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1 VISITE A BASTTER.COM E APRENDA MUITO MAIS SOBRE OPÇÕES ÁREA DE OPÇÕES DA BASTTER.COM 2 SUMARIO CAPÍTULO I PARA QUE SERVEM AS OPÇÕES 3 CAPÍTULO II O QUE SÃO E COMO FUNCIONAM AS OPÇÕES 9 CAPÍTULO III ENTENDENDO O TEMPO E A DISTÂNCIA 27 CAPÍTULO IV O VALOR DE EXPECTATIVA DAS OPÇÕES (VE) 45 CAPÍTULO V É FÁCIL COMPREENDER A VOLATILIDADE 59 CAPÍTULO VI OPÇÕES NO BRASIL 67 CAPÍTULO VII COMECE PELA VENDA COBERTA 74 CAPÍTULO VIII AS RARAS OPORTUNIDADES DE COMPRA 110 CAPÍTULO IX OPERANDO COM O TEMPO A FAVOR 120 CAPÍTULO X PLANEJAMENTO 140 3 CAPÍTULO I PARA QUE SERVEM AS OPÇÕES O que Fazer na Bolsa de Valores? Antes de entrar nas opções propriamente ditas, vamos dissertar sobre o pequeno investidor na bolsa de valores. E porque isso? Porque há uma relação das opções com as ações, já que operamos na bolsa de valores notadamente opções de ações que são as que serão tratadas neste livro. A bolsa de valores tem uma grande utilidade para o pequeno investidor, que é possibilitar a poupança e acúmulo de capital através da compra de ações de boas empresas como sócio. Não vamos abordar aqui a compra de ações e como montar uma carteira de ações, que é tema outros livros meus, mas apenas falar de ações quando da sua relação com as opções. Não importa o instrumento utilizado, o que é fundamental é perceber que a riqueza vem do acumulo de capital proveniente do trabalho e de se beneficiar dos juros sobre este dinheiro e não do giro. Tratamos de algumas formas de operações mais avançadas com opções, mas mesmo quem for por este caminho deve saber que o objetivo é ter lucro nestas operações, para com o lucro comprar investimentos como ações de empresas boas, FIIs, tesouro direto, imóveis, etc., para ir construindo seu capital. No caso das ações, ter uma carteira de boas empresas, realizar compras mensais e reaplicar dividendos são iniciativas que podem fazer com que se acumule um capital expressivo ao longo dos anos. A bolsa de valores serve então ao pequeno investidor como um local para se tornar sócio de boas empresas e receber parte dos lucros destas empresas (dividendos), reaplicar este lucro e ir aumentando seu capital, capital este que produzirá renda para que ele possa se aposentar e/ou viver em paz sem pressão financeira. 4 Eu sou Obrigado a Operar Opções? Não, ninguém precisa operar opções para vencer na bolsa. O pequeno investidor pessoa física pode acumular ações de boas empresas, reaplicar dividendos, fazer compras mensais e no longo prazo acumular um belo capital sem nunca operar opções. Muitos passaram pelo mercado e tiveram bons resultados sem nunca saber o que são opções. Entretanto, as opções podem ser um fator adicional interessante para o crescimento da sua carteira de ações. Vantagens de Operar Opções O caminho do pequeno investidor na bolsa é acumular ações de boas empresas. Mas este caminho não é tão simples quanto parece. Primeiro é necessário perseverar, o início muitas vezes não é fácil. Os juros compostos demoram alguns anos para agir substancialmente e a bolsa cai. Sim, a bolsa cai e as vezes cai muito e por períodos longos e o pequeno investidor inexperiente, vendo seu capital diminuir, fica inseguro e guiado por movimentos de pânico, acaba por vender suas ações na baixa, no fundo, após queda do mercado, o maior erro que um sócio de boas empresas pode cometer. Um investidor que remunera sua carteira com opções, pode conseguir, se operar pequeno, com risco controlado, comprar mais ações durante a queda com o ganho nas vendas de opções e com isso suportar melhor a pressão psicológica dos períodos de queda. Mas tome muito cuidado aqui, não é para defender queda com opções e a ambição de ganhar grandes somas pode levar a enormes prejuízos nos fortes repiques que ocorrem nestes períodos. Muito cuidado se a volatilidade do mercado estiver explosiva. Não deixa de ser uma vantagem a possibilidade de comprar mais ações com as vendas de opções sobre a carteira de ação, mas isso, diferentemente do que muitos pensam, não é garantido, como nada é na bolsa. De qualquer forma, quando bem feito, sem grandes ambições, e com o intuito de alimentar sua carteira de ações, é uma 5 vantagem enorme e pode potencializar substancialmente os juros compostos da sua carteira de ações. Além disso, as opções são bem fáceis de operar. Quem estuda e trabalha direito, sem ilusões de riqueza fácil, quem se preocupa em se desenvolver como operador tem nas opções um forte aliado para se tornar um operador melhor. Não é complicado montar planos completos para operações com opções que incluem inclusive o máximo que se pode perder na operação se tudo der errado (risco máximo) e isso permite que se treine e se desenvolva como um bom operador de bolsa, o que é necessário para vencer mesmo que seja apenas comprando ações e reaplicando dividendos. Uma boa forma de aprendizado é ir ao nosso Grupo de Opções e simular operações. O pessoal comenta e você vai aprendendo. Quando falamos em venda de opções estamos quase sempre falando em Venda de VE ou Valor Extrínseco (vai ser explicado mais a frente em detalhes). Opções não são ativos direcionais e não servem para trades direcionais. Veremos isso mais a frente também. O que Fazer com as Opções? Há diversos tipos de estratégias, métodos e operações a serem feitas com opções e alguns serão explicados e exemplificados em detalhes nos capítulos seguintes. Basicamente podemos classificar em três grupos: 1) Compra e Venda ‘a Seco’ de Opções Consiste da compra ou venda de opções “a seco” isto é, uma opção isolada para tentar ter lucro com a alta ou a queda de valor da opção. A compra de opção a seco pode ser usada em raras circunstâncias que vamos detalhar mais a frente no livro. A venda “a seco” de opções tem risco ilimitado e não deve ser utilizada a não ser com um seguro (trava) que determina o risco máximo da operação. O trade direcional com opções, tentando obter lucro seguindo a variação da ação não faz o menor sentido, pois opções não são ativos puramente direcionais, como ações e futuros. Veremos isso em detalhes mais a frente. 6 Esta é a modalidade mais comum e por onde a maioria dos iniciantes normalmente começa, infelizmente. É também a mais destruidora. É bem difícil que especialmente amadores tenham sucesso nestas modalidades no longo prazo. E na venda descoberta de opções além de não obter sucesso há o risco de quebrar pois lida com risco ilimitado. 2) Venda Coberta São operações em que se vende opções de compra sobre a carteira de ações. O objetivo é remunerar a carteira de ações com esta venda e com o possível lucro da venda comprar mais ações. É uma operação bem simples com risco limitado que veremos em detalhes nos capítulos seguintes. Há duas variações que veremos também que é a Venda Coberta com seguro (VSEG), que diminui o risco da operação obviamente incluindo um custo e a Venda Coberta sem a ação (VCSA) que é semelhante a VSEG mas sem possuir a ação. Vamos ver tudo em detalhes mais a frente Há outra modalidade de venda coberta que é a chamada operação de taxa. Nesta modalidade, a intenção não é remunerar uma carteira de ações e comprar mais ações, mas apenas remunerar capital, obtendo uma renda sobre o investimento feito, utilizando a ação e as opções para tanto. Esta modalidade deve ser usada apenas pelos que tem mais capital eexperiência. 3) Travas São operações combinadas com opções em que normalmente se compra uma opção e se vende outra (Travas simples) ou se monta operações mais complexas utilizando mais de duas opções diferentes (Travas complexas como Operações Alvo ou Operações de Volatilidade). Nesta modalidade, diferente das operações a seco, mais de uma opção é envolvida, mas o risco é limitado desde que a soma de opções compradas menos vendidas seja zero ou positiva. São operações mais avançadas que requerem um conhecimento e 7 experiência maior com opções e devem ser utilizadas somente quando se tiver mais experiência com opções. O que vemos, na prática, infelizmente é que muitos iniciantes desiludidos com a compra e venda a seco encontram nas travas a solução para suas esperanças irreais de enriquecimento fácil usando as opções. Será apenas mais uma desilusão. Apesar de serem operações muitas vezes interessantes e poderem produzir bons resultados, não são nenhuma mágica. Acima de tudo não são operações direcionais, para tentar ganhar a alta ou a queda da ação, são novamente, Vendas de VE. Mas Afinal, Para que Servem as Opções? Para o pequeno investidor, a grande utilidade das opções é comprar mais ações ou outros investimentos. O objetivo do pequeno investidor na bolsa deve ser montar uma carteira de ações de empresas boas. Como se pode alimentar esta carteira? Basicamente com compras periódicas com parte da poupança do dinheiro proveniente do seu trabalho, e com a reaplicação dos proventos (dividendos, etc.). As opções poderiam ser utilizadas para acelerar este processo, potencializando os juros compostos de sua carteira de ações. No longo prazo, se bem feito, isso iria fazer com que uma carteira de ações bem maior fosse produzida e a tranqüilidade financeira fosse alcançada em menos tempo. Na teoria é fácil, mas na prática a maioria se enrola, tem grandes prejuízos pelo caminho e termina diminuindo a carteira ao invés de aumentar. Não foi a toa que escrevi Opere Pequeno 138 vezes no meu primeiro livro de opções. É importante que o pequeno investidor que for