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Resumo introdução a engenharia

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Resumo introdução a engenharia 
A engenharia é composta de uma ampla gama de atividades que podem ser mais bem descritas em termos de funções. Enquanto os ramos das engenharias estão geralmente relacionados às áreas de interesse do engenheiro, as funções estão relacionadas a suas aptidões e treinamentos. Algumas funções estão descritas a seguir e podem demonstrar de forma mais simples e prática, as atividades de um engenheiro.
Engenheiros na pesquisa;   
Engenheiros na concepção e desenvolvimento;
Engenheiros no projeto;
Engenheiros na construção e na instalação;
Engenheiros na operação;
Engenheiros na produção;
Engenheiros de vendas, aplicações e serviços;
Engenheiros na gestão;
Engenheiros na consultoria;
Engenheiros na academia.
 E para poder atuar em todas essas atividades, são necessárias habilidades técnicas. Apresentaremos, a seguir, alguns pontos importantes que um futuro engenheiro precisa saber para ser atuante no mercado de trabalho.
1.2.3 As competências desejáveis
A engenharia é e continuará sendo uma profissão voltada para o futuro, oferecendo vastas alternativas de carreira e remuneração. Alguns pré-requisitos poderão facilitar o exercício dessas atribuições. Então, quais conhecimentos prévios poderão lhe ajudar na carreira de engenheiro?
Os engenheiros convertem suas ideias em gráficos, logo, ter o poder de visualizar os seus problemas ou processos em três dimensões torna-se essencial.
Outro ponto importante é a necessidade do futuro profissional desenvolver ou aperfeiçoar competências bastante específicas, algumas exclusivas da engenharia, o que faz dessa profissão adequada a um grupo seleto de pessoas.
Tomando como base Concian (2017), listaremos a seguir, as competências desejáveis para o exercício pleno da engenharia, conectadas às constantes mudanças e complexidades do mercado de trabalho. Vamos conhecê-las?
1. Analisar tudo em detalhes
A pessoa que exerce a engenharia deve desenvolver sua capacidade de observação e senso crítico, já que projetos, desenhos e estruturações fazem parte de sua rotina diária e deverão ser criteriosamente desdobrados e postos em prática. Ser analítico ajuda a enxergar erros, etapas incorretas ou incompletas, apontar oportunidades de melhoria e de eventuais mudanças, durante a execução de um projeto ou empreendimento.
2. Ser criativo
Ser original, inovador, inventor ou descobridor, é uma capacidade que toda pessoa tem, mas, em alguns casos, uma boa fundamentação teórica e conhecimentos sobre os materiais e as energias são indispensáveis no processo de criação.
3.      Pensar de forma convergente
Os engenheiros devem ser hábeis na tomada de decisões, para minimizar o risco de fracasso em seus projetos. Portanto, devem ser capazes de avaliar as informações disponíveis, estimar os dados indisponíveis e os possíveis fatores de risco que todo o conjunto acarreta, e definir de forma clara as prioridades.
 
4.      Pensar de forma divergente
Todo problema de engenharia apresenta inúmeras soluções. Sempre existirá mais de uma solução possível. Assim, o conhecimento do maior número de alternativas aumentará a probabilidade de alcançar a solução mais eficiente.
 
5.      Perfil de liderança e pensamento humanístico
O profissional de engenharia naturalmente é cobrado para ter um caráter de liderança, proatividade e saber conduzir projetos e equipes. É fato que nem todos os engenheiros apresentam essas habilidades. Porém, estando à frente de um grande projeto ou empreendimento, o engenheiro precisará motivar e manter a produtividade de seu grupo de trabalho, acompanhar os resultados, demonstrar praticidade na resolução de conflitos e manter a ordem das pessoas e suas atividades.
Isso não quer dizer, apenas, demandar tarefas e chefiar. Um bom líder mapeia e entende as dificuldades de sua equipe e promove esforços e reconhecimento para transpor esses obstáculos.
 
6.      Comunicação eficiente
Um engenheiro precisa saber se comunicar, escrever textos técnicos, manuais de especificações e de manutenção, e ser capaz de trabalhar em conjunto com outros profissionais e outras áreas. Daí a necessidade de saber ouvir e compreender os staffs, utilizar o feedback, como ferramenta de melhorias, e conseguir expor com clareza suas ideias e metodologias. Tudo isso, objetivando empenho da equipe para alcançar a positividade nos resultados.
 
