo de absorver melhor as discussões apresentadas nesta e nas Unidades de Estudo que virão na sequência.
Fim saiba mais
Administração pública - direta e indireta
A promulgação da Constituição Federal em 1988, fortaleceu os elementos básicos do direito administrativo, sendo que na própria CF está descrito que a “[...] administração pública direta e indireta de qualquer dos poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios obedecerá aos princípios de legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência; além dos preceitos básicos distribuídos nos 21 incisos e 10 parágrafos do art. 37 e das demais regras previstas nos art. 38 a 42 daquele instituto”. (LIMA, [200-?], p. 2).
Elementos do direito administrativo
Todos os princípios, mencionados na constituição federal, elencados por meio da fala de Lima, apresentada na tela anterior, possibilitaram à sociedade uma maior facilidade no que se refere à participação deles no controle externo exercido pelos órgãos mencionados na Carta Magna. 
Início saiba mais
Além dos elementos contidos na Constituição Federal, há outras legislações que tratam de temáticas relacionadas ao controle externo, um claro exemplo seria a Lei de responsabilidade fiscal, promulgada por meio da Lei Complementar nº 101/2000, que possui grande participação nas ações do controle externo promovido por determinados órgãos públicos.
Diálogo entre os personagens Marcos e Andréa
Andrea Marcos, você sabia que, com base nisso e no que trata a Constituição Federal, ficam em evidência os princípios da publicidade, da legalidade, da impessoalidade, da moralidade e da eficiência?
Marcos Sim, Andréa. Esses elementos são precursores do princípio da transparência e, com isso, possibilitam um acesso mais fácil e eficaz aos elementos tratados nas prestações de contas fornecidas aos órgãos do controle externo. 
Lei de acesso à informação
Indo um pouco além, pode-se realizar um paralelo com a Lei de Acesso à Informação (Lei nº 12.527/2011). Essa lei trata da transparência pública das informações, proporcionando ao “[...] cidadão [que] acompanhe os processos decisórios e que o próprio administrador, ou responsável, tenha uma visão do valor financeiro de determinado projeto, dos recursos de que disporá efetivamente, sem falar da impressionante flexibilidade no uso final dos recursos” (LIMA, [200-?], p. 2).	
Início na prática
Cabe pontuar que o cidadão pode também atuar como uma espécie de fiscal das contas e operações públicas, atuando em paralelo com os órgãos de controle externo.
Fim na prática
Transparência
Tratando ainda a respeito da transparência, temos a fala de Guerra (2003, p. 91), o qual relata que é importante “ […] notar que a transparência
aparece na lei como mecanismo mais amplo que o já previsto princípio da publicidade, posto que este prevê a necessidade de divulgação das ações governamentais, ao passo que aquele determina, além da divulgação, a possibilidade de compreensão do conteúdo, ou seja, a sociedade deve conhecer e entender o que está sendo divulgado.” 
Você viu alguns apontamentos relativos à transparência e sua relação intrínseca com o controle externo. Essa relação é necessária para o pleno desenvolvimento do Estado de Direito, de modo igualitário e justo, proporcionando a todos a possibilidade de verificação das contas e operações efetuadas pelos entes governamentais. 
Início fique atento! 
Com a promulgação da Lei de Acesso à Informação (Lei 12.527/2011) os entes públicos ficaram obrigados a divulgar suas informações à sociedade, salvo exceções previstas em dispositivos na respectiva lei, porém muitos ainda não praticam o que está regulamentando nessa lei. Por isso, cabe ao cidadão informar tal fato ao ente público responsável e que está descrito na própria Lei n° 12.527/2011.
Agora você tem a base conceitual necessária para responder aos questionamentos propostos no início desta seção de estudo.
Para que o controle externo possa ter plenitude nas suas operações, ele deve promover a transparência de suas ações, seguindo como guia o princípio da publicidade.
Em relação aos instrumentos, estes são caracterizados pelas legislações que se entrelaçam com a administração pública, o controle externo e o processo de transparência nas contas públicas, como a Constituição Federal e a Lei de Responsabilidade Fiscal. 
Fim na prática
2.4 Lei de responsabilidade fiscal: transparência, controle e fiscalização
A Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF) será o objeto de discussão desta seção de estudo, evidenciando suas principais características, dispositivos e sua relação com a transparência, com o controle e, por fim, com o processo de fiscalização. Observe, a seguir, as características da Lei de Responsabilidade Fiscal.
Foi promulgada em 2000.
Surgiu com uma proposta de mudança institucional e cultural, ou seja, mudar e moldar a forma de agir dos gestores públicos no que se refere aos gastos e receitas públicas, preservando, assim, toda a estrutura pública dos entes federados.
Em seu art. 1º, é descrito que “esta Lei Complementar estabelece normas de finanças públicas voltadas para a responsabilidade na gestão fiscal [...]”.
A Lei nº 101/2000, estabelece parâmetros para os dois elementos: gastos e receitas
públicas.
Possibilita um maior controle sobre as operações dos gestores públicos.
Promoveu a implantação de vários aspectos fiscalizatórios e um aumento significativo do processo de transparência das contas e operações públicas.
Transferência, controle e fiscalização 
Os processos da transferência, controle e fiscalização, são compostos por alguns elementos, os quais recaem no final sob o processo de transparência, e um dos desdobramentos desse processo é tratado no art. 48 da LRF. Conheça os elementos a seguir. 
Seção I Da transparência da gestão fiscal.
Seção II Da escrituração e consolidação das contas.
Seção III Do relatório resumido da execução orçamentária.
Seção IV Do relatório de gestão fiscal.
Seção V Das prestações de contas.
Seção VI Da fiscalização da gestão fiscal.
Art. 48 da LRF 
São instrumentos de transparência da gestão fiscal, aos quais será dada ampla divulgação, inclusive em meios eletrônicos de acesso público, são eles: os planos, orçamentos e leis de diretrizes orçamentárias; as prestações de contas e o respectivo parecer prévio; o Relatório Resumido da Execução Orçamentária e o Relatório de Gestão Fiscal; e as versões simplificadas desses documentos. 
