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Resumo Legislação Comercial - Aula 1 a 6

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Evolução histórica do Direito Comercial – Aula 1
Direito Comercial: é um conjunto de normas jurídicas que regulam a empresa quanto a
sua organização e ao seu exercício, ou seja, se baseia e se delimita na atividade
econômica organizada para a produção ou circulação de bens ou de serviços.
Direito Privado: conjunto dos preceitos e normas que regulam a condição civil dos
indivíduos e das coletividades organizadas (pessoas jurídicas), inclusive o Estado.
Código Civil atual: Teoria das Empresas – Itália 
Código Civil antigo: Teoria dos Atos do Comércio – França 
Código de Hamurabi (Babilônia): é um dos mais antigos códigos de leis. Era previsto
alguns institutos próprios do Direito Comercial, como o empréstimo a juros, os contratos
de sociedade e de depósitos.
Avaria grossa (fenícios): qualquer despesa extraordinária não prevista feita pelo
comandante das embarcações mercantes.
Civilização helênica: responsável pelo surgimento de regras sobre depósitos de valores
de particulares.
Nas cidades italianas de Florença e Gênova, surgiram as corporações de
mercadores, consideradas a origem do Direito Comercial.
Cônsules: espécie de juízes que eram eleitos pela classe de mercadores.
Fases do Direito Comercial
 Subjetiva: fechada, classista e privado. Foi o período que surgiu os títulos de
créditos.
Títulos de crédito: documento que formaliza um direito creditório, que é um direito
ao recebimento de determinado valor.
Ordenações: nome dado as práticas das corporações e doutrina dos estudiosos,
que os Estados Nacionais transformaram em leis.
Com os princípios de igualdade e fraternidade (Revolução Francesa), o Direito
Comercial deixou de ser próprio dos comerciantes passou a ser pautado nos atos
de comércio.
 Objetiva: era extensivo a todos que praticassem determinados atos previstos em
lei, independentemente da classe. Tais atos é que determinavam o caráter de
comercialidade das atividades, sendo aqueles que detinham escopo de lucro, fito
especulativo (visavam lucro) e mediação (negociação).
 Direito Empresarial: a atividade negocial não se caracteriza mais pela prática de
atos de comércio, mas pelo exercício profissional de qualquer atividade econômica
organizada, exceto a intelectual, para a produção ou circulação de bens ou
serviços.
Direito Comercial Brasileiro
 Fase luso-brasileira: iniciou-se com a chegada da família Real (abertura dos
portos). Até o surgimento do Código Comercial brasileiro, era utilizada as leis
portuguesas e os códigos comerciais da Espanha e da França, já que entre as leis
portuguesas existia a lei da Boa Razão, que permitia a aplicação das leis das
nações cristãs, caso houvesse alguma lacuna nas leis de Portugal.
 Fase brasileira: o Código Comercial é o primeiro código brasileiro. Esse código foi
baseado nos códigos de comércio de Portugal, da França e da Espanha. Era
baseado na Teoria Francesa (Atos de Comércio).
O Direito Comercial atual no Brasil
O Código Civil atual (2002) revogou expressamente o Código Civil de 1916 e
parte do Código Comercial de 1850, que tratava do comércio em geral.
Dentro do Código Civil encontra-se matéria de natureza comercial, no livro II da
parte especial possui 229 artigos e se chama Direito de Empresa.
O código comercial atual é baseado na Teoria das Empresas (origem italiana).
Empresário – Registro – Escrituração – Aula 2
Elementos fundamentais que caracterizam os empresários: 
 Iniciativa;
 Risco.
Empresário: é a pessoa que exerce profissionalmente atividade econômica organizada
para a produção ou a circulação de bens ou de serviços.
Pessoa de direito: pessoa que é capaz de criar vínculos jurídicos na atividade negocial.
Requisitos para ser empresário:
 Capacidade Jurídica;
 Ausência de impedimento legal para o exercício da empresa;
 Efetivo exercício profissional da empresa;
 Registro obrigatório.
