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1535041855lista LRF formatada 147Q CESPE COMENTADA

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Consultoria de Estudos – MPU/2018 _ Professor Anderson Ferreira LRF – LISTA COMENTADA 
 
1 
 
LEI DE RESPONSABILIDADE FISCAL - LRF 
 
CONCEITOS E OBJETIVOS 
[arts. diversos] 
 
1. (CESPE/MPU/Tec. Orçamento/2010) 
A LRF estabelece que a responsabilidade na gestão fiscal pressupõe ação planejada e transparente, para que se 
previnam riscos e corrijam desvios capazes de afetar o equilíbrio das contas públicas. Nesse sentido, os recursos 
da reserva de contingência são uma forma de prevenir os riscos de desequilíbrios nas contas públicas provocados 
por situações contingentes. 
 
CCeerrttoo. Art. 1º, §1º c/c art. 5º, inc. III da LRF. Ver também art. 91 do Dec. Lei nº 200/67. 
 
“§ 1o A responsabilidade na gestão fiscal pressupõe a ação planejada e transparente, em que se previnem riscos e 
corrigem desvios capazes de afetar o equilíbrio das contas públicas, mediante o cumprimento de metas de 
resultados entre receitas e despesas e a obediência a limites e condições no que tange a renúncia de receita, 
geração de despesas com pessoal, da seguridade social e outras, dívidas consolidada e mobiliária, operações de 
crédito, inclusive por antecipação de receita, concessão de garantia e inscrição em Restos a Pagar.” 
 
“ Art. 5o O projeto de lei orçamentária anual, elaborado de forma compatível com o plano plurianual, com a lei de 
diretrizes orçamentárias e com as normas desta Lei Complementar: 
 III - conterá reserva de contingência, cuja forma de utilização e montante, definido com base na receita corrente 
líquida, serão estabelecidos na lei de diretrizes orçamentárias, destinada ao: 
 a) (VETADO) 
 b) atendimento de passivos contingentes e outros riscos e eventos fiscais imprevistos.” 
 
2. (CESPE/TRE-PE/Anal. Jud. Área Adm./2017-múlt.) 
Um dos objetivos da LRF é fixar normas que estimulem a responsabilidade na gestão orçamentária. 
 
EErrrraaddoo. Segundo art. 1º caput da lei, a LRF estabelece normas de finanças públicas voltadas para a 
responsabilidade na ggeessttããoo ffiissccaall. 
 
3. (CESPE/ANATEL/Contador/2009) 
Em atendimento ao disposto no texto constitucional, estabelecendo a necessidade de lei complementar em 
matéria orçamentária, editou-se a Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF), que preencheu as lacunas da Lei n.º 
4.320/1964. 
 
EErrrraaddoo. A LRF não preencheu lacunas da Lei 4.320/64, mas sim da CF/88, pois regulamentou os arts. 163 e 169 da 
CF/88. 
 
4. (CESPE/MPE-PI/Analista/Controle Interno/2012) 
Constitui objetivo da LRF regulamentar o dispositivo constitucional que reserva à legislação complementar as 
normas sobre o exercício financeiro, a vigência, os prazos, a elaboração e a organização do plano plurianual, da 
lei de diretrizes orçamentárias e da lei orçamentária anual. 
 
EErrrraaddoo. A LRF regulamentou os arts. 163 e 169 da CF/88. A questão faz referência à Lei Complementar de que 
trata o art. 165, §9º da CF/88, que ainda se encontra em versão de projeto (PLC 135/96). Até a edição dessa lei 
complementar, a Lei 4.320/64 e o art. 35, §2º do ADCT estão preenchendo a lacuna do art. 165 §9º da CF/88. 
 
5. (CESPE/MPU/Analista de Economia/2010) 
Com relação à responsabilidade na gestão fiscal, julgue o item. 
Nesse tipo de responsabilidade, pressupõe-se a ação planejada e transparente com o objetivo de prevenir riscos 
e efetuar possíveis correções de desvios que possam afetar o equilíbrio das contas públicas. 
Consultoria de Estudos – MPU/2018 _ Professor Anderson Ferreira LRF – LISTA COMENTADA 
 
2 
 
CCeerrttoo. Art. 1º, §1º da LRF. 
 
“§ 1o A responsabilidade na gestão fiscal pressupõe a ação planejada e transparente, em que se previnem riscos e 
corrigem desvios capazes de afetar o equilíbrio das contas públicas, mediante o cumprimento de metas de 
resultados entre receitas e despesas e a obediência a limites e condições no que tange a renúncia de receita, 
geração de despesas com pessoal, da seguridade social e outras, dívidas consolidada e mobiliária, operações de 
crédito, inclusive por antecipação de receita, concessão de garantia e inscrição em Restos a Pagar.” 
 
6. (CESPE/STM/Anal. Jud.-Adm./2018) 
O conceito legal de empresa estatal dependente inclui todas as empresas estatais controladas. 
 
EErrrraaddoo. É ao contrário, pois as controladas (gênero) podem ser dependentes ou independentes (espécies). 
Ver art. 2º, incisos II e III da LRF. 
 
“II - empresa controlada: sociedade cuja maioria do capital social com direito a voto pertença, direta ou 
indiretamente, a ente da Federação; 
III - empresa estatal dependente: empresa controlada que receba do ente controlador recursos financeiros para 
pagamento de despesas com pessoal ou de custeio em geral ou de capital, excluídos, no último caso, aqueles 
provenientes de aumento de participação acionária;” 
 
7. (CESPE/TRE-TO/Anal. Jud. área Adm./2017) 
As receitas de empresas estatais dependentes integram o rol de receitas do orçamento fiscal. 
 
CCeerrttoo. As estatais dependentes terão suas receitas e despesas constantes do orçamento fiscal. Ver art. 5º da 
LDO-2018 (Lei nº 13.473/2017): 
 
“Art. 5º Os OOrrççaammeennttooss FFiissccaall e da Seguridade Social compreenderão o conjunto das rreecceeiittaass públicas, bem como 
das despesas dos Poderes, do Ministério Público da União e da Defensoria Pública da União, seus fundos, órgãos, 
autarquias, inclusive especiais, e ffuunnddaaççõõeess iinnssttiittuuííddaass ee mmaannttiiddaass pelo Poder Público, das empresas públicas, das 
sociedades de economia mista ee ddaass ddeemmaaiiss eennttiiddaaddeess eemm qquuee aa UUnniiããoo,, ddiirreettaa oouu iinnddiirreettaammeennttee,, ddeetteennhhaa aa 
mmaaiioorriiaa ddoo ccaappiittaall ssoocciiaall ccoomm ddiirreeiittoo aa vvoottoo ee qquuee ddeellaa rreecceebbaamm rreeccuurrssooss ddoo TTeessoouurroo NNaacciioonnaall, devendo a 
correspondente execução orçamentária e financeira, da receita e da despesa, ser registrada na modalidade total no 
Sistema Integrado de Administração Financeira do Governo Federal - Siafi.” 
 
Da Abrangência 
(art. 1º, § 2º) 
 
8. (CESPE/TCE-TO/2008) 
O campo de atuação da LRF limita-se a UNIÃO. 
 
EErrrraaddoo. Não se limita à União, pois é aplicada também aos Estados, DF e Municípios (art. 1º, §2º, da LRF). 
 
“§ 2º As disposições desta Lei Complementar obrigam a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios.” 
 
9. (CESPE/TCE-CE/2009) 
Os entes da federação que estão submetidos aos ditames da LRF, são: a União, os Estados e o Distrito Federal, 
porque legislar sobre o direito financeiro é competência concorrente e não inclui os Municípios. 
 
EErrrraaddoo. A LRF é também aplicada aos municípios (art. 1º, §2º, da LRF). 
 
10. (CESPE/MPE-SE/Promotor/2010) 
As disposições da Lei de Responsabilidade Fiscal (Lei Complementar n.º 101/2000) obrigam a União, os estados e 
o DF, aplicando-se aos municípios apenas as normas relativas à execução orçamentária e ao cumprimento de 
metas. 
Consultoria de Estudos – MPU/2018 _ Professor Anderson Ferreira LRF – LISTA COMENTADA 
 
3 
 
 
EErrrraaddoo. A LRF é aplicada de forma integral aos municípios, e não apenas parte relativa à execução 
orçamentária e ao cumprimento de metas. Não há tratamento diferenciado aos municípios nesse sentido. 
 
11. (CESPE/ANP/Analista-Perfil2/2013) 
As empresas estatais independentes não compõem o campo de aplicação da LRF. 
 
CCeerrttoo. Art. 1º, §2º e § 3º, inc. I e alínea “b”, da LRF. 
 
“§ 2º As disposições desta Lei Complementar obrigam a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios. 
 § 3º Nas referências: 
 I - à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios, estão compreendidos: 
 a) o Poder Executivo, o Poder Legislativo, neste abrangidos os Tribunais de Contas, o Poder Judiciário e o 
Ministério Público; 
 b) as respectivas administrações diretas, fundos,autarquias, fundações ee eemmpprreessaass eessttaattaaiiss ddeeppeennddeenntteess;” 
 
12. (CESPE/TCDF/ACE/2012) 
As disposições, as proibições, as condições e os limites constantes na LRF valem para o DF até que seja aprovada 
lei complementar de âmbito local que disponha sobre a ação planejada e transparente, voltada para a prevenção 
de riscos e correção de desvios capazes de afetar o equilíbrio das contas públicas. 
 
EErrrraaddoo. A LRF é uma lei federal aplicada a todos os entes da federação (União, Estados, DF e Municípios). O 
DF não está aguardando uma “LRF” própria, pois a LC 101/2000 já é a LRF definitiva ao DF e aos demais 
entes. 
 
Da Receita Corrente Líquida – RCL 
[art. 2º, inc. IV] 
 
Acerca da Lei de Responsabilidade Fiscal, julgue o item a seguir. 
 
13. (CESPE/CGM-PB/AMCI/2018) 
As transferências recebidas de outros entes não integram a receita corrente líquida. 
 
EErrrraaddoo. No cálculo da RCL, são consideradas todas as receitas correntes (iinncclluussiivvee aass ttrraannssffeerrêênncciiaass ccoorrrreenntteess), 
com as devidas deduções legais, segundo o art. 2º, inciso IV da LRF. 
 
 “IV - receita corrente líquida: somatório das receitas tributárias, de contribuições, patrimoniais, industriais, 
agropecuárias, de serviços, ttrraannssffeerrêênncciiaass ccoorrrreenntteess e outras receitas também correntes, deduzidos: 
 a) na União, os valores transferidos aos Estados e Municípios por determinação constitucional ou legal, e as 
contribuições mencionadas na alínea a do inciso I e no inciso II do art. 195, e no art. 239 da Constituição; 
 b) nos Estados, as parcelas entregues aos Municípios por determinação constitucional; 
 c) na União, nos Estados e nos Municípios, a contribuição dos servidores para o custeio do seu sistema de 
previdência e assistência social e as receitas provenientes da compensação financeira citada no § 9º do art. 201 da 
Constituição.” 
 
