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M. Sc. Juliana Andrade Carvalho juliana.carvalho@unifacs.br INTRODUÇÃO À AUTOMAÇÃO E INSTRUMENTAÇÃO Automação e Instrumentação RELEMBRANDO A AULA ANTERIOR... • Apresentação pessoal; • Apresentação da turma; • Apresentação do plano de ensino; • Datas importantes; • Informações importantes. AULA 02 • Panorama histórico • Sistemas de produção • Tipos de automação • Pirâmide de automação • Elementos dos sistema de automação • Sistemas de controle • Tipos de controle • Elementos do sistema de controle • Arranjo físico das máquinas funcional (layouts) • Redução de custos da manufatura PANORAMA HISTÓRICO Pré- Revolução Revolução Industrial Máquinas à vapor Motor elétrico Fordismo Transistores CNC • Produtos manufaturados • Mestres, artesãos e aprendizes • Máquinas e ferramentas • Inflexibilidade < Séc XVIII Séc XVIII ~ XX • Autonomia de localização (+ flexibilidade) • Disposição física das máquinas não-funcional Séc XVIII Séc XIX • Produção seriada (automóveis) • Trabalho vai ao operador Séc XX • Autonomia de controle (+ flexibilidade) Séc XX • Peças complexas em pequena escala (+ flexibilidade) • Automação industrial Séc XX SISTEMAS SISTEMAS DE PRODUÇÃO Conjunto de PESSOAS, EQUIPAMENTOS e PROCEDIMENTOS organizados para realizar as OPERAÇÕES DE PRODUÇÃO de uma empresa É um conjunto de ELEMENTOS QUE INTERAGEM para uma DETERMINADA FINALIDADE SISTEMA 2 NÍVEIS Instalações Sistemas de apoio à produção Incluem a FÁBRICA, os EQUIPAMENTOS instalados e a FORMA COMO ESTÃO ORGANIZADOS Conjunto de PROCEDIMENTOS utilizados pela empresa no GERENCIAMENTO DA PRODUÇÃO e na solução de problemas técnicos e logísticos AS INSTALAÇÕES TIPOS Aqui os EQUIPAMENTOS normalmente estão ORGANIZADOS EM GRUPOS LÓGICOS e nos referimos a esses arranjos e aos trabalhadores que nele trabalham como SISTEMAS DE PRODUÇÃO na fábrica. Sistemas de trabalho manual Sistemas trabalhador-máquina Sistemas automatizados SISTEMAS DE TRABALHO MANUAL Sistemas formados por UM OU MAIS TRABALHADORES, que EXECUTAM UMA OU MAIS TAREFAS SEM A AJUDA DE FERRAMENTAS MOTORIZADAS (costumam demandar o uso de ferramentas manuais) SISTEMAS TRABALHADOR-MÁQUINA Sistema em que um TRABALHADOR humano OPERA UM EQUIPAMENTO MOTORIZADO, tal como uma máquina-ferramenta ou outra máquina de produção. SISTEMAS AUTOMATIZADOS Sistema no qual um processo é executado por uma MÁQUINA SEM A PARTICIPAÇÃO DIRETA DE UM TRABALHADOR humano AUTOMAÇÃO RÍGIDA • A sequência das operações é definida pela configuração do equipamento • Operações simples • A integração e a coordenação das operações em um único equipamento é o que o torna complexo CARACTERÍSTICAS: • Alto investimento inicial • Altas taxas de produção • Inflexibilidade (↓ variedade) EXEMPLOS: • Linha transfer de montagem • Máquinas de montagem automatizadas CLASSIFICAÇÃO DOS SISTEMAS DE PRODUÇÃO AUTOMATIZADOS AUTOMAÇÃO RÍGIDA • O equipamento é projetado com a capacidade de modificar a sequência de operações e acomodar diferentes configurações de produtos CARACTERÍSTICAS: • Alto investimento em equipamentos de propósito geral • Taxas de produção + baixas • Flexibilidade para lidar com variações do produto • ↑ adaptabilidade para a produção em lote AUTOMAÇÃO PROGRAMÁVEL EXEMPLOS: • Máquinas-ferramenta numericamente controladas (CN) • Robôs industriais • Controladores lógicos programáveis CLASSIFICAÇÃO DOS SISTEMAS DE PRODUÇÃO