 Capacidade Jurídica
Toda pessoa que estiver em pleno gozo da sua capacidade civil e não for
legalmente impedido, pode exercer a atividade de empresário.
São absolutamente incapazes:
 Os menores de 16 anos;
 Os que não tiverem o necessário discernimento para prática desses atos (por
enfermidades, deficiência mental ou causa transitória).
Os relativamente incapazes:
 Os maiores de 16 anos e menores de 18 anos;
 Os ébrios, os viciados em tóxicos e aqueles que, por deficiência mental, tenham o
discernimento reduzido;
 Os excepcionais, sem desenvolvimento mental completo;
 Os pródigos.
 Ausência de impedimento legal para o exercício de empresa
Existem determinadas pessoas, plenamente capazes, a quem a lei veda a prática
profissional da empresa. A proibição se funda em razões de ordem pública decorrente das
funções que exercem. Não podem ser empresários:
 Militares;
 Agentes e membros do Ministério Público;
 Deputados e senadores;
 Estrangeiros com visto provisório;
 Leiloeiros;
 Despachantes aduaneiros.
No plano penal, fica sujeito à prisão simples ou multa quem praticar atividade da
qual foi impedido.
No plano administrativo, se forem agentes públicos ficarão expostos à demissão.
 Do efetivo exercício do profissional da empresa 
A pessoa só será considerada empresária se fizer:
 Profissionalmente;
 Em nome próprio;
 Com intuito de lucro.
 Registro obrigatório
Empresariar é uma atividade que envolve o uso de direitos e a aceitação de
obrigações. O empresário deve cumprir determinadas obrigações legais inerentes ao
exercício regular de sua profissão. Registra-se no Registro Público de Empresas
Mercantis (RPEM) é um dos principais deveres do empresário, é a oficialização de sua
condição. A ausência de registro implica a não personificação jurídica, ou seja, a
responsabilização pessoal, solidária e ilimitada dos sócios. No campo tributário, à medida
que, impossibilitado de obter o CNPJ/MF, o empresário informal não pode emitir nota
fiscal e duplicata, iniciando-se no terreno delituoso da sonegação fiscal. Para o
empresário rural, o registro é facultativo.
Registro de empresas
Funções do Departamento Nacional de Registro do Comércio (DNRC) como órgão
central:
 No plano técnico: supervisão, orientação, coordenação e normatização;
 No plano administrativo: supletiva.
Função das Juntas Comerciais como órgãos locais:
 Execução e administração dos serviços de registro.
A Junta Comercial é integrada pelos seguintes órgãos:
 Presidência;
 Plenário;
 Turmas;
 Secretaria-geral;
 Procuradoria.
OBS.: O plenário, comporto de vogais e respectivos suplentes, será constituído pelo
mínimo de 8 e no máximo de 20 vogais.
Vogais: todo aquele que tem voto em um tribunal.
Para arquivar os documentos de constituição de empresa, são necessários:
 O instrumento original de constituição ou extinção de empresas, assinado pelos
responsáveis ou procuradores;
 Certidão criminal do registro de feitos ajuizados;
 Ficha cadastral segundo modelo aprovado pelo DNRC;
 Comprovantes de pagamentos dos preços correspondentes;
 Prova de identidade dos titulares e dos administradores da empresa.
Peculato: crime contra a administração em qual consiste no fato de o funcionário púvlico
apropriar-se de dinheiro, valor ou qualquer bem móvel.
Concussão: delito que consiste no fato de o funcionário público, no exercício ou não de
suas funções, ou antes de assumi-las, mas por influência desta, exigir ou receber
vantagem.
Escrituração
Escrituração é:
 Seguir um sistema de contabilidade, mecanizado ou não, com base na escrituração
uniforme de seus livros, em correspondência com a respectivadocumentação;
 Ter os livros necessários para esse fim devidamente autenticados;
 Conservar sob sua guarda toda a escrituração, correspondência e demais papeis
pertencentes ao giro de sua atividade, enquanto não prescrevem as ações que
lhes sejam relativas;
 Levantar, anualmente, o balanço patrimonial e do resultado econômico.