Parágrafo único. A transparência será assegurada também mediante: I - incentivo à participação popular e realização de audiências públicas, durante os processos de elaboração e discussão dos planos, lei de diretrizes orçamentárias e orçamentos; II - liberação ao pleno conhecimento e acompanhamento da sociedade, em tempo real, de informações pormenorizadas sobre a execução orçamentária e financeira, em meios eletrônicos de acesso público. (BRASIL, 2000).
Diálogo entre os personagens Marcos e Andréa.
Marcos Ao lermos trechos da Lei nº 101/2000, Andréa, podemos desenvolver um raciocínio direcionado principalmente à transparência nas contas públicas.
Andréa Isso mesmo, Marcos, e ainda perceber que além dos órgãos de controle externo, a sociedade pode também atuar como um apoio ao controle externo por meio do acompanhamento das prestações de contas dos entes públicos. 
Gestão do gasto público
“A intenção da LRF é justamente aumentar a transparência na gestão do gasto público, permitindo que os mecanismos de mercado e o processo político sirvam como instrumento de controle e punição dos governantes que não agirem de maneira correta” (LIMA, [200-?], p. 20).
Início fique atento! 
A Lei nº 101/2000 (Lei de Responsabilidade Fiscal), sofreu várias alterações em alguns de seus dispositivos. Devido a isso, fique atento à fonte de consulta a ser utilizada, sempre consulte qualquer lei por meio do site do planalto, tomando como base a respectiva lei citada anteriormente. O endereço eletrônico da Lei nº 101/2000 é: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/LCP/Lcp101.htm>, qualquer alteração que vier a ocorrer nessa lei, automaticamente, refletirá nesse site. 
Fechamento
Você concluiu a Unidade 2 referente ao Controle Externo e seus respectivos desdobramentos. Não se limite apenas ao que está transcrito nas linhas desse material, vá além! No próprio curso há uma série de referências, inclusive com materiais disponíveis de forma gratuita pela internet. Uma dica: comece pela Lei de Responsabilidade Fiscal (Lei nº 101/2000), que está disponível pela internet no site do Planalto.
Relembre abaixo o que você estudou.
Inicialmente você conheceu sobre o funcionamento do controle externo, bem como os órgãos atrelados ao mesmo.
Em seguida, identificou a proposta de trabalho do controle externo e sua contribuição para o pleno desenvolvimento das atividades na administração pública.
Compreendeu a relação entre o controle externo e a transparência nas contas e operações públicas.
Aprendeu mais sobre a Constituição Federal e a Lei de Responsabilidade Fiscal, traçando um paralelo com as discussões sobre controle externo.
Conheceu os elementos dispostos na Lei de Responsabilidade Fiscal que mais se relacionam com a transparência e perceber como a sociedade se tornou um elemento complementar do controle externo por meio da transparência nas contas e operações públicas.
Quiz
Questão 01
Para Meireles, o controle externo, é “[..] por excelência, um controle político de legalidade contábil e financeira[…]". Associe os três elementos a suas descrições.
1) Regulação dos dispêndios
2) Integridade nos processos
3) Consumação dos atos estimados
Relacione com
A) Fiel execução do orçamento.
B) Regularidade dos gastos públicos e do emprego de bens, valores e dinheiros públicos.
C) Probidade dos atos da administração
Resposta
O controle externo, é “por excelência, um controle político de legalidade contábil e financeira” e destina-se a comprovar a probidade dos atos da administração, a regularidade dos gastos públicos e do emprego de bens, valores e dinheiros e a fiel execução do orçamento. Releia o conteúdo e trace relações conceituais e práticas com as legislações.
1) Regulação dos dispêndios relaciona com B) Regularidade dos gastos públicos e do emprego de bens, valores e dinheiros públicos.
2) Integridade nos processos relaciona com C) Probidade dos atos da administração
3) Consumação dos atos estimados relaciona com A) Fiel execução do orçamento.
Questão 02
O controle externo atua sob todos os entes públicos, verificando e analisando as contas e atos públicos deles. Com isso já em mente, escolha qual é a regulamentação legal e o artigo que trata explicitamente sobre o controle externo?
A) Lei de Acesso à Informação: Lei nº 12.527/2011, art. 43.
B) Lei de Responsabilidade Fiscal: Lei nº 101/2000, art. 68.
C) Constituição Federal, 1988, art. 71.
D) Simples Nacional: Lei nº 123/2006.
Resposta
Alternativa C
A Constituição Federal, de 1988, é a regulamentação legal que trata do controle externo. Aprofunde mais seus conhecimentos por meio da leitura da Constituição Federal de 1988. 
Questão 03
A Lei de Responsabilidade Fiscal discrimina alguns elementos que possuem relação inerente a transparência. São exemplos de tais elementos presentes em seções na respectiva lei alguns dos itens discriminados abaixo. Escolha as alternativas corretas.
A) Da escrituração e consolidação das contas.
B) Da efetivação dos gastos públicos.
C) Da transparência da gestão fiscal.
D) Das prestações de contas.
E) Do dispêndio e da economia das receitas públicas.
Resposta
Alternativa A
Alternativa C
Alternativa D
Os elementos que a Lei de Responsabilidade Fiscal possuem relação inerente com a transparência. Releia o conteúdo e trace relações conceituais e práticas com as legislações, veja principalmente a Lei de Responsabilidade Fiscal (Lei nº 101/2000), Capítulo IX.
Questão 04
Com base nas discussões efetivadas nessa Unidade de Estudo e voltando os olhares especificamente para a Lei de Responsabilidade Fiscal, escolha a alternativa que apresenta os instrumentos de transparência da gestão fiscal proporcionados por essa lei.
A) O plano plurianual; a lei de diretrizes orçamentárias; o controle externo; e o controle interno.
B) O parecer dos auditores externos e internos; o relatório de execução orçamentário; e o relatório de metas fiscais.
C) Os planos, orçamentos e leis de diretrizes orçamentárias; as prestações de contas e o respectivo parecer prévio; o relatório resumido da execução orçamentária; e o relatório de gestão fiscal.
D) As metas, orçamentos e leis de diretrizes orçamentárias; os relatórios administrativos e o parecer dos auditores externos; e o relatório de gestão orçamentária.
