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Legislação Tributária: Fontes Formais e Processo Legislativo

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Curso Tributário – Teoria e Exercícios AFRF (ESAF) 
Prof. Alberto Macedo 
Aula 06 – Legislação Tributária 
Curso Tributário – Teoria e Exercícios AFRF (ESAF) 
Prof. Alberto Macedo 
Aula 06 – Legislação Tributária 
Curso Tributário – Teoria e Exercícios AFRF (ESAF) 
Aula 06 – Legislação Tributária 
Conteúdo Direito Tributário 
CONSTITUIÇÃO FEDERAL . ............................................................ 3 
EMENDA À CONSTITUIÇÃO FEDERAL . ........................................... 4 
LEI COMPLEMENTAR . ................................................................... 7 
LEIS . .......................................................................................... 36 
LEI ORDINÁRIA (LEI EM SENTIDO ESTRITO) ................................ 36 
MEDIDA PROVISÓRIA ................................................................ 41 
LEI DELEGADA.......................................................................... 48 
DECRETO LEGISLATIVO ............................................................. 50 
RESOLUÇÃO DO SENADO FEDERAL ............................................. 51 
DECRETO-LEI ........................................................................... 61 
TRATADOS E CONVENÇÕES INTERNACIONAIS ............................ 61 
DECRETOS ................................................................................... 67 
NORMAS COMPLEMENTARES ....................................................... 69 
ATOS 	NORMATIVOS 	EXPEDIDOS 	PELAS AUTORIDADES 
ADMINISTRATIVAS .......................................................................... 69 
DECISÕES ADMINISTRATIVAS COM EFICÁCIA NORMATIVA . ........... 70 
PRÁTICAS REITERADAS DAS AUTORIDADES ADMINISTRATIVAS . .... 70 
CONVÊNIOS CELEBRADOS ENTRE U, E, DF, M .............................. 71 
QUESTÃO DISCURSIVA . ............................................................. 78 
Quando falamos em legislação, falamos dos diversos diplomas normativos que o Direito possui. 
Esses diplomas são chamados pela doutrina de fontes formais do direito, origens de onde surgem as normas jurídicas. 
No Direito Tributário brasileiro, temos as seguintes fontes formais: 
FONTES FORMAIS
DO 
DIREITO 
TRIBUTÁRIO 
Constituição Federal 
FONTES FORMAIS 
PRIMÁRIAS 
FONTES FORMAIS 
SECUNDÁRIAS 
 
=
NORMAS 
COMPLEMENTARES
Lei Complementar
Emenda à Constituição 
Leis 
Lei Ordinária
Medida Provisória 
Lei Delegada 
Decreto Legislativo
Resolução do Senado
Decreto-Lei 
Tratados Internacionais 
Decretos 
Atos Normativos 
Decisões 
Administrativas
Práticas Reiteradas
Convênios entre 
U, E, DF, M 
Há também as fontes não formais. 
FONTES 
NÃO FORMAIS 
Costume 
Doutrina 
Jurisprudência
Costume – regras de conduta não escritas surgidas pela sua prática constante e uniforme, na sociedade. 
Doutrina – é a produção de estudos jurídicos, objetivados em livros, artigos, opiniões, pareceres etc. 
Jurisprudência – é o conjunto de decisões proferidas pelo Poder Judiciário que seguem um mesmo sentido. Elas não têm caráter vinculante, a não ser as Súmulas Vinculantes, “que, a partir de sua publicação na imprensa oficial, terá efeito vinculante em relação aos demais órgãos do Poder Judiciário e à administração pública direta e indireta, nas esferas federal, estadual e municipal, bem como proceder à sua revisão ou cancelamento, na forma estabelecida em lei” (art.103-A, CF88). 
Sempre quando falar em legislação, estarei me referindo às fontes formais. Vamos a elas, então. 
1. CONSTITUIÇÃO FEDERAL 
A CF88 está no topo da pirâmide normativa. É a “lei das leis”. 
Ela é o fundamento de validade de todas as outras normas jurídicas internas que estão abaixo dela. 
No que tange ao direito tributário, nela, estão previstas os princípios constitucionais (explícitos ou implícitos), as normas de competência tributária e as de imunidade tributária, entre outras. 
Lembre-se de que a Constituição não cria tributo, mas apenas outorga competência às pessoas jurídicas de direito público interno instituí-lo. 
Para estudarmos as demais fontes, partamos de norma da própria CF88: 
Art. 59, CF88. O processo legislativo compreende a elaboração de: 
- emendas à Constituição; 
- leis complementares; 
- leis ordinárias; 
- leis delegadas; 
- medidas provisórias; VI - decretos legislativos; VII - resoluções. 
Parágrafo único. Lei complementar disporá sobre a elaboração, redação, alteração e consolidação das leis. 
2. EMENDA À CONSTITUIÇÃO FEDERAL 
Art. 60. A Constituição poderá ser emendada mediante proposta: I - de um terço, no mínimo, dos membros da Câmara dos Deputados ou do Senado Federal; 
- do Presidente da República; 
- de mais da metade das Assembléias Legislativas das unidades da Federação, manifestando-se, cada uma delas, pela maioria relativa de seus membros. 
§ 1º - A Constituição não poderá ser emendada na vigência de intervenção federal, de estado de defesa ou de estado de sítio. § 2º - A proposta será discutida e votada em cada Casa do Congresso Nacional, em dois turnos, considerando-se aprovada se obtiver, em ambos, três quintos dos votos dos respectivos membros. 
§ 3º - A emenda à Constituição será promulgada pelas Mesas da Câmara dos Deputados e do Senado Federal, com o respectivo número de ordem. 
§ 4º - Não será objeto de deliberação a proposta de emenda tendente a abolir: 
- a forma federativa de Estado; 
- o voto direto, secreto, universal e periódico; 
- a separação dos Poderes; 
- os direitos e garantias individuais. 
§ 5º - A matéria constante de proposta de emenda rejeitada ou havida por prejudicada não pode ser objeto de nova proposta na mesma sessão legislativa. 
2.1. Proposta e Aprovação 
	PROPOSTA 
	APROVAÇÃO 
	1/3 da Câmara dos Deputados ou 
	3/5 em cada Casa do Congresso, em dois turnos 
	1/3 do Senado Federal ou 
	
	do Presidente ou 
	
	Maioria das Assembleias Legislativas 
	
(maioria relativa em cada uma) 
2.2. Cláusula Pétrea 
As cláusulas pétreas, listadas nos incisos do §4º do art.60, não podem ser alteradas ou revogadas, mesmo que por emenda constitucional. 
E os direitos e garantias individuais (inciso IV do §4º do art.60) não se encontram apenas no art.5º, como dispõe seu próprio parágrafo 2º: 
Art.5º, § 2º - Os direitos e garantias expressos nesta Constituição não excluem outros decorrentes do regime e dos princípios por ela adotados, ou dos tratados internacionais em que a República Federativa do Brasil seja parte. 
As cláusulas pétreas que se relacionam com o direito tributário são a forma federativa de Estado e os direitos e garantias individuais. 
No julgamento da ADI 939, sobre o IPMF, Imposto Provisório sobre a Movimentação ou a Transmissão de Valores e de Créditos e Direitos de Natureza Financeira, o trecho de ementa abaixo é esclarecedor: 
“1. Uma Emenda Constitucional, emanada, portanto, de Constituinte derivada, incidindo em violação à Constituição originária, pode ser declarada inconstitucional, pelo Supremo Tribunal Federal, cuja função precípua é de guarda da Constituição (art.102, I, “a”, da C.F.). 
2. A Emenda Constitucional nº 3, de 17.03.1993, que, no art. 2º, autorizou a União a instituir o I.P.M.F., incidiu em vício de 
inconstitucionalidade, ao dispor, no parágrafo 2º desse dispositivo, que, quanto a tal tributo, não se aplica ‘o art.150, III, ‘b’ e VI’, da Constituição, porque, desse modo, violou os seguintes princípios e normas imutáveis (somente eles, não outros): 
1º - o princípio da anterioridade, que é garantia individual do contribuinte (art.5º, §2º, art.60, §4º, inciso IV, e art.150, III, ‘b’, da Constituição); 
2º - o princípio da imunidade tributária recíproca (que veda à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios a instituição de impostos sobre o patrimônio, rendas ou serviços uns dos outros) e que é garantia da Federação (art.60, §4º, inciso I, e art.150, VI, ‘a’, da 
C.F.); 
3º - a norma que, estabelecendo outras imunidades, impede a criação de impostos (art.150, III) sobre: 
‘b’):templos de qualquer culto; 
‘c’): patrimônio, renda ou serviços dos partidos políticos, inclusive suas fundações, das atividades sindicais dos trabalhadores, das instituições de educação e de assistência social sem fins lucrativos, atendidos os requisitos da lei; e 
‘d’): livros, jornais, periódicos e o papel destinado a sua impressão; 
[...]” 
Podemos sintetizar assim: 
	Cláusula pétrea 
	Princípio / Imunidade 
	Direito e garantia individual 
	Princípio da Anterioridade 
(art.150, III) 
	Forma federativa de Estado 
	Imunidade Recíproca 
(art.150, VI, ‘a’) 
	Direito e garantia individual 
(Liberdade de culto) 
	Imunidade Religiosa 
(art.150, VI, ‘b’) 
	Direito e garantia individual (Liberdade de organização partidária, Liberdade de manifestação do pensamento e liberdade de associação, liberdade sindical) 
Direito e garantia individual (Liberdade de manifestação do pensamento, liberdade de informação, liberdade de expressão intelectual) 
	Imunidade dos Partidos Políticos, 
Sindicatos dos Trabalhadores e 
Instituições de Educação e 
Assistência Social Sem Fins 
Lucrativos 
(art.150, VI, ‘c’) 
	
	Imunidade de Livros, Jornais, 
Periódicos e o Papel Destinado a Sua 
Impressão 
(art.150, VI, ‘d’) 
	Quanto à Forma Federativa de Estado, ainda podemos incluir: 
	Cláusula pétrea 
	Princípio / Imunidade 
	Forma federativa de Estado
	Princípio da Uniformidade Geográfica da Tributação (art.151, I) 
	Forma federativa de Estado
	Princípio da Uniformidade na 
Tributação da Renda (art.151, II) 
	Forma federativa de Estado
	Princípio da Vedação à Isenção 
Heterônoma (art.151, III) 
	Forma federativa de Estado 
	Princípio da Não-Discriminação Tributária Baseada em Procedência ou Destino (art.152) 
3. LEI COMPLEMENTAR 
3.1. Quorum Qualificado 
Art. 69. As leis complementares serão aprovadas por maioria absoluta. 
O quorum de aprovação é a única diferença formal entre a lei complementar e a lei ordinária: (i) Lei Ordinária exige maioria relativa para aprovação; (ii) Lei Complementar exige maioria absoluta para aprovação. 