A escrituração deve ser feita em moeda e idioma local.
O único instrumento obrigatório do empresário para manter sua escrituração é o
livro-diário. O diário é o registro histórico da atividade negocial. Nele é lançado com
individualidade e clareza todas as suas operações de comércio, letras e outros quaisquer
papeis de crédito que passar, aceitar, afiançar ou endossar e , em geral, tudo quanto
receber e despender de sua conta ou alheia.
A adoção do regime de vendas, com prazo superior a 30 dias, obriga o vendedor a
ter e a escriturar o Livro de Registro de Duplicatas.
Duplicata: título de crédito extraído da nota fiscal.
Os estabelecimentos industriais, os atacadistas, os varejistas e os que mantém
atividade enquadrada no regime de pagamento de imposto por estimativa, deverão adotar
os seguintes livros:
 Registro de entradas e saídas;
 Registro de utilização de documentos fiscais e termos de ocorrências;
 Registro de inventário;
 Registro de apuração do ICMS.
Nos estabelecimentos industriais, devem ser adotados os livros de controle de
produção e de estoque e o livro de apuração de IPI.
Nos atacadistas, devem possuir o livro de controle de produção e de estoque.
Estabelecimento empresarial – Nome empresarial – Marca – Aula 3
Estabelecimento empresarial: é a reunião dos bens necessários ao desenvolvimento da
atividade econômica.
Aviamento: é o valor acrescido do estabelecimento empresarial, decorrente da reunião
em um mesmo lugar, dos bens de natureza variada.
Bens corpóreos: instalações, equipamentos, veículos, utensílios.
Bens incorpóreos: marcas, patentes, ponto comercial.
O Direito deve garantir o empresário a justa retribuição quando este perde, por
culpa que não lhe seja imputável, o valor representado pelo estabelecimento.
 Desapropriação do imóvel: a indenização deve ser correspondente ao valor do
fundo de empresa por ele criado.
 Sucessão por morte: o estabelecimento deve ser considerado não apenas pelo
valor do simples somatório do preço desses bens agregado ao valor decorrente da
situação peculiar em que se encontram.
O estabelecimento empresarial pode ser descentralizado, onde cada parcela
descentralizada, pode ou não, ter um valor independente.
Caso o estabelecimento empresarial seja vendido, no contrato haverá uma cláusula
protetiva de pacto de venda, onde o alienante (vendedor) não pode se reestabelecer nos
limites territoriais acordados, e não pode deixar seguir no mesmo ramo do negócio por 5
anos.
Insolvência: é quando a dívida excede o patrimônio do devedor.
O contrato de alienação (venda) dese ser celebrado por escrito e arquivado na
Junta Comercial.
Nome empresarial
O nome empresarial individualizada e assinala a espécie de responsabilidade
patrimonial do empresário ou da sociedade empresarial. O nome tem sua proteção
jurídica condicionada ao registro que se faz na Junta Comercial.
Há duas espécies de nome empresarial:
 Firma: se baseia no nome civil do empresário ou dos sócios.
 Denominação: se baseia no nome civil ou no nome fantasia.
Contrato social: acordo de vontades entre duas ou mais pessoas, para criar, modificar
ou extinguir entre si uma relação societária.
Estatuto: conjunto de regras que rege o funcionamento de uma sociedade, companhia,
associação, corporação ou fundação.
Formação do nome empresarial
 Empresário Individual: só está autorizado a adotar firma baseado em seu nome
civil. Poderá ou não abreviá-lo ou não composição do nome empresarial e poderá
agregar o ramo da atividade a que se dedica.
 Sociedade em Nome Coletivo: está autorizada apenas a adotar firma social, que
pode ter base o nome civil de um, alguns ou todos os sócios. Se não constar o
nome de todos os sócios, é obrigatória a utilização da partícula “e companhia” ou
“& Cia.”. os sócios poderão agregar o ramo da atividade no nome.
Apenas pessoas físicas podem fazer parte de uma sociedade coletiva, pessoas
jurídicas não.
