Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA DO TOCANTINS LAUREANA BARBOSA CARVALHO, MARIANA FERREIRA GALVÃO DE MELO MEMORIAL DE CÁLCULO – PROJETO DE FUNDAÇÕES EM ESTACAS Palmas - TO 2018 INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA DO TOCANTINS LAUREANA BARBOSA CARVALHO, MARIANA FERREIRA GALVÃO DE MELO Trabalho avaliativo da disciplina de Fundações – Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Tocantins – Engenharia Civil. Professora: Me. Cleber Decarli de Assis Palmas - TO 2018 INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA DO TOCANTINS SUMÁRIO 1. INTRODUÇÃO ............................................................................................................................................. 6 2. CAPACIDADE DE CARGA PELO MÉTODO DE AOKI-VELLOSO ................................................... 7 2.1. Cálculo da Resistência Total (Rt) ................................................................................................ 7 2.2. Cálculo da Resistência Lateral (Rl) ............................................................................................. 7 2.3. Cálculo da Resistência na Ponta (Rp) ...................................................................................... 9 2.4. Resultados dos cálculos de resistência .................................................................................. 10 2.4.1. Estacas com 25 cm de diâmetro .................................................................................................. 10 2.4.2. Estacas com 50 cm de diâmetro .................................................................................................. 11 2.5. Volume de concreto calculado................................................................................................ 12 3. CAPACIDADE DE CARGA PELO MÉTODO DÉCOURT & QUARESMA ...................................... 13 3.1. Cálculo da Resistência Total (Rt) .............................................................................................. 13 3.2. Cálculo da Resistência Lateral (Rl) ........................................................................................... 13 3.3. Cálculo da Resistência na Ponta (Rp) .................................................................................... 14 3.4. Resultados dos cálculos de resistência .................................................................................. 14 3.4.1. Estacas com 25 cm de diâmetro .................................................................................................. 14 3.4.2. Estacas com 50 cm de diâmetro .................................................................................................. 15 3.5. Volume de concreto calculado................................................................................................ 17 4. DIMENSIONAMENTO DOS BLOCOS SOBRE ESTACAS ............................................................... 17 4.1. BLOCO SOBRE UMA ESTACA ............................................................................................... 18 4.1.1. Largura e comprimento ..................................................................................................................... 18 4.1.2. Altura .................................................................................................................................................... 20 4.1.3. Armadura horizontal e vertical ......................................................................................................... 21 4.2. BLOCO SOBRE DUAS ESTACAS .......................................................................................... 23 4.2.1. Largura e comprimento ..................................................................................................................... 23 INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA DO TOCANTINS 4.2.2. Altura ................................................................................................................................................... 24 4.2.3. Verificação das bielas ....................................................................................................................... 25 4.2.4. Armadura principal ............................................................................................................................. 26 4.2.5. Armadura superior e de pele ............................................................................................................ 27 4.2.6. Comprimento de ancoragem e do gancho ..................................................................................... 30 4.3. BLOCO SOBRE TRÊS ESTACAS ........................................................................................... 31 4.3.1. Largura e comprimento ..................................................................................................................... 31 4.3.2. Altura útil .............................................................................................................................................. 32 4.3.3. Verificação das bielas ....................................................................................................................... 34 4.3.4. Armadura de lado .............................................................................................................................. 35 4.3.5. Armadura em malha .......................................................................................................................... 36 4.3.6. Armadura de pele por face ............................................................................................................... 39 4.3.7. Comprimento de ancoragem e do gancho ..................................................................................... 40 4.4. BLOCO SOBRE QUATRO ESTACAS ..................................................................................... 41 4.4.1. Largura e comprimento ..................................................................................................................... 41 4.4.2. Altura .................................................................................................................................................... 42 4.4.3. Verificação das bielas ....................................................................................................................... 43 4.4.4. Armadura de lado .............................................................................................................................. 44 4.4.5. Armadura em malha .......................................................................................................................... 45 4.4.6. Armadura de pele por face ............................................................................................................... 48 4.4.7. Comprimento de ancoragem e do gancho ..................................................................................... 49 4.5. BLOCO SOBRE CINCO ESTACAS ......................................................................................... 50 4.5.1. Largura e comprimento ..................................................................................................................... 50 4.5.2. Altura útil .............................................................................................................................................. 