operar opções não perca o foco que é montar uma carteira de ações de boas empresas com parte de sua poupança de longo prazo, para ir aumentando seu capital e um dia poder ter uma tranqüilidade financeira que lhe permita ter uma vida melhor. É muito comum as opções tomarem todo o tempo do pequeno investidor e passarem a ser o seu grande objetivo no mercado e, pior, às vezes até na vida. 8 As opções têm uma capacidade incrível de tomar conta da vida do operador e ele ficar totalmente viciado e se preocupando somente com elas. Isso acontece quando se esquece do objetivo principal que é acumular patrimônio e se é envolvido pela fantasia do lucro fácil e rápido. Mantendo o foco no interesse principal, que é a carteira de ações, não importa o tipo de operação que se esteja fazendo, as opções podem ser utilizadas com risco controlado, sem tirar a harmonia da vida do operador, e com um grande potencial de ser um coadjuvante do seu investimento em ações e do seu acumulo de capital de longo prazo. Veremos durante o livro como fazer isso. 9 CAPÍTULO II O QUE SÃO E COMO FUNCIONAM AS OPÇÕES O que são Opções? Opções são direitos que são negociados no mercado. Vamos a um exemplo simples: Paulo gosta muito do carro de João e quer comprá-lo. Estamos em Janeiro e Paulo só irá receber dinheiro suficiente para comprar o carro de João em março, dois meses depois. Mas João fala para Paulo: “se aparecer um comprador, eu vou ter de vender”. Paulo quer muito o carro. Por outro lado, ele não tem dinheiro para comprar agora. Pensando no assunto, surge uma ideia: Paulo faz a seguinte proposta para João: - Você quer vender seu carro por 20 mil reais. Proponho o seguinte: Pago 500 reais pelo direito de comprar seu carro por 20 mil reais até o dia 31 de março deste ano. Se até esta data eu não comprar seu carro, você pode vender para quem quiser, está livre da obrigação. Mas até o dia 31 de março você esta preso ao contrato que te obriga a me vender o carro por 20 mil reais, para tanto vou te pagar os 500 reais. João aceita a proposta e agora vamos destrinchar isso: 1. O Ativo a ser negociado é o Carro do João 2. Preço do carro no mercado neste momento é de 20 mil reais 3. Preço do “direito” (também chamado de prêmio, pois é o prêmio que João irá receber para se colocar na obrigação de vender o carro) que Paulo está comprando de João, é de 500 reais 4. Data em que o direito expira = 31 de março Mas o que quer dizer esta salada? 10 Paulo comprou por 500 reais uma opção de compra do carro de João, de preço de exercício de 20 mil reais, com data de exercício (vencimento) em 31 de março. Paulo pagou 500 reais pelo DIREITO de comprar o carro de João a 20 mil reais até o dia 31 de março. João vendeu o direito, se colocando na obrigação de vender o carro para Paulo por 20 mil reais até o dia 31 de março. Para se colocar nesta obrigação, ele recebeu 500 reais. Não importa o que aconteça, estes 500 reais são dele, porque os 500 reais ele recebeu pela venda do direito e não pela venda do carro. Mas qual é a razão por trás disso tudo? Paulo deseja o carro e acha que o preço do carro em 20 mil reais é um bom negócio então para ele pode ser vantajoso gastar 500 reais para garantir a compra a este preço até a data em que ele vai ter o dinheiro para comprar o carro. João vai vender o carro de qualquer forma, mas se ele não tiver pressa de vender, recebendo 500 reais, ele garantiu mais 2,5% na venda do carro, sendo que se Paulo desistir da compra, após o dia 31 de março ele não tem mais obrigação de vender o carro para Paulo e os 500 reais ficam para ele. Agora vamos transformar isso em opcionês ou a linguagem das opções: As opções têm as seguintes características 1. Ativo subjacente – ativo do qual deriva a opção 2. Preço de exercício – preço pelo qual o ativo adjacente será negociado se a opção for exercida 3. Data de vencimento – data a partir da qual a opção deixa de valer e existir se não for exercida Então vamos lá: O ativo subjacente é o Carro do João. A opção de compra que Paulo comprou de João por 500 reais significa o direito de comprar o carro de João a 20 mil reais até o dia 31 de março. 11 O preço de exercício é de 20 mil reais, ou seja, se Paulo exercer o seu direito, ele irá comprar o carro de João por 20 mil reais . Exercer uma opção significa exercer o direito inerente na opção, que é o direito de comprar o ativo subjacente ao preço de exercício antes da data de vencimento.* *Nota: Isso no caso de opções de compra que são as que trataremos neste livro. Uma opção de compra é sempre o direito de comprar um ativo a um preço pré-determinado. A opção de venda seria o direito de vender o ativo. Quando um investidor compra uma opção de venda ele passa a ter o direito de vender o ativo subjacente ao preço pré- determinado e o vendedor da opção de venda se coloca na obrigação de comprar o ativo ao preço pré-determinado se o comprador exercer seu direito. A opção de compra é o direito de comprar e a opção de venda é o direito de vender. Não confundam vender uma opção de compra com uma opção de venda. Como considero que o iniciante em opções deve firmar bem os conceitos de opções de compra e adquirir experiência com elas antes de se aventurar nas opções de venda, sempre que estivermos nos referindo a opções, a não ser que seja dito o contrário, estaremos falando de opções de compra. A data de vencimento é 31 de março. Após esta data a opção deixa de existir e junto com elao direito . Se o comprador ou proprietário da opção (do direito) não exercê-lo até esta data, o direito (opção) deixará de existir e o vendedor não está mais obrigado a vender o ativo subjacente para o comprador ao preço pré-determinado. Junto com a opção (ou direito), sua obrigação morre. O que pode acontecer? A negociação foi feita. Paulo pagou a João 500 reais pelo direito (opção de compra) de comprar o carro de João por 20 mil reais até no máximo o dia 31 de março. E agora o que pode acontecer? Hipótese 1: Paulo exerce seu direito, paga 20 mil reais a João pelo carro, antes do dia 31 de março. João entrega o carro a 12 Paulo, recebe 20 mil reais e os 500 reais da venda do direito que ele já tinha recebido antes são seus também. Hipótese 2: O carro cai de preço no mercado e Paulo vê carros semelhantes ao de João sendo vendidos a 15 mil reais. Ele resolve então abrir mão de seu direito de comprar o carro de João por 20 mil reais e compra outro igual no mercado por 15 mil reais. A despeito de ter perdido os 500 reais da compra do direito, ele perdeu menos do que se tivesse comprado o carro a 20 mil reais. João, após o prazo do fim do direito, pode vender o carro, só que por menos do que antes, ou vender o direito novamente a outra pessoa. Só que agora o direito de comprar o carro a 20 mil reais não vale mais 500 reais, pois, tendo o carro perdido valor, é menos interessante possuir o direito de comprá-lo a 20 mil reais. João pode vender o mesmo direito por um prêmio menor ou vender o direito de comprar o carro a 15 mil reais por aproximadamente os mesmos 500 reais. Hipótese 3:O carro sobe de preço no mercado, passa a valer muito mais que 20 mil reais e por consequência o direito de comprá-lo a 20 mil reais passa a valer mais. Vendo isso, Paulo ao invés de exercer seu direito de comprar o carro a 20 mil reais, vende o direito (opção de compra) para outra pessoa por 1000 reais, embolsando um lucro de 500 reais. A partir do momento que ele vende a opção de compra ele não tem mais o direito, mas João continua tendo a obrigação, ainda que agora para outra pessoa. Hipótese 4:João, vendo o carro subir de preço no mercado e sabendo que vai ter de vendê-lo por apenas 20 mil reais se Paulo exercer seu direito, vai ao mercado e compra de Manuel o direito de comprar um carro semelhante ao seu no mesmo preço de exercício (20 mil reais) para o mesmo vencimento (31 de março). Tendo o carro (ativo subjacente) subido de preço, o direito (opção de compra) sobe também de preço e seu prêmio fica mais caro. Assim para comprar outro direito semelhante ao que vendeu, João terá prejuízo, mas ele pode achar melhor assumir prejuízo na negociação da opção, do que vender o carro a um preço bem menor do que do mercado. Se ele estava vendido no direito (opção de compra) e compra um 13 direito semelhante, passa a estar zerado, livre de obrigações e sem direitos. Obviamente, Paulo ainda terá o seu direito de comprar um carro igual ao de João por 20 mil reais, mas a obrigação de vender o carro agora será de Manuel. Como João tem a obrigação de vender um carro e o direito de comprar um carro, uma anula a outra e ele passa a não ter mais nem obrigação nem direito, o que no mercado se chama estar zerado. Na vida real, na Bolsa de Valores estes direitos e obrigações vão sendo casados pela bolsa, segundo regras e sorteios, conforme são exercidos.