7. Ser útil e ter visão de mercado
A função principal do engenheiro é ser útil para a sociedade, devendo ter habilidade na apresentação e publicação dos resultados.
Uma boa visão de mercado para identificar possibilidades de inovação e competitividade, comumente levam o profissional de engenharia a posições estratégicas dentro de suas empresas ou instituições.
Por suas inúmeras habilidades, também é muito comum um engenheiro passar da área técnica para o âmbito gerencial dentro das instituições ou empresas, que vai lhes exigir ainda mais habilidade de compreensão, entendimento e negociação para atender às expectativas da sociedade e de seus clientes.
1.3.2 Classificação das especialidades 
A maioria dos engenheiros se especializa em uma determinada área. As engenharias podem ser agrupadas de diversas formas de acordo com os critérios escolhidos para a sua classificação. O processo contínuo de diferenciação de uma subespecialidade com a sua especialidade original, resulta na criação de novas especialidades de engenharia e se torna natural, na medida em que novas técnicas, materiais e conhecimentos são criados ou descobertos pelos cientistas e engenheiros.
Segundo Concian (2017), usando o critério de atividade-fim, as especialidades da engenharia podem ser divididas em oito grandes áreas: extração, processamento e uso dos recursos naturais;
infraestrutura e urbanismo;
máquinas, mecanismos, manufatura, energia térmica e mecânica;
processos químicos, de alimentos, de tecnologia dos materiais e de energia nuclear;
eletroeletrônica, computação, iluminação, instrumentação, energia elétrica e magnética;
aplicações para sistemas biológicos;
saúde e segurança;
aplicações militares.
2. Infraestrutura e urbanismo
Diariamente as cidades crescem e, com seu crescimento, surge a necessidade de organização e de uma infraestrutura que facilite o fluxo de pessoas, veículos, alimentos e os demais produtos e serviços indispensáveis para uma vida urbana e atual. As carreiras de engenharia, responsáveis por solucionar esses problemas, são:
Engenharia Civil;
Engenharia de Estruturas;
Engenharia de Geodésia e Cartografia;
Engenharia Geotécnica;
Engenharia Sanitária;
Engenharia de Transporte.
3. Máquinas, mecanismos, produção, energia térmica e mecânica
O avanço e otimização dos processos criou a necessidade de operar máquinas mais eficientes para a produção de bens e serviços. Desenvolver automação para a produção em grande escala, a sistematização de controle de robôs, automóveis e aviões, sistemas de refrigeração e climatização. Os setores de engenharia, que têm como objetivo, resolver esses problemas são:
Engenharia Mecânica;
Engenharia Aeronáutica;
Engenharia Industrial;
Engenharia Naval;
Engenharia de Produção.
4. Processos químicos, alimentos, tecnologia de materiais e energia nuclear
A humanidade precisa se alimentar de forma eficiente e suficiente, além de necessitar diariamente da criação e transformação de materiais essenciais à vida, e para tanto, precisa de sistemas de produção rápidos e de boa qualidade. Isso implica na utilização de materiais com características mecânicas, químicas, ópticas, magnéticas e elétricas, suficientes para aplicações em dispositivos e máquinas. Os profissionais de engenharia que objetivam resolver esses problemas estão nas seguintes áreas:
Engenharia de Alimentos;
Engenharia Bioquímica;
Engenharia de Materiais;
Engenharia Metalúrgica;
Engenharia Nuclear;
Engenharia de Petróleo;
Engenharia Têxtil; 
Engenharia Química.
5. Eletroeletrônica, computação, iluminação, instrumentação, energia elétrica e magnética
A eletricidade temuma característica que a torna bastante eficiente, se comparada às outras energias, pela possibilidade de ser transformada e transportada com o mínimo de perda. Atualmente, temos a energia elétrica presente em todas as nossas atividades e dependemos dela para movimentar máquinas, transportes, iluminação, sistemas computacionais e muitos outros. Os setores de engenharia que têm por objetivo resolver esses problemas, são:
Engenharia Elétrica;
Engenharia de Automação e Controle;
Engenharia de Computação;
Engenharia Eletrônica;
Engenharia de Telecomunicações.
6. Aplicações para sistemas biológicos
Por definição, os humanos são seres biológicos. As aplicações científicas, para o diagnóstico e o prognóstico, podem ser aprimoradas com o uso de equipamentos eletrônicos, químicos e mecânicos. Os engenheiros que resolvem esses problemas, são:
Engenharia Biomédica;
Engenharia de Bioprocessos e Biotecnologia.
O uso da linguagem técnica
Os profissionais da engenharia devem ter domínio sobre diferentes formas de discursos para que possam interagir com clientes, equipe de apoio e gestores. A leitura, a escrita e a oralidade, fazem parte das práticas sociais no campo profissional das engenharias. No entanto, a linguagem técnica não deve ser figurada. Ela deve ser simples, clara e precisa, para ser prontamente compreendida por quem a vai executar e facilmente entendida por quem a recebe.
Captar, compreender e saber fazer uso da linguagem técnica e das terminologias usuais relativas ao seu campo de trabalho, farão parte do sucesso no momento de redigir seus trabalhos técnicos. E isso também vai depender do seu público-alvo, tendo em vista que os jargões técnicos podem não ser claramente interpretados pelos leigos, e utilizar linguagem coloquial, pode não cair bem profissionalmente. Assim, um trabalho técnico deve ser: impessoal, objetivo, modesto e assertivo (BAZZO; PEREIRA, 2013). Vamos desenvolver essas características a seguir.
 
