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Módulo II Incidência e Credito Tributário

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Módulo II Incidência e Crédito Tributário
Questões
1. Que é isenção (vide anexo I)?
Resposta: Isenção é a autorização legal de se deixar de pagar um tributo. A isenção acaba por provocar alteração na Regra Matriz de Incidência Tributária pois altera alguns critérios de sua estrutura fazendo com que o fato jurídico tributário bem como a obrigaçao que dele deriva não cheguem a existir já que a isenção tributaria a suprimiu.
2. Elaborar quadro comparativo a respeito de: (i) isenção; (ii) imunidade; (iii) não incidência; (iv) anistia; e (v) remissão.
Resposta: Isenção é a autorização legal de se deixar de pagar um tributo. A isenção acaba por provocar alteração na Regra Matriz de Incidência Tributária pois altera alguns critérios de sua estrutura fazendo com que o fato jurídico tributário bem como a obrigação que dele deriva não cheguem a existir já que a isenção tributaria a suprimiu. Provoca uma restrição de abrangência no critério do antecedente normativo bem como do consequente normativo da RMIT fato este que inviabiliza o nascimento tanto do fato jurídico tributário como da obrigação tributaria.
Imunidade nada mais é que uma restrição constitucional ao Poder de tributar almejando impedir a incidência tributaria como norma proibitiva do surgimento de determinada norma tributaria. 
A Imunidade se limita a impostos e as hipóteses de imunidades previstas literalmente na Constituição Federal.
Não incidência é a ausência de norma ou a impossibilidade jurídica de se tributar. Tal fato pode ocorrer tanto em sentido amplo pela inexistência da incidência tributaria ou em sentido estrito pela ausência de norma que preveja a RMIT.
Já a Anistia ocorre quando existe uma infração e a ela é dado o perdão a falta cometida pelo infrator o liberando de pagar os créditos relativos as penalidades tributarias. O legislador autoriza a extinção da punibilidade do sujeito passivo, inviabilizando a constituição de credito. Abrange exclusivamente a penalidade e deve ser concedida antes da constituição de seu credito, que pode ser dado de forma total ou parcial a sanção tributaria.
Remissão é uma causa extintiva do credito tributário e ocorre com o perdão do Estado da divida tributaria.
Neste caso deixa de existir o objeto do tributo e mas não a penalidade imposta caso exista.
3. A expressão “crédito tributário” utilizado no art. 175 do CTN tem o mesmo conteúdo de significação para a isenção e para a anistia? Justificar.
Não. A expressão credito tributário tem significados diferentes.
Para a Isenção credito tributário significa a liberação da obrigação de pagar um tributo fazendo com que não haja fato jurídico tributário nem obrigação tributaria.
Já na Anistia a expressão credito tributário versa sobre o perdao da falta cometida pelo sujeito passivo, excluindo apenas a penalidade em pecúnia não ficando perdoado no tocante as obrigações acessórias que estiverem ligadas a obrigação.
4. Tratando-se de isenção com prazo certo, ou de isenção por prazo indeterminado, responda: (i) equivalem, necessariamente, à isenção condicionada e à isenção incondicionada, respectivamente? Quais critérios são utilizados nessas classificações? (ii) a revogação da isenção, que reinstitui a norma tributária no sistema, apenas restabelece sua eficácia ou requer a publicação de nova regra tributária no ordenamento? Neste último caso, deverá ser respeitado o princípio da anterioridade (nonagesimal / exercício)? Há direito adquirido (vide anexo II e III)?
i) Sim equivale. Importante dizer que a isenção condicionada, a termo certo e pura ou simples. A isenção condicionada ou por termo certo depende para sua concessão da observância das condições impostas ou do implemento do tempo. Intrinsecamente, quando não observada a condição ou implementado o tempo, a isenção cessa por si. Já isenção incondicionada pura ou simples, como o próprio nome refere, não depende de nenhuma condição para a concessão ou ainda do tempo de duração.
ii) Iniciando com a isenção por prazo certo entendo ser a mesma irrevogável tendo o Estado/ Fisco que esperar terminar o prazo determinado de isenção para poder cobrar o tributo, já que mesmo se houvesse a revogação da isenção esta já estava amparada pelo direito adquirido.
O beneficio concedido valerá pelo prazo que foi determinado e somente após ultrapassado esse prazo é que a norma tributaria será restabelecida já que continuava e existir no sistema jurídico. A norma naquele período existia, mas não possuía apenas a eficácia; assim desta forma em nenhum momento não é afrontado o principio da não surpresa e não se deverá respeitar o principio anterioridade neste caso.