51 4.5.3. Verificação das bielas .......................................................................................................................52 4.5.4. Armadura de lado .............................................................................................................................. 54 INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA DO TOCANTINS 4.5.5. Armadura em malha .......................................................................................................................... 54 4.5.7. Comprimento de ancoragem e do gancho ..................................................................................... 58 4.5.8. Armadura para a estaca do centro .................................................................................................. 58 BIBLIOGRAFIA...................................................................................................................................................... 60 INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA DO TOCANTINS 6 1. INTRODUÇÃO A NBR 6122/96 define que fundação profunda é a fundação que tem capacidade de transmitir a carga proveniente da superestrutura ao terreno tanto pela sua base quanto pela sua superfície lateral ou pela combinação das duas. Segundo a mesma norma, os elementos de fundação profunda podem ser estacas, tubulões ou caixões. O elemento escolhido para o projeto foi estaca. As estacas estão divididas em relação a sua execução como moldadas in loco e pré-moldadas. A estaca escolhida foi a estaca tipo raiz que está dentro das moldadas in loco, também considerada como estaca injetada. Para o cálculo da capacidade de carga serão utilizados os métodos semiempíricos: método de Aoki-Velloso e método de Décourt & Quaresma. Serão consideradas as cargas dadas pela planta dos pilares e as características do solo diagnosticadas no laudo da sondagem. Depois de realizado o cálculo será escolhido o método que resultar em um menor volume de concreto, trazendo maior economia a execução da obra. Depois de dimensionados os diâmetros das estacas elas serão divididas em blocos. A NBR 6118/2014 diz que blocos são estruturas volumétricas utilizadas para transmitir as cargas de fundação às estacas e aos tubulões. Não existe um número máximo de estacas para um bloco, porém cada quantidade de estacas requer um dimensionamento geométrico e cálculo das armaduras diferente. INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA DO TOCANTINS 7 2. CAPACIDADE DE CARGA PELO MÉTODO DE AOKI-VELLOSO 2.1. Cálculo da Resistência Total (Rt) A resistência total é calculada pela soma de todas as resistências laterais encontradas e a resistência de ponta. Será calculada a resistência lateral até a menor cota possível em que se possa encontrar também uma resistência de ponta que juntas consigam suportar a carga exercida pelo pilar. ∑ Sendo: Rl = Resistência lateral (kN); Rp = Resistência na ponta (kN). 2.2. Cálculo da Resistência Lateral (Rl) A fórmula para encontrar a resistência lateral é: Sendo: D = diâmetro da estaca (m); α = relação entre as resistências de ponta e lateral local do ensaio de penetração estática, segundo Vargas (1977) apud Schnaid (2000) (%); K = coeficiente de conversão da resistência de ponta do cone para NSPT (kN/m²); ∆l = distância entre as cotas (m); Nspt = valor da resistência à penetração dinâmica obtida nos ensaios SPT; F2 = coeficiente de correção da resistência lateral. INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA DO TOCANTINS 8 Os valores de K e α foram retirados da tabela 1. Tabela 1 – Valores de K e α (Método Aoki-Velloso) O valor do Nspt foi retirado do laudo que foi transcrevido na tabela 2. H Nspt Tipo de solo K (kN/m²) Alfa Nspt(m) 1 2 11 Areia argilosa 600 0,03 11 2 3 5 Argila arenosa 350 0,024 5 3 4 3 Argila arenosa 350 0,024 3 4 5 3 Argila arenosa 350 0,024 3 5 6 3 Argila arenosa 350 0,024 3 6 7 5 Argila arenosa 350 0,024 5 7 8 10 Silte argiloso 230 0,034 10 8 9 8 Argila siltosa 220 0,04 8 9 10 14 Argila siltosa 220 0,04 14 10 11 14 Argila arenosa 350 0,024 14 11 12 13 Argila arenosa 350 0,024 13 12 13 16 Argila siltosa 220 0,04 16 13 14 16 Argila siltosa 220 0,04 16 14 15 22 Argila arenosa 350 0,024 22 15 16 20 Argila arenosa 350 0,024 20 20 Tabela 2 – Dados retirados do laudo de sondagem INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA DO TOCANTINS 9 Os valores de F1 e F2 foram retirados da tabela 3. Tipo de Estaca F1 F2 Franki – fuste apiloado 2,30 3,00 Franki – fuste vibrado 2,30 3,20 Metálica 1,80 3,50 Pré-moldada cravada 2,50 3,50 Pré-moldada prensada 1,20 2,30 Escavada pequeno diâmetro 3,00 6,00 Escavada grande diâmetro 3,50 7,00 Escavada com lama bentonítica 3,50 4,50 Raiz 2,20 2,40 Strauss 4,20 3,90 Hélice contínua 3,00 3,80 Tabela 3 – Valores de F1 e F2 2.3. Cálculo da Resistência na Ponta (Rp) A fórmula para encontrar a resistência na ponta é: Sendo: K = coeficiente de conversão da resistência de ponta do cone para NSPT (kN/m²); Nsptm= valor da resistência média à penetração dinâmica obtida nos ensaios SPT; F1 = coeficiente de correção da resistência lateral; Ap = área da ponta (m²). O valor de K foi retirado da mesma tabela 1 do cálculo da resistência lateral. O F1foi retirado da mesma tabela do F2, na tabela 3. O Nsptm é a média dos valores de Nspt no ponto e acima e abaixo dele, como na fórmula a seguir: INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA DO TOCANTINS 10 2.4. Resultados dos cálculos de resistência 2.4.1. Estacas com 25 cm de diâmetro Os pilares com solicitação de 300 kN foram o P21, P22, P23, P24, P25, P26, P27, P28, P29, P30, P31, P32, P33, P34, P35, P36, P37, P38, P39, P40 e P41. Majorando a solicitação por 2, encontramos um valor de solicitação de 600 kN. Para eles foi calculada a resistência para uma estaca de diâmetro de 25 cm. Foram encontrados para todos os intervalos os seguintes valores: AOKI-VELOSO 25cm Rl (kN) Rp (kN) Rtotal 64,80 147,26 212,06 13,74 39,05 117,59 8,25 23,43 110,21 8,25 23,43 118,46 8,25 23,43 126,71 13,74 39,05 156,07 25,59 51,32 193,93 23,04 39,27 204,92 40,32 68,72 274,69 38,48 109,33 353,79 35,74 101,52 381,71 46,08 78,54 404,81 46,08 78,54 450,88 60,48 171,81 604,63 54,98 156,19 643,98 Tabela 4 – Valores de resistência por Aoki-Velloso para d = 25 cm INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA DO TOCANTINS 11 O valor destacado é compatível com o solicitado. Sendo assim, ficou determinado como fundação para esses pilares um bloco de 1 estaca de diâmetro de 25 cm com 15 metros de profundidade. 