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Prévia do material em texto

O ENEM é elaborado pelo INEP e tem como 
base a Matriz de Referência do ENEM divulgado 
pelo Ministério da Educação em 2012. A Matriz 
de Referência do ENEM é um documento 
que descreve as competências e habilidades 
exigidas dos alunos e lista o Conteúdo 
Programático do ENEM, ou seja, os objetos 
de conhecimento associados às Matrizes de 
Referência.
O objetivo do exame é avaliar as competências 
e habilidades dos estudantes do ensino médio, 
através de situações-problemas relacionadas 
ao conteúdo programático listado na Matriz de 
Referência.
A Matriz de Referência lista 5 Eixos Cognitivos 
que são comuns a todas as áreas do 
conhecimento, ou seja, serão exigidos dos 
alunos em todos os momentos da prova.
Confira a lista abaixo:
Dominar linguagens: dominar a norma 
culta da Língua Portuguesa e fazer uso 
das linguagens matemática, artística e 
científica e das línguas espanhola e inglesa.
2
Compreender fenômenos: construir 
e aplicar conceitos das várias áreas do 
conhecimento para a compreensão de 
fenômenos naturais, de processos histórico 
geográficos, da produção tecnológica e das 
manifestações artísticas.
Enfrentar situações-problema: sele-
cionar, organizar, relacionar, interpretar 
dados e informações representados de 
diferentes formas, para tomar decisões e 
enfrentar situações-problema.
Construir argumentação: relacionar 
informações, representadas em diferentes 
formas, e conhecimentos disponíveis 
em situações concretas, para construir 
argumentação consistente.
Elaborar propostas: recorrer aos 
conhecimentos desenvolvidos na 
escola para elaboração de propostas 
de intervenção solidária na realidade, 
respeitando os valores humanos e 
considerando a diversidade sociocultural.
Na Matriz de Referência de Ciências da Natureza 
e suas Tecnologias, temos 8 Competências 
com 30 habilidades relacionadas.
1
2
3
4
5
www.biologiatotal.com.br 3
COMPETÊNCIA 8: 
BIODIVERSIDADE, BIOÉTICA E SAÚDE
Para o INEP esta competência deve integrar as 
habilidades:
Associar características adaptativas dos 
organismos com seu modo de vida ou com seus 
limites de distribuição em diferentes ambientes, 
em especial em ambientes brasileiros;
Interpretar experimentos ou técnicas que 
utilizam seres vivos, analisando implicações 
para o ambiente, a saúde, a produção de 
alimentos, matérias-primas ou produtos 
industriais;
Avaliar propostas de alcance individual ou 
coletivo, identificando aquelas que visam à 
preservação e à implementação da saúde 
individual, coletiva ou do ambiente.
Neste caderno vamos nos concentrar no terceiro 
ponto e nos aprofundar em saúde pública e as 
doenças mais comuns que podem cair na prova.
VÍRUS
DENGUE
Os casos de dengue no Brasil aumentaram em 
proporções imensas, especialmente nos últimos 
anos. A proliferação do mosquito Aedes aegypti, 
especialmente no ano de 2013, foi a principal 
responsável para o incrível número de mais de 1 
milhão de casos de dengue em todo país.
Em 1990, segundo o Ministério da Saúde, os 
casos estavam concentrados em apenas algumas 
regiões do Brasil e não chegavam a 50 mil pessoas 
contaminadas pelo vírus da dengue. Nos últimos 
50 anos, a incidência aumentou 30 vezes, com 
ampliação da expansão geográfica para novos 
países e, na presente década, para pequenas 
cidades e áreas rurais. É estimado que 50 milhões 
de infecções por dengue ocorram anualmente e que 
aproximadamente 2,5 bilhões de pessoas morrem 
em países onde a dengue é endêmica.
