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História da América Pré-Colombiana

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História da América: 
Aspectos Introdutórios
Material Teórico
Responsável pelo Conteúdo:
Prof. Ms. Geraldo Barbosa Neto
Revisão Textual:
Profa. Esp.Vera Lídia de Sá Cicarone
Culturas Pré-Colombianas
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• Quem escreveu os primeiros capítulos da História da América 
• A cultura maia
• A cultura mexica (azteca)
• A cultura inca
O principal objetivo desta unidade é compreender que a História da América não 
se iniciou com a chegada e com a conquista dos espanhóis. Esses acontecimentos 
constituíram apenas uma etapa da milenar e rica história de nosso continente.
Nesta Unidade, deve ler atentamente o conteúdo. Ele lhe possibilitará reflexões sobre 
a ideia de que a América foi descoberto por Cristóvão Colombo e suas implicações na 
interpretação da história americana. Também conhecerá alguns aspectos relevantes das 
culturas Maia, Mexica (Azteca) e Inca. O Descobrimento da América e as Culturas Pré-
Colombianas nos convidam a questionar sobre quais temas seriam pertinentes para iniciar 
uma abordagem da História da América.
No primeiro tópico, entrará em contato com uma reflexão crítica sobre a ideia de que a 
América foi descoberta.
Culturas Pré-Colombianas
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Unidade: Culturas Pré-Colombianas
Contextualização
Para iniciarmos esta unidade, convido você a assistir a este vídeo. Nele, encontrará 
informações que o auxiliarão na compreensão e na valorização das culturas pré-colombianas. 
Ele aborda as culturas Maia, Mexica (Azteca) e Inca.
Link da série Civilizações Secretas: Maias, Incas e Astecas
 » https://youtu.be/f0j4O2xJQSY
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Quem escreveu os primeiros capítulos da História da América 
Segundo historiador mexicano Edmundo O`Gorman (1995, p. 20-21), o registro mais 
antigo da ideia de iniciar a história da América com o tema de seu descobrimento, realizado 
por Cristóvão Colombo (1450-1506), é a obra Sumario de la Natural Historia de las Indias 
(1526), escrita por Gonzalo Fernandez de Oviedo (1478-1557). Esse cronista espanhol 
principiou o que designou por “verdadeira história”, escrevendo: “[...] como é notório, Dom 
Cristóvão Colombo, primeiro almirante destas Índias, as descobriu no tempo dos reis católicos 
Dom Fernando e dona Isabel [...]” (OVIEDO, 1950, p. 79, tradução nossa).
Cristóvão Colombo (1450-1506) foi um almirante genovês que navegou a serviço do reino 
espanhol entre o final do século XV e início do século XVI.
Pintura histórica do Descobrimento da América (1892), de José Garnelo y Alda (1866-1945)
Fonte: Cristóbal Colón. El Hombre que Ensanchó el Mundo. BBVA, p. 55.
Essa ideia foi o ponto de partida para vários escritores que, durante séculos, se dedicaram 
a escrever a história do continente. Livro após livro, o evento no qual Colombo se defrontou 
com uma ilha, acreditando que ela estivesse situada no continente asiático, nas proximidades 
do atual Japão, foi transformado no Descobrimento da América. A instituição desse “marco 
histórico” ainda encontra ecos em nossa forma de pensar a história americana.
Essa ideia de descobrimento pressupõe que, através de um mero contato físico com uma ilha 
do Atlântico, Colombo descortinou uma América que estava à sua disposição, esperando sua 
descoberta. Permita-me pôr em evidência que esse almirante, ao desembarcar, não vislumbrou 
somente as árvores, águas e frutas que registrou em seu diário. Ele e os tripulantes que o 
acompanharam também “[...] viram-se cercados por vários habitantes da ilha”. (COLOMBO, 
1991, p. 52). Portanto, não lhe aguardava uma terra vazia e desconhecida, propícia à chegada, 
à exploração, à conquista, à colonização e à dominação dos europeus.
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Unidade: Culturas Pré-Colombianas
“Os primeiros capítulos da História da América Latina correspondem àqueles que a habitavam 
antes de seus primeiros contatos com os europeus”, escreveu o historiador Miguel León-Portilla 
(1990, p. 3, tradução nossa). Com essas palavras, esse historiador propõe que a história americana 
não começou a ser escrita quando os europeus desembarcaram em nosso continente. Se quisermos 
conhecer uma história americana que não repita a versão contada pelos espanhóis, teremos que ler 
as páginas escritas antes do desembarque de Colombo, em 1492. Os territórios sobre os quais os 
europeus estenderam seus domínios acolhiam culturas cuja vitalidade dava expressão a uma pulsante 
complexidade, na qual vibravam cidades imponentes, conhecimentos refinados e um rico patrimônio 
de tradições indígenas vivas, diversas e plurais. Defrontaram-se com reminiscências da cultura maia 
e com a cultura mexica (asteca), que compreendia o centro-sul do México atual e parte da atual 
América Central. Defrontaram-se, também, com a cultura inca, que se situava na costa ocidental 
da atual América do Sul, em um território que abrangia, em termos atuais, do Chile à Colômbia. 