2.4.2. Estacas com 50 cm de diâmetro As estacas que foram calculadas com diâmetro de 50 cm deverão ser compatíveis com valores de solicitações diferentes. Todas as cargas iniciais foram majoradas por 2. Foram encontrados para todos os intervalos os seguintes valores de resistência para o diâmetro de 50 cm: AOKI-VELOSO 50cm Rl (kN) Rp (kN) Rtotal 129,59 589,05 718,64 27,49 156,19 313,27 16,49 93,71 267,29 16,49 93,71 283,78 16,49 93,71 300,27 27,49 156,19 390,24 51,18 205,27 490,50 46,08 157,08 488,39 80,63 274,89 686,83 76,97 437,32 926,23 71,47 406,09 966,47 92,15 314,16 966,69 92,15 314,16 1058,85 120,95 687,22 1552,86 109,96 624,75 1600,34Tabela 5 – Valores de resistência por Aoki-Velloso para d = 50 cm . A tabela a seguir relaciona os pilares solicitados, as cargas solicitadas, as resistências compatíveis e o número de estacas por bloco. INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA DO TOCANTINS 12 Pilar Cargas Cargas Carga Marjorada Resistencia N° de estacas de Profundidade (t) (kN) (kN) compativel 50 da estaca de 50 P3 150 1500 3.000,00 3.105,73 2,00 15,00 P1 170 1700 3.400,00 4.658,59 3,00 15,00 P15 180 1800 3.600,00 4.658,59 3,00 15,00 P5 200 2000 4.000,00 4.658,59 3,00 15,00 P11 200 2000 4.000,00 4.658,59 3,00 15,00 P17 200 2000 4.000,00 4.658,59 3,00 15,00 P4 220 2200 4.400,00 4.658,59 3,00 15,00 P2 230 2300 4.600,00 4.658,59 3,00 15,00 P19 250 2500 5.000,00 6.211,45 4,00 15,00 P18 278 2780 5.560,00 6.211,45 4,00 15,00 P16 280 2800 5.600,00 6.211,45 4,00 15,00 P20 325 3250 6.500,00 7.764,32 5,00 15,00 P10 350 3500 7.000,00 7.764,32 5,00 15,00 P14 350 3500 7.000,00 7.764,32 5,00 15,00 P7 365 3650 7.300,00 7.764,32 5,00 15,00 P9 365 3650 7.300,00 7.764,32 5,00 15,00 P12 365 3650 7.300,00 7.764,32 5,00 15,00 P13 365 3650 7.300,00 7.764,32 5,00 15,00 P6 375 3750 7.500,00 7.764,32 5,00 15,00 P8 475 4750 9.500,00 9.602,06 6,00 16,00 Tabela 6 – Especificação das estacas de 50 cm (Aoki-Velloso) 2.5. Volume de concreto calculado O volume de concreto encontrado para o método de Aoki-Velloso está na tabela a seguir: Diâmetro Metros de estaca Volume de concreto m³ 50cm 1221 239,74 25cm 315 15,46 TOTAL 1536 255,21 Tabela 7 – Volume de concreto (m³) INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA DO TOCANTINS 13 3. CAPACIDADE DE CARGA PELO MÉTODO DÉCOURT & QUARESMA 3.1. Cálculo da Resistência Total (Rt) A resistência total também é calculada pela soma de todas as resistências laterais encontradas e a resistência de ponta. Será calculada a resistência lateral até a menor cota possível em que se possa encontrar também uma resistência de ponta que juntas consigam suportar a carga exercida pelo pilar. ∑ Sendo: Rl = Resistência lateral (kN); Rp = Resistência na ponta (kN). 3.2. Cálculo da Resistência Lateral (Rl) A fórmula para encontrar a resistência lateral é: ( ) Sendo: D = diâmetro da estaca (m); ∆l = distância entre as cotas (m); Nspt = valor da resistência à penetração dinâmica obtida nos ensaios SPT. O valor do Nspt foi retirado do laudo que foi transcrevido na tabela 2. INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA DO TOCANTINS 14 3.3. Cálculo da Resistência na Ponta (Rp) A fórmula para encontrar a resistência na ponta é: Sendo: C = Valores atribuídos à variável C empregada no método de Decourt e Quaresma (Schnaid, 2000) (kN/m²) Nspt = valor da resistência à penetração dinâmica obtida nos ensaios SPT; Ap = área da ponta (m²). O valor do Nspt foi retirado do laudo que foi transcrevido na tabela 2. O valor de C está tabelado a seguir: SOLO C (kN/m²) Argilas 120 Siltes Argilosos 200 Siltes Arenosos 250 Areias 400 Tabela 8 – Valores para C (kN/m²) 3.4. Resultados dos cálculos de resistência 3.4.1. Estacas com 25 cm de diâmetro Os pilares com solicitação de 300 kN foram o P21, P22, P23, P24, P25, P26, P27, P28, P29, P30, P31, P32, P33, P34, P35, P36, P37, P38, P39, P40 e P41. Majorando a solicitação por 2, encontramos um valor de solicitação de 600 kN. Para eles foi calculada a resistência para uma estaca de diâmetro de 25 cm. INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA DO TOCANTINS 15 Foram encontrados para todos os intervalos os seguintes valores: DECOURT-QUARESMA 25cm Rl Rp Rtotal 36,65 68,72 113,39 20,94 37,31 118,10 15,71 21,60 128,31 15,71 17,67 148,54 15,71 21,60 175,44 20,94 35,34 218,54 34,03 45,16 277,93 28,80 62,83 336,15 44,51 70,69 409,59 44,51 80,50 484,69 41,89 84,43 550,86 49,74 88,36 628,81 49,74 106,03 718,44 65,45 113,88 823,29 60,21 121,74 920,29 Tabela 9 – Valores de resistência por Decourt & Quaresma para d = 25 cm O valor destacado é compatível com o solicitado. Sendo assim, ficou determinado como fundação para esses pilares um bloco de 1 estaca de diâmetro de 25 cm com 13 metros de profundidade. 3.4.2. Estacas com 50 cm de diâmetro As estacas que foram calculadas com diâmetro de 50 cm deverão ser compatíveis com valores de solicitações diferentes. Todas as cargas iniciais foram majoradas por 2. Foram encontrados para todos os intervalos os seguintes valores de resistência para o diâmetro de 50 cm INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA DO TOCANTINS 16 DECOURT-QUARESMA 50cm Rl Rp Rtotal 73,30 274,89 343,61 41,89 149,23 299,63 31,42 86,39 293,35 31,42 70,69 327,12 31,42 86,39 387,59 41,89 141,37 497,16 68,07 180,64 632,64 57,60 251,33 452,39 89,01 282,74 939,34 89,01 322,01 1106,23 83,78 337,72 1245,25 99,48 353,43 1407,83 99,48 424,12 1617,13 130,90 455,53 1840,19 120,43 486,95 2047,53 Tabela 10 – Valores de resistência por Decourt & Quaresma para d = 50 cm . A tabela a seguir relaciona os pilares solicitados, as cargas solicitadas, as resistências compatíveis e o número de estacas por bloco. Pilar Cargas Cargas Carga Marjorada Resistencia N° de estacas de Profundidade (t) (kN) (kN) compatível 50 da estaca de 50 P3 150 1500 3.000,00 3.234,26 2 14 P1 170 1700 3.400,00 3.680,38 2 15 P15 180 1800 3.600,00 3.680,38 2 15 P5 200 2000 4.000,00 4.095,07 2 16 P11 200 2000 4.000,00 4.095,07 2 16 P17 200 2000 4.000,00 4.095,07 2 16 INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA DO TOCANTINS 17 P4 220 2200 4.400,00 4.851,40 3 14 P2 230 2300 4.600,00 4.851,40 3 14 P19 250 2500 5.000,00 5.520,56 3 15 P18 278 2780 5.560,00 6.142,60 3 16 P16 280 2800 5.600,00 6.142,60 3 16 P20 325 3250 6.500,00 7.360,75 4 15 P10 350 3500 7.000,00 7.360,75 4 15 P14 350 3500 7.000,00 7.360,75 4 15 P7 365 3650 7.300,00 7.360,75 4 15 P9 365 3650 7.300,00 7.360,75 4 15 P12 365 3650 7.300,00 7.360,75 4 15 P13 365 3650 7.300,00 7.360,75 4 15 P6 375 3750 7.500,00 8.190,13 4 16 P8 475 4750 9.500,00 10.237,67 5 16 Tabela 11 – Especificação das estacas de 50 cm (Decourt & Quaresma) 3.5. Volume de concreto calculado O volume de concreto encontrado para o método de Decourt & Quaresma está na tabela a seguir: Diâmetro Metros de estaca Volume de concreto m³ 50cm 973 191,05 25cm 273 13,40 TOTAL 1246 204,45 Tabela 12 – Volume de concreto (m³) 4. DIMENSIONAMENTO DOS BLOCOS SOBRE ESTACAS A NBR 6118 descreve que “Para cálculo e dimensionamento dos blocos, são aceitos modelos tridimensionais lineares ou não lineares e modelos biela-tirante tridimensionais.” E que na “região de contato entre o pilar e o bloco, os efeitos de fendilhamento devem ser considerados, permitindo-se INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA DO TOCANTINS 18 a adoção de um modelo de bielas e tirantes para a determinação das armaduras. No modelo de bielas e tirantes, a biela é a representação do concreto comprimido e o tirante das armaduras tracionadas. E sempre que houver forças horizontais significativas ou forte assimetria, o modelo deve contemplar a interação solo-estrutura.” O modelo de cálculo utilizado parao dimensionamento dos blocos sobre estacas é o “Método das Bielas” (Blévot, de 1967) e deve ser aplicados apenas nos blocos rígidos. 4.1. BLOCO SOBRE UMA ESTACA No caso de pilares com dimensões próximas à dimensão da estaca, o bloco atua como em um elemento de transferência de carga. São colocados estribos horizontais fechados para o esforço de fendilhamento e estribos verticais construtivos. 