As pessoas costumam falar “metade mais um” para se referir à maioria. 
Mas o mais correto é que a maioria quer dizer “o primeiro número inteiro acima da metade” (ou “mais da metade”) dos Parlamentares. 
1º número inteiro acima da metade dos Parlamentares... 
...presentes à sessão 	 MAIORIA RELATIVA	 Lei Ordinária 
 ≠ 
...existentes na Casa Legislativa MAIORIA ABSOLUTA 	 Lei Complementar 
No caso brasileiro atual, as Casas Legislativas do Congresso Nacional (Câmara dos Deputados e Senado Federal) possuem a seguinte composição: 
Câmara dos Deputados – 513 Deputados Federais 
Senado Federal – 81 Senadores 
Se falássemos “metade mais um”, para o quorum de aprovação de uma Lei Complementar seriam necessários 256,5 Deputados e 40,5 Senadores aprovando. 
O primeiro número inteiro acima da metade dos Parlamentares existentes é de 257 Deputados na Câmara dos Deputados e de 41 Senadores no Senado Federal. 
Esse quorum privilegiado para a lei complementar significa que ela regula matérias de especial importância, demandando um maior consenso entre os Parlamentares. 
Quando a Constituição prevê que determinada matéria exige lei complementar, normalmente o faz expressamente no texto constitucional. 
3.2. O Art.146 da CF88 
Art. 146. Cabe à lei complementar: 
- dispor sobre conflitos de competência, em matéria tributária, entre a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios; 
- regular as limitações constitucionais ao poder de tributar; III - estabelecer normas gerais em matéria de legislação tributária, especialmente sobre: 
definição de tributos e de suas espécies, bem como, em relação aos impostos discriminados nesta Constituição, a dos respectivos fatos geradores, bases de cálculo e contribuintes; 
obrigação, lançamento, crédito, prescrição e decadência tributários; 
adequado tratamento tributário ao ato cooperativo praticado pelas sociedades cooperativas. 
definição de tratamento diferenciado e favorecido para as microempresas e para as empresas de pequeno porte, inclusive regimes especiais ou simplificados no caso do imposto previsto no art. 155, II, das contribuições previstas no art. 195, I e §§ 12 e 13, e da contribuição a que se refere o art. 239. 
Parágrafo único. A lei complementar de que trata o inciso III, d, também poderá instituir um regime único de arrecadação dos impostos e contribuições da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, observado que: 
- será opcional para o contribuinte; 
- poderão ser estabelecidas condições de enquadramento diferenciadas por Estado; 
- o recolhimento será unificado e centralizado e a distribuição da parcela de recursos pertencentes aos respectivos entes federados será imediata, vedada qualquer retenção ou condicionamento; 
- a arrecadação, a fiscalização e a cobrança poderão ser compartilhadas pelos entes federados, adotado cadastro nacional único de contribuintes. 
O referido artigo é um dos mais importantes, no que tange a atribuições à lei complementar em regular matéria tributária. 
Assim, cabe à lei complementar: 
Estabelecer 
Normas 
Gerais em 
Matéria 
Tributária 
Regular 
Limitações 
Constitucionais 
ao Poder de 
Tributar 
Dispor sobre 
Conflito de 
Competência 
entre 
U, E, DF, M 
Ex.: CTN quando define “zona 
urbana” (art.32) e “zona rural” 
art.29) para evitar conflito de 
(
competência entre IPTU 
(
Municípios) e ITR (União). 
Obrigação, 
Lançamento, Crédito, 
Prescrição e 
Decadência 
Tributários 
Ex.: CTN quando regula, no seu 
art.14, a imunidade das 
instituições de assistência social 
sem fins lucrativos 
(
art.150, VI, ‘c’, CF88) 
Definir tributos e 
suas espécies 
Definir fato gerador, 
base de cálculo e 
contribuinte dos 
impostos 
Tratamento tributário 
ao ato cooperativo 
Tratamento 
diferenciado e 
favorecido para ME e 
EPP 
Cabe à Lei 
Complementar 
Ex.: CTN definindo regras de 
decadência (art.173, por 
exemplo) e de prescrição 
(
art.174, por exemplo) 
Ex.: CTN definindo tributo no 
seu art.3º 
Ex.: CTN definindo, para o 
Imposto de Renda, fato 
gerador (art.43), base de 
cálculo (art.44) e 
contribuinte (art.45) 
Essa lei complementar ainda 
não foi editada 
Ex.: LC 123/2006, que 
instituiu o Regime Especial 
Unificado de Arrecadação de 
Tributos e Contribuições 
devidos pelas ME e EPP 
(
SIMPLES NACIONAL) 
3.2.1. Dispor sobre Conflitos de Competência – Art.146, I, CF88 
Há situações em que não há dúvida sobre qual seja o tributo que deva incidir. Mas situações outras há as quais ficam numa área fronteiriça – uma região de penumbra – entre a competência tributária de um ente tributante e a competência tributária de outro ente tributante. 
Aí surge o potencial conflito de competência tributária, quando aparecem dúvidas sobre se determinada situação econômica deve acarretar a incidência do tributo de um ente político ou a incidência do tributo de outro ente político. 
Imagine um imóvel que fique numa região que não se sabe ao certo se é urbana ou rural: alguns entendem ser urbana e outros entendem ser rural. Essa dúvida faz toda a diferença quando se for definir o imposto sobre a propriedade imóvel que deverá incidir: ITR (União) ou IPTU (Municípios). 
Esta aí um caso em que é fundamental a lei complementar dispor sobre esse potencial conflito de competência. E o CTN o fez, definindo os conceitos de zona urbana (onde os imóveis ali situados ficarão sujeitos ao IPTU) e de zona rural (onde os imóveis ali localizados ficarão sujeitos ao ITR), arts.32 e 29, respectivamente. 
Outro exemplo de potencial conflito de competência a ser definido pela lei complementar é aquele da tributação do comércio que envolve não só bens (mercadorias), mas sim serviços. Uma situação dessas, que envolva bens e serviços, ensejará a incidência do ICMS ou do ISS? Cabe à lei complementar definir, dispondo sobre conflito de competência. 
E a LC 116/2003definiu, no seu art.1º, §2º, que ressalvadas as exceções expressas na lista de serviços anexa, os serviços nela mencionados não ficam sujeitos ao ICMS, ainda que sua prestação envolva fornecimento de mercadorias. 
Se houver exceção expressa: ISS sobre o valor do serviço; ICMS sobre o valor do bem. 
Ex.: subitem 14.03 – Recondicionamento de motores (exceto peças e partes empregadas, que ficam sujeitas ao ICMS). 
Se não houver exceção expressa: ISS sobre o valor total, ainda que o serviço envolva fornecimento de mercadoria. 
Ex.: subitem 14.13 – Carpintaria e serralheria (neste serviço, certamente será utilizado madeira, metal e acessórios. Mesmo assim, não caberá ICMS no material, mas ISS sobre o valor total). 
3.2.2. Regular As Limitações Constitucionais Ao Poder De Tributar – Art.146, II, CF88 
Prevê o art.150, VI, ‘c’, c/c art.150, §4º: 
Art. 150. Sem prejuízo de outras garantias asseguradas ao contribuinte, é vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos 
Municípios: [...] 
VI - instituir impostos sobre: [...] 
c) patrimônio, renda ou serviços dos partidos políticos, inclusive suas fundações, das entidades sindicais dos trabalhadores, das instituições de educação e de assistência social, sem fins lucrativos, atendidos os requisitos da lei; [...] 
Essa lei a que se refere a parte final da alínea ‘c’ é a LEI ORDINÁRIA, mas apenas a que vem para fixar normas sobre a constituição e o funcionamento da entidade educacional ou assistencial (RE 93.770; ADI 1.802 MC). 
Pelo art.146, II, é que se exige LEI COMPLEMENTAR para regular a imunidade, o que é feito atualmente pelo art.14, CTN, que traz os seguintes requisitos para as entidades serem consideradas sem fins lucrativos: I – não distribuírem qualquer parcela de seu patrimônio ou de suas rendas, a qualquer título; 
- aplicarem integralmente, no País, os seus recursos na manutenção dos seus objetivos institucionais; 
- manterem escrituração de suas receitas e despesas em livros revestidos de formalidades capazes de assegurar sua exatidão. 
Não pode ter lucro, mas pode ter superávit financeiro. 
01- (PROCURADOR DE CONTAS TCE AMAPÁ 2010 FCC) A lei complementar em matéria tributária é, por exigência constitucional, aplicada para 
regular as limitações constitucionais ao poder de tributar. 
instituir imposto extraordinário. 
instituir contribuição de intervenção no domínio econômico. 
atribuir a condição de responsável tributário. (E) disciplinar o processo judicial tributário. 
Resolução 
CORRETA. regular as limitações constitucionais ao poder de tributar. (ART.146, II, CF88). 
ERRADA. instituir imposto extraordinário É POR LEI ORDINÁRIA. (ART.154, II, CF88). 
ERRADA. instituir contribuição de intervenção no domínio econômico É POR LEI ORDINÁRIA. (ART.149, CF88). 
ERRADA. atribuir a condição de responsável tributário É POR LEI ORDINÁRIA. (ART.128, CTN). 
ERRADA. disciplinar o processo judicial tributário É POR LEI ORDINÁRIA. 
(ART.22, I, CF88). 
GABARITO: A 
3.2.3. Estabelecer Normas Gerais Em Matéria De Legis-
lação Tributária – Art.146, III, CF88 
O estabelecimento de normas gerais em matéria tributária por lei complementar (lei complementar nacional) é fundamental para a sobrevivência da Federação. Afinal, já pensou se o CTN não estabelecesse, por exemplo, as regras de prazos de decadência e de prescrição, deixando essa função à União, aos 26 Estados, ao Distrito Federal, e cada um dos mais de 5.560 Municípios? Seria um verdadeiro caos normativo, com cada um desses entes definindo das formas mais diversas esses prazos. 
Quando se fala em normas gerais em direito tributário, temos que lembrar do art.24, CF88: 
Art. 24. Compete à União, aos Estados e ao Distrito Federal legislar concorrentemente sobre: 
I - direito tributário, financeiro, penitenciário, econômico e urbanístico; [...] 
§ 1º - No âmbito da legislação concorrente, a competência da União limitar-se-á a estabelecer normas gerais. 
§ 2º - A competência da União para legislar sobre normas gerais não exclui a competência suplementar dos Estados. 
§ 3º - Inexistindo lei federal sobre normas gerais, os Estados exercerão a competência legislativa plena, para atender a suas peculiaridades. 
§ 4º - A superveniência de lei federal sobre normas gerais suspende a eficácia da lei estadual, no que lhe for contrário. 