·. Estas são algumas possibilidades. No mercado de opções de ações, que é o que nos interessa mais, há muito mais possibilidades, mas compreender estas hipóteses exemplificadas é o primeiro passo. Todas as situações acima ocorrem com as ações e suas opções. As Opções de Ações Usamos o exemplo do carro para chegar ao que interessa: As opções de ações. Estas são as opções que o pequeno investidor pessoa física deve operar ao menos no início no Brasil. Uma opção de compra de ação é o direito de comprar a ação. Quando você compra uma opção de ação, estará comprando o direito de comprar a ação a determinado preço até determinada data como no exemplo do carro acima. E o número de opções compradas corresponde ao número de ações que estão incluídas no direito. Na maior parte das vezes você não vai exercer este direito e nem será exercido na sua obrigação (quando vender a opção). O objetivo normalmente é auferir lucro (para comprar mais ações ou outros investimentos) com a negociação dos direitos apenas, pois o exercício dos direitos que leva a negociação das ações aumenta expressivamente os custos das transações bem como os impostos. Além do mais, para o pequeno investidor que tem como objetivo acumular ações para longo prazo como uma poupança em renda variável, não é interessante vender suas ações especialmente devido aos custos com imposto de renda. 14 Nota: Neste livro estaremos usando exemplos de opções de Petrobrás PN (PETR4) e Vale PNA (VALE5) sobre as quais até este momento se negociam a maioria das opções no Brasil. Há opções de outras ações também, mas o grosso dos negócios se encontra nestas duas ações, ao menos até o momento da publicação deste livro. Apesar de utilizarmos estas duas ações, os conceitos ensinados neste livro servem para opções de qualquer ação. Conceitos Básicos das Opções - Preço de Exercício e Data de Exercício O preço pré-determinado em que será feita a negociação se uma opção for exercida, é conhecido como o preço de exercício, ou PE, ou ainda strike da opção. Quando uma opção de compra é exercida, o proprietário (comprador) paga pela ação o preço de exercício e o lançador vende a ação ao preço de exercício. A data limite para o exercício das opções, após a qual a opção deixa de existir é a data de exercício ou dia de vencimento das opções, pois nestes dias os contratos que não forem exercidos, morrem sem valor, deixam de existir. No Brasil é usualmente a terceira segunda-feira do mês. Exemplo: A opçao de compra de PETR JUL 20 (PETRG20)* representa o direito de comprar PETR a 20 reais até a data de exercício que ocorrerá em Julho. *Nota: A nomenclatura das opções utiliza o símbolo da ação na bolsa (no caso PETR), o mês do vencimento (A para janeiro, B para fevereiro, C para março, até L = Dezembro), e um número que normalmente mas não obrigatoriamente corresponde ao preço de exercício da opção. PETRG20 então é a opção de preço de exercício de 20 reais da Petrobrás PN com vencimento em Julho. VALEI24 seria a opção de preço de exercício de 24 reais da Vale PN com vencimento em Setembro. Algumas vezes o número não corresponde exatamente ao preço de exercício ou porque a distribuição de dividendos alterou o preço de exercício ou porque quando a opção foi lançada o número correspondente ao preço de exercício dela já estava sendo usado por outra opção com vencimento na mesma data. Veremos em as regras para as opções no Brasil no Capítulo 6. 15 - Posição da Opção em relação ao preço da ação As opções são também classificadas de acordo com a posição de seu preço de exercício em relação ao preço da ação. Se o preço de exercício é inferior ao preço da ação, a opção é dita “dentro do dinheiro” ou In- The-Money (ITM). Se o preço de exercício é bem próximo ou igual ao preço da ação, a opção é dita “no dinheiro” ou At-The-Money (ATM). Se o preço de exercício é superior ao preço da ação, a opção é dita “fora do dinheiro” ou Out-of-The-Money (OTM). O conceito é estático, mas a ação não e, portanto, conforme a ação varia de preços, as opções podem ir variando nesta característica. Opções ITM podem se tornar OTM após uma forte queda e vice-versa. De qualquer forma, o importante é saber a posição da opção no momento em que ela está sendo analisada. Exemplificando com a ação Vale PN (VALE5)a R$42,50 a 30 dias do vencimento das opções: Preço de Exercício da Opção Prêmio (Preço) da Opção ITM / ATM / OTM 30 12,60 ITM 32 10,61 ITM 34 8,70 ITM 36 7,00 ITM 38 5,20 ITM 40 3,80 ITM 42 2,35 ATM 44 1,47 OTM 46 0,80 OTM 48 0,38 OTM 50 0,19 OTM 52 0,10 OTM 54 0,04 OTM O conceito de ATM não é plenamente definido, sendo de qualquer forma as opções com preço de exercício mais próximo do preço da ação. No exemplo acima a opção de PE de 42 certamente é ATM, mas 16 alguns poderiam considerar ATM também as opções em volta dela, de PEs de 40 e 44. Estes conceitos não são importantes apenas como denominação das opções, mas também, para compreender como elas se comportam e quais opções utilizar para suas operações. As opções reagem de forma diferente aos fatores que influenciam seus preços de acordo com sua posição em relação ao preço da ação. Apenas como exemplo, uma alteração no preço da ação irá influenciar de forma muito mais intensa, em termos de variação em centavos, uma opção ITM do que uma OTM. Já alterações na volatilidade influenciarão mais as ATM, depois as OTM e por último as ITM. Veremos isso em maiores detalhes mais a frente no livro, mas por hora é importante guardar o conceito e a denominação das opções de acordo com seu posicionamento em relação ao preço da ação. - Componentes do preço da opção: O preço de uma opção é chamado de prêmio e é constituído de valor intrínseco ou verdadeiro e valor extrínseco ou de expectativa, também chamado de VE. Uma opção pode ter apenas um destes ou uma combinação dos dois. O Valor intrínseco é a parte do prêmio da opção que está dentro do dinheiro, ou seja, que fica entre o preço da ação e o preço de exercício da opção. Ex: A opção de compra de PETRH20 (opção de compra de Petrobrás PN para agosto, com preço de exercício de 20 reais) possui 2 reais de valor intrínseco se a PETR4 estiver cotada a R$22,00. Somente as opções ITM ou dentro do dinheiro possuem valor intrínseco, pois sendo ele a diferença entre o preço da ação e o preço de exercício da opção, esta conta daria negativa para as opções OTM ou fora do dinheiro. Ex: Considerando a PETR4 (Petrobrás PN) a 20 reais, a opção de preço de exercício de 18 reais teria 2 reais de valor intrínseco (20 – 18 = 2), enquanto que a opção de preço de exercício de 22 reais não teria valor intrínseco (20 – 22 = -2). Não existe valor intrínseco negativo se a opção é fora do dinheiro, ou seja, se tem preço de exercício acima do preço da ação, ela não possui valor intrínseco. 17 Fica fácil compreender o valor intrínseco sabendo os conceitos básicos das opções. Se a opção de preço de exercício de 18 reais do exemplo acima é, na verdade, o direito de comprar PETR4 a 18 reais, estando a ação PETR4 a 20 reais, ninguém venderia este direito por menos do que 2 reais, senão estaria dando dinheiro de graça. Se eu tenho o direito de comprar PETR4 a 18 reais e ela está 20 reais no mercado, se me vendem este direito por menos do que 2 reais, basta eu exercer o direito, o que significa comprar PETR4 a 18 reais, e vender a ação no mercado a 20 reais. Como 20 menos 18 é igual a 2 reais, se me venderem este direito por menos do que 2 reais, estão me dando dinheiro de graça. Logo, no mercado, esta opção vai valer sempre no mínimo 2 reais, pois no mercado real não há lanche de graça. Se não for na hora exata ou muito próximo da hora do vencimento, a opção provavelmente vai ter algum valor além deste valor verdadeiro que é o valor extrínseco ou de expectativa. Este nome decorre da expectativa de que a ação possa subir de preço até a hora do vencimento. O valor extrínseco ou de expectativa é a porção do preço de uma opção (prêmio) que está além do valor intrínseco e também, além do preço da ação. Por hora, estamos lidando com os conceitos básicos, mas o valor extrínseco é a parte da opção que normalmente vamos negociar e o que realmente interessa nas opções, pois o valor intrínseco é exclusivamente ligado a variação da ação. Se a ação sobe, o valor intrínseco aumenta, se a ação cai, ele diminui.·. Preço PETR4 a 10 dias do vencimento Preço Opção de PE de 20 Valor Intrínseco 24 4,20 4,00 22 2,50 2,00 20 0,80 0,00 18 0,15 0,00 Veja no quadro acima que a ação varia 2 reais de 22 a 24 e o valor intrínseco da opção varia os mesmos 2 reais. O valor intrínseco está totalmente ligado a variação da ação e é influenciado apenas por este. Já o valor extrínseco é influenciado por quatro fatores além do preço da ação: Tempo, Preço de Exercício da Opção, a Volatilidade da ação e a taxa de juros praticada na economia. 