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Relatório - Geologia Geral

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UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO 
CAMPUS RECIFE 
GRADUAÇÃO EM GEOLOGIA 
PROFESSORES: JOÃO ADAUTO DE SOUZA NETO, PAULA ANDREA 
SUCERQUIA RENDON E GORKI MARIANO 
DISCIPLINA: GEOLOGIA GERAL 
 
 
 
 
 
FERNANDO THEO PIRON 
GABRIEL DA CUNHA CAVALCANTI MARTINS 
GUILHERME MEIRELLES TERRA 
IGOR ALMEIDA DA SILVA 
 
 
 
 
 
RELATÓRIO DA PRÁTICA DE CAMPO DE GEOLOGIA GERAL 
 
 
 
 
 
RECIFE - PE 
2019 
 
1 
 
LISTA DE ILUSTRAÇÕES 
 
Figura 1 - Mapa da Província Borborema 
Figura 2 - Domínios da Província Borborema 
Figura 3 - Mapa Geológico de Pernambuco 
Figura 4 - Mapa Geológico Simplificado da Paraíba 
Figura 5 - Mapa geológico do Rio Grande do Norte 
Figura 6 – Croqui do afloramento de milonito 
Figura 7 - Plano de foliação medido no afloramento 
Figura 8 - Dobras sinforme no miolito 
Figura 9 - Afloramento de sienogranito porfirítico do batólito Caruaru-Arcoverde 
Figura 10 - Fazenda Nova no Mapa geológico de Pernambuco 
Figura 11- Croqui do batólito Fazenda Nova 
Figura 12 - Cristais de feldspato alcalino em forma sigmoidal, augen gnaisse 
Figura 13 - Sienogranito com enclaves máficos 
Figura 14 - Cristal zonado de k-feldspato 
Figura 15 - Dique de pegmatito 
Figura 16 - Falhas na fratura preenchida (veio de quartzo – feldspato) 
Figura 17 – Arenito intemperisado 
Figura 18 - Croqui do bloco de arenito fraturado 
Figura 19 - Sobreposição das camadas de arenito, argilito e siltito na caverna 
Figura 20 - Rocha magmática no pé da escadaria para a Pedra Furada 
Figura 21 - Pedra furada vista de baixo 
Figura 22 - Grande enclave de diorito 
Figura 23 - Formações “Enxames de enclaves" (Gorki Mariano, 2013) 
Figura 24 - Milonito foliado com ressalto no plano de foliação 
Figura 25 – Afloramento de milonito cataclasito estudado 
Figura 26 – Brecha de falha (ou tectônica) 
Figura 27 – Rocha ígnea melanocrática de movimento sinistral e plasticidade dúctil. 
Figura 28 – Sigmoide Sinistral 
Figura 29 - Afloramento de paragnaisse (rocha clara) e xisto (rocha escura). 
Figura 30 - Ocorrência de boudins 
Figura 31 – Movimento Sinistral 
Figura 32 - Vista para a planície de Patos e inselbergs 
Figura 33 - Dique de granodiorito 
 
2 
 
Figura 34 – Fluxo Magmático 
Figura 35 - Afloramento de biotita xisto 
Figura 36 – Xenólito de xisto turmalinizado 
Figura 37 –Diferentes tipos de fosfatos em contato 
Figura 38 - Paredão de metaconglomerado 
Figura 39 - Bloco de granito verde Gauguin 
Figura 40 - Material sendo largado após ser transportado para fora da mina 
Figura 41 - Presença de pirita, malaquita e calcita laranja em rocha calciossilicática 
 
LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS 
 
 m - Metros; 
 CPRM - Companhia de Pesquisa de Recursos Minerais; 
 Km - quilômetros; 
 M.a - Milhões de anos; 
 QAP - Diagrama de identificação de rochas; 
 Az - Azimute. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
3 
 
 SUMÁRIO 
 
1 - Introdução.............................................................................................................. 5 
1.1 - Objetivo................................................................................................................ 5 
1.2 - Materiais e Métodos............................................................................................. 5 
2 - Referencial Teórico............................................................................................... 7 
2.1 - Província Borborema........................................................................................... 7 
2.1.1 - Domínio Central............................................................................................... 8 
2.1.1.1 - Suítes Magmáticas........................................................................................ 8 
2.1.1.2 - Complexo Irajaí............................................................................................. 9 
2.1.1.3 - Complexo Sertânia....................................................................................... 9 
2.1.1.4 - Bacia do Jatobá............................................................................................ 9 
2.1.2 - Domínio Setentrional....................................................................................... 10 
2.1.2.1 - Domínio Rio Grande do Norte...................................................................... 10 
2.1.2.2 - Formação Jucurutu....................................................................................... 11 
2.1.2.3 - Formação Equador....................................................................................... 11 
2.1.2.4 - Formação Seridó.......................................................................................... 11 
3 - Paradas da Aula de Campo................................................................................. 12 
3.1 - 1º dia - 03/06/2019.............................................................................................. 12 
3.1.1 - 1º Parada - Serra das Russas.......................................................................... 12 
3.1.2 - 2º Parada - Afloramento do Batólito Caruaru-Arcoverde................................. 14 
3.1.3 - 3º Parada - Fazenda Nova............................................................................... 16 
3.2 - 2º dia - 04/06/2019.............................................................................................. 17 
3.2.1 - 1º Parada - Na PE 270 a 6 km de Arcoverde, sentido Arcoverde-Buíque....... 17 
3.2.1.1 - 1º Afloramento (sienogranito)........................................................................ 18 
3.2.1.2 - 2º Afloramento (bloco sedimentar da bacia de Jatobá) ................................ 18 
3.2.2 - 2º Parada - Parque Nacional do Vale do Catimbau......................................... 19 
3.2.2.1 - 1º Afloramento - Bloco de arenito fraturado.................................................. 19 
3.2.2.2 - 2º Afloramento - Cachoeira Temporária........................................................ 20 
3.2.2.3 - 3° Afloramento - Caverna do Velho de Israel................................................ 20 
3.2.3 - 3º Parada - Parque Nacional da Pedra Furada............................................... 21 
3.3 - 3º dia - 05/06/2019.............................................................................................. 23 
3.3.1 - 1º Parada - Na Zona de cisalhamento do Cruzeiro do Nordeste-Congo......... 23 
3.3.2 - 2º Parada - Lajedo Sertânia............................................................................. 25 
3.3.3 - 3º Parada - Ao lado do povoado de Igaraci.................................................... 26 
 
4 
 
3.3.4 - 4º Parada - Afloramento na entrada de Itapetim............................................. 27 
3.3.5 - 5º Parada - Pedra do Tendó............................................................................ 28 
3.4 - 4º dia - 06/06/2019............................................................................................. 29 
3.4.1 - 1º Parada - Na entrada sul de Patos............................................................... 29 
3.4.2 - 2º Parada - 5km ao Norte de Equador na RN-086.......................................... 30 
3.4.3 - 3º Parada - Riacho da Vaca............................................................................ 30 
3.4.4 - 4º Parada - Grupo Serindó.............................................................................. 32 
3.4.5 - 5º Parada - Pedreira de blocos ornamentais...................................................33 
3.5 - 5º dia - 07/06/2019.............................................................................................. 34 
3.5.1 - 1° Parada - Mina Brejuí.................................................................................... 34 
4 - Geologia Econômica da Mina de Brejuí............................................................ 36 
4.1 - Minérios.............................................................................................................. 36 
4.1.1 - Caulim............................................................................................................. 36 
4.1.2 - Quartzo Rosa.................................................................................................. 36 
4.1.3 - Albita............................................................................................................... 36 
4.1.4 - Berilo............................................................................................................... 36 
4.2 - Mina Brejuí......................................................................................................... 36 
4.2.1 - Scheelita.......................................................................................................... 37 
4.2.2 - Calcário........................................................................................................... 38 
4.2.3 - Molibdênio....................................................................................................... 38 
5 - Mapa de Campo................................................................................................... 38 
Anexo 1 – Descrição das Amostras Coletadas no Campo.................................. 39 
6 - Considerações Finais......................................................................................... 41 
Referências............................................................................................................... 42 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
5 
 