O dispositivo é claro que caso não haja a lei complementar regulando a norma geral, podem os Estados (e também os Municípios, conforme o STF, como veremos abaixo) exercer sua competência legislativa plena. 
3.2.3.1. Definição de Tributo e Suas Espécies – Definição Dos Fatos Geradores, Bases De Cálculo E Contribuintes Dos Impostos Previstos Na Constituição – Art.146, III, ‘a’, CF88 
Quanto à definição dos tributos e de suas espécies, particularmente quanto à definição das espécies, a CF88 tem um papel relevante, trazendo, por exemplo, as contribuições sociais como espécies da classificação dos tributos. 
Como vimos acima, a ausência de lei complementar definindo fato gerador, base de cálculo e contribuinte de algum tributo previsto constitucionalmente não impede o ente federado competente de criar o tributo de exercer sua competência (inclusive Municípios). 
Isso aconteceu com o IPVA, de competência dos Estados, conforme AI-AgR 167.777 SP: 
“IMPOSTO SOBRE PROPRIEDADE DE VEÍCULOS AUTOMOTORES – 
DISCIPLINA. Mostra-se constitucional a disciplina do Imposto sobre Propriedade De Veículos Automotores mediante norma local. Deixando a União de editar normas gerais, exerce a unidade da federação a competência legislativa plena - §3º do artigo 24, do corpo permanente da Carta de 1988 -, sendo que, com a entrada em vigor do sistema tributário nacional, abriu-se à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios, a via da edição de leis necessárias à respectiva aplicação - §3º do artigo 34 do Ato das Disposições 
Constitucionais Transitórias da Carta de 1988.” 
02- (AUDITOR-FISCAL DA RECEITA FEDERAL 2000 ESAF) O estabelecimento de normas gerais em matéria de legislação tributária sobre obrigação, lançamento, crédito, prescrição e decadência tributários, deverá fazer-se, segundo norma contida na Constituição, mediante 
lei complementar federal 
lei ordinária de cada ente tributante 
lei complementar de cada ente tributante 
lei ordinária federal 
lei ordinária, medida provisória ou lei delegada federal 
Resolução 
3.2.3.2. Obrigação, Lançamento, Crédito, Prescrição E Decadência Tributários – Art.146, III, ‘b’, CF88 
A lei ordinária federal nº 8.212/1991 previa, nos seus arts.45 e 46, prazos de decadência e prescrição, respectivamente, de 10 anos; destoando do CTN, lei complementar material, cujos prazos de decadência e prescrição previstos são de 5 anos. 
Com a jurisprudência do STF definindo pela inconstitucionalidade dos dispositivos, por estabelecerem regras de decadência e prescrição por lei ordinária, foi editada a Súmula Vinculante nº 8, em 2008 (vinculante porque tem efeito vinculante em relação aos demais órgãos do Poder Judiciário e à administração pública direta e indireta, nas esferas federal, estadual e municipal, conforme art.103-A, CF88): 
Súmula Vinculante 8 
São inconstitucionais o parágrafo único do artigo 5º do Decreto-Lei nº 1.569/1977 e os artigos 45 e 46 da Lei nº 8.212/1991, que tratam de prescrição e decadência de crédito tributário. 
O dispositivo do referido Decreto-Lei trazia regra de suspensão de prazo prescricional. 
Questão 02: GABARITO: A 
3.2.3.3. Adequado Tratamento Tributário Ao Ato Cooperativo Praticado Pelas Sociedades Cooperativas – Art.146, III, ‘c’, CF88 
Na verdade, ainda não existe essa lei complementar, que venha a dar o tratamento tributário adequado ao ato cooperativo das sociedades cooperativas. 
Esse setor ainda é regulado pela Lei ordinária nº 5.764/1971, que “define a Política Nacional de Cooperativismo, institui o regime jurídico das sociedades cooperativas”. 
Segundo essa lei, sociedade cooperativa é aquela em que os associados se reúnem e reciprocamente se obrigam a contribuircom bens ou serviços para o exercício de uma atividade econômica, de proveito comum, sem objetivo de lucro, mediante um contrato de sociedade cooperativa (art.3º). 
A sociedade cooperativa é uma sociedade de pessoas, com forma e natureza jurídica próprias, de natureza civil, não sujeita a falência, constituída para prestar serviços aos associados (art.4º). 
Pela referida lei, ato cooperativo é aquele praticado entre as cooperativas e seus associados, entre estes e aquelas e pelas cooperativas entre si quando associados, para a consecução dos objetivos sociais, não implicando, esse ato, operação de mercado, nem contrato de compra e venda de produto ou mercadoria (art.79). 
A diretriz tomada pela CF88 de favorecer a atividade cooperativa também se revelou no art.174, §2º, que previu: 
Art.174, § 2º - A lei apoiará e estimulará o cooperativismo e outras formas de associativismo. 
3.2.3.4. Definição De Tratamento Diferenciado E Favorecido Para As Microempresas E Para As Empresas De Pequeno Porte – Art.146, 
III, ‘d’, CF88 
Antes, o tratamento favorecido para as ME e EPP estava previsto apenas no art.170, IX, e no art.179. 
Art.170, IX - tratamento favorecido para as empresas de pequeno porte constituídas sob as leis brasileiras e que tenham sua sede e administração no País [Princípio da Ordem Econômica]. 
Art. 179. A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios dispensarão às microempresas e às empresas de pequeno porte, assim definidas em lei, tratamento jurídico diferenciado, visando a incentiválas pela simplificação de suas obrigações administrativas, tributárias, previdenciárias e creditícias, ou pela eliminação ou redução destas por meio de lei. 
Esses dispositivos foram o fundamento de validade para a Lei ordinária nº 
9.317/1996, que criou o Sistema Integrado de Pagamento de Impostos e Contribuições das Microempresas e das Empresas de pequeno Porte – SIMPLES. 
Essa lei dava um “tratamento diferenciado, simplificado e favorecido, aplicável às microempresas e as empresas de pequeno porte”, relativo aos impostos e às contribuições que mencionava, com um recolhimento, numa guia única, de vários impostos e contribuições. 
Mas, entre outros motivos, um que lhe conferia certa limitação é que o SIMPLES só abrangeria o ICMS e o ISS se o Estado ou o Município a ele aderissem mediante convênio. 
Com a EC 42/2003, foi inserida a alínea ‘d’ ao inciso III do art.146, bem como um parágrafo único, ambos trazendo normas constitucionais de maior amplitude para o tratamento diferenciado aqui tratado, entre elas a determinação de que o regime abrangia os impostos e contribuições não só da União, mas também dos Estados, Distrito Federal e Municípios. 
E com esse novo fundamento de validade é que adveio a LC 123/2006 (revogou a Lei ordinária nº 9.317/1996), que criou o Regime Especial Unificado de Arrecadação de Tributos e Contribuições devidos pelas Microempresas e Empresas de Pequeno Porte - Simples Nacional, o qual abrange, hoje, os seguintes tributos: 
IRPJ; 
IPI; 
CSLL; 
COFINS; 
PIS/Pasep; 
Contribuição Patronal Previdenciária – CPP; 
ICMS; (viii) ISS. 
03- (AUDITOR TCE ALAGOAS 2008 FCC) A definição, em matéria tributária, de tratamento diferenciado e favorecido para as microempresas e empresas de pequeno porte 
é incompatível com a Constituição da República, em decorrência da vedação de estabelecimento de distinção entre contribuintes em razão de sua ocupação profissional ou função por eles exercida. 
não poderá implicar em instituição de regimes especiais ou simplificados no caso do imposto sobre operações relativas à circulação de mercadorias e prestação de serviços de transporte interestadual e intermunicipal e de comunicação. 
será estabelecida por lei complementar, que poderá, inclusive, instituir regime único de arrecadação de impostos e contribuições da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, nos termos da Constituição da República. 
não poderá resultar no estabelecimento de condições de enquadramento diferenciadas por Estado, nem em obrigatoriedade para os contribuintes de adesão ao regime. 
implicará na centralização, pela União, de recolhimento dos impostos e contribuições sujeitos ao regime, devendo ser imediata a distribuição de parcelas de recursos pertencentes a outros entes da Federação, excetuadas hipóteses de retenção ou condicionamento, previstas na Constituição. 
Resolução 
ERRADA. NÃO é incompatível com a Constituição da República, em decorrência da vedação de estabelecimento de distinção entre contribuintes em razão de sua ocupação profissional ou função por eles exercida. A VEDAÇÃO DE DISTINÇÃO ENTRE CONTRIBUINTES POR SUA OCUPAÇÃO PROFISSIONAL OUO FUNÇÃO EXISTE, CONFORME O PRINCÍPIO DA ISONOMIA TRIBUTÁRIA (ART.150, II, CF88), MAS ESSA VEDAÇÃO, CONFORME O MESMO DISPOSITIVO, APLICA-SE A CONTRIBUINTES QUE SE ENCONTREM EM SITUAÇÃO EQUIVALENTE. É A VELHA MÁXIMA: ISONOMIA É TRATAR DESIGUALMENTE OS DESIGUAIS, NA MEDIDA EM QUE SE DESIGUALEM. 
ERRADA. Não poderá implicar em instituição de regimes especiais ou simplificados no caso do imposto sobre operações relativas à circulação de mercadorias e prestação de serviços de transporte interestadual e intermunicipal e de comunicação. (ART.146, PARÁGRAFO ÚNICO, CF88). (C) CORRETA. será estabelecida por lei complementar, que poderá, inclusive, instituir regime único de arrecadação de impostos e contribuições da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, nos termos da Constituição da República. (ART.146, PARÁGRAFO ÚNICO, CF88). 
ERRADA. não poderá resultar no estabelecimento de condições de enquadramento diferenciadas por Estado, nem MAS NÃO em obrigatoriedade para os contribuintes de adesão ao regime. (ART.146, PARÁGRAFO ÚNICO, I e II, CF88). 
ERRADA. implicará na centralização, pela União, de recolhimento dos impostos e contribuições sujeitos ao regime, devendo ser imediata a distribuição de parcelas de recursos pertencentes a outros entes da Federação, excetuadas hipóteses de retenção ou condicionamento, previstas na Constituição VEDADA QUALQUER RETENÇÃO OU CONDICIONAMENTO. 
(ART.146, PARÁGRAFO ÚNICO, III, CF88). 
GABARITO: C 
3.3. Lei Complementar Nacional ≠ Lei Complementar Federal A lei complementar demandada pela CF88 para regular determinada matéria pode ser, materialmente, uma lei complementar nacional ou federal. 
“Ora, mas há 2 espécies de lei complementar e só agora você avisa isso professor?!” 
Calma. Formalmente, só existe um tipo de lei complementar, expedida pelo Congresso Nacional, com quorum de maioria absoluta para aprovação, como vimos. 