Em 2017, até 15 de abril, foram notificados 113.381 
casos prováveis de dengue em todo o país, uma 
redução de 90,3% em relação ao mesmo período 
de 2016 (1.180.472). Vale ressaltar, no entanto, 
que o período de maior incidência da dengue segue 
até o fim de maio. Portanto, todos os esforços de 
prevenção e combate ao Aedes aegypti devem 
ser mantidos. O cuidado dever ser constante, em 
especial a eliminação de locais com água parada e 
criadouros com mosquito.
O Aedes aegypti pode transmitir diversos vírus, 
entre eles a febre amarela, o chikungunya e 
também o zika vírus.
A corrida para o combate ao Aedes 
aegypti
Mosquitos transgênicos conhecidos como 
Aedes aegypti do Bem
Está sendo testada em algumas cidades 
brasileiras uma ferramenta adicional para reduzir 
Vírus da Dengue
4 CADERNO 1
e manter baixa a quantidade do vetor, através de 
modificações genéticas! Uma empresa britânica 
desenvolveu mosquitos transgênicos. Ao portarem 
um gene alterado, os machos chamados de Aedes 
aegypti do Bem, ao cruzarem com as fêmeas 
selvagens, produzem filhotes que não sobrevivem 
por muito tempo.
Dessa forma essa nova prole não é capaz de se 
reproduzir, causando a redução da população 
desses insetos! Mas a liberação de mais mosquitos 
não faria aumentar a incidência dessas doenças?
Neste caso não, porque os mosquitos transgênicos 
são machos e somente as fêmeas picam os 
humanos! Tanto machos como fêmeas se alimentam 
de néctar, seiva e outras substâncias com açúcar, 
mas somente as fêmeas ingerem sangue, para 
que ocorra o desenvolvimento dos ovos. Como ela 
pica diferentes pessoas, ao entrar em contato com 
sangue de pessoas contaminadas, ela pode expor 
as pessoas saudáveis aos vírus.
Em período de teste, a alternativa mostrou-se 
eficiente em bairros de Piracicaba (São Paulo) onde 
os Mosquitos do Bem foram liberados: houve a 
redução de mais de 80% na quantidade de larvas 
do A. aegypti em comparação aos bairros próximos 
que não receberam o “tratamento”.
No Brasil, alguns bairros de cidades na Bahia já 
foram tratados com o A. aegypti do Bem, e em 
todos eles houve redução de mais de 90% de A. 
aegypti selvagem.
Mosquitos com bactérias capazes de 
bloquear a transmissão do vírus da 
dengue
Também temos outro estudo com o objetivo de 
acabar a transmissão do vírus da dengue pelo 
A. aegypti, a partir da introdução da bactéria 
Wolbachia pipientis – que é natural e comumente 
encontrada em insetos – nas populações locais de 
mosquitos.
Esta bactéria é amplamente presente entre os 
invertebrados e pode ocorrer naturalmente em 
mais de 70% de todos os insetos do mundo, 
incluindo borboletas e diversos mosquitos. Apesar 
desta ampla diversidade de hospedeiros, ela não é 
infecciosa e não é capaz de infectar vertebrados, 
incluindo os humanos.
Ela é uma bactéria intracelular (vive apenas dentro 
de células). Isso impõe limitações significativas na 
sua capacidade de dispersão, uma vez que ela só 
pode ser transmitida verticalmente (de mosquito 
mãe para mosquito filho) por meio do ovo da 
fêmea de mosquito. Como resultado, o sucesso da 
Wolbachia está diretamente ligado à capacidade 
de reprodução do inseto. As fêmeas com Wolbachia 
sempre geram filhotes com Wolbachia no processo 
de reprodução, seja ao se acasalar com machos sem 
a bactéria ou machos com a bactéria. E, quando as 
fêmeas sem a bactéria se acasalam com machos, os 
óvulos fertilizados morrem.
Vacina contra a dengue!