 1 - INTRODUÇÃO 
 
 Este relatório trata da atividade de campo realizada por alunos do curso de 
Geologia da Universidade Federal de Pernambuco entre os dias 03/06/2019 e 
07/06/2019 nos estados de Pernambuco, Paraíba e Rio Grande do Norte, como peça 
indispensável da unidade curricular Prática de Campo de Geologia Geral. Nele é 
apresentado o resultado dos estudos de campo, distribuídos e organizados em 
capítulos. 
 
1.1 - Objetivo. 
 
 O objetivo desse trabalho consiste, essencialmente, em praticar os 
conhecimentos teóricos adquiridos em sala de aula ao longo da disciplina Geologia 
Geral. A partir dessa visão, descrever, de forma detalhada, todos os pontos ou 
afloramentos de rochas visitados durante a prática de campo, fotografar, identificar 
minerais, compreender seus aspectos geológicos e eventos que ocorreram no 
passado, coletar amostras de rochas para uma análise mais criteriosa, além disso, 
registrar o trajeto realizado e utilizar os conhecimentos sobre leitura de mapas 
geológicos. Com isso foi possível a oportunidade de ampliar os conhecimentos sobre 
Geologia Geral, o que ajudará a entender melhor e com mais facilidade as próximas 
disciplinas do curso. 
 
1.2 – Materiais e Métodos. 
 
 No campo foram realizadas diversas atividades, como descrever 
afloramentos naturais e artificiais, classificar os tipos de rochas, entender a 
geocronologia das falhas, fraturas, dobras, veios e estudar sua composição 
mineralógica, além da coleta de amostras para estudo posterior. Os materiais 
utilizados para a prática dessas atividades foram: GPS, bússola, martelo petrográfico, 
marreta, lupa de mão, canivete, imã e a caderneta de campo. 
 GPS: Através da utilização do aparelho GPS (Sistema de Posicionamento Global) 
foi possível fazer a localização geográfica dos afloramentos; 
 Bússola: A bússola serviu para orientação quanto ao norte, medição da direção, 
sentido e caimentos dos planos, e direção do mergulho e ângulo do mergulho; 
 
6 
 
 Lupa de Mão: Utilizada para determinar o hábito e auxiliar na identificação dos 
minerais; 
 Canivete: Usado para determinar a dureza dos minerais; 
 Imã: Usado para identificar minerais que apresentam magnetismo, como a exemplo 
da magnetita; 
 Martelo de Geólogo e Marreta: Foram usados para retirar amostras de rochas mais 
resistentes a fim de estudá-las de forma mais detalhada posteriormente 
 Caderneta de Campo: Teve como fim registrar o trajeto percorrido, esboçar e 
descrever detalhadamente todos os afloramentos, além de anotações pertinentes. 
 
 
7 
 
2 - REFERENCIAL TEÓRICO 
 
2.1 - Província Borborema. 
 A Província Borborema cobre uma área de cerca de 380.000 km², 
coincidindo com a faixa de dobra do Nordeste, desenvolvido durante o Ciclo Brasiliano. 
É limitada pelas províncias São Francisco e Parnaíba, além das bacias costeiras e da 
margem continental. O relevo residual raramente excede os 1000 metros de altitude, e 
é composta por sete compartimentos tectônicos distintos por Brito Neves (1975), que 
são: 
- Coberturas sedimentares Fanerozóicas; 
- Coberturas sedimentares do Ciclo Brasiliano; 
- Bacias molássicas do Ciclo Brasiliano; 
- Sistemas de dobramentos; 
- Maciços medianos; 
- Zonas geoanticlinais; 
- Áreas remobilizadas do embasamento. 
 
 Figura 1 - Mapa da Província Borborema. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Fonte: DANTAS, 1980 
 
8 
 
 Na província Borborema são individualizados três segmentos tectônicos 
fundamentais, limitados por importantes zonas de cisalhamento brasilianas aqui 
denominados de: Subprovíncia Setentrional, Subprovíncia da Zona Transversal ou 
Central e Subprovíncia Externa ou Meridional, as quais foram subdivididas em 
domínios, terrenos ou faixas, com base no patrimônio lito estratigráfico, feições 
estruturais, dados geocronológicos e assinaturas geofísicas. 
 
Figura 2 - Domínios da Província Borborema. 
 
Fonte: UFAM 
 
 
2.1.1 - Domínio Central. 
 Trata-se de um segmento crustal de direção E-W, limitado a norte e a oeste 
pelo Lineamento Patos, a sul pelo Lineamento Pernambuco e a leste pelas bacias 
costeiras. Compõe-se, de NW para SE, pela Faixa Cachoeirinha e pelos terrenos Alto 
Pajeú, Alto Moxotó e Rio Capibaribe, os quais foram amalgamados durante os eventos 
orogênicos Cariris–Velhos (1,0 a 0,95 Ga) e Brasiliano (750 a 520 Ma). 
 
2.1.1.1 - Suítes Magmáticas. 
 Nas suítes magmáticas é evidente a intensa atividade magmática que está 
relacionada com a orogênese brasiliana na Província Borborema, representada por 
vários corpos com dimensões e inúmeras formas, e os extensos batólitos. É 
importante mencionar que o plutonismo foi classificado de acordo com o seu 
posicionamento tectônico em relação ao evento brasiliano (sin a tardi, tardi após e pós 
 
9 
 
tectônico). Assim, podendo levar em conta as relações de campo, os dados 
geocronológicos disponíveis e as características patrológicas dos plútons. 
 
2.1.1.2 - Complexo Irajaí. 
 Essa unidade é caracterizada pela restrição de Wanderley (1990) e Veiga Jr. 
& Ferreira (1990), sendo limitada por uma faixa situada no limite entre os terrenos 
Altos Pajeú e Alto Moxotó. De modo geral, é uma sequência metavulcano-sedimentar, 
constituída por paragnaisses, metagrauvacas, metacherts, ortoanfibolitos, metatufos 
basálticos, metavulcanoclásticas, calcários e rochas calcissilicáticas, interacamadadas, 
registram-se ainda pequenas intrusões gabro-dioríticas. 
 
2.1.1.3 - Complexo Sertânia. 
 O Complexo Sertânia ocorre no Terreno Alto Moxotó. Constituiuma 
sequência composta essencialmente por metapelitos com níveis carbonáticos, 
calcissilicáticos, quartzíticos e raros metabasitos. Os litotipos dominantes são biotita 
gnaisses por vezes xistosos, as vezes exibindo um bandamento bem definido, com 
alternância de minerais máficos e bandas quartzofeldspáticas. 
 