4.1.1. Largura e comprimento As dimensões de largura e comprimento do bloco sobre uma estaca obedecem a lógica da figura a seguir: Figura 1 – Largura e comprimento do bloco sobre uma estaca Para o cálculo de A e B, em cm, foi considerado que essas dimensões atendem a seguinte equação: INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA DO TOCANTINS 19 Sendo: D = diâmetro da estaca (cm); c = valor do cobrimento (cm). Considerando um cobrimento de 5 cm e o diâmetro de 25 cm, os valores encontrados para A e B foram os seguintes: Tabela 13 – Dimensionamento da largura e comprimento dos blocos sobre uma estaca Pilar b (cm) a (cm) Diâmetro da estaca Largura da estaca Comprimento da estaca (cm) (cm) (cm) P21 25 25 25 35 35 P22 25 25 25 35 35 P23 25 25 25 35 35 P24 25 25 25 35 35 P25 25 25 25 35 35 P26 25 25 25 35 35 P27 25 25 25 35 35 P28 25 25 25 35 35 P29 25 25 25 35 35 P30 25 25 25 35 35 P31 25 25 25 35 35 P32 25 25 25 35 35 P33 25 25 25 35 35 P34 25 25 25 35 35 P35 25 25 25 35 35 P36 25 25 25 35 35 P37 25 25 25 35 35 P38 25 25 25 35 35 P39 25 25 25 35 35 P40 25 25 25 35 35 P41 25 25 25 35 35 INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA DO TOCANTINS 20 4.1.2. Altura A dimensão da altura do bloco sobre uma estaca está representada na figura a seguir: Figura 2 - Altura do bloco sobre uma estaca Para o cálculo da altura, em cm, foi considerado que a dimensão atende a seguinte equação: Sendo: D = diâmetro da estaca (cm). Considerando uma distância de 5 cm e o diâmetro de 25 cm, os valores encontrados para A e B foram os seguintes: INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA DO TOCANTINS 21 Pilar b (cm) a (cm) Diâmetro da estaca Altura da estaca (cm) (cm) P21 25 25 25 35 P22 25 25 25 35 P23 25 25 25 35 P24 25 25 25 35 P25 25 25 25 35 P26 25 25 25 35 P27 25 25 25 35 P28 25 25 25 35 P29 25 25 25 35 P30 25 25 25 35 P31 25 25 25 35 P32 25 25 25 35 P33 25 25 25 35 P34 25 25 25 35 P35 25 25 25 35 P36 25 25 25 35 P37 25 25 25 35 P38 25 25 25 35 P39 25 25 25 35 P40 25 25 25 35 P41 25 25 25 35 Tabela 14 – Dimensionamento da altura dos blocos sobre uma estaca 4.1.3. Armadura horizontal e vertical Geralmente, por simplicidade, adotam-se para os estribos verticais, nas duas direções do bloco, áreas iguais à armadura principal As (estribos horizontais). Primeiro é necessário fazer o cálculo da tração horizontal (kN), é considerado o seguinte: INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA DO TOCANTINS 22 Sendo: Fd = resistência compatível da estaca (kN). A armadura é dada pela equação: Sendo: fyd = resistência de cálculo do aço (kN). O diâmetro das barras foi retirado das tabelas disponíveis e o número de barras foi considerado de forma que a área de aço fosse atendida. A tabela a seguir descreve os valores de armadura encontrados. Pilar Diâmetro da estaca Tração Horizontal Armadura Horizontal Armadura Vertical Diâmetro Número Área Efetiva (cm) (kN) (cm²) (cm²) das barras de barras (cm²) P21 25 157 0,31 0,31 5 mm 2 0,39 P22 25 157 0,31 0,31 5 mm 2 0,39 P23 25 157 0,31 0,31 5 mm 2 0,39 P24 25 157 0,31 0,31 5 mm 2 0,39 P25 25 157 0,31 0,31 5 mm 2 0,39 P26 25 157 0,31 0,31 5 mm 2 0,39 P27 25 157 0,31 0,31 5 mm 2 0,39 P28 25 157 0,31 0,31 5 mm 2 0,39 P29 25 157 0,31 0,31 5 mm 2 0,39 P30 25 157 0,31 0,31 5 mm 2 0,39 P31 25 157 0,31 0,31 5 mm 2 0,39 P32 25 157 0,31 0,31 5 mm 2 0,39 P33 25 157 0,31 0,31 5 mm 2 0,39 P34 25 157 0,31 0,31 5 mm 2 0,39 P35 25 157 0,31 0,31 5 mm 2 0,39 P36 25 157 0,31 0,31 5 mm 2 0,39 P37 25 157 0,31 0,31 5 mm 2 0,39 P38 25 157 0,31 0,31 5 mm 2 0,39 P39 25 157 0,31 0,31 5 mm 2 0,39 INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA DO TOCANTINS 23 P40 25 157 0,31 0,31 5 mm 2 0,39 P41 25 157 0,31 0,31 5 mm 2 0,39 Tabela 15 – Dimensionamento das armaduras dos blocos sobre uma estaca 4.2. BLOCO SOBRE DUAS ESTACAS 4.2.1. Largura e comprimento As dimensões de largura (B) e comprimento (A) do bloco sobre duas estacas obedecem a lógica das equações a seguir: Sendo: D = diâmetro da estaca (cm). Sendo: D = diâmetro da estaca (cm). Considerando 15 cm a distância entre a face da estaca e a face do bloco e o diâmetro de 50 cm, os valores encontrados para A e B> Tabela 16 – Dimensionamento da largura e comprimento dos blocos sobre uma estaca. Pilar b (cm) a (cm) Diâmetro da estaca Largura da estaca Comprimento da estaca (cm) (cm) (cm) P3 25 70 50 80 180 P1 25 60 50 80 180 P15 25 60 50 80 180 P5 30 60 50 80 180 P11 25 70 50 80 180 P17 25 80 50 80 180 INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA DO TOCANTINS 24 4.2.2. Altura Para chegar até a altura útil do bloco é preciso calcular o dmín e dmáx, as bielas comprimidas de concreto não apresentam risco de ruptura por punção, desde que 40° 55°, onde pode ser calculado por: Sendo: d = a diferença entre h e d’ (cm); e = distância estre as estacas (cm); ap = maior dimensão do pilar (cm). Substituindo pelos ângulos 40° e 55° tem-se o intervalo de variação para d: ( ) ( ) Segundo Machado (1985), deve-se ter 45° 55°, o que resulta: ( ) e ( ) A altura h, em cm, do bloco é: com { Foi escolhida uma altura útil de 50 cm e encontrado os valores para d que atendesse o intervalo anteriormente determinado. O α será encontrado de acordo com o d calculado. INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA DO TOCANTINS 25 Pilar b a Diâmetro da estaca dmín (cm) dmáx (cm) d’ (cm) h adotado (cm) d (cm) α (cm) P3 25 70 50 33 46 9 50 41 52⁰ P1 25 60 50 35 50 9 50 41 50⁰ P15 25 60 50 35 50 9 50 41 50⁰ P5 30 60 50 35 50 9 50 41 50⁰ P11 25 70 50 33 46 9 50 41 52⁰ P17 25 80 50 30 43 9 50 41 54⁰ Tabela 17 – Dimensionamento da altura dos blocos sobre duas estacas 4.2.3. Verificação das bielas Para haver a verificação das bielas deve-se primeiramente calcular a tensão limite, conforme a equação a seguir: Sendo: Kr é igual ou está entre 0,90 e 0,95; fcd = fck/yc, sendo fck o valor da classe do concreto e yc é igual a 1,4 (fator de minoração do concreto). Foi usado Kr igual a 0,95 e calculado fcd para a classe de concreto de 20 Mpa. Após o calculo da tensão limite, então, será calculada a tensão atuante junto às estacas e a tensão atuante junto aos pilares. Essas tensões serão calculadasconforme as equações a seguir: Sendo: Nd = carga do pilar na estaca (kN); Ae = área da estaca (cm²); INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA DO TOCANTINS 26 α = ângulo das bielas. Sendo: Nd = carga do pilar na estaca (kN); Ap = área do pilar (cm²); α = ângulo das bielas. Todas as tensões atuantes atenderam as tensões limites e estão dispostas na tabela a seguir: Pilar Tensão Limite Tensão na Estaca Tensão no Pilar (Kn/cm²) (kn/cm²) (kN/cm²) P3 1,9 1,2 1,1 P1 1,9 1,5 1,3 P15 1,9 1,6 1,4 P5 1,9 1,8 1,3 P11 1,9 1,7 1,4 P17 1,9 1,6 1,3 Tabela 18 – Valores de tensão limite, tensão atuante na estaca e no pilar 4.2.4. Armadura principal A armadura principal, em cm², disposta sobre o topo das estacas, é: Sendo: Nd = carga do pilar na estaca (kN); fyd = fyk/ys, sendo fyk o valor da classe do aço e ys é igual a 1,15 (fator de minoração do aço); INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA DO TOCANTINS 27 d = altura (cm); e = distância entre o eixo das estacas (cm); ap = maior dimensão do pilar (cm). Será considerado “e” igual a 2 vezes o diâmetro da estaca (50 cm) e fyk para classe de aço de 500 Mpa. O diâmetro das barras foi retirado das tabelas disponíveis e o número de barras foi considerado de forma que a área de aço fosse atendida. A tabela a seguir descreve