 Sociedade em Comandita Simples: só pode compor nome empresarial por meio
de firma, da qual conste nome civil de sócio ou sócios comanditados. Os sócios
comanditários não podem ter seus nomes aproveitados na formação do nome
empresarial, pois não possuem responsabilidade ilimitada pelas obrigações da
sociedade. Assim, é obrigatório possuir “& Cia.” para referir-se aos sócios. Podem
agregar o ramo do negócio ao nome.
◦ Sócio Comanditado: responsabilidade solidária e ilimitada.
◦ Sócio Comanditário: responsabilidade limitada.
 Sociedade Limitada: pode funcionar sob firma ou denominação. Deve conter a
identificação (Ltda.). Podem agregar o ramo do negócio ao nome.
 Sociedade Anônima: só pode adotar denominação. Deve conter a identificação
(S/A) ou “Companhia”.
 Empresário: a pessoa física ou jurídica, ao se registrar como micro empresário
(ME) ou empresário de pequeno porte (EPP), terá essas siglas ao seu nome
empresarial.
O nome empresarial será obrigatoriamente alterado se:
 Saída, retirada, exclusão ou morte de sócio cujo nome civil constava na firma
social;
 Alteração da categoria do sócio;
 Alienação (venda) do estabelecimento por ato entre vivos;
 Transformação: alteração de tipo societário.
Marca
São sinais visualmente utilizados para fins lucrativos. Destinam-se a individualizar
os produtos ou os serviços de uma empresa. Sua função é identificar e informar. A marca
identifica produtos e serviços.
A marca deve ser registrada no INPI (Instituto Nacional de Propriedade Industrial) e
possui validade de 10 anos, podendo ser prorrogado.
A bandeira nacional, brasão, armas, monumentos não poderão ser registrados.
Natureza da marca
 Quanto a origem
◦ Marca brasileira: aquela regularmente depositada no Brasil, por pessoa
domiciliada no país. Ex: O Boticário
◦ Marca estrangeira: aquela regularmente depositada no Brasil, por pessa não
domiciliada no país. Ex: Nike
 Quanto ao uso
◦ Marcas de produtos ou serviços: aquelas usadas para distingui-los de outros
idênticos, semelhantes ou afins, de origem diversa.
◦ Marcas coletivas: aquelas usadas para identificar produtos ou serviços
provindos de membros de uma determinada entidade.
◦ Marcas de certificação: aquelas que se destinam a atestar a conformidade de
um produto ou serviço com determinadas normas ou especificações técnicas.
 Apresentação da marca
◦ Nominativa: é constituída por uma ou mais palavras no sentido amplo do
alfabeto romano, os neologismos e as combinações de letra e/ou algarismos
romanos e/ou arábicos.
◦ Figurativa: é constituída por desenho, imagem, figura ou qualquer forma
estilizada de letra, número e ideogramas de línguas.
◦ Mista: é constituída pela combinação de elementos nominativos e elementos
figurativos ou de elementos nominativos com a grafia estilizada.
◦ Tridimensional: é constituída pela forma plástica de produto ou de embalagem,
cuja forma tenha capacidade distintiva em si mesmo e esteja dissociada de
qualquer efeito técnico.
Formação de sociedade empresarial – Aula 4
Pessoas Jurídicas de Direito Público: União, estados, municípios, Distrito Federal,
territórios.
Pessoas Jurídicas de Direito Privado: bancos comerciais, sociedades empresárias,
universidades privadas.
O que diferencias as pessoas jurídicas é o regime jurídico a que se encontram
submetidas.
Pessoas Jurídicas de Direito Privado: estatais (capital socialé formado totalmente ou
majoritariamente, por recursos do poder público, que engloba a sociedade de economia
mista, onde particulares também participam, mas de forma minoritária. 
Ex: Banco do Brasil, Petrobras.
Pessoas Jurídicas de Direito Privado não-estatais: fundações, associações.
Ex: Fundação Getúlio Vargas, Fundação Roberto Marinho.