14. (CESPE/TRE-PE/Anal. Jud. Área Adm./2017) 
Receita corrente líquida é o montante bruto de receitas tributárias, de contribuições e patrimoniais, depois 
de efetuadas as deduções legalmente previstas. 
 
EErrrraaddoo. A RCL compreende todas as receitas correntes, não apenas o montante bruto das tributárias, 
contribuições e patrimoniais. Essas são apenas três de um total de oito origens de receitas correntes. A 
segunda parte da questão, que cita as deduções, está correta. A questão é errada pela primeira parte, que é 
restritiva. 
Consultoria de Estudos – MPU/2018 _ Professor Anderson Ferreira LRF – LISTA COMENTADA 
 
4 
 
 
15. (CESPE/MPOG-ENAP/Administrador/2015) 
Os recursos transferidos pela União ao Distrito Federal, quando destinados à assistência financeira para a 
execução de serviços públicos das polícias civil e militar e do corpo de bombeiros, não integram o conceito de 
receita corrente líquida, ainda que sejam utilizados para pagamento de pessoal. 
 
CCeerrttoo. Conforme art. 2º, §2º da LRF, não serão considerados na RCL do Distrito Federal - DF os recursos 
recebidos da União para o pagamento das despesas com pessoal das polícias civil e militar, do corpo de 
bombeiros militar, do TJDFT, do MPDFT e da Defensoria Pública do DF. 
 
“§ 2º NNããoo serão considerados na receita corrente líquida ddoo DDiissttrriittoo FFeeddeerraall e dos Estados do Amapá e de Roraima 
os recursos recebidos da União para atendimento das despesas de que trata o iinncciissoo VV ddoo §§ 11oo ddoo aarrtt.. 1199.” 
 
“§ 1º Na verificação do atendimento dos limites definidos neste artigo, nnããoo sseerrããoo ccoommppuuttaaddaass as despesas: 
... 
 V - com pessoal, ddoo DDiissttrriittoo FFeeddeerraall e dos Estados do Amapá e Roraima, custeadas com recursos transferidos pela 
União na forma dos incisos XIII e XIV do art. 21 da Constituição e do art. 31 da Emenda Constitucional no 19;” 
 
16. (CESPE/TCE/TO/Superior/2008) 
A receita corrente líquida será apurada pelo somatório, de janeiro a dezembro, das receitas correntes, deduzidas 
as transferências estabelecidas na lei. 
 
EErrrraaddoo. Não será necessariamente de janeiro a dezembro. A receita corrente líquida – RCL será o somatório das 
receitas correntes, deduzido o somatório das transferências constitucionais/legais. 
 
Cálculo: 
 
 
RCL = Somatório das Receitas 
Correntes 
São receitas correntes as: 
- “TRIbutárias”; 
- de COntribuições; 
- Patrimoniais; 
- Agropecuárias; 
- Industriais; 
- de Serviços; 
- TRANSferências correntes; 
- OUtras receitas correntes 
(menos) 
 
 
- 
Transferências 
Constitucionais/legais 
Exemplos de algumas transferências 
(deduções): 
a) de 100% que a União arrecadar 
com o IRRF e IPI, 48% serão 
transferidos aos Estados, DF, 
Municípios e regiões Norte, 
Nordeste e Centro Oeste (art. 159, 
CF/88). 
b) Outro exemplo de transferências 
são os recursos destinados as áreas 
de saúde e educação (arts. 76 e 77, 
CF/88) 
 
 
A RCL será apurada em um período de 12 meses (um ano). Porém, esses 12 meses não coincidem 
necessariamente com o ano civil (poderá coincidir, quando a apuração for feita em janeiro de certo exercício 
financeiro). A apuração poderá ser feita a qualquer momento do ano. Os 12 meses serão considerados da 
seguinte forma: 1 mês referência + 11 meses anteriores ao referência, excluídas as duplicidades (ex: receitas 
intraorçamentárias). O mês referência será aquele imediatamente anterior ao mês corrente. De um jeito mais 
simples, consideram-se os últimos dose meses anteriores ao mês corrente. Veja o esquema abaixo: 
 
 
Consultoria de Estudos – MPU/2018 _ Professor Anderson Ferreira LRF – LISTA COMENTADA 
 
5 
 
2017 2018 
FEV MAR ABR MAI JUN JUL AGO SET OUT NOV DEZ JAN FEV MAR ABR 
 11 meses anteriores ao mês referência Mês referência 
Hoje: 
31/mar 
 
 12 meses (utilizados para apuração das receitas correntes líquidas) 
 
Suponhamos que hoje, dia 31 de março de 2018, queiramos apurar a RCL. Como o mês de março ainda está em 
aberto/andamento, não é possível computar as receitas correntes arrecadadas nele e muito menos suas 
deduções, mesmo estando já no último dia do mês. Dessa forma, o mês referência será fevereiro de 2018, 
devendo-se considerar ainda os outros 11 meses anteriores (de jan/2018 a mar/2017) para totalizar os 12 meses 
necessários. 
 
17. (CESPE/MPU/Tec. Orçamento/2010) 
A receita corrente líquida deve sempre ser apurada no período referente a um ano, coincidente com o ano civil. 
 
EErrrraaddoo. Poderá coincidir com o ano civil, quando estivermos em janeiro. Do contrário, envolverá meses de dois 
exercícios financeiros. É errado taxar que coincide com o ano civil. 
 
18. (CESPE/MPU/Tec. Orçamento/2010) 
Segundo a LRF, a receita corrente líquida corresponde ao somatório das receitas tributárias, de contribuições, 
patrimoniais, industriais, agropecuárias, de serviços, transferências correntes e outras receitas também 
correntes, com as deduções estabelecidas na própria LRF. 
 
CCeerrttoo. A própria LRF faz referências às deduções que devem ser feitas, conforme art. 2º, inc. IV. 
 
19. (CESPE/ACI/FINANÇAS PÚBLICAS/2009) 
A RCL representa o somatório das receitas tributárias, de contribuições, patrimoniais, industriais, agropecuárias, 
de serviços, de transferências correntes e de outras receitas também correntes. 
 
EErrrraaddoo. A questão não citou as deduções. Logo, não tem como ser receita corrente LÍQUIDA sem que sejam feitas 
as deduções. 
 
20. (CESPE/ACI/FINANÇAS PÚBLICAS/2009) 
A RCL é apurada somando-se as receitas arrecadadas no mês em referência e nos onze anteriores, incluídas as 
duplicidades. 
 
EErrrraaddoo. Segundo o art. 2º, §3º da LRF, é “excluídas” as duplicidades e não “incluídas”, como afirma o item. 
 
 “§ 3º A receita corrente líquida será apurada somando-se as receitas arrecadadas no mês em referência e nos onze 
anteriores, excluídasas duplicidades.” 
 
21. (CESPE/TJ-RO/Administrador/2012) 
Considere as seguintes receitas de um estado da Federação. 
Tributária R$ 100,00 _ RC (considerar) 
Alienação de bens R$ 150,00 _ RK (não considerar) * 
Patrimonial R$ 150,00_ RC (considerar) 
Operações de crédito R$ 200,00_ RK (não considerar) * 
Contribuições R$ 120,00_ RC (considerar) 
Industriais R$ 80,00_ RC (considerar) 
Com base nos dados acima e considerando que a parcela entregue aos municípios por determinação 
constitucional tenha sido de R$ 40,00, é correto afirmar que a receita corrente líquida apurada nesse estado foi 
de 
Consultoria de Estudos – MPU/2018 _ Professor Anderson Ferreira LRF – LISTA COMENTADA 
 
6 
 
A) R$ 660,00. 
CCeerrttoo B) R$ 410,00. 
C) R$ 700,00. 
D) R$ 460,00. 
E) R$ 610,00. 
 
Cálculo: 
 
Primeiro, vamos separar as receitas correntes (RC) das de capital (RK): 
 
Tributária R$ 100,00 (RC) 
Patrimonial R$ 150,00 (RC) 
Contribuições R$ 120,00 (RC) 
Industriais R$ 80,00 (RC) 
TOTAL das RC R$ 450,00 
*Receitas com a “alienação de bens” e “operações de crédito” são receitas de capital (RK) e não entram no 
cálculo da RCL. 
RCL = R$ 450,00 – R$ 40,00 (dedução constitucional aos municípios) 
RCL = R$ 410,00 (alternativa “B”) 
 
22. (CESPE/MPE-PI/Analista/Controle Interno/2012) 
O limite de despesas de pessoal no caso dos estados corresponde a determinado percentual das receitas 
correntes líquidas, cujo cálculo deve incluir as parcelas recebidas e excluir as parcelas pagas ao Fundo de 
Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação. 
 
CCeerrttoo. O limite das despesas com pessoal é calculado conforme percentuais dos incisos dos arts. 19 e 20 da LRF. 
Esses percentuais serão calculados sobre a RCL. No cálculo da RCL, serão incluídas as parcelas recebidas (nas 
transferências correntes) e excluir as parcelas pagas (do lado das deduções) ao FUNDEB (art. 60, inc I do ADCT), 
conforme art. 2º, inc. IV, §1º da LRF. 
 
Acerca da receita corrente líquida (RCL), conforme previsão da Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF), julgue os 
itens a seguir. 
 
23. (CESPE/INPI/Analista-Gestão Financ./2013) 
Na União, os valores transferidos aos estados e municípios por determinação constitucional ou legal devem ser 
deduzidos do cálculo da RCL. 
 
CCeerrttoo. Ver art. 2º, inc. IV, alínea “a” da LRF. 
 
“IV - receita corrente líquida: somatório das receitas tributárias, de contribuições, patrimoniais, industriais, 
agropecuárias, de serviços, transferências correntes e outras receitas também correntes, deduzidos: 
a) nnaa UUnniiããoo,, ooss vvaalloorreess ttrraannssffeerriiddooss aaooss EEssttaaddooss ee MMuunniiccííppiiooss ppoorr ddeetteerrmmiinnaaççããoo ccoonnssttiittuucciioonnaall oouu lleeggaall, e as 
contribuições mencionadas na alínea a do inciso I e no inciso II do art. 195, e no art. 239 da Constituição;” 
 
24. (CESPE/INPI/Analista-Gestão Financ./2013) 
As receitas industriais e de serviços estão englobadas na soma das receitas correntes. 
 