2.1.1.4 - Bacia do Jatobá. 
 A Bacia do Jatobá, situada em quase sua totalidade no Estado de 
Pernambuco, ocupa uma área de aproximadamente 6.000 km². Esta bacia marca a 
inflexão da direção geral do rifte intracontinental, abortado do citado sistema, de N-S 
para N70ºE. Esta inflexão foi nitidamente controlada pelo Lineamento Pernambuco e 
pelas zonas de cisalhamento associadas, de idades neoproterozóicas e reativadas no 
Mesozoico, como a Falha de Ibimirim, que constitui o limite N-NW da bacia e que 
controla o seu depocentro (Magnavita & Cupertino, 1987). 
 Figura 3 - Mapa Geológico de Pernambuco. 
 
Fonte: CPRM. 
 
10 
 
Figura 4 - Mapa Geológico Simplificado da Paraíba. 
 
Fonte: MONTEFALCO, Lauro. 
 
2.1.2 - Domínio Setentrional. 
 Compreende a porção da Província Borborema situada a norte do 
Lineamento Patos, aqui subdividida, de oeste para leste, nos domínios Médio Coreaú, 
Ceará Central e Rio Grande do Norte. 
 
2.1.2.1 - Domínio Rio Grande do Norte. 
 Este domínio compõe-se das faixas Orós–Jaguaribe e Seridó, e dos 
terrenos Rio Piranhas, São José do Campestre e Granjeiro. Limita-se a oeste pela 
zona de cisalhamento Orós Oeste/Aiuaba e ao sul pela Zona de Cisalhamento 
(lineamento) Patos. A leste e a norte, o domínio está encoberto pelas rochas 
sedimentares da Província Costeira e da Bacia do Apodi, respectivamente. 
 A principal área de ocorrência da faixa tem direção preferencial NE-NW, com 
arrasto para E-W, na porção sul, produzido pelo Lineamento Patos. Remanescentes 
alóctones da Faixa Seridó ocorrem a oeste no Terreno Rio Piranhas até próximo da 
Zona de Cisalhamento Portalegre, a leste no Terreno São José do Campestre e a sul 
no Terreno Granjeiro. 
 Compõe-se do Grupo Seridó, o qual é subdividido nas formações Jucurutu 
(base), Equador e Seridó (topo), e inclui remanescentes indiferenciados denominados 
de Grupo Seridó Indiscriminado. 
 
 
 
 
11 
 
2.1.2.2 - Formação Jucurutu. 
 É representada por rochas metassedimentares, com um baixo percentual de 
rochas vulcânicas máficas. Destas, o paragnaisse com níveis e nódulos de rocha 
calcissilicática tem características de metagrauvaca pela expressiva quantidade de 
feldspatos e por ter um aspecto maciço. Esta associação litológica tem abundância de 
sedimentos clásticos, grauváquicos e quartzosos e com uma grande ocorrência de 
calcários. Encontram-se abundantes gnaisses cinzento-azulados com lentes de 
epidoto, regularmente distribuídas e que podem formar tactitos, muitas vezes 
scheelitíferos. Ocorrem no interior de dobras como estreitas camadas nas bordas de 
plútons graníticos como nos batólitos de Acari ou localmente na Formação Equador, às 
vezes surge em estruturas dômicas como na estrutura a leste de Currais Novos, e na 
zona de charneira da serra das Queimadas em janela erosiva. 
 
2.1.2.3 - Formação Equador. 
 É caracterizada por quartzitos muscovíticos. Possuem uma sedimentação 
clástica de plataforma (cordões arenosos litorâneos), aparecendo de forma quase 
contínua acima do embasamento paleoproterozóico, embora em certos locais com 
uma recorrência acima da sedimentação grauváquico-carbonática. 
 
2.1.2.4 - Formação Seridó. 
 Tem como principal unidade a Faixa Seridó, caracterizada por um espesso 
pacote de metapelitos de fácies dominantemente anfibolitos, possuindo raras 
intercalações de metacalcários, rochas calcissilicáticas e anfibolitos. É importante 
ressaltar que a Formação Seridó, provavelmente, representa a fácies marinha distal da 
bacia, a qual sedimentação está relacionada à depósitos de talude alimentados por 
correntes de turbidez. Foi realizada uma análise do mapa geológico de Pernambuco, 
observando-se que o afloramento pertence ao domínio da zona de cisalhamento 
indiscriminada, também pertencendo a unidade geológica suítes magmáticas de idade 
do Neoproterozóico (585 Ma). 
 
12 
 
Figura 5 - Mapa geológico do Rio Grande do Norte.
 
Fonte: CPRM. 
 
 
3 - PARADAS DA AULA DE CAMPO 
 
3.1 - 1º Dia - Segunda-feira 03/06/2019 
 
3.1.1 - 1º Parada - Serra das Russas. 
Localização: entre Pombos e Gravatá à 10 km de Gravatá, na BR 232, no km 67, 
sentido Recife-Gravatá. 
Coordenadas: 25L0227622 / 9096378. 
 
Figura 6 – Croqui do afloramento de milonito, com destaque para as dobras e fraturas. 
 
Fonte: MARTINS, Gabriel, 2019. 
 
 
13 
 
 O afloramento encontra-se na zona de cisalhamento lineamento 
Pernambuco, do paleoproterozóico, com uma datação de 580 M.a e que tem sua 
terminação no continente africano, indicando um dos maiores eventos geológicos, a 
separação do continente Gondwana. Composto por rochas metamórficas com 
minerais deformados, apresenta estrutura plana de foliação e estrutura fraturada no 
plano de quebra. As fraturas indicam uma estrutura dúctil e rúptil, e que seu 
metamorfismo foi do tipo cataclástico ou dinâmico. 
 
Figura 7 - Plano de foliação medido no afloramento. 
1º Medição: 
254Az/344°NW - Sentido de mergulho para a estrada; 
75° Intensidade de mergulho; 
Rocha ultramilonítica de granulação fina, com ocorrência de 
movimento transcorrente destral, composição: K-Feldspato 
30%, Quartzo 10%, Hornblenda 30%, Biotita 30%; 
65Az - Sentido da linha, 15° - Caimento; 
2º Medição: 
255Az/345°NW, 85° Intensidade de mergulho; 
3º Medição: 
245Az/335°NW, 87° Intensidade de mergulho. 
Fonte: ALMEIDA, Igor, 2019. 
 
Figura 8 - Dobras sinforme no miolito. 
1º Medição: 
250Az/160°SE, 78° Mergulho; 
1. 2º Medição: 
225Az/305°NW, 55° Mergulho; 
Plano Axial: 
330Az/205°SW, 76° Mergulho, 06° Caimento. 
 
 
 
 
 
Fonte: MARTINS, Gabriel, 2019. 
 
 
14 
 
3.1.2 - 2º Parada - Afloramento do Batólito Caruaru-Arcoverde. 
Localização: na margem da PE-145, 9 km a leste de Fazenda Nova, 
Coordenadas: 24 L 0816909 / 9097580. 
 Foi realizada uma análise do mapa geológico de Pernambuco, observando-
se que o afloramento pertence ao domínio da zona de cisalhamento indiscriminada, 
também pertencendo a unidade geológica suítes magmáticas de idade do 
Neoproterozóico (585 Ma). 
Figura 9 - Afloramento de sienogranito porfirítico do batólito Caruaru-Arcoverde. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Fonte: ALMEIDA, Igor, 2019. 
 
 Figura 10 - Fazenda Nova no Mapa geológico de Pernambuco. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Fonte: CPRM. 
 