AUTOMATIZADOS CLASSIFICAÇÃO DOS SISTEMAS DE PRODUÇÃO AUTOMATIZADOS AUTOMAÇÃO RÍGIDA AUTOMAÇÃO PROGRAMÁVEL AUTOMAÇÃO FLEXÍVEL • Pode produzir diferentes variações e planos de peças e produtos sem exigir que eles sejam produzidos em lotes • Viabilizada pelo fato de que a diferença entre as peças processadas pelo sistema não são significativas e, portanto, o volume de alterações exigidas entre os modelos é mínimo CARACTERÍSTICAS: • ↑ investimento em sistema com engenharia personalizada • Produção contínua de um conjunto variado de produtos • Taxas médias de produção • Flexibilidade para lidar com variações no projeto do produto EXEMPLO: • Sistemas flexíveis de manufatura (FMS) para execução de operações de máquinas CLASSIFICAÇÃO DOS SISTEMAS DE PRODUÇÃO AUTOMATIZADOS AUTOMAÇÃO RÍGIDA AUTOMAÇÃO PROGRAMÁVEL AUTOMAÇÃO FLEXÍVEL COMO TUDO ISSO SE CONECTA? A PIRÂMIDE DE AUTOMAÇÃO A PIRÂMIDE DE AUTOMAÇÃO A PIRÂMIDE DE AUTOMAÇÃO DISPOSITIVOS motores componentes válvulas transdutores inversores A PIRÂMIDE DE AUTOMAÇÃO CONTROLE Informações do nível 0 IHMs CLPs CNCs Robôs Máquinas ferramentas A PIRÂMIDE DE AUTOMAÇÃO SUPERVISÃO Informações dos nível 1 SCADA sala de supervisão A PIRÂMIDE DE AUTOMAÇÃO EXECUÇÃO Banco de dados Índices Relatórios Logística Controle de estoque A PIRÂMIDE DE AUTOMAÇÃO PLANEJAMENTO Produção em função da sazonalidade do mercado Administração dos recursos financeiros Vendas RH RAZÕES PARA A AUTOMAÇÃO PRINCÍPIOS IMPORTANTES Automação não é o “remédio” para todos os problemas “Automatizar o caos” A palavra chave é INTEGRAÇÃO Aumentar a produtividade Reduzir os custos do trabalho Reduzir ou eliminar as rotinas manuais e das tarefas administrativas Aumentar a segurança do trabalhador Melhorar a qualidade do produto Diminuir o tempo de produção Realizar processos que não podem ser executados manualmente Evitar o alto custo da não automação A PIRÂMIDE DE AUTOMAÇÃO A “PIRÂMIDE” DE AUTOMAÇÃO ELEMENTOS BÁSICOS DE UM SISTEMA DE AUTOMATIZADO ENERGIA PROCESSO SISTEMAS DE CONTROLE PROGRAMA DE INSTRUÇÕES ENERGIA para concluir os processos e operar o sistema PROGRAMA DE INSTRUÇÕES que direcione os processos SISTEMA DE CONTROLE que execute as instruções ENERGIA PARA PROCESSOS AUTOMATIZADOS Amplamente disponível a um custo moderado pois é largamente utilizada na indústria brasileira Facilmente convertível em outras formas de energia: mecânica, térmica, luminosa, acústica, hidráulica e pneumática. Pode ser utilizada na realização de tarefas de comunicação e armazenamento de dados. Pode ser armazenada em baterias de longa duração para usos posteriores ou remotos MAIS COMUM = ENERGIA ELÉTRICA SISTEMA DE CONTROLE PARA PROCESSOS AUTOMATIZADOS CONTROLE INDUSTRIAL É a regulação automática das operações da unidade e de seus equipamentos associados, bem como a integração e a coordenação dessas operações no sistema de produção maior. TIPOS DE CONTROLE CONTROLE INDUSTRIAL MANUAL AUTOMÁTICO TIPOS DE CONTROLE CONTROLE MANUAL • Exige a presença de um operário no processo • Funções do operário: • Medição • Tomada de decisão • Atuação TIPOS DE CONTROLE CONTROLE AUTOMÁTICO • Substitui o operador através de uma malha de controle • Novas funções do operário: • Definição da referência • Supervisão SISTEMAS DE CONTROLE QUAL É O OBJETIVO DE UM SISTEMA DE CONTROLE? • Manter as características importantes no processo nos valores desejados (set points), apesar dos