A vacina é feita com o vírus “enfraquecido” da 
dengue, de forma que nosso sistema imunológico 
consegue reconhecê-lo e produzir anticorpos, 
gerando proteção sem que a doença se desenvolva. 
Ela deverá ser aplicada em três doses, em intervalos 
de seis meses. Isso porque a proteção vai caindo 
ao longo do tempo, mas de acordo com a empresa 
criadora da vacina, as pessoas são imunizadas de 
maneira eficaz a partir da primeira dose da vacina.
O imunizante apresentou uma eficácia global (contra 
qualquer sorotipo da dengue) de 65,5% na população Aedes aegypti
www.biologiatotal.com.br 5
acima de 9 anos de idade. No entanto, com relação 
aos casos de Dengue mais severos – aqueles que 
levam à hospitalização –,a eficácia foi de 80,8%!
O instituto Butantan, no Brasil, também está 
desenvolvendo uma vacina. Essa é a primeira vacina 
contra a dengue de produção100% nacional a ser 
testada em humanos no país.
A dose é tetravalente, ou seja, imuniza contra os 
quatro sorotipos do vírus. Os testes têm mostrado 
que bastará uma dose para que a vacina seja eficaz. 
Essa seria a principal diferença entre a vacina 
aprovada pela Anvisa.
Essas alternativas devem ser vistas como possíveis 
aliadas no combate ao A. aegypti, sem tirar a 
atenção nas medidas tradicionais de controle do 
mosquito. Por isso mesmo, nunca é demais reforçar: 
faça a sua parte contra os mosquitos, evite deixar 
água acumulada em sua casa e contribua para um 
país mais saudável!
FEBRE AMARELA: tudo o que você 
precisa saber sobre a doença! 
Subiu para 3 o número de mortos por febre 
amarela no Rio de Janeiro somente em 2018. O 
Estado permanece em alerta, já que apenas 40% 
da população foi vacinada. A melhor forma de 
prevenir a doença é imunizando-se através da 
vacina e controlando a população de mosquitos na 
região. Quer entender melhor a doença? Vem com 
a gente!
O que é a febre amarela?
A doença que deixa as pessoas com febre alta e com 
a pele e olhos amarelados, tem como transmissor 
um arbovírus (arthropod borne virus), ou seja, 
um vírus que pode ser transmitido ao homem 
por vetores artrópodes, neste caso, mosquitos. As 
arboviroses podem ser de 3 famílias: togavírus, 
Ilustração mostrando como funcionam os 
ciclos de transmissão da febre amarela.
bunyavírus ou flavivírus, este último é o grupo do 
qual a febre amarela faz parte.
Como é transmitida a febre amarela?
No caso da febre amarela, o vetor (veículo de 
transmissão do agente causador da doença) e o 
hospedeiro da doença (o homem ou outro animal 
vivo) variam de acordo com o tipo de febre amarela, 
que pode ser de 2 tipos: silvestre e urbana. A febre 
amarela silvestre, a que temos atualmente no 
Brasil, tem como vetores os mosquitos dos gêneros 
Haemagogus e Sabethes, e na África o gênero 
Aedes. Seus principais hospedeiros são os macacos 
(especialmente os do gênero Alouatta, os bugios). 
Os casos em humanos ocorrem, quando uma 
pessoa não vacinada adentra uma área silvestre e 
é picada por um mosquito contaminado. Já a febre 
amarela urbana tem como vetor o Aedes aegypti e 
como hospedeiro o homem.
COMO CONTROLAR A POPULAÇÃO DE MOSQUITOS 
E A DISSEMINAÇÃO DE DOENÇAS?
https://goo.gl/4p7Qjs
Leia Mais...
Qual a origem do vírus?
Até pouco tempo desconhecia-se a origem do vírus 
da febre amarela. Pesquisas utilizando ferramentas 
moleculares indicam que o vírus surgiu na África, 
há cerca de 3 mil anos e chegou no Brasil através 
dos navios que traziam escravos para trabalhar em 
minas e lavouras. 