 
 
 
15 
 
 No bloco principal foi observado que a rocha possuía granulação grossa e 
muitos cristais de plagioclásios euhedrais. 
Figura 11- Croqui do batólito Fazenda Nova com destaque para o plagioclásio 
euhedral. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Fonte: MARTINS, Gabriel, 2019 
 
 Na parte superior do bloco foi visto que a segregação magmática é anterior 
a rocha, pois os cristais ainda não estão totalmente deformados, podendo-se afirmar 
que a cristalização ocorreu antes. Também foram identificados fenocristais de 
feldspato alcalino em estágio inicial de deformação pela zona de cisalhamento 
lineamento Pernambuco, em formato de sigmoide com deformação de sentido sinistral. 
Figura 12 - Cristais de feldspato alcalino em forma sigmoidal, augen gnaisse.Fonte: MARTINS, Gabriel, 2019. 
 
 
16 
 
 No afloramento também há presença de epidoto junto ao veio de quartzo. 
Epidoto é um mineral acessório e de alteração a baixa temperatura (aproximadamente 
330°C). 
 
3.1.3 - 3º Parada - Fazenda Nova. 
Localização: ao lado da PE-144, em frente ao teatro de Nova Jerusalém. 
Coordenadas: 24 L 0809266 / 9094746. 
 Nesta que foi a última parada do primeiro dia, foi observado um afloramento 
que possuía sienogranito porfirítico com enclaves máficos, devido a um fluxo 
magmático da idade do Neoproterozóico. Mineralogia: Feldspato alcalino 30%, 
Quartzo 10%, Plagioclásio 20%, Biotita 20%, Hornblenda 20%. 
 
Figura 13 - Sienogranito com enclaves máficos. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Fonte: ALMEIDA, Igor, 2019. 
 
 No outro lado do afloramento a rocha possuía uma textura diferente, e 
cristais zonados de feldspato alcalino. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
17 
 
Figura 14 - Cristal zonado de k-feldspato. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Fonte: PIRON, Theo, 2019. 
 
 A cerca de 50m do primeiro afloramento foram vistos granitos porfiríticos 
cortados por um dique de pegmatito. 
 
Figura 15 - Dique de pegmatito. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Fonte: ATAÍDE, Emily, 2019. 
 
3.2 - 2º dia - Terça-feira 04/06/2019. 
 
3.2.1 - 1º Parada - Na PE 270 a 6 km de Arcoverde, sentido Arcoverde-Buíque. 
Coordenadas: 24L 0708542 / 9062116. 
 
 
18 
 
3.2.1.1 - 1º Afloramento (sienogranito). 
 
 No primeiro afloramento foi visto uma rocha com características ígneas, 
granulação grossa e com um grau de intemperismo que resultava num formato 
esferoidal para a rocha (esfoliação). Nesse mesmo ponto foi encontrado uma área que 
mostrava uma fratura preenchida por quartzo e feldspato que foi cortada por falhas de 
cinemática sinistral. Também há cristais com movimento de falha dúctil que resulta no 
movimento anti-horário (sinistral). O afloramento é localizado no fim da zona de 
cisalhamento Pernambuco que perde força, ocorre em bandas e “termina” em 
Arcoverde. 
Mineralogia: 30% Máficos - Hornblenda e biotita; 70% Félsicos - K Feldspato 65%, 
Plagioclásio 10%, Quartzo 25%. 
 
Figura 16 - Falhas na fratura preenchida (veio de quartzo – feldspato). 
 
Fonte: MARTINS, Gabriel, 2019. 
 
3.2.1.2 - 2º Afloramento (bloco sedimentar da bacia de Jatobá) 
 Localizado a cerca de 200 metros do primeiro afloramento, tem-se uma 
rocha sedimentar que apresenta duas camadas diferentes, na porção mais baixa 
estava um arenito de granulação mais fina e grãos bem selecionados, e na parte mais 
alta um conglomerado de granulação mais grossa e grãos mal selecionados. Essa 
divisão mostra a diferença da energia no momento da deposição dos sedimentos, na 
parte mais baixa a deposição foi feita em um momento de menor energia e na parte 
 
19 
 
mais alta um momento de maior energia carregando grãos maiores e sofrendo maior 
intemperismo. 
Figura 17 – Arenito intemperisado. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Fonte: MARTINS, Gabriel, 2019. 
 
3.2.2 - 2º Parada - Parque Nacional do Vale do Catimbau. 
Localização: Na PE 270 com sentido Arcoverde-Vila do Catimbau, à 6km de Buíque. 
 
 O Parque Nacional do Vale do Catimbau pertence à bacia sedimentar do 
Jatobá, tem 62300 hectares e é originalmente uma terra de origem indígena, 
“Catimbau” significa cachimbo velho pequeno. Comporta o maior sistema aquífero do 
estado de Pernambuco e seu bioma característico é a caatinga arbustiva. 
 
3.2.2.1 - 1º Afloramento - Bloco de arenito fraturado. 
 
 Arenito de granulação média de cor vermelho-barro devido a presença de 
óxido de ferro e esbranquiçado onde ocorre intemperismo por lixiviação. Apresenta 
porosidade e permeabilidade. O plano analisado apresenta estratificação cruzada, 
direção de 270 Az e mergulho de 87°. 
 
 
20 
 
Figura 18 - Croqui do bloco de arenito fraturado. 
 
Fonte: MARTINS, Gabriel, 2019. 
 
3.2.2.2 - 2º Afloramento - Cachoeira Temporária. 
 
 Bloco de arenito de granulação fina a média e com plano de estratificação. 
Neste ponto foi possível realizar a análise da direção e mergulho do plano de vários 
pontos através da bússola. 
1º Medição: 210 Az/18°/NW 
2º Medição: 175 Az/20°/SW 
3° Medição: 215 Az/23°/NW 
 
3.2.2.3 - 3° Afloramento - Caverna do Velho de Israel. 
 
Figura 19 - Sobreposição das camadas de arenito, 
argilito e siltito na caverna. 
A caverna foi aberta naturalmente e parte pelo velho 
Israel. A deposição da argila se dá através da decantação 
com grãos muito finos. No afloramento fica evidente a 
sobreposição de camadas e o intemperismo local. 
Fonte: MARTINS, Gabriel, 2019. 
 
 
 
 
21 
 
3.2.3 - 3º Parada - Parque Nacional da Pedra Furada. 
Localização: a 6km de Venturosa (PE). 
Coordenadas: 24L 0739252 / 9051694. 
 
 Nesta parada primeiramente foi analisado um pequeno afloramento de rocha 
granítica no pé da escadaria que leva à Pedra Furada. Foram observados que cristais 
alinhados, nos quais os minerais estão em sua maioria dispostos na mesma direção, 
isto ocorre por conta do ponto de fusão de cada mineral, segundo a série de reação de 
Bowen. Esse fluxo magmático tem direção SE – NE e a rocha em questão é um 
sienogranito. 
 
Figura 20 - Rocha magmática no pé da escadaria para a Pedra Furada. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Fonte: ATAÍDE, Emily, 2019. 
 
Figura 21 - Pedra furada vista de baixo 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Fonte: ALMEIDA, Igor, 2019. 
 
22 
 
 A ação erosiva que veio a formar o Arco da Pedra Furada, ocorreu devido a 
erosão diferencial, ou seja o desgaste desigual dos corpos rochosos devido a 
composição mineralógica diferente, assim o arco de granito (com minerais mais 
estáveis) foi ocupado anteriormente pelo corpo intrusivo de diorito (com minerais mais 
instáveis) anteriormente existente que, mais tarde, após ataques erosivos foi 
desagregado por ação gravitacional dando lugar a abertura. 
 