Pessoas Jurídicas de Direito Público como estatal: Fundação Oswaldo Cruz,
Fundação Universidade Regional de Blumenau.
O que diferenciará a pessoa jurídica de direito privado não estatal como sociedade
simples ou empresária, será o modo de explorar seu objeto social (campo de atuação).
 Sociedade simples: sem empresarialidade (sem organizar profissionalmente os
fatores de produção). Ex: Legião da Boa Vontade, Consórcio Intermunicipal Lagos
de São João, clubes sociais, Santas casas.
 Sociedade empresária: com empresarialidade (organiza profissionalmente os
fatores de produção).
A sociedade empresária (pessoa jurídica de direito privado) pode ser constituída
por capital estatal ou não. Ela explora empresarialmente seu objeto social e pode ter seu
capital dividido em quotas ou ações. É implementada por um contrato. Seu objetivo social
é a exploração de atividade empresarial.
A sociedade empresária é um ente que nasce através de um contrato registrado na
junta comercial, seja o contrato social ou o estatuto.
A sociedade empresária como pessoa jurídica e sujeito de direito poderá praticar
atos jurídicos não vedados por lei, como por exemplo: adquirir empréstimos e contratar
pessoas.
Uma vez personalizada, a sociedade:
 É um sujeito capaz de direitos e obrigações: pode estar em juízo, contratar e se
obrigar;
 Tem individualidade: não se confunde com a pessoa dos sócios que a constituem;
 Tem patrimônio próprio que corresponde ilimitadamente por seu passivo;
 Pode modificar sua estrutura jurídica e/ou econômica.
Classificação das sociedades empresariais
Os principais critérios de classificação das sociedades empresariais:
 Quanto a responsabilidade dos sócios pelas obrigações sociais;
 Quanto ao regime de constituição e dissolução;
 Quanto às condições para alienação da participação societária.
Classificação das sociedades
 Quanto à responsabilidade dos sócios pelas obrigações sociais:
Os sócios não respondem pelas obrigações. Se a pessoa jurídica é a solvente o
patrimônio particular de cada sócio é intangível por dívida social. A responsabilidade dos
sócios pelas obrigações da sociedade empresária é sempre subsidiária.
Na Sociedade em Nome Coletivo, dos comanditados da Sociedade em Comandita
Simples, dos diretores da Sociedade em Comandita por Ações ou na Sociedade Limitada,
em relação à integralização do capital social, a responsabilidade dos sócios é solidária.
Sociedades empresariais que consideram a responsabilidade dos sócios pelas
obrigações sociais:
 Sociedade limitada: todos os sócios respondem ilimitadamente pelas obrigações
sociais. Ex. Sociedade em Nome Coletivo N/C;
 Sociedade mista: sócios com responsabilidade limitada e ilimitada
◦ Comandita Simples – C/S: sócio comanditado responde ilimitadamente. Sócio
comanditário responde limitadamente
◦ Comandita por Ações – C/A: sócios-diretores respondem ilimitadamente. Os
acionistas respondem de forma limitada.
 Sociedade limitada: sócios com responsabilidades sociais limitadas. Ex: Ltda. e S/A
 Quanto ao regime de constituição e dissolução
 Seguem o Código Civil
Sociedades contratuais: são regulamentadas pelos contratos sociais. Para dissolução
da sociedade, não basta a vontade majoritária dos sócios. Há causas específicas de
dissolução (morte ou expulsão de um sócio). A participação societária é feita através de
cotas. Ex: N/C, C/S E Ltda..
 Seguem a Lei 6.404/76
Sociedades institucionais: são regulamentadas por estatuto social. Podem ser
dissolvidas pela maioria dos sócios. Há causas específicas de dissolução (intervenção e a
liquidação extrajudicial). A participação societária é feita através de ações. Ex: S/A e a
C/A.
Sociedades contratuais – sociedade limitada – Aula 5
Constituição das sociedades contratuais
As sociedades em nome coletivo, em comandita simples e limitada são constituídas
por contrato social.