Impessoal, pois os textos deverão estar escritos em terceira pessoa, evitando-se expressões do tipo: “meu relatório” ou “minhas conclusões”. Ao invés disso, expressões como: “o presente relatório” ou “conclui-se que”, deverão ser utilizadas. Para uma redação técnica essa forma de comunicação é altamente desejável, pois demonstra precisão nas informações.
Objetivo. Os trabalhos e relatórios técnicos devem ser precisos, evitando o uso exagerado de vocábulos de reserva ou ressalvas. Fazer uso de expressões do tipo "é provável que" ou "possivelmente" só deve ocorrer em casos excepcionais, pois podem ser interpretadas, por quem as lê, como pontos de dúvida. Nesses casos, a indicação de textos, estudos ou projetos complementares, tornam o relatório mais objetivo.
Modesto, já que os textos técnicos registram resultados e análises no contexto em que as atividades foram realizadas, não para deslumbrar o leitor com colocações presunçosas.
Assertivo, uma vez que a precisão e a clareza não podem ficar de fora dos textos e registros técnicos. Portanto, antes de finalizar a escrita do texto técnico, é imprescindível que o registro das ideias já esteja claro, com base em dados objetivos e verificados, a partir dos quais se analisa, sintetiza, argumenta e conclui.
Mapas, tabelas, gráficos e outros recursos de fácil visualização e entendimento são instrumentos robustos de comunicação.
Citações técnicas, teóricas ou referenciais de outros autores também são bem-vindas nos relatórios e demais trabalhos técnicos de engenharia, devendo estar todas elas devidamente referenciadas.
Outro poderoso instrumento de trabalho, e possante forma de comunicação para o engenheiro, é o desenho. Você já viu algum trabalho de engenharia no qual não fossem apresentadas plantas, esboços, esquemas, vistas em perspectivas ou explodidas, cortes, cotas e dimensões?
Ainda, segundo Bazzo e Pereira (2013), o mais importante não é o fato de saber desenhar, mas sim:     
 
visualizar os sistemas espacialmente;
conseguir interligar os diversos componentes;
imaginar as suas compatibilidades e disposições espaciais.
1.4.3 Desenvolvimento da liderança e a tomada de decisões
A engenharia frequentemente encontra-se diante de problemas amplos e complexos, que exigem do profissional, liderança e certeza na tomada de decisão, muitas vezes, envolvida por riscos e incertezas.
Para uma boa liderança, a comunicação eficiente é destacada por Chiavenato (1994) que a define como: a arte de influenciar as pessoas a fazerem aquilo que devem fazer, estimulando-as a desempenhar suas tarefas com zelo e correção.
Na engenharia não é diferente. Diariamente, o engenheiro estará à frente de um projeto, um processo, ou até mesmo de uma empresa, motivando e influenciando sua equipe a cumprir determinações e obrigações para realizarem suas tarefas em busca de um objetivo.
Trabalhar o desenvolvimento da liderança é essencial para que o engenheiro se torne um bom profissional. Além de motivar seus liderados, ser um bom líder exige outras características. São elas:
ter visão do sistema (processo) como um todo;
acreditar no que faz e confiar em si próprio;
enxergar claramente os objetivos a serem alcançados;
apresentar boa capacidade de comunicação;
avaliar e fortalecer sua equipe fazendo com que as pessoas certas ocupem os lugares adequados em momentos exatos;
ter tranquilidade para tomar decisões em momentos de crise.
 
