Buscar

portfólio de logística

Prévia do material em texto

Sistema de Ensino Presencial Conectado
CURSO SUPERIOR DE TECNOLOGIA EM LOGÍSTICA
ARAMIS COSTA DA CUNHA
DANIEL ROCHA DOS REIS
JÉSSICA DE SOUSA LISBOA DE JESUS
JOHN ANDREWS BARBOSA GUIMARAES TEIXEIRA
JOHNNY VINICIUS AZEVEDO DA COSTA
SILVESTRE ALMEIDA DA SILVA
VICTOR RODRIGUES DOS SANTOS
PLANEJAMENTO PARA ABERTURA DE UMA EMPRESA DE CALÇADOS SUSTENTÁVEIS
ECOSHOES Calçados Sustentáveis ME
CABO FRIO
2019.1
ARAMIS COSTA DA CUNHA
DANIEL ROCHA DOS REIS
JÉSSICA DE SOUSA LISBOA DE JESUS
JOHN ANDREWS BARBOSA GUIMARAES TEIXEIRA
JOHNNY VINICIUS AZEVEDO DA COSTA
SILVESTRE ALMEIDA DA SILVA
VICTOR RODRIGUES DOS SANTOS
PLANEJAMENTO PARA ABERTURA DE UMA EMPRESA DE CALÇADOS SUSTENTÁVEIS
ECOSHOES Calçados Sustentáveis ME
Trabalho interdisciplinar apresentado à Universidade Norte do Paraná - UNOPAR, como requisito parcial para a avaliação na atividade interdisciplinar do 1° semestre do Curso Superior em Tecnologia em Logística.
Orientadores:
Valmir Sales Borges
Clarissa Rangel Betti
CABO FRIO
2019.1
INTRODUÇÃO 
	A partir do final da Segunda Guerra Mundial, o consumismo aumentou de forma exponencial. O consumo desnecessário de bens e serviços trouxe sérias consequências ao meio ambiente, como o desmatamento de florestas, diminuição de recursos naturais, desgaste do solo, alta poluição do ar e de rios, etc. (LIMA, 2010).
	No mundo globalizado, as empresas produzem cada vez mais produtos descartáveis, fazendo com que os clientes adquiram uma nova versão do produto com pouco tempo de uso, seja por curta durabilidade ou seja por ter se tornado obsoleto. A mídia também possui grande influência quando o assunto é consumismo, criando nas pessoas uma falsa sensação de necessidade. 
	Com o elevado consumismo, inicia-se uma exploração dos recursos naturais exagerada e consequentemente, uma elevada geração de resíduos, causando uma enorme agressão ao meio ambiente. O desafio deste século é evitar ou minimizar os impactos adversos de todos os produtos no meio ambiente. O comportamento da sociedade diante destas questões vem evoluindo em conjunto com os anseios empresariais pela competitividade e alta produção industrial.
	As empresas demandam por modelos de negócios inovadores e formas de gestão efetivas e utilização correta dos recursos disponíveis para que se tenha um bom resultado ao final do processo. A sustentabilidade empresarial é um desses modelos de negócios que, por meio de uma abordagem ampla, possibilita um equilíbrio financeiro, a preservação do meio ambiente e práticas sociais que estimulam o desenvolvimento da sociedade.
	A sustentabilidade empresarial acarreta em retornos como criação de novas tecnologias, possível aumento das vendas, funcionários motivados e mais produtivos, maior visibilidade e credibilidade, sendo o marketing social, marketing ambiental e a redução de custos os responsáveis na obtenção desses resultados.
	O tripé da sustentabilidade é usado como uma ferramenta que mede o desempenho da organização e os compara com os quesitos econômicos, ambientais e sociais, de modo geral, este termo é empregado para estabelecer valores e processos que as empresas devem adquirir com o intuito de reduzir os impactos causados nas três esferas: social, ambiental e econômica. (SPERS; MOTA; MARTINELI, 2014) 
	De acordo com Battagello (2013, p. 42, apud ETHOS, 2013) a responsabilidade social pode ser definida como: a forma de gestão que se define pela relação ética e transparente da empresa com todos os públicos com os quais ela se relaciona e pelo estabelecimento de metas empresariais que impulsionem o desenvolvimento sustentável da sociedade, preservando recurso ambientais e culturais para as gerações futuras, respeitando a diversidade e promovendo a redução das desigualdades sociais. 
	Esse trabalho tem como objetivo criar um planejamento para a ECOSHOES – Calçados sustentáveis, uma empresa preocupada com a sustentabilidade ambiental, produzindo calçados com recursos renováveis e de alta durabilidade, auxiliando na frenagem do consumismo desse tipo de produto, sendo uma opção de consumo consciente aos seus clientes.