efeitos de perturbações externas O QUE CONSTITUI UM SISTEMA DE CONTROLE INDUSTRIAL? • Combinação de processos, sensores, atuadores e sistemas de computadores projetados e ajustados para realizar uma operação segura e rentável. MALHA DE CONTROLE ELEMENTO CONTROLADOR ELEMENTO ATUADOR VARIÁVEL DE PROCESSO A SER REGULADA OU CONTROLADA É o conjunto formado pelo elemento controlador e atuadores do processo. Seu objetivo é manter uma determinada variávelde processo regulada ou controlada. MALHA DE CONTROLE TIPOS MALHA ABERTA MALHA FECHADA (OU RETROALIMENTAÇÃO) MALHA DE CONTROLE MALHA ABERTA MALHA FECHADA SISTEMA DE CONTROLE A MALHA ABERTA (SCMA) São os sistemas nos quais o SINAL DE SAÍDA NÃO AFETA A AÇÃO DO CONTROLE • Não se mede o sinal de saída nem tampouco este sinal é enviado de volta para comparação com o sinal de entrada. EXEMPLO • Máquina de lavar roupa: ciclos de molho, lavagem e enxágüe - base de tempo. A saída “grau de limpeza das roupas” não é levada em consideração SISTEMA DE CONTROLE A MALHA ABERTA (SCMA) 36 Lei de Controle Sistema Físico • Simples e de baixo custo • Podem ser imprecisos pois não compensam perturbações • Não possuem informações da variável de saída SISTEMA DE CONTROLE A MALHA ABERTA (SCMA) EXEMPLO 37 UMA TORNEIRA ABERTA SISTEMA DE CONTROLE A MALHA ABERTA (SCMA) EXEMPLO 38 ACELERANDO UM AUTOMÓVEL • Imagine um automóvel sem velocímetro. Deseja-se manter a velocidade constante em um determinado valor: 80km/h, por exemplo. O motorista estima então com qual pressão ele deverá pisar no acelerador e mantém o acelerador com esta pressão. Dependendo da experiência do motorista a velocidade final se manterá próxima de 80km/h, mas somente com muita sorte ele conseguirá manter a velocidade em 80km/h. Por outro lado, se ele precisar subir (descer) uma lombada, a velocidade irá diminuir (aumentar). SISTEMA DE CONTROLE A MALHA ABERTA (SCMA) EXEMPLO 39 AQUECENDO UM FORNO • Considere o controle de um forno onde um operador com uma determinada experiência, estima o tempo que o forno deve ficar ligado a plena potência para que a temperatura chegue a um determinado valor. Obviamente, apenas com muita sorte, a temperatura do forno ao final do tempo pré-determinado será exatamente a desejada. De uma maneira geral, a temperatura ficará um pouco acima ou um pouco abaixo do valor desejado. Além disto, a temperatura final do forno provavelmente irá variar dependendo de variações temperatura ambiente, ou seja, a temperatura interna final do forno será diferente se a temperatura externa for de 5ºC(inverno) ou 30ºC (verão). SISTEMA DE CONTROLE A MALHA FECHADA (SCMF) São os sistemas nos quais o SINAL DE SAÍDA AFETA A AÇÃO DO CONTROLE • Um sistema que mantém uma relação preestabelecida entre a grandeza de saída e a grandeza de referência (entrada), comparando- as e utilizando a diferença como meio de controle. SISTEMA DE CONTROLE A MALHA FECHADA (SCMF) 41 • Complexos • Custo mais elevado • Possuem informações da variável de saída > Medição Lei de Controle Sistema Físico Realimentação + SISTEMA DE CONTROLE A MALHA FECHADA (SCMF) EXEMPLO 42 ACELERANDO UM AUTOMÓVEL • Considere o mesmo exemplo do automóvel. Suponha agora que o carro possui um velocímetro. O motorista pode então monitorar a velocidade e variar a pressão com que ele pisa no pedal de forma a manter a velocidade no valor desejado. Se a velocidade passar do valor desejado ele "alivia