Na engenharia, por essência profissional, a tomada de decisão é tão somente o processo de identificar problemas, apontar soluções e, em seguida, executá-las. Para Simon (1997), esse processo de decisão é complexo, porque deve considerar as contribuições de muitos indivíduos e premissas incontáveis, o que torna a questão de centralizar ou descentralizar, um arranjo para que se chegue a um esquema eficiente. 
A tomada de decisão é, portanto, uma ação que exige firmeza na solução do problema, com a finalidade que conquistar resultados positivos. Ela se baseia em três etapas:
diagnóstico – que tem a função de identificar e clarear o problema;
levantamento de alternativas – que busca enumerar as possíveis soluções;
análise – que vai analisar e ponderar cada uma das alternativas levantadas.
 
Finalizamos, afirmando que, na engenharia, o aprendizado é diário e contínuo. O nosso poder de abstração, análise e síntese, permitirá o acúmulo de conhecimentos e técnicas capazes de solucionar muitos problemas do cotidiano da sociedade. Àqueles que surgirem como novidade, serão trabalhados pelas nossas habilidades, expertises e multidisciplinaridade, em busca de novas soluções. Assim, continuaremos desenvolvendo a engenharia, alinhados com o desenvolvimento da humanidade.
Contreras (2002) menciona que a ética profissional implica em assumir responsabilidades sociais perante aqueles com quem trabalhamos e que dependem de nosso conhecimento e prática profissional. O professor do futuro profissional é elemento-chave para que os princípios passem da reflexão à ação.  
No ramo da engenharia, a ética inicia-se na universidade e assim é levada para a sociedade, quando o profissional começa a prestar seus serviços. Para orientar o profissional, existe o Código de Ética. De acordo com o Crea-TO (2016a), o Código de Ética é um guia que orienta os princípios da profissão, abordando os deveres e condutas que são proibidas e qualificando possíveis infrações. Segundo Souza e colaboradores (2013), o Código de Ética Profissional tem sido o principal instrumento para a realização dos princípios, visão e missão do sistema que abrange empregador, empregado, cliente e produto no âmbito da engenharia.
Caso o profissional cometa alguma falha, os conselhos podem cancelar seu título. Conforme a Lei 5.194 (BRASIL, 1966), o registro do profissional poderá ser cancelado por má conduta ou escândalos.
O Crea-SC (2015), reporta que a responsabilidade dos profissionais da engenharia impõe da comprovação de culpa decorrente de uma má conduta ou negligência, aliada à ocorrência de um fato. Entretanto, é considerado dever ético-profissionalde todos os profissionais da área observarem as normas técnicas e legais vigentes.
Uma conduta ética do profissional com o serviço executado, por exemplo, é a emissão de Anotação de Responsabilidade Técnica (ART), que serve para resguardar o engenheiro de problemas. A ART é um documento em que se define os responsáveis técnicos por alguma obra ou serviço de área da engenharia, apontando características do empreendimento (CREA-TO, 2016b). Há três tipos de ART, apresentadas na Tabela a seguir.
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A emissão da ART é por meio eletrônico, otimizando o tempo do profissional e garante o cumprimento da ética profissional. Isso porque se relaciona com a operacionalização da atividade a qual o profissional deverá seguir os princípios éticos da profissão para execução de obras e serviços. Após o preenchimento, é gerado um boleto bancário e a ART só será confirmada com a compensação do pagamento. Os valores das taxas cobradas para registro são determinados anualmente por uma resolução do CONFEA, e tem por objetivo cobrir os custos de registro além de viabilizar as ações de fiscalização do CONFEA e dos CREAS (CREA-TO, 2016b).
Por fim, quando um serviço executado pelo engenheiro é finalizado, é necessário dar baixa na ART. Mas, o que é isso? Segundo o Crea-TO (2016b) baixa de ART é o procedimento que se faz para comunicar ao Conselho Estadual do seu estado (CREA) a conclusão da obra ou serviço executado. É importante salientar que, mesmo com a baixa do documento, o engenheiro continua responsável pela obra.
A profissão de engenharia foi concretizada no século XVIII com a criação das escolas de engenharia na Europa (FREITAS et al., 2014), mas o marco da regulamentação da profissão de engenheiro no Brasil é o Decreto n. 23.569 (BRASIL, 1933), assinado por Getúlio Vargas. Este Decreto criou o Sistema CONFEA/CREA e definiu as competências para as modalidades de engenharia conhecidas na época.
No Brasil, a atribuição de títulos, atividades, competências e campos de atuação profissionais da engenharia e agronomia é regulamentada pela Resolução n. 1.073 (CONFEA, 2016). E para efeito de fiscalização do exercício de cada profissional registrado em seu Conselho Regional de Engenharia e Agronomia (CREA), foram designadas atividades, que vemos na lista a seguir.
 