Figura 22 - Grande enclave de diorito, que sofre erosão mais rapidamente. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Fonte: ATAÍDE, Emily, 2019. 
 
 Este processo de erosão esteve associado ao desenvolvimento de um 
sistema de fraturas sub-horizontais controladas principalmente por alívio de carga, e 
possivelmente associadas às estruturas primárias de fluxo magmático, o que deu 
início à formação do arco. As fraturas controladas por alívio de carga são 
desenvolvidas quando o pacote de rochas que estava sobre o granito foi removido por 
erosão. A remoção da carga sobre o granito promove um alívio das tensões e o 
desenvolvimento de um sistema de fraturas sub-horizontais aproveitando as 
superfícies de fluxo magmático. Este sistema de fraturas favoreceu a queda de blocos 
por gravidade. É possível identificar blocos fraturados e passíveis de queda por 
gravidade. 
 No local onde se encontra o Arco da Pedra Furada foi observado processo 
erosivo eólico, e ação de agentes de intemperismos de tipo físico, químico, e biológico 
atuando em materiais de durezas diferenciadas considerando ainda a escala de tempo 
e mudanças climáticas no espaço. 
 
 
23 
 
Figura 23 - Formações “Enxames de enclaves" (Gorki Mariano, 2013), erosão eólica 
vem ampliando as cavidades. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Fonte: ATAÍDE, Emily, 2019. 
 
3.3 - 3ºdia - Quarta-Feira 05/06/2019. 
 
3.3.1 - 1º Parada - Na Zona de cisalhamento do Cruzeiro do Nordeste-Congo. 
Localização: Oeste de Arcoverde e Sul de Sertânia na BR-110. 
Coordenadas: 24L 0690273 / 9077502 
 No afloramento estudado, foi observada uma rocha metamórfica com a 
presença, predominante, de k-feldspato 70%, plagioclásio 10%, quartzo 10%, biotita 
10% e epidoto 5%. Com uma foliação milonítica, apresentando minerais foliados, 
estriados e deformados. O plano de foliação medido correspondeu a 
225Az/72°/135°SE. Figura 24 - Milonito foliado com ressalto no plano de foliação. 
 
Fonte: MARTINS, Gabriel, 2019. 
 
24 
 
 O afloramento está configurado parcialmente em uma estrutura do tipo dúctil 
por apresentar uma deformação moderada. Sendo assim, por ter sido gerado de um 
metamorfismo dinâmico/cataclástico, denomina-se como um cataclasito. Nele se 
encontra uma brecha de falha (ou tectônica) que ocorre em áreas rasas e tectonizadas, 
gerada das tensões que, quando as forçam, se rompem por serem rúpteis, o que fez 
com que a exploração do afloramento fosse interrompida. Também foi observado um 
espelho de falhas, que por suas estrias indica que o bloco oeste desceu e o leste 
subiu, sendo caracteriza uma falha normal. Então por ocasião, formam-se fragmentos 
angulosos e que estão mantidos por um material mais fino. 
 
Figura 25 – Afloramento de milonito Figura 26 – Brecha de falha 
cataclasito estudado. (ou tectônica) 
 
Fonte: ALMEIDA, Igor, 2019. Fonte: MARTINS, Gabriel, 2019. 
 
Com o auxílio da bússola foi medido o plano de dois pontos diferentes: 
Plano de Falha 1: 305Az/47°/220SW 
Plano de Falha 2: 145Az/85°/230°SW; 135Az/87°/230°SW; 135Az/18°/225°SW; 
305Az/86°/215°SW. 
 
25 
 
3.3.2 - 2º Parada - Lajedo Sertânia. 
Localização: A 14 km da primeira parada e a 10 km de Sertânia. 
Coordenadas: 24L 060908/ 9094620. 
 
 Nesse afloramento do tipo lajedo foi visto que se tratava de um migmatito, 
isso indica que parte da rocha chegou a sofrer fusão parcial por conta da alta 
temperatura do metamorfismo. Apresenta textura granolepidoblástica e estrutura 
gnáissica derivada de uma rocha sedimentar (indicada pela presença de granada) na 
parte máfica. Já na parte félsica foi visto que era de origem ígnea e estrutura maciça. A 
rocha apresentava sigmoides de cinemática sinistral, isso mostra a influência da zona 
de cisalhamento Cruzeiro do Nordeste-Congo. 
Figura 27 – Rocha ígnea melanocrática de 
movimento sinistral e plasticidade dúctil. 
1 – 258Az E-W 
2 – 35Az NE-SW 
 
 
 
 
 
 
 
Fonte: MARTINS, Gabriel, 2019. 
 
Figura 28 – Sigmoide Sinistral 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Fonte: ALMEIDA, Igor, 2019. 
 
26 
 
 
3.3.3 – 3º Parada – Ao lado do povoado de Igaraci. 
Localização: na margem da PE-275, 5km ao norte de Jabitacá (PE) e a 38km ao norte 
de Sertânia. 
Coordenadas: 24 M 0680798 / 9140086. 
 
 Neste ponto foi vista uma sequência de formação de diversos tipos de rocha. 
No começo do afloramento percebe-se uma associação entre camadas de xisto e 
paragnaisse, rochas metaplutônicas, pertencentes ao complexo Irajaí e de idade do 
Mesoproterozóico. 
 
Figura 29 - Afloramento de paragnaisse (rocha clara) e xisto (rocha escura). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Fonte: ATAÍDE, Emily, 2019. 
 
 Os principais minerais encontrados no paragnaisse foram: plagioclásio, 
biotita, quartzo e hornblenda. A granulometria do xisto é de fina a média. Além disso 
foram encontrados boudins, que são a resposta das camadas de caráter rúptil de se 
fragmentar ao sofrer a movimentos distensivos. 
 
 
 
 
 
 
 
27 
 
Figura 30 - Ocorrência de boudins. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Fonte: ATAÍDE, Emily, 2019. 
 
3.3.4 – 4º Parada - Afloramento na entrada de Itapetim. 
Localização: Próximo a PE-263. 
 
 Com idade aproximada entre 1 bilhão e 600 milhões de anos do período 
Mesoproterozóico, o afloramento apresenta grãos de feldspato no ortognaisse, com 
formas de augens, indicando movimento sinistral. E plano de foliação de 
95Az/68°/185°SW. 
 
Figura 31 – Movimento Sinistral. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Fonte: MARTINS, Gabriel, 2019. 
 
 
 
28 
 
3.3.5 – 5º Parada – Pedra do Tendó. 
Localização: a aproximadamente 800 m de altitude e 3 km do centro da cidade de 
Teixeira, às margens da BR-110. 
Coordenadas: 24 N 0692226 / 9203506. 
 
 Do topo da Pedra do Tendó se tem uma visão espetacular da planície de 
patos e do lineamento Leste-Oeste das rochas localizadas na Depressão Sertaneja ao 
norte, também é possível observar o contato rochas metamórficas ao norte e rochas 
magmáticas plutônicas ao sul. Na visão do alto da Pedra do Tendó destaca-se o relevo 
residual muitas vezes alongado em cristas conhecidos como inselbergs. 
 
Figura 32 - Vista para a planície de Patos e inselbergs. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Fonte: ATAÍDE, Emily, 2019. 
 
