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18/08/2019
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Medicamentos policrestos, 
consulta e escolas homeopáticas
Profa. Ivana Maria Póvoa Violante
Similia similibus curantur
EXPERIMENTAÇÃO NO HOMEM SÃO
SINTOMAS = QUADRO PATOGENÉTICO
MATÉRIAS MÉDICAS = obras que reúnem todos os sinais 
observados na fase de experimentação
Apresentam as substâncias testadas, em ordem alfabética, e todos os sinais e sintomas 
descritos a nível físico, mental e emocional.
Investigações de substâncias em doses não letais, subtóxicas, foram 
registrados por Samuel Hahnemann (1877).
PRESCRIÇÃO HOMEOPÁTICA
• Ocorre baseada na experiência clínica, nas escolas e no raciocínio 
clínico (patogenético, etiológico, anatomopatológico e biotipológico).
• Ocorre baseada na experiência clínica, nas escolas e no raciocínio 
clínico (patogenético, etiológico, anatomopatológico e biotipológico).
RACIOCÍNIO CLÍNICO - analisa o indivíduo sob 
quatro pontos:
•pesquisa em repertórios e matérias médicas.Patogenético: 
•baseado na identificação do próprio agente patogênico, todos os fatores que
desencadeiam o quadro sintomático atual e, através dele, produzir o medicamento.
Nestes casos os ativos empregados correspondem ao próprio microrganismo, vírus,
fungos, alérgenos etc.
Etiológico: 
•faz-se a analogia das informações tóxicas e/ou fisiopatológicas provocadas pelas
substâncias, por exemplo, a picada de abelha (Apis melifica) causa edema, assim este
inseto pode ser aplicado em casos de edemas com os sintomas semelhantes.
Anatomopatológico: 
•são características físicas e há propensão do indivíduo desenvolver determinadas
doenças. São características morfológicas, fisiológicas e psíquicas resultantes da condição
hereditária que representa uma disposição reacional.
Biotipológico:
BIÓTIPOS HOMEOPÁTICOS
• Analisando a forma, função, predisposição e comportamento do indivíduo foi 
realizada pelo médico Dr. Henri Bernard em 1947, que considerou a existência de 
quatro constituições:
Constituição carbônica:
• indivíduos obesos ou
aspecto quadrado que
desenvolvem na
espessura, mas são de
baixo crescimento.
• Eles são introvertidos,
mas também lentos e
guiados pela "lei do
menor esforço".
• O seu análogo (com
atributos semelhantes)
na natureza é carbono,
uma vez que é estável
elemento.
Constituição fosfato:
• indivíduos acima de
tamanho médio; são
mais flexíveis e leves.
• São psicologicamente
criativos, mas também
mudam o caráter e
bastante fracos.
• São altamente instáveis.
Constituição sulfúrica: 
• indivíduos com
aparência harmoniosa;
não são obesos e
alongados, sua estatura
é média e tem um
pouco de força
esquelética e muscular.
• Eles estão mentalmente
felizes, otimistas,
responsáveis e possuem
confiança razoável.
• O seu análogo em
natureza é enxofre.
Constituição fluórica: 
• indivíduos de altura
variável, mas quase
sempre abaixo da
média e olhar
assimétrico.
• Além disso, eles são
desajeitados, meio
engraçados, gestos
rudes, impensados e
emocionalmente
imprevisíveis, confusos
e tendência destrutiva.
Fonte: <https://3.bp.blogspot.com/_Tw8HXAZ0980/TDXi8E6P1hI/AAAAAAAAAdc/t852p4BPhTQ/
s320/biotipos_femininos.jpg >.
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CONSULTA HOMEOPÁTICA
O MOTIVO DA CONSULTA
REPERTORIZAÇÃO 
• É o modo pelo qual se realiza a sugestão de possíveis substâncias que 
podem assumir potencialmente como semelhantes do caso, mas a 
decisão caberá sempre à comparação com as patogenesias descritas 
nas Matérias Médicas.
É o modo pelo qual o homeopata transforma a linguagem do paciente na linguagem 
repertorial, assim obtém-se uma lista de medicamentos ao consultar um repertório. 
Indica um conjunto de substâncias que podem assumir como semelhantes do caso do 
paciente. 
A escolha do simillimum será por comparação da totalidade sintomática com as 
patogenesias descritas na matéria médica.