os valores de armadura encontrados. Pilar Armadura Diâmetro Nº de Área Principal (cm²) da barra (mm) barras Efetiva (cm²) P3 31,3 20 10,0 31,42 P1 38,2 25 8,0 39,272 P15 40,5 20 13,0 40,846 P5 45,0 22 12,0 45,612 P11 41,8 22 11,0 41,811 P17 38,6 25 8,0 39,272 Tabela 19 - Dimensionamento das armaduras principais dos blocos sobre duas estacas 4.2.5. Armadura superior e de pele A NBR 6118 especifica o seguinte sobre armaduras laterais (de pele) e superiores: “Em blocos com duas ou mais estacas em uma única linha, é obrigatória a colocação de armaduras laterais e superiores. Em blocos de fundação de grandes volumes, é conveniente a análise da necessidade de armaduras complementares.” A armadura superior, em cm², pode ser tomada como uma pequena parcela da armadura principal: A tabela a seguir descreve os valores de armadura de pele encontrados: INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA DO TOCANTINS 28 Pilar Armadura Diâmetro Número de Área Superior (cm²) da barra (mm) barras Efetiva (cm²) P3 6,3 20 2 6,3 P1 7,9 10 10 7,9 P15 8,2 12,5 7 8,6 P5 9,1 20 3 9,4 P11 8,4 12,5 7 8,6 P17 7,9 10 10 7,9 Tabela 20 - Dimensionamento das armaduras superiores dos blocos sobre duas estacas Armadura de pele (lateral) e estribos verticais em cada face lateral são calculados conforme a equação: Sendo: B = largura do bloco (cm). Pilar Armadura Diâmetro Número de Área de pele e estribos verticais (cm²) da barra (mm) barras Efetiva (cm²) P3 6,0 10 1 6,15 P1 6,0 10 1 6,15 P15 6,0 10 1 6,15 P5 6,0 10 1 6,15 P11 6,0 10 1 6,15 P17 6,0 10 1 6,15 Tabela 21 - Dimensionamento das armaduras de pele dos blocos sobre duas estacas Os espaçamentos também foram calculados, tanto para as armaduras de pele quanto para os estribos verticais. Segundo as equações a seguir: INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA DO TOCANTINS 29 Espaçamento para armadura de pele { Espaçamento para estribos verticais sobre as estacas { Espaçamento para estribos verticais nas outras posições além das estacas Os valores de espaçamento encontrados e adotados serão para armadura de pele: Pilar Espaçamento Espaçamento Espaçamento Mínimo (cm) Máximo (cm) (cm) P3 8 20 10 P1 8 20 10 P15 8 20 10 P5 8 20 10 P11 8 20 10 P17 8 20 10 Tabela 22 – Espaçamento para armadura de pele Os valores de espaçamento encontrados e adotados serão para os estribos verticais sobre as estacas: Pilar Espaçamento Espaçamento Máximo (cm) (cm) P3 15 10 P1 15 10 INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA DO TOCANTINS 30 P15 15 10 P5 15 10 P11 15 10 P17 15 10 Tabela 23 – Espaçamento para os estribos verticais sobre as estacas Os valores de espaçamento encontrados e adotados serão para os estribos verticais nas outras posições além das estacas: Pilar Espaçamento Espaçamento Máximo (cm) (cm) P3 20 10 P1 20 10 P15 20 10 P5 20 10 P11 20 10 P17 20 10 Tabela 24 – Espaçamento para os estribos verticais nas outras posições além das estacas 4.2.6. Comprimento de ancoragem e do gancho O comprimento de ancoragem básico (lb), em cm, é determinado pela tabela disponível no material do Prof. Dr. Paulo Sérgio dos Santos Bastos. O comprimento de ancoragem mínimo é dado por: { O comprimento de ancoragem necessário (lb,nec), em cm, é dado pela equação, usando o valor de igual a 0,7: O comprimento de ancoragem efetivo (lb,ef), em cm, é igual a: INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA DO TOCANTINS 31 Por último, calcula-se o comprimento de gancho por: Considerando todas as equações, encontramos os seguintes valores para o comprimento de ancoragem e de gancho para as estacas: Pilar Lb Básico Lb Mínimo Lb Necessário Lb Efetivo Gancho (cm) (cm) (cm) (cm) (cm) P3 87 26 61 77 1,6 P1 109 33 74 77 2,0 P15 87 26 60 77 1,6 P5 98 29 68 77 1,8 P11 98 29 69 77 1,8 P17 109 33 75 77 2,0 Tabela 25 – Comprimento de ancoragem e de gancho para as estacas 4.3. BLOCO SOBRE TRÊS ESTACAS 4.3.1. Largura e comprimento Para o bloco sobre três estacas, as dimensões podem ser adotadas conforme a sugestão de Campos, apresentadas na figura a seguir: INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA DO TOCANTINS 32 Figura 3 - Dimensões indicadas para o bloco sobre três estacas Considerando o diâmetro de 50 cm, os valores encontrados foram os seguintes: Pilar b (cm) a (cm) Diâmetro Largura Comprimento (cm) (cm) (cm) P4 25 70 50 199,98 166,60 P2 25 60 50 199,98 166,60 P19 25 80 50 199,98 166,60 P18 25 80 50 199,98 166,60 P16 25 80 50 199,98 166,60 Tabela 26 – Dimensionamento da largura e comprimento dos blocos sobre três estacas 4.3.2. Altura útil Para chegar até a altura útil do bloco é preciso calcular o dmín e dmáx, as bielas comprimidas de concreto não apresentam risco de ruptura por punção, desde que 40° 55°, onde pode ser calculado por: INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA DO TOCANTINS 33 Sendo: d = a diferença entre h e d’ (cm); e = distância estre as estacas (cm); ap = maior dimensão do pilar (cm). Segundo Machado (1985), deve-se ter 45° 55°, o que resulta: ( ) e ( ) A altura h, em cm, do bloco é: com { Foi escolhida uma altura útil de 50 cm e encontrado os valores para d que atendesseo intervalo anteriormente determinado. O α será encontrado de acordo com o d calculado. Pilar b (cm) a (cm) Diâmetro d mín d máx d' h adotado d α (cm) (cm) (cm) (cm) (cm) (cm) P4 25 70 50 38 54 9 50 41 48⁰ P2 25 60 50 41 58 9 50 41 46⁰ P19 25 80 50 35 50 9 50 41 51⁰ P18 25 80 50 35 50 9 50 41 51⁰ P16 25 80 50 35 50 9 50 41 51⁰ Tabela 27 – Dimensionamento da altura dos blocos sobre três estacas INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA DO TOCANTINS 34 4.3.3. Verificação das bielas Para haver a verificação das bielas deve-se primeiramente calcular a tensão limite, conforme a equação a seguir: Sendo: Kr é igual ou está entre 0,90 e 0,95; fcd = fck/yc, sendo fck o valor da classe do concreto e yc é igual a 1,4 (fator de minoração do concreto). Foi usado Kr igual a 0,95 e calculado fcd para a classe de concreto de 20 Mpa. Após o calculo da tensão limite, então, será calculada a tensão atuante junto às estacas e a tensão atuante junto aos pilares. Essas tensões serão calculadas conforme as equações a seguir: Sendo: Nd = carga do pilar na estaca (kN); Ae = área da estaca (cm²); α = ângulo das bielas. Sendo: Nd = carga do pilar na estaca (kN); Ap = área do pilar (cm²); α = ângulo das bielas. INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA DO TOCANTINS 35 Todas as tensões atuantes atenderam as tensões limites e estão dispostas na tabela a seguir: Pilar Tensão Limite Tensão na Estaca Tensão no Pilar (Kn/cm²) (kn/cm²) (kN/cm²) P4 2,4 1,3 1,4 P2 2,4 1,5 1,6 P19 2,4 1,4 1,5 P18 2,4 1,6 1,7 P16 2,4 1,6 1,7 Tabela 28 – Valores de tensão limite, tensão atuante na estaca e no pilar 4.3.4. Armadura de lado A armadura, em cm², para resistir à força R’s , que é paralela aos lados do bloco, é: √ √ Sendo: Nd = carga do pilar na estaca (kN); fyd = fyk/ys, sendo fyk o valor da classe do aço e ys é igual a 1,15 (fator de minoração do aço); d = altura (cm); e = distância entre o eixo das estacas (cm); ap = maior dimensão do pilar (cm). Será considerado “e” igual a 2 vezes o diâmetro da estaca (50 cm) e fyk para classe de aço de 500 Mpa. O diâmetro das barras foi retirado das tabelas disponíveis e o número de barras foi considerado de forma que a área de aço fosse atendida. A tabela a seguir descreve os valores de