 
 Foi ainda observado o afloramento da Pedra do Tendó, que em sua maioria 
é composto por sienogranito de cor alaranjada devido à alta quantidade de feldspato 
potássico presente em sua composição mineralógica, também foram observados 
diques de granodiorito e um material mais máfico, de origem diorítica ou basáltica. 
 
 
 
 
 
 
29 
 
Figura 33 - Dique de granodiorito. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Fonte: ATAÍDE, Emily, 2019. 
 
3.4 - 4º Dia - Quinta-Feira 06/06/2019. 
 
3.4.1 - 1º Parada - Na entrada sul de Patos. 
 
 Neste afloramento foi observado um ortognaisse em um ambiente dúctil, de 
movimento sinistral, e que foi intrudido por um sienogranito. Foi analisado um fluxo 
magmático de rochas félsicas que intrudia uma rocha mais antiga de magma máfico. 
Esse fluxo se dá por metamorfismo regional, de direção 85Az e cisalhamento sinistral 
de 35Az. Dois tipos de rochas se fizeram presentes no afloramento, um sienogranito, 
responsável pela parte félsica intrudido, com uma textura porfirítica e estrutura maciça 
do fluxo magmático félsico, e um paraderivado, responsável pela rocha mais máfica, 
com textura granolepidoblástica e estrutura bandada. Também foi medido dois planos 
de foliação que tiveram como resultado: 230Az/80°/150°SE, 235Az/63°/146°SE. No 
afloramento foi possível identificar os pofiroblastos de hornblenda, além dos minerais 
Schorlita, Epidoto, Titanita, Granada, Magnetita e alanita. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
30 
 
 Figura 34 – Fluxo Magmático. 
 Rocha com idade do Arqueano-Paleoproterozóico, 
 apresentava diversas dobras e os dois sentidos de 
 deformação tanto sinistral como destral. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Fonte: MARTINS, Gabriel, 2019. 
 
 
3.4.2 - 2º Parada - 5km ao Norte de Equador na RN-086. 
Coordenadas: 24M 0750721/ 9235048. 
 
 Nesse afloramento foi visto um pegmatito encaixado em um quartzito da 
formação equador. Rochas com idade no neoproterozóico, pertencentes ao grupo 
Serindó e conhecidas como pegmatito dosMamões. Graças ao metamorfismo 
metassomático onde ocorre a percolação de elementos químicos no plano de foliação 
causando a alteração dos minerais. Mineralogia do quartzito: Quartzo 75%, 24,5% 
Mica, 0,5% Sericita. Planos medidos: 11Az/37°/280°NW, 15Az/30°/283°NW. 
 
3.4.3 - 3º Parada - Riacho da Vaca. 
Localização: a 11 km de Equador, ainda na RN-086. 
Coordenadas: 24M 0761835 / 9260820. 
 
 No primeiro afloramento foi observado uma rocha metamórfica de 
coloração cinza-esverdeado e estrutura foliar xistosa com a presença de biotita, 
 
31 
 
granada, quartzo, feldspatos e mica, também foi encontrado um xenólito de xisto 
turmalinizado. Observando seu plano de foliação, foi possível, com a bússola, medir o 
sentido de caimento da foliação, cujo cai para 195Az/53°/290°NW. 
 
Figura 35 - Afloramento de biotita xisto – Exuado. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Fonte: PIRON, Theo, 2019. 
 
Figura 36 – Xenólito de xisto turmalinizado. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Fonte: MARTINS, Gabriel, 2019. 
 
32 
 
 Ainda nesta parada, descendo para observar um paredão, nele foi 
observado um pegmatito em contato com o micaxisto, com mesma direção da camada, 
mas sentido de mergulho da foliação contrário, com o pegmatito mergulhando para 
leste o micaxisto caindo para noroeste. Neste paredão se viu a presença de bolsões 
do quartzo rosa, mineral explorado no local com bolsões de fosfato no quartzo, assim 
como os minerais tantalita, columbita e berilo (água marinha) são o foco dos 
garimpeiros. 
 Fosfatos presentes no afloramento com contato aparente no núcleo de 
quartzo rosa. Em sua parte escura, é composta do mineral trifilita, na parte róseo se 
encontra arrojadita, na avermelhada a siderofilita, e na verde o mineral brasilianista. 
 
Figura 37 –Diferentes tipos de fosfatos em contato. 
 
Fonte: MARTINS, Gabriel, 2019. 
 
3.4.4 – 4º Parada – Grupo Serindó. 
Localização: a 5 km de Parelhas. 
Coordenadas: 24M 0761695 / 9260640 
 
 No caminho, foi encontrado uma rocha ígnea plutônica pegmatítica que 
possui cristais de K-feldspatos. Passando pelo grande corredor de um 
metaconglomerado da formação Jucurutu, de coloração verde-acinzentado, estrutura 
foliar e textura lepidogranoblática. 
 
 
33 
 
Figura 38 - Paredão de metaconglomerado. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Fonte: MARTINS, Gabriel, 2019. 
 
3.4.5 – 5º Parada – Pedreira de blocos ornamentais. 
Localização: a cerca de 400 metros da 4º parada. 
 Na última parada do quarto dia foram vistos blocos de rocha usados para 
ornamentação com foco no granito verde Gauguin, para extrair estes blocos do local 
de origem são feitos furos, os quais são preenchidos com argila expansiva na qual se 
adiciona água, e ao expandir fratura a rocha e separa o bloco desejado. Nesta 
localidade a rocha foi datada com cerca de 630 M.a, portanto, tendo sido formada 
durante o Neoproterozóico. Figura 39 - Bloco de granito verde Gauguin. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Fonte: MARTINS, Gabriel, 2019. 
 
34 
 
3.5 - 5º Dia - Sexta-Feira 07/06/2019. 
 
3.5.1 - 1° Parada - Mina Brejuí. 
Localização: a cerca de 5 km de Currais Novos (RN). 
Coordenadas: 24 M 0771299 / 9300538. 
 
 Na entrada da mina foi explicada a história da extração do tactito para 
exploração de scheelita, mineral de onde é extraído o Tungstênio. Ao seguir para a 
mina foi vista parte da operação, onde eram trazidos pequenos vagões puxados por 
cabos carregados de material para a parte externa da mina, onde largavam o material 
numa pilha, e então o processo era repetido. 
 
Figura 40 - Material sendo largado após ser transportado para fora da mina. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Fonte: PIRON, Theo, 2019. 
 
 Na área externa da mina foi possível observar alguns tipos de rocha, sendo 
eles: pegmatito, basalto, paragnaisse, skarn e mármore. Posteriormente, foi visitada 
uma galeria desativada, onde foi possível observar a scheelita através de uma 
lanterna ultravioleta, a qual faz a scheelita brilhar por meio de fluorescência, esta 
scheelita ainda remanescente na galeria desativada não é explorada por questões 
estruturais do túnel. Também foi observada a presença de muitos sulfetos como a 
pirita, malaquita e calcita laranja em nível de rocha calciossilicática, além de contatos 
entre o paragnaisse e a rocha calciossilicática e da ocorrência de boudins. 
 
35 
 
Figura 41 - Presença de pirita, malaquita e calcita laranja em rocha calciossilicática. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Fonte: PIRON, Theo, 2019. 
 