Resposta
Alternativa C
São instrumentos de transparência da gestão fiscal, aos quais será dada ampla divulgação, inclusive em meios eletrônicos de acesso público: os planos, orçamentos e leis de diretrizes orçamentárias; as prestações de contas e o respectivo parecer prévio; o Relatório Resumido da Execução Orçamentária
e o Relatório de Gestão Fiscal; e as versões simplificadas desses documentos. Aprofunde mais seus conhecimentos por meio da leitura da Lei de Responsabilidade Fiscal (Lei nº 101/2000).
Questão 05
Escolha a alternativa que apresenta os princípios precursores do princípio da transparência no Brasil, tomando como base a Constituição Federal de 1988.
A)Da soberania, cidadania, pluralismo público e dignidade da pessoa humana.
B) Da defesa da paz, independência nacional, não-intervenção e igualdade entre os Estados.
C) Da legalidade, moralidade, cidadania e pluralismo político.
D) Da publicidade, legalidade, impessoalidade, moralidade e eficiência.
Resposta
Alternativa D
A Constituição Federal trata em evidência os princípios da publicidade, legalidade, impessoalidade, moralidade e eficiência, que são precursores do princípio da transparência e com isso possibilitam um acesso mais fácil e eficaz aos elementos tratados nas prestações de contas fornecidas aos órgãos do controle externo. Aprofunde mais seus conhecimentos por meio, da leitura da Constituição Federal de 1988. 
SEA_Controles_na_Administracao_publica_Unidade_03.doc
Curso Controle na Administração Pública
Sumário
1Curso Controle na Administração Pública	�
1Unidade 03 Controle Interno	�
13.1 Controle interno	�
33.2 Controle interno e a relação com a administração pública	�
53.3 A Relevância do controle interno para a administração pública	�
53.4 O controle interno e o entroncamento com a Constituição Federal de 1988	�
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Unidade 03 Controle Interno
Introdução
Será que toda organização, pública ou privada, necessita de um controle interno para regular e fiscalizar suas operações? Se sim, como iria funcionar esse controle? Quem são os responsáveis por esses controles? Quais são os resultados positivos proporcionados pelo controle interno, pensando sob o viés da administração pública? 
Objetivos de aprendizagem
Ao final desta unidade, você será capaz de:
reconhecer a função do controle interno;
compreender a relação existente entre controle interno e administração pública;
identificar a contribuição que os controles internos proporcionam a administração pública.
3.1 Controle interno
O que seria controle interno? Será que o controle interno que existe nas organizações privadas é o mesmo das públicas? A forma de atuação também é a mesma? Há alguma fundamentação jurídica em relação ao controle interno? Essa fundamentação se aplica a todos os entes públicos, considerando os presentes em nível Federal, Estadual e Municipal? Nesta seção de estudo, você aprenderá sobre conceitos preliminares de controle interno, possibilitando uma ligeira aproximação com a administração pública. 
Quando tratamos da terminologia de controle interno, surgem algumas confusões conceituais, pois em algumas referências encontramos a expressão “Sistema de controle interno”, ou então “Controle interno” e, em algumas situações, “Auditoria interna”, sendo todos esses termos tratados como sinônimos, causando uma grande confusão conceitual. 
A seguir, será apresentada a diferença entre essas nomenclaturas.
Diferentes nomenclaturas
Filho (2008, p. 91) nos proporciona uma breve e clara distinção entre as três expressões, propiciando um melhor embasamento para as posteriores discussões. Conheça!
“[...] a diferença conceitual entre Sistema de Controle Interno, Controle Interno e Auditoria Interna resume-se no seguinte: Sistema é o funcionamento integrado dos Controles Internos; Controle Interno é o conjunto de meios de que se utiliza uma entidade pública para verificar se suas atividades estão se desencadeando como foram planejadas; e Auditoria Interna é uma técnica utilizada para checar a eficiência do Controle Interno”.
Início fique atento! 
Crepaldi (2000), relata que os controles internos, tomados como sistema, englobam toda a organização e podem se caracterizar como controles contábeis e controles administrativos.
Fim do controle interno
Objetivo geral do controle interno
O objetivo geral do controle interno é promover a segurança do patrimônio público, por meio de controles mais ajustados e alinhados, e, além disso, ser eficaz no alcance de seu objetivo social. Filho (2008, p. 93) complementa esse conceito dizendo que “[...] a partir de um consistente sistema de controle interno, procura-se evitar desvios, perdas e desperdícios; assegurando, razoavelmente, o cumprimento de normas administrativas e legais e propiciando a identificação de erros, fraudes e seus respectivos responsáveis”.
Início saiba mais
A Secretaria do Estado da Fazenda de Santa Catarina apresenta em seu portal eletrônico <http://www.sef.sc.gov.br/servicos-orientacoes/diag/controle-interno-0>, orientações e esclarecimentos a respeito do controle interno em atividade nesse Estado. Para mais informações, acesse o endereço eletrônico apresentado anteriormente.
Fazendo um conciso paralelo com a Constituição Federal, ela prevê em seus artigos 70 e 74 que o Controle Interno será exercido por cada Poder sobre seus próprios atos administrativos.
Essa foi apenas uma elucidação inicial a respeito da previsão legal do controle interno até mesmo em um dispositivo constitucional, solidificando sua grande relevância e participação perante a administração pública.
Esta seção de estudo se voltou à caracterização do controle interno, evidenciando seus desdobramentos, bem como sua fundamentação jurídica - essa última de forma introdutória, pois discussões mais aprofundadas serão apresentadas nas próximas seções de estudo.
Fim saiba mais
Diálogo entre os personagens Marcos e Andréa
Andréa Marcos, as distinções existentes entre controle interno, sistema de controle e auditoria interna ainda estão um pouco confusas, você não acha? Marcos Sim, Andréa, é natural que esses termos causem várias confusões. Contudo, toda essa discussão apresentada até o momento servirá de base para compreendermos as próximas seções de estudo.
3.2 Controle interno e a relação com a administração pública
Até o momento, você aprendeu sobre o controle interno, considerando-o de um modo geral e proporcionando algumas relações iniciais com a administração pública e suas respectivas fundamentações jurídicas. Agora, chegou o momento de aprofundar um pouco mais as discussões, identificando e relacionando o controle interno com a administração pública. 
Artigos 76 a 80 da Lei nº 4.320/1964
Inicialmente, você será apresentado à Lei nº 4.320/1964 (artigos 76 a 80). Seu capítulo II é destinado unicamente ao controle interno. Essa normatização jurídica foi quem introduziu as expressões controle interno e controle externo.
