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AULA 9 - SISTEMA NERVOSO AUTÔNOMO PARASSIMPÁTICO

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UNIVERSIDADE FEDERAL DE JUIZ DE FORA 
CAMPUS AVANÇADO GOVERNADOR VALADARES 
 FARMACOLOGIA APLICADA À MEDICINA I – FAR009GV 
 
 ÁLVARO LUIZ FONSECA CAMPOS 
Acadêmico de Medicina – turma XIII 
 
AULA 9 – SISTEMA NERVOSO AUTÔNOMO 
 O sistema nervoso é dividido em sistema nervoso central e periférico. O sistema 
nervoso central compreende o sistema nervoso dentro do esqueleto axial (medula e 
encéfalo). Já o sistema nervoso periférico se divide me SN autônomo, SN entérico e 
SN esquelético. Falaremos a seguir do SNA. 
 O SNA é o sistema responsável pelo controle das funções orgânicas 
“automáticas”, pois podem sofrer interferências. Sua influência se dá principalmente 
em musculatura lisa, cardíaca e em glândulas. As ações do SNA só são possíveis 
graças a diversas sinapses que ocorrem nos neurônios desse sistema, as quais são 
mais distantes (nos gânglios  neurônios pré  neurônios pós). Sendo assim são 
necessárias fibras mais longas. 
 Sinapses além de servir para a comunicação, servem para a cognição, 
memória, movimento... 
Neurônio do SNC  neurônio pré-sináptico  neurônio pós-sináptico  órgão efetor. 
 Os receptores que se ligarão ao neurotransmissor no neurônio pós-sináptico 
são receptores nicotínicos “n” (Nn) que percebem e se ligam a acetilcolina (Ach). 
Logo o neurotransmissor liberado pelo neurônio pré-sináptico para o neurônio pós-
sináptico no gânglio é sempre a acetilcolina. 
Resumindo: Neurônio pré-sináptico  acetilcolina  receptor nicotínico do neurônio 
pós-sináptico. 
 A sinapse entre o neurônio pós-sináptico e o órgão efetor possui algumas 
diferenças entre divisões simpática e parassimpática. Na divisão simpática o 
neurotransmissor liberado pelo neurônio pós é a noradrenalina (NORA) e o receptor 
é adrenérgico do tipo alfa ou beta. Na divisão parassimpática o neurotransmissor 
também é a acetilcolina e o receptor no órgão efetor é um receptor muscarínico 
colinérgico. 
Obs.: receptores nicotínicos são ativados por ligantes (ionotrópicos) receptores 
muscarínicos e adrenérgicos são acoplados à proteína G (metabotrópicos). 
Obs.: O SNA simpático, além da NORA, pode liberar outras catecolaminas  aminas 
ligadas a um anel catecol. Ex.: serotonina, dopamina... inclusive essas catecolaminas 
podem compartilhar os mesmos receptores, a ligação vai ocorrer no que possuir maior 
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CAMPUS AVANÇADO GOVERNADOR VALADARES 
 FARMACOLOGIA APLICADA À MEDICINA I – FAR009GV 
 
 ÁLVARO LUIZ FONSECA CAMPOS 
Acadêmico de Medicina – turma XIII 
 
afinidade. 
 Portanto, a transmissão ocorre da seguinte maneira: 
SNA  NT  neurônio pré-sináptico  libera Ach  receptor nicotínico  abre canais 
sódio  despolarização do neurônio pós-sináptico  abertura de canais cálcio  
indução de liberação de vesículas com neurotransmissores para o órgão efetor. 
Obs.: NANC – neurônios não adrenérgicos e não-colinérgicos. São neurônios que 
liberam outros neurotransmissores na fenda sináptica que não acetilcolina e 
noradrenalina. Liberam por exemplo: 
 ATP: costuma ser liberado pelo mesmo neurônio juntamente com NORA. 
 Peptídeo intestino vasoativo. 
 NO: liberado por um neurônio diferente que produz Ach, mas que se localiza no 
mesmo nervo. “Nervo misto”. 
 GABA: modulação negativa. Provoca aumento na concentração de cálcio. 
 Serotonina; 
 Dopamina; 
 Substancia P; 
 PRINCIPAIS DIFERENÇAS ENTRE SNAs E SNAp 
 