6 CADERNO 1
O que sabemos sobre o atual surto?
De acordo com especialistas do Instituto Adolfo Lutz, 
de São Paulo, o vírus que causou o maior surto de 
febre amarela dos últimos 14 anos no Brasil, veio 
da Amazônia. Os virologistas concluíram isto após 
comparar o vírus de macacos mortos na região de 
São Paulo, no último semestre, com o vírus de surtos 
anteriores na mesma região e também na Amazônia.
Para os pesquisadores do Instituto Oswaldo Cruz 
(Fiocruz), o vírus que circulou no país, sofreu 
mutações que estão associadas à sua replicação 
viral, ou seja, à sua proliferação na população. 
Pela 1ª vez foram registradas essas mutações na 
literatura médica mundial, e as próximas pesquisas 
servirão para descobrir se isso influenciou ou não 
na rápida propagação da doença.
Até o final de março, a Secretaria de Saúde do Brasil 
notificou cerca de 2.000 casos de febre amarela, 
sendo que em torno de 777 foram confirmados, 500 
continuam sob investigação e 261 evoluíram para 
óbito. Minas Gerais foi o estado mais afetado (com 
maior número de mortes), seguido pelo Espírito 
Santo, São Paulo, Rio de Janeiro e Pará. No dia 06 
de setembro deste ano, o Ministério da Saúde do 
Brasil declarou o fim do surto de febre amarela no 
País, destacando a importância das medidas de 
prevenção. 
O que os macacos têm a ver com isso?
É importante ressaltar que macacos funcionam 
como “sentinelas” da doença e não transmitem 
febre amarela. A mortalidade deles é um indicativo 
de que a doença está próxima, já que eles são 
muito vulneráveis ao vírus e são os primeiros a 
morrer quando afetados.
Quais são os sintomas? Como tratá-la?
Febre, calafrios, dor de cabeça, dores nas costas, 
dores no corpo em geral, náuseas e vômitos, fadiga 
e fraqueza, são alguns dos sintomas iniciais da 
doença. Em casos graves, a pessoa pode desenvolver 
febre alta, icterícia (coloração amarelada da pele e 
do branco dos olhos), hemorragia e, eventualmente, 
choque e insuficiência de múltiplos órgãos. Se não 
for tratada rapidamente, a febre amarela pode 
levar à morte em cerca de uma semana.
Prevenção é a chave!
A prevenção contra a febre amarela se dá pela 
proteção contra a picada de mosquitos (controle 
do vetor) com o uso de repelentes e roupas 
protetoras e com o uso da vacina (método mais 
eficaz). Produzida pelo Instituto de Tecnologia 
em Imunobiológicos (Bio-Manguinhos/Fiocruz), 
a imunização é oferecida gratuitamente no 
Calendário Nacional de Vacinação do Sistema 
Único de Saúde (SUS).
Como funciona a vacina fracionada?
A partir do dia 19 de fevereiro ao dia 9 de março 
deste ano, começa a aplicação das vacinas 
fracionadas contra a febre amarela. A vacina 
imuniza a pessoa por 8 anos e após esse período 
é necessário tomar uma nova dose. Quem tomou a 
dose única anteriormente, não precisa ser vacinado 
novamente. 
A vacinação oferece riscos?
A vacina é indicada apenas para a população 
residente em áreas de risco, e para viajantes dessas 
www.biologiatotal.com.br 7
Papilomavírus Humano
HPV ou PAPILOMAVÍRUS HUMANO
O HPV é capaz de infectar a pele ou as mucosas e 
possui mais de 150 tipos. Do total, pelo menos 12 
têm potencial para causar câncer. A infecção pelo 
HPV é muito frequente embora seja transitória, 
regredindo espontaneamente na maioria das vezes. 