Acesse abaixo os artigos dessa lei.
Art. 76 O Poder Executivo exercerá os três tipos de controle a que se refere o artigo 75, sem prejuízo das atribuições do Tribunal de Contas ou órgão equivalente.
Art. 77 A verificação da legalidade dos atos de execução orçamentária será prévia, concomitante e subsequente.
Art. 78 Além da prestação ou tomada de contas anual, quando instituída em lei, ou por fim de gestão, poderá haver, a qualquer tempo, levantamento, prestação ou tomada de contas de todos os responsáveis por bens ou valores públicos
Art. 79 Ao órgão incumbido da elaboração da proposta orçamentária ou a outro indicado na legislação, caberá o controle estabelecido no inciso III do artigo 75.
Parágrafo único Parágrafo único. Esse controle far-se-á, quando for o caso, em termos de unidades de medida, previamente estabelecidos para cada atividade.
Art. 80 Compete aos serviços de contabilidade ou órgãos equivalentes verificar a exata observância dos limites das cotas trimestrais atribuídas a cada unidade orçamentária, dentro do sistema que for instituído para esse fim. (BRASIL, 1964).
Aplicação dos recursos
O controle interno tem como objetivo avaliar a ação governamental, da gestão dos administradores e também
da aplicação dos recursos. Além desses elementos, o controle interno possui ação fiscalizatória sobre as operações contábeis, financeiras, orçamentárias, operacionais e patrimoniais.
Início fique atento! 
Essa última observação a respeito da ação fiscalizatória (patrimoniais) tem lastro constitucional, ou seja, estão previstas na Constituição Federal. Sendo assim, devem ser cumpridas conforme transcrito na respectiva norma. Salientamos ainda que tal ação é desenvolvida considerando o âmbito do Poder Executivo. 
Fim fique atento!
Controle Hierárquico ou Controle Tutelar 
Na administração pública, o controle interno é aquele desenvolvido por órgãos da própria administração, podendo ser: Controle Hierárquico ou Controle Tutelar. 
Controle Hierárquico É aquele desenvolvido dentro de uma estrutura administrativa de forma hierarquizada. Um exemplo disso seria o controle de atos de um departamento por meio de uma secretaria de governo
Controle Tutelar É aquele realizado tomando como base o âmbito administrativo, assim como no Controle Hierárquico, mas realizado por outra pessoa jurídica distinta daquela de onde foi precedido tal ato.
Controle interno em Santa Catarina 
Até agora, você foi apresentado ao controle interno, considerando-o sob uma visão macro. Cabe darmos um direcionamento a esse controle, porém, agora, voltando as discussões ao estado de Santa Catarina.
Acompanhe a seguir.
Início saiba mais
O governo do estado de Santa Catarina promulgou a Lei complementar nº 381/2007 e nela estão previstos artigos que tratam do Controle Interno (Arts. 30, inciso II, 150 e 151), a leitura da respectiva lei, frisando os mencionados artigos, será de grande valia para uma compreensão global das discussões ora apresentadas nesta seção de estudo. 
Fim saiba mais
Lei complementar nº 381/2007
Por meio da Lei complementar nº 381/2007, foram previstos determinados elementos relacionados ao controle interno.
No Decreto nº 2.056/2009, o respectivo controle foi regulamentado, descrevendo as finalidades do controle interno, da sua estrutura, da competência do órgão central, da competência dos núcleos técnicos, da competência dos órgãos setoriais, das técnicas e tipos de controle, da atividade de contabilidade, da atividade de auditoria interna, das fases da auditoria interna e das disposições finais.
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Para fins de complementação, há os Decretos nº 1.670/2013 e o nº 401/2015, ambos tratam das temáticas direcionadas ao controle interno no estado de Santa Catarina. Sugere-se a leitura de ambos para melhor compreensão das conceituações ora apresentadas nesta seção de estudo. 
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3.3 A Relevância do controle interno para a administração pública
Até o momento, você aprendeu sobre a conceituação do controle interno, identificando sua fundamentação jurídica e proporcionando um direcionamento
ao controle interno do estado de Santa Catarina. Mas qual seria a importância que tal controle exerce sobre a administração pública? 
Normas, rotinas e procedimentos
O controle interno é apresentado como um conglomerado de normas, rotinas e procedimentos, todos esses internos, que os entes públicos devem seguir para assegurar o efetivo cumprimento de suas obrigações perante a sociedade e a máquina pública. 
Característica do controle interno
Cruz e Glock (2003, p. 20) afirmam que o controle interno se caracteriza como “[...] qualquer atividade de verificação sistemática de um registro, exercida de forma permanente ou periódica, consubstanciado em documento ou outro meio, que expresse uma ação, uma situação, um resultado etc., com o objetivo de verificar se existe conformidade com o padrão estabelecido, ou com o resultado esperado, ou, ainda, com o que determinam a legislação e as normas. Essas atividades, exercidas pelos diversos segmentos da estrutura organizacional, constituem os chamados controles internos.”
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No portal eletrônico da Secretaria de Estado de Santa Catarina está disponibilizado um vídeo que trata da Auditoria Geral e realiza algumas conexões com o controle interno. Esse portal está disponível no seguinte endereço eletrônico: <https://www.youtube.com/watch?v=Q3LTP4SvYU0>.
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Diálogo entre os personagens Marcos e Andréa
Andréa A implantação do controle interno é muito importante, não é mesmo, Marcos?
Marcos É fundamental, Andréa, pois, desse modo, possíveis erros, fraudes, ineficiência nas operações públicas, entre outras formas, tornam-se menos prováveis de ocorrer. 
Andréa Cabe também destacar, Marcos, que a importância que o controle interno exerce sobre a administração pública pode ser visualizada por meio da preocupação por parte dos legisladores. E consequentemente� essa preocupação se dá na emissão
de normas jurídicas que compreendem essa forma de controle, tais como a Lei nº 4.320/1964 e a Constituição Federal de 1988. 
3.4 O controle interno e o entroncamento com a Constituição Federal de 1988
A questão do controle interno é regulamentada apenas pela Lei complementar nº 4.320/1964? Há outra fundamentação jurídica a respeito desse controle que esteja em vigência até os dias de hoje no Brasil? Ao final desta seção de estudo, você terá base conceitual suficiente para responder a tais questionamentos e a outros que possam a surgir.