Mas, assim como a União, na CF88, aparece às vezes como pessoa jurídica de direito público interno, e às vezes como Estado Federal Total, Estado Nacional, República Federativa do Brasil; a lei complementar expedida pela União também pode ter o caráter de produto legislativo para o ente federado “União”, ou o caráter de produto legislativo para toda a Nação. 
REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL 	 LEI COMPLEMENTAR NACIONAL 
 
≠ 
UNIÃO	 	 	 	 	 LEI COMPLEMENTAR FEDERAL 
Como exemplo de lei complementar federal, a CF88 prevê, no art.128, §5º, que lei complementar da União estabelecerá a organização, as atribuições e o estatuto do Ministério Público federal. É uma espécie de lei complementar voltada para um órgão federal, e não estadual nem municipal. Ou seja, lei complementar federal, e não nacional. 
Já a lei complementar à qual o art.146, CF88, confere diversas competências é uma lei complementar nacional, pois as normas por ela reguladas (muitas pelo CTN) aplicam-se não só à União, ente federado, mas também aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios. 
O próprio STF entende nesse sentido, como por exemplo, no julgamento do RE 229.096 RS, em que decidiu não ser inconstitucional isenção de ICMS (tributo estadual) prevista em Tratado Internacional celebrado pela União, não como ente federado, mas sim como República Federativa do Brasil, com base no art. 98, CTN, que prevê que os tratados internacionais revogamou modificam a legislação tributária interna, e serão observados pela que lhes sobrevenha. 
3.4. Outros Dispositivos Constitucionais que Tratam de Lei complementar Tributária 
Art. 146-A. Lei complementar poderá estabelecer critérios especiais de tributação, com o objetivo de prevenir desequilíbrios da concorrência, sem prejuízo da competência de a União, por lei, estabelecer normas de igual objetivo. 
Art. 148. A União, mediante lei complementar, poderá instituir empréstimos compulsórios: [...] 
Art. 153. Compete à União instituir impostos sobre: VII - grandes fortunas, nos termos de lei complementar. 
Art. 154. A União poderá instituir: 
I - mediante lei complementar, impostos não previstos no artigo anterior, desde que sejam não-cumulativos e não tenham fato gerador ou base de cálculo próprios dos discriminados nesta Constituição; 
Art.155, § 1.º O imposto previsto no inciso I [ITCMD]: [...] 
III - terá competência para sua instituição regulada por lei complementar: 
se o doador tiver domicilio ou residência no exterior; 
se o de cujus possuía bens, era residente ou domiciliado ou teve o seu inventário processado no exterior; 
Art.155, §2º [ICMS], XII - cabe à lei complementar: a) definir seus contribuintes; 
dispor sobre substituição tributária; 
disciplinar o regime de compensação do imposto; 
fixar, para efeito de sua cobrança e definição do estabelecimento responsável, o local das operações relativas à circulação de mercadorias e das prestações de serviços; 
excluir da incidência do imposto, nas exportações para o exterior, serviços e outros produtos além dos mencionados no inciso X, "a" 
prever casos de manutenção de crédito, relativamente à remessa para outro Estado e exportação para o exterior, de serviços e de mercadorias; 
regular a forma como, mediante deliberação dos Estados e do Distrito Federal, isenções, incentivos e benefícios fiscais serão concedidos e revogados. 
definir os combustíveis e lubrificantes sobre os quais o imposto incidirá uma única vez, qualquer que seja a sua finalidade, hipótese em que não se aplicará o disposto no inciso X, b; [ICMS-MONOFÁSICO 
COMBUSTÍVEIS] 
fixar a base de cálculo, de modo que o montante do imposto a integre, também na importação do exterior de bem, mercadoria ou serviço. 
Art. 156. Compete aos Municípios instituir impostos sobre: III - serviços de qualquer natureza, não compreendidos no art. 155, II, definidos em lei complementar. 
Art.156, § 3º Em relação ao imposto previsto no inciso III [ISS] do caput deste artigo, cabe à lei complementar: 
- fixar as suas alíquotas máximas e mínimas; 
- excluir da sua incidência exportações de serviços para o exterior. 
- regular a forma e as condições como isenções, incentivos e benefícios fiscais serão concedidos e revogados. 
04- (AUDITOR-FISCAL DA RECEITA FEDERAL 2012 ESAF) Em matéria tributária, de acordo com a Constituição Federal, compete à Lei 
Complementar, exceto, 
instituir as limitações constitucionais ao poder de tributar. 
dispor sobre obrigação, lançamento, crédito, prescrição e decadência tributários. 
estabelecer critérios especiais de tributação, com o objetivo de prevenir desequilíbrios da concorrência. 
dispor sobre o adequado tratamento tributário ao ato cooperativo praticado pelas sociedades cooperativas. 
estabelecer tratamento diferenciado e favorecido para as microempresas e para as empresas de pequeno porte, inclusive regimes especiais ou simplificados. 
Resolução 
ERRADO. INSTITUIR É CRIAR. QUEM CRIA AS LIMITAÇÕES CONSTITUCIONAIS AO PODER DE TRIBUTAR É A CONSTITUIÇÃO, E NÃO A LEI COMPLEMENTAR. CABE À LEI COMPLEMENTAR REGULAR ESSAS 
LIMITAÇÕES, E NÃO CRIÁ-LAS. (ART.146, II, CF88). 
CORRETO. ART.146, III, ‘B’, CF88. (C) CORRETO. ART.146-A, CF88. 
(D) CORRETO. ART.146, III, ‘C’, CF88. (E) CORRETO. ART.146, III, ‘D’, CF88. 
GABARITO: A 
3.5. Tributos que Devem Ser Instituídos por Lei Complementar 
Empréstimo Compulsório 	 	 	art.148 
Imposto sobre Grandes Fortunas 	art.153, VII 
Novos Impostos 	 	 	 	art.154, I 
Novas Contribuições 	 	 	 	art.195, §4º 
05- (FISCAL DE TRIBUTOS ESTADUAIS SEFA PA 2002 ESAF) Prestamse a adensar a disciplina constitucional conferida ao sistema tributário e a criar certos tributos: 
normas complementares 
decretos 
tratados internacionais 
leis ordinárias 
leis complementares 
Resolução 
“adensar a disciplina constitucional conferida ao sistema tributário” = quando a CF confere poder à lei complementar regular alguma norma constitucional tributária. 
Lei complementar cria os seguintes tributos: Emprés-
timo Compulsório 	 	 	art.148 Imposto sobre Grandes Fortunas 	art.153, VII Novos 
Impostos 	 	 	 	art.154, I Novas Contribuições 	 	 	 	art.195, §4º 
GABARITO: E 
06- (FISCAL DE RENDAS DO MUNICÍPIO DO RIO DE JANEIRO 2010 
ESAF) Em matéria tributária, são privativas de lei complementar, exceto: (A) instituição de tributos e de suas espécies, bem como, em relação aos impostos discriminados na Constituição Federal, dos respectivos fatos geradores, bases de cálculo e contribuintes. 
adequado tratamento tributário ao ato cooperativo praticado pelas sociedades cooperativas. 
dispor sobre conflitos de competência, em matéria tributária, entre a União, os estados, o Distrito Federal e os municípios. 
definição de tratamento diferenciado e favorecido para as microempresas e para as empresas de pequeno porte. 
instituição, por parte da União, de novos impostos, desde que sejam não-cumulativos e não tenham fato gerador ou base de cálculo próprios dos discriminados na Constituição. 
Resolução 
ERRADA. DEFINIÇÃO, E NÃO INSTITUIÇÃO, de tributos e de suas espécies, bem como, em relação aos impostos discriminados na Constituição Federal, dos respectivos fatos geradores, bases de cálculo e contribuintes. 
Art.146, III, ‘a’, CF88. 
CORRETA. Art.146, III, ‘c’, CF88. 
CORRETA. Art.146, I, CF88. 
CORRETA. Art.146, III, ‘d’, CF88. (E) CORRETA. Art.154, CF88. 
GABARITO: A 
07- (AUDITOR DO TCE – GO - DIREITO CONSTITUCIONAL 2007 
ESAF) Em matéria tributária e conforme a jurisprudência do Supremo 
Tribunal Federal, não cabe à lei complementar 
dispor sobre conflitos de competência, em matéria tributária, entre a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios. 
estabelecer normas gerais em matéria de legislação tributária, inclusive sobre definição de tributos e de suas espécies, bem como, em relação aos tributos discriminados na Constituição, a dos respectivos fatos geradores, bases de cálculo e contribuintes. 
estabelecer normas gerais em matéria de legislação tributária, inclusive sobre definição de tributos e de suas espécies, bem como, em relação aos impostos discriminados na Constituição, a dos respectivos fatos geradores, bases de cálculo e contribuintes. 
regular as limitações constitucionais ao poder de tributar. 
estabelecer normas gerais em matéria de legislação tributária, inclusive sobre adequado tratamento tributário ao ato cooperativo praticado pelas sociedades cooperativas. 
Resolução 
CABE dispor sobre conflitos de competência, em matéria tributária, entre a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios (Art.146, I, CF88). 
NÃO CABE estabelecer normas gerais em matéria de legislação tributária, inclusive sobre definição de tributos e de suas espécies, bem como, em relação aos TRIBUTOS discriminados na Constituição, a dos respectivos fatos geradores, bases de cálculo e contribuintes (TRIBUTOS NÃO, IMPOSTOS) (Art.146, III, ‘a’, CF88). 
CABE estabelecer normas gerais em matéria de legislação tributária, inclusive sobre definição de tributos e de suas espécies, bem como, em relação aos impostos discriminados na Constituição, a dos respectivos fatos geradores, bases de cálculo e contribuintes (Art.146, III, ‘a’, CF88). 
CABE regular as limitações constitucionais ao poder de tributar (Art.146, II, CF88). 
CABE estabelecer normas gerais em matéria de legislação tributária, inclusive sobre adequado tratamento tributário ao ato cooperativo praticado pelas sociedades cooperativas(Art.146, III, ‘c’, CF88). 
GABARITO: B 
08- (AUDITOR DO TCE – GO - DIREITO TRIBUTÁRIO 2007 ESAF) 
Sobre o Sistema Constitucional Tributário, é incorreto afirmar que 
competem à União, em Território Federal, os impostos estaduais e, se o Território não for dividido em Municípios, cumulativamente, os impostos municipais; ao Distrito Federal cabem os impostos municipais. 
os Municípios e o Distrito Federal poderão instituir contribuição, na forma das respectivas leis, para custeio do serviço de iluminação pública, sendo facultada a cobrança na fatura de consumo de energia elétrica. 
cabe à lei complementar estabelecer normas gerais em matéria tributária sobre o adequado tratamento tributário ao ato cooperativo praticado pelas sociedades cooperativas. 
a aplicação dos recursos provenientes de empréstimo compulsório não será vinculada à despesa que fundamentou sua instituição. 
a Constituição Federal permite a edição de lei complementar que defina tratamento diferenciado e favorecido para microempresas e empresas de pequeno porte. 