18 No quadro abaixo vemos uma opção (PE de 18) com valor intrínseco e extrínseco, pois ela é ligeiramente ITM, dentro do dinheiro, Preço de exercício (PE) abaixo do preço da ação. Vemos também uma que só possui valor extrínseco (PE de 22), pois ela é OTM ou fora do dinheiro. E uma que só possui valor intrínseco pois é muito dentro do dinheiro (ITM). Estas opções muito ITM algumas vezes mantém um VE residual e outras vezes devido a baixa liquidez, são negociadas até a preços um pouco abaixo do valor intrínseco. Preço da Ação PE Opção Prêmio Valor Intrínseco Valor Extrínseco R$20,00 18 3,00 2,00 1,00 R$20,00 22 0,50 0,00 0,50 R$20,00 12 8,00 8,00 0,00 Seguem então as fórmulas: [Valor Intrínseco = Preço da Ação – Preço de Exercício da Opção] obs.: Essa fórmula é válida se o resultado for positivo, pois, se o resultado for negativo, a opção é OTM e não tem valor intrínseco. [Valor Extrínseco (VE) = Prêmio Opção – Valor Intrínseco] O que Influencia o Preço das Opções? São cinco os fatores que influenciam o preço das opções. São eles, o preço da ação, o preço de exercício da opção, o tempo, a volatilidade e a taxa de juros. Destes podemos dividir: - Fatores que interferem positivamente no preço (Fatores Positivos): Preço da Ação, Volatilidade, Taxa de Juros - Fatores que interferem negativamente no preço: Tempo, Preço de Exercício das Opções 19 Os fatores positivos influenciam de forma direta a opção, ou seja, se aumentam, o preço da opção tende a aumentar e se diminuem o preço da opção tende a diminuir. Os fatores negativos influenciam de forma inversa, mas aqui cabem parênteses. O tempo maior leva a preços maiores, então seria um fator positivo, mas o tempo não anda para trás, só para frente, então a passagem do tempo influencia negativamente as opções. Já o preço de exercício não se altera, mas comparando os diversos preços de exercício, quanto maior o preço de exercício, menos custam as opções. Vamos analisar cada fator isoladamente: Preço da Ação: Este é o fator mais importante, mas, por ser o mais importante e o mais intuitivo, leva muitos a compreenderem erradamente as opções como um ativo semelhante às ações. Apesar de as opções serem muito influenciadas pelo peço da ação subjacente, esta influencia vai variar de acordo com a volatilidade da ação, o tempo para o exercício da opção e a posição da opção em relação ao preço da ação (preço de exercício), ou seja, de acordo com os outros fatores, a influência do preço da ação em determinada opção, poderá ser maior ou menor. Apesar de a opção ter a tendência de seguir a ação, isso não ocorre diretamente e há outras influências que podem fazer com que este padrão ocorra erroneamente. As opções não devem ser utilizadas como e não são um substituto da ação. Não são ações de 1 real. As estratégias que pretendem operar as opções tão e somente a partir do gráfico das ações são fadadas ao fracasso, pois compreendem apenas um dos cinco fatores que influenciam as opções e demonstram que o operador desconhece a análise gráfica(que é uma ferramenta para ações e futuros) e as opções, que não são influenciadas apenas pelo preço da ação. Na teoria, se ação sobe, a opção sobe, se a ação cai, a opção cai. Só que no mundo real muita coisa pode acontecer que modifica isso. Então, analisando os outros fatores juntos, podemos dizer que: Quanto mais distante para fora do dinheiro (OTM) for uma opção, menor será a influência do preço da ação. Quanto mais para dentro (ITM) for a opção, maior será a influência do preço da ação.* 20 Ex: Se a PETR está 20 reais e sobe para 21 reais, a PETRC12 deve ganhar 1 real ou quase isso em seu preço, enquanto que a PETRC28, se ganhar alguma coisa, serão apenas alguns centavos. Quanto mais volátil (mercado volátil tem variações expressivas de preço, mercado pouco volátil é aquele que anda de lado, com pequenas variações de preço) o mercado, menos o preço da ação vai influenciar, quanto menos volátil, mais o preço da ação vai influenciar. Como o prêmio ou preço da opção é determinado considerando cinco fatores, se um fator aumenta expressivamente, ele passa a ter mais importância. Então, em situações de grande volatilidade, é como se a volatilidade assumisse maior relevância, e os outros fatores passam a ter menos importância. Como volatilidade alta significa risco alto, os preços das opções sobem de forma a compensar este risco, pois o lançamento (venda) de opções se torna mais perigoso, logo os lançadores exigem prêmios maiores. E isso acontece independente da alta ou queda da ação. Claro que, no final das contas, os fatores se relacionam e cada um tem seu papel, mas para explicar os conceitos isoladamente temos que recorrer a simplificações teóricas.·.·. Quanto mais tempo para o vencimento, mais o movimento da ação ainda pode influenciar o preço da opção. Quanto menor o tempo, menor esta capacidade de influenciar em termos de VE. Claro que a parte do preço da opção que é valor intrínseco ou verdadeiro sempre segue o preço da ação, mas em termos de valor extrínseco (VE) esta influência tende a diminuir com a passagem do tempo, com exceção das opções muito próximas ao preço da ação, onde a influência pode permanecer grande e até aumentar com a proximidade do vencimento. Isto porque estas opções passam a valer bem pouco próximo do vencimento, mas terão que reagir expressivamente a uma forte alta da ação, pois vão de OTM para ITM facilmente por estarem próximas ao preço da ação e se tornando ITM e ganhando valor intrínseco as variações percentuais delas podem ser expressivas. É importante ter ciência, que quando ocorrem altas ou quedas expressivas da ação, a influência do preço da ação passa a ser bem mais importante e os outros fatores influenciam bem menos nesta situação. Se uma ação que vale 20 reais sobe, por exemplo, 5 reais em um dia, é 21 claro que a variação nas opções será expressiva independente da volatilidade (que estará alta devido a variação extraordinária da ação) e do tempo (apesar que a influência vai variar de acordo com o tempo que falta para o vencimento). No caso da distância (preço de exercício) as variações nos prêmios serão diferentes, mas um movimento muito forte da ação poderá influenciar opções distantes que não seriam quase influenciadas por uma alta normal. Volatilidade: A volatilidade influencia positivamente o valor extrínseco (VE) das opções Quanto maior a volatilidade da ação, maior tenderá a ser o VE ou a expectativa nas opções. Muito cuidado com os períodos de volatilidade expressivamente alta, especialmente nas quedas fortes. São os períodos de maior risco para as operações com opções. Longos períodos de baixa volatilidade, mercado de lado, levam ao achatamento das opções que vão perdendo VE. Ganha-se muitas vendas mas de pouco valor. Cuidado com a soberba do vendido após ganhar muitas vendas. Mantenha o controle de risco. Taxa de Juros: Falamos pouco neste fator por duas razões: Em primeiro lugar, em situações de taxas de juros normais, a influência deste fator é muito pequena. Em segundo lugar, teoricamente o aumento da taxa de juros leva a um pequeno aumento nos prêmios das opções, mas, na prática, o aumento da taxa de juros pode influenciar negativamente o mercado de ações e até levar a uma redução nos prêmios das opções. De qualquer forma, este fator não é muito importante enquanto as taxas de juros no país se mantiverem em níveis baixos e, mais importante que isso, as variações nas taxas de juros não forem expressivas.* *Nota: O Brasil ainda possui taxas de juros elevadas se comparado com outros países, mas não são suficientemente altas para produzir grande efeito nas opções. Em situações de taxas de juros e custo do dinheiro (inflação) muito elevadas, os prêmios são carregados com estas taxas e se tornam maiores. Tempo: A influência do tempo nas opções é tão importante que o próximo capítulo do livro será só sobre isso. Mas, resumindo de forma bem simples, todas as opções perdem algum valor (da parte do prêmio acima do preço da ação, ou valor extrínseco) pela passagem de um dia. A influência do tempo será tanto maior quanto mais tempo tiver passado, ou seja, quanto menos tempo de vida uma opção tiver, mais a 22 passagem de um dia irá influenciá-la negativamente. Isso é fácil de visualizar considerando que uma parte do prêmio da opção corresponde ao tempo e que esta parte irá morrer até o dia do vencimento. Se ela perde uma porção a cada dia que passa, quanto menos dias faltarem, maior será a porção perdida. Apenas exemplificando teoricamente, e pegando uma licença matemática, porque na prática não é simples assim, seria como dizer que faltando dez dias ela perderia 10% de VE pela passagem de um dia e faltando 5 dias perderia 20%. Uma volatilidade muito alta pode compensar o efeito do tempo e as opções se manterem com VEs altos apesar da proximidade do vencimento. Ainda assim, alguma perda pela passagem do tempo sempre ocorrerá. Um aspecto que muitos não percebem é que mesmo na alta da ação, mesmo a opção se valorizando, há perda de valor pela passagem do tempo. Vamos dizer que de hoje para amanhã uma opção sobe de 1,00 para 1,25. Pode ser que se não tivesse passado um dia ela tivesse subido para 1,28 ou 1,30 dependendo da situação. Mesmo quando uma opção sobe de valor decorrente de uma valorização do ativo subjacente, ela perde valor pela passagem do tempo. A distância para o preço da ação (preço de exercício) também vai influenciar a perda de valor pela passagem do tempo. Teoricamente, as opções que mais perdem valor em termos absolutos (centavos) pela passagem do tempo são as ATM ou próximas do preço da ação (opções que tem o preço de exercício próximo do preço da ação naquele momento), pois são as que têm mais VE (valor extrínseco) e a perda de valor pela passagem do tempo só ocorre no VE. O valor intrínseco da opção segue a ação. Sendo assim, as que têm mais VE são as que perdem mais centavos. As opções dentro do dinheiro tem menos VE quanto mais dentro do dinheiro forem (apesar de terem prêmios maiores devido ao valor intrínseco). Sendo assim, as opções ITM perdem pouco valor pela passagem do tempo tanto em termos de centavos, absoluto, quanto em termos proporcionais ao seu prêmio total. E vão perder menos quanto mais ITM forem. Já as opções OTM, ou fora do dinheiro, que tem o preço de exercício longe do preço da ação tem pouco VE (que é todo seu valor, já que não possuem valor intrínseco por estarem acima do preço da ação) e por isso perdem menos centavos pela passagem do tempo do que as ATM ou próximas do preço. Mas como elas valem pouco, são as que proporcionalmente (percentualmente) perdem mais valor pela passagem do tempo.