Obs.: O SNAs amplifica seus efeitos através da via humoral (sangue)  produção e 
liberação de adrenalina pelo córtex das glândulas adrenais (neurônios modificados) 
 distribuição sistêmica para todo o corpo através do sangue. 
Obs.: O SNA somático não conta com a presença de gânglios, portanto, não faz 
sinapses intermediárias. Apenas 1 neurônio libera Ach no receptor nicotínico na placa 
motora. 
SNA simpático SNA parassimpático 
Tóraco-lombar Crânio sacral 
ff. pré ganglionares curtas ff. pré-ganglionares longas 
ff. pós ganglionares longas ff. pós-ganglionares curtas 
Gânglios próximos a medula espinal Gânglios próximos ao órgão efetor 
Reações de luta ou fuga Relaxamento; digestão 
Receptores adrenérgicos alfa e beta Receptores muscarínicos 
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 ÁLVARO LUIZ FONSECA CAMPOS 
Acadêmico de Medicina – turma XIII 
 
SISTEMA NERVOSO AUTÔNOMO – PARASSIMPÁTICO 
 Síntese de acetilcolina 
A Ach é produzida constantemente e fica estocada esperando que ocorra uma 
despolarização para que a vesícula contendo o NT seja liberada ne fenda sináptica. 
A colina (presente na gema do ovo, carne vermelha, fígado, legumes, repolho, 
grãos, nozes) sofre ação da colina acetil trasferase convertendo acetil-CoA 
proveniente da glicose, junto com a colina providente dos alimentos em acetilcolina. 
Ao ser liberada na fenda sináptica a acetilcolina pode seguir alguns caminhos: 
1. Se ligar aos receptores acoplados à proteína G no órgão efetor e realiza sua função 
da forma adequada. 
2. Ser recaptada pelo neurônio que a liberou, podendo ser reciclada e reutilizada; essa 
recaptação pode indicar um excesso de Ach na fenda sináptica e funciona como 
feedback negativo. Essa receptação é feita por captadores especiais. 
3. Ser metabolizada pela acetilcolinesterase (ACHE) presente na fenda sináptica. A 
acetilcolina é convertida em colina (reciclada e reutilizada) e o acetato (eliminado pela 
urina) 
4. Ser recaptada pelo órgão efetor e degradada pela enzima butirilcolinesterase. 
Assim a acetilcolina vai para dentro do citoplasma sem passar pela proteína G e é 
metabolizada. Essa enzima só está presente em algumas células. Ex.: hepatócitos. 
 Ações do SNAp 
As ações do SN parassimpático estão relacionadas ao relaxamento e a digestão; 
como miose, aumento do peristaltismo, braquicardia, secreção de glândulas lacrimais 
e broncoconstrição. Receptores muscarínicos (receptores de acetilcolina nos órgãos 
efetores) estão associados a proteína G. São de vários tipos: M1, M2, M3 e M4; 
Sendo M2 e M3 os principais. 
 M1 – neuronais (células parietais) 
 M2 – músculo cardíaco (Nodos SA e AV) 
 M3 – glândulas e musculatura lisa; 
 M4 – pulmão (SNC) ? 
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 M5 – SNC, íris, m. ciliar, glândula salivar. 
 Ímpares: associados à Gq/11 
 Pares: associados à Gi/0 
Os principais receptores: 
M2 – associado à proteína Gi/0: 
Está associado à proteína Gi/0. Essa proteína inibe o adenilato ciclase, causando uma 
diminuição do AMPc. A diminuição do AMPc vai causar: 
Em células musculares lisas: com a baixa de AMPc, os canais de cálcio não serão 
fechados, aumentando a concentração de cálcio  contração. 
Em células cardíacas: a diminuição do AMPc faz não viabiliza a abertura de canais 
de cálcio, diminuindo a entrada de cálcio e posterior contração  braquicardia. 
 M3 - associado à proteína Gq/11: 
 