No pequeno número de casos nos quais a infecção 
persiste pode ocorrer o desenvolvimento de 
lesões precursoras que, se não forem identificadas 
e tratadas, podem progredir para o câncer, 
principalmente no colo do útero, mas também na 
vagina, vulva, ânus, pênis, orofaringe e boca.
Estimativa da Organização Mundial da Saúde 
aponta que 291 milhões de mulheres no mundo são 
portadoras da doença. No Brasil, a cada ano, 685 
mil pessoas são infectadas por algum tipo do vírus.
AS 3 TEORIAS DE COMO A FEBRE AMARELA 
CHEGOU NA REGIÃO SUDESTE
https://goo.gl/X8Nv9C
Leia Mais...
áreas, a partir dos nove meses de idade, com a 
administração de dose de reforço aos quatro anos. 
Devido aos surtos recentes, a imunização passou a 
ser recomendada a partir de seis meses de idade 
também em algumas regiões. Ela não oferece 
riscos, mas não é indicada para certos grupos de 
pessoas:
Pacientes com SIDA/AIDS, câncer e em uso 
de medicação imunossupressora: como a 
vacina é produzida com vírus vivo atenuado, não 
é recomendada a vacinação para esse grupo, por 
conta dos riscos de reversão da virulência num 
hospedeiro com depressão do sistema imune.
Pessoas com alergia a ovos de galinha e seus 
derivados: como a atenuação viral é feita pela 
passagem sucessiva em ovos embrionados, a vacina 
pode conter a proteína dos ovos.
Gestantes: não devem ser vacinadas, considerando 
o risco de transmissão para o feto.
A vacinação também não é recomendada: 
em pessoas com doença febril aguda, cujo estado 
de saúde geral está comprometido; crianças com 
menos de 6 meses de idade; pessoas de qualquer 
idade com uma doença relacionada ao timo e 
idosos com mais de 60 anos.
Por que temos tantos surtos de febre 
amarela, se temos vacina?
A vacina poderia conter os surtos de febre amarela 
se fosse aplicada a 100% da população, e duas 
questões impedem que isso seja feito: a primeiraé que a vacina não é recomendada para alguns 
grupos específicos por conta das reações que ela 
pode causar; a segunda é que a vacina ainda é 
um produto escasso no mundo e não sabemos se 
a sua dose fracionada teria a mesma eficácia na 
imunidade à doença.
Qual o potencial de urbanização da febre 
amarela?
O Brasil não apresenta registros de casos de 
febre amarela urbana desde a década de 40. De 
acordo com especialistas, casos de febre amarela 
urbana começam a ocorrer somente quando 30% 
de uma região está infestada por mosquitos, e o 
Brasil não apresentou estes níveis em 2017. Para 
a febre amarela tornar-se urbana, ela precisa ser 
transmitida novamente pelo mosquito Aedes 
aegypti, um mosquito típico de áreas urbanas. 
Para prevenir a doença no ambiente urbano, é 
necessário que as pessoas que vivem entre a zona 
rural e urbana, estejam devidamente imunizadas. 
Além disso, como o vírus pode ser introduzido no 
Brasil através de um viajante, a Secretaria de Saúde 
deve considerar que os viajantes que visitam as 
cidades brasileiras estejam vacinados.
8 CADERNO 1
pacientes, nenhum deles consegue, por enquanto, 
eliminar totalmente o vírus. Isto porque, durante o 
tratamento antiretroviral, o vírus permanece em 
um estado dormente nas células, sendo reativado 
pouco tempo após a interrupção no uso de 
medicamentos.
Durante o tratamento, o HIV mantém-se na forma 
de provírus – estado latente do RNA, incorporado 
ao DNA da célula hospedeira – sendo reativado 
com a ativação das células T – glóbulos brancos 
responsáveis pela defesa do organismo. Por isso, 
uma das metodologias pesquisadas em busca 
da eliminação total do vírus é a sua eliminação 
durante o período de dormência, ainda sob a forma 
de provírus.
