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Aula 03- A escola dos Annales, A história dos vencidos de Walter Benjamin e suas relações com a história do direito

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GOVERNO DO ESTADO DE MATO GROSSO
SECRETARIA DE ESTADO DE CIÊNCIA E TECNOLOGIA
UNIVERSIDADE DO ESTADO DE MATO GROSSO
CAMPUS UNIVERSITÁRIO DE ALTA FLORESTA
CURSO DE DIREITO
História do Direito
Prof.ª Alumara Dins Teixeira.
Alta Floresta- MT
2019
1
A Escola dos Annales:
2
3
	Quando há um grupo de historiadores ou, mesmo, duas ou três gerações de historiadores que trabalham em torno de uma instituição específica, escrevendo sobre temas afins e com um tipo de abordagem que esteja em sintonia, dá-se a esse grupo o nome de “escola histórica” ou “escola de historiografia”.
A Escola dos Annales
4
	O nome, “Escola dos Annales”, ficou conhecido porque tal grupo se organizou em torno do periódico francês Annales d'histoire économique et sociale (Anais de história econômica e social), no qual eram publicados seus principais trabalhos. 
A Escola dos Annales
5
A Escola dos Annales
	No início do século XX, questionava-se muito sobre uma historiografia baseada em instituições e nas elites, a qual dava muita relevância a fatos e datas, de uma forma positivista, sem aprofundar grandes análises de estrutura e conjuntura.
6
A Escola dos Annales
	Essa corrente entendia que ao historiador bastava expor as fontes escritas, sem necessidade de interrogar os documentos, de interpretá-los nas entrelinhas e de confrontá-los com outras fontes, como vestígios materiais arqueológicos etc.
7
A Escola dos Annales
	A Escola dos Annales renovou e ampliou o quadro das pesquisas históricas ao abrir o campo da História para o estudo de atividades humanas até então pouco investigadas.
	 Reuniam-se para produzir uma análise que rejeitava a ênfase predominante em política, diplomacia e guerras, característica de muitos historiadores dos séculos XIX e XX. 
A Escola dos Annales
	A Escola do Annales, também conhecida como Escola dos Franceses ou Movimento dos Annales, têm como característica típica do movimento a posição de repudiar qualquer modelo filosófico prévio que pudesse engessar a liberdade de abordagens na busca da “história Total”.
8
	A proposta dos Annales era a de uma análise histórica menos descritiva e mais social, que encontraria as causas dos acontecimentos nas esferas coletivas e não apenas individual da sociedade.
9
A Escola dos Annales
10
A Escola dos Annales
	Sendo assim, a primeira corrente a incorporar elementos interdisciplinares no processo de construção e reconstrução dos elementos históricos, abandonando a mera narrativa dos fatos.
A Escola dos Annales
Como surgiu o movimento?
	Os professores das academias cientificas intentaram realizar uma Revolução na Historiografia como reação a atenção única dada aos documentos escritos e aos decretos, cartas de autoridades, dentre outros, por parte da história tradicional.
11
A Escola dos Annales
	Eles propõem um aproveitamento das fontes não escritas e dos documento involuntários (como séries estatísticas, vestígios arqueológicos, etc).
	São por excelência, partidários de uma história que pretende “compreender” e “problematizar”. 
12
	Assim, iniciou-se o processo de problematização do objeto da história, fornecendo-lhe características de objeto social, econômico, político, artístico, dentre outros.
13
A Escola dos Annales
Interdisciplinaridade
A Escola dos Annales
	Ou seja, o movimento buscou adotar o estudo histórico da complexidade escondida por trás das grandes sínteses narrativas da historiografia tradicional.
14
A Escola dos Annales
	Neste ambiente, destacam-se dois historiadores Lucien Febvre e Marc Bloch, que juntos fundam a revista que simboliza o movimento e, o primeiro número da revista começa a circular em janeiro de 1929. 
15
A Escola dos Annales
Primeira Geração dos Annales
	Os líderes da primeira geração do movimento dos Annales (1929) foram Marc Bloch e Lucien Febvre.
	Marc Bloch tornou-se conhecido por sua obra Os Reis Taumaturgos que aborda a idade média.
16
A Escola dos Annales
Primeira Geração dos Annales
	Os Reis Taumaturgos têm por tema a crença medieval de que os reis possuíam o poder de curar doentes pelo simples toque.
	Abordando transversalmente a política ao associar a ideia de divino ao monarca, neste trabalho a política não é tratada pelos discursos, documentos ou ações oficiais, mas pela crença social em um rei quase divino.
17
A Escola dos Annales
Primeira Geração dos Annales
	Os trabalhos de Bloch incorporaram ao estudo do comportamento social na história a psicologia, a antropologia e a sociologia, algo pouco comum na época da publicação de seus trabalhos. 