CANVAS – MODELO DE NEGÓCIO.
	O modelo de negócio CANVAS é uma ferramenta que proporciona ao empreendedor ter uma visão geral de sua empresa, permitindo ter uma visão holística do seu negócio e sintetizando de forma clara como a organização pretende gerar valor. É dividido em nove blocos, que são montados em uma única tabela, contendo as principais áreas de um negócio: clientes, oferta, infraestrutura e viabilidade financeira.
O denominado “Business ModelCanvas (BMC)” é uma importante ferramenta de gerenciamento estratégico para empreendimentos. O BMC ajuda no desenvolvimento de esboços e versões finais de modelos de negócio, tanto para um novo empreendimento quanto para uma empresa que já está na ativa. Trata-se de um mapa visual que otimiza a visualização e compreensão do modelo de negócio de um empreendimento, dividindo-o em nove importantes blocos para o detalhamento de um negócio. (DORF, BOB e BLANK, STEVE, 2012, p. 571). 
Para a montagem do modelo CANVAS, responde-se a quatro perguntas chaves do modelo de negócio, como demonstrado na figura 1:
Figura 1. Estrutura do modelo CANVAS.
FONTE: blog.softwareavaliacao.com.br/modelo-canvas/
Montagem do modelo CANVAS para a empresa ECOSHOES.
Figura 2. Modelo CANVAS para a empresa ECOSHOES.
IMPACTOS POSITIVOS E NEGATIVOS NA COMUNIDADE LOCAL.
A instalação de uma indústria de calçados pode gerar grandes impactos sociais, tanto positivos como negativos. Como impactos positivos pode-se citar a geração de empregos, desenvolvimento e evolução da infraestrutura local, crescimento econômico, maior visibilidade por investidores e pelo governo melhorando os serviços aos cidadãos, valorização imobiliária nos arredores das indústrias, entre outros. Porém pode gerar também impactos negativos, como a remoção da população local, aumento do custo de vida, impacto em comunidades nativas, poluição, geração de resíduos, entre outros.
Durante a fabricação do calçado, geram-se muitos resíduos, como por exemplo, retalhos, possíveis refugos de solado, entressola ou palmilha do calçados e os resíduos em forma de pó oriundo do lixamento do calçado na fase de acabamento, entre outros.
Garlet(1998) afirma que muitas indústrias o depositam estes resíduos em áreas a céu aberto, e isto causa vários problemas ambientais, como poluição visual, proliferação de insetos e pequenos animais, além de existir uma ameaça constante de combustão do material. Segundo este mesmo autor, algumas indústrias vêm jogando esses resíduos em depósitos clandestinos, escondidos em locais de difícil acesso para fugir das fiscalizações dos órgãos competentes, e sem tomar nenhum tipo de cuidado.
Para evitar os impactos negativos inerentes a esse tipo de indústria, não basta apenas gerar, o aumento da riqueza material, de impostos e de empregos. É preciso colocar o empreendimento dentro do contexto do desenvolvimento sustentável da região, gerando valor para todas as organizações envolvidas, bem como para o empreendedor e para a comunidade. Quanto mais o vínculo entre empreendimento e crescimento econômico for mecânico e superficial, mais problemático será, envolvendo riscos para a entrega do projeto planejado.
É importante considerar também que os problemas ambientais estão diretamente relacionados aos sociais, como o atendimento às necessidades básicas de alimentação, saúde e moradia. É necessário rever os sistemas de produção quanto a escolha, ao gerenciamento e a utilização dos recursos naturais, bem como quanto ao processo de inovação tecnológica. As soluções para as questões sociais têm de ser encontradas em um contexto amplo, no qual os aspectos ambientais, econômicos e políticos também precisam ser revistos.
DECLARAÇÃO DE ESCOPO DO PROJETO
DESCRIÇÃO DO ESCOPO DO PRODUTO
Calçados sustentáveis feitos commateriais reciclados, como por exemplo tecidos, borracha e garrafas plásticas; recursos renováveis e alta tecnologia.
CRITÉRIOS DE ACEITAÇÃO DO PRODUTO
Descrição da composição impressa no embalagem do produto, alta durabilidade dos calçados, menor peso em relação aos calçados comuns, maior conforto em relação a modelos já existentes no mercado e design inovador e moderno.
ENTREGAS DO PROJETO
Calçados com impacto visual, social e ambiental.