Está associado à proteína Gq/11; essa proteína estimula a conversão de Pi/P2 em IP3 
e DAG, essas moléculas induzem a saída de cálcio do retículo endoplasmático para 
o citosol, aumentando as concentrações de cálcio  contração. Esse receptor está 
presente na musculaturalisa das vísceras, incluindo vasos sanguíneos e glândulas. 
 Fármacos: 
 PARASSIMPATOMÉTICOS: 
São fármacos que conseguem mimetizar a ação da acetilcolina, ou seja ativam 
receptores de acetilcolina, estimulando a ocorrência de efeitos do SNA 
parassimpático. Assim, são considerados agonistas nicotínicos e muscarínicos. São 
divididos em dois grupos: 
 Ésteres de colina: São fármacos mais hidrofílicos e mais semelhantes à Ach. Têm 
amônio quaternário  nitrogênio ligado a 4 átomos, adquirindo carga positiva. 
Devido a sua hidrofilia são difíceis de serem administrados por via oral, devido à 
baixa absorção. Sendo melhores absorvidos por vias ejetáveis. Não são 
exclusivamente muscarínicos, podem atingir receptores nicotínicos também. 
Ex.: betanecol: causa ativação de todos os receptores muscarínicos (M1, M2, M3, 
M4 e M5), porém tem pouco efeito nos receptores nicotínicos. É utilizado no 
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tratamento do quadro clínico de “bexiga preguiçosa”, levando a um esvaziamento 
da bexiga. 
Outros exemplos são metacolina e carbacol. 
 Alcaloides parassimpáticos: São substancias extraídas de vegetais e que, 
diferentemente dos ésteres de colina só atuam sobre receptores muscarínicos. 
Têm amina terciaria  nitrogênio ligado a 3 átomos, tornando-se mais apolar. Mais 
lipofílico, com maior absorção. 
Ex.: pilocarpina , extraída do jaborandi, seu uso é feito em gotas diretamente no 
olho e é eficaz no tratamento de glaucoma, pois induz a contração da musculatura 
lisa  miose. Consequentemente o fluido que causava o aumento da pressão é 
reabsorvido pelo organismo, diminuindo a pressão e consequentemente o 
glaucoma. Tem ação sobre todos os receptores “M”. Não deve ser administrado 
por via oral, pois, por ser muito hidrofílico, será rapidamente absorvido e distribuído 
pelo organismo, causando efeito sistêmico acentuado  braquicardia, etc. 
Além da pilocarpina, outro alcaloide parassimpático bastante conhecido é a 
muscarina  miose bem acentuada. 
Parassintomiméticos ainda podem ser usados no tratamento de outras doenças: 
Ex.: xerostomia; conhecida como “boca seca”  alguns fármacos induzem o SN 
parassimpático a estimularem as glândulas salivares a produzirem mais saliva. 
Parassintomiméticos não são usados para tratar disfunções cardíacas nem 
hipertensão. Ambos são consequências da desregulação do SN simpático. Não é 
aconselhável atacar um sistema para tratar outro. Assim, todos os efeitos causados 
pelo SN parassimpático são vistos como adversos. 
 
 ANTICOLINESTERÁSICOS: 
Diferentemente dos mimetizadores, esses fármacos aumentam a ação do SN 
parassimpático, pelo aumento de acetilcolina. O aumento da acetilcolina ocorre pelo 
bloqueio que esses fármacos fazem da enzima acetilcolinesterase (ACHE). Com a 
inibição dessa enzima a Ach da fenda sináptica não será degradada, aumentando 
ação parassimpática. Também são amplamente utilizados para o tratamento de 
glaucoma. 
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Ex.: utilização no tratamento de miastenia gravis, uma doença que autoimune que 
acomete os receptores nicotínicos da placa motora da musculatura esquelética. Os 
primeiros sintomas são a ptose da pálpebra e uma sensação constante de cansaço. 
A doença acomete os receptores de Ach da placa motora da musculatura esquelética, 
e com o passar dos anos a placa deixa de ser responsiva. Como o diafragma também 
é musc. esquelética o agravamento dos sintomas pode levar a dificuldades 
respiratórias e a óbito. A miastenia gravis não tem cura, mas é possível diminuir os 
sintomas bloqueando a enzima ACHE e aumentando os níveis de Ach, causando um 
superestímulo nos receptores. Quando não se tem certeza do diagnóstico, administra-
se edrofônios (anticolinesterásicos de curta duração), se se perceber a diminuição dos 
sinais, confirma-se o diagnóstico. Se o diagnóstico já for confirmado, alguns exemplos 
de fármacos são fisiostigmina e neostigmina (também são utilizados no tratamento de 
glaucoma). Outros anticolonesterásicos são utilizados no tratamento de mal de 
Alzheimer, como: tacrina e donezepil. 
Todos os fármacos citados são de ação reversível. Se ligam e inibem a enzima ACHE 
e posteriormente são excretados, cessando os efeitos. No entanto, existem outros 
fármacos de ação irreversível, que se ligam a ACHE irreversivelmente causando um 
aumento nas concentrações de Ach e consequente aumento de seus efeitos. Essa 
classe de fármacos pertence aos carbamatos e organofosforados. 
Ex.: gás de mostarda usado nas câmaras de gás nazistas. Levavam os judeus a 
efeitos muito acentuados da Ach, como braquicardia hiperacentuada e 
broncoconstrição excessiva, levando a uma parada cardiorrespiratória. 
Ex.: Paration e Melation, presentes em agrotóxicos. Também são inibidores 
irreversíveis de ACHE. Aumentando a concentração de Ach, e seus efeitos: miose, 
braquicardia extrema, sudorese fria, cólica, etc. Como são irreversíveis, para tratar 
essa intoxicação, deve-se usar um ativador da enzima acetilcolinesterase (ACHE). 
Um desses ativadores é a pralidoxima. Se não tiver pralidoxima disponível, pode-se 
utilizar ativadores do SNAp (parassimpatolíticos), como a atropina. 
Ex.: O famoso “chumbinho” também inibe irreversivelmente a enzima ACHE, e sua 
ação pode ser letal. 
 