CCeerrttoo. As receitas industriais e as de serviços estão no rol das receitas correntes e serão consideradas para o 
cálculo da RCL (ver art. 2º, inc. IV da LRF). 
 
25. (CESPE/INPI/Analista-Gestão Financ./2013) 
As receitas intraorçamentárias arrecadadas devem ser computadas no cálculo anual da RCL. 
Consultoria de Estudos – MPU/2018 _ Professor Anderson Ferreira LRF – LISTA COMENTADA 
 
7 
 
 
EErrrraaddoo. As receitas intraorçamentárias são transferências correntes ou de capital na mesma esfera, ou seja, entre 
órgãos orçamentários de uma mesma LOA. Logo, não serão computadas para o cálculo da RCL. 
 
26. (CESPE/MS/Administrador/2013) 
As receitas oriundas de operações de crédito não integram o somatório para apuração da receita corrente 
líquida. 
 
CCeerrttoo. As operações de crédito são receitas de capital e não correntes. Logo, não integram o cálculo da RCL (ver 
art. 2º, inc. IV da LRF). 
 
PLANEJAMENTO 
[art. 4º ao art. 10 – LRF] 
 
27. (CESPE/STM/Anal. Jud.-Adm./2018) 
Os objetivos das políticas monetária, creditícia e cambial devem ser apresentados no projeto da lei 
orçamentária anual. 
 
EErrrraaddoo. Os objetivos das políticas monetária, creditícia e cambial devem ser apresentados em Anexo 
Específico (A.E) a ser enviado junto com o projeto da LLDDOO e não da LOA, como afirma o item. 
 
Segundo o art. 4º da LRF, além das atribuições constitucionais do art. 165, §2º, a LDO deve dispor também 
sobre: 
 
 O equilíbrio entre Receitas e Despesas (art. 9º da LRF); 
 Os critérios e formas de limitação de empenho (Anexo III da LDO/2018); 
 O controle de custos e à avaliação dos resultados dos programas financiados com recursos dos 
orçamentos; 
 As condições e exigências para transferências de recursos a entidades públicas e privadas; 
 
 Anexo de Metas Fiscais - AMF: 
- metas anuais sobre: R e D; resultados nominal e primário; montante da dívida pública (p/ 3 anos); 
*essas metas devem ser demonstradas/justificadas em memória e metodologia de cálculo 
(comparativo dos últimos 3 anos) 
- avaliação do cumprimento das metas relativas ao ano anterior; 
- evolução do patrimônio líquido (últimos 3 anos); 
- origem/aplicação dos recursos obtidos pela alienação de ativos (venda de patrimônio: art. 44 da LRF); 
- avaliação da situação financeira e atuarial (análise estatística dos regimes de previdência) 
- demonstrativo da estimativa e compensação da renúncia de receita (art. 14 da LRF) 
- margem de expansão das despesas obrigatórias de caráter continuado (art. 17 da LRF) 
 
 Anexo de Riscos Fiscais - ARF 
- Passivos Contingentes (obrigações que envolvem certo grau de incerteza quanto a sua real ocorrência) 
- Outros Riscos (relacionados a R e/ou D); 
- Providências a serem tomadas(caso os riscos se concretizem). 
 
 Anexo Específico - AE: 
- Projeções Econômicas: oobbjjeettiivvooss ddaass ppoollííttiiccaass mmoonneettáárriiaa,, ccrreeddiittíícciiaa ee ccaammbbiiaall,, mmeettaass ddee iinnffllaaççããoo, etc 
 
 
 
 
Consultoria de Estudos – MPU/2018 _ Professor Anderson Ferreira LRF – LISTA COMENTADA 
 
8 
 
28. (CESPE/TRE-PE/Anal. Jud. Área Adm./2017) 
Na lei de diretrizes orçamentárias, o anexo de metas fiscais deve conter avaliações atuariais. 
 
CCeerrttoo. O Anexo de Metas Fiscais - AMF conterá a avaliação da situação financeira (recursos) e atuarial 
(análise estatística) dos regimes geral de previdência social e próprio dos servidores, do FAT e demais fundos 
relacionados - Art. 4º, §2º, inc IV da LRF. 
 
29. (CESPE/MPU/Analista de Economia/2010) 
A lei de diretrizes orçamentárias dispõe sobre o equilíbrio entre receitas e despesas, bem como sobre os critérios 
e forma de limitação de empenho, entre outras medidas. 
 
CCeerrttoo. Art. 4º, alíneas “a” e “b”, da LRF. 
 
30. (CESPE/CGE-PI/Auditor/2015) 
A LRF atribuiu à LDO a responsabilidade de tratar de outras matérias não previstas na Constituição Federal de 
1988, como a publicação da avaliação atuarial do regime próprio de previdência dos servidores públicos. 
 
CCeerrttoo. Conforme o art. 4º, caput, inc. I da LRF, a LDO recebeu novas atribuições, dentre elas a publicação da 
avaliação da situação financeira e atuarial do regime de previdência. Essa avaliação consta do Anexo de Metas 
Fiscais da LDO, conforme §2º do Art. 4º da mesma lei. Ressalto que a avaliação atuarial refere-se a uma análise 
estatística da situação do regime de previdência. 
 
31. (CESPE/TRF-1ªR/Anal. Jud.-Área Adm./2017) 
Se, na elaboração da lei de diretrizes orçamentárias, forem constatados fatores que possam afetar o 
equilíbrio das finanças públicas, a administração pública deverá incluir não somente as informações acerca 
desses possíveis fatores, mas também as medidas que serão adotadas caso as previsões se concretizem. 
 
CCeerrttoo. Os possíveisfatores são os “riscos fiscais” constantes do Anexo de Riscos Fiscais - ARF. Segundo o art. 4º, 
§3º da LRF, o ARF conterá: 
 
- Passivos Contingentes (obrigações que envolvem certo grau de incerteza quanto a sua real ocorrência) 
- Outros Riscos (relacionados a R e/ou D); 
- PPrroovviiddêênncciiaass a serem tomadas (caso os riscos se concretizem). 
 
32. (CESPE/MI/Administrador/2013) 
Se a União for condenada em ação judicial de indenização, mas a sentença correspondente ainda não tiver 
transitado em julgado no momento da elaboração do projeto de LDO, deverá o valor da ação ser incluído no 
anexo de riscos fiscais da referida lei. 
 
CCeerrttoo. Conforme art. 4º, §3º da LRF, a LDO conterá o anexo de riscos fiscais, onde serão avaliados os passivos 
contingentes e outros riscos capazes de afetar as contas públicas, informando as providências a serem tomadas, 
caso se concretizem. Perceba que o conteúdo do anexo de riscos fiscais é analítico. Logo, uma indenização com 
sentença ainda não transitado em julgado será considerada no referido anexo, por se tratar de um passivo 
contingente. 
 
33. (CESPE/TCE-PE/Cargo4/2017) 
Nas situações em que houver frustração de receitas e ficar evidenciado o não cumprimento das metas de 
resultado primário ou nominal estabelecidas em instrumento de transparência da gestão fiscal, os empenhos 
e a movimentação financeira deverão ser limitados. 
 
CCeerrttoo. Se, ao final de um bimestre de exercício da LOA, constatar-se que as receitas efetivamente arrecadadas 
foram inferiores às projetadas na LOA e que não será atingida a meta de resultado primário definida na LDO, os 
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Poderes Legislativo, Executivo e Judiciário, bem como o Ministério Público e a Defensoria Pública, deverão, cada 
um, em ato próprio, nos trinta dias subsequentes, limitar os empenhos e as movimentações financeiras nos 
montantes necessários para a obtenção do reequilíbrio orçamentário, conforme critérios estabelecidos na LDO. 
Trata-se do disposto no art. 9º da LRF: 
 
“Art. 9º Se verificado, ao final de um bimestre, que a realização da receita poderá não comportar o cumprimento 
das metas de resultado primário ou nominal estabelecidas no Anexo de Metas Fiscais, os Poderes e o Ministério 
Público promoverão, por ato próprio e nos montantes necessários, nos trinta dias subseqüentes, limitação de 
empenho e movimentação financeira, segundo os critérios fixados pela lei de diretrizes orçamentárias.” 
 
34. (CESPE/MPOG-ENAP/Administrador/2015) 
A vinculação legal entre recurso e objeto é restrita ao exercício de ingresso do recurso, sendo desfeita no 
exercício subsequente. 
 
EErrrraaddoo. Conforme parágrafo único do artigo 8º da LRF, os recursos vinculados por lei a finalidade específica serão 
utilizados exclusivamente para atender ao objeto de sua vinculação, AINDA que em exercício diverso daquele em 
que ocorrer o ingresso. 
 
“Art. 8º Até trinta dias após a publicação dos orçamentos, nos termos em que dispuser a lei de diretrizes 
orçamentárias e observado o disposto na alínea c do inciso I do art. 4º, o Poder Executivo estabelecerá a 
programação financeira e o cronograma de execução mensal de desembolso. 
Parágrafo único. Os recursos legalmente vinculados a finalidade específica serão utilizados exclusivamente para 
atender ao objeto de sua vinculação, ainda que em exercício diverso daquele em que ocorrer o ingresso.” 
 
35. (CESPE/INPI/Analista-Gestão Financ./2013) 
O cronograma de execução do desembolso deve ser estabelecido após a publicação da LOA, sendo apresentado 
em termos mensais. 
 
CCeerrttoo. Conforme art. 8º da LRF, em até trinta dias após a publicação dos orçamentos (LOAs), nos termos em que 
dispuser LDO e observado o disposto na alínea c do inciso I do art. 4º, o Poder Executivo estabelecerá a 
programação financeira e o cronograma de execução mensal de desembolso. Ler o caput do artigo 8º no 
comentário da questão anterior. 
 
36. (CESPE/MI/Anal.Téc.Adm./2013) 
O Poder Executivo deve aprovar a programação financeira e o cronograma de execução mensal de desembolsos 
antes da aprovação da lei orçamentária, conforme previsto na LRF. 
 
EErrrraaddoo. Conforme art. 8º da LRF, o Poder Executivo - PE estabelecerá o cronograma de desembolsos após a 
publicação da LOA. Logo, é errado falar que o PE deve aprovar a programação financeira e o cronograma de 
execução mensal de desembolsos antes da aprovação da lei orçamentária 
 
37. (CESPE/MJ/Administrador/2013) 
O estabelecimento da meta de resultado fiscal deve ocorrer em até trinta dias após a publicação da Lei 
Orçamentária Anual. 
 
EErrrraaddoo. A meta de resultado fiscal é estabelecida antes da publicação da LOA, no anexo de metas fiscais da LDO, 
conforme art. 4º, § 1º da LRF. 
 