EXCLUSÕES DO PROJETO
Não serão produzidos calçados que utilizam recursos animais, como por exemplo couro e pele animal.
RESTRIÇÕES DO PROJETO
Legislação ambiental para instalação da indústria; Ex: Lei do Zoneamento Industrial nas Áreas Críticas de Poluição – número 6.803 de 02 de julho de 1980. Atribui aos estados e municípios o poder de estabelecer limites e padrões ambientais para a instalação e licenciamento das industrias, exigindo o Estudo de Impacto Ambiental. 
Cumprir as Normas Regulamentadoras 09, 18, entre outras;
Prazo limite até 31/05/2021 para início do projeto;
Orçamento de 7 milhões de reais para realização do projeto.
PREMISSAS DO PROJETO
Contratar uma empresa de publicidade e marketing para a elaboração das campanhas publicitárias;
Conseguir patrocinadores para o desfile de lançamento da marca;
Obter apoio da população local;
Obter a satisfação dos clientes;
Certificação ISO 14001 – sistema de gestão ambiental;
Certificação ISO 9001 – gestão de qualidade;
Obtenção do selo verde;
INOVAÇÃO E CRIATIVIDADE
A inovação e a criatividade trazem uma série de benefícios para a empresa. E já que as organizações hoje operam em um ambiente global altamente competitivo, elas se tornam um diferencial para a empresa frente a seus concorrentes.
Encorajar os funcionários a pensar fora da caixa e dar tempo e recursos para explorar novas ações é a chave para encontrar novas ideias focadas em criatividade e inovação nas empresas. O processo de inovação e a solução criativa de problemas fornece uma importante vantagem competitiva que toda empresa pretende alcançar.
Empresas que premiam a criatividade mostram o quanto valorizam essa estratégia. Isso inspira todos os colaboradores a seguirem o mesmo caminho.
Algumas ações podem ser realizadas para incentivar a inovação e promover um ambiente organizacional criativo entre seus colaboradores, como tentar usar abordagens diferentes. A técnica de improvisação, por exemplo, durante uma reunião para debater determinado problema, pode ser uma ótima opção para criar esse tipo de mudança no ambiente de trabalho.
As iniciativas diferentes para pensar em novas saídas encorajam os colegas a construírem os pensamentos que sempre quiseram expor e que antes não tinham tanto espaço nem se sentiam a vontade para isso.
Por fim, também é importante oferecer um bom equilíbrio entre a vida profissional e pessoal. Essa ação não só ajuda a eliminar o estresse como desenvolve o ambiente propício para ser mais criativo e inovador.
LEGISLAÇÃO SOCIAL E TRABALHISTA.
Uma empresa sustentável procura manter um ambiente de trabalho sadio e respeitar a legislação trabalhista.
No caso de licença-maternidade o prazo não poderá ser inferior a 120 dias pois trata-se de um direito social previsto no art. 7º, XVIII, da CF/88. Vale ressaltar, no entanto, que, em 2008, o Governo, com o objetivo de ampliar o prazo da licença-maternidade, editou a Lei nº 11.770/2008 por meio de um programa chamado "Empresa Cidadã". Este programa prevê que a pessoa jurídica que possua uma empregada que tenha um filho (a) poderá conceder a ela uma licença-maternidade não de 120, mas sim de 180 dias. Em outras palavras, a CF/88 fala que o prazo mínimo é de 120 dias, mas a empresa pode conceder 180 dias.
Em se tratando sobre normas de saúde, higiene e segurança e a Norma Regulamentadora nº 23 (Proteção contra incêndios) do Ministério do Trabalho, não está a cargo do empregador escolher implementá-las ou não, trata-se de regras essenciais. Nenhum tipo de acordo coletivo está autorizado a dispor dos itens básicos que garantam a segurança dos seus trabalhadores, e muito menos que afronte a NR 23, que trata da Proteção contra Incêndios.
O intervalo interjornada está previsto no art. 66 da CLT, segundo o qual: “entre 2 (duas) jornadas de trabalho haverá um período mínimo de 11 (onze) horas consecutivas para descanso”, não podendo ser descumprido.
Caso a empresa celebrasse acordo coletivo nos termos citados a cima, a mesma não estaria cumprindo a sua função social, visto que estaria acarretando danos a seus colaboradores e infringindo a ética empresarial.
CONCLUSÃO
Com o presente trabalho, pode-se identificar a importância de expor que, dentro dos princípios de sustentabilidade, não se pode separar as questões sociais das questões ambientais, que, segundo Araújo (2006), quando uma organização é ecologicamente sustentável, ela também estará atuando de maneira socialmente responsável.