Resolução 
CORRETO. Art.147, CF88. 
CORRETO. Art.149-A, CF88. 
CORRETO. Art.146, III, ‘c’, CF88. 
INCORRETO. A aplicação dos recursos provenientes de empréstimo compulsório SERÁ vinculada à despesa que fundamentou sua instituição (Art.148, parágrafo único, CF88). 
CORRETO. Art.146, III, ‘d’, CF88. 
GABARITO: D 
09- (PROCURADOR DO DISTRITO FEDERAL 2007 ESAF) Assinale a opção correta. 
As leis complementares prestam-se basicamente a três (3) tipos de atuação em matéria tributária. Em conseqüência, elas dispõem sobre: 
conflitos de competência, em matéria tributária, entre a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios; limitações constitucionais ao poder de tributar da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios; normas gerais de legislação tributária. 
conflitos de competência, em matéria tributária, só entre os Estados e os Municípios; limitações constitucionais ao poder de tributar da União e dos Estados; normas gerais de direito tributário. 
conflitos de competência, em matéria tributária, só entre a União e os Estados e o Distrito Federal; limitações constitucionais ao poder de tributar dos Estados; normas gerais de direito tributário. 
conflitos de competência, em matéria tributária, entre a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios; limitações constitucionais ao poder de tributar dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios; normas gerais de legislação tributária. 
conflitos de competência, em matéria tributária, entre a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios; limitações constitucionais ao poder de tributar da União e dos Estados, desdobrando as exigências do princípio da legalidade, regulando as imunidades tributárias etc; normas gerais de direito tributário material e formal. 
Resolução 
CORRETA. conflitos de competência, em matéria tributária, entre a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios; limitações constitucionais ao poder de tributar da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios; normas gerais de legislação tributária (Art.146, I, II e III, CF88). 
ERRADA. conflitos de competência, em matéria tributária, só entre os 
Estados e os Municípios; limitações constitucionais ao poder de tributar da União e dos Estados DO DISTRITO FEDERAL E DOS MUNICÍPIOS; normas gerais de direito tributário (Art.146, I, II e III, CF88). 
ERRADA. conflitos de competência, em matéria tributária, só entre a União e os Estados e o Distrito Federal E OS MUNICÍPIOS; limitações constitucionais ao poder de tributar dos Estados Da União Do Distrito Federal E DOS MUNICÍPIOS; normas gerais de direito tributário (Art.146, I, II e III, CF88). 
ERRADA. conflitos de competência, em matéria tributária, entre a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios; limitações constitucionais ao poder de tributar DA UNIÃO, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios; normas gerais de legislação tributária. (Art.146, I, II e III, CF88). 
ERRADA. conflitos de competência, em matéria tributária, entre a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios; limitações constitucionais ao poder de tributar da União e dos Estados DO DISTRITO FEDERAL E DOS MUNICÍPIOS, desdobrando as exigências do princípio da legalidade, regulando as imunidades tributárias etc; normas gerais de direito tributário material e formal (Art.146, I, II e III, CF88). 
GABARITO: A 
10- (AUDITOR-FISCAL DA RECEITA FEDERAL - Tecnologia da Informação 2005 ESAF) Leis complementares, ou leis complementares à Constituição, são espécies normativas que têm a função de complementar dispositivos constitucionais que tratam genericamente de determinadas matérias, normalmente devido à sua complexidade. As leis complementares, por força do art. 69 da Constituição, serão aprovadas pela maioria absoluta dos membros do Congresso Nacional. Considerando apenas o texto expresso da Constituição, pode-se concluir que as leis complementares em matéria tributária não tratam: 
da instituição de impostos residuais. 
da definição dos produtos industrializados sobre os quais o imposto incidirá uma única vez. 
da instituição de um regime único de arrecadação dos impostos e contribuições da União, dos estados, do Distrito Federal e dos municípios. (D) do estabelecimento de critérios especiais de tributação com o objetivo de prevenir desequilíbrios da concorrência. 
(E) da regulação da forma e das condições como isenções, incentivos e benefícios fiscais serão concedidos e revogados, relativamente ao Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS). 
Resolução 
ERRADA. Art.154, I, CF88. 
CORRETA. da definição DE COMBUSTÍVEIS E LUBRIFICANTES sobre os quais o imposto incidirá uma única vez (Art.155, §2º, XII, ‘h’, CF88). 
ERRADA. Art.146, parágrafo único, CF88. 
ERRADA. Art.146-A, CF88. 
ERRADA. Art.155, §2º, XII, ‘g’, CF88. 
GABARITO: B 
11- 	(ANALISTA 	JURÍDICO 	SEFAZ-CE 	2006 	ESAF) 	As 	leis complementares são diplomas legais que têm por objetivo complementar dispositivos constitucionais que tratam genericamente de determinadas matérias, em geral devido a sua complexidade. Sobre elas, em matéria tributária, podemos afirmar que serão utilizadas para 
estabelecer critérios especiais de tributação, com o objetivo de prevenir desequilíbrios da concorrência. 
instituir determinados tributos, como os empréstimos compulsórios, a contribuição de intervenção no domínio econômico sobre os combustíveis e os impostos residuais. 
estabelecer regras para a resolução de conflitos de competência entre os entes federativos. 
definir tratamento diferenciado e favorecido para as microempresas e empresas de pequeno porte. 
regular as limitações constitucionais ao poder de tributar. Estão corretos apenas os itens (A) I, III e V. 
I, III, IV e V. 
II, III, IV e V. 
I, II, III e V. (E) I, IV e V. 
Resolução 
CORRETA. estabelecer critérios especiais de tributação, com o objetivo de prevenir desequilíbrios da concorrência (Art.146-A, CF88). 
ERRADA. instituir determinados tributos, como os empréstimos compulsórios, a contribuição de intervenção no domínio econômico sobre os combustíveis e os impostos residuais (Art.177, §4º, CF88). 
CORRETA. estabelecer regras para a resolução de conflitos de competência entre os entes federativos (Art.146, I, CF88). 
CORRETA. definir tratamento diferenciado e favorecido para as microempresas e empresas de pequeno porte (Art.146, III, ‘d’, CF88). 
CORRETA. regular as limitações constitucionais ao poder de tributar (Art.146, II, CF88). 
GABARITO: B 
12- (MINISTÉRIO DO PLANEJAMENTO, ORÇAMENTO E GESTÃO 2006 ESAF) Sobre o Sistema Tributário Nacional, na Constituição Federal de 1988, assinale a única opção correta. 
(A) A Constituição Federal veda à lei complementar que disciplinar o Sistema Tributário Nacional o estabelecimento de normas gerais sobre definição de tratamento diferenciado e favorecido para empresas de pequeno porte. (B) A Constituição Federal prevê a possibilidade de, por lei complementar,a União delegar para Estados e Distrito Federal competência para a instituição de contribuições sociais, de intervenção no domínio econômico e de interesse das categorias profissionais ou econômicas, como instrumento de sua atuação nas respectivas áreas. 
Cabe à lei complementar federal fixar os combustíveis e lubrificantes derivados do petróleo sobre os quais o ICMS incidirá uma única vez, sendo que, neste caso, por força de disposição constitucional, o imposto caberá ao Estado produtor. 
A União poderá instituir impostos extraordinários, compreendidos ou não em sua competência tributária, na iminência ou no caso de guerra externa, a eles não se aplicando o princípio da anterioridade nonagesimal. 
Pertence aos Municípios o total do produto da arrecadação do imposto sobre a propriedade de veículos automotores licenciados em seus territórios, desde que o imposto seja fiscalizado e cobrado pelos Municípios. 
Resolução 
ERRADA. A Constituição Federal DETERMINA à lei complementar que disciplinar o Sistema Tributário Nacional o estabelecimento de normas gerais sobre definição de tratamento diferenciado e favorecido para empresas de pequeno porte (Art.146, III, ‘d’, CF88). 
ERRADA. Competência Exclusiva da União (Art.149, CF88). 
ERRADA. Cabe à lei complementar federal fixar os combustíveis e lubrificantes derivados do petróleo sobre os quais o ICMS incidirá uma única vez, sendo que, neste caso, por força de disposição constitucional, o imposto caberá ao Estado ONDE OCORRER O CONSUMO (Art.155, §2º, XII, ‘g’, e §4º, I, CF88). 
CORRETA. A União poderá instituir impostos extraordinários, compreendidos ou não em sua competência tributária, na iminência ou no caso de guerra externa, a eles não se aplicando o princípio da anterioridade nonagesimal (Art.154, II, CF88). 
ERRADA. Pertence aos Municípios o total do produto da arrecadação do imposto sobre a propriedade de veículos automotores licenciados em seus territórios, desde que o imposto seja fiscalizado e cobrado pelos Municípios (Art.153, §4º, III, c/c art.158, II, CF88). 
GABARITO: D 
13- (AUDITOR-FISCAL DA RECEITA ESTADUAL MG 2005 ESAF) Considerando o disposto no art. 146 da CRFB/88, marque com (V) a assertiva verdadeira e com (F) a falsa, assinalando ao final a opção correspondente. 
( ) Somente lei complementar pode criar formas de extinção do crédito tributário. 
( ) Lei ordinária pode atribuir imunidade a determinado grupo ou conjunto de contribuintes. 
( ) Lei ordinária pode criar modalidade de lançamento do crédito tributário. ( ) Lei ordinária pode prever a extinção do crédito tributário mediante dação em pagamento de bens móveis. 
V, F, F, F 
F, V, F, V (C) V, F, F, V 
F, F, F, V 
V, F, V, F 
Resolução 
(V) Somente lei complementar pode criar formas de extinção do crédito tributário (Art.146, III, ‘b’, CF88). 
(F) NORMA CONSTITUCIONAL pode atribuir imunidade a determinado grupo ou conjunto de contribuintes. 
(F) LEI COMPLEMENTAR pode criar modalidade de lançamento do crédito tributário (Art.146, III, ‘b’, CF88). 
(F) LEI COMPLEMENTAR pode prever a extinção do crédito tributário mediante dação em pagamento de bens móveis (Art.146, III, ‘b’, CF88). 