Estamos tratando de culturas milenares, tão antigas e ricas quanto a dos gregos, a dos romanos e 
a dos egípcios. Designaremos essas culturas de pré-colombianas. Principiaremos pela cultura maia.
A cultura maia
O historiador Paul Gendrop (1987, p. 31-32) chama a atenção para o fato de que raramente 
se registrou, na história, o florescimento de uma cultura rica e poderosa em meio a um cenário 
natural constituído por árvores enormes, pântanos, lagunas, flora e fauna exuberantes. Ele 
se refere à cultura maia. Ela desenvolveu-se em uma clareira cercada por uma densa floresta 
localizada na região setentrional da atual Guatemala. Esse fenômeno suscita ainda mais 
surpresa se pensarmos que os maias não dispunham de recursos técnicos sofisticados que 
possibilitassem habitar essa região adversa sem muitas dificuldades.
Entretanto, a cultura maia situou-se em uma região mais ampla do que esse importante 
centro. Ela abrangeu um território que compreendia partes da atual Guatemala, de Belize, 
de El Salvador e de Honduras, além do sul do México. Portanto, essa cultura abarcou grande 
parte da região mesoamericana (LEÓN-PORTILLA, 1990, p. 7).
Glossário
O termo Mesoamérica designa a região que acolheu as culturas maia e 
mexica (asteca). Trata-se do centro-sul do México atual e de parte da atual 
América Central. Porém, esse termo não é uma designação estritamente 
geográfica. Ele também inclui uma fronteira tracejada por características 
étnicas e culturais (LEÓN-PORTILLA, 1990, p. 3).
O exemplo de um importante centro maia foi Tikal, situado na atual Guatemala. Esse 
centro caracteriza-se por um exuberante conjunto cerimonial com suntuosos edifícios e 
pirâmides, construído em torno de uma ampla praça central. Ele evidencia a sofisticada aptidão 
arquitetônica dos maias (GENDROP, op.cit., p. 33).
No link <http://www.destination360.com/tikal/guide.htm>, você poderá realizar uma visita 
virtual ao Parque Nacional de Tikal, localizado na Guatemala. Nessa visita, poderá 
vislumbrar imponentes construções maias.
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Construções remanescentes dos maias em Tikal
Fonte: Wikimedia Commons
Nessa cultura, os governantes, os sacerdotes e os principais guerreiros ocupavam uma 
posição privilegiada. Esse grupo produziu grande parte do rico patrimônio que envolveu o que 
chamamos arquitetura, pintura, conhecimento e arte. Mas, a maior parte da sociedade maia 
ocupava-se com a agricultura e com outros ofícios (LEÓN-PORTILLA, 1990, p. 8).
No que se refere aos conhecimentos dos maias, permita-me pôr em evidência sua sofisticação 
nos campos da astronomia e da matemática. Calculavam de forma precisa os movimentos 
dos corpos celestes. Construíram dois tipos de calendários, um ritual e outro orientado para 
atividades cotidianas, como a agricultura. Seus cálculos astronômicos contavam, inclusive, 
com um valor equivalente ao número zero empregado na matemática ocidental. Além disso, 
possuíam uma forma de escrita glífica, cuja imagem lembra emblemas, para registrar seus 
cálculos (GENDROP, 1987, p. 38-42).
Representaçãomaia de um astrônomo 
observando diferentes fases dos fenômenos 
celestes e ilustração com exemplo de cálculos 
maias em escrita glífica.