Constituição Federal (1988)
Abordando especificamente a Constituição Federal (1988), que é a lei maior do Estado, veremos que ela prevê alguns aspectos sobre o assunto. E, aqui, serão abordados os principais artigos, começando pelo art. 70.
A fiscalização contábil, financeira, orçamentária, operacional e patrimonial da União e das entidades da administração direta e indireta, quanto à legalidade, legitimidade, economicidade, aplicação das subvenções e renúncia de receitas, será exercida pelo Congresso Nacional, mediante controle externo, e pelo sistema de controle interno de cada Poder. (BRASIL. Constituição Federal, 1988).
Início saiba mais
Além da Constituição Federal e da Lei nº 4.320/1964, há outros dispositivos legais que tratam do controle interno, como é o caso da Lei de Responsabilidade Fiscal (Lei Complementar nº 101/2000). Essa lei está disponível no portal eletrônico: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/LCP/Lcp101.htm>.
Fim saiba mais
O trecho da Constituição Federal, citado anterior, descreve as funções do controle interno e externo. 
É importante salientarmos que quando o texto constitucional fizer referência ao Congresso Nacional (Executivo Federal) estará se referindo de forma semelhante à Câmara Municipal, considerando o âmbito municipal, pois este possui a mesma função do Congresso Nacional, sendo que a diferença mais significativa se refere ao âmbito de atuação. 
Artigo 31 da Carta Magna
No art. 31 da respectiva Carta Magna é explorada a questão do controle interno sob o âmbito dos munícipios. Acompanhe!
Art. 31. A fiscalização do Município será exercida pelo Poder Legislativo Municipal, mediante controle externo, e pelos sistemas de controle
interno do Poder Executivo Municipal, na forma da lei.
§ 1º O controle externo da Câmara Municipal será exercido com o auxílio dos Tribunais de Contas dos Estados ou do Município ou dos Conselhos ou Tribunais de Contas dos Municípios, onde houver.
§ 2º O parecer prévio, emitido pelo órgão competente sobre as contas que o Prefeito deve anualmente prestar, só deixará de prevalecer por decisão de dois terços dos membros da Câmara Municipal.
§ 3º As contas dos Municípios ficarão, durante sessenta dias, anualmente, à disposição de qualquer contribuinte, para exame e apreciação, o qual poderá questionar-lhes a legitimidade, nos termos da lei.
 § 4º É vedada a criação de Tribunais, Conselhos ou órgãos de Contas Municipais. (BRASIL, 1988). 
Poderes Legislativo, Executivo e Judiciário
Por fim, discorre-se a respeito dos objetivos do controle interno que estão dispostos no
art. 74. Acompanhe!
Os Poderes Legislativo, Executivo e Judiciário manterão, de forma integrada, o sistema de controle interno com algumas finalidades.
I Avaliar o cumprimento das metas previstas no plano plurianual, a execução dos programas de governo e dos orçamentos da União.
II Comprovar a legalidade e avaliar os resultados, quanto à eficácia e eficiência, da gestão orçamentária, financeira e patrimonial nos órgãos e entidades da administração federal, bem como da aplicação de recursos públicos por entidades de direito privado.
III Exercer o controle das operações de crédito, avais e garantias, bem como dos direitos e haveres da União.
IV Apoiar o controle externo no exercício de sua missão institucional. (BRASIL, 1988). 
Outros dispositivos legais
Você conheceu quais foram as pontuações relativas à Constituição Federal do Brasil de 1988 e sua relação com o controle interno e seus aspectos. 
Além da Constituição Federal e da Lei nº 4.320/1964, há outros dispositivos legais que tratam do controle interno, como é o caso da Lei de Responsabilidade Fiscal (Lei Complementar nº 101/2000). 
Início saiba mais
A Lei de Responsabilidade Fiscal (Lei Complementar nº 101/2000) está disponível no portal eletrônico: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/LCP/Lcp101.htm>.
Fim saiba mais
Fechamento
Chegamos ao final de mais uma unidade de estudo, que tratou do controle interno na administração pública e evidenciou suas relações jurídicas, sua normatização e também promoveu um paralelo com as legislações estaduais. Relembre o conteúdo.
Primeiramente, você conheceu como o controle interno atua, bem como sua base conceitual.
Além disso, você pôde diferenciar os conceitos de controle interno, o sistema de controle interno e a auditoria interna.
Identificou os parâmetros legais que fundamentam o controle interno: Constituição Federal de 1988, Lei nº 4.320/1964 e Decretos do Estado de Santa Catarina.
Verificou a contribuição que o controle interno exerce sobre as operações na administração pública.
E, por fim, identificou com maior profundidade a relação entre a Constituição Federal de 1988 e o controle interno.
Quiz
Questão 01
Quando realizamos uma rápida busca pela internet sobre controle interno na administração pública, surgem algumas terminologias relacionadas a esse controle que causam muita confusão. Escolha a alternativa que demonstra quais são essas terminologias.
A) Controle externo, auditoria interna e controle interno.
B) Controle interno, auditoria interna e sistema de controle interno.
C) Controle interno, auditoria e sistema de controle.
D) Controle externo, auditoria externa e sistema de controle externo.
Resposta:
Alternativa B
Quando se fala em controle interno, surgem algumas confusões conceituais, pois em algumas referências encontramos a expressão “Sistema de controle interno”, ou então “Controle interno” e, em algumas situações, “Auditoria interna”. Aprofunde mais seus conhecimentos por meio da leitura da Constituição Federal de 1988, artigos 70 e 74. 
Questão 02
Quando se fala em controle interno relacionado à administração pública, este é executado pelos próprios órgãos da administração e se dividem em duas frentes. Relacione as frentes com a sua conceituação.
A) Tutelar
B) Hierárquico
Relacione com
1) É realizado por outra pessoa jurídica, tomando como base o âmbito administrativo.
2) É realizado dentro da estrutura administrativa. 
Resposta: 
A) Tutelar relaciona-se com 1) É realizado por outra pessoa jurídica, tomando como base o âmbito administrativo.
B) Hierárquico relaciona-se com 2) É realizado dentro da estrutura administrativa. 