18
A Escola dos Annales
Primeira Geração dos Annales
	Ao lado de Bloch, Lucien febvre é o outro grande mestre da primeira fase do movimento.
	Febrve, ao discutir sobre a Religiosidade de Rabelais (sua obra mais famosa), impõem a dúvida sobre a homogeneidade do pensamento dos franceses do século XVI.
19
A Escola dos Annales
Primeira Geração dos Annales
	Contribuindo, assim como Bloch, para uma abertura da história de sua época aos estudos antropológicos, psicológicos e, principalmente, ao estudo da história a partir de problemas e não exclusivamente como disciplina que busca reconstruir o passado, mas dar respostas aos problemas existentes no passado. 
20
A Escola dos Annales
Primeira Geração dos Annales
	Como discípulos de Febvre destaca-se Fernand Braudel.
	Braudel acabou se tornando o principal nome dos Annales e inaugurador de uma segunda geração do movimento.
21
A Escola dos Annales
Segunda Geração dos Annales
	Fernand Braudel é o herdeiro dos Annales e o grande nome da segunda geração. 
	Em 1956 torna-se o diretor efetivo da revista dos Annales.
22
A Escola dos Annales
Segunda Geração dos Annales
	Em O mediterrâneo e o mundo mediterrâneo na época de Filipe II (sua obra mais famosa), retrata um mundo de estruturas das quais os homens são prisioneiros.
23
24
A Escola dos Annales
Segunda Geração dos Annales
	A segunda geração, em especial Braudel, estabelece a existência de três dimensões temporais que influenciarão no método de estudo histórico.
	
Segunda Geração dos Annales
	A primeira dimensão é a geografia, onde se analisa a relação do homem com o ambiente. 
	Busca-se uma explicação para características de uma coletividade ou a justificativa para determinadas mudanças sociais.
25
A Escola dos Annales
26
A Escola dos Annales
Segunda Geração dos Annales
	A segunda dimensão é a social, que analisa questões sociais na economia, politica e ciência, visando compreender como estas áreas influenciam nas relações sociais, gerando assim, o conceito de “história mutante, das estruturas econômicas, politicas e sociais”. 
	
27
Segunda Geração dos Annales
	A terceira dimensão é a individual, que prioriza o individuo demonstrando que este, também, manifesta a estrutura á qual está subjugado. 
A Escola dos Annales
A Escola dos Annales
Segunda Geração dos Annales
	Assim, para Braudel, toda iniciativa individual está enraizada em uma realidade mais complexa, em uma realidade “entrelaçada”, como diz a sociologia.
	 Como afirma Braudel, “a história é filha do seu tempo”.
28
29
A Escola dos Annales
Segunda Geração dos Annales
	Essa perspectiva fez com que esses autores compreendessem todos os fenômenos sociais, dentre eles o jurídico, como resultado desse estruturalismo multidimensional. 
A Escola dos Annales
Segunda Geração dos Annales
	No final da década de 1960 e inicio da década de 1970, as novas gerações formadas pelo Annales não apresentavam nenhuma liderança intelectual clara (Braduel havia deixado a direção da revista e se afastado das atividades desta).
30
A Escola dos Annales
Terceira Geração dos Annales
	A partir da década de 1970, o movimento passa a se caracterizar por uma grande diversidade temática, metodológica e ideológica, quebrando a relação de continuidade que havia entre as épocas de Febvre e bloch e a de Braudel.
31
A Escola dos Annales
Terceira Geração dos Annales
	O desenvolvimentodesta nova perspectiva culminará com o lançamento de uma nova denominação para o movimento a então chamada “Nova História”.
	Segundo Peter Burke, está geração tem um itinerário intelectual que vai do “porão ao sótão”.
32
Terceira Geração dos Annales
	Essa geração ampliou os temas de pesquisa, para a antropologia, valorizando o conjunto ideológico de uma determinada sociedade em um determinado tempo. 
	O objetivo era reconhecer as estruturas que existem por “trás da história”.
33
A Escola dos Annales
A Escola dos Annales
 As Principais abordagens do Annales:
Uma das marcas principais do movimento dos Annales foi o abando das formas tradicionais de “contar” a história. 
	É o que comumente é conhecido como a passagem da “história narrada” para a “história problema”.
34
A Escola dos Annales
 As Principais abordagens do Annales:
	Assim, o historiador, para Bloch e Febvre não pode se contentar em escrever sob o ditado dos documentos, deve questiona-los, inseri-los em uma problemática.
	O recorte histórico aparece perante os problemas, postos em evidencia e dos quais se busca a solução.