(CESPE/CNJ/Analista-Cargo1/2013) 
Supondo que Maria seja responsável por conduzir a execução orçamentária de um tribunal federal e tendo em 
conta o disposto na Lei n.º 4.320/1964, na LRF e na CF, julgue o próximo item. 
 
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38. Na execução de despesa e receita, Maria, como administradora pública, deverá observar os limites de gastos 
estabelecidos para cumprir as metas fiscais constantes da LOA. 
 
EErrrraaddoo. As metas fiscais são estabelecidas na LDO (anexo de metas fiscais) e não na LOA. 
 
RECEITA PÚBLICA 
[art. 11 ao 14 – LRF] 
 
39. (CESPE/TCE-PE/Cargo1e2/2017) 
Determinado subsídio constituído por renúncia de receita pública poderá ser aprovado e colocado em 
execução ainda que não esteja incluído no demonstrativo da estimativa de renúncia de receita da lei de 
diretrizes orçamentárias. 
 
CCeerrttoo. Os requisitos para renúncia de receita estão dispostos no artigo 14 da LRF: 
 
A concessão ou ampliação de incentivo ou benefício de natureza tributária da qual decorra renúncia de receita 
deverá estar acompanhada de estimativa do impacto orçamentário-financeiro no exercício em que deva iniciar sua 
vigência e nos dois seguintes (1º requisito), atender ao disposto na lei de diretrizes orçamentárias (2º requisito) e a 
pelo menos uma das seguintes condições: 
 
I - demonstração pelo proponente de que a renúncia foi considerada na estimativa de receita da lei orçamentária, 
na forma do art. 12, e de que não afetará as metas de resultados fiscais previstas no anexo próprio da lei de 
diretrizes orçamentárias (3º requisito-I); 
OU 
II - estar acompanhada de medidas de compensação, no período mencionado no caput, por meio do aumento de 
receita, proveniente da elevação de alíquotas, ampliação da base de cálculo, majoração ou criação de tributo ou 
contribuição (3º requisito-II). 
 
Logo, poderá ser aprovada renúncia de receita por concessão de subsídio ainda que tal renúncia não esteja 
demonstrada no demonstrativo da estimativa de renúncia da LDO (3º requisito-I), caso seja acompanhada de 
medidas de compensação (3º requisito-II). 
 
40. (CESPE/STJ/Técnico administrativo/2015) 
Se o governo federal alterar as alíquotas do imposto sobre produtos industrializados, de modo a reduzir o 
montante global da receita tributária, não precisará promover as medidas compensatórias previstas para o caso 
de renúncia de receitas. 
 
CCeerrttoo. Segundo o §3º do art. 14 da LRF, estão dispensadas das condições do caput do art. 14 as renúncias de 
receitas referentes: 
I - às alterações das alíquotas dos impostos sobre importação e exportação, produtos industrializados (IPI) 
e movimentação financeira (IOF); 
II - ao cancelamento de débito tributário de valor inferior ao dos respectivos custos de cobrança. 
 
41. (CESPE/ANTT/Administração/2013) 
Considere-se que, para garantir a atratividade econômica de certa rota de transporte terrestre interestadual, o 
governo federal pretenda conceder benefícios de naturezatributária ao vendedor do leilão de concessão da rota 
em questão. Nessa situação hipotética, não será necessário incluir no projeto de lei orçamentária o impacto 
regionalizado sobre as receitas e as despesas oriundo de tal benefício, mas, sim, a previsão global desse impacto. 
 
EErrrraaddoo. Segundo o art. 165, § 6º da CF/88, o projeto de lei orçamentária será acompanhado de demonstrativo 
regionalizado do efeito, sobre as receitas e despesas, decorrente de isenções, anistias, remissões, subsídios e 
benefícios de natureza financeira, tributária e creditícia. Embora a CF trate superficialmente da matéria, foi o 
art. 14 da LRF que regulamentou e estabeleceu condições para as renúncias de receitas. 
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42. (CESPE/MI/Administrador/2013) 
Suponha que a União pretenda reduzir a zero a alíquota do imposto de produtos industrializados incidente sobre 
eletrodomésticos e utensílios de cozinha. Nessa situação, não será necessário demonstrar que a renúncia de 
receita foi considerada na estimativa de receita da lei orçamentária nem efetuar medidas de compensação por 
meio do aumento de receita. 
 
CCeerrttoo. O art. 14 da LRF estabelece critérios/condições para a renúncia de receita. Porém, conforme §3º do 
referido artigo, é facultado ao Poder Executivo alterar, sem atender às condições do art. 14 da LRF, as alíquotas 
dos seguintes impostos: 
 
a) sobre a importação de produtos estrangeiros; 
b) exportação, para o exterior, de produtos nacionais ou nacionalizados; 
c) produtos industrializados; 
d) operações de crédito, câmbio e seguro, ou relativas a títulos ou valores mobiliários. 
 
DESPESA PÚBLICA 
[art. 15 ao art. 24 – LRF] 
 
Da Geração de Despesas 
[arts. 15 e 16] 
 
43. (CESPE/TRE-PE/Anal. Jud. Área Adm./2017) 
A proposta de aperfeiçoamento da ação governamental dispensa a elaboração de estimativa de impacto 
financeiro, mas exige a estimativa de impacto orçamentário. 
 
EErrrraaddoo.. Conforme art. 16 da LRF, quando a proposta de criação, expansão ou aperfeiçoamento de ação do 
governo implicar em aumento de despesa, essa proposta deve ser acompanhada da estimativa do impacto 
orçamentário e financeiro. 
 
“Art. 16. A criação, expansão ou aperfeiçoamento de ação governamental que acarrete aumento da despesa será 
acompanhado de: 
I - estimativa do impacto orçamentário-financeiro no exercício em que deva entrar em vigor e nos dois 
subseqüentes; 
II - declaração do ordenador da despesa de que o aumento tem adequação orçamentária e financeira com a lei 
orçamentária anual e compatibilidade com o plano plurianual e com a lei de diretrizes orçamentárias.” 
 
44. (CESPE/AGU/Procurador/2010) 
De acordo com a LRF, a contratação de serviços, por meio de licitação, que acarrete aumento de despesa deve 
vir precedida de demonstrativo da estimativa do impacto orçamentário-financeiro apenas do exercício em que 
deva entrar em vigor a referida despesa, bem como da declaração de responsabilidade do ordenador de 
despesa. 
 
EErrrraaddoo.. Conforme art. 16, inciso I da LRF, a estimativa do impacto orçamentário-financeiro não é apenas do 
exercício em que deva entrar em vigor, mas também nos dois subseqüentes (ler o dispositivo no comentário da 
questão anterior). 
 
45. (CESPE/AGU/Advogado/2009) 
A criação de ação governamental que acarrete despesa pública será acompanhada de estimativa do impacto 
orçamentário-financeiro no exercício em que deva entrar em vigor e nos dois subsequentes. 
 
CCeerrttoo. Trata-se do disposto no art. 16, inciso I da LRF. 
“I - estimativa do impacto orçamentário-financeiro no exercício em que deva entrar em vigor e nos dois 
subseqüentes;” 
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46. (CESPE/AGU/Advogado/2009) 
É condição prévia para empenho e licitação de serviços criados por ação governamental nova, a declaração do 
ordenador da despesa de que o aumento tem adequação orçamentária e financeira com todos os tipos de 
orçamentos. 
 
CCeerrttoo. O empenho e licitação para contratação de serviços criados por ação nova do governo devem estar 
acompanhados da declaração do ordenador da despesa, conforme art. 16, inciso II da LRF. 
 
“II - declaração do ordenador da despesa de que o aumento tem adequação orçamentária e financeira com a lei 
orçamentária anual e compatibilidade com o plano plurianual e com a lei de diretrizes orçamentárias.” 
 
Das Despesas Obrigatórias de Caráter Continuado 
[art. 17] 
 
47. (CESPE/FNDE/Cargo2/2012) 
É obrigatória e de caráter continuado a despesa corrente cuja obrigação de execução, legalmente 
regulamentada, supere dois exercícios. 
 
CCeerrttoo. A questão trouxe o conceito literal do art. 17, caput, da LRF. Veja: 
 
“Art. 17. Considera-se obrigatória de caráter continuado a despesa corrente derivada de lei, medida provisória ou 
ato administrativo normativo que fixem para o ente a obrigação legal de sua execução por um período superior a 
dois exercícios.” 
 
48. (CESPE/STM/Téc. Jud./2011) 
Considera-se obrigatória e de caráter continuado a despesa corrente derivada de lei, medida provisória ou ato 
administrativo normativo que fixem para o ente a obrigação legal de sua execução por um período superior a 
dois exercícios. 
 
CCeerrttoo. Ler novamente o caput do artigo 17 da LRF. 
 
A legislação vigente sobre responsabilidade fiscal contempla aspectos importantes da política tributária. Acerca 
desse assunto, julgue o item a seguir. 
 
49. (CESPE/MPE/RO/Promotor/2010) 
Nos estados, admite-se a majoração ou criação de tributos, bem como a elevação de alíquotas, para custear 
despesas criadas por lei e que devam ser executadas ao longo de um período de três anos. 
 
CCeerrttoo. Caso um Estado pretenda criar uma despesa por lei, cuja execução perdure por três anos (superior a dois), 
então, segundo a LRF, deve-se observar o disposto no artigo 17, caput, e §§ 2º e 3º da LRF. 
 
“Art. 17. Considera-se obrigatória de caráter continuado a despesa corrente derivada de lei, medida provisória ou 
ato administrativo normativo que fixem para o ente a obrigação legal de sua execução por um período superior a 
dois exercícios.” 
“§ 2º Para efeito do atendimento do § 1º, o ato será acompanhado de comprovação de que a despesa criada ou 
aumentada não afetará as metas de resultados fiscais previstas no anexo referido no § 1º do art. 4º, devendo seus 
efeitos financeiros, nos períodos seguintes, ser compensados pelo aumento permanente de receita ou pela 
redução permanente de despesa. 
“§ 3º Para efeito do § 2º, considera-se aumento permanente de receita o proveniente da elevação de alíquotas, 
ampliação da base de cálculo, majoração ou criação de tributo ou contribuição.” 
 
 
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50. (CESPE/AGU/Advogado/2009) 
Considera-se aumento permanente de receita, para os fins de compensação do aumento da despesa, a 
concessão de crédito presumido para empresas. 
 
EErrrraaddoo.. O art. 17, § 3º, da LRF traz as formas de aumento permanente de receita. A concessão de crédito 
presumido para empresas não é considerada um aumento permanente da receita, mas sim uma renúncia de 
receita, conforme §1º do artigo 14 da lei. 
 