 Na parte interior da mina foram observados principalmente três tipos de 
rocha sendo elas o paragnaisse, mármore e skarn. O paragnaisse sendo proveniente 
de metamorfismo metassomático, com protólito sedimentar como o argilito. O skarn é 
em geral formado por metassomatismo químico durante o metamorfismo de contato de 
zonas de intrusões magmáticas, como granitos, ou com rochas carbonadas, como 
calcários e dolomitos. O mármore é originado de calcário exposto a altas temperaturas 
e pressão de baixa a moderada. 
 Após a visita à galeria foi seguido às pilhas de rejeitos da mina com intuito 
de identificar minerais presentes naquelas rochas. Os minerais encontrados foram: 
calcita, quartzo, grossulária, malaquita, bornita, pirita, biotita, schorlita (turmalina preta), 
vesuvianita, epidoto, aragonita, feldspato potássico, flogopita e moscovita. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
36 
 
4 – GEOLOGIA ECONÔMICA DA MINA DE BREJUÍ 
 
4.1 – Minérios. 
 
 Durante a atividade de campo foram vistos recursos minerais que são 
aproveitados economicamente, os principais estão citados nos tópicos a seguir. 
 
4.1.1 – Caulim. 
 
 Minério que pode ser utilizado como aditivo na fabricação de cerâmica, 
tintas, esmaltes e borracha e como componente nas indústrias têxtil, de fertilizantes, 
de cosméticos e de filtros. No Rio Grande do Norte há diversas localidades de onde se 
extrai caulim, as principais estão nos municípios de Equador, Cerro Corá, Macaíba e 
Martins. 
 
4.1.2 – Quartzo Rosa. 
 
 Variação de quartzo que geralmente apresenta titânio como impureza, o que 
gera coloração rosa. É utilizado na indústria de joias. Foi vista extração de quartzo 
rosa de pegmatito no garimpo visitado no 4º dia da atividade de campo. 
 
4.1.3 – Albita. 
 
 Mineral pertencente à família dos feldspatos plagioclásios. É utilizado na 
fabricação de porcelana, foi vista também a extração de albita de pegmatito no 
garimpo visitado no 4º dia da atividade de campo. 
 
4.1.4 – Berilo. 
 
 Mineral o qual pode ser utilizado na indústria de joias, possui variações 
consideradas semipreciosas e preciosas, entre elas estão a água marinha e a 
esmeralda. Foi visto no garimpo visitado no 4º dia da atividade de campo que lá se 
extrai e vende água marinha, variação de berilo, porém não como principal produto do 
garimpo. 
 
4.2 – Mina Brejuí. 
 
 Localizada nas redondezas do município de Currais Novos, a Mineração 
Tomaz Salustino (Mina Brejuí) é considerada a maior mina de Scheelita da América do 
Sul. O potencial econômico mineral da Mineração Tomaz Salustino não está 
 
37 
 
representado apenas pela scheelita, mas também, pela volumosa jazida de calcário a 
que o minério está associado: 88 milhões de toneladas com teor médio de CaO 
50,75%. Ocorre também, associado à scheelita, molibdênio, óxido de cálcio (52,04%), 
silício(2,16%), alumínio (1,04%), ferro (0,37%) e potássio (0,21%). 
 Segundo o laboratório de caracterização tecnológica da USP – Universidade 
de São Paulo, não foi encontrado nenhum elemento químico em desacordo com as 
condições ambientais e constatada a total ausência de elementos radioativos, estando 
de conformidade com as recomendações da OMS – Organização Mundial da Saúde. A 
mineração em Currais Novos teve o seu apogeu em plena Segunda Guerra Mundial, 
fornecendo toneladas de minérios às indústrias do aço. 
 
4.2.1 – Scheelita. 
 
 É um tungstato de cálcio (CaWO4) constituindo uma importante fonte de 
Tungstênio (W). É um mineral metálico não ferroso que apresenta alta densidade e o 
mais alto ponto de fusão, superior a 4.500ºC e boa condutividade elétrica. É usada nas 
Indústrias: 
 
● Metalúrgica: ligas metálicas, aços rápidos, metal duro. 
 
● Elétrica: filamentos de lâmpadas, contatos elétricos para fornos de altas 
temperaturas, equipamentos de raio-x. 
 
● Indústria mecânica: brocas, ferramentas de cortes e perfurações, material abrasivo. 
 
● Indústria de Canetas: é muito usado para fabricação das pontas de canetas 
esferográficas. 
 
● Indústria Aeroespacial: motores de foguetes, turbinas de aviões, revestimentos de 
mísseis. 
 
● Indústria Bélica: projéteis, canhões, metralhadoras. 
 
● Indústria Petrolífera: Ferramenta de perfuração de rocha. 
 
 
38 
 
4.2.2 – Calcário. 
 
 Pode ser utilizado em indústrias variáveis, tais como: cimento, cal, indústria 
de tintas, adubos, corretivo do solo, cerâmica branca, indústria de açúcar, fabricação 
de vidros etc. 
 
4.2.3 – Molibdênio. 
 
 É utilizado principalmente na indústria metalúrgica, com usos semelhantes 
ao do tungstênio, podendo por vezes ser usado para substituí-lo, suas principais 
aplicações nesta área incluem fabricação de blindagens, partes de aeronaves, 
contatos elétricos, motores industriais e filamentos. O pó do molibdênio também pode 
ser usado como fertilizante. 
 
5 – MAPA DE CAMPO 
 
 
 
39 
 
 ANEXO 1 – DESCRIÇÃO DAS AMOSTRAS COLETADAS NO CAMPO 
 
 
 
SEDIMENTAR 
Amostra Mineralogia Esferecidade Arredondamento 
Tamanho do 
Grão Grau de Seleção 
Nome da 
Rocha 
D2A2 
Quartzo 
(75%), 
Feldspatos 
(25%) 
Média 
Subarrendodado a 
Arredondado 
Muito Fino Bem Selecionado Arenito 
ÍGNEA 
Amostra Mineralogia Cor Gênese 
Presença 
de Quartzo 
Índice de 
Cor Cristalinidade 
Tamanho 
dos 
Minerais Estrutura 
Nome 
da 
Rocha 
D2A1 
Biotita 
(30%), 
Feldspato 
Alcalino 
(30%), 
Quartzo 
(25%), 
Hornblenda 
(10%), 
Plagioclásio 
(5%) 
Róseo 
/ 
Preto 
Intrusiva Intermediária 
Não 
Ultramáfica 
Máficos < 
90% 
Holocristalina 
Média / 
Grossa 
Maciça 
Granito 
Alcalino 
METAMÓRFICAS 
Amostra Mineralogia Textura Estrutura Gênese Granulação Nome da Rocha 
D1A1 
Feldspato 
Alcalino (50%), 
Biotita (20%), 
Plagioclásio 
(15%), Quartzo 
(15%) 
Milonítica 
Cataclástica (de 
fragmentação) 
Ortoderivada Muito Fina Milonito 
D1A2 
Biotita (85%), 
Quartzo (10%), 
Hornblenda 
(5%) 
Lepidoblástica Xistosa 
Ortoderivada / 
Basalto Diorito 
Média 
Biotita Xisto 
(Enclave) 
D3A1 
Feldspato 
Alcalino (80%), 
Quartzo (2%), 
Biotita (10%), 
Plagioclásio 
(8%) 
Milonítica Gnáissica Ortoderivada Fina Milonito 
D3A2.1 
Quartzo (30%), 
Plagioclásio 
(5%), Biotita 
(50%), 
Hornblenda 
(15%) 
Granoblástica Migmatítica Ortoderivada Muito Fina Migmatito (Enclave) 
 
