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docente: Flávia viana moreira disciplina: farmacognosia APLICADA Colaboradores: MARIA DEYSE naldson lima rosicleide rosimario batista vanucci santos Solanaceae Solanales Família: Solanaceae Do latim Solari (consolar ou aliviar) devido às propriedades calmantes (narcóticas) de algumas espécies. Família solanaceae Classificação científica Reino: Plantae Divisão: Magnoliophyta Classe: Magnoliopsida Ordem: Solanales Família: Solanaceae Distribuídas em 100 gêneros e por ± 3.000 espécies Características As solanáceas se dividem em três subfamílias: Cestroideae: Fruto tipo cápsulas e sementes angulosas. Solanoideae: Fruto tipo baga e sementes planas. Anthocercideae: Bem pequena e seus representantes são australianos. Cestroideae Nicotiana (Anthocercideae) Algumas espécies são conhecidas como plantas medicinais, pelos seu efeitos psicotrópicos ou por serem venenosas. Origem: Brasil hortícolas Solanum lycopersicum Solanum tuberosum A família Solanaceae possui elevado valor económico, em particular na agricultura, visto ser composto por inúmeras espécies hortícolas Datura stramonium (Figueira do Inferno) (Erva Moura) Solanum nigrum venenosas Certas espécies desta família são venenosas, podendo em determinados casos, apenas uma parte da planta demonstrar essas propriedades, como por exemplo o tomateiro cujas folhas não podem ser consumidas. Devido ao Acumulo de ALCALOIDES medicinal Jurubeba (Solanum paniculatum) Planta medicinal de sabor amargo, comum em quase todo o Brasil. Jurubeba é listado como uma droga oficial na Pharmacopea Brasileira como um produto específico para anemia e para desordens de fígado e digestivas. Em 1965, Dr. G. L. Cruz escreveu que "as raízes, folhas e frutas são usadas como um tônico e descongestionante. ARTIGO RESUMO São diversas as atividades terapêuticas que podem ser aplicadas tanto na dietoterapia como na farmacoterapia atribuídas as espécies popularmente conhecidas como pimentas-vermelhas (Capsicum sp.), onde a principal parte utilizada, o fruto inteiro, e constituído principalmente por capsaicina. Esses efeitos estão relacionados desde as diversas fases do processo digestivo tais como o estimulo da secreção salivar e o estimulo e a inibição de secreções gástricas, intestinais, pancreáticas e biliares ate o metabolismo dos carboidratos e lipídeos assim como as consequências que isso gera como a proteção endotelial, atividade anti-inflamatória e antitumoral. Principais constituintes É constituído principalmente por: Fenilpropanóides: capsaicina, di-idrocapsaicina, norhidrocapsaicina, homocapsaicina. Flavonóides: apiosideo, apigenina, quercetina, luterolina, rutina, Campferol. Carotenóides: capsantina, capsorrubina, β-caroteno, criptoxantina, luteina. lipideos: acido linoleico etil ester, acido linoleico metil ester, acido palmitico, acido palmitico metil ester, acido linolenico metil ester, acido linolenico etil ester; Vitaminas: tiamina, riboflavina, ácido ascórbico, retinois, folato. Sais minerais: manganês, potássio. Algumas atividades importantes, usos e mecanismos de ação Capsicum baccatum Kunth Inibição COX-2 iNOS ação das citocinas pró-inflamátoria Atividade de citocinas anti-inflamótorias O uso tópico Dermatites e psoríases Indicações: Espessamento, eritema, prurido Ensaios em humanos Breve ardência local Efeitos adversos Feridas abertas Proximidade dos olhos Gravidez e Lactância Contra-indicação Toxicidade e Interações Evitar em caso de gastrite, ulceras pépticas e duodenais, sindrome do colón irritável, durante a gravidez e lactação. Ter cautela ao associar com agentes adrenérgicos de ação central (clonidina, metildopa), inibidores da MAO (hipertensão), anticoagulantes, corticoides e anti-inflamatórios. tabelas Tratamento Hidropsia Cólicas Asma Diarreia Câimbras Artrite Dor de dente A Tabela 1: mostra alguns dos principais usos tradicionais da espécie de pimentas anteriormente relatada. Tabela 2: Algumas preparações e os usos potenciais de espécies de Capsicum sp. – Solanaceae. Tabela 1 Fruto Inteiro ouCapsaicina Anti-inflamatório, analgésico ↑Inibidor daperoxidaçãolipídica Estimulante digestivo,carminativo,antiespasmodico Indutor deglicoproteinaP Antitumoral,antimutagenica ↓Inibidor de alfa-amilase e ↑alfa-glicosidaseintestinal Termogenicoe inibidor deadipogenese Antidislipidemias Tabela 2 conclusão Através do levantamento publicado nesse artigo pode-se concluir que o fruto da espécie vegetal do gênero Capsicum sp – apresenta um grande potencial como ferramentas terapêuticas podendo ser aplicada desde em tratamento de doenças relacionadas a processos inflamatórios crônicos e à síndrome metabólica tais como obesidade e dislipidemias até em problemas relacionados ao envelhecimento ao câncer, com relação direta à presença do derivado fenilpropanóide capsaicina nas espécies do gênero Capsicum sp. No entanto, deve-se haver cautela ao utilizar preparações constituídas por essa espécie vegetal assim como desse fitofármacos na gravidez, lactância e em portadores de problemas gastrintestinais, embora sejam indicados como estimulantes digestivos, carminativos e antiespasmódicos. Na associação com medicamentos é prudente que se administre durante ou logo após dietas balanceadas e diversificadas ao ponto de minimizar a inibição e a indução de processos protéicos e enzimáticos metabolizadores, no entanto, as quantidades adotadas em temperos simples e associados raramente apresentam alguma contra-indicação, com exceção nos casos de hipersensibilidades. REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFICAS YUNES, R.A.; CALIXTO, J.B. Plantas medicinais sob a ótica da química medicinal moderna. 1. ed. Chapecó: Argos, UNOESC. 500 p. , 2001. GIVEON, S.M.; LIBERMAN, N.; KLANG, S.; KAHAN, E. Are people who use “natural drugs” aware of their potentially harmful side effects and reporting to family physician. Patient Educ Couns, Tel Aviv, Israel, v. 53, n.1, p. 5-11, 2004. VEIGA, R.S.; MARCUCCI, M.C. Atividades terapêuticas da pimenta-vermelha (Capsicum sp. – Solanaceae) e pimenta-do-reino (Piper nigrum L. – Piperaceae), Brazilian Journal of Natural Sciences. Versão On-line ISSN 2595 – 0584. Ed. 1- vol 2-maio, 2018. Panizza, S.T.; Veiga, R.S.; De Almeida, M.C., Uso Tradicional de Plantas Medicinais e Fitoterápicos, Conbrafito, Metha Ed., 2012, 267 pg.
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