armadura encontrados. INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA DO TOCANTINS 36 Pilar Armadura Diâmetro Nº de Área De lado (cm²) da barra (mm) barras Efetiva (cm²) P4 17,4 20 6 18,4 P2 38,2 16 10 19,7 P19 40,5 20 6 18,1 P18 45,0 32 3 20,2 P16 41,8 32 3 20,3 Tabela 29 - Dimensionamento das armaduras de lado dos blocos sobre três estacas 4.3.5. Armadura em malha A armadura em malha, de barras finas em duas direções, em cm², será: A tabela a seguir descreve os valores de armadura em malha em cada direção encontrados: Pilar Armadura em malha (cm²) P4 3,8 P2 4,0 P19 3,8 P18 4,8 P16 4,8 Tabela 30 - Dimensionamento das armaduras em malha dos blocos sobre três estacas De modo geral, independentemente da quantidade de armadura de distribuição e da distância entre as estacas, costuma-se prescrever uma armadura de suspensão, em cm², com valor de: INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA DO TOCANTINS 37 Portanto, a armadura de suspensão por face do bloco é: Como os ganchos verticais das barras da malha inferior podem também ser a armadura de suspensão, deve-se ter: De acordo com as considerações, as áreas em malhas serão: Pilar Armadura Armadura Armadura De supensão total (cm²) De supensão por face (cm²) Em malha (cm²) Diâmetro da barra (mm) Nº de barras Área Efetiva (cm²) P3 22,5 7,5 7,5 22 2 7,6 P1 23,5 7,8 7,8 16 4 8,0 P15 25,5 8,5 8,5 20 3 9,4 P5 28,4 9,5 9,5 25 2 9,8 P11 28,6 9,5 9,5 25 2 9,8 Tabela 31 - Dimensionamento das armaduras em malha dos blocos sobre três estacas Armadura superior negativa, em malha, em cm², será: Sendo: As,tot = 3.As,lado Para cada direção da malha, em cm², será igual a metade de . Os valores da armadura superior negativa estão na tabela a seguir: INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA DO TOCANTINS 38 Pilar As,sup,tot As,sup,tot/2 Diâmetro Nº de Área (cm²) (cm²) da barra (mm) barras Efetiva P4 10,4 5,2 10 7 5,5 P2 11,8 5,9 16 3 6,0 P19 10,9 5,4 10 mm 7 5,5 P18 12,1 6,1 12,5 mm 5 6,1 P16 12,2 6,1 12,5 mm 5 6,1 Tabela 32 - Dimensionamento das armaduras superior negativa dos blocos sobre três estacas Os espaçamentos, em cm, também foram calculados para as armaduras superiores negativas segundo as equações a seguir, utilizando o cobrimento de 4 cm: Espaçamento horizontal Sendo: B = largura da estaca (cm); c = cobrimento (cm); N = número de barras. Espaçamento vertical Os valores de espaçamento encontrados e adotados serão para armadura superior negativa: Pilar Espaçamento Espaçamento p/ horizontais (cm) p/ verticais (cm) P4 32 18 P2 96 54 INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA DO TOCANTINS 39 P19 32 18 P18 48 27 P16 48 27 Tabela 33 – Espaçamento para armadura superior negativa dos blocos sobre três estacas 4.3.6. Armadura de pele por face O cálculo de armadura de pele por face atende a seguinte equação: As armaduras calculadas estão na seguinte tabela: Pilar Asp,face Diâmetro Nº de Área (cm²) da barra (mm) barras Efetiva (cm²) P4 7,1 12,5 6 7,4 P2 7,5 22 2 7,6 P19 7,1 12,5 6 7,4 P18 9,0 20 3 9,4 P16 9,0 20 3 9,4 Tabela 34 – Dimensionamento das armaduras de pele por face dos blocos sobre três estacas Para o cálculo do espaçamento para armadura de pele, adota-se que: { Os valores de espaçamento encontrados e adotados serão para os estribos verticais nas outras posições além das estacas: INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA DO TOCANTINS 40 Pilar Espaçamento Espaçamento Espaçamento Mínimo (cm) Máximo (cm) (cm) P4 8 20 10 P2 8 20 10 P19 8 20 10 P18 8 20 10 P16 8 20 10 Tabela 35 – Espaçamento das armaduras de pele por face dos blocos sobre três estacas 4.3.7. Comprimento de ancoragem e do gancho O comprimento de ancoragem básico (lb), em cm, é determinado pela tabela disponível no material do Prof. Dr. Paulo Sérgio dos Santos Bastos. O comprimento de ancoragem mínimo é dado por: { O comprimento de ancoragem necessário (lb,nec), em cm, é dado pela equação, usando o valor de igual a 0,7: O comprimento de ancoragem efetivo (lb,ef), em cm, é igual a: Por último, calcula-se o comprimento de gancho por: Considerando todas as equações, encontramos os seguintesvalores para o comprimento de ancoragem e de gancho para as estacas: INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA DO TOCANTINS 41 Pilar Lb Básico Lb Mínimo Lb Necessário Lb Efetivo Gancho (cm) (cm) (cm) (cm) (cm) P4 87 26,1 56 71 1,6 P2 70 21 48 71 1,3 P19 87 26,1 59 71 1,6 P18 140 42 82 86 2,6 P16 140 42 83 86 2,6 Tabela 36 – Comprimento de ancoragem e de gancho para as estacas dos blocos sobre três estacas 4.4. BLOCO SOBRE QUATRO ESTACAS 4.4.1. Largura e comprimento Para o cálculo de A (comprimento) e B (largura), em cm, foi considerado que essas dimensões atendem a seguinte equação: Sendo: D = diâmetro da estaca (cm); c = valor do cobrimento (cm). Considerando o diâmetro de 50 cm, os valores encontrados foram os seguintes: Pilar b a Diâmetro Largura Comprimento (cm) (cm) (cm) (cm) (cm) P20 25 80 50 180 180 P10 30 60 50 180 180 P14 25 90 50 180 180 P7 25 90 50 180 180 P9 25 90 50 180 180 P12 25 90 50 180 180 P13 25 90 50 180 180 P6 25 90 50 180 180 Tabela 37 – Dimensionamento da largura e comprimento dos blocos sobre quatro estacas INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA DO TOCANTINS 42 4.4.2. Altura Para chegar até a altura útil do bloco é preciso calcular o dmín e dmáx, as bielas comprimidas de concreto não apresentam risco de ruptura por punção, desde que 40° 55°, onde pode ser calculado por: Sendo: d = a diferença entre h e d’ (cm); e = distância estre as estacas (cm); ap = maior dimensão do pilar (cm). Segundo Machado (1985), deve-se ter 45° 55°, o que resulta: ( ) e ( ) A altura h, em cm, do bloco é: com { Foi escolhida uma altura útil de 50 cm e encontrado os valores para d que atendesse o intervalo anteriormente determinado. O α será encontrado de acordo com o d calculado. Pilar b a Diâmetro d mín d máx d' h adotado d α (cm) (cm) (cm) (cm) (cm) (cm) (cm) (cm) P20 25 80 50 43 60 9 60 51 50⁰ P10 30 60 50 50 70 9 60 51 46⁰ P14 25 90 50 39 55 9 60 51 53⁰ INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA DO TOCANTINS 43 P7 25 90 50 39 55 9 60 51 53⁰ P9 25 90 50 39 55 9 60 51 53⁰ P12 25 90 50 39 55 9 60 51 53⁰ P13 25 90 50 39 55 9 60 51 53⁰ P6 25 90 50 39 55 9 60 51 53⁰ Tabela 38 – Dimensionamento da altura dos blocos sobre quatro estacas 4.4.3. Verificação das bielas Para haver a verificação das bielas deve-se primeiramente calcular a tensão limite, conforme a equação a seguir: Sendo: Kr é igual ou está entre 0,90 e 0,95; fcd = fck/yc, sendo fck o valor da classe do concreto e yc é igual a 1,4 (fator de minoração do concreto). Foi usado Kr igual a 0,95 e calculado fcd para a classe de concreto de 20 Mpa. Após o calculo da tensão limite, então, será calculada a tensão atuante junto às estacas e a tensão atuante junto aos pilares. Essas tensões serão calculadas conforme as equações a seguir: Sendo: Nd = carga do pilar na estaca (kN); Ae = área da estaca (cm²); α = ângulo das bielas. INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA DO TOCANTINS 44 Sendo: Nd = carga do pilar na estaca (kN); Ap = área do pilar (cm²); α = ângulo das bielas. Todas as tensões atuantes atenderam as tensões limites e estão dispostas na tabela a seguir: Pilar Tensão Limite Tensão na Estaca Tensão no Pilar (Kn/cm²) (kn/cm²) (kN/cm²) P20 2,85 1,40 1,92 P10 2,85 1,73 2,01 P14 