GABARITO: A 
14- (ANALISTA DE FINANÇAS E CONTROLE - AFC 2002 ESAF) Sabendo que o Código Tributário Nacional (CTN) foi editado antes da Constituição de 1988, sob a forma de lei ordinária, é possível afirmar que as normas do CTN que regulam limitações constitucionais ao poder de tributar 
continuam em vigor, desde que o seu conteúdo seja concordante com as normas da Constituição de 1988. 
são consideradas revogadas pela nova Constituição, uma vez que esta exige para o tratamento da matéria o instrumento normativo da lei complementar. Resguardam-se, porém, direitos adquiridos. 
podem ser declaradas, pelo STF, em ação direta de inconstitucionalidade, supervenientemente inconstitucionais, por não se revestirem da forma de lei complementar. 
são tecnicamente consideradas repristinadas pela nova ordem constitucional, depois de assim afirmado pelo Supremo Tribunal Federal. (E) uma vez que o poder constituinte originário dá início ao ordenamento jurídico, as normas referidas no enunciado devem ser tidas como revogadas desde o advento da Constituição de 1988, nada obstando, porém, que o Congresso Nacional as revigore expressamente, por ato legislativo com efeitos retroativos. 
Resolução 
PELO PRINCÍPIO DA RECEPÇÃO, a Constituição aproveita as normas previstas no CTN, que é formalmente lei ordinária (Lei nº 5.172/66), que se prestam a regulamentar normas constitucionais que exigem lei complementar. O CTN, então, é formalmente lei ordinária, mas materialmente lei complementar, naquelas suas normas que foram recepcionadas pela Constituição. 
GABARITO: A 
15- (AUDITOR DE TRIBUTOS MUNICIPAIS FORTALEZA CE 1998 
ESAF) É matéria reservada a lei complementar 
(A) a determinação de medidas para que os consumidores sejam esclarecidos acerca dos impostos que incidam sobre mercadorias e serviços (B) a fixação das alíquotas máximas do Imposto sobre Transmissão Causa Mortis e Doação, de Quaisquer Bens ou Direitos 
a inclusão, na incidência do Imposto Sobre Serviços de Qualquer 
Natureza (ISS), das exportações de serviços para o exterior 
a fixação das alíquotas mínimas do ISS 
o disciplinamento do regime de compensação do ICMS 
Resolução 
ERRADA. LEI ORDINÁRIA (Art.150, §5º, CF88). 
ERRADA. Fixação das alíquotas máximas do Imposto sobre Transmissão Causa Mortis e Doação, de Quaisquer Bens ou Direitos É POR RESOLUÇÃO DO SENADO FEDERAL (Art.155, §1º, IV, CF88). 
ERRADA. A EXCLUSÃO, E NÃO INCLUSÃO, na incidência do Imposto Sobre Serviços de Qualquer Natureza (ISS), das exportações de serviços para o exterior (Art.156, §3º, II, CF88). 
ERRADA. A fixação das alíquotas mínimas E DAS ALÍQUOTAS MÁXIMAS do ISS (Art.156, §3º, I, CF88). 
CORRETA. o disciplinamento do regime de compensação do ICMS 
(Art.155, §2º, XII, ‘c’, CF88). 
GABARITO: E 
16- (AUDITOR-FISCAL DA RECEITA FEDERAL 2000 ESAF) O Código 
Tributário Nacional, editado como uma lei ordinária (Lei n.º 5.172, de 1966), foi recebido pelo regime inaugurado pela Constituição de 1988 como: (A) lei ordinária, do modo como se encontra, mas podendo ser revogado ou alterado por lei, lei delegada ou medida provisória, pois têm a mesma hierarquia 
lei complementar, porque essa Constituição exigiu tal espécie de lei para dispor sobre as normas de que trata, inclusive normas gerais em matéria de legislação tributária 
lei complementar, porque foi alterado por atos complementares, nos anos de 1966 e 1967, como permitiam os Atos Institucionais então em vigor (D) lei complementar, por ser um Código e, pelas normas constitucionais em vigor à data de sua edição, os projetos de Código tinham tramitação especial (E) lei ordinária, apesar de ter sido alterada sua ementa e denominação, que passou a ser Código Tributário Nacional 
Resolução 
ERRADA. FOI RECEPCIONADO COMO LEI COMPLEMENTAR, porque essa Constituição exigiu tal espécie de lei para dispor sobre as normas de que trata, inclusive normas gerais em matéria de legislação tributária. 
CORRETA. lei complementar, porque essa Constituição exigiu tal espécie de lei para dispor sobre as normas de que trata, inclusive normas gerais em matéria de legislação tributária. 
ERRADA. lei complementar, NÃO porque foi alterado por atos complementares, nos anos de 1966 e 1967, como permitiam os Atos Institucionais então em vigor, MAS SIM PORQUE essa Constituição exigiu tal espécie de lei para dispor sobre as normas de que trata, inclusive normas gerais em matéria de legislação tributária 
ERRADA. lei complementar, NÃO por ser um Código. CÓDIGO É APROVADO COMO LEI ORDINÁRIA. 
ERRADA. LEI COMPLEMENTAR. O CTN, Lei nº 5.172/66, foi batizado com esse nome pelo Ato Complementar nº 36/67, dois dias antes da entrada em vigor da CF67. 
GABARITO: B 
17- (AGENTE FISCAL DE RENDAS - NÍVEL I SÃO PAULO 2006 FCC) Segundo a Constituição Federal, os tributos que devem ser instituídos mediante lei complementar e nos termosde lei complementar são, respectivamente: 
o imposto extraordinário em caso de guerra e a contribuição de interesse das categorias profissionais ou econômica. 
o empréstimo compulsório e o imposto sobre grandes fortunas. 
as contribuições sociais e as contribuições de melhoria. 
a contribuição de intervenção no domínio econômico e as contribuições sociais. 
a contribuição de melhoria e o empréstimo compulsório. 
Resolução 
ERRADA. o imposto extraordinário em caso de guerra (ART.154, II, CF88) e a contribuição de interesse das categorias profissionais ou econômica (ART.149, CAPUT, CF88). 
CERTA. o empréstimo compulsório (ART.148, CF88) e o imposto sobre grandes fortunas (ART.153, VII, CF88). 
ERRADA. as contribuições sociais (ART.149, CAPUT, CF88) e as contribuições de melhoria (ART.145, III, CF88). 
ERRADA. a contribuição de intervenção no domínio econômico (ART.149, CAPUT, CF88) e as contribuições sociais (ART.149, CAPUT, CF88). 
ERRADA. a contribuição de melhoria (ART.145, III, CF88) e o empréstimo compulsório. ESTE ÚLTIMO, POR LEI COMPLEMENTAR, E NÃO NOS TERMOS DE LEI COMPLEMENTAR (ART.148, CF88). 
GABARITO: B 
18- (DEFENSOR PÚBLICO DO ESTADO DE SÃO PAULO 2007 FCC) NÃO é matéria reservada à lei complementar: 
instituição de empréstimos compulsórios. 
definição de fato gerador e base de cálculo de impostos discriminados na Constituição. 
criação de impostos não previstos na Constituição. 
instituição de contribuição de melhoria. 
disposição sobre lançamento e prescrição tributários. 
Resolução 
ERRADA. instituição de empréstimos compulsórios. É COMPETÊNCIA DE LEI COMPLEMENTAR (ART.148, CF88). 
ERRADA. definição de fato gerador e base de cálculo de impostos discriminados na Constituição. É COMPETÊNCIA DE LEI COMPLEMENTAR 
(ART.146, III, ‘a’, CF88). 
ERRADA. criação de impostos não previstos na Constituição. É COMPETÊNCIA DE LEI COMPLEMENTAR (ART.154, I, CF88). 
CORRETA. instituição de contribuição de melhoria. NÃO É COMPETÊNCIA DE LEI COMPLEMENTAR (ART.145, III, CF88). 
ERRADA. disposição sobre lançamento e prescrição tributários. É COMPETÊNCIA DE LEI COMPLEMENTAR (ART.146, III, ‘b’, CF88). 
GABARITO: D 
19- (AUDITOR FISCAL DE TRIBUTOS ESTADUAIS RONDÔNIA 2010 FCC) A Constituição Federal dispõe sobre lei complementar em matéria tributária dentro do Sistema Tributário Nacional. Mediante lei complementar, (A) devem ser instituídos os impostos discriminados na Constituição. 
devem ser fixadas as alíquotas dos impostos discriminados na Constituição. 
devem ser fixados a base de cálculo, o fato gerador e os contribuintes dos impostos discriminados na Constituição. 
podem ser concedidas isenções federais sobre tributos estaduais e municipais. 
serão criadas as limitações ao poder de tributar. 
Resolução 
ERRADA. NÃO devem ser instituídos os impostos discriminados na Constituição. ART.97, I, CTN. 
ERRADA. NÃO devem ser fixadas as alíquotas dos impostos discriminados na Constituição. ART.97, IV, CF88. 
CORRETA. devem ser fixados a base de cálculo, o fato gerador e os contribuintes dos impostos discriminados na Constituição. ART.146, III, ‘a’, CF88. 
ERRADA. NÃO podem ser concedidas isenções federais sobre tributos estaduais e municipais. ART.151, III, CF88. 
ERRADA. NÃO serão criadas as limitações ao poder de tributar. LIMITAÇÃO AO PODER DE TRIBUTAR É CRIADA PELA CONSTITUIÇÃO, CONFORME ARTS.150 A 152, CF88. 
GABARITO: C 
20- (PROMOTOR DE JUSTIÇA SUBSTITUTO MPE-AC 2005 FMP-RS) Em matéria tributária, cabe à lei complementar 
instituir impostos extraordinários, na iminência ou no caso de guerra externa. 
instituir as contribuições sociais para a seguridade social de que trata o art.195 da Constituição Federal. 
estabelecer normas gerais em matéria de legislação tributária, especialmente sobre definição de tributos e de suas espécies, bem como, em relação aos impostos discriminados na Constituição Federal, a dos respectivos fatos geradores, bases de cálculo e contribuintes. 
alterar as alíquotas do imposto sobre a renda e proventos de qualquer natureza e sobre produtos industrializados. 
Resolução 
ERRADA. Art.154, II, CF88. 
ERRADA. Lei Ordinária. 
CORRETA. Art.146, III, CF88. 
ERRADA. alíquotas do imposto sobre a renda e proventos de qualquer natureza: POR LEI; imposto sobre produtos industrializados: POR DECRETO. 
GABARITO: C 
4. LEIS 
4.1. LEI ORDINÁRIA (LEI EM SENTIDO ESTRITO) 
Cabe aqui ratificar muito do que já foi ensinado quando falamos do Princípio da Legalidade. 
Para o tributo poder ser exigido, tem que ser instituído por lei. 
Assim dispõe o art.5º, II, CF88: 
Art.5º, II - ninguém será obrigado a fazer ou deixar de fazer alguma coisa senão em virtude de lei; 
Mas a CF88 ainda reforça isso, quanto aos tributos, no Capítulo “Sistema Tributário Nacional”: 
Art. 150. Sem prejuízo de outras garantias asseguradas ao contribuinte, é vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios: 
I - exigir ou aumentar tributo sem lei que o estabeleça; 
Alguns doutrinadores 
chamam: Art.5º, II, CF88, de Princípio da Legalidade; 
Art.150, I, CF88, 	de Princípio da Legalidade Estrita. 