35
A Escola dos Annales
 As Principais abordagens do Annales:
	A afirmação de uma história-problema é o elemento essencial do paradigma dos Annales desde 1929.
36
A Escola dos Annales
 As Principais abordagens do Annales:
A história passa a ser vista com dinâmica. Devendo estar de olho no presente, pois o ontem e o hoje estão indissoluvelmente ligados.
37
A Escola dos Annales
 As Principais abordagens do Annales:
A história passa a fazer uso de variadas fontes (desde dos diários de adolescentes até vestígios arqueológicos).
	Além disso, um dos instrumentos mais usados nos anos 50 e 60 foi a história quantitativa ou serial, que dá ensejo a linhas de pesquisa como a demográfica.
38
A Escola dos Annales
 As Principais abordagens do Annales:
Para os integrantes do movimento de Annales a história não é essencialmente política como se acreditava anteriormente.
	Para o movimento de Annales TUDO É HISTÓRIA (imaginário social, a mente humana, a morte, dentre outros).
39
A Escola dos Annales
Annales e o Direito:
	A partir do movimento dos Annales é possível se estudar a história do direito ligada a história dos diversos contextos (cultura, tradições, estruturas sociais, convicções religiosas, dentre outros) com os quais (e nas quais) o direito se aplica.
40
DETERMINANTES SOCIOECONÔMICOS DA DELINQUÊNCIA JUVENIL NA GRANDE VITÓRIA – ES
Autoria: Renata Co e Gomes, Cristiano Machado Costa.
Resumo
	O objetivo desta pesquisa é inferir como as características individuais e da família afetam a incidência de delinquência juvenil nas escolas. Os sujeitos pesquisados são os 11.658 alunos regularmente matriculados, em 2011, no primeiro ano do ensino médio das escolas públicas estaduais localizadas na Grande Vitória-ES. Os resultados corroboram as evidências da literatura de que as características individuais, o histórico de reprovação escolar, a vulnerabilidade à pressão dos pares e históricos de delinquência no núcleo familiar elevam a propensão do comportamento delinquente juvenil no ambiente escolar.
41
A História dos Vencidos de Walter Benjamin e suas Relações com a História do Direito: 
42
Walter Benjamin 
Walter Benjamin ( 1892-1940):
	Nasceu em Berlim, foi um filósofo, socialista e critico alemão.
	Benjamin não concebe a revolução como o resultado “natural” ou “inevitável” do progresso econômico e técnico, mas como a interrupção de uma evolução histórica que conduz à catástrofe.
43
Walter Benjamin 
Walter Benjamin ( 1892-1940):
	É porque percebe esse perigo catastrófico que Benjamin invoca o pessimismo em seu artigo de 1929, um pessimismo revolucionário.
	Sua preocupação é as ameaças que o progresso técnico e econômico promovido pelo capitalismo faz pesar sobre a humanidade.
44
Walter Benjamin 
Walter Benjamin ( 1892-1940):
	Essa visão crítica permite a Benjamin perceber, intuitivamente, as catástrofes que esperavam a Europa.
	Evidentemente, mesmo ele, o mais pessimista de todos, não podia prever as destruições que iriam infligir às cidades e populações civis europeias.
45
Walter Benjamin 
Walter Benjamin ( 1892-1940):
	No período de crise derivado pelo avanço do Nazismo por exemplo, a fabrica que empregava milhares de trabalhadores na Alemanha, foi a mesma que produziu o gás Ziklon B utilizado para “racionalizar” o genocídio nos campos de concentração.
46
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Gás Ziklon B
Walter Benjamin 
Walter Benjamin 
Walter Benjamin ( 1892-1940):
	
	Entretanto, grande parte desta mão-de-obra empregada nas fabricas para a produção do gás letal, vieram a compor posteriormente os campos de concentração, como prisioneiros.	
48
Walter Benjamin 
Walter Benjamin ( 1892-1940):
	A exigência fundamental de Benjamin é escrever a história a contrapelo, ou seja, do ponto de vista dos vencidos.
	É evidente que a palavra “vencedor” não faz referência a batalhas ou guerras habituais, mas à “guerra de classes”, na qual um dos campos, a classe dirigente, “não cessou de vencer”.
49
Walter Benjamin 
Walter Benjamin ( 1892-1940):
	Walter Benjamin posiciona-se desta forma pois, compreende que a história é vista como uma sucessão gloriosa de altos fatos políticos e militares. Fazendo o elogio dos dirigentes e prestando-lhes homenagem, confere-lhes o estatuto de “herdeiros” da história passada.