“§ 3º Para efeito do § 2º, considera-se aumento permanente de receita o proveniente da elevação de alíquotas, 
ampliação da base de cálculo, majoração ou criação de tributo ou contribuição.” 
 
“§ 1º A renúncia compreende anistia, remissão, subsídio, crédito presumido, concessão de isenção em caráter não 
geral, alteração de alíquota ou modificação de base de cálculo que implique redução discriminada de tributos ou 
contribuições, e outros benefícios que correspondam a tratamento diferenciado.” 
 
51. (CESPE/MPE-MS/Promotor/2011)É obrigatória e de caráter continuado a despesa corrente que fixe para o ente a obrigação legal de sua execução 
por um período superior a dois Exercícios. 
 
CCeerrttoo. Trata-se do conceito de DOCC (Despesa Obrigatória de Caráter Continuado), conforme disposto no caput 
do artigo 17 da LRF. 
 
“Art. 17. Considera-se obrigatória de caráter continuado a despesa corrente derivada de lei, medida provisória ou 
ato administrativo normativo que fixem para o ente a obrigação legal de sua execução por um período superior a 
dois exercícios.” 
 
52. (CESPE/TCU/Téc. Adm./2009) 
Considerando que o Poder Executivo tenha determinado, em ato normativo, a realização de um programa 
iniciando-se em 2009 e com conclusão prevista para 2011, implicando despesas de custeio ao longo de todo o 
período, e mesmo considerando que haja disponibilidade de recursos na fonte indicada, ainda assim o parecer 
do órgão técnico deverá ser contrário à implementação imediata do referido programa, pois este dependerá de 
prévia inclusão no plano plurianual ou de lei que autorize sua inclusão. 
 
EErrrraaddoo.. A questão afirma ser uma despesa oriunda de um ato normativo do Poder Executivo (lei, medida 
provisória ou ato administrativo normativo). Afirma ainda ser uma despesa de custeio (custeio = despesa 
corrente, conforme art. 12 da Lei 4.320/64), com início em 2009 e conclusão prevista para 2011 (ou seja, 
superior a dois exercícios financeiros). Conclui-se ser um exemplo de uma DOCC (art. 17,caput, da LRF). 
Dessa forma, o art. 17, §1º da LRF, estabelece que os atos que criarem uma DOCC deverão demonstrar a origem 
dos recursos para seu custeio (fonte de custeio). O item afirma que há “disponibilidade de recursos na fonte 
indicada”, ou seja, satisfez a exigência da LRF nesse ponto. Assim, o parecer do órgão técnico deveria ser a favor 
da implementação do programa, uma vez atendidas às exigências da LRF. 
A exigência de que a despesa dependerá de prévia inclusão no PPA ou de lei que autoriza a inclusão é para 
investimentos (despesa de capital) com duração superior a um exercício financeiro (art. 167, §1º da CF/88) e não 
para as DOCC (despesas correntes). 
 
(CESPE/INPI/Analista-Gestão Financ./2013) 
Em consonância com as disposições da LRF, julgue os próximos itens, acerca de despesas obrigatórias de caráter 
continuado. 
 
53. Os investimentos constantes do PPA são considerados despesas obrigatórias de caráter continuado. 
 
EErrrraaddoo.. Investimentos são despesas de capital. As DOCC são despesas correntes. 
 
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54. Os efeitos financeiros dos atos que criam as despesas obrigatórias de caráter continuado devem ser 
compensados, nos períodos seguintes, pelo aumento permanente de receita ou pela redução permanente de 
despesa. 
 
CCeerrttoo. A compensação dos efeitos financeiros provocados por uma DOCC é uma das exigências da LRF, conforme 
disposto em seu art. 17, §2º. 
 
“§ 2º Para efeito do atendimento do § 1º, o ato será acompanhado de comprovação de que a despesa criada ou 
aumentada não afetará as metas de resultados fiscais previstas no anexo referido no § 1º do art. 4º, devendo seus 
efeitos financeiros, nos períodos seguintes, ser compensados pelo aumento permanente de receita ou pela 
redução permanente de despesa. 
 
Das Despesas com Pessoal e seus Limites 
[arts. 18 e 19] 
 
55. (CESPE/TCE-PE/Cargo5/2017) 
Gastos com pessoal e encargos sociais das fundações públicas federais estão incluídos no limite de despesas 
de pessoal aplicável à União. 
 
CCeerrttoo. As fundações públicas instituídas e mantidas pela União constarão do seu orçamento fiscal (art. 1º, §§2º e 
3º, inciso I, alínea “b”- LRF). Nesse caso, tais despesas entram no limite de gastos com pessoal da União, 
conforme caput do art. 18 da mesma lei. 
 
“§ 2º As disposições desta Lei Complementar obrigam a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios. 
§ 3º Nas referências: 
I - à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios, estão compreendidos: 
a) o Poder Executivo, o Poder Legislativo, neste abrangidos os Tribunais de Contas, o Poder Judiciário e o Ministério 
Público; 
b) as respectivas administrações diretas, fundos, autarquias, fundações e empresas estatais dependentes;” 
 
“Art. 18. Para os efeitos desta Lei Complementar, entende-se como despesa total com pessoal: o somatório dos 
gastos do ente da Federação com os ativos, os inativos e os pensionistas, relativos a mandatos eletivos, cargos, 
funções ou empregos, civis, militares e de membros de Poder, com quaisquer espécies remuneratórias, tais como 
vencimentos e vantagens, fixas e variáveis, subsídios, proventos da aposentadoria, reformas e pensões, inclusive 
adicionais, gratificações, horas extras e vantagens pessoais de qualquer natureza, bem como encargos sociais e 
contribuições recolhidas pelo ente às entidades de previdência.” 
 
56. (CESPE/TCE-PE/Cargo4/2017) 
Gastos com passagens e despesas com locomoção para fins de fiscalização de obra pública em andamento 
são despesas correntes do grupo pessoal e encargos sociais, sujeitas aos limites estabelecidos na LRF. 
 
EErrrraaddoo.. As despesas com passagens e locomoção (diárias) são despesas correntes, mas pertencentes ao grupo de 
natureza “outras despesas correntes” e não “pessoal e encargos sociais”. São despesas de caráter indenizatório 
(ajuda de custo) e não remuneratório, conforme a lei nº 8.112/90. Logo, essas despesas não se sujeitam aos 
limites de gastos com pessoal da LRF. 
 
57. (CESPE/TCE-PE/Cargo3/2017) 
Situação hipotética: No final do primeiro quadrimestre de 2017, as despesas com pessoal do Poder Executivo 
do município AB estavam no patamar de 52% de sua receita corrente líquida. 
Assertiva: Nessa situação, o município deverá reduzir o excedente dessas despesas nos dois quadrimestres 
seguintes, sendo a redução de, no mínimo, um terço no primeiro deles. 
 
Consultoria de Estudos – MPU/2018 _ Professor Anderson Ferreira LRF – LISTA COMENTADA 
 
15 
 
EErrrraaddoo.. No referido caso, não há excesso. O Poder Executivo municipal pode gastar até 54% da Receita Corrente 
Líquida – RCL do município (art. 20, III, “b” – LRF). Somente depois de ultrapassado esse limite (mais de 54%) é 
que o poder precisará reduzir o excedente em até 2 quadrimestres seguintes, conforme determinação do art. 23 
da LRF. 
 
UNIÃO 
(até 50% da sua RCL) 
ESTADOS e DF 
(até 60% da sua RCL) 
MUNICÍPIOS 
(até 60% da sua RCL) 
Poder Judiciário: até 6% Poder Judiciário: até 6% ---- 
Poder Legislativo: até 2,5% Poder Legislativo: até 3% Poder Legislativo: até 6% 
*MPU: até 0,6% **MPE: até 2% --- 
Poder Executivo: até 40,9% Poder Executivo: até 49% Poder Executivo: até 54% 
TOTAL 50% TOTAL 60% TOTAL 60% 
 
“III - na esfera municipal: 
a) 6% (seis por cento) para o Legislativo, incluído o Tribunal de Contas do Município, quando houver; 
b) 54% (cinqüenta e quatro por cento) para o Executivo.” 
 
“Art. 23. Se a despesa total com pessoal, do Poder ou órgão referido no art. 20, ultrapassar os limites definidos no 
mesmo artigo, sem prejuízo das medidas previstas no art. 22, o percentual excedente terá de ser eliminado nos 
dois quadrimestres seguintes, sendo pelo menos um terço no primeiro, adotando-se, entre outras, as providências 
previstas nos §§ 3º e 4o do art. 169 da Constituição.” 
 
58. (CESPE/TRF-1ªR/Anal. Jud.-Área Adm./2017) 
Para todos os poderes da União, a aplicação de recursos públicos em despesas de pessoal é limitada pela 
LRF. No caso do Poder Judiciário, o limite percentual da receita corrente líquida é rateado de forma 
proporcional à participação de cada órgão judiciário, excetuando-se o STF e o Conselho Nacional de Justiça, 
no limite total desse poder. 
 
EErrrraaddoo.. É corretaa parte que afirma os limites da LRF serem aplicados a todos os poderes da União, bem como o 
rateio ser proporcional à participação de cada órgão. Porém, questão fica errada por excluir o STF e CNJ do limite 
do Poder Judiciário, conforme §§ 1º, 2º e 3º do art. 20 da LRF. 
 
“§ 1º Nos Poderes Legislativo e Judiciário de cada esfera, os limites serão repartidos entre seus órgãos de forma 
proporcional à média das despesas com pessoal, em percentual da receita corrente líquida, verificadas nos três 
exercícios financeiros imediatamente anteriores ao da publicação desta Lei Complementar. 
 § 2 º Para efeito deste artigo entende-se como órgão: 
 I - o Ministério Público; 
 II - no Poder Legislativo: 
 a) Federal, as respectivas Casas e o Tribunal de Contas da União; 
 b) Estadual, a Assembléia Legislativa e os Tribunais de Contas; 
 c) do Distrito Federal, a Câmara Legislativa e o Tribunal de Contas do Distrito Federal; 
 d) Municipal, a Câmara de Vereadores e o Tribunal de Contas do Município, quando houver; 
 III - no Poder Judiciário: 
 a) Federal, os tribunais referidos no art. 92 da Constituição; 
 b) Estadual, o Tribunal de Justiça e outros, quando houver. 
 § 3 º Os limites para as despesas com pessoal do Poder Judiciário, a cargo da União por força do inciso XIII do 
art. 21 da Constituição, serão estabelecidos mediante aplicação da regra do § 1 º.” 
 