* 23 *Nota: Esta questão da posição da opção, ou do preço de exercício da opçãoem relação ao preço da ação é sempre uma fotografia de um momento. Claro que conforme a ação varia de preço, isso vai mudando e opções dentro do dinheiro podem virar fora do dinheiro e vice-versa. - Preço de Exercício: A influência aqui é bem direta e objetiva. Quanto mais dentro do dinheiro (ITM) for o preço de exercício da opção, mais ela vai custar. Quanto mais fora do dinheiro (OTM) menos ela vai custar, independente do que consiste o prêmio da opção, se valor intrínseco ou extrínseco. Repetindo abaixo a tabela do início deste capítulo veja como o prêmio (preço) das opções vai se tornando maior quanto mais ITM e menor quanto mais OTM. Sendo a opção um direito de comprar a ação ao preço de exercício da opção, quanto mais baixo este preço de exercício, mais barato se irá comprar a ação no caso de exercer o direito, então mais vale a opção. Se uma ação está 40 reais, por exemplo, vale muito mais o direito de comprá-la a 32 reais do que o direito de comprá-la a 48 reais. Preço de Exercício da Opção Prêmio (Preço) da Opção ITM / ATM / OTM 30 12,60 ITM 32 10,61 ITM 34 8,70 ITM 36 7,00 ITM 38 5,20 ITM 40 3,80 ITM 42 2,35 ATM 44 1,47 OTM 46 0,80 OTM 48 0,38 OTM 50 0,19 OTM 52 0,10 OTM 54 0,04 OTM 24 Uma coisa importante a observar é que o preço de exercício é fixo (a não ser quando eventualmente se modifica devido a distribuição de dividendos), mas a distância do preço de exercício da opção para o preço da ação não. Conforme a ação se movimenta, o preço de exercício da opção pode ficar mais próximo ou mais distante do preço da ação. A variação do preço da ação aumenta ou diminui a Distância do strike da opção para o preço da ação. Juntando Tudo As opções são influenciadas primordialmente por: Distância da ação para o preço de exercício da opção Tempo para o dia do exercício Volatilidade da ação A Distância é inversamente proporcional preços das opções, ou seja, quanto maior à distância (para fora do preço, OTM), menor o preço das opções. O Tempo é diretamente proporcional, ou seja, quanto mais tempo para o vencimento, mais valem as opções. Mas a passagem do tempo que é sempre para frente, faz as opções valerem menos. A Volatilidade é diretamente proporcional, ou seja, quanto mais volátil o mercado, ou quanto mais expressivas as variações da ação, não importa a direção, maior o risco percebido pelos lançadores de opções que exigem prêmios maiores para se colocar no risco da venda e, portanto maiores os preços das opções. Para que o preço de uma opção aumente, é necessário que os efeitos positivos da variação do preço da ação e da volatilidade (se positivos) sobre a opção sejam maiores do que a perda de valor pela passagem do tempo (o tempo, ou a passagem dele, só influencia negativamente, já que o tempo só anda em uma direção). Avaliando as influências, podemos dar nomes como segue: Preço da Ação - O QUE Preço de Exercício da Opção - AONDE 25 Tempo para o vencimento - QUANDO Volatilidade da ação - COMO Vê-se logo que opções não são ativos direcionais, pois ativos direcionais são como o preço da ação, te dizem O QUE. Mas em opções importa também AONDE. Uma ação a 20 reais é diferente para uma opção de preço de exercício de 16 reais, para uma de preço de exercício de 20 reais e para uma de preço de exercício de 26 reais. A influência do preço da ação será diferente nestas opções, logo de nada adianta eu saber o preço da ação (O QUE) sem saber AONDE (preço de exercício ou o strike da opção). Eu preciso saber também QUANDO, que é o tempo. De nada adianta eu dizer O QUE (preço da ação) e AONDE (strike) sem dizer QUANDO. Se a ação está 20 reais e minha opção é de preço de exercício de 22 reais, faz muita diferença se faltam 60 dias, 30 dias ou apenas um dia para o vencimento. Mas tudo isso não estará completo se eu não souber COMO, ou seja, COMO a ação subiu ou caiu. Se eu disser que a ação subiu 2 reais não quer dizer nada se eu não disser como foi esta alta. Se foi uma alta extremamente volátil em apenas uma hora, a influência nas opções será enorme. Foi uma alta lenta e progressiva que se deu em dois meses, pouco influencia as opções. Aos poucos, o operador vai aprendendo a lidar e a compreender estes fatores e perceber como eles influenciam as opções, para começar a entender o que está acontecendo com as opções e suas operações. No parágrafo acima se vê por que as opções não são ativos direcionais, não são ações de 1 real e não podem ser tratadas como tal. Apesar do preço da ação ser um fator de extrema importância, ele com certeza não é o único e assim as opções não são puramente direcionais, ou seja, não são unidimensionais, como ações e futuros. Avaliando o que acontece com as opções durante o vencimento e juntando todos os fatores, temos: Opções Dentro do Dinheiro (ITM) - Vão perdendo VE com o passar do tempo, apenas seguindo a ação e perdendo a capacidade de ter variações expressivas em relação a seu preço, apesar de poder ter variações absolutas em centavos grandes. (Vai virando ação com a passagem do tempo) 26 Opções No Dinheiro (ATM) - Se mantêm próximas do preço da ação, mas vão perdendo valor. Por estarem perto do preço da ação e valendo bem pouco, mesmo que o vencimento esteja muito próximo, podem ter variações expressivas. (Vai virando opção explosiva com a passagem do tempo) Opções Fora do Dinheiro (OTM) – Conforme o tempo passa e elas se mantêm longe do preço, a chance de variarem expressivamente vai diminuindo ao mesmo tempo em que vão perdendo valor. Importante ter ciência que não perdem só valor, mas também chance de serem exercidas ou de ganhar valor. A cada dia que passa, as variações necessárias da ação para produzir efeitos nelas terão de ser mais expressivas. (Vai virando pó com a passagem do tempo) 27 CAPÍTULO III ENTENDENDO O TEMPO E A DISTÂNCIA O que tem o Tempo a ver com as Opções? Tudo. Opções são dependentes do tempo e quanto mais o tempo passa, mais dependentes elas ficam. Quando demos o exemplo simples do carro, o tempo não parecia tão importante, mas se considerarmos opções de ações, fica fácil de entender. Vamos considerar, por exemplo, uma série de opções da Petrobrás, estando a ação PETR4 (Petrobrás PN) a 38,50 reais. Preço de Exercício Prêmio 34 5,10 36 3,49 38 2,10 40 1,21 42 0,71 44 0,37 46 0,19 48 0,09 Agora vamos considerar a mesma série com Petrobrás PN no mesmo preço. 38,50: 28 Preço de Exercício Prêmio 34 4,79 36 3,00 38 1,34 40 0,58 42 0,24 44 0,09 46 0,02 48 0,01 Ué, o que aconteceu? TEMPO! A primeira série vence em 35 dias úteis e a segunda série em apenas 15 dias úteis. Mas isso tudo é só por causa do tempo? Quase que tudo sim, porque os outros fatores influenciam as duas séries quase da mesma forma sendo que somente a volatilidade tem uma influência mais intensa na série que tem menos tempo pela frente. E porque o tempo influencia tanto as opções? Simples, O que é a opção 42 que nós vemos valendo 0,71 no primeiro quadro e apenas 0,24 no segundo quadro? É o direito de comprar ações da Petrobrás PN a 42 reais. Quanto está a ação PETR4? 38,50. Alguém ia querer comprar a ação a 42 reais se ela está 38,50 no mercado? Provavelmente, ou quase com certeza não. Mas então porque a opção existe e porque ela vale alguma coisa? Perspectivas, Probabilidades, Possibilidades, RISCO! 42 é mais caro que 38,50 e ninguém vai comprar uma ação a 42 se pode comprar a 38,50. 29 Mas existe a possibilidade(risco) da ação ir a 42? Claro que existe. Pode não ir, é mais provável que não vá, mas pode ir. E pode até passar e ir a 43 ou 44. Assim como pode ficar na mesma ou cair. Pode fazer qualquer coisa, mas existe uma possibilidade, uma probabilidade, um risco de ela ir a 42. Se você fosse obrigado a correr 150KM, você iria preferir que o prazo para você conseguir superar os 150KM fosse de 15 dias ou de 35 dias? Claro que 35 dias. Você pode conseguir correr 150KM em 15 dias a uma média de 10KM por dia, mas em 35 dias você só precisa cumprir uma média de pouco mais de 4KM por dia e agora qualquer um que consegue andar poderia perfazer a distância. Então a primeira opção de preço de exercício de 42 reais tem 35 dias úteis para que a Petrobrás chegue nela, enquanto a segunda só tem 15 dias úteis. A Petrobrás pode ir a 42 em um dia ou até em uma hora. Mas a chance dela ir a 42 em 35 dias é maior do que em 15 dias. Disso não resta dúvida. Então voltando ao exemplo do carro. Se eu vou te pagar um prêmio de 500 reais para adquirir o direito de comprar o seu carro a um preço determinado, quanto maior o prazo que você me der, mais eu estarei disposto a pagar os 500 reais. Agora se você me der um prazo somente até amanhã, eu não vou querer pagar os 500 reais. Posso pagar 100 reais talvez ou 50 reais, mas nunca os 500 reais. Especialmente se o carro estiver valendo menos do que o preço combinado no direito. Quem compra uma opção de compra de uma ação, está adquirindo o direito de comprar a mesma quantidade de ações, ao preço de exercício da opção até uma data pré-determinada. E quem vende a opção de compra está se colocando na obrigação de vender a mesma quantidade de ações ao preço de exercício da opção até determinada data. O vendedor se coloca em uma obrigação que pode ser entendida como um risco, porque se a ação ultrapassar o preço de exercício da opção (No caso da opção de preço de exercício de 42, se a ação for a 43, ou 46 ou ainda 50) o vendedor da opção de compra terá que entregar suas ações ou comprar ações no mercado para entregar ao preço de exercício da opção, tendo assim o prejuízo equivalente a distância que a ação ultrapassou o preço de exercício da opção (menos o prêmio recebido pela venda da opção). 30 Claro que ele pode recomprar a opção vendida no mercado e fechar sua posição se livrando de qualquer obrigação, mas ainda assim, no caso de alta da ação, isso será provavelmente feito com prejuízo. Logo pela perspectiva do vendedor, pode-se falar em risco. Pela perspectiva do comprador pode-se falar em probabilidade ou possibilidade ou ainda perspectiva (apesar de que ele tem um risco também que é o valor pago pelo prêmio da opção). O preço da opção, ou prêmio, será resultado da combinação de interesses destes dois lados. Quanto mais os vendedores, ou lançadores perceberem risco, maiores prêmios eles irão exigir, e a percepção de risco deles, do outro lado, para os compradores, será percebido como maiores perspectivas e estes estarão então dispostos a pagar os prêmios mais altos que os lançadores (vendedores) estão exigindo. Assim os prêmios ficam mais altos e a opção sobe de preço. Se, no entanto, os compradores estão percebendo um mercado fraco, pouco volátil, com poucas perspectivas, ao mesmo tempo em que os lançadores captam menos risco, estes últimos aceitam os prêmios menores que os compradores estão dispostos a pagar nesta situação e os prêmios das opções caem. Quanto maior a chance de uma opção ser exercida, maior a percepção de risco pelos vendedores, e maiores as perspectivas dos compradores, maiores os prêmios (preços) das opções. Quanto menor a chance de uma opção ser exercida, menor a percepção de risco pelos vendedores, e menores as perspectivas dos compradores, menores os prêmios (preços) das opções. Voltando a nossa maratona de 150KM, quanto maior o tempo disponível, menor o risco de você não conseguir ir até o final. Os compradores e vendedores de opções vêm o tempo como chance ou risco. Para o comprador (de opção de compra), quanto mais tempo, mais chance para a sua opção, pois maior a chance da ação chegar ao preço de exercício da opção. Para o vendedor, tempo é risco, pois quanto mais tempo, maior o risco da ação chegar ao preço de exercício da opção vendida. Se a ação está 38,50 e você vai comprar uma opção de preço de exercício de 42 reais, você prefere que ainda faltem 35 dias úteis ou apenas 15 dias úteis para o vencimento? Claro que 35 se o prêmio fosse o mesmo, sem nenhuma 31 dúvida. A de 35 dias tem mais chance de ser exercida, do mercado chegar nela e ela se valorizar. Por outro lado, do lado do vendedor, tendo as duas o mesmo prêmio, não resta dúvida que ele iria para a de menor prazo. E é isso mesmo que acontece no mercado. Na vida real, a opção de maior prazo sempre terá um prêmio maior, pois o mercado irá equilibrar as probabilidades e o risco, mas apenas a título de exemplo, tendo o mesmo prêmio e o mesmo preço de exercício, quanto menos tempo para o vencimento melhor para o vendedor e pior para o comprador. Não é a toa, portanto, que as opções perdem valor com a passagem do tempo. Os compradores preferem mais prazo e os vendedores menos prazo. A princípio em um exemplo teórico, as duas opções de preço de exercício de 42 nos quadros acima custariam o mesmo. Mas estando elas custando o mesmo, a de 35 dias atrairia mais compradores e a de 15 dias atrairia mais vendedores. E o q iria acontecer? Com mais compradores e menos vendedores na de 35 dias e os compradores dispostos a pagar o que os vendedores estavam exigindo, a de 35 dias iria subir de preço. Com mais vendedores e menos compradores na de 15 dias e os vendedores dispostos a vender pelo baixo preço oferecido pelos compradores, a de 15 dias iria cair de preço. E é exatamente este balanço que ocorre no mercado real que vai determinando os preços das opções. Então voltamos aos quadros acima que são situações reais: Parte esquerda do quadro: 35 dias úteis para o vencimento das opções: Opção de preço de exercício de 42 = 0,71 Parte direita do Quadro: 15 dias úteis para o vencimento das opções: Opção de preço de exercício de 42 = 0,24 Agora vamos considerar a mesma série com Petrobrás PN no mesmo preço. 38,50: 32 35 dias Prêmio 15 dias Prêmio 34 5,10 34 4,79 36 3,49 36 3,00 38 2,10 38 1,34 40 1,21 40 0,58 42 0,71 42 0,24 44 0,37 44 0,09 46 0,19 46 0,02 48 0,09 48 0,01 Bingo! Aconteceu na prática exatamente o que previmos na teoria e é de se esperar que aconteça. Claro que há distorções no mercado, distorção entre o que os ativos valem e o que eles estão custando, até mesmo porque o mercado é movido por seres humanos e suas emoções e muitas vezes as emoções das massas perdem o controle ou se tornam exageradas. Mas para explicar o efeito do tempo sobre as opções, vamos ficar com o básico e considerando o básico, podemos ver claramente porque as opções com mais tempo para o exercício custam mais, se o preço de exercício for o mesmo. Influência do Tempo O tempo então influencia negativamente as opções, ou seja, quanto menos tempo, menos tendem a valer as opções. Há uma parte do prêmio da opção que é preenchido pelo tempo e esta parte será menor, quanto menor for o tempo para o vencimento. Claro que o tempo não se altera como o preço da ação e a volatilidade que podem subir e cair diversas vezes durante o vencimento da opção. Também não se altera como a taxa e juros, que apesar de se alterar menos que os dois anteriores também pode 33 subir ou cair, assim como ficar na mesma. E também não pode haver diversos tempos ao mesmo tempo como os diversos preços de exercício de uma série de opções. Diferentedos outros quatro fatores que alteram os prêmios das opções, o tempo é sempre constante e negativamente constante, ou seja, a cada dia que passa, a opção tem menos tempo de vida. E a cada dia que passa, a parte do prêmio da opção que é preenchida pelo tempo irá diminuir. Logo o preço da opção tenderá a diminuir com a passagem do tempo, a não ser que os outros fatores que influenciam o preço, notadamente o preço e a volatilidade da ação, compensem esta perda de valor pela passagem do tempo. Ainda assim, mesmo que o preço total da opção aumente, a parte dele preenchida pelo tempo, irá diminuir. Vamos ver quatro situações diferentes para entender a dinâmica do tempo. Cada quadro total representa o prêmio da opção e cada célula a parte de cada um dos três fatores neste prêmio (São representações teóricas esquematizadas que não refletem necessariamente a proporção correta destes fatores nas opções): Tempo Preço da Ação Volatilidade Tempo Preço da Ação Volatilidade Tempo Preço da Ação Volatilidade Tempo Preço da Ação Volatilidade A primeira opção seria a base. Na segunda opção, a menor participação do tempo no prêmio da opção, levou a um prêmio menor. 34 Na terceira opção, mesmo tendo havido perda da participação do tempo, o aumento do preço da ação e da volatilidade compensaram fazendo com que o prêmio total subisse um pouco. Na quarta opção, ocorreu perda da participação do tempo concomitante com menor participação do preço da ação (queda do preço da ação). Mesmo tendo havido aumento da volatilidade, isso não foi suficiente para compensar e a opção perdeu parte do prêmio. Apesar de haver mais dois fatores que influenciam o preço das opções, taxa de juros e preço de exercício das opções, o primeiro influencia pouco a não ser em épocas de grandes variações nas taxas de juros que hoje em dia são raras e o segundo a princípio não se altera durante o vencimento (exceção para a distribuição de proventos, mas mesmo neste caso há o ajuste na ação e a influência sobre o prêmio das opções é pequena). Estes três acima são os fatores dinâmicos que mais influenciam o prêmio das opções e que devem ser sempre acompanhados. Quanto ao preço de exercício da opção, o que consideramos é que a variação do preço da ação junto com o preço de exercício das opções produzem a influência que chamamos de distância, ou seja a distância do preço de exercício da opção para o preço da ação e esta distância sim é influenciada pelas variações no preço da ação. Pois bem, sabemos agora porque a opção com 35 dias de vida custava 0,71 e a com 15 dias de vida apenas 0,24. E comparando duas opções de mesmo preço de exercício e da mesma ação, mas com datas de vencimento diferentes, a possibilidade dos outros fatores compensarem a perda de valor pela passagem do tempo é quase inexistente, pois a despeito da influência do preço da ação e da volatilidade terem intensidades diferentes em opções com data de vencimento diferentes, não será suficiente para suplantar a perda de valor pela passagem do tempo em opções da mesma ação e do mesmo preço de exercício, de datas de vencimento diferentes. Tendo duas opções o mesmo preço de exercício, a com mais tempo para o vencimento sempre irá custar mais e vemos isso na prática na tabela acima. Além de o tempo influenciar as opções, ele influencia de forma diferente de acordo com a passagem do tempo, ou seja, quanto 35 menos tempo para o vencimento, maior a influência proporcional do tempo. Consideremos primeiro que todo o valor da opção relativo ao tempo, ou seja, todo o valor que não é intrínseco tem que por definição acabar antes do vencimento da opção. Exemplificando: Tempo para o Vencimento = 20 dias úteis PETR4 = 40 reais PETRL38 (opção de PETR4 de preço de exercício de 38 reais com vencimento em dezembro) = 3 reais Valor intrínseco = 40 (preço da ação) – 38 (preço de exercício da opção) = 2 reais Valor extrínseco = 3 (preço da opção) – 2 (valor intrínseco da opção) = 1 real Na hora do Vencimento PETR4 = 40 Reais PETRL38 = 2 Reais Logo, este 1 real extra no preço da opção que existia quando faltavam 20 dias para o vencimento, é a expectativa de que a ação possa subir inserida no prêmio da opção e grande parte dele é devido ao tempo que falta para o vencimento. Na hora do vencimento a opção em teoria só tem valor real ou intrínseco que é o preço da ação menos o preço de exercício da opção. Na prática, no mundo real, pode haver algum valor residual além do valor real, mas apenas por questões de custos transacionais e outras questões que não são importantes para entendermos a influência do tempo nas opções. Pois bem se esta opção tinha 1 real de expectativa há 20 dias do vencimento e na hora do vencimento só tem valor real, sem nenhum valor de expectativa, ela perdeu este valor conforme o tempo passou 36 e como ela só perde valor de expectativa (Valor Extrínseco – VE) pela passagem do tempo temos de considerar a perda de valor pelo tempo em relação a este valor e não em relação ao valor total da opção que inclui também o valor verdadeiro ou intrínseco da opção. Como a cada dia que passa, faltam menos dias para o vencimento das opções, mais rápida terá de ser a perda, proporcionalmente ao que resta de valor extrínseco, para que todo o valor desapareça até o dia do vencimento. Logo, a perda de valor pela passagem do tempo é maior proporcionalmente quanto menos tempo falta para o vencimento, ou seja, quanto menos tempo falta para o vencimento, mais importante é a perda de valor da opção pela passagem de tempo. Quanto mais próximo for o vencimento, mais ela vai perder proporcionalmente ao seu valor de expectativa, pela passagem de um dia. Considerando uma opção que tem 30 centavos de valor de expectativa, se faltam 30 dias para o vencimento, ela irá perder uma pequena porção destes 30 centavos pela passagem de um dia, porque tem 30 dias para perder tudo. Se faltam 10 dias, ela tem de perder uma porção maior destes 30 centavos pela passagem de um dia, porque faltam só 10 dias para ela perder todos estes 30 centavos. Se faltam apenas 2 dias para o vencimento das opções, a perda terá de ser enorme em relação aos 30 centavos, porque ela tem apenas 2 dias para perder completamente os 30 centavos. Claro que em um exemplo real, conforme a opção perde valor de expectativa, pela passagem do tempo, menos valor de expectativa ela tem com exceção de situações de um aumento enorme na volatilidade em opções próximas ao preço da ação, mas ainda assim, se considerarmos a perda proporcional de valor, ela será sempre maior, apesar de que a perda absoluta em centavos poderá diminuir com a passagem do tempo. Importante lembrar que os movimentos da ação, não influenciam diretamente o valor de expectativa das opções, aumentando ou diminuindo apenas o valor verdadeiro ou intrínseco. Claro que um mercado muito forte ou um mercado muito fraco, podem alterar indiretamente as expectativas das opções, mas de forma direta, matemática, as variações de preço da ação, influenciam apenas o valor intrínseco da opção. 37 Numa licença matemática apenas para compreensão, pois a realidade matemática não é exatamente assim, poderíamos exemplificar da seguinte forma: Dias para o Vencimento Perda Percentual de VE pela Passagem de 1 dia 50 2% 20 5% 10 10% 5 20% 2 50% 1 100% Vejam, que independente, do valor absoluto em centavos que a opção perde pela passagem de um dia, a perda proporcional ao valor de expectativa da opção é cada vez maior, quanto menos tempo faltar para o vencimento. Concluímos então que as opções perdem valor pela passagem de um dia, todos os dias e que estaperda de valor é proporcionalmente maior quanto menos tempo faltar para o vencimento. A perda de valor pela passagem do tempo, pode ser contrabalanceada pelo ganho em relação a alta da ação e/ou da volatilidade da ação, mas ainda que o prêmio da opção não caia ou até aumente, a opção terá perdido algum valor pela passagem de um dia. Influência da Distância 38 Outro fator importante na definição do preço das opções e na forma como os diversos fatores influenciam o preço das opções, é a distância do preço de exercício da opção para o preço da ação. Vejam o quadro abaixo com a Vale PN (VALE5) custando 42,80 a 33 dias úteis do vencimento das opções: Preço de Exercício Prêmio 36 7,40 38 5,60 40 3,95 42 2,68 44 1,65 46 1,00 48 0,54 50 0,27 52 0,13 Quanto mais longe do preço da ação for o direito, menos ele vale. Se a VALE5 está 42,80, o direito de comprá-la por 48 não pode valer muito, mesmo com o tempo que falta para o vencimento, e o direito de comprá-la a 50 vale bem menos, porque é mais distante ainda. Quanto mais longe o preço de exercício da opção, menor o risco para o lançador de esta opção ser exercida, então ele aceita se colocar no risco da venda da opção por prêmios menores (porque ele tem um lastro de distância maior que compensa o prêmio menor, lastro de distância significando um espaço maior para a ação subir sem chegar ao preço de exercício da opção). Ao mesmo tempo, o interesse do comprador diminui ao passo que a opção vai ficando mais longe do preço. Este equilíbrio faz as opções custarem menos, quanto mais longe forem do preço da ação. Conforme o preço de exercício da opção se aproxima do preço da ação, o lançador vai 39 exigir prêmios mais altos, porque o risco dele ser exercido é maior e o comprador estará disposto a pagar mais por uma expectativa maior da opção ser exercida. O preço de exercício é estático, mas conforme a ação varia, a opção se torna mais próxima ou mais distante do preço da ação. O preço de exercício não varia, mas a distância dele para o preço da ação varia devido as variações da ação. Além disso, esta distância não é absoluta, ele depende do tempo e da volatilidade. A mesma distância é maior quanto menos tempo falta para o vencimento das opções e menor quanto mais volátil for o mercado. Se falta menos tempo para o vencimento, há menos tempo hábil para a ação conseguir subir e chegar até o preço de exercício da opção, logo a distância é “maior” proporcionalmente. Já a volatilidade mais alta traz variações mais expressivas da ação, fazendo a mesma distância ficar proporcionalmente “menor” , pois uma ação mais volátil tem maior possibilidade de preencher distâncias maiores. Todas as opções perdem valor todos os dias pela passagem do tempo. E esta perda é mais expressiva proporcionalmente ao preço da opção, quanto mais longe do dinheiro (OTM) a opção for. Todo o valor de uma opção OTM, ou seja, que tem o preço de exercício mais alto do que o preço da ação é valor extrínseco ou de expectativa. Devido à expectativa e ao risco da ação subir e atingir o preço de exercício da opção antes do vencimento da opção, estas opções tem um valor de expectativa ou extrínseco que de certa forma equivale a este risco, mas de qualquer forma, quanto maior a distância do preço de exercício da opção para o preço da ação (comparando opções com a mesma data de exercício), menor o prêmio da opção. E esta distância é maior proporcionalmente conforme o tempo diminui, ou seja, há menos tempo para a ação preencher esta distância então a opção vale menos. Esta distância também é proporcionalmente menor se a volatilidade da ação for maior. Ações mais voláteis variam mais e conseguem suplantar distâncias maiores. Logo a distância não é também algo fixo. A mesma distância é “maior” se falta menos tempo e “menor” se a volatilidade é maior. 40 Combinando as Influências A princípio quanto mais distante a opção do preço da ação, menor o prêmio dela. Analisando somente a distância, isso é claro e obvio como podemos ver no quadro abaixo. Mas vamos comparar o primeiro vencimento abaixo com outro em que só faltam 15 dias com a Vale a 42,80. Preço de Exercício Prêmio a 33 dias Prêmio a 15 dias 36 7,40 7,20 38 5,60 5,27 40 3,95 3,40 42 2,68 1,81 44 1,65 0,66 46 1,00 0,25 48 0,54 0,09 50 0,27 0,03 52 0,13 0,01 Apesar da mesma distância, as opções com menos tempo de vida custam menos. E, mais importante que isso, mesmo opções mais distante chegam a custar mais que opções com menos tempo faltando até o vencimento, quando incluímos a influência do tempo. Vejam que a opção de preço de exercício de 44 com 15 dias de vida custa 0,66 e a de preço de exercício de 46, mais distante, mas com mais que o dobro de vida útil, custa mais, 1,00. O mercado vai ajustando todos estes fatores. A distância deve ser estudada a princípio isoladamente para se entender a influência dela e assim temos de fazer com os principais fatores: Preço da Ação, Tempo, Volatilidade e Preço de Exercício (A distância é a 41 combinação de Preço da Ação com Preço de Exercício), mas temos que saber também, que na prática, estes fatores se entrelaçam na definição dos prêmios das opções. Considerando a distância em relação ao tempo e a volatilidade é fácil traçar um paralelo voltando às corridas. Você precisa correr 10KM. E nós vamos apostar na chance de você conseguir completar os 10KM. Se eu te dou 2 horas para completar os 10KM, todos vão apostar em você, a chance de você conseguir completar o percurso é enorme, pois até andando da para percorrer 10KM em duas horas, mas obviamente a aposta não vai pagar muito pois as chances de êxito são enormes. Os que estiverem apostando contra, irão exigir relações muito favoráveis a eles para aceitarem esta aposta. Se eu mudo e exijo os 10KM em uma hora, menos gente vai querer apostar em você e os que apostam contra você já começam a aceitar condições um pouco piores pois agora há uma chance maior de você não conseguir completar a corrida. Se eu determino 30 minutos, bem pouco tempo, quase ninguém vai apostar em você, pois apenas profissionais de ponta conseguem completar 10KM abaixo de 30 minutos. Por outro lado, quem ainda assim apostar em você irá receber um belo pagamento se você conseguir vencer os 10KM em 30 minutos. Conforme o tempo foi diminuindo, você foi proporcionalmente valendo menos, o que fez com quem apostasse em você passasse a arriscar cada vez menos para ganhar cada vez mais, já que a chance de ganho ia diminuindo conforme se diminuía o tempo. Do outro lado de quem apostava contra você, as chances de ganhar a aposta foram aumentando conforme o tempo diminuía logo estes iam aceitando progressivamente pagar mais pelas apostas (ou receber menos). As opções mais distantes se tornam relativamente “mais próximas” se é dado a elas mais tempo de vida. Vejam na tabela acima que a opção de preço de exercício de 46, mas com 33 dias de vida, vale mais que a de preço de exercício de 44, ou seja, mais próxima, mas com menos tempo de vida. O outro aspecto a considerar é a volatilidade, que nada mais é o quanto e com que intensidade a ação varia. Ações com grande variações de preço são muito voláteis e as que andam de lado, sem 42 grandes variações de preço, são pouco voláteis. A princípio ações mais voláteis colocam os lançadores em maior risco, pois se a ação se movimenta mais, o risco do exercício é maior, e este em consequência exige prêmios mais altos, o que faz com que vejamos opções com maiores valores de expectativa (VE) em épocas de volatilidade alta da ação e opções mais “magras” quando a volatilidade é menor. Voltandoa nossa corrida, a volatilidade poderia ser de certa forma comparada a velocidade do corredor. Não é uma comparação perfeita, pois volatilidade é igual a variação para qualquer lado, não importa se para cima ou para baixo mas o exemplo e a comparação servem aos nossos propósitos, então vamos usá-la. Se eu te coloco para correr os 10KM, e coloco um profissional Queniano, entre os melhores do mundo, para correr 15KM, provavelmente ele vai chegar antes de você, a não ser que você seja um exímio corredor. Como opção ele vai “valer” mais que você apesar de ter uma distância maior a percorrer. Obviamente que no mercado, comparando opções da mesma ação, todas serão influenciadas pela volatilidade da mesma ação, que será a mesma para todas, mas esta influência será diferente de acordo com o tempo para o exercício e a posição em relação ao preço da ação de cada opção. A influência de qualquer coisa positiva na opção, positiva no sentido de fazer com que ela ter maior expectativa (e maior VE - valor extrínseco), será tanto maior, quanto maior for a chance dela ser exercida. Uma opção próxima do dinheiro irá responder mais a um aumento de volatilidade do que uma muito distante, pois a mais próxima já tem uma grande expectativa (e risco) de ser exercida e este risco irá aumentar consideravelmente se a volatilidade aumentar ou se o preço da ação aumentar, diminuindo a distância. Uma opção muito distante irá responder pouco as duas influências, pois a despeito da chance (ou risco) de ser exercida ter aumentado, esta chance ainda é muito pequena estando ela ainda muito distante do preço da ação. Novamente nas corridas, Se você é um corredor que chega próximo de correr 10KM em uma hora, pequenas variações no tempo como passar de 1 hora para 1hora e 10 minutos, ou diminuir um pouco a distância (preço da ação) ou até mesmo aumentar uma pouco de 43 alguma forma a sua velocidade de corrida (volatilidade) podem fazer com que você consiga cumprir a prova. Agora se eu te desafio a correr 40KM, não faz muita diferença se eu te dou uma ou duas horas para cumprir os 40KM as suas chances continuam praticamente nulas ( a não ser que você esteja entre os melhores corredores do mundo), e o seu “valor” permanece muito baixo. Mesmo que eu diminua um pouco a distância para uns 35KM, suas chances ainda são pequenas e até aumentar um pouco a sua velocidade não vai resolver. Mesmo para um profissional de corrida não é garantido que ele irá conseguir cumprir os 40KM em 2 horas. Estas mudanças irão fazer com que seu “valor” ou o valor de apostar em você seja muito influenciado positivamente no primeiro exemplo dos 10KM mas terão pouco valor nas apostas em você nos 40KM. Quando as chances são muito pequenas, somente grandes mudanças irão provocar resultados expressivos. Resumo das influências: O Preço da Ação influencia positivamente o prêmio da opção Quando o preço da ação sobe, o preço das opções tendem a subir. A passagem do Tempo influencia negativamente o prêmio das opções. Conforme o tempo passa, menos valem as opções. Quanto maior o Tempo, mais valem as opções, se as outras condições forem as mesmas, mas a passagem do Tempo faz as opções valerem menos. A Distância influencia negativamente o prêmio das opções. Quanto maior a distância do preço de exercício da opção para o preço da ação, menor o preço da opção. A Volatilidade influencia positivamente o prêmio das opções. Quanto maior a volatilidade da ação, maiores tendem a ser os prêmios das opções. A taxa de juros influencia pouco a não ser em ambientes de grandes variações nas taxas de juros. Para concluir as influências podemos dizer que: 44 O PRÊMIO DE UMA OPÇÃO SÓ SOBE SE O EFEITO NELE DA ALTA DO PREÇO DA AÇÃO E/OU DA VOLATILIDADE FOR MAIOR DO QUE A PERDA DE VALOR PELA PASSAGEM DO TEMPO, E A DISTÂNCIA AINDA PERMITIR QUE ESTAS INFLUÊNCIAS POSITIVAS SURTAM EFEITOS REPRESENTATIVIVOS NA OPÇÃO. Em outras palavras, para uma opção variar positivamente (subir de preço), e ter chance de ser exercida, é necessário que a influência positiva da alteração no preço da ação e/ou aumento da volatilidade sejam maiores que as influências negativas do tempo e da distância. E para terminar, novamente, em opções você tem sempre que saber O QUE (preço da ação), QUANDO (tempo), AONDE (preço de exercício, distância) e COMO (Volatilidade). 45 CAPÍTULO IV O VALOR DE EXPECTATIVA DAS OPÇÕES (VE) O que é VE? As opções têm um valor, um preço, que é chamado de prêmio. Assim como qualquer ativo financeiro, as opções têm um custo a qualquer momento. O valor da opção, ou prêmio é dividido em duas partes: Valor Intrínseco e Valor Extrínseco (VE). Vamos dissecar uma opção para compreender estes dois valores: Com a Vale PNA (VALE5) a 37 reais, a duas semanas do vencimento: Opção Preço de Exercício Preço da Opção Valor Intrínseco Valor Extrínseco (VE) VALEI34 34,00 3,50 3,00 0,50 VALEI36 36,00 1,92 1,00 0,92 VALEI38 38,00 0,95 0 0,95 VALEI40 39,60* 0,44 0 0,44 VALEI42 42,00 0,11 0 0,11 VALEI44 44,00 0,03 0 0,03 *Nota: Eventualmente surgem opções com os Preços de Exercício tortos, e o nome da opção com o preço correto permanece. Isso acontece devido a distribuição de dividendos e outros proventos. Na hora que uma ação vira EX-Dividendos, e o valor dos proventos são retirados dela, todas as opções lançadas até aquele momento, independente da série e data de lançamento tem o valor líquido retirado dos seus preços de exercício. Como as vezes umas são lançadas antes de outras na mesma série, opções tortas ocorrem as vezes como no exemplo da tabela. O Valor intrínseco é o valor verdadeiro da opção. Olhando na Tabela a opção VALEI34 com preço de exercício de 34 reais é o 46 direito de comprar Vale PNA a 34 reais. Estando a ação a 37 reais, seria dar dinheiro de graça vender esta opção por menos do que 3 reais que é a diferença entre o preço da ação e o preço de exercício da opção. Vamos exemplificar. Se alguém me vendesse esta opção (VALEI34) por 2 reais por exemplo, eu poderia exercê-la, o que significa comprar VALE5 a 34 reais e vender a ação no mercado a 37 reais, auferindo um lucro de 1 real (37-34 -2). Como eu só paguei 2 reais na opção, o vendedor teria me dado 1 real por cada opção negociada. Logo o valor verdadeiro ou intrínseco é o valor mínimo que a opção pode ser vendida, ou seja, o preço da ação menos o preço de exercício da opção:·. [Valor Intrínseco = Preço da Ação – Preço de Exercício da Opção] obs.: Essa fórmula é válida se o resultado for positivo, pois, se o resultado for negativo, a opção é OTM e não tem valor intrínseco. Apesar de ser importante conhecer o conceito de Valor Intrínseco, ele não é tão importante para operar opções. O que se opera é o valor extrínseco ou VE. O Valor Intrínseco varia de acordo com os movimentos da ação, pois como vemos na fórmula acima ele é dependente do preço da ação. Se o valor intrínseco é o valor da opção preenchido pela ação, o valor extrínseco é o que sobra, o que vai além do preço da ação, logo as opções fora do dinheiro, ou OTM só tem valor extrínseco (VE).·. [Valor Extrínseco (VE) = Prêmio Opção – Valor Intrínseco] Vamos pegar, por exemplo, a opção na tabela acima de preço de exercício de 36 reais. A ação está 37 reais, logo a ação preenche a opção em 1 real, de 36 a 37 reais. O que sobra além disso é VE. A opção está valendo 1,92 logo ela tem a seguinte configuração: Valor Intrínseco Valor Extrínseco (VE) 1 Real 0,92 Centavos 47 Ou seja, o VE é o prêmio da opção menos o valor intrínseco, em outras palavras, tirando
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