O controle interno pode ser: Controle Hierárquico - desenvolvido dentro de uma estrutura administrativa de forma hierarquizada, ou Controle Tutelar - aquele realizado tomando como base o âmbito administrativo. Aprofunde mais seus conhecimentos por meio da leitura da Lei Complementar nº 381/2007.
Questão 03
Com base em seus conhecimentos, escolha abaixo qual é o órgão responsável por exercer os três tipos de controle a que se refere o art. 75 da Lei nº 4.320/1964?
A) Poder legislativo.
B) Poder judiciário.
C) Poder executivo.
D) Tribunal de contas.
Resposta: 
Alternativa C) Poder executivo.
O Poder Executivo exercerá os três tipos de controle a que se refere o artigo 75, sem prejuízo das atribuições do Tribunal de Contas ou órgão equivalente. Aprofunde mais seus conhecimentos por meio da leitura da Lei Complementar nº 4.320/1964.
Questão 04
O art. 70 da Constituição Federal de 1988 faz referência à “fiscalização contábil, orçamentária, operacional e patrimonial da União e das entidades direta e indireta”. Ainda no referido artigo, essas atividades serão exercidas por qual agente público?
A) Senado.
B) Congresso Nacional.
C) Câmara de Vereadores.
D) Presidência da República.
Resposta: 
Alternativa B) Congresso Nacional.
A fiscalização contábil, financeira, orçamentária, operacional e patrimonial da União e das entidades da administração direta e indireta, quanto à legalidade, legitimidade, economicidade, aplicação das subvenções e renúncia de receitas, será exercida pelo Congresso Nacional, mediante controle externo, e pelo sistema de controle interno de cada Poder. Aprofunde mais seus conhecimentos por meio da leitura da Lei de Responsabilidade Fiscal e desenvolva conexões teóricas relacionando-as com o controle interno. 
Questão 05
Com base em seus conhecimentos a respeito do controle interno, escolha as alternativas que se referem aos objetivos do controle interno perante a Constituição Federal de 1988.
A) Comprovar a legalidade dos resultados.
B) Avaliar o cumprimento das metas.
C) Exercer o controle das operações de crédito.
D) Avaliar os resultados da empresa.
E) Fazer os cálculos do controle externo.
Resposta: 
Alternativa A) Comprovar a legalidade dos resultados.
Alternativa B) Avaliar o cumprimento das metas.
Alternativa C) Exercer o controle das operações de crédito.
Os Poderes Legislativo, Executivo e Judiciário manterão, de forma integrada, o sistema de controle interno com a finalidade de garantir os objetivos desse controle. Aprofunde mais seus conhecimentos por meio da leitura da Lei de Responsabilidade Fiscal e desenvolva conexões teóricas relacionando-as com o controle interno. 
�Ortografia alterado para consequentemente
SEA_Controles_na_Administracao_publica_Unidade_04.doc
Curso Controles na Administração Pública
Sumário
1Unidade 4 Controle Social	�
14.1 Controle Social	�
24.2 Parâmetros legais que fundamentam o controle social	�
44.3 Instrumentos de controle social acessíveis à sociedade	�
54.3 Transparência como elemento impulsionador do controle social	�
�
�
Unidade 4 Controle Social
Introdução
Você chegou à última Unidade de Estudo que tratará a respeito do Controle Social, sua conceituação inicial, seu aspecto histórico, entre outros elementos considerados relevantes. Você já parou para pensar que pode participar do controle sobre as contas e operações relacionadas à administração pública? Você sabia que há instrumentos de controle social acessíveis a todos da sociedade? Estes são alguns dos apontamentos que estarão presentes nesta unidade de estudo. 
Objetivos de aprendizagem
Ao final desta unidade, você será capaz de:
 conhecer a função do controle social e sua relação com a administração pública;
identificar os instrumentos de controle social disponíveis à sociedade;
identificar o modo como o controle social colabora com a transparência das ações governamentais.
4.1 Controle Social
Você sabe que muitas das informações a respeito da administração pública estão disponíveis nos portais eletrônicos dos órgãos públicos para que você tenha acesso? Mas será
que interpretar todo aquele emaranhado de informações é uma tarefa fácil? E como tais informações fortalecem a concepção de transparência nas contas e operações públicas?
Início fique atento 
Todo esses processos e questionamentos apontados acima nos remetem à questão do Controle Social, ou seja, o controle e o acompanhamento das contas e operações públicas por parte dos cidadãos. 
Fim fique atento 
Quais são as contas e operações públicas que os cidadãos têm acesso e podem acompanhar? Esse questionamento remete às finanças públicas que, consequentemente, levam à arrecadação tributária e provisão dos pagamentos. Tais contas e operações merecem total atenção tanto por parte dos membros do controle externo quanto do controle interno, sendo que há um novo agente fiscalizador nessas atividades, a sociedade. 
“Controle Social pode ser entendido como a participação do cidadão na gestão pública, na fiscalização, no monitoramento e no controle das ações da Administração Pública. Trata-se de importante mecanismo de prevenção da corrupção e de fortalecimento da cidadania”. (CGU, 2008, p. 16).
Início saiba mais
No âmbito da União, há o Portal da Transparência, que está disponibilizado na plataforma on-line do Governo Federal (http://www.portaldatransparencia.gov.br/controlesocial/), por meio desse portal é possível conhecer mais sobre a fundamentação jurídica do controle social e da transparência nas atividades públicas.
Fim saiba mais
O controle social pode ser realizado de duas formas:
Forma direta Quando exercido pelo cidadão ou grupo social sem a participação ou interveniência de órgão ou entidade pública. Os meios de comunicação são um bom exemplo de eficiência no controle social direto, pois denunciam o fato e “cobram” do Poder Público competente a sua plena apuração. Casos de desvio de dinheiro público, de nepotismo, de tráfico de influências e de corrupção, não detectados por órgãos de controle, vieram à tona com a divulgação dos fatos pela imprensa.
Forma indireta Quando exercido pela população por meio de mecanismos ou instituições colocadas a sua disposição. Um exemplo de controle social indireto são os Conselhos Municipais de Políticas Públicas, criados para acompanhar a execução dos recursos federais repassados ao município. Outro exemplo seria uma denúncia formulada por um cidadão ao Ministério Público. (FRESSZ, 2006 apud SPINELLI, 2008, p. 27).