2,85 1,41 1,97 P7 2,85 1,47 2,06 P9 2,85 1,47 2,06 P12 2,85 1,47 2,06 P13 2,85 1,47 2,06 P6 2,85 1,51 2,11 Tabela 39 – Valores de tensão limite, tensão atuante na estaca e no pilar para bloco sobre quatro estacas 4.4.4. Armadura de lado A armadura, em cm², para resistir à força R’s , que é paralela aos lados do bloco, é: Sendo: Nd = carga do pilar na estaca (kN); fyd = fyk/ys, sendo fyk o valor da classe do aço e ys é igual a 1,15 (fator de minoração do aço); d = altura (cm); e = distância entre o eixo das estacas (cm); ap = maior dimensão do pilar (cm). INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA DO TOCANTINS 45 Será considerado “e” igual a 2 vezes o diâmetro da estaca (50 cm) e fyk para classe de aço de 500 Mpa. O diâmetro das barras foi retirado das tabelas disponíveis e o número de barras foi considerado de forma que a área de aço fosse atendida. A tabela a seguir descreve os valores de armadura encontrados. Pilar As,lado Diâmetro Nº de Área (cm²) da barra (mm) barras Efetiva P20 21,9 20 7 22,0 P10 27,5 20 9 28,3 P14 21,6 20 7 22,0 P7 22,6 22 6 22,8 P9 22,6 22 6 22,8 P12 22,6 22 6 22,8 P13 22,6 22 6 22,8 P6 23,2 32 3 24,1 Tabela 40 - Dimensionamento das armaduras de lado dos blocos sobre quatro estacas 4.4.5. Armadura em malha A armadura em malha, de barras finas em duas direções, em cm², será: A tabela a seguir descreve os valores de armadura em malha em cada direção encontrados: Pilar As, malha (cm²) P20 5,5 P10 7,1 P14 5,5 P7 5,7 P9 5,7 INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA DO TOCANTINS 46 P12 5,7 P13 5,7 P6 6,0 Tabela 41 - Dimensionamento das armaduras em malha dos blocos sobre quatro estacas De modo geral, independentemente da quantidade de armadura de distribuição e da distância entre as estacas, costuma-se prescrever uma armadura de suspensão, em cm², com valor de: Portanto, a armadura de suspensão por face do bloco é: Como os ganchos verticais das barras da malha inferior podem também ser a armadura de suspensão, deve-se ter: De acordo com as considerações, as áreas em malhas serão: Pilar Armadura Armadura Armadura De supensão total (cm²) De supensão por face (cm²) Em malha (cm²) Diâmetro da barra (mm) Nº de barras Área Efetiva (cm²) P20 24,9 6,2 6,2 20 mm 2 6,3 P10 26,8 6,7 7,1 12,5 mm 6 7,4 P14 26,8 6,7 6,7 10 mm 9 7,1 P7 28,0 7,0 7,0 10 mm 9 7,1 P9 28,0 7,0 7,0 10 mm 9 7,1 P12 28,0 7,0 7,0 10 mm 9 7,1 P13 28,0 7,0 7,0 10 mm 9 7,1 P6 28,7 7,2 7,2 12,5 mm 6 7,4 Tabela 42 - Dimensionamento das armaduras em malha dos blocos sobre quatro estacas INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA DO TOCANTINS 47 Armadura superior negativa, em malha, em cm², será: Sendo: As,tot = 4.As,lado Para cada direção da malha, em cm², será igual a metade de . Os valores da armadura superior negativa estão na tabela a seguir: Pilar As,sup,tot As,sup,tot/2 Diâmetro Nº de Área (cm²) (cm²) da barra barras Efetiva P20 17,5 8,8 20 mm 3 9,4 P10 22,0 11,01 22 mm 3 11,4 P14 17,3 8,7 20 mm 3 9,4 P7 18,0 9,0 20 mm 3 9,4 P9 18,0 9,0 20 mm 3 9,4 P12 18,0 9,0 20 mm 3 9,4 P13 18,0 9,0 20 mm 3 9,4 P6 18,5 9,3 20 mm 3 9,4 Tabela 43 - Dimensionamento das armaduras superior negativa dos blocos sobre quatro estacas Os espaçamentos, em cm, também foram calculados para as armaduras superiores negativas segundoas equações a seguir, utilizando o cobrimento de 3 cm: Espaçamento horizontal e vertical Sendo: B = largura da estaca (cm); c = cobrimento (cm); N = número de barras. INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA DO TOCANTINS 48 Os valores de espaçamento encontrados e adotados serão para armadura superior negativa: Pilar Espaçamento Espaçamento p/ horizontais (cm) p/ verticais (cm) P20 162 162 P10 162 162 P14 162 162 P7 162 162 P9 162 162 P12 162 162 P13 162 162 P6 162 162 Tabela 44 – Espaçamento para armadura superior negativa dos blocos sobre quatro estacas 4.4.6. Armadura de pele por face O cálculo de armadura de pele por face atende a seguinte equação: As armaduras calculadas estão na seguinte tabela: Pilar Asp,face Diâmetro Nº de Área (cm²) da barra (mm) barras Efetiva (cm²) P20 11,0 22 3 11,4 P10 14,1 25 3 14,7 P14 11,0 22 3 11,4 P7 11,4 22 3 11,4 P9 11,4 22 3 11,4 P12 11,4 22 3 11,4 P13 11,4 22 3 11,4 P6 12,1 20 4 12,6 Tabela 45 – Dimensionamento das armaduras de pele por face dos blocos sobre quatro estacas INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA DO TOCANTINS 49 Para o cálculo do espaçamento para armadura de pele, adota-se que: { Os valores de espaçamento encontrados e adotados serão para os estribos verticais nas outras posições além das estacas: Pilar Espaçamento Espaçamento Espaçamento Mínimo Máximo (cm) P20 8 20 10 P10 8 20 10 P14 8 20 10 P7 8 20 10 P9 8 20 10 P12 8 20 10 P13 8 20 10 P6 8 20 10 Tabela 46 – Espaçamento das armaduras de pele por face dos blocos sobre quatro estacas 4.4.7. Comprimento de ancoragem e do gancho O comprimento de ancoragem básico (lb), em cm, é determinado pela tabela disponível no material do Prof. Dr. Paulo Sérgio dos Santos Bastos. O comprimento de ancoragem mínimo é dado por: { O comprimento de ancoragem necessário (lb,nec), em cm, é dado pela equação, usando o valor de igual a 0,7: O comprimento de ancoragem efetivo (lb,ef), em cm, é igual a: INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA DO TOCANTINS 50 Por último, calcula-se o comprimento de gancho por: Considerando todas as equações, encontramos os seguintes valores para o comprimento de ancoragem e de gancho para as estacas: Pilar Lb Básico Lb Mínimo Lb Necessário Lb Efetivo Gancho (cm) (cm) (cm) (cm) (cm) P20 87 26,1 60,68159 62,0 1,6 P10 87 26,1 59,29854 62,0 1,6 P14 87 26,1 59,90363 62,0 1,6 P7 98 29,4 67,86406 72,0 1,8 P9 98 29,4 67,86406 72,0 1,8 P12 98 29,4 67,86406 72,0 1,8 P13 98 29,4 67,86406 72,0 1,8 P6 140 42 94,15513 97,0 2,6 Tabela 47 – Comprimento de ancoragem e de gancho para as estacas dos blocos sobre quatro estacas 4.5. BLOCO SOBRE CINCO ESTACAS 4.5.1. Largura e comprimento As dimensões de largura e comprimento do bloco sobre cinco estacas com uma estaca no centro obedecem a lógica da figura a seguir: INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA DO TOCANTINS 51 Figura 4 – Bloco sobre cinco estacas com uma estaca no centro Para o cálculo de A (comprimento) e B (largura), em cm, foi considerado que essas dimensões atendem a seguinte equação: √ Sendo: D = diâmetro da estaca (cm); c = valor do cobrimento (cm). Considerando o diâmetro de 50 cm, os valores encontrados foram os seguintes: Pilar b (cm) a (cm) Diâmetro Largura Comprimento (cm) (cm) (cm) P8 25 90 50 221 221 Tabela 48 – Dimensionamento da largura e comprimento dos blocos sobre cinco estacas 4.5.2. Altura útil Para chegar até a altura útil do bloco é preciso calcular o dmín e dmáx, as bielas comprimidas de concreto não apresentam risco de ruptura por punção, desde que 40° 55°, onde pode ser calculado por: Sendo: d = a diferença entre h e d’ (cm); e = distância estre as estacas (cm); INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA DO TOCANTINS 52 ap = maior dimensão do pilar (cm). Segundo Machado (1985), deve-se ter 45° 55°, o que resulta: ( ) e ( ) A altura h, em cm, do bloco é: com { Foi escolhida uma altura útil de 50 cm e encontrado os valores para d que atendesse o intervalo anteriormente determinado. O α será encontrado de acordo com o d calculado. Pilar b a d mín d máx d' h adotado d α (cm) (cm) (cm) (cm) (cm) P8 25 90 39 55 9 50 41 47⁰ Tabela 49 – Dimensionamento da altura dos blocos sobre cinco estacas 4.5.3. Verificação das bielas Para haver a verificação das bielas deve-se primeiramente calcular a tensão limite para estaca, conforme a equação a seguir: Sendo: Kr é igual ou está entre 0,90 e 0,95; fcd = fck/yc, sendo fck o valor da classe do concreto e yc é igual a 1,4 (fator de minoração do concreto). Deve-se também calcular a tensão limite para o pilar, conforme a equação a seguir: INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA DO TOCANTINS 53 Foi usado Kr igual a 0,95 e calculado fcd para a classe de concreto de 20 Mpa. Após o calculo da tensão limite, então, será calculada a tensão atuante junto às estacas e a tensão atuante junto aos pilares. Essas tensões serão calculadas conforme as equações a seguir: Sendo: Nd = carga do pilar na estaca (kN); Ae = área da estaca (cm²); α = ângulo das bielas. Sendo: Nd = carga do pilar na estaca (kN); Ap = área do pilar (cm²); α = ângulo das bielas. Todas as tensões atuantes atenderam as tensões limites e estão dispostas na tabela a seguir: Pilar Tensão Limite Tensão Limite Tensão na Estaca Tensão no Pilar Estaca (kN/cm²) Pilar (kN/cm²) (kN/cm²) (kN/cm²) P8 2,85 3,53 1,83 2,23 Tabela 50 – Valores de tensão limite, tensão atuante na estaca e no pilar para bloco sobre cinco estacas INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA DO TOCANTINS 54 4.5.4. Armadura de lado A armadura, em cm², para resistir à força R’s , que é paralela aos lados do bloco, será calculada para as estacas que não estão sobre o pilar como: Sendo: Nd = carga do pilar na estaca (kN); fyd = fyk/ys, sendo fyk o valor da classe do aço e ys é igual a 1,15 (fator de minoração do aço); d = altura (cm); e = distância entre o eixo das estacas (cm); ap = maior dimensão do pilar (cm). Será considerado “e” igual a 2 vezes o diâmetro da estaca (50 cm) e fyk para classe de aço de 500 Mpa. O diâmetro das barras foi retirado das tabelas disponíveis e o número de barras foi considerado de forma que a área de aço fosse atendida. A tabela a seguir descreve os valores de armadura encontrados. Pilar As,lado Diâmetro Nº de Área (cm²) da barra (mm) barras Efetiva P8 7,3 22 2 7,6 Tabela 51 - Dimensionamento das armaduras de lado dos blocos sobre cinco estacas 4.5.5. Armaduraem malha A armadura em malha, de barras finas em duas direções, em cm², será: INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA DO TOCANTINS 55 A tabela a seguir descreve os valores de armadura em malha em cada direção encontrados: Pilar As, malha (cm²) P8 1,9 Tabela 52 - Dimensionamento das armaduras em malha dos blocos sobre cinco estacas De modo geral, independentemente da quantidade de armadura de distribuição e da distância entre as estacas, costuma-se prescrever uma armadura de suspensão, em cm², com valor de: Portanto, a armadura de suspensão por face do bloco é: Como os ganchos verticais das barras da malha inferior podem também ser a armadura de suspensão, deve-se ter: De acordo com as considerações, as áreas em malhas serão: Pilar Armadura Armadura Armadura De supensão total (cm²) De supensão por face (cm²) Em malha (cm²) Diâmetro da barra (mm) Nº de barras Área Efetiva (cm²) P8 29,1 7,3 7,3 22 2 7,6 Tabela 53 - Dimensionamento das armaduras em malha dos blocos sobre cinco estacas INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA DO TOCANTINS 56 Armadura superior negativa, em malha, em cm², será: Sendo: As,tot = 4.As,lado Para cada direção da malha, em cm², será igual a metade de . Os valores da armadura superior negativa estão na tabela a seguir: Pilar As,sup,tot As,sup,tot/2 Diâmetro Nº de Área (cm²) (cm²) da barra (mm) barras Efetiva (cm²) P8 5,8 2,9 10 mm 4 3,1 Tabela 54 - Dimensionamento das armaduras superior negativa dos blocos sobre cinco estacas Os espaçamentos, em cm, também foram calculados para as armaduras superiores negativas segundo as equações a seguir, utilizando o cobrimento de 3 cm: Espaçamento horizontal e vertical Sendo: B = largura da estaca (cm); c = cobrimento (cm); N = número de barras. Os valores de espaçamento encontrados e adotados serão para armadura superior negativa: INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA DO TOCANTINS 57 Pilar Espaçamento Espaçamento p/ horizontais (cm) p/ verticais (cm) P8 61 61 Tabela 55 – Espaçamento para armadura superior negativa dos blocos sobre cinco estacas 4.5.6. Armadura de pele por face O cálculo de armadura de pele por face atende a seguinte equação: As armaduras calculadas estão na seguinte tabela: Pilar Asp,face Diâmetro Nº de Área (cm²) da barra (mm) barras Efetiva (cm²) P8 3,8 22 3 11,4 Tabela 56 – Dimensionamento das armaduras de pele por face dos blocos sobre cinco estacas Para o cálculo do espaçamento para armadura de pele, adota-se que: { Os valores de espaçamento encontrados e adotados serão para os estribos verticais nas outras posições além das estacas: Pilar Espaçamento Espaçamento Espaçamento Mínimo Máximo (cm) P8 8 20 10 Tabela 57 – Espaçamento das armaduras de pele por face dos blocos sobre cinco estacas INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA DO TOCANTINS 58 4.5.7. Comprimento de ancoragem e do gancho O comprimento de ancoragem básico (lb), em cm, é determinado pela tabela disponível no material do Prof. Dr. Paulo Sérgio dos Santos Bastos. O comprimento de ancoragem mínimo é dado por: { O comprimento de ancoragem necessário (lb,nec), em cm, é dado pela equação, usando o valor de igual a 0,7: O comprimento de ancoragem efetivo (lb,ef), em cm, é igual a: Por último, calcula-se o comprimento de gancho por: Considerando todas as equações, encontramos os seguintes valores para o comprimento de ancoragem e de gancho para as estacas: Pilar Lb Básico Lb Mínimo Lb Necessário Lb Efetivo Gancho (cm) (cm) (cm) (cm) (cm) P8 98 29,4 66 67 1,8 Tabela 58 – Comprimento de ancoragem e de gancho para as estacas dos blocos sobre cinco estacas 4.5.8. Armadura para a estaca do centro Geralmente, por simplicidade, adotam-se para os estribos verticais, nas duas direções do bloco, áreas iguais à armadura principal INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA DO TOCANTINS 59 As (estribos horizontais). Primeiro é necessário fazer o cálculo da tração horizontal (kN), é considerado o seguinte: Sendo: Fd = resistência compatível da estaca (kN). A armadura é dada pela equação: Sendo: fyd = resistência de cálculo do aço (kN). O diâmetro das barras foi retirado das tabelas disponíveis e o número de barras foi considerado de forma que a área de aço fosse atendida. A tabela a seguir descreve os valores de armadura encontrados. Pilar Diâmetro da estaca Tração Horizontal Armadura Horizontal Armadura Vertical Diâmetro Número Área Efetiva (cm) (kN) (cm²) (cm²) das barras (mm) de barras (cm²) P8 50 2559,4 5,12 5,12 22 14 5,32 Tabela 59 – Dimensionamento das armaduras dos blocos sobre cinco estacas INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA DO TOCANTINS 60 BIBLIOGRAFIA ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS (2014). NBR 6118: Projeto de Estruturas de Concreto – Procedimento. Rio de Janeiro, 256p. ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS (1996). NBR 6122: Projeto e Execução de Fundações. Rio de Janeiro, 33p. BASTOS, P. S. S. (2017). Blocos de Fundação. Universidade Estadual Paulista, 79p.
Compartilhar