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 PARASSIMPATOLÍTICOS: 
São antagonistas do SN parassimpático. Podem ter diversas ações: 
 Antiespasmódicos: diminui as contrações musculares de musculatura lisa. 
Ex.: Atropina (Atroveran). É um inibidor NÃO seletivo de receptores M, ou seja, 
inibe todos os 5 tipos de receptores muscarínicos. Muito utilizado no tratamento de 
cólicas menstruais e do TGI. Cólica caracteriza-se por ser uma contração muscular 
muito forte, inibindo os receptores de acetilcolina que promove a contração, 
diminui-se a dor. 
Obs.: pode ser usado contra intoxicação por anticolinesterásicos, pois bloqueia a 
ação da acetilcolina. 
Obs.: uma dose muito pequena de atropina pode causar discreta braquicardia  
corpo percebe a presença do antagonista  ativa vias compensatórias  aumenta 
a ação do SNAp  aumenta a concentração de Ach  ações da Ach. Com o 
fármaco em baixas concentrações, a ação que prevalece é a da Ach. A medida 
que se aumenta a concentração do fármaco, as ações de antagonismo 
prevalecem. Altas concentrações de atropina podem levar a problemas de 
exacerbação dos sintomas antagônicos. Outros fármacos antiespasmódicos 
parassimpatolíticos: Buscopan, hioscina e propantelina. 
 
 Antiulceroso  pirenzepima: fármaco seletivo para M1, presente nas células do 
estômago, diminui a quantidade de HCl no estômago, usado no tratamento de 
gastrite e úlcera. 
 
 Ocular  tropicamida, ciclopentolato: tem ação midriática (por inibição da miose), 
utilizado como colírio na realização do exame de fundo de olho. Gera ciclopegia, 
paralização da íris do m. ciliar. 
 
 Tratamento de asma  ipratrópio e tiotrópio: causam bronquiodilatação,melhorando a entrada de ar nos pulmões. Eficazes no tratamento de asma e 
enfisema pulmonar. São hidrofílicos, logo, ótimos para administração por vias 
respiratórias (bombinhas) e têm ação local, sem muitos efeitos sistêmicos. 
 
 
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 ÁLVARO LUIZ FONSECA CAMPOS 
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 BLOQUEADORES NEUROMUSCULARES: 
 
 Toxina botulínica: é produzida pela bactéria Clostridium botulinum, impede a 
liberação de Ach na fenda sináptica, quando essa inibição ocorre no músculo, ele 
se torna irresponsivo, uma vez que sem Ach não há ativação das vias de 
contração. 
Se for ingerida, a toxina botulínica pode ser letal, já que seu efeito sistémico de 
inibição do SNAp, causando principalmente problemas cardiovasculares. Essa 
intoxicação chamada botulismo não é rara, a bactéria se reproduz em alimentos, 
principalmente enlatados após o prazo de validade. 
Em quantidades muito pequenas e com algumas modificações a toxina 
botulínica é chamada de botóx e é aplicada em injeção local sendo muito eficaz 
para diminuição de rugas e marcas de expressão, já que causa paralisia na 
musculatura. 
 
 Curares: por exemplo tubocurarina, extraída de uma planta, muito utilizada por 
indígenas na caça com zarabatanas. Tem ação “não despolarizante”, bloqueia os 
receptores de Ach no músculo  paralisia. É muito hidrofílico, portanto, não é 
absorvido quando se consome a carne. 
 
 Suxametônio: fármaco despolarizante  superativa o receptor, causando 
miofasciculação (movimentação rápida/momentânea do músculo), tornando o 
musculo irresponsivo a Ach. Tem ação curta, muito usado pois causa imobilidade. 
 
Obs.: antagonistas nicotínicos. Ex.: nicotina  afeta receptores nicotínicos dos 
gânglios, gerando estímulos simpáticos e parassimpáticos. No fim, o que sobressai é 
a ação do simpático. Por isso, o tabagismo pode levar a quadros hipertensivos.

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