A consulta homeopática será realizada em 
duas fases:
Fase 1: 
• identificação do paciente e conhecer suas queixas e motivos que procurou um médico,
pois não podemos esquecer que o homeopata, antes de se especializar nesta área,
estudou a medicina “tradicional”. Será avaliado suas queixas físicas, que serão também
analisadas mediante exames clínicos, sangue, ressonância, radiografia, entre outros.
Fase 2: 
• o paciente será questionado sobre tudo, para conhecer melhor seus pensamentos e
emoções através da avaliação do seu sono, apetite, quando sente raiva, ansiedade, os
horários que está bem e em que se sente mal.
• Como pode ser vislumbrado, são várias as perguntas para que o homeopata possa
projetar com maior acerto o medicamento de fundo e iniciar o tratamento homeopático.
A metodologia geralmente é a mesma:
1. Anamnese: que 
consiste em escutar, 
interrogar e, no 
decorrer desta, anotar;
2. Observação e exame 
do paciente: exames 
laboratoriais, RX, etc;
3. Coordenação das 
informações recebidas: 
o que permite a 
individualização, o 
diagnóstico e a escolha 
do remédio.
• Alopatia – metodologia: procura dar as mesmas respostas para a mesma pergunta, para todos os
doentes e profissionais. Pois, os doentes devem ser enquadrados em números estatísticos.
1º 
Identificação.
2º Motivo da 
consulta.
3º 
Antecedentes 
pessoais.
4º 
Tendências 
patológicas.
5º 
Antecedentes 
pessoais.
A estória clínica homeopática é uma ampliação da 
semiologia clássica:
DADOS INDIVIDUAIS
• clima – temperatura
• apetite – sede
• desejos e aversões alimentares
• regras, fluxos e secreções
• sudorese – sonhos
• digestão - evacuação
CARÁTER- TEMPERAMENTO - * Verificar o que é 
novo e o que é permanente.
• medos - agressividade
• relação com outros
• atitude ante a vida
• modo de ação e reação:
• ansiedade – insegurança – timidez
• Indecisão – impaciência – vergonha
• avareza – detalhes – perfeição
• autoridade - mando – liderança
• sensibilidade: mágoas e tristezas
Não esquecer...
Que cada doente tem uma problemática que pode ter uma
relação com a sua predisposição constitucional.
Portanto, o motivo da consulta é fundamental para se estabelecer e poder
determinar quais aspectos sintomáticos serão mais importantes na busca da
similitude e dirigir, de algum modo, o interrogatório e os exames.
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O sucesso do tratamento homeopático depende de uma anamnese integral do paciente
em suas esferas física, mental e emocional permitindo com isto identificar a semiologia do
Simillimum do paciente.
A prescrição farmacêutica regulamentada pela resolução CFF no 586, 29 agosto de 2013,
resgata o papel essencial do farmacêutico que há tempos estava perdida, aproximando-o
mais da sua vocação assistencial e sua relação com o cuidado da saúde do paciente.
Desta forma, o farmacêutico homeopata pode, através de uma consulta farmacêutica,
prescrever medicamentos para tratar distúrbios menores.
O tratamento de distúrbios menores requer na maioria das vezes a utilização de
medicamentos isentos de prescrição ou ainda medidas mais paliativas para promover e
recuperar a saúde do paciente.
Exemplos de distúrbios menores: insônia, constipação intestinal, tosse, aftas bucais, diarreia 
infantil, diarreia aguda, pediculose, hemorroidas, resfriado e dor.
A ESCOLHA DO 
MEDICAMENTO
MEDICAMENTO HOMEOPÁTICO
• As substâncias que apresentam o quadro patogenético semelhante
aos sintomas da doença tornam-se o medicamento, agindo no
primeiro momento sobre o organismo e quando ocorre um aumento
transitório dos sintomas a reação do organismo é que fará o
restabelecimento ao equilíbrio, ou seja, trará a cura.
• Tradicionalmente, em homeopatia na prática clínica diária se costuma
seguir a estratégia Hahnemanniana para selecionar os medicamentos
pelos sintomas característicos, direcionando para escolha dos
medicamentos policrestos.
CLASSIFICAÇÃO DOS MEDICAMENTOS
HOMEOPÁTICOS
a) Quanto ao número 
de sintomas:
• Policrestos
• Semi-policrestos
• Medicamentos 
menores
b) Quanto a relação 
entre os 
medicamentos:
• Antídotos
• Incompatíveis
• Complementares
c) Quanto ao número 
de medicamentos:
• Medicamento 
único
• Complexo 
homeopático
d) Medicamentos 
drenadores
a) Classificação quanto ao número sintomas:
• Medicamentos que quando experimentados no homem 
são produzem um grande número de sintomas, sendo 
úteis também para um grande número de pacientes.