As normas gerais do Direito Civil, pertinentes aos contratos, não podem ser
simplesmente aplicadas à disciplina do contrato social, por causa das suas
particularidades.
Os sócios celebram o contrato social com vistas à exploração de determinada
atividade comercial, unindo seus esforços para obtenção de lucros que repartirão entre
eles. Como contrato plurilateral, cada contratante assume obrigações perante os demais.
Para a validade do contrato social, que é um negócio jurídico (ato que cria uma
relação jurídica), o direito elegeu determinados requisitos. Sem a observância desses a
sociedade não se forma, podendo ser decretada a sua anulação ou declarada a nulidade.
A validade do negócio jurídico requer:
 Agente capaz;
 Objeto lícito, possível, determinado ou determinável;
 Forma prescrita ou não defesa em lei.
A invalidação e a dissolução diferem em três aspectos:
 Quanto aos sujeitos: dissolução pode decorrer da vontade dos particulares
(sócios ou seus sucessores) ou de decisão judicial (Poder Judiciário);
 Quanto aos motivos: a invalidação do ato constitutivo do negócio jurídico funda-
se em uma desconformidade deste com o ordenamento jurídico em vigor. A
dissolução se baseia em outros fatores, como a impontualidade no cumprimento de
obrigação líquida, a inviabilidade do objeto social e a dissidência do sócio.
 Quanto aos efeitos: a dissolução pode operar irretroativamente e a invalidação,
retroativamente. A irretroatividade da dissolução e a retroatividade da invalidação
têm em vista, apenas, o principal efeito do ato constitutivo, qual seja, a existência
da pessoa jurídica.
Os atos jurídicos (ato realizado com as formalidades legais, que tem como objetivo,
criar, conservar, modificar ou extinguir um direito) não serão invalidados de plano, em
nome da boa fé se terceiros. A invalidação da sociedade(salvo no caso onde a empresa
ainda não iniciou suas atividades) importará em exercício irregular da atividade, mesmo
que o contrato social tenha sido registrado.
Para ser válido, o contrato social deve obedecer a duas ordens de requisitos:
 Os requisitos de validade de qualquer ato jurídico;
 Aqueles que o Direito reservou especialmente para o ato constitutivo de sociedade
empresarial.
Assim, tem-se:
 Requisitos genéricos: a validade do contrato social depende da observância dos
elementos que validam os atoa jurídicos em geral.
◦ Agente capaz: a contratação de sociedade limitada por menor, devidamente
representado ou assistido, tem sido admitida pela jurisprudência, desde que
não tenha poderes administrativos e que o capital social esteja integralizado.
◦ Objeto: a validade do contrato social depende da possibilidade e da licitude da
atividade econômica explorada.
◦ Forma: o contrato social dever ser escrito, por instrumento particular ou público.
 Requisitos específicos: todos os sócios devem contribuir para a formação do
capital social, seja com bens, créditos ou dinheiro, e todos os sócios participarão
dos resultados, positivos ou negativos, da sociedade. Se um dia sócios não
contribuí para a formação de seu capital social, a sociedade empresária não é
válida, assim como aquela que exclua um ou alguns sócios dos lucros ou das
perdas sociais. É nula a sociedade em que um dos sócios será indenizado pelos
demais em caso de falência, porque isso equivaleria à exclusão daquele das
perdas sociais.
Cláusulas contratuais
Algumas cláusulas contratuais são necessáriaspara a completa regularidade da
sociedade empresária. A lei exige que o contrato social atenda a determinadas condições,
tais como determinação do abjeto social, para seu registro na Junta Comercial. Um
contrato social que não possua essa cláusula, por exemplo, não pode ser registrado e a
sociedade empresária contratada será irregular. Existem outras cláusulas contratuais, tais
como a previsão da cláusula de arbitragem, que são indispensáveis ao registro do
contrato social, mas sua insistência não impede o registro da sociedade empresária.
Modelo de cláusula arbitral
O contrato social é composto por cláusulas essenciais/necessárias (são
imprescindíveis para a constituição do contrato) e por cláusulas acidentais/úteis (visam
ajustar os termos entre as partes).