4.2 Parâmetros legais que fundamentam o controle social 
Há parâmetros legais que preveem a ação dos órgãos de controle externo e interno. E tais parâmetros estão presentes até mesmo na Constituição Federal de 1988. E quanto ao controle social, quais são seus parâmetros legais? Prepare-se para uma discussão mais aprofundada a respeito das normatizações jurídicas que fundamentam o controle social. 
A Constituição Federal de 1988
A Constituição Federal (CF) de 1988 prevê que os cidadãos tenham uma participação mais assídua nas ações políticas da nação. E tal constatação pode ser visualizada por meio do art. 1º, parágrafo único, no qual relata-se que: 
“Todo poder emana do povo, que o exerce por meio de representantes eleitos ou diretamente, nos termos desta constituição” (BRASIL, 1988). 
Por meio da verificação do art. 1º, parágrafo único da CF, pode-se perceber que o controle social está presente quando se relata o termo “diretamente”. 
É importante salientar que essa é a primeira forma de controle social prevista na Constituição Federal. 
Conheça, a seguir, os elementos do art. 5º que se relacionam ao controle social.
Elementos do art. 5º
O art. 5º trata de alguns elementos que se relacionam ao controle social, sendo que tais elementos constam nos incisos: XXXIII, XXXIV e LXXIII.
Acompanhe a seguir esses elementos.
XXXIII Todos têm direito a receber dos órgãos públicos informações de seu interesse particular, ou de interesse coletivo ou geral, que serão prestadas no prazo da lei, sob pena de responsabilidade, ressalvadas aquelas cujo sigilo seja imprescindível à segurança da sociedade e do Estado.
XXXIV São a todos assegurados, independentemente do pagamento de taxas:
a) o direito de petição aos Poderes Públicos em defesa de direitos ou contra ilegalidade ou abuso de poder;
b) a obtenção de certidões em repartições públicas, para defesa de direitos e esclarecimento de situações de interesse pessoal.
LXXIII Qualquer cidadão é parte legítima para propor ação popular que vise a anular ato lesivo ao patrimônio público ou de entidade de que o Estado participe, à moralidade administrativa, ao meio ambiente e ao patrimônio histórico e cultural, ficando o autor, salvo comprovada má-fé, isento de custas judiciais e do ônus da sucumbência
Os três incisos do art. 5º, citados, fazem referência ao controle social, assim como mencionado anteriormente, sendo que o inciso XXXIII trata do princípio da transparência na administração pública, que assim remete ao livre acesso às informações a respeito das contas e operações realizadas pelos gestores públicos. 
Já os incisos XXXIV e LXXIII se referem estritamente aos modos de interação entre cidadão e estado, por meio de instrumentos. São eles: 
petição na defesa;
direito à certidão; 
ação popular. 
Art. 74, § 2
No art. 74, § 2º, temos a possibilidade de estímulo ao Tribunal de Contas, mediante, denúncia popular. Conheça!	
“qualquer cidadão, partido político, associação ou sindicato é parte legítima para, na forma da lei, denunciar irregularidades ou ilegalidades perante o Tribunal de Contas da União”.
Esses são alguns dos trechos previstos na Constituição Federal que possuem uma relação mais próxima com o controle social. No entanto, há outros trechos na respectiva CF que também discorrem sobre controle social, contudo, o objetivo nesta Seção de Estudo não é encerrar as discussões sobre os parâmetros legais que fundamentam o controle social, mas proporcionar um panorama geral sobre a temática aqui abordada e discutida. 
Outros parâmetros legais
Ainda tratando dos parâmetros legais, mas saindo da esfera da Constituição, temos a Lei de Responsabilidade Fiscal (Lei Complementar nº. 101/2000) e a Lei de Diretrizes Orçamentárias, em ambas são abordados elementos relacionados à temática do controle social.
Por fim, há uma gama de normativos legais que tratam da participação da sociedade nas operações e contas públicas, além dos citados acima.
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A Lei de Responsabilidade Fiscal (Lei nº 101/2000) fomenta no Art. 48 a questão da participação popular nos processos que envolvem administração de recursos públicos. Sugerimos, então, a leitura na íntegra do Art. 48 da respectiva lei, além da leitura dos artigos 52, 56 e 67 da supracitada lei. 
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4.3 Instrumentos de controle social acessíveis à sociedade 
Serão apresentados nesta Seção de Estudo os instrumentos de controle social que estão acessíveis a qualquer membro da sociedade. 
Aqui, o foco não será sobre as formas de controle que são abordados pela Constituição Federal de forma particularizada. Contudo, você verá quais são esses instrumentos e suas respectivas disponibilidades. 
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No portal da transparência disponibilizado na plataforma on-line do Governo Federal (http://www.portaldatransparencia.gov.br/controlesocial/), é possível complementar seus conhecimentos a respeito dos instrumentos de controle social disponíveis à sociedade. 
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Os principais instrumentos de controle social acessíveis à sociedade são disponibilizados abaixo.
Orçamento Participativo (OP) Essa forma de orçamento possibilita a participação tanto da sociedade quanto do poder público na formulação da proposta orçamentária do próximo exercício social. Em suma, o OP seria uma nova forma de planejar os gastos públicos, sendo que este seria feito em forma de parceria: Cidadão x Governo.
Audiências Públicas Tais audiências ocorrem quando o poder público
e a sociedade se relacionam com a finalidade de dar solução a alguma questão pontual que afeta diretamente a sociedade. 
Ação Popular A ação popular possibilita que qualquer cidadão “será parte legítima para pleitear a anulação ou a declaração de nulidade de atos lesivos ao patrimônio da União, do Distrito Federal, dos Estados, dos Municípios, de entidades autárquicas, de sociedades de economia mista, de sociedades mútuas de seguro nas quais a União represente os segurados ausentes, de empresas públicas, de serviços sociais autônomos, de instituições ou fundações para cuja criação ou custeio o tesouro público haja concorrido ou concorra com mais de cinquenta por cento do patrimônio ou da receita ânua, de empresas incorporadas ao patrimônio da União, do Distrito Federal, dos Estados e dos Municípios, e de quaisquer pessoas jurídicas ou entidades subvencionadas pelos cofres públicos”.