Policrestos:(poli=muitos, 
crestos=males)
• Medicamentos que apresentam um número menor de 
sintomas em sua matéria médica, mas nem por isso são 
menos importantes.
Semi-policrestos:
• Medicamentos que apresentam uma matéria médica 
muito restrita, havendo predominância de sintomas 
gerais e locais.
Medicamentos menores:
 Estoque mínimo da farmácia medicamentos policrestos e semi-policrestos
b) Classificação quanto a relação entre os medicamentos:
Medicamento Antídoto:
• É aquele que anula sintomas causados por outro medicamento. Neutralizam o efeito produzindo novos sintomas subjetivos e 
objetivos.
• Utilizado:
• Semelhança patogenética  anular os sintomas causados  é necessário outro medicamento que produza sintomas semelhantes 
• Sintomas decorrentes ação violenta provocada pelo medicamento homeopático  antídoto medicamento similar ou mesmo 
medicamento administrado em doses baixas.
Medicamento Incompatível:
• É aquele que interfere com a ação de outro medicamento, pois apresenta em sua patogenesia sintomas ou modalidades opostas. 
• Não podem, portanto, terem indicação simultânea, já que seus efeitos são contrários. 
• Ex. 
• Bryonia alba.  agrava pelo movimento
• Rhus tox. melhora pelo movimento.
Medicamento Complementar:
• É aquele que completa, reforça ou prolonga a ação de outro medicamento, cobrindo a totalidade dos sintomas que o indivíduo
apresenta.
• Utilizado:
• quando não é definido o medicamento que cobre o quadro mórbido em sua totalidade
• quando a similitude do medicamento não cobre todos os sintomas, sendo necessário a adição de outro medicamento que cubra os
sintomas residuais.
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Terapêutica unicista
• não é conveniente
prescrever dois ou
mais medicamentos
simultaneamente.
Conduta pluralista 
• prescreve dois ou mais
medicamentos por vez
(contendo um insumo
ativo em cada), em
horários diferentes.
Terapêutica complexista
• associação de dois ou
mais insumos ativos
em um único
medicamento, o que é
denominado
“complexo
homeopático”. Estes
medicamentos são
frequentemente
encontrados em
formulações
comerciais
industrializadas.
c) Quanto ao número de medicamentos: Escolas Homeopáticas 
Escola unicista
• escola tradicional, que
busca a prescrição do
medicamento único
que atenda à totalidade
do indivíduo,
medicamento
Simillimum.
Escola Pluralista ou 
alternista:
• os medicamentos são
prescritos de forma a
se complementarem no
tratamento
homeopático.
• São administrados em
horários alternados,
denominados de
medicamentos
complementares.
Escola Complexista:
• são preparados para
atender à população
sem análise do
indivíduo.
• Trata-se apenas um dos
níveis dinâmicos, o
físico.
• Não se preocupa com a
cura, agindo apenas
como paliativo.
Textos de acordo com o Livro 
Didático!
“Não se preocupa com a 
cura!”
• São aqueles que propiciam a eliminação de
substâncias tóxicas.
• É de ação curta, mas profunda, e sua escolha
ocorre em função da afinidade por um
determinado órgão, e que em baixa
dinamização representa para aquele órgão
um estimulante funcional.
d) 
Medicamentos 
drenadores:
Método Hahnemanniano Clássico  Simillimum papel de drenador 
 estimulador da defesa natural, levando à mobilização das toxinas.
Medicamentos Homeopáticos Proscritos:
• São aqueles que não podem ser mais
comercializados nas farmácias de
manipulação homeopática, uma vez
que sua matéria prima (insumo ativo) é
de venda ilegal.
• Ex: Cannabis sativa.
Medicamentos Homeopáticos Controlados:
• São aqueles que somente podem ser comercializados nas farmácias
de manipulação homeopática, mediante receituário específico para
medicamentos controlados emitido pelo médico (Portaria 344), uma
vez que sua matéria prima (insumo ativo) é de venda restrita.
• Ex: Lithium.
Medicamentos Homeopáticos Tóxicos:
• São aqueles que somente podem ser comercializados
nas farmácias de manipulação homeopática a partir de
determinada potência, a fim de que sua ingestão não
incorra em acidentes tóxicos, uma vez que sua matéria
prima (insumo ativo) pode causar a morte.
• Ex: Arsenicum

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