Após séculos de domínio na Mesoamérica, 
a cultura maia foi perturbada por um 
desequilíbrio que resultou em recorrentes 
ondas migratórias para fora dos grandes 
centros urbanizados maias. O território 
maia também passou a sofrer sucessivas 
invasões. Além disso, os maias foram 
acometidos por crises e transformações no 
poder (GENDROP, op.cit., p. 98-99). Essas 
fragilidades contribuíram para que a cultura 
maia perdesse seu esplendor.Fonte: (GENDROP, 1987, p. 38 e 42)
 
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Unidade: Culturas Pré-Colombianas
Diálogo com o Autor
No momento [...] em que os espanhóis – nos altiplanos da Guatemala ou na península 
do Yucatán – entraram em contato com povos pertencentes mais ou menos diretamente 
ao ramo maia, já fazia seis ou sete séculos que se extinguira o esplendor clássico maia 
[...]” (GENDROP, Paul, 1987, p. 7) 
Essa região, que outrora assistiu à pujança do império maia, na época das expedições 
conquistadoras espanholas, era dominada pelos mexicas (aztecas). Vamos a eles.
A cultura mexica (azteca)
 Diálogo com o Autor
Os astecas (azteca) ou mexicanos (mexica) dominavam com esplendor a maior 
parte do México quando os conquistadores espanhóis ali chegaram, em 1519. Sua 
língua e sua religião tinham-se imposto sobre imensas extensões de terra desde o 
Atlântico até o Pacífico e das regiões áridas setentrionais até a Guatemala. O nome 
de seu soberano Motecuhzoma era venerado ou temido de uma ponta à outra 
daquele vasto território. Seus comerciantes com suas caravanas de carregadores 
percorriam o país em todos os sentidos. Seus funcionários recebiam impostos de 
todos os lados. Nas fron-teiras, as guarnições astecas mantinham a distância as 
populações insubmissas. Em Tenochtitlán (México), sua capital, a arquitetura e a 
escultura haviam alcançado um impulso extraordinário, enquanto o luxo crescia 
no vestuário, à mesa, nos jardins e na ourivesaria.
(SOUSTELLE, 2002. p. 7)
Com essas palavras, o historiador Jacques Soustelle resume o poderio da cultura mexica (ou 
azteca) na mesoamérica. Esse poder ganhou um exemplo de sua expressão na principal cidade 
mexica, cujo nome era Tenochtitlán.
“Esta cidade é tão grande como Sevilha e Córdoba” (CORTEZ, 1996, p. 45). Assim, 
Hernan Cortez (1485-1547), o mais famoso conquistador espanhol, descreveu Tenochtitlán, 
centro do poder mexica. Ele a comparou com importantes centros urbanos do reino espanhol. 
Trinta e oito províncias distribuídas por toda a Mesoamérica estavam submetidas ao império 
mexica (SOUSTELLE, op.cit. p. 20).
Os tributos eram fundamentais para esse império. Funcionários imperiais eram fixados em 
cada província. Eles eram assistidos por escribas. Ocupavam-se com a arrecadação, com o 
registro e com o transporte dos produtos recolhidos como tributos. Esses tributos constituíam 
o tesouro imperial.
Os mexicas eram governados por um soberano. Ele era escolhido por um conselho. Uma 
vez que acreditavam que a escolha de seu soberano ocorria mediante uma inspiração divina, o 
poder imperial também era investido pela divindade. Portanto, o soberano submetia-se a ritos 
e obrigações diante dos deuses que lhe concederam autoridade sobre os mexicas. Entre suas 
obrigações, estava a proteção de seu povo (SOUSTELLE, 2002).
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Na ordem política mexica também figurava o dignatário, uma espécie de chefe militar e 
civil. Outra figura central nessa ordem era o sacerdote, que intermediava a relação entre os 
mexicas e seus deuses. Grosso modo, esse é o quadro aristocrático mexica (ibid., 2002). 
Na sociedade mexica, serviços militares, impostos e trabalhos coletivos pesavam sobre 
os homens comuns. Entre a vida agrícola e militar, esta segunda possibilitava uma ascensão 
militar, conseguida conforme méritos obtidos nos combates. Integrava essa sociedade uma 
variedade de outras funções. Algumas eram administrativas, como a do escriba, por exemplo. 
Mas também existiram funções como carpintaria, distribuição de água, cerâmica, tecelagem, 
metalurgia, entre muitas outras. Nessa sociedade existiam escravos. Eles eram cativos de 
guerra ou condenados pela justiça a prestar serviços coletivos (ibid., 2002).
No que diz respeito aos conhecimentos e à religião dos mexicas, o sacerdote estudava 
o movimento dos astros. Tinha pleno conhecimento das estações do ano e do cálculo de 
fenômenos celestes, como os eclipses. Os mexicas possuíam uma forma de contar o tempo 
e organizá-lo em calendários. O culto mexica era astral. Seu panteão de deuses mantinha 
estreita correspondência com os astros. Acreditavam que os fenômenos da natureza estavam 
submetidos a eles. O culto possuía um papel primordial na vida dos mexicas. Suas atividades 
eram organizadas em torno dele. Na vida ritual mexica, destacavam-se os sacrifícios humanos 
em altares (ibid., 2002).