Dessa forma, todo e qualquer tributo tem que ser instituído por lei, sem exceção. 
4.1.1. Instituição de Tributo 
E o que é INSTITUIR (= CRIAR) o tributo? 
É criar: 
o Fato Gerador do tributo 
o Sujeito Passivo do tributo 
a Base de Cálculo do tributo 
a Alíquota do tributo 
Pelo art.97, CTN, além desses 4 elementos, também tem que ser estabelecido por lei: 
- a instituição ou extinção de tributos; 
- a majoração ou redução de tributos; 
- a cominação de penalidades para as ações ou omissões contrárias a seus dispositivos, ou para outras infrações nela definidas; 
- as hipóteses de exclusão, suspensão e extinção de créditos tributários, ou de dispensa ou redução de penalidades. 
Resumindo, em relação a tributos, temos, obedecendo ao Princípio da Legalidade: 
	Instituição 
	Extinção 
	Majoração 
	Redução 
	Fato gerador da obrigação principal 
(fato gerador da obrigação acessória pode ser por legislação) 
	Sujeito Passivo 
	Alíquota e Base de Cálculo 
	Cominação de Penalidades 
	Dispensa ou Redução de Penalidades 
	Extinção, Suspensão ou Exclusão do Crédito Tributário 
ATENÇÃO 1: LEI x LEGISLAÇÃO Pelos arts.114 e 115, CTN: 
Art. 114. Fato gerador da obrigação principal é a situação definida em lei como necessária e suficiente à sua ocorrência. 
Art. 115. Fato gerador da obrigação acessória é qualquer situação que, na forma da legislação aplicável, impõe a prática ou a abstenção de ato que não configure obrigação principal. 
O termo “legislação” é mais amplo que “lei”. Legislação abrange lei, tratado, decreto, portaria, instrução normativa etc. 
Então: 
Fato gerador da Obrigação PRINCIPAL 	 LEI 
 
≠ 
Fato gerador da Obrigação ACESSÓRIA 	 LEGISLAÇÃO 
ATENÇÃO 2: Em relação a BASE DE CÁLCULO: 
Modificação da sua base de cálculo, que importe em torná-lo mais oneroso 
= majoração do tributo Atualização do valor monetário da base de cálculo NÃO É majoração de tributo 
Para esse ponto, em relação ao IPTU, há a Súmula 160, STJ: 
É defeso, ao município, atualizar o IPTU, mediante decreto, em percentual superior ao índice oficial de correção monetária. 
ATENÇÃO 3: Definição de PRAZO PARA RECOLHIMENTO pode ser por instrumento infralegal (por legislação). [RE 172.394 SP, RE 195.218 MG] 
4.1.2. Exceções ao Princípio da Legalidade 
Apesar de não haver exceção ao princípio da legalidade no que tange à instituição de tributo por lei, há exceção a esse princípio quanto à alteração de alíquotas. 
Abaixo, os tributos em que há exceção ao princípio da legalidade para a Alteração ou Redução e Restabelecimento de alíquotas: 
	Tributo 
	Alteração ou Redução e Restabelecimento? 
	Dispositivo normativo 
	Por 
	II, IE, IPI e IOF 
	Alteração 
	Art.153, §1º, CF88 
	Ato do Poder 
Executivo 
	CIDE Combustíveis
ICMS Monofásico 
Combustíveis 
	Redução e Restabelecimento 
	Art.177, §4º, I, ‘b’, 
CF88 
	Atodo Poder 
Executivo 
	
	Redução e Restabelecimento 
	Art.155, §4º, IV, ‘c’, 
CF88 c/c 
LC nº 24/1975 
	Convênios CONFAZ entre Estados e Distrito Federal 
OBSERVAÇÃO 1: CONFAZ – Conselho Nacional de Política Fazendária é o órgão composto pelos representantes dos Estados e do Distrito Federal em que esses celebram e ratificam convênios concedendo isenções, incentivos e benefícios fiscais. 
OBSERVAÇÃO 2: 
Na “alteração”, o Executivo, atendidas as condições e os limites estabelecidos em lei, mexe nas alíquotas como achar melhor. 
Já na “redução e restabelecimento”, o Executivo (ou CONFAZ) pode somente reduzir a alíquota, e depois retorná-la ao patamar inicial. Mais que isso, tem que ser por lei. 
21- (AGENTE-AUXILIAR-ARRECADADOR TRIBUTÁRIO SEFAZ PI 2001 ESAF) No Brasil, é juridicamente possível a instituição de determinados tributos por meio: (A) de decretos 
da Constituição 
de resoluções do Senado Federal 
de leis complementares (E) de portarias 
Resolução 
INSTITUIÇÃO de tributo É SEMPRE por lei. Em regra, lei ordinária. É por lei complementar nos seguintes casos: 
Empréstimo Compulsório 	 	 	art.148 
Imposto sobre Grandes Fortunas 	art.153, VII 
Novos Impostos 	 	 	 	art.154, I 
Novas Contribuições 	 	 	 	art.195, §4º 
GABARITO: D 
4.2. MEDIDA PROVISÓRIA 
Tributo que pode ser instituído por lei ordinária (lei complementar não), também pode ser instituído por Medida Provisória, se houver relevância e urgência. 
É o que prevê a CF88 em seu art.62, §1º, III: 
Art.62. Em caso de relevância e urgência, o Presidente da República poderá adotar medidas provisórias, com força de lei, devendo submetê-las de imediato ao Congresso Nacional. 
§1º É vedada a edição de medidas provisórias sobre matéria: III - reservada a lei complementar; 
Há um sentimento na sociedade e na mídia de que o Poder Executivo federal tem abusado desse instrumento legislativo, e que na prática não estariam efetivamente sendo observados os requisitos de relevância e urgência, necessários para a edição de medidas provisórias. 
O STF, apesar de reconhecer haver discricionariedade do Poder Executivo no juízo político do Presidente da República para decidir pela edição de medidas provisórias, lembra que esse juízo não é ilimitado, na ADI 2.150 DF: “EMENTA. [...]. Os requisitos de relevância e urgência para edição de medida provisória são de apreciação discricionária do Chefe do Poder, não cabendo, salvo os casos de excesso de poder, seu exame pelo Poder Judiciário. Entendimento assentado na jurisprudência do STF.” 
Lembre-se que, como falado na Aula 02, no item 1.5.4., a necessidade da conversão em lei no exercício da edição da medida provisória só se aplica aos impostos. 
Assim, a observação da regra da anterioridade para as demais espécies tributárias deve levar em conta não a data da sua conversão em lei, mas sim a data da publicação da medida provisória. 
22- (ANALISTA DE COMÉRCIO EXTERIOR MICT 1998 ESAF) Não é matéria de lei complementar 
o adequado tratamento tributário ao ato cooperativo praticado pelas sociedades cooperativas 
a definição de tributos e de suas espécies 
a instituição de empréstimo compulsório 
a disciplina do regime de compensação do ICMS 
a determinação de medidas para que os consumidores sejam esclarecidos acerca dos impostos que incidam sobre mercadorias e serviços Resolução 
ERRADA. (Art.146, III, ‘c’, CF88). 
ERRADA. (Art.146, III, ‘a’, CF88). 
ERRADA. (Art.148, CF88). 
ERRADA. (Art.155, §2º, XII, ‘c’, CF88). 
CORRETA. É matéria de lei ordinária (Art.150, §5º, CF88) 
GABARITO: E 
23- (PROCURADOR DA FAZENDA NACIONAL 1998 ESAF) A União prescinde de lei complementar para: 
dispor sobre conflitos de competência, em matéria tributária, entre a 
União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios 
regular as limitações constitucionais ao poder de tributar 
estabelecer normas gerais em matéria de legislação tributária 
em relação aos impostos discriminados na Constituição Federal, definir respectivos fatos geradores, bases de cálculo e contribuintes 
estabelecer quando ocorrerá o vencimento dos impostos e taxas de sua competência 
Resolução 
ERRADA. (Art.146, I, CF88). 
ERRADA. (Art.146, II, CF88). 
ERRADA. (Art.146, III, CF88). 
ERRADA. (Art.146, III, ‘a’, CF88). 
CORRETA. Para vencimento de tributos, prescinde até de lei ordinária. 
GABARITO: E 
24- (AUDITOR-FISCAL DA RECEITA FEDERAL 2002 ESAF) Segundo decorre da Constituição, especialmente depois da redação dada pela Emenda Constitucional nº 32, de 2001, pode(m) ser objeto de medida provisória (A) normas sobre limitações constitucionais ao poder de tributar. 
matéria tributária disciplinada em projeto de lei aprovado pelo Congresso Nacional e pendente de sanção ou veto do Presidente da República. 
majoração de imposto de renda, quando, embora convertida em lei no mês de janeiro seguinte, tenha sido aprovada antes do início do exercício em que será cobrada. 
aquela que constitua reedição, na mesma sessão legislativa, de outra que não tenha sido rejeitada, mas apenas perdido sua eficácia por decurso de prazo. 
matéria tributária não sujeita a restrição em razão do processo legislativo. 
Resolução 
ERRADA. Porque normas sobre limitações constitucionais ao poder de tributar são de reserva da lei complementar. ART.146, II, CF88. 
ERRADA. Art.62, §1º, IV, CF88. 
ERRADA. Medida provisória que implique instituição ou majoração de impostos, exceto os previstos nos arts. 153, I, II, IV, V, e 154, II, só produzirá efeitos no exercício financeiro seguinte se houver sido convertida em lei até o último dia daquele em que foi editada (art.62, §2º, CF88). (D) ERRADA. É vedada a reedição, na mesma sessão legislativa, de medida provisória que tenha sido rejeitada ou que tenha perdido sua eficácia por decurso de prazo (art.62, § 10, CF88). 
(E) CORRETA. Matéria tributária não sujeita a restrição em razão do processo legislativo. BASICAMENTE, MATÉRIA TRIBUTÁRIA CUJO PROCESSO LEGISLATIVO NÃO EXIJA LEI COMPLEMENTAR. Art.62, §1º, III, CF88. 
GABARITO: E 
25- (ANALISTA JURÍDICO SEFAZ-CE 2006 ESAF) Segundo definição contida no art. 3o do Código Tributário Nacional, tributo é uma prestação pecuniária que, entre outras características, é instituída em lei. A partir daí, e considerando os dispositivos constitucionais sobre as espécies normativas, podemos concluir que 
(A) as medidas provisórias, por veicularem necessariamente matéria relevante e urgente, são incompatíveis com o princípio constitucional da anterioridade, razão pela qual não podem cuidar de matéria tributária. (B) as medidas provisórias podem, em determinadas situações, versar sobre matéria tributária. 