Ação Civil Pública A ação civil pública está regulamentada por meio da Lei nº 7.347/1985. Esse instrumento conduz ao Ministério Público (MP) a possibilidade de propor uma ação civil contra qualquer pessoa que causar avarias ao meio ambiente, ao consumidor, a bens e direitos de valor estético, histórico, turístico e paisagístico, patrimônio público e qualquer outro interesse difuso ou coletivo. 
4.3 Transparência como elemento impulsionador do controle social 
Como fica a transparência das contas e operações executadas pelos gestores públicos? Ela é bem vista pela sociedade? Como essa transparência colabora para fomentar o controle social por parte de todos os cidadãos? Esses questionamentos nos fazem perceber a transparência como elemento imprescindível para que o controle social atinja seu pleno desenvolvimento. 
Participação social
Figueiredo e Santos (2014, p. 6) relatam que “A transparência estimula a participação social, a informação divulgada aproxima sociedade da gestão exercida por seus representantes. As entidades públicas têm o dever de promover a transparência de sua administração, e a sociedade tem o direito ao acesso e o acompanhamento da administração pública, como forma de consolidação da cidadania.”
Atividades desenvolvidas pela administração pública
Por meio da transparência, é possível incentivar a participação mais efetiva da sociedade nas atividades desenvolvidas pela administração pública. 
Além disso, os cidadãos podem atuar como fiscalizadores das contas e operações públicas e, atualmente, com o advento da Lei de Acesso à Informação (Lei nº 12.527, de 18 de novembro de 2011), o acesso a essas atividades ficou mais prático e rápido. 
Diretrizes - Art. 3º
A Lei nº 12.527/2011 segue algumas diretrizes que estão previstas em seu Art. 3º. Conheça as diretrizes!
Observância da publicidade como preceito geral e do sigilo como exceção.
Divulgação de informações de interesse público, independentemente de solicitações.
Utilização de meios de comunicação viabilizados pela tecnologia da informação.
Fomento ao desenvolvimento da cultura de transparência na administração pública.
Desenvolvimento do controle social da administração pública. (BRASIL, 2011). 
Diálogo entre os personagens Marcos e Andréa
Andréa Marcos, além da Lei de Acesso à Informação, que discorre sobre o controle social, temos a Constituição Federal.
Marcos Sim, Andréa. A Constituição Federal também trata, indiretamente, do controle social e da transparência nas ações da administração pública. 
Constituição Federal, art. 37
“A administração pública direta e indireta de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios obedecerá aos princípios de legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência.” 
Diálogo entre os personagens Marcos e Andréa
Marcos O princípio da publicidade remete ao fato de se divulgar as informações a respeito da administração pública.
Andréa Isso mesmo! E esse fato, Marcos, vai de encontro com a transparência nas contas e operações públicas.
Aumento da transparência
Além dos fatos e da fundamentação jurídica apresentados até aqui, Figueiredo e Santos (2014, p. 7) afirmam que “O aumento da transparência auxilia o envolvimento de diferentes classes sociais no acompanhamento da gestão. A divulgação para grupos restritos inibe o seu caráter de promoção da democracia, ferindo os princípios constitucionais da legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência. Com isso, desenvolve-se um ambiente propício a condutas ilegais e corruptas.”
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Nas Unidades de Estudo anteriores, foi comentado a respeito do portal da transparência do Estado de Santa Catarina (http://www.sef.sc.gov.br/transparencia), nessa plataforma on-line é possível perceber que o processo de transparência das atividades públicas está sendo desenvolvido, pois na respectiva plataforma são apresentadas as receitas e os gastos públicos, uma análise da gestão fiscal, entre outras informações pertinentes. 
Fim saiba mais
Fechamento
Você chegou ao final do curso sobre Controles na Administração Pública. Ao longo dos estudos, foram abordadas discussões, curiosidades. Além disso, aprendemos conceitos e termos relativos aos Controles na Administração Pública. 
Relembre os principais conteúdos apresentados nesta unidade.
Inicialmente, você conheceu os aspectos introdutórios do Controle Social, assim como sua relação com a administração pública.
Em seguida, identificou quais são os instrumentos democratizadores do controle social.
Conheceu a fundamentação legal que embasa o controle social no Brasil.
Verificou a relação existente entre a transparência nas ações governamentais e o controle social.
Por fim, identificou a Lei de Acesso às Informações (Lei nº 12.527, de 18 de novembro de 2011).
Quiz
Questão 01
Discutimos ao longo desta Unidade de Estudo a respeito do controle social e evidenciamos que ele poderá ser realizado de duas formas. Assim, com base em seus conhecimentos, relacione forma direta e forma indireta com as alternativas abaixo.
A) Forma direta
B) Forma Indireta
1) Roberto e Antônio em conjunto com uma entidade pública exercem o controle social sob as atividades administrativas de sua cidade.
2) João e Maria, por conta própria, decidem participar com maior efetividade na administração pública de sua cidade, porém, eles não contaram com a participação nem com a intervenção de órgão ou entidade pública. 
Resposta
Forma Direta: quando exercido pelo cidadão ou grupo social sem a participação ou intervenção de órgão ou entidade pública. Forma Indireta: quando exercido pela população por meio de mecanismos ou instituições colocadas a sua disposição.
A) Forma direta relaciona-se com 1) Roberto e Antônio em conjunto com uma entidade pública exercem o controle social sob as atividades administrativas de sua cidade.
B) Forma Indireta relaciona-se com 2) João e Maria, por conta própria, decidem participar com maior efetividade na administração pública de sua cidade, porém, eles não contaram com a participação nem com a intervenção de órgão ou entidade pública. 
Questão 02
Estudamos que há parâmetros legais que embasam o controle social em vigência no Brasil. Nesse sentido, escolha a alternativa que apresenta o que a Constituição Federal expressa em seu art. 1º, parágrafo único.
A) O poder emana do povo e do governo, que o exercem por meio de representantes eleitos, nos termos desta constituição.
B) Todo poder emana do povo, quem o exerce são os representantes eleitos indiretamente, nos termos desta constituição.
C) Todo poder emana do povo, que o exerce por meio de representantes eleitos ou diretamente, nos termos desta constituição.
D) Todo poder emana do povo, que não o exerce, por meio de representantes eleitos ou indiretamente, nos termos desta constituição.
Resposta
Alternativa C) Todo poder emana do povo, que o exerce por meio de representantes eleitos ou diretamente,

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