 Diálogo com o Autor
Um importante rito mexica era a cerimônia do Fogo Novo. Eis uma breve 
descrição dela:
Ao fim de cada período de 52 anos, acendia-se o Fogo Novo no cimo da montanha 
de Uixachtecatl, perto do México; era isso que se denominava a “liga dos anos”. 
Em uma espera angustiada, em todas as casas se apagava o fogo e se quebrava a louça. 
No cume do Uixachtecatl, os sacerdotes observavam o movimento das Plêiades. 
Um prisioneiro era sacrificado e em seguida se pressionava um bastão em fogo 
(tlequauitl) contra o seu peito sangrando. Acendia-se o fogo! Nesse momento, 
mensageiros partiam imediatamente para levar as novas e a chama até a capital. 
Cada família reacendia o seu fogo e renovava seus utensílios domésticos, em meio 
a uma alegria geral: o mundo partira novamente para mais 52 anos (SOUSTELLE, 
2002. P. 54).
A guerra foi um traço característico da cultura mexica. Ela garantia aos mexicas a ampliação 
do território sob seu domínio. Por conseguinte, também assegurava o aumento da arrecadação 
de tributos para o tesouro do soberano. Além disso, abastecia os mexicas de escravos e 
também de prisioneiros que eram oferecidos em sacrifício nos ritos mexicas (ibid., 2002).
Mas sua aptidão guerreira não foi suficiente contra a conquista espanhola. Os espanhóis 
invadiram o império mexica e promoveram um dos maiores genocídios que a humanidade 
registrou em sua história. Esse genocídio foi acompanhado de uma vertiginosa destruição e de 
um processo de saque. 
Na América do Sul, um império contemporâneo aos mexicas foi erguido. Era o poderoso 
império inca.
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Unidade: Culturas Pré-Colombianas
A cultura inca
 Diálogo com o Autor
Quando os espanhóis chegaram ao Peru, em 1532, os Incas já haviam 
estabelecido o seu domínio sobre o planalto e a planície costeira dos Andes. Seu 
Império estendia-se desde Cuzco até a Colômbia, ao norte; e até o Chile e a 
Argentina, ao sul. O brilho de sua civilização atingia o Panamá e chegava mesmo 
às longínquas praias atlânticas do Brasil, sob a forma de utensílios de cobre ou 
ornamentos de ouro e prata transportados de tribo em tribo através da floresta 
Amazônica. (FAVRE, 1987, p. 5)
O centro desse vasto império descrito anteriormente foi a bacia de Cuzco, situada no atual 
Peru. Quando os incas chegaram a essa região, ela era composta por varias aldeias. Essas 
aldeias eram unidas por um sistema de alianças entre diversas tribos indígenas. Nesse sistema, 
os incas ocuparam, em primeiro lugar, uma posição subordinada. Eles assimilaram várias 
características culturais dessa aliança, inclusive o idioma kechwa. Após um longo processo de 
conquistas, invasões e saques, os incas constituíram seu império. Nesse processo, transmitiram 
sua cultura para todo o mundo andino (ibid., p. 12).
Esse poder imperial era conquistado. Um homem se tornava imperador se apropriando 
dessa posição pela força. A morte de um imperador abria um contexto de combatese disputas 
entre os chefes incas. Com a morte de um imperador, o império inca passava por um processo 
de crise, mas também de renovação. Tratava-se de um poder conseguido sem qualquer meio 
de transmissão institucionalizada. Um poder alcançado pelas mãos dos guerreiros. Após a 
definição de um imperador, esse era legitimado por um cerimonial presidido pelo grande 
sacerdote. O imperador era assistido por um conselho. Contava também com governadores e 
uma extensa rede de funcionários submetidos ao poder imperial (ibid., p. 51-58).
Quanto à organização social e econômica inca, destaca-se o ayllu. A palavra ayllu designa 
uma aldeia formada por grupos familiares com laços de parentesco. Essa aldeia também 
poderia agregar grupos que se integravam ao ayllu através de uma aliança formada com os 
grupos familiares que o constituíam. Nessa célula familiar, a esfera de atuação feminina era o 
âmbito doméstico. Ao homem cabia tarefas tais como a agricultura, a cerâmica, o artesanato 
e a tecelagem. Essas células obedeciam a um chefe que distribuía as terras, delegava tarefas 
e intermediava conflitos. A divisão das terras ocorria de modo que todos partilhassem dos 
recursos naturais disponíveis no local que habitavam e tivessem uma porção de terra suficiente 
à subsistência de cada grupo familiar. O cultivo e a colheita eram organizados por ciclos. 