1. Gestão, supervisão, coordenação, orientação técnica.
2. Coleta de dados, estudo, planejamento, anteprojeto, projeto, detalhamento, dimensionamento e especificação.
3. Estudo de viabilidade técnico-econômica e ambiental.
4. Assistência, assessoria, consultoria.
5. Direção de obra ou serviço técnico.
6. Vistoria, perícia, inspeção, avaliação, monitoramento, laudo, parecer técnico, auditoria, arbitragem.
7. Desempenho de cargo ou função técnica.
8. Treinamento, ensino, pesquisa, desenvolvimento, análise, experimentação, ensaio, divulgação técnica, extensão.
9. Elaboração de orçamento.
10. Padronização, mensuração, controle de qualidade.
11. Execução de obra ou serviço técnico.
12. Fiscalização de obra ou serviço técnico.
13. Produção técnica e especializada.
14. Condução de serviço técnico.
15. Condução de equipe de produção, fabricação, instalação, montagem, operação, reforma, restauração, reparo ou manutenção.
16. Execução de produção, fabricação, instalação, montagem, operação, reforma, restauração, reparo ou manutenção.
17. Operação, manutenção de equipamento ou instalação.
18. Execução de desenho técnico.
 
Com o conhecimento das atividades e atribuições pertinentes ao exercício da profissão de engenheiro, pode-se dizer que um bom profissional é aquele que possui uma visão sistêmica, dominando as realidades econômica, social e física. No mercado de trabalho, um profissional da engenharia desempenha diferentes funções, podendo atuar de forma autônoma, como celetista, ou empresário (FREITAS et al., 2014):
 
Autônomo: independência de escolhas, estabelece seus horários e formas de trabalho;
CLT: presta serviços de forma permanente a uma empresa, mantendo um contrato;
Empresário: profissional que abre uma empresa e contrata outros profissionais.
Como o campo de atuação de engenheiros é diversificado, devido às diversas modalidades de engenharia existentes, um engenheiro agrônomo, por exemplo, pode atuar com pesquisa científica de irrigação ou drenagem de solos para fim agrícola. A Tabela a seguir apresenta a classificação dos engenheiros, dentre as especialidades, de acordo com suas funções.
Geralmente, profissionais de engenharia recém-formados atuam mais em áreas de operação, construção ou manutenção e, com o passar dos anos de profissão, passam a atuar nas áreas de planejamento, projeto e gestão. Bazzo e Pereira (2006), reportam algumas atribuições de um engenheiro, dentro das competências legais: administrar, analisar, avaliar, construir, consultar, desenvolver, emitir parecer, estudar, experimentar, fiscalizar, operar, pesquisar, produzir, projetar, supervisionar, testar, vistoriar. Na Resolução n. 1.073 (CONFEA, 2016), no anexo I, são descritas as competências do profissional da engenharia.
Além da responsabilidade do profissional da engenharia perante a sociedade, ele tem um dever diante de seu Conselho de Classe. Meirelles (2005), reporta algumas responsabilidades de caráter administrativo que os profissionais devem ao Sistema CONFEA/CREA, como por exemplo: pagamento das anuidades profissionais, colocação de placas nas obras para identificação, informação do responsável pela atividade técnica exercida, conduta técnica-ética-profissional nas atividades que desempenham, dentre outras.
 