HIV
Em relação ao câncer de colo do útero, estimativas 
indicam que, todos os anos, 500 mil mulheres, no 
mundo, são diagnosticadas com está doença, das 
quais cerca de 270 mil morrem. 
O Ministério da Saúde orienta que mulheres na 
faixa etária dos 25 aos 64 anos façam o exame 
preventivo, o Papanicolau, anualmente.
Além dos exames, o Ministério da Saúde aumentou 
a faixa etária da população vacinada contra o 
HPV. A vacina quadrivalente oferecida no SUS 
gratuitamente, a partir de 2014, para adolescentes 
de 11 a 13 anos; em 2015 para adolescentes de 9 a 
11 anos; em 2016 para meninas de 9 anos; a partir 
de 2017 HPV para meninos de 11 até 15 anos. 
Ressalta-se que a vacina não é terapêutica, ou 
seja, não há eficácia contra infecções ou lesões já 
existentes. O objetivo da vacinação contra HPV no 
Brasil é prevenir o câncer do colo de útero, refletindo 
na redução da incidência e da mortalidade por esta 
enfermidade.
AUSTRÁLIA PODE SER O 1º 
PAÍS A ELIMINAR O HPV
https://goo.gl/qxvcjE
Leia Mais...
PESQUISADORES ELIMINAM 
O HIV EM ANIMAIS VIVOS
https://goo.gl/AZ62xL
Leia Mais...
HIV ou VÍRUS DA 
IMUNODEFICIÊNCIA ADQUIRIDA
Apesar das mudanças e melhora na vida de 
pacientes HIV positivos, o vírus da AIDS permanece 
no ranking das doenças humanas mais desafiadoras. 
Atualmente, cerca de 36 milhões de pessoas estão 
contaminadas com o vírus em todo o mundo, e 
estes números crescem cada vez mais, com dois 
milhões de pessoas contaminadas a cada ano.
Com o avanço das pesquisas e o desenvolvimento 
de terapias antiretrovirais, tem avançado também a 
estimativa de vida de pacientes HIV positivos, que 
hoje em dia conseguem não apenas sobreviver ao 
vírus, mas também viver uma vida saudável e sem 
grandes dificuldades.
Porém, ainda que os medicamentos minimizem os 
efeitos virais e restaurem as células imunes dos 
ZIKA VÍRUS
A Zika é uma doença causada pelo zika vírus 
e transmitida através da picada do mosquito 
Aedes aegypti (assim como acontece com a 
febre amarela, a dengue e o chikungunya). Os 
sintomas são bem parecidos com os da dengue, 
entre eles dores de cabeça, dores no corpo e 
fotofobia (incômodo causado pela luminosidade).
O vírus foi descoberto no ano de 1947 na floresta 
de Zika, em Uganda, em macacos usados como 
sentinelas (animais usados para que se monitore o 
aparecimento de uma doença) da febre amarela. O 
Zika vírus é natural da África e do Sudeste da Ásia. 
Mas, até 2007, ele era relativamente desconhecido, 
até que surgiu um grande surto em ilhas próximas 
aos Estados Federados da Micronésia (acima da 
Austrália).
www.biologiatotal.com.br 9
Após esse primeiro episódio, foram identificadas 
outras epidemias de Zika em outros países. Houve 
alguns casos na Tailândia entre 2012 e 2014 e 
8.264 casos suspeitos na Polinésia Francesa, entre 
dezembro de 2013 e fevereiro de 2014. Nesta 
ocasião, foram identificados 38 casos de pessoas 
que haviam sido infectadas pelo Zika e que 
desenvolveram a síndrome de Guillain-Barré, 
uma doença autoimune caracterizada por uma 
inflamação aguda do sistema nervoso. Isso seria 
um indício de que o Zika tem uma relação com o 
sistema nervoso, podendo fornecer pistas para 
entender a relação da microcefalia com o vírus. 