As cláusulas essenciais são:
 Tipo societário: especifica a sociedade que está sendo contratada.
 Objeto social: a atividade explorada economicamente deverá ser declarada a
cada um doa sócios.
 Capital social: onde se especifica o capital social da sociedade, o modo e o prazo
de sua integralização e as cotas pertencentes a cada um dos sócios.
 Responsabilidade dos sócios: esclarece a responsabilidade de cada sócio.
 Qualificação dos sócios: deverá conter o nome dos sócios e sua qualificação.
◦ Qualificação de pessoas físicas: nacionalidade, estado civil, domicílio e
residência, RG e CPF.
◦ Qualificação de pessoas jurídicas: número do CNPJ.
 Nomeação do administrador: estabelece a representação legal da sociedade,
nomeando o seu administrador, que poderá ser um dos sócios ou não.
 Nome empresarial: nome empresarial sob a qual girará a sociedade.
 Sede e foro: deve constar o município da sede da sociedade e o local onde seu
representante se encontra.
 Prazo de duração: pode ter prazo determinado ou não.
Alteração do contrato social
Os sócios poderão livremente alterar as disposições contratuais se por acaso as
regras de convivência adotadas quando ocorreu a constituição da sociedade não são
mais satisfatórias. Isso será possível desde que se observem os requisitos de validade, os
pressupostos de existência e as cláusulas essenciais.
A regra determina que as deliberações sociais, exceto as que contenham alteração
contratual, são tomadas por maioria de votos.
A maioria societária é definida não em função da quantidade de sócios, mas da
participação de cada um deles no capital social. O voto de cada sócio tem o peso
proporcional à cota social correspondente. O número de sócios só importa em caso de
desempate. Em uma sociedade de três sócios, em que um deles é titular de metade do
capital social, ocorrendo divergência entre este e os outros, caracteriza-se o empate.
Prevalecerá a vontade desses dois sócios, por serem em maior número de votos.
Em caso de não ser possível superar o empate pelo critério de quantidade de
sócios, deverá observar o disposto no contrato social, se prevista a cláusula de
arbitragem, um árbitro decidirá, caso não tenha essa cláusula, um juiz que tomará a
decisão.
Tipos de sociedades contratuais
Sociedades constituídas por contrato: 
 Sociedade em Nome Coletivo – N/C: todos os sócios respondem ilimitadamente
pelas obrigações sociais e qualquer um dos sócios pode ser nomeado como
administrador e ter seu nome civil na composição do nome empresarial. (Arts.
1.039 a 1.044)
 Sociedade em Comandita Simples – C/S: (Arts. 1.045 a 1.051)
◦ Comanditados: têm responsabilidade ilimitada pelas obrigações sociais.
Apenas esses sócios podem ser administradores e terem seus nomes civis
vinculados ao nome empresarial.
◦ Comanditários: têm responsabilidade limitada pelas obrigações sociais.
 Sociedade em Conta de Participação – C/P: quando uma ou mais pessoas
formam uma sociedade, possuindo os sócios em posição de evidência (sócio
ostensivo) e os sócios em posição oculta (sócios participantes). (Arts. 991 a 996)
 Sociedade Limitada – Ltda.: a designação limitada deverá constar no contrato
social, caso contrário a responsabilidade dos sócios passará a ser ilimitada. (Arts.
1.057 a 1.087)
A sociedade Ltda. prevê a seus sócios a garantia da limitação da responsabilidade,
estabelecendo nítida separação entre patrimônio da sociedade (capital) e patrimônio
pessoal.
A responsabilidade limitada significa que a responsabilidade de cada sócio é
equivalente a sua parcela do capital integralizado. Caso o capital não esteja integralizado,
a responsabilidade passa ser solidária, e os sócios assumem a responsabilidade pelo
montante restante, para contemplar o capital subscrito.
Se a empresa quebrar e o sócio não tiver integralizado todas as suas cotas
referentes ao capital social, pode-se adentrar em seu patrimônio pessoal, até completar a
integralização das cotas por ele subscritas.