A lei 5194-66 de 24 de dezembro de 1966 é bastante extensa, devido a sua grande amplitude e importância. Esta lei regula o exercício das profissões de Engenheiro, Arquiteto e Engenheiro-Agrônomo, é dividida em seis títulos, e tem o intuito de tornar as atribuições das funções, exercidas pelos profissionais, mais definidas tomando parâmetros dessas profissões e estabelece rigorosamente os limites ligados a atuação de cada uma. A lei, também ministra e atribui a fiscalização ao Conselho Federal de Engenharia, Arquitetura e Agronomia (CONFEA), e aos Conselhos Regionais (CREAS), e a execução para as Câmaras Especializadas, que são os órgãos responsáveis pelo julgamento e decisão de punições em caso de infrações acometidas.
A Lei n. 5.194 (BRASIL, 1966) regulamentou o exercício da profissão de Engenheiro, assim como as de Arquiteto e Engenheiro Agrônomo, substituindo o Decreto n. 23.569 (BRASIL, 1933). Importante reportar aqui, que as leis citadas anteriormente, são precursoras da profissão de Engenharia no Brasil e na Tabela a seguir, são apresentadas as demais resoluções pertinentes às modalidades de Engenharia no país. 
Na evolução das leis, a n. 5.194 (BRASIL, 1966) foi alterada pela Lei n. 8.195 (BRASIL, 1991), regulamentando o exercício da profissão. Devido à necessidade, os profissionais da Arquitetura e Urbanismo decidiram criar conselho próprio, deixando de fazer parte do CREA. Assim, o Conselho de Arquitetura e Urbanismo foi criado pela Lei 12.378 (BRASIL, 2010), de 31 de dezembro de 2010.
No ano de 1971, foi adotado o Código de Ética Profissional, pela Resolução n. 205 (CONFEA, 1971) e, no ano de 1973, a Resolução n. 218 (CONFEA, 1973), estabeleceu as diferentes modalidades de engenharia. Com a evolução da tecnologia, e do mercado de trabalho, novas modalidades de engenharia surgiram, e foi necessária a publicação de novos normativos para dar suporte ao exercício profissional.
Outra resolução que orienta a Engenharia é a n. 1.073 (CONFEA, 2016), regulamentando a atribuição de títulos, atividades, competências e campos de atuação profissionais aos profissionais registrados no Sistema CONFEA/CREA, para efeito de fiscalização do exercício profissional no âmbito da Engenharia e da Agronomia.
Patentes e registros
As inovações patenteadas, ou registradas, possuem um valor comercial e, por esse motivo, são protegidas por uma legislação específica, que muda para cada país (FRANÇA, 2000).No Brasil a Lei n. 9.279/96 (BRASIL, 1996) regulamenta as atividades sobre patentes e registros e os direitos e obrigações relativos à propriedade industrial no país. O órgão responsável pela aplicação é o Instituto Nacional da Propriedade Industrial (INPI).
Entretanto, ao contrário do que ocorre em várias legislações estrangeiras, a Lei brasileira não define invenção. Em outros países, a invenção é reportada como uma criação de algo até então inexistente, que resulta da capacidade intelectual de seu autor, e que pode representar uma solução nova para um problema já existente, visando um efeito técnico em uma determinada área (CABELLO, PÓVOA, 2016).
Segundo o Sebrae (2018), patente é um documento formal, que confere e reconhece os direitos de propriedade e uso exclusivo para uma invenção descrita amplamente.
Patente, de acordo com o INPI (2018a), é um título de propriedade sobre uma invenção, outorgado pelo Estado aos inventores, ou outras pessoas físicas, ou jurídicas, detentoras de direitos sobre a invenção. Com essa concessão, o inventor tem o direito de impedir terceiros de usar, colocar à venda, ou importar o produto objeto de sua patente, sem o seu consentimento.
O INPI registra dois tipos de patentes: a de invenção e a de utilidade. Patente de invenção refere-se a produtos ou processos que atendam a atividades inventivas e aplicação industrial, com validade de 20 anos. Patente de utilidade refere-se a objetos de uso prático, suscetível a aplicação industrial, desde que apresente nova disposição, resultando em melhoria funcional
Com o objetivo de incentivar a proteção do meio ambiente, o INPI criou a “patente verde”, reportando as invenções tecnológicas com o objetivo de melhorar a gestão dos recursos ambientais. A Resolução do INPI que regula esse tipo de patente é a PR n. 83/2013. O programa da patente verde delimita tipos de tecnologia: energia alternativa, transporte, conservação de energia, gerenciamento de resíduos e agricultura 
De acordo com Mostert (2007), o processo criativo ocorre em etapas:
preparo ou coleta: refere-se à coleta de informações, que servem como base para o processo de inovação;
incubação: refere-se à etapa de armazenamento das informações reunidas na etapa anterior;
iluminação: refere-se ao momento de inspiração da inovação, quando uma imagem surge do inconsciente, trazendo uma resposta para o problema que se quer solucionar;
implementação e verificação: momento de executar o que foi criado mentalmente. Nesta etapa é que aparecem as maiores dificuldades e, na verificação, se estabelece como será a análise e se o produto poderá ser transformado em um protótipo.