Construíram técnicas de terraplanagem e de irrigação sofisticadas (FAVRE, 1987, p. 30-36).
No campo do conhecimento, os incas desenvolveram uma forma de calcular e organizar o 
tempo de acordo com os movimentos celestes. Através desse cálculo, organizavam sua vida 
ritual e suas atividades agrárias. Dispunham de um sistema numérico sofisticado (ibid., p. 75).
Entre as construções monumentais legadas pelos incas, destaca-se Machu Picchu. Essa 
aglomeração urbana testemunha a perícia dos arquitetos incas.
 
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Construções de Machu Pichu – Peru.
Fonte: http://www.epochtimes.com.br
Em 1532, Francisco Pizarro comandou uma expedição que principiou o processo de 
conquista espanhola na região sob o domínio inca. Após décadas de conflitos, nos quais os 
incas buscaram resistir aos espanhóis, a cultura inca foi submetida pelos europeus.
Presságios e profecias da destruição das culturas pré-colombianas
Relatos mexicas e maias apresentaram presságios e profecias que – acredita-
se – anteciparam a chegada dos espanhóis. Sinais que apareceram nos céus, 
incêndios em templos sem causa aparente, inundações, sons noturnos e 
aparições inexplicáveis foram interpretadas como presságios mexicas sobre 
a conquista espanhola. Em relatos maias, profecias assinalavam a chegada 
de estrangeiros com a pele de cor branca e com a barba ruiva (LEÓN-
PORTILLA, Miguel, 1985).
Em 1519, uma expedição comandada por Hernan Cortez (1485-1547) construiu os primeiros 
passos para a conquista do território americano, o que resultou na destruição das culturas pré-
colombianas. Nas unidades posteriores da disciplina História da América, abordaremos essa conquista.
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Unidade: Culturas Pré-Colombianas
Material Complementar
Para complementar os conhecimentos adquiridos nesta unidade, assista à série Construindo 
um Império. Abaixo, estão elencados os links de três episódios:
Vídeos:
Os Maias
https://www.youtube.com/watch?v=n47T1574i9k
Os Mexicas (Astecas)
https://www.youtube.com/watch?v=CAtPN2slPag
Os Incas
https://www.youtube.com/watch?v=W3F36m31Z7Q
Link da série Civilizações Secretas: Maias, Incas e Astecas
https://www.youtube.com/watch?v=f0j4O2xJQSY
Livros:
Como sugestão de leitura, leia a Coleção Civilizações Pré-Colombianas:
 » A Civilização Maia, de Paul Gendrop,
 » A Civilização Asteca, de Jacques Soustelle
 » A Civilização Inca, de Henry Favre.
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Referências
COLOMBO, Cristóvão. Diários da descoberta da América: as quatro viagens e o testamento. 
Porto Alegre: L&PM, 1991.
______. El Hombre que Ensanchó el Mundo. BBVA (Coleción Grandes Exploradores). 
Disponível em: <http://www.grandesexploradoresbbva.com/es/descargas/cristobal_colon.
pdf>. Acesso em: 22.04.2014
CORTEZ, Hernán. O fim de Montezuma: relatos da conquista do México. Porto Alegre: 
L&PM. 1996.
FAVRE, Henri. A civilização inca. Rio de Janeiro: Jorge Zahar Editor, 1987. (As civilizações 
pré-colombianas) 
FERNÁNDEZ DE OVIEDO, Gonzalo. Sumario de la natural historia de las Indias. México: 
Fondo de Cultura Económica, 1950.
GENDROP, Paul. A civilização maia. Rio de Janeiro: Jorge Zahar Editor, 1987. (As civilizações 
pré-colombianas)
LEÓN-PORTILLA, Miguel. Mesoamérica antes de 1519. In: BETHEL, Leslie. História de 
América Latina. Barcelona: Editorial Crítica, Cambridge University Press, 1990, v. I, p. 3-30.
______. A conquista da América vista pelos índios: relatos astecas, maias e incas. Petrópolis: 
Vozes, 1985.
O’GORMAN, Edmundo. La invención de América: investigación acerca de la estructura 
histórica del nuevo mundo y del sentido de su devenir. México: Fondo de Cultura 
Económica,1995.
SOUSTELLE, Jacques. A civilização asteca. Rio de Janeiro: Jorge Zahar Ed., 2002. (As 
civilizações pré-colombianas)
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Unidade: Culturas Pré-Colombianas
Anotações

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