CF/88: 
“Art. 92. São órgãos do Poder Judiciário: 
I - o Supremo Tribunal Federal; 
I-A o Conselho Nacional de Justiça; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004) 
II - o Superior Tribunal de Justiça; 
II-A - o Tribunal Superior do Trabalho; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 92, de 2016) 
III - os Tribunais Regionais Federais e Juízes Federais; 
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16 
 
IV - os Tribunais e Juízes do Trabalho; 
V - os Tribunais e Juízes Eleitorais; 
VI - os Tribunais e Juízes Militares; 
VII - os Tribunais e Juízes dos Estados e do Distrito Federal e Territórios.” 
 
(CESPE/SEDF/Professor/2017) 
Ao final do segundo quadrimestre de determinado exercício, um estado da Federação publicou as seguintes 
informações contábeis em seu relatório de gestão fiscal. 
 
 
No que se refere a essa situação hipotética, julgue o item que se segue. 
 
59. Nesse caso, nos termos da Lei de Responsabilidade Fiscal, como o estado em questão não ultrapassou o 
limite máximo da despesa com pessoal, o governador poderá criar novos cargos públicos, ainda que isso 
implique aumento da despesa com pessoal. 
 
EErrrraaddoo.. Embora o item traga vários dados na tabela, não há necessidade alguma de fazer cálculo nesta questão, 
pois todas as informações já estão bem claras na tabela: 
- Limite Legal: 49% (pelos dados, deduz ser o Poder Executivo Estadual) 
- Limite Prudencial: 46,55% (representa 95% dos 49%); 
- Limite Alerta: 44,10% (representa 90% dos 49%). 
 
Visivelmente na tabela, o Poder Executivo do Estado não ultrapassou o limite legal, pois está gastando 47,49% 
(valor apurado para fins dos limites da LRF). Porém, embora não ultrapassado o limite legal, o prudencial já foi 
ultrapassado e as sanções do art. 22 da LRF serão aplicadas, impedindo o Governador, dentre outras restrições, 
de criar novos cargos públicos. 
 
“Art. 22. A verificação do cumprimento dos limites estabelecidos nos arts. 19 e 20 será realizada ao final de cada 
quadrimestre. 
 Parágrafo único. Se a despesa total com pessoal exceder a 95% (noventa e cinco por cento) do limite, são vedados 
ao Poder ou órgão referido no art. 20 que houver incorrido no excesso: 
I - concessão de vantagem, aumento, reajuste ou adequação de remuneração a qualquer título, salvo os derivados 
de sentença judicial ou de determinação legal ou contratual, ressalvada a revisão prevista no inciso X do art. 37 da 
Constituição; 
II - criação de cargo, emprego ou função; 
III - alteração de estrutura de carreira que implique aumento de despesa; 
IV - provimento de cargo público, admissão ou contratação de pessoal a qualquer título, ressalvada a reposição 
decorrente de aposentadoria ou falecimento de servidores das áreas de educação, saúde e segurança; 
V - contratação de hora extra, salvo no caso do disposto no inciso II do § 6o do art. 57 da Constituição e as 
situações previstas na lei de diretrizes orçamentárias.” 
 
 
 
 
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60. (CESPE/TCE-PR/Analista de Controle-Adm./2016) 
A despesa total com pessoal nos estados e municípios, em determinado ano fiscal, não poderá ser superior a 
60% da receita corrente líquida do ente federativo em questão. 
 
CCeerrttoo.. Conforme o art. 19, incisos II e III da LRF, a despesa total com pessoal nos estados e municípios não 
poderá ultrapassar a 60% das suas respectivas RCL. 
 
61. (CESPE/CGE-PI/Auditor/2015) 
A despesa com pessoal, classificada como despesa de custeio, limita-se ao percentual de 50% da receita corrente 
líquida em cada estado da Federação, apurado segundo o regime de competência. 
 
EErrrraaddoo.. Nos estados, o percentual da RCL é de 60% e não de 50%, conforme art. 19, inciso II da LRF. 
Oportunamente, as despesas de custeio são aquelas referentes à manutenção das atividades dos órgãos da 
administração pública, como por exemplo: despesas com pessoal, juros da dívida, aquisição de bens de consumo, 
serviços de terceiros, manutenção de equipamentos, despesas com água, energia, telefone etc. Estão na 
categoria das despesas correstes, ou seja, aquelas que não concorrem para ampliação dos serviços prestados 
pelo órgão, nem para a expansão das suas atividades (art. 12, lei 4.320/64). 
 
62. (CESPE/TELEBRAS/Analista Administrativo/2015) 
Caso seja ultrapassado o limite de gasto com pessoal e se esgotem tanto as providências elencadas na LRF 
quanto o prazo legal para sanear a situação, o ente federado poderá demitir servidores estáveis. 
 
CCeerrttoo.. Conforme art. 169, §§3º e 4º, da CF, para fins de redução com a despesa de pessoal, o servidor público 
estável poderá ser exonerado. Porém, tal medida só será tomada se, primeiro, for feita a redução de pelo menos 
20% das despesas com cargo comissionado e função de confiança e, depois, a exoneração dos servidores não 
estáveis. Apenas depois dessas medidas é que o servidor público estável poderá ser exonerado. 
 
“Art. 169. A despesa com pessoal ativo e inativo da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios não 
poderá exceder os limites estabelecidos em lei complementar.” 
 
“§ 3º Para o cumprimento dos limites estabelecidos com base neste artigo, durante o prazo fixado na lei 
complementar referida no caput, a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios adotarão as seguintes 
providências: (Incluído pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998) 
I - redução em pelo menos vinte por cento das despesas com cargos em comissão e funções de confiança; (Incluído 
pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998) 
II - exoneração dos servidores não estáveis. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998) (Vide Emenda 
Constitucional nº 19, de 1998) 
§ 4º Se as medidas adotadas com base no parágrafo anterior não forem suficientes para assegurar o cumprimento 
da determinação da lei complementar referida neste artigo, o servidor estável poderá perder o cargo, desde que 
ato normativo motivado de cada um dos Poderes especifique a atividade funcional, o órgão ou unidade 
administrativa objeto da redução de pessoal. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998)” 
 
63. (CESPE/TELEBRAS/Analista Administrativo/2015) 
Caso um dado ente federado, ao final do segundo quadrimestre de 2015, tenha ultrapassado o limite de gasto 
com pessoal em R$ 600 milhões, isso significaráque, até o final de dezembro de 2015, ele deverá reduzir em no 
mínimo R$ 300 milhões a despesa com pessoal, sob pena de ficar impedido de receber transferências voluntárias 
a partir de janeiro de 2016. 
 
EErrrraaddoo. Como o valor do excesso é de R$ 600 milhões, é suficiente reduzir o mínimo de 1/3 do excesso no 
primeiro quadrimestre seguinte, ou seja, até o final de dezembro de 2015 basta reduzir o valor de R$ 200 
milhões, conforme caput do art. 23 da LRF, e não R$ 300 milhões, como afirma o item. 
 
 
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64. (CESPE/FNDE/Cargo1/2012) 
A apuração da despesa total com pessoal deve ser realizada mediante o regime de caixa. 
 
EErrrraaddoo. Conforme art. 18, § 2º da LRF, na apuração do total da despesa total com pessoal, adota-se o regime de 
competência (fato gerador), e não o de caixa como afirma o item. 
 
 “§ 2º A despesa total com pessoal será apurada somando-se a realizada no mês em referência com as dos onze 
imediatamente anteriores, adotando-se o regime de competência.” 
 
65. (CESPE/TCU/Técnico/2012) 
A apuração de gastos com pessoal será feita com base em um período de 12 meses. Assim, as demonstrações de 
limites com despesas de pessoal do primeiro e do segundo quadrimestres somarão despesas com pessoal 
relativas a dois exercícios financeiros. 
 
CCeerrttoo.. Conforme art. 18, §2º da Lei Complementar nº 101/2000 (LRF), a despesa total com pessoal será apurada 
somando-se a realizada no mês em referência (mês anterior ao mês corrente) com as dos 11 (onze) 
imediatamente anteriores ao mês de referência (TOTAL=12 MESES). 
 
 “§ 2º A despesa total com pessoal será apurada somando-se a realizada no mês em referência com as dos onze 
imediatamente anteriores, adotando-se o regime de competência.” 
 
Exemplo: 
Consideremos o ano 2018. A demonstração do 1º quadrimestre (de janeiro a abril) será publicada em até 30 dias 
ao término do quadrimestre, ou seja, durante o mês de maio de 2018, no Relatório de Gestão Fiscal – RGF. O 
Relatório demonstrará os gastos realizados nos meses de maio/2017 a até abril/2018, para totalizar 12 meses. 
 
2017 
jan fev mar abr mai jun jul ago set out nov dez 
1ºQuadrimestre 2ºQuadrimestre 3ºQuadrimestre 
 2018 
jan fev mar abr mai jun jul ago set out nov dez 
1ºQuadrimestre 2ºQuadrimestre 3ºQuadrimestre 
 
 A apuração do 2º Quadrimestre também envolverá dois exercícios financeiros: 
 
2017 
jan fev mar abr mai jun jul ago set out nov dez 
1ºQuadrimestre 2ºQuadrimestre 3ºQuadrimestre 
 2018 
jan fev mar abr mai jun jul ago set out nov dez 
1ºQuadrimestre 2ºQuadrimestre 3ºQuadrimestre 
 
66. (CESPE/MPU/Tec. Orçamento/2010) 
As despesas relativas às pensões, por não constituírem gastos com servidores inativos, não fazem parte da 
limitação de despesas de pessoal prevista na LRF. 
 
EErrrraaddoo. Dentre as despesas com pessoal relacionadas no art. 18 da LRF, apenas as referidas no art. 19, §1º não 
serão computadas para fins de aplicação dos limites do art. 19. As relativas às pensões fazem parte da limitação, 
pois não estão listadas no §1º do art. 19. 
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19 
 
 
67. (CESPE/TRE/MT – Contábil - 2009) 
Para os efeitos dessa Lei Complementar, entende-se como despesa total com pessoal o somatório dos gastos do 
ente da federação com os servidores ativos, excluindo-se do cálculo o montante pago aos inativos e pensionistas. 
 
EErrrraaddoo. Segundo o art. 18, caput, da LRF, os inativos e pensionistas estão incluídos na despesa total com pessoal. 
 
68. (CESPE/STF/Analista Adm./2008) 
Na hipótese de a receita corrente líquida da União atingir, em determinado período, R$ 400 bilhões, a despesa 
de pessoal do Poder Judiciário não poderá exceder R$ 14,4 bilhões. 
 
EErrrraaddoo. Considerando uma RCL de R$ 400bi, o limite do judiciário é de 6% sobre a RCL. Logo, o Poder não poderá 
exceder a R$ 24bi (6% x R$ 400). 
 