Dessa forma, o processo criativo é referente a uma ideia que surge, sendo que, para que essa ideia seja colocada em prática para solucionar problemas, é necessário outro elemento essencial: a inovação. Inovação é a implementação da ideia criativa, quando ela é colocada em prática (MARTINI; SOTILLE; MARTINS, 2017), seja no mercado, ou em determinado setor da sociedade. 
Dentre as ferramentas tecnológicas, há também os sistemas embarcados, que estão por toda parte, visto que operam em máquinas que podem trabalhar por vários anos sem parar. Um bom exemplo que podemos citar são sistemas utilizados em smartphones e nos automóveis, que desempenham funções específicas e contam com mecanismos limitantes aos computadores. No quadro a seguir, são apresentadas algumas aplicações com sistemas embarcados.
Podemos encontrar exemplos da aplicação de sistemas embarcados em vários segmentos, alguns rotineiros, e outros que não notamos. São inúmeras as plataformas para desenvolvimento de aplicações com sistemas embarcados, como o Arduino, o Raspberry Pi e o NodeMcu.
O Arduino é uma plataforma de custo acessível e flexível, que possibilita que pessoas não especialistas em programação e eletrônica, consigam desenvolver aplicações de objetos e ambientes interativos (ALVES et al., 2013).
O Raspberry (considerado um minicomputador pessoal open source) tem como objetivo, o desenvolvimento de produtos com preço acessível, tamanho reduzido e com diversas funcionalidades, com capacidade para integrar o desenvolvimento de projetos eletrônicos com software (CRUZ, LISBOA 2014).
O NodeMcu é um kit de desenvolvimento, com firmware de código aberto, que combina o chip ESP8266, interface USB e regulador de tensão 3.3V. O NodeMCU vem sendo muito utilizado para o desenvolvimento de protótipos para a Internet das Coisas (IoT).
A indústria 4.0 se deu a partir das inovações tecnológicas, representando um papel central no desenvolvimento econômico de um país. De acordo com Chiavenato (2012), as inovações trouxeram eficiência, visando à otimização e aproveitamento dos recursos disponíveis. A quarta revolução industrial (Figura a seguir), segundo a Indústria 4.0 (2018), caracteriza-se pelo elevado número de conjuntos de tecnologia, que permitem a fusão do mundo físico, biológico e digital.
A indústria 4.0 ou Quarta Revolução Industrial é uma expressão que engloba as tecnologias para automação e troca de dados, fazendo uso de conceitos de sistemas Físico-Cibernéticos, Internet das Coisas, Inteligência Artificial, Biologia Sintética, Manufatura Aditiva (Impressora 3D). Mas o que são esses sistemas?
O Sistema Físico-Cibernético (Cyber-Physical Systems) refere-se à integração entre computadores e processos físicos, a partir da qual são monitoradas e controladas todas as informações em tempo real (LEE, 2008). Esse tipo de sistema, segundo o autor, otimiza a indústria pelo controle e monitoramento dos processos, ajudando na eficiência da Indústria 4.0.
A Internet das Coisas (Internet of Things), refere-se ao desenvolvimento da internet, na qual os objetos utilizados no cotidiano das pessoas possuem conexão com a internet, permitindo o envio e recebimento de dados, resultando em uma otimização dos recursos (ASHTON, 2016). Se pensarmos na Indústria 4.0, a Internet das Coisas é fundamental, devido à disponibilidade de conexão das máquinas, permitindo a descentralização e automação do controle de produção.
Já a Inteligência Artificial (IA), de acordo com a Indústria 4.0 (2018) é um segmento da computação que objetiva a simulação da capacidade humana de raciocinar, de tomar decisões e resolver problemas, por meio de softwares e equipamentos que possuem capacidade de automatizar os processos.
Biologia Sintética é relacionada à harmonia de novos desenvolvimentos tecnológicos nas áreas de: química, biologia, ciência da computação e engenharia, que permitem elaboração de projeto e construção de novas partes biológicas como, por exemplo, enzimas, células, circuitos genéticos e até mesmo, o redesenho de sistemas biológicos existentes.
Por fim, a Manufatura Aditiva, ou Impressão 3D, é uma tecnologia de fabricação aditiva, a qual tem como resultado, um modelo tridimensional, criado por camadas sucessivas de algum material, para a produção de objetos, peças, dentre outros.
Vamos nos focar nas instituições, que nos trazem exemplos bem palpáveis. A P+L aborda a redução de custos, prevenção de emissão de poluentes, redução do consumo de energia e utiliza o conhecimento do profissional na causa ambiental para a eliminação das causas da poluição produzida. Dentro de uma organização, a responsabilidade ambiental é praticada de forma conjunta à econômica, quando se incentiva a implementação de projetos que unam a redução de custos e a proteção ambiental. Um exemplo é a recuperação da água de lavagem de veículos, por meio da canalização no piso, que ao passar por tratamento adequado, poderá ser reutilizada para outras destinações. O reúso e a reciclagem de papel podem ser adotados nos escritórios, pelos mesmos motivos. Desse modo, a implementação da P+L em uma organização atinge a todos os níveis hierárquicos, desde os operadores até a alta administração.
A maioria dos gases emitidos nos processos industriais são poluentes e podem ocasionar problemas para a saúde humana (MOTA, 2000). Alguns dos mais conhecidos são:
 