Prevê o CTN, em seu art. 178, que a isenção pode ser revogada ou modificada por lei, a qualquer tempo, salvo se concedida por prazo certo e em função de determinadas condições. Assim, somente a isenção alcunhada de onerosa, ou seja, concedida por prazo certo e em função de determinadas condições, não poderá ser revogada. É nesse sentido, inclusive, entendimento sumulado do STF.
O princípio da anterioridade proíbe a cobrança de tributos no mesmo exercício financeiro em que haja sido publicada a lei que os instituiu ou aumentou evitando-se a cobrança de um tributo inesperado ou o aumento de um já existente. É importante demonstrar aqueles casos sujeitos à anterioridade nonagesimal, ou seja, aqueles casos em que a cobrança do tributo poderá ser iniciada no mesmo exercício financeiro, mas desde que observado o prazo de 90 dias. É o caso das contribuições sociais, previstas no § 6º do art. 195 da CF.
A Constituição Federal dispõe expressamente os casos em que se pode afastar da anterioridade. O que se busca, é evitar a surpresa do contribuinte no trato dos seus negócios, no sentido de evitar a possibilidade de cobrança de um tributo de um dia para o outro. Por isto, este princípio é também chamado de princípio da não-surpresa. O principio da anterioridade vem a reforçar outro princípio constitucional que é o da segurança jurídica. Aos cidadãos-contribuintes, a certeza inclusive de que não será onerado intempestivamente.
Quando falamos em revogação da isenção estamos sempre a tratar daquelas isenções puras ou simples, já que estas são cabíveis de revogação. As isenções condicionadas ou a termo não podem ser revogadas enquanto não houver a implementação do tempo ou enquanto observada a condição imposta.
Já que a isenção pura, pois, pode ser revogada a qualquer momento, há de observarmos o princípio da anterioridade? Ou a cobrança pode-se dar no mesmo exercício financeiro da lei que revogou o benefício?
Se entendermos que a isenção é mera dispensa do pagamento, o que significa que incide a norma e nasce a obrigação de pagar o tributo, mas apenas por favor legal, em determinado momento, o contribuinte restou dispensado do pagamento haveremos de responder "não" à primeira pergunta e "sim, à segunda. Isto porque o contribuinte sabia da obrigação tributária que lhe foi imposta diante da norma de incidência. Sabia, pois, que era devedor de um tributo, só não sabia o quantum. É (ou seria) o mesmo que alíquota zero.
Se, ao contrário, entendermos que a isenção é uma não-incidência, tal qual a imunidade, a revogação da isenção implica na criação de novo tributo, eis que amplia a hipótese de incidência. Neste caso, portanto, deve atender ao princípio da anterioridade.
Para muito, também, a revogação da isenção implica no aumento do tributo, já que do nada pagar para pagar algo, com certeza, implica em aumento do tributo.
Para o STF, entretanto, o entendimento não é esse.
Após inúmeros julgados, o STF, adotando a doutrina de Rubens Gomes de Sousa, consolidou o entendimento que a cobrança do tributo outrora isento pode ser cobrado no mesmo exercício financeiro, de acordo com o princípio da anualidade. Essa pacificação restou na edição da Súmula 615, de 1984: "o princípio da anualidade não se aplica à revogação de isenção do ICM."
5. Há distinção entre alíquota 0% e isenção? Os insumos isentos, não tributados e tributados à alíquota 0%, adquiridosno processo de industrialização, conferem direito ao crédito tributário? Por quê? Em caso afirmativo, qual critério deveria ser utilizado para determinar o crédito presumido de IPI? Se o produto for adquirido da ZFM, isso alteraria a resposta? Se sim, por quê? (Vide anexos IV, V, VI, VII, VIII e IX)
Sim existe distinção entre alíquota 0% e isenção. Embora exista quem ache que a isenção se assemelha à alíquota zero, pois ambas as figuras são instrumentos de exoneração na realidade elas são distintas já que a alíquota zero é utilizada pelo Poder Executivo que, em alguns casos (IPI, ICMS, II, IE e IOF) que pode livremente alterar as alíquotas, para mais ou para menos, conforme previsão constitucional Na alíquota zero, ainda, há a incidência da norma (que prevê que determinada circunstância produz o fato gerador). As vezes por interesses de políticas fiscais, o contribuinte será exonerado do pagamento. Mas, nada impede que, no dia seguinte, a alíquota em questão seja aumentada, sem que isso implique aumento de tributo. Já a isenção, ao contrário, é sempre dependente de lei.