O sócio-gerente é o responsável tributário pelas dívidas fiscais da sociedade
sempre que esta estiver contrária à lei ou ao contrato social. Essa responsabilidade só
ocorre quando há um ato deliberativo de sonegação de tributo.
Sociedades por ações – Aula 6
Sociedade Anônima – S/A
A sociedade Anônima S/A pode ser caracterizada como um instrumento de
centralização do capital. Seu objetivo fundamental é a tenência à produção em grande
escala. Um dos fatores mais importante para essa sociedade é o mercado de ações.
A S/A ou por ações, também conhecida como companhia, possui uma legislação
especial, a Lei 6.404/76.
No Código Civil de 2002, os Artigos 1.088 (fala das ações) e 1.089 (fala da lei
especial), falam da Sociedade Anônima.
As S/A serão sempre consideradas sociedades empresárias. Em nenhuma
hipótese poderá ser constituída uma sociedade não empresarial (sem fins lucrativos).
A forma de constituição da S/A é por meio de contrato social.
As empresas da modalidade S/A pode ser:
 Companhia aberta: disponibiliza seus valores mobiliários (ações) para negociação
no mercado através de Bolsa de Valores.
 Companhia fechada: as ações pertencem apenas aos acionistas, não podendo
ser negociadas no mercado de ações.
O capital social da S/A poderá ser formado com contribuições em dinheiro ou em
qualquer espécie de bens suscetíveis de avaliação em dinheiro.
A avaliação de bens não é feita livremente pelo acionista interessado e deve ser
feita por três peritos ou por empresa especializada, nomeados em assembleia geral dos
subscritores, convocada pela impressa e presidida por um dos fundadores.
O estatuto social e a assembleia geral não podem privar os acionistas dos seus
direitos essenciais (Art. 109 da Lei das S/A), que são:
 Participar dos lucros sociais;
 Participar do acervo da S/A em caso de liquidação;
 Fiscalizar a gestão dos negócios sociais;
 Ter preferência para subscrição de ações, partes beneficiárias e debêntures
conversíveis em ações e bônus de subscrição;
 Retirar-se da sociedade nos casos previstos nesta lei.
O Artigo 1.020 diz que os administradores são obrigados a prestar contas aos
sócios, apresentar-lhes o inventário anual, o balanço patrimonial e os resultados
econômicos.
Sociedade em comandita por ações
A Sociedade em Comandita por ações tem o capital dividido em ações, regendo-se
pelas normas relativas a S/A, sem prejuízo das modificações constantes nos seus Artigos
e opera sob firma ou denominação.
Somente o acionista pode administrar a sociedade e, como diretor, responde
subsidiária e ilimitadamente pelas obrigações da sociedade.
Os diretores serão nomeados no ato constitutivo da sociedade, sem limitação de
tempo, e somente poderão ser destituídos por deliberação de acionistas que representem
no mínimo 2/3 do capital social.A responsabilidade do diretor destituído ou exonerado continua durante mais dois
anos.
A assembleia geral não pode mudar o objeto essencial da sociedade, prorrogar-lhe
o prazo de duração, aumentar ou diminuir o capital social, criar debêntures (são títulos de
crédito emitido elas S/A) ou partes beneficiárias (títulos negociáveis).
Mercado de ações
Ação é um título de renda variável emitido por uma S/A que representa a menos
fração do capital da empresa eminente.
Tipos de ações
Preferenciais: Dão preferência aos acionistas no pagamento de dividendos e também em
caso de liquidação da empresa em relação às ações ordinárias. No caso de falência ou
outro evento que leve a empresa a ser liquidada, os possuidores de ações preferenciais
têm maiores chances de recuperar parte de seus investimentos do que possuidores de
ações ordinárias.
Ordinárias: São aquelas que dão direito de voto ao acionista. O possuidor de ações
ordinárias não é responsável pelas dívidas da empresa (normalmente ocorre em
empresas de capital fechado).

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