69. (CESPE/MPU/Analista Adm./2010) 
Um município cuja despesa total com pessoal ultrapasse, em determinado período de apuração, 50% da receita 
corrente líquida infringe a Lei de Responsabilidade Fiscal. 
 
EErrrraaddoo. Os municípios não podem exceder a 60% das suas RCL. Recomenda-se decorar os percentuais do art. 19 
da LRF: 
 
UNIÃO 
(até 50% da sua RCL) 
ESTADOS e DF 
(até 60% da sua RCL) 
MUNICÍPIOS 
(até 60% da sua RCL) 
Poder Judiciário: até 6% Poder Judiciário: até 6% ---- 
Poder Legislativo: até 2,5% Poder Legislativo: até 3% Poder Legislativo: até 6% 
*MPU: até 0,6% **MPE: até 2% --- 
Poder Executivo: até 40,9% Poder Executivo: até 49% Poder Executivo: até 54% 
TOTAL 50% TOTAL 60% TOTAL 60% 
 
70. (CESPE/FNDE/Cargo2/2012) 
A despesa total com pessoal dos Executivos municipais limita-se à metade da receita corrente líquida. 
 
EErrrraaddoo. Conforme tabela anterior, o poder executivo municipal tem como limite 54% da sua RCL e não metade 
(50%) como afirma o item. 
 
71. (CESPE/MPE-SE/Promotor/2010) 
A despesa total com pessoal nos estados e municípios não pode exceder 60% da receita corrente líquida 
respectiva. 
 
CCeerrttoo.. Os limites por ente estão dispostos no art. 19 da LRF: 
 
“Art. 19. Para os fins do disposto no caput do art. 169 da Constituição, a despesa total com pessoal, em cada 
período de apuração e em cada ente da Federação, não poderá exceder os percentuais da receita corrente líquida, 
a seguir discriminados: 
I - União: 50% (cinqüenta por cento); 
II - Estados: 60% (sessenta por cento); 
III - Municípios: 60% (sessenta por cento).” 
 
72. (CESPE/TST/Administrador/2007) 
O limite das despesas de pessoal dos tribunais e juízes do trabalho, obedecido ao teto global de 6% da receita 
líquida da União para o Poder Judiciário, corresponde a proporção média que representava no período de 1997 a 
1999 no âmbito judiciário. 
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20 
 
 
EErrrraaddoo. Embora o percentual citado esteja correto (6% para o Judiciário Federal), bem como a parte citada da 
proporção média (ver art. 20, §1, da LRF), a base de cálculo está errada, uma vez que citou apenas “receita 
líquida” enquanto o correto é “receita CORRENTE líquida”. 
 
73. (CESPE/MPE/RO/Promotor/2010) 
A despesa total com pessoal em cada período de apuração, nos estados, não poderá exceder 50% da receita 
corrente líquida. 
 
EErrrraaddoo. Nos estados, o percentual é de 60% e não de 50% (ver tabela resumo do art. 19 da LRF citada 
anteriormente). 
 
74. (CESPE/MPE/RO/Promotor/2010) 
Na repartição dos limites globais de gastos com pessoal, na esfera estadual, cabe ao Poder Legislativo, incluído o 
tribunal de contas do estado, o percentual de 2,5%. 
 
EErrrraaddoo. Ao Poder Legislativo estadual cabe o percentual de 3%, e não de 2,5% (ver tabela resumo do art. 19 da 
LRF citada anteriormente). 
 
75. (CESPE/TCU/TCE/2009) 
Se o aumento acentuado e inesperado do número de matrículas na rede pública de ensino obrigar a 
administração a efetuar a contratação de novos professores mediante terceirização, as despesas daí decorrentes 
terão de ser enquadradas entre as despesas de pessoal e computadas para efeito de cálculo do respectivo limite. 
 
CCeerrttoo.. Segundo o art. 18, §1ª da LRF, os contratos de terceirização de mão-de-obra que se referem à substituição 
de servidores e empregados públicos serão contabilizados como "Outras Despesas de Pessoal". Logo, são 
despesas de pessoal e serão computadas para fins de aplicação dos limites do art. 19. 
 
76. (CESPE/TCE-RN/ICE/2009) 
A LRF prevê a aplicação de restrições à gestão de recursos públicos, ainda que o limite de despesas de pessoal 
não tenha sido atingido.CCeerrttoo.. Mesmo antes de ultrapassar os limites do art. 19, o art. 22, em seu parágrafo único, traz vedações para o 
Poder ou órgão que ultrapassar 95% do seu limite. Dessa forma, mesmo antes de ultrapassar o limite legal 
(100%), as “sanções” do artigo 22 já são aplicadas aos que ultrapassam o limite prudencial de 95%. 
 
“Art. 22. A verificação do cumprimento dos limites estabelecidos nos arts. 19 e 20 será realizada ao final de cada 
quadrimestre. 
 Parágrafo único. Se a despesa total com pessoal exceder a 95% (noventa e cinco por cento) do limite, são vedados 
ao Poder ou órgão referido no art. 20 que houver incorrido no excesso: 
I - concessão de vantagem, aumento, reajuste ou adequação de remuneração a qualquer título, salvo os derivados 
de sentença judicial ou de determinação legal ou contratual, ressalvada a revisão prevista no inciso X do art. 37 da 
Constituição; 
II - criação de cargo, emprego ou função; 
III - alteração de estrutura de carreira que implique aumento de despesa; 
IV - provimento de cargo público, admissão ou contratação de pessoal a qualquer título, ressalvada a reposição 
decorrente de aposentadoria ou falecimento de servidores das áreas de educação, saúde e segurança; 
V - contratação de hora extra, salvo no caso do disposto no inciso II do § 6º do art. 57 da Constituição e as situações 
previstas na lei de diretrizes orçamentárias.” 
 
77. (CESPE/ANATEL/Contador/2009) 
Se, ao final de determinado quadrimestre, a receita corrente líquida da União, nos últimos 12 meses, atingir R$ 
200 bilhões, e a despesa com pessoal do Poder Judiciário, R$ 11,5 bilhões, será correto concluir que foi 
Consultoria de Estudos – MPU/2018 _ Professor Anderson Ferreira LRF – LISTA COMENTADA 
 
21 
 
ultrapassado o limite prudencial do Poder Judiciário, que terá de retornar a esse limite nos dois quadrimestres 
seguintes. 
 
EErrrraaddoo. Nesse caso o limite prudencial é de 95% do limite legal. Veja: 
 
- Limite Legal (6% x 200bi) = R$ 12bi. 
- Limite Prudencial (95% x 12) = R$ 11,4bi. 
 
Logo, considerando que o gasto foi de R$ 11,5bi, o limite prudencial já foi ultrapassado, porém, a exigência para 
enquadramento nos dois quadrimestres seguintes é só para o caso do LIMITE LEGAL (100%) ter sido 
ultrapassado, e não o LIMITE PRUDENCIAL (95%). Ultrapassado o limite prudencial, as vedações do art. 22, 
parágrafo único da LRF já são aplicadas. 
 
78. (CESPE/AGU/Procurador/2010) 
Caso a despesa total com pessoal exceda a 95% do limite imposto na LRF, é vedado ao poder público o 
provimento de cargo público, com exceção da reposição decorrente de aposentadoria ou falecimento do 
servidor público. 
 
EErrrraaddoo. De fato há vedação para o provimento de cargo público, quando ultrapassado o limite prudencial de 95% 
(art. 22, inc. IV, da LRF). Embora haja exceções para provimento de cargos mesmo depois de ultrapassado o 
limite de 95%, a simples reposição decorrente de aposentadoria ou falecimento não se enquadra como exceção. 
O art. 22, inc. IV da Lei condiciona essa reposição apenas às áreas de educação, saúde e segurança. 
 
79. (CESPE/AGU/Advogado/2009) 
A contratação de hora extra é vedada, por qualquer motivo, quando a despesa total com pessoal exceder a 95% 
do limite do órgão ou poder. 
 
EErrrraaddoo. O erro está em “por qualquer motivo”, pois a lei permite contratação de hora extra para situações 
previstas na LDO (art. 22, inciso V, da LRF). Não se aplica mais o disposto do inciso II, §6º do art. 57 da CF, pois o 
Congresso Nacional não recebe mais verba indenizatória em razão dessas convocações extraordinárias – Emenda 
Constitucional nº 50/2006. 
 
“V - contratação de hora extra, salvo no caso do disposto no inciso II do § 6º do art. 57 da Constituição e as 
situações previstas na lei de diretrizes orçamentárias” 
 
80. (CESPE/PGE-AL/Procurador Estadual/2009) 
O município que exceder a 95% do limite estabelecido na LRF para realizar despesas com pessoal pode pagar 
indenização por demissão de servidores ou empregados. 
 
CCeerrttoo.. Conforme art. 19, §1º da LRF, as indenizações por demissão de servidores ou empregados não são 
computadas para fins de aplicação dos limites definidos na lei. Além desse caso, o §1º prevê as seguintes 
despesas como não computadas: 
 
i- indenização por demissão de servidores ou empregados; 
ii - relativas a incentivos à demissão voluntária; 
iii - derivadas da aplicação do disposto no inciso II do § 6º do art. 57 da Constituição (não se aplica – EC 50/2006); 
iv - decorrentes de decisão judicial; 
v - com pessoal, do Distrito Federal e dos Estados do Amapá e Roraima, custeadas com recursos transferidos pela União; 
VI - com inativos, ainda que por intermédio de fundo específico, custeadas por recursos provenientes: 
a) da arrecadação de contribuições dos segurados; 
b) da compensação financeira de que trata o § 9o do art. 201 da Constituição; 
c) das demais receitas diretamente arrecadadas por fundo vinculado a tal finalidade, inclusive o produto da 
alienação de bens, direitos e ativos, bem como seu superávit financeiro. 
Consultoria de Estudos – MPU/2018 _ Professor Anderson Ferreira LRF – LISTA COMENTADA 
 
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CF/88: 
Art. 57, §7º: 
“§ 7º Na sessão legislativa extraordinária, o Congresso Nacional somente deliberará sobre a matéria para a qual foi 
convocado, ressalvada a hipótese do § 8º deste artigo, vedado o pagamento de parcela indenizatória, em razão da 
convocação. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 50, de 2006)” 
 
81. (CESPE/ANALISTA/TCEAC/2008) 
Os gastos com indenização paga a servidores demitidos e os incentivos à demissão voluntária não são 
computados no atendimento aos limites fixados pelo art. 19 da LRF. 
 
CCeerrttoo.. Segundo o art. 19, §1º da LRF, embora conceituadas como despesas de pessoal, não serão computadas 
para fins de aplicação dos limites as despesas com indenização paga a servidores demitidos e os incentivos à 
demissão voluntária. 
 