Além disso, já existe documentada na literatura 
científica internacional a relação entre o Zika, 
gestantes e problemas neurológicos nos bebês.
letalidade média de 9%. Entre os casos confirmados, 
o sexo masculino com faixa etária entre 20 e 49 anos 
estão entre os mais atingidos, embora não exista uma 
predisposição de gênero ou de idade para contrair a 
infecção. Quanto às características do local provável 
de infecção (LPI), a maioria ocorre em área urbana, e 
em ambientes domiciliares.
Em 2016, foram registradas 234 mortes causadas pela 
infecção com a bactéria causadora de leptospirose no 
Brasil. Desde o início do ano de 2017 até o momento 
já foram registradas 60 mortes no Brasil.
Bactéria do Gênero Leptospira
TUBERCULOSE
A tuberculose é uma doença infecciosa e 
transmissível que afeta prioritariamente os pulmões. 
A doença é curável. Anualmente são notificados 
cerca de 10 milhões de novos casos em todo o 
mundo, levando mais de um milhão de pessoas a 
óbito. O surgimento da Aids e o aparecimento de 
focos de tuberculose resistente aos medicamentos 
agravam ainda mais esse cenário.
No Brasil, a tuberculose é sério problema da saúde 
pública, com profundas raízes sociais. A cada ano, 
são notificados aproximadamente 70 mil casos novos 
e ocorrem 4,6 mil mortes em decorrência da doença. 
Diagnóstico e Tratamentos
O diagnóstico pode ser feito através de exames 
laboratoriais e histológicos (baciloscopia, teste 
rápido molecular para tuberculose, cultura para 
micobactéria) e também por exames de imagem 
(raio-x). Os exames são sempre associados aos 
sintomas de cada paciente para um diagnóstico 
mais preciso.
BACTÉRIAS
LEPTOSPIROSE
No Brasil, a leptospirose é uma doença endêmica, 
tornando-se epidêmica em períodos chuvosos, 
principalmente nas capitais e áreas metropolitanas, 
devido às enchentes associadas à aglomeração 
populacional de baixa renda, às condições 
inadequadas de saneamento e à alta infestação de 
roedores infectados. Algumas profissões facilitam 
o contato com as leptospiras, como trabalhadores 
em limpeza e desentupimento de esgotos, garis, 
catadores de lixo, agricultores, veterinários, 
tratadores de animais, pescadores, militares e 
bombeiros, dentre outros. Contudo, a maior parte 
dos casos ainda ocorre entre pessoas que habitam 
ou trabalham em locais com infraestrutura sanitária 
inadequada e expostas à urina de roedores.
Existem registros de leptospirose em todas as unidades 
da federação, com um maior número de casos nas 
regiões sul e sudeste. A doença apresenta uma 
DE ACORDO COM UM ESTUDO, OUTROS VÍRUS ALÉM 
DO ZIKA ULTRAPASSAM A BARREIRA PLACENTÁRIA
https://goo.gl/8vqvSs
Leia Mais...
10 CADERNO 1
Se constatada a doença, o tratamento é realizado 
durante 6 meses com a ingestão diária de 
medicamentos. Se houver uma boa adesãoao 
tratamento, através do uso diário da medicação, o 
paciente é curado.
PROTOZOÁRIOS
MALÁRIA
A malária é uma doença infecciosa febril aguda, 
causada por protozoários, transmitidos pela fêmea 
infectada do mosquito Anopheles. Apresenta cura se 
for tratada em tempo oportuno e adequadamente.
A maioria dos casos de malária se concentra 
na região Amazônica (Acre, Amapá, Amazonas, 
Maranhão, Mato Grosso, Pará, Rondônia, Roraima 
e Tocantins), área endêmica para a doença. Por ser 
a doença de maior magnitude da região, a malária, 
de certa forma, tem contribuído para a melhoria dos 
serviços de saúde com a ampliação do atendimento 
a seus portadores e, consequentemente, maior 
atenