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Ricardo Andreucci

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Ricardo Andreucci- Processo Penal
Proteção Penal aos interesses sociais:
Dos crimes contra o sentimento religioso.
1.1 Ultraje a culto e impedimento ou perturbação de ato a ele relativo.
Dos crimes contra o sentimento religioso.
Ultraje a culto e impedimento ou perturbação de ato a ele relativo.
Dos crimes contra o respeito aos mortos.
Impedimento ou perturbação de cerimônia funerária.
O crime de ultraje a culto e impedimento ou perturbação de ato a ele relativo, vem previsto no art. 208 do CP. A objetividade jurídica, o bem jurídico protegido é a tutela do sentimento religioso, e da liberdade de crença e de culto, garantida pela CF, no art. 5º inciso 6º.
Sujeito ativo pode ser qualquer pessoa.
Sujeito passivo é a coletividade.
O art. 208 é considerado um tipo misto cumulativo, uma vez que reúne, no mesmo tipo penal, 3 condutas diversas, que são:
Escarnecer (ridicularizar, zombar, troçar) de alguém publicamente por motivo de crença ou função religiosa.
O escarnio deve ser feito publicamente, ou seja perante um numero indeterminado de pessoas, podendo ser utilizado qualquer meio.
Impedir (evitar que se inicie, suspender, paralisar) ou perturbar (tumultuar, atrapalhar, embaraçar) cerimonia ou pratica de culto religioso.
Vilipendiar (aviltar ”menosprezar”, menoscabar, tratar com desdém) publicamente ato ou objeto de culto religioso. O vilipendio deve ser publico, ou seja, feito na presença de um numero indeterminado de pessoas. O vilipendio deve recair sobre ato ou objeto de culto religioso. Ex. Imagens de santo, relíquias, cálices, paramentos, etc.
Dos crimes contra o respeito aos mortos.
Impedimento ou perturbação de cerimonia funerária: O crime vem previsto no art. 209 CP, punindo as condutas de impedir ou perturbar enterro ou cerimonia funerária.
Trata se de crime que tem como objetividade jurídica a tutela do sentimento de respeito aos mortos.
Sujeito ativo: Pode ser qualquer pessoa.
Sujeito passivo: Coletividade. Trata se de crime vago.
	A conduta típica vem expressa pelo verbo IMPEDIR que significa evitar que se inicie, suspender, paralisar. A conduta vem expressa também pelo verbo perturbar, que significa, tumultuar, atrapalhar, embaraçar.
	Enterro é trasladação do cadáver para o local onde será sepultado.
	Cerimonia funerária é todo o conjunto de atos de homenagem e assistência ao falecido, incluindo o velório.
	Cerimonia de cremação é aquela em que há a destruição do cadáver pelo fogo, em vez do sepultamento, reduzindo-o a cinzas.
	Trata se de crime doloso, que requer, para sua configuração, o intuito de desrespeitar os mortos.
	A consumação ocorre com o efetivo impedimento ou perturbação do enterro, da cerimonia de cremação ou da cerimonia funerária.
	Admite se a tentativa. 
	A ação penal é publica incondicionada.
	Se há emprego de violência, a pena é aumentada de 1/3, sem prejuízo da pena correspondente a violência.
Violação de sepultura. O crime de violação de sepultura vem previsto no art. 210 CP, punindo as condutas de violar ou profanar sepultura ou urna funerária. 
Sujeito Ativo: Pode ser qualquer pessoa. 
Sujeito Passivo: Coletividade.
A conduta típica vem expressa pelos verbos, VIOLAR, e PROFANAR. Violar: Abrir, devassar ilegitimamente.
Profanar: Aviltar, macular, conspurcar (sujar), ultrajar.
Sepultura: Lugar onde o cadáver é enterrado, compreendendo toda e qualquer construção, ornamentos, benfeitorias etc.
Urna funerária: É o receptáculo destinado a partes do cadáver, como ossos e cinzas.
	A consumação ocorre com a efetiva violação ou profanação da sepultura ou da urna funerária. Admite se a tentativa.
Destruição, subtração ou ocultação de cadáver. O crime de destruição, subtração ou ocultação de cadáver vem previsto no art. 211 CP, punindo as condutas de destruir, subtrair ou ocultar cadáver ou parte dele.
Sujeito ativo: Pode ser qualquer pessoa.
Sujeito Passivo: É a coletividade.
Como cadáver: Corpo humano sem vida, morto, que conserva a aparência humana. Excluem se do conceito de cadáver as cinzas e o esqueleto. O natimorto também é considerado cadáver. Não é cadáver o feto imaturo.
Também parte do cadáver é objeto de proteção legal.
Vilipendio a cadáver. 
O crime de vilipendio a cadáver vem previsto no art. 212 CP, punindo a conduta de vilipendiar cadáver ou suas cinzas. 
	Sujeito ativo: Pode ser qualquer pessoa.
	Sujeito Passivo: Coletividade.
	Conduta: Vem expressa pelo verbo vilipendiar, que significa tratar como vil, com desprezo, ultrajar.
	Além do cadáver, também as cinzas do cadáver, são objetos da proteção legal. Trata se de crime doloso. 
	A consumação ocorre com o efetivo vilipendio a cadáver ou suas cinzas.
	Admite se a TENTATIVA.
É possível o concurso de crimes entre o homicídio e o vilipendio.
Dos crimes contra a paz publica. 
Incitação ao crime. A incitação ao crime vem prevista no Art. 286 do CP, punindo a conduta de incitar, publicamente, a pratica de crime.
Trata se de crime contra a paz publica, tendo como objetividade jurídica a proteção da tranquilidade social.
Sujeito ativo: Pode ser qualquer pessoa.
Sujeito passivo: É a coletividade.
Conduta: Conduta típica vem representada pelo verbo INCITAR, que significa, estimular, induzir, instigar.
A incitação pode ser praticada por qualquer meio:
Verbal.
Por escrito.
Por gestos.
Nas redes sociais etc.
A incitação deve se referir a crime, estando excluídas as contravenções. Além disso, a incitação deve ser feita PUBLICAMENTE, ou seja, perante um numero indeterminado de pessoas.
Trata se de crime doloso. 
A consumação ocorre com a incitação publica, independentemente de qualquer outro resultado. Admite se a tentativa desde que a incitação não seja verbal.
Apologia de crime ou criminoso.
 	O crime de apologia de crime ou criminoso vem previsto no art. 287 CP, punindo a conduta de fazer, publicamente, apologia de fato criminoso ou de autor de crime.
	Trata se de crime contra a paz publica, que tem como objetividade jurídica a tutela da tranquilidade social.
Sujeito ativo: Qualquer pessoa.
Sujeito passivo: Coletividade.
Conduta típica: Vem representada pela expressão “fazer apologia”, que significa exaltar, elogiar, louvar, enaltecer.
A apologia deve se referir ao crime ou ao criminoso, estando excluídas as contravenções penais.
Além disso a apologia deve ser feita publicamente, por qualquer meio, verbal, escrito, gestos, atitudes etc.
Trata se de crime DOLOSO que se consuma com a apologia publica.
Admite se a tentativa, desde que a apologia não seja verbal.
O crime de associação criminosa: 
Vem previsto no art. 288 CP, punindo a conduta de associarem se 3 ou mais pessoas, para o fim especifico de cometer crimes.
Trata se de crime contra a paz publica, que tem como objetividade jurídica a tutela da tranquilidade social.
Sujeito ativo: pode ser qualquer pessoa. Trata se de crime pluri-subjetivo, pois necessita, para sua configuração pluralidade de agentes, no mínimo 3 pessoas.
Sujeito passivo: É a coletividade. 
A associação criminosa deve ser estável e permanente com a finalidade especifica de cometer crimes. Não se confunde com o mero concurso de pessoas, que é eventual.
		O crime de associação criminosa é autônomo, tendo existência própria, independentemente dos demais crimes praticados por seus integrantes.
	A pena aumenta se até a metade se a associação é armada, ou se houver a participação de criança ou adolescente. 
Constituição de Milícia Privada: O crime de constituição de milícia privada vem previsto no art. 288 A CP, punindo as condutas de constituir, organizar, integrar, manter, ou custear organização paramilitar, milícia particular, grupo ou esquadrão com a finalidade de praticar qualquer dos crimes previstos no CP.

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