(C) medidas provisórias são aptas a instituir, mas não a aumentar tributos. (D) a fim de que se compatibilizem com as limitações constitucionais ao poder de tributar, as medidas provisórias somente poderão cuidar de normas gerais em matéria tributária, mas não da instituição de tributos. 
(E) as medidas provisórias, assim como as leis delegadas, não podem cuidar de matéria provisória, em nenhuma situação. 
Resolução 
ERRADA. Basta ler o art.62, §2º, CF88. 
CORRETA. SIM, COMO QUALQUER LEI. 
ERRADA. Se a medida provisória é apta a instituir tributo, também é apta a aumentá-lo. 
ERRADA. Normas gerais em matéria tributária SÃO MATÉRIA DE LEI COMPLEMENTAR, matéria cuja edição de medida provisória é vedada 
(art.62, §1º, III, CF88). 
ERRADA. As medidas provisórias, assim como as leis delegadas, não podem cuidar de matéria DE LEI COMPLEMENTAR, em nenhuma situação. 
GABARITO: B 
26- 	(TÉCNICO 	DA 	RECEITA 	FEDERAL 	– 	TECNOLOGIA 	DA 
INFORMAÇÃO 2006 ESAF) Com relação às medidas provisórias em matéria tributária é errôneo afirmar-se que 
caso instituam ou majorem tributo, só produzirão efeitos no exercício financeiro seguinte se forem convertidas em lei até o último dia daquele em que houver sido editada. 
na hipótese de veto do projeto de lei de conversão por parte do Presidente da República, a medida provisória deverá ser tida por rejeitada,cabendo ao Congresso Nacional, em sessenta dias, disciplinar, por Decreto Legislativo, as relações jurídicas decorrentes. 
a medida provisória paralisa temporariamente a eficácia da lei que versava sobre a matéria, eis que, caso venha a ser rejeitada, restaura-se a eficácia da norma anterior. 
somente poderão ser instituídos ou majorados por medida provisória aqueles que não dependam de lei complementar. 
o Supremo Tribunal Federal tem entendido que cabe ao chefe do Poder Executivo e ao Poder Legislativo a avaliação subjetiva das hipóteses de urgência que possam ensejar a edição de medida provisória. 
Resolução 
ERRADA. IMPOSSTO, E NÃO “TRIBUTO” (art.62, §2º, CF88). 
CORRETA. Art.62, §3º, CF88. (C) CORRETA. Art.62, §3º, CF88. 
CORRETA. Art.62, §1º, III, CF88. 
CORRETA. Ex.: ADI 2.150 DF: “EMENTA. [...]. Os requisitos de relevância e urgência para edição de medida provisória são de apreciação discricionária do Chefe do Poder, não cabendo, salvo os casos de excesso de poder, seu exame pelo Poder Judiciário. Entendimento assentado na jurisprudência do STF.” 
GABARITO: A 
27- (AUDITOR DO TRIBUNAL DE CONTAS DO PR 2003 ESAF) Avalie os itens a seguir, relativos à viabilidade, ou não, de utilização de medida provisória para regular matéria tributária e marque a opção que apresenta resposta correta. 
É permitida a edição de medida provisória para aumentar a contribuição social incidente sobre a folha de salários de empregados, devida por empregadores à seguridade social. 
É vedada a edição de medida provisória para majorar o imposto sobre a renda e proventos de qualquer natureza. 
Medida provisória que implique majoração do imposto sobre propriedade territorial rural só produzirá efeitos no exercício financeiro seguinte se houver sido convertida em lei até o último dia daquele em que foi editada. 
É permitida a edição de medida provisória para instituir empréstimo compulsório, no caso de comprovada necessidade de atendimento a despesas extraordinárias que decorram de calamidade pública ou de guerra externa. 
Apenas I e III estão corretos. 
Apenas I e II estão corretos. 
Apenas II e III estão corretos. 
Apenas II e IV estão corretos. 
Apenas III e IV estão corretos. 
Resolução 
CORRETA. Medida Provisória tem força de lei, podendo aumentar contribuição social. 
ERRADA. É PERMITIDA a edição de medida provisória para majorar o imposto sobre a renda e proventos de qualquer natureza, PORQUE TEM FORÇA DE LEI. 
CORRETA. Art.62, §2º, CF88. 
ERRADA. porque é vedada a edição de medida provisória sobre matéria reservada à lei complementar (art.62, §1º, III, CF88). 
GABARITO: A 
28- (PROCURADOR DE CONTAS TCE CEARÁ 2006 FCC) Diante de situação de excepcional calamidade pública de âmbito nacional, reconhecida mediante decreto presidencial, o Presidente da República, para fazer frente à despesa extraordinária, editou Medida Provisória instituindo Empréstimo Compulsório sobre o consumo de combustíveis. É correto afirmar que o empréstimo compulsório instituído é 
inconstitucional porque não tem a finalidade de gerar receita para fazer frente a despesa extraordinária decorrente de calamidade pública. 
ilegal, porque a hipótese de incidência tem que ser a calamidade pública e não o consumo de combustíveis. 
inconstitucional, porque só pode ser instituído por lei complementar e jamais, portanto, por medida provisória. 
legal, porque não se admite vinculação de receita do empréstimo compulsório a qualquer órgão fundo ou despesa, salvo para despesa extraordinária. 
constitucional, porque um dos motivos justificadores para a instituição deste tributo é despesa extraordinária decorrente de calamidade pública. 
Resolução 
ERRADA. inconstitucional porque não ELE tem JUSTAMENTE a finalidade de gerar receita para fazer frente a despesa extraordinária decorrente de calamidade pública. (ART.148, I, CF88). 
ERRADA. ilegal, porque a hipótese de incidência tem que ser a calamidade pública e não o consumo de combustíveis. A HIPÓTESE DE INCIDÊNCIA DO EMPRÉSTIMO COMPULSÓRIO NÃO TEM QUE SER A CALAMIDADE PÚBLICA. ESTA SIM É A CAUSA PARA A QUAL SERÃO DESTINADOS OS RECURSOS ARRECADADOS. A HIPÓTESE DE INCIDÊNCIA É QUALQUER FATO ECONÔMICO QUE A LEI COMPLEMENTAR ELENCAR PARA SER TRIBUTÁVEL PELO EMPRÉSTIMO COMPULSÓRIO. (ART.148, CF88). (C) CORRETA. inconstitucional, porque só pode ser instituído por lei complementar e jamais, portanto, por medida provisória. (ART.148, CF88). (D) ERRADA. legal, porque não se admite vinculação de receita do empréstimo compulsório a qualquer órgão fundo ou despesa, salvo para despesa extraordinária. OK, MAS TEM QUE SER POR LEI COMPLEMENTAR. (ART.148, CF88). 
(E) ERRADA. constitucional, porque um dos motivos justificadores para a instituição deste tributo é despesa extraordinária decorrente de calamidade pública. OK, MAS TEM QUE SER POR LEI COMPLEMENTAR. (ART.148, CF88). 
GABARITO: C 
29- (PROCURADOR DE CONTAS TCE RORAIMA 2008 FCC) O princípio da estrita legalidade que rege o Direito Tributário pátrio dispõe que a instituição ou majoração de tributos depende de lei. Neste sentido, é correto afirmar que 
a única fonte do direito tributário é a lei. 
somente a lei ordinária é fonte instituidora de tributos. 
os empréstimos compulsórios não se submetem ao princípio da legalidade. 
a majoração dos tributos federais, dentro dos limites legais, pode ser feita por decreto do Poder Executivo. 
medida provisória é fonte instituidora de impostos. 
Resolução 
ERRADO. a única fonte do direito tributário é a lei. BASTA IR AO INÍCIO DESTA AULA PARA VER VÁRIAS FONTES DO DIREITO TRIBUTÁRIO. 
ERRADO. somente a lei ordinária é fonte instituidora de tributos. LEI COMPLEMENTAR E MEDIDA PROVISÓRIA TAMBÉM. 
ERRADO. os empréstimos compulsórios não se submetem ao princípio da legalidade. (ART.148, CF88). 
ERRADO. a majoração dos tributos federais, dentro dos limites legais, pode ser feita por decreto do Poder Executivo. NEM TODOS OS TRIBUTOS. SOMENTE: II, IE, IPI, IOF (ART.153, §1º, CF88), CIDE COMBUSTÍVEIS 
(ART.177, §4º, I, ‘b’, CF88) E ICMS MONOFÁSICO COMBUSTÍVEIS 
(ART.155, §4º, IV, ‘c’, CF88). 
CERTO. Medida provisória é fonte instituidora de impostos. (ART.62, CF88) 
GABARITO: E 
4.3. LEI DELEGADA 
Art. 68, CF88. As leis delegadas serão elaboradas pelo Presidente da República, que deverá solicitar a delegação ao Congresso Nacional. 
§ 1º - Não serão objeto de delegação os atos de competência exclusiva do Congresso Nacional, os de competência privativa da Câmara dos Deputados ou do Senado Federal, a matéria reservada à lei complementar, nem a legislação sobre: 
- organização do Poder Judiciário e do Ministério Público, a carreira e a garantia de seus membros; 
- nacionalidade, cidadania, direitos individuais, políticos e eleitorais; III - planos plurianuais, diretrizes orçamentárias e orçamentos. § 2º - A delegação ao Presidente da República terá a forma de resolução do Congresso Nacional, que especificará seu conteúdo e os termos de seu exercício. 
§ 3º - Se a resolução determinar a apreciação do projeto pelo Congresso Nacional, este a fará em votação única, vedada qualquer emenda. 
A lei delegada é editada pelo Presidente da República, por delegação feita por Resolução do Congresso Nacional. 
ATENÇÃO: 
RESOLUÇÃO DO CONGRESSO NACIONAL (art.68, §2º) 
≠ 
RESOLUÇÃO DO SENADO FEDERAL 
Pode ser utilizada em matéria tributária, exceto a reservada à lei complementar, mas na prática isso não ocorre porque o Executivo dispõe de meios legislativos mais eficazes para tal, como a Medida Provisória e, em alguns casos, o Decreto. 
30- (FISCAL DE TRIBUTOS ESTADUAIS SEFA PA 2002 ESAF) No Brasil, persiste controvérsia doutrinária sobre se, por meio de leis delegadas, podem ser instituídos tributos. A Constituição Federal, todavia, veda expressamente a utilização de tais normas jurídicas para a criação de: 
taxas 
contribuições de melhoria 
empréstimos compulsórios 
contribuições sociais 
pedágios 
Resolução 
Respondendo à questão: 
Art. 68, CF88. As leis delegadas serão elaboradas

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