O objetivo fundamental de qualquer organização é obter o maior lucro possível e, com mudanças no sentido global, em termos de muitos problemas relacionados ao meio ambiente, as empresas começam a ter que se adequar a essa responsabilidade; e comprovados os ganhos em competitividade, as indústrias atualmente vêm incentivando projetos e processos com produtos voltados ao desenvolvimento sustentável pelo ganho econômico, social e ambiental.
O planejamento para a empresa ECOSHOES, possui alta viabilidade e grande aceitação no mercado principalmente no que diz respeito a responsabilidade social e ambiental. 
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
ARAÚJO, C. G. et al. Sustentabilidade Empresarial: Conceito e Indicadores, III Convibra, 2006.
BATTAGELLO, Ligia Antonio. Responsabilidade Social Empresarial e Parcerias Sociais: Modelo Relacional e Estudo de Caso. 2013. 80 f. Tese (Doutorado) - Curso de Gestão Internacional, Escola de Administração de Empresas de São Paulo, São Paulo, 2013. Disponível em: https://bibliotecadigital.fgv.br/dspace/bitstream/handle/10438/10594. Acesso em: 14 abr. 2019.
BRASIL. Decreto-Lei n.º 6.803, de 02 de julho de 1980. Dispõe sobre as diretrizes básicas para o zoneamento industrial nas áreas críticas de poluição. Diário Oficial da União: Brasília, 3 de julho de 1980. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto-lei/del5452.htm. Acesso em: 14 abr. 2019.
BRASIL. Decreto-Lei n.º 11.770, de 09 de setembro de 2008. Cria o Programa Empresa Cidadã, destinado à prorrogação da licença-maternidade mediante concessão de incentivo fiscal. Diário Oficial da União: Brasília, 10 de setembro de 2008. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2008/Lei/L11770.htm. Acesso em: 15 abr. 2019.
BRASIL. Decreto-Lei n.º 5.452, de 01 de maio de 1943. Aprova a Consolidação das Leis do Trabalho. Diário Oficial da União: Brasília, 9 de agosto de 1943. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto-lei/del5452.htm. Acesso em: 15 abr. 2019.
BRASIL. Normas Regulamentadoras, de 08 de julho de 1978. Visa a prevenção de acidentes e doenças provocadas ou agravadas pelo serviço. Disponível em: https://enit.trabalho.gov.br/portal/index.php/seguranca-e-saude-no-trabalho/sst-menu/sst-normatizacao/sst-nr-portugues?view=default. Acesso em: 15 abr. 2019.
CIZOTO, Sonelise Auxiliadora; DIÉGUES, Carla Regina Mota Afonso; PINTO, Rosângela de Oliveira. Homem, cultura e sociedade. Londrina: Editora e Distribuidora Educacional S.A., 2016.
DORF, Bob e BLANK, Steve. The Startup Owner’s Manual – the Step-by-Step Guide for Building a Great Company. K&Ranch, Inc. Publishers. Pescadero, California, USA – 2012. 571 p.
GARLET, G. & GREVEN, H. A. Aproveitamento de resíduos de E.V.A. da indústria calçadista na construção civil. Anais do Workshop sobre Reciclagem e reutilização de resíduos como materiais de construção civil. ANTAC – PCC /USP, São Paulo, 1996. 
LIMA, Ana Karmen Fontenele Guimarães. Consumo e Sustentabilidade: Em busca de novos paradigmas numa sociedade pós-industrial.Anais do XIX Encontro Nacional do Conpedi, Fortaleza, p.1686-1698, out. 2010. Disponível em: http://www.publicadireito.com.br/conpedi/manaus/arquivos/fortaleza/3597.pdf. Acesso em: 13 abri. 2019.
PAES, Evandro Silva; VILGA, Vaine Fermoseli. Gestão de projetos. Londrina: Editora e Distribuidora Educacional S.A., 2016.
RODRIGUES, Edna de Almeida. Modelos de gestão. Londrina: Editora e Distribuidora Educacional S.A., 2016.
SPERS, Valéria Rueda Elias; MOTA, Marília Gabriela Mosca; MARTINELI, Pedro Paulo Holtz. Conversando sobre Administração: Foco na Responsabilidade Social. Campo Grande: Life, 2014. 176 p. Disponível em: https://books.google.com.br/books?id=WmtlCgAAQBAJ&printsec=frontcover&dq. Acesso em: 13 abri. 2019.
TESTA, Janaina Carla da Silva Vargas. Legislação social e trabalhista. Londrina: Editora e Distribuidora Educacional S.A., 2019.

Continue navegando

Outros materiais