monóxido de carbono(CO) causa doenças no aparelho respiratório e perda da capacidade visual;
óxidos de nitrogênio (NO, NO2), gera irritações nas mucosas;
hidrocarbonetos têm efeito carcinogênico;
gás sulfídrico apresenta odor característico, desagradável. Causa danos ao aparelho respiratório e problemas cardiovasculares, principalmente em pessoas idosas;
clorofluorcarbonos pode acarretar câncer de pele e catarata.
óxidos de enxofre provoca a chuva ácida, causando danos à vegetação. A chuva ácida (reação dos compostos tóxicos com a água e o sol) limita o crescimento vegetal, diminui a resistência das plantas, além de corroer construções;
óxidos de nitrogênio quando reage com hidrocarbonetos produz oxidantes fotoquímicos, reduzindo a permeabilidade das membranas celulares, impedindo as trocas gasosas das folhas e prejudicando a realização da fotossíntese.
 Para que o engenheiro possa desenvolver projetos com intuito de minimização ou não geração de poluentes, é necessário atender a Padrões de Qualidade do Ar. Como exemplo, podemos tomar os Estados Unidos, que apresentam uma legislação para qualidade do ar muito bem definida, fixada a partir de índices determinados pela Environmental Protection Agency (EPA), que estabelece os Padrões Nacionais Ambientais de Qualidade do Ar (National Ambient Air Quality Standards, NAAQS). O NAAQS especifica o nível máximo permitido para diferentes poluentes atmosféricos, divididos em primários e secundários (BRAGA et al., 2005):
 
primários: margem de segurança para proteção de indivíduos mais sensíveis, como crianças, idosos e pessoas com problemas respiratórios;
secundários: não considera problemas com a saúde das pessoas, mas considera danos à agricultura, materiais, edifícios, vida animal, mudanças no clima, problemas de visibilidade e conforto pessoal.

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