Já aos insumos isentos, não tributados e tributados a alíquota 0% adquiridos no processo de industrialização não conferem direito ao crédito tributário porque não há o aproveitamento dos créditos do IPI quando a matéria-prima utilizada na fabricação de produtos tributados reste desonerada, sejam os insumos isentos, sujeitos à alíquota zero ou não tributáveis. Isso porque a compensação com o montante devido na operação subsequente pressupõe, necessariamente, a existência de crédito gerado na operação anterior, o que não ocorre nas hipóteses exoneratórias. A jurisprudência do egrégio STF incluiu os insumos isentos no rol de hipóteses exoneratórias que não geram créditos a serem compensados. Se o produto for adquirido da ZFM, isso alteraria a resposta? Se sim, por quê? (Vide anexos IV, V, VI, VII, VIII e IX) 
Sim alteraria pois a decisão do STF em permitir que o contribuinte que comprar produtos da Zona Franca poderá aproveitar o crédito proveniente do IPI para quitar outros tributos mesmo tendo adquirido insumos isentos do imposto configura uma exceção a geral estabelecida pela jurisprudência do STF. 
6. Considerando o art. 155, §2º, II, alíneas “a” e “b” da CF, pergunta-se: 
a) Existe isenção parcial? Redução de base de cálculo pode ser considerada hipótese de isenção parcial? 
b) É possível lei estadual que determine a exigência do estorno do crédito do ICMS, relativo à entrada de insumos, proporcional à parcela correspondente à redução da base de cálculo do imposto incidente na operação de saída da mercadoria, com funda-mento no art. 155, § 2º, II, da CF/88? (Vide anexos X, XI e Parecer da Procuradoria-Geral da República no RE n. 635.688/RS RG, de 09/12/11).
 a) Não. Entendo não ser possível a isenção parcial, já que a isenção é a dispensa legal do pagamento de tributo e como não há a dispensa relacionada a todo o tributo a ser pago entendo que tal hipótese é somente uma forma de redução do tributo a ser pago, tal hipótese se equipara a um desconto.
b) Sim, entendo ser possível que lei estadual determine a exigência do estorno do crédito do ICMS, relativo à entrada de insumos, proporcional à parcela correspondente à redução da base de cálculo do imposto incidente na operação de saída da mercadoria, na medida em que o art. 155, §2º, II, da CF/88, restringe o direito ao crédito, diferentemente do ocorre no caso do IPI
7. A concessão de benefício fiscal relativo à isenção do ICMS incidente sobre a aquisição de veículo automotor por deficiente físico demanda a aprovação por convênio, nos termos do art. 155, §2º, XII, g, da CF, regulamentado pela Lei Complementar 24/75? Caso considere a dispensa de convênio nesse caso, ela poderá ser justificada pela garantia fundamental, cuja concessão do benefício visa a assegurar? (Vide anexo XII e XIII).
Entendo que sim. Que para que haja concessão de benefício fiscal de isenção do ICMS sobre a aquisição de veículo automotor por deficiente físico demanda a aprovação por convênio não havendo como se falar em garantia de um direito sem que exista norma que o crie, que no caso, surge com a celebração dos convênios.
. A LC 24/75 dispõe no seu caput do seu artigo 1º diz que “As isenções do imposto sobre operações relativas à circulação de mercadorias serão concedidas ou revogadas nos termos de convênios celebrados e ratificados pelos Estados e pelo Distrito Federal, segundo esta Lei. ”
8. Determinado Estado institui isenção de ICMS, com fundamento em convênio CONFAZ, exclusivamente para operações realizadas pelo contribuinte atacadista de determinado produto. A legislação (i) expressamente veda que essa isenção seja utilizada por estabelecimentos industriais e varejistas e (ii) nada fala sobre a possibilidade de manutenção de crédito pelo atacadista. Qual o efeito prático desta isenção para a cadeia do ICMS? Essa isenção é constitucional? Poderia o estabelecimento atacadista renunciar à isenção tributária e decidir tributar regularmente sua operação? Esse valor pago, em renúncia à isenção, seria tributo? Há relação entre essa isenção tributária e o princípio da legalidade estrita tributária?

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