o pé", e, se a velocidade cair um pouco do valor desejado ele "pisa" um pouco mais forte no acelerador. O mesmo tipo de controle ele fará quando estiver subindo ou descendo uma lombada. SISTEMA DE CONTROLE A MALHA FECHADA (SCMF) EXEMPLO 43 AQUECENDO UM FORNO • Considere o mesmo exemplo do forno. Suponha agora que a temperatura interna do forno é medida e o seu valor é comparado com uma referência pré-estabelecida. Se a temperatura dentro do forno é menor que a referência, então aplica-se ao forno uma potência proporcional a esta diferença. Neste sentido, a temperatura dentro do forno tenderá a crescer diminuindo a diferença com relação a referência. No caso do erro ser negativo (temperatura do forno maior que o valor de referência) aciona-se um sistema de resfriamento do forno com potência proporcional a este erro, ou, simplesmente, se desligaria o aquecimento do mesmo. Desta maneira, a temperatura do forno tenderia sempre a estabilizar no valor de referência ou em um valor muito próximo desta, garantindo ao sistema de controle uma boa precisão. SISTEMA DE CONTROLE A MALHA FECHADA (SCMF) EXEMPLO 44 SISTEMA EM MALHA ABERTA OU FECHADA? POR QUÊ? COMPONENTES DE UMA MALHA Processo Instrumentos de Medição • Informam de modo contínuo os valores das variáveis de processo. Instrumentos de Controle • Fazem a tomada de decisão e ação de atuação sobre o processo. Instrumentos de Atuação • Permitem implementar a ação de correção. COMPONENTES DE UMA MALHA De um modo geral, os elementos de controle são divididos em dois grupos • Elementos de campo • Elementos de painel COMPONENTES DE UMA MALHA ELEMENTOS DE CAMPO Elementos primários • são dispositivos com os quais conseguimos detectar alterações na variável de determinado processo; Transmissor • instrumento que mede uma determinada variável e a envia à distância para um instrumento receptor, normalmente localizado no painel. O elemento primário pode ser ou não parte integrante do transmissor; Atuador • dispositivo que atua e modifica diretamente o valor da variável manipulada de uma malha de controle. COMPONENTES DE UMA MALHA ELEMENTOS DE PAINEL Indicador • instrumento que nos fornece uma indicação visual da situação das variáveis no processo. Um indicador pode se apresentar na forma analógica ou digital Registrador • Instrumento que registra a variável através do traço contínuo, pontos de um gráfico, etc. Conversor • Instrumento que recebe uma informação na forma de um sinal, altera a forma da informação e o emite como um sinal de saída COMPONENTES DE UMA MALHA CONTROLADOR • Instrumento que tem um sinal de saída que pode ser variado de modo a manter a variável de processo (pressão, temperatura, vazão, nível, etc.) dentro do "set point" estabelecido, ou para alterá-la de um valor previamente determinado. LEITURA SOBRE A AULA GROOVER, Mikell P. Automação industrial e sistemas de manufatura. 3. ed. São Paulo: Pearson Prentice-Hall, 2011. REFERÊNCIAS LEPIKSON, Herman Augusto. Disciplina Sistemas de Manufatura Integrada. Salvador: Ufba, 2013. Color BERTOL, Douglas Wildgrube. Automação. Joinville: Udesc, 2017. Color. CRUZ, Antônia Ferreira dos Santos. Automação Industrial: Salvador: Unifacs, 2019. Color. MURARI, Mariana Lima Acioli. Automação e Instrumentação: Salvador: Unifacs, 2019. Color. M. Sc. Juliana Andrade Carvalho juliana.carvalho@unifacs.br 1A
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