50
51
Walter Benjamin 
Walter Benjamin ( 1892-1940):
	Analisa que, ao fazer isto, esta forma de construção da história contribui para a perpetuação das desigualdades sociais e para o aprofundamento do abismo entre Homens das diferentes classes sociais. 
Walter Benjamin 
Walter Benjamin ( 1892-1940):
	Em outros termos, salienta como essas pessoas que levantam a coroa de louros acima da cabeça do vencedor de um “cortejo triunfal em que os senhores de hoje caminham por sobre o corpo dos vencidos”.
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Walter Benjamin 
Walter Benjamin ( 1892-1940):
	Rejeitando o culto moderno da Deusa Progresso, Benjamin coloca no centro de sua filosofia da história o conceito de catástrofe.
	Em uma das notas preparatórias às Teses de 1940, observa: “A catástrofe é o progresso, o progresso é a catástrofe. A catástrofe é o contínuo da história” .
53
Walter Benjamin 
Walter Benjamin ( 1892-1940):
	Em uma palavra, Benjamin critica a crença confortável em um progresso automático, contínuo, infinito, fundado na acumulação quantitativa, no desenvolvimento das forças produtivas e no crescimento da dominação sobre a natureza.
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Walter Benjamin 
Walter Benjamin ( 1892-1940):
	O valor singular da filosofia benjaminiana da história e sua capacidade de compreender um século caracterizado pela imbricação estreita entre a modernidade e a barbárie ( exemplos são Auschwitz e Hiroshima).
55
Walter Benjamin 
Walter Benjamin ( 1892-1940):
	A assimilação de progresso e catástrofe tem, antes de mais nada, uma significação histórica: do ponto de vista dos vencidos, o passado não é senão uma série interminável de derrotas catastróficas.
56
Walter Benjamin 
Walter Benjamin ( 1892-1940):
	 Sabe-se que a história tradicional - ou a história dos vencedores nas palavras de Benjamim, é a história que se encontra em nossos livros. 
	Ela é capaz de ditar o passado como verdadeiro, através de seus argumentos políticos e chegando até a ditar como históricos alguns fatos míticos. 
57
Walter Benjamin 
Walter Benjamin ( 1892-1940):
	Para Benjamin, o método histórico estabelece uma inequívoca empatia com o vencedor, pois para ele “os que num dado momento dominam são os herdeiros de todos os que venceram antes” e a empatia com o vencedor beneficia sempre estes dominadores.
58
Walter Benjamin 
Walter Benjamin ( 1892-1940):
	Nota-se deste modo porque para Benjamin não há um monumento de cultura que também não seja um monumento de barbárie.
	Para ele a cultura está impregnada desta lógica de exclusão, deste legado dos dominadores,desta imposição histórica violenta e a ruptura com este legado é uma imposição revolucionária.
59
História e Direito:
	Com o estudo da história dos vencidos de Walter Benjamin é possível observar suas consequências para o direito, sendo estas: 
Necessidade de contestação/discussão do passado jurídico existentes nos manuais jurídicos, nos quais, o passado do direito é colocado como uma cena tida como única e una ignorando a existência de conflitos ideológicos e sociais.
60
Walter Benjamin 
Direito atual visto como um resultado natural/ harmônico. – Legitimador da atualidade.
61
Walter Benjamin 
História e Direito:
	
Em segundo lugar, deve-se desconfiar de qualquer explicação histórica do direito que apresente o passado jurídico como uma tranquila soma de tradições.
62
Walter Benjamin 
História e Direito:
A história do direito não é somente a história das leis, há um nível não legislativo em que o direito regula as situações concretas e se transforma em “vida”. 
	Ex. sentenças, atividades dos advogados, dentre outros.
	Ademais, existe uma distancia sensível entre o direito legislado e o direito praticado.
63
Walter Benjamin 
História e Direito:
Estar atento às infindáveis formas regulativas que fazem parte do passado jurídico, onde a lei se impôs como meio privilegiado.
	Evitando assim, a falsa ideia da legislação como única via histórica possível. 
64
Atividades
Realizar em casa, manuscrito, á caneta, em dupla.
Vale 1,00 (um) ponto na nota da prova (primeira avaliação).
Atividades
Quais as principais transformações trazidas pelo movimento dos Annales no entendimento da história? Qual a relação dessas transformações com o estudo do direito?
Estabeleça a relação existente entre a história dos vencidos de Walter Benjamin com o artigo Estampa chita: cesura e memória no descontínuo da história dos vencedores da autora Emanuela Francisca Ferreira Silva.
65
Referencias:
História do Direito – José Fabio Rodrigues Maciel.
História do Direito- Vicente Bagnoli.
Introdução Teórica à História do Direito- Ricardo Marcelo Fonseca.
66
Obrigada!
67

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