82. (CESPE/TCU/2008) 
Na verificação da despesa total com pessoal da União, não serão computadas as despesas com indenização por 
demissão de servidores, as relativas à demissão voluntária e as decorrentes dos contratos de terceirização de 
mão-de-obra referentes a substituição de servidores e empregados públicos. 
 
EErrrraaddoo. As relativas aos contratos de terceirização de mão-de-obra referentes a substituição de servidores e 
empregados públicos são classificadas como “outras despesas de pessoal” e computadas para fins de aplicação 
dos limites, pois não estão no rol da exceção do art. 19, § 1º da LRF. 
 
(CESPE/TJ-ES/Analista Judiciário/2011) 
Despesas com pessoal R$ milhões 
 - Despesas Brutas com Pessoal 602,7 
 - Despesas Não Computadas 208,7 
Receita Corrente Líquida – RCL 7.909,0 
Considerando a tabela acima, que apresenta dados contidos no relatório de gestão fiscal do Tribunal de Justiça 
do Estado do Espírito Santo (TJ/ES), de janeiro a dezembro de 2010, julgue os itens que se seguem com base na 
Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF). 
 
83. O montante da receita corrente líquida informada no relatório de gestão do TJ/ES corresponde ao 
somatório das receitas tributárias, de contribuições, patrimoniais, industriais, agropecuárias, de serviços, 
transferências correntes e outras receitas correntes, incluindo as transferências realizadas pelo estado do 
Espírito Santo para os municípios por determinação constitucional. 
 
EErrrraaddoo. As transferências realizadas pelo Estado do Espírito Santo aos municípios, por determinação 
constitucional, deverão ser “excluídas” do cálculo da RCL, e não “incluídas” como afirma o item (ver art. 2º, inc. 
IV, alínea “b”, LRF). 
 
 “IV - receita corrente líquida: somatório das receitas tributárias, de contribuições, patrimoniais, industriais, 
agropecuárias, de serviços, transferências correntes e outras receitas também correntes, deduzidos:a) na União, os valores transferidos aos Estados e Municípios por determinação constitucional ou legal, e as 
contribuições mencionadas na alínea a do inciso I e no inciso II do art. 195, e no art. 239 da Constituição; 
b) nnooss EEssttaaddooss,, aass ppaarrcceellaass eennttrreegguueess aaooss MMuunniiccííppiiooss ppoorr ddeetteerrmmiinnaaççããoo ccoonnssttiittuucciioonnaall; 
c) na União, nos Estados e nos Municípios, a contribuição dos servidores para o custeio do seu sistema de 
previdência e assistência social e as receitas provenientes da compensação financeira citada no § 9º do art. 201 da 
Constituição.” 
 
 
Consultoria de Estudos – MPU/2018 _ Professor Anderson Ferreira LRF – LISTA COMENTADA 
 
23 
 
84. As despesas com pessoal do TJ/ES estão abaixo do limite prudencial estabelecido na LRF, não impedindo, 
portanto, o tribunal de conceder reajuste ou fazer adequação de remuneração dos seus servidores. 
 
CCeerrttoo.. Ao Poder Judiciário é dado o limite de 6% da RCL. Sendo a RCL = 7.909,00, ao Judiciário será dado o limite 
máximo (100%) de R$ 474,54 (6% x 7.909,00). Sabe-se que o limite prudencial corresponde a 95% do limite 
máximo, sendo então o limite prudencial de R$ 450,8 (95% x 474,54). Se o limite prudencial é de R$ 450,8 e ao 
TJ/ES já computou uma despesa total com pessoal de R$ 394,0 (R$ 602,7 – R$ 208,7*), é correto afirmar que o 
limite prudencial não foi ultrapassado. Dessa forma, não se aplica as restrições do art. 22, parágrafo único da 
LRF. 
*OBS: O valor de 208,7 é despesa com pessoal (art. 18, caput da LRF diz quais são as despesas com pessoal), 
porém não deve ser computado para fins de aplicação dos limites (o próprio enunciado da questão especificou 
isso). Logo, subentende-se que o valor de 208,7 corresponde às despesas mencionadas no art. 19, §1º da LRF. 
 
85. (CESPE/Detran-ES/Contador/2010) 
Os contratos de terceirização de mão de obra somente devem ser incluídos no montante global da despesa de 
pessoal quando se referem a atividades semelhantes às dos servidores ou empregados do quadro efetivo de 
cada órgão público. 
 
CCeerrttoo.. Segundo o art. 18, § 1º da LRF, os valores dos contratos de terceirização de mão-de-obra que se referem à 
substituição de servidores e empregados públicos serão contabilizados como "Outras Despesas de Pessoal". 
Logo, esses valores são incluídos no montante total das despesas de pessoal. 
 
“§ 1º Os valores dos contratos de terceirização de mão-de-obra que se referem à substituição de servidores e 
empregados públicos serão contabilizados como "Outras Despesas de Pessoal".” 
 
86. (CESPE/CAPES/Contador/2012) 
A LRF determina que as despesas relativas aos incentivos à demissão voluntária sejam computadas no cálculo do 
limite da despesa total com pessoal da União, dos estados e dos municípios. 
 
EErrrraaddoo. Segundo o art. 19, §1º, inc. II, da LRF, na verificação do atendimento dos limites definidos no art. 19, não 
serão computadas as despesas relativas aos incentivos à demissão voluntária. 
 
87. (CESPE/CNJ/Analista-Cargo2/2013) 
Considere que uma prefeitura tenha iniciado programa de demissão voluntária para não ultrapassar os limites 
com gastos com pessoal definidos na Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF). Nessa situação, os gastos com o 
programa deverão compor a base de cálculo da despesa total com pessoal, o que diminui a eficácia da iniciativa 
para resolver o problema, uma vez que serão afetados os limites de gastos impostos pela LRF. 
 
EErrrraaddoo. Embora os valores sejam considerados despesas com pessoal, eles não afetarão os limites de gastos 
impostos pela LRF. Portanto, a medida seria eficaz (ver art. 19, §1º, inc. II da LRF). 
 
88. (CESPE/ANTT/Administração/2013) 
Eventuais indenizações por demissão de servidor ou incentivos relativos à demissão voluntária devem ser 
computados, para efeitos da LRF, no cálculo dos limites com gastos de pessoal. 
 
EErrrraaddoo. Embora considerados como despesas com pessoal, os valores pagos com indenizações por demissão e 
com incentivos à demissão voluntária não devem ser computados para efeitos dos limites impostos pela LRF. 
 
 
 
 
 
Consultoria de Estudos – MPU/2018 _ Professor Anderson Ferreira LRF – LISTA COMENTADA 
 
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Dos Restos a Pagar 
[art. 42] 
 
89. (CESPE/TCE-PA/AFCE-Contabilidade/2016) 
Nos últimos dois quadrimestres do seu mandato, o titular do Poder Executivo pode contrair obrigação de 
despesa com parcelas a serem pagas no exercício seguinte, desde que haja suficiente disponibilidade de caixa 
para pagá-las. 
 
CCeerrttoo.. Conforme art. 42 da LRF, a inscrição em restos a pagar de obrigações contraídas nos dois últimos 
quadrimestres do mandato dos titulares de poder ou órgão está condicionada a existência de disponibilidade de 
caixa com saldo suficiente para garantir o pagamento dessas obrigações em exercício financeiro seguinte. 
 
“Art. 42. É vedado ao titular de Poder ou órgão referido no art. 20, nos últimos dois quadrimestres do seu mandato, 
contrair obrigação de despesa que não possa ser cumprida integralmente dentro dele, ou que tenha parcelas a 
serem pagas no exercício seguinte sem que haja suficiente disponibilidade de caixa para este efeito.” 
 
90. (CESPE/STF/Analista Jud./2008) 
Se, na apreciação das contas do governo relativas ao exercício de 2006, o relator do TCU tiver ressalvado o fato 
de um tribunal regional ter ordenado ou autorizado a realização de despesas, nos últimos dois quadrimestres do 
mandato de seu presidente, que não podiam ser cumpridas integralmente dentro dele, ou que tinham parcelas a 
serem pagas no exercício seguinte, sem que houvesse suficiente disponibilidade de caixa, nesse caso, pela LRF, a 
inscrição, em restos a pagar, das despesas empenhadas e não-liquidadas estaria limitada ao saldo da 
disponibilidade de caixa. 
 
CCeerrttoo.. Exemplo: se o referido tribunal tem um total de empenhos não pagos no valor de $ 100, mas possui 
disponibilidade de caixa apenas de R$ 85, a inscrição estará limitada ao saldo de R$ 85. 
 
Transparência, controle e fiscalização 
[art. 48 ao 59 – LRF] 
 
91. (CESPE/TRE-TO/Anal. Jud. área Adm./2017) 
O sistema de execução orçamentária e financeira, em função da autonomia dos poderes, deve ser específico 
para cada esfera de poder bem como mantido e gerenciado pelo nível hierárquico mais alto dentro de cada 
poder. 
 
EErrrraaddoo. Conforme disposto no §6º do art. 48 da LRF, os sistema devem ser únicos (=específicos), mas devem ser 
mantidos e gerenciados pelo Poder Executivo, e não pelo nível hierárquico mais alto dentro de cada poder como 
afirma o item. 
 
“§ 6º Todos os Poderes e órgãos referidos no art. 20, incluídos autarquias, fundações públicas, empresas estatais 
dependentes e fundos, do ente da Federação devem utilizar sistemas únicos de execução orçamentária e 
financeira, mantidos e gerenciados pelo Poder Executivo, resguardada a autonomia.” 
 
92. (CESPE/TCE-PA/ACE-Ar.Fisc-Administração/2016) 
São considerados instrumentos confidenciais da gestão fiscal os planos, os orçamentos e as leis de diretrizes 
orçamentárias. 
 
EErrrraaddoo. Segundo o art. 48 da LRF, são considerados instrumentos de “transparência” e não “confidenciais”. 
 
“Art. 48. São instrumentos de transparência da gestão fiscal, aos quais será dada ampla divulgação, inclusive em 
meios eletrônicos de acesso público: os planos, orçamentos e leis de diretrizes orçamentárias; as prestações de 
contas e o respectivo parecer prévio; o Relatório Resumido da Execução Orçamentária e o Relatório de Gestão 
Fiscal; e as versões simplificadas desses documentos.” 
Consultoria de Estudos – MPU/2018 _ Professor Anderson Ferreira LRF – LISTA COMENTADA 
 
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93. (CESPE/TRF-1ªR/Anal. Jud.-Área Adm./2017) 
Apesar da previsão de disponibilização em tempo real das informações relativas à execução orçamentária e 
financeira,

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