40 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
D3A2.2 
Quartzo, 
Plagioclásio, 
Biotita, 
Hornblenda 
Granoblástica Gnáissica Ortoderivada Fina Ortognaisse 
D3A3.1 
Quartzo (50%), 
Plagioclásio 
(25%), Biotita 
(25%). 
Lepidoblástica Gnáissica Paraderivada Muito Fina Paragnaisse 
D3A3.2 
Feldspato 
Alcalino (40%), 
Biotita (30%), 
Plagioclásio 
(20%), Quartzo 
(10%) 
Lepidoblástica Gnáissica Meta / Gnaisse Média Metagnaisse 
D3A3.3 
Quartzo (45%), 
Plagioclásio 
(30%), Biotita 
(25%) 
Lepidoblástica Gnáissica Paraderivada Muito Fina Paragnaisse 
D3A3.4 
Moscovita 
(90%), Quartzo 
(5%), Biotita 
(5%) 
Lepidoblástica Xistosa Ortoderivada Muito Fina Moscovita Xisto 
D4A2 
Quartzo (60-
90%), Moscovita 
(5-10%), Biotita 
(5-10%) e 
Sericita (<5%) 
Granoblástica Xistosa 
Paraderivada / 
Arenito 
Fina Quartzito 
D4A3 
Biotita (80%), 
Quartzo (15%), 
Granada (5%) 
Lepidoblástica Xistosa Ortoderivada Muito Fina 
Biotita Granada 
Xisto 
D5.1 
Vesuvianita, 
Grossulária, 
Plagioclásio, 
Malaquita 
Granoblástica Gnáissica Ortoderivada Fina Skarn 
D5.2 Calcita (100%) Granoblástica Gnáissica Paraderivada Grossa Mármore 
 
41 
 
6 – CONSIDERAÇÕES FINAIS 
 
 Pode-se perceber que o estudo da Província Borborema é crucial para o 
entendimento estrutural geológico do Brasil, da formação do Planeta Terra e para a 
exploração econômica de suas riquezas minerais, encontrando-se nela vários minérios 
e minerais importantes para a indústria contemporânea e possivelmente futura. 
 O percurso realizado no trabalho abordou de forma didática e clara 
diferentes litologias e estruturas que permitem a identificar e compreender diferentes 
eventos que ocorreram nas dependências Província Borborema. No Estado de 
Pernambuco foram vistos diversos afloramentos, os quais em sua maioria eram de 
rochas metamórficas as quais possuem evidências dos esforços gerados pela Zona de 
Cisalhamento Pernambuco tais como dobras e metamorfismos de contato. Também 
foram vistos efeitos do intemperismo em rochas ígneas, o que facilita a atividade 
erosiva, além de observado o soerguimento de rochas sedimentares como as da Bacia 
do Jatobá. 
 No Estado da Paraíba foi observada a planície de Patos, repleta de 
inselbergs, que são resíduos do antigo relevo, os quais sofrem uma erosão mais lenta 
devido a sua composição mais estável. Também foram identificados ortognaisses 
repletos de dobras, gerados pelo Lineamento Patos. 
 No Rio Grande do Norte foram observados pegmatitos em diversas 
localidades, tais como o pegmatito Alto dos Mamões o qual está intrudido no quartzito 
Equador, sua rocha encaixante. Também foram vistas localidades onde os pegmatitos 
são explorados economicamente, contendo minerais de interesse econômico como 
berilo, quartzo rosa, além de diversas outras minerações como a de Turmalina Paraíba, 
a qual não foi visitada, porém ocorre em pegmatito. Ainda no Rio Grande do Norte, foi 
visitada a Mina Brejuí, fonte de scheelita, a qual já gerou grande fonte de renda para o 
município de Currais Novos. 
 Assim, percebe-se que a prática de campo foi essencial para a 
compreensão e identificação dos tipos de rochas e dos eventos que nelas estão 
registrados, ressaltando-se a indispensável experiência técnica adquirida, facilitando 
muito a aplicação da teoria, tendo como exemplo a identificação de minerais e 
utilização das ferramentas básicas da geologia. 
 
 
 
 
42 
 
REFERÊNCIAS 
 
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do Rio Grande do Norte: texto explicativo dos mapas geológico e de recursos 
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(Org.). GEOLOGIA E RECURSOS MINERAIS DO ESTADO DE 
PERNAMBUCO. 2001. Disponível em: 
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15 jun.2019. 
 
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de Produção Mineral. Síntese da geologia de Pernambuco. 2007. Disponível em: 
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SANTOS, Edilton José dos; FERREIRA, Cícero Alves; SILVA JUNIOR, José Maria F. 
da (Org.). GEOLOGIA E RECURSOS MINERAIS DO ESTADO DA PARAÍBA. Recife, 
2002. Disponível em: <rigeo.cprm.gov.br/xmlui/handle/doc/5034>. Acesso em: 16 jun. 
2019. 
 
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MEIO FISÍCO DA FOLHA ITAPOROROCA. João Pessoa, 2013. Disponível em: 
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DA FOLHA RIO MAMUABA. João Pessoa, 2013. Disponível em: 
<https://repositorio.ufpb.br/jspui/bitstream/123456789/683/1/VFL11082014.pdf>. 
Acesso em: 19 jun. 2019. 
 
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structural provinces: an introduction. 1981. Disponível em: 
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An_introduction> Acesso em: 19 jun. 2019. 
 
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DOS ENCLAVES MÁFICOS DO COMPLEXO TIMBAÚBA – PERNAMBUCO, 
BRASIL. Recife, 2015. Disponível em: 
<https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/27622/1/DISSERTA%C3%87%C3%8
3O%20Douglas%20Jos%C3%A9%20Silva%20Farias.pdf> Acesso em: 19 jun. 2019. 
 
 
43 
 
UFAM. Província Borborema. 2011. Disponível em: 
<http://home.ufam.edu.br/ivaldo/Aulas/Geologia%20do%20Brasil/Prov%C3%ADncia%
20Borborema%202011.pdf>. Acesso em: 19 jun. 2019. 
 
MARIANO, G.; Correia, P.B.; Ferreira, R.V.; Accioly, A.C.A. 2013. Pedra Furada de 
Venturosa, PE - Raro arco granítico com enclaves dioríticos. In: Winge, M.; 
Schobbenhaus, C.; Souza, C.R.G.; Fernandes, A.C.S.; Berbert-Born, M.; Sallun filho, 
W.; Queiroz, E.T.; (Edit.) Sítios Geológicos e Paleontológicos do Brasil. Publicado na 
Internet em 01/07/2013 no endereço: <http://sigep.cprm.gov.br/sitio063/sitio063.pdf>. 
Acesso em: 26 jun. 2019. 
 
RAMOS, Alexandre José Santos. X SIMPÓSIO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA 
FÍSICA APLICADA. 2017. Disponível em: 
<http://www.cibergeo.org/XSBGFA/eixo1/1.2/017/017.htm>. Acesso em: 28 jun. 2019. 
 
Mineração Tomaz Salustino, PRODUTO. 2017. Disponível em: 
<https://minabrejui.com.br/produtos/>. Acesso em: 30 jun. 2019. 
 
Mineração Tomaz Salustino, HISTÓRIA. 2015. Disponível em: 
<http://minabrejui.com.br/site/historia/ >. Acesso em: 30 jun. 2019. 
 
Wikipédia, Molibdênio. Disponível em: 
<https://pt.wikipedia.org/wiki/Molibd%C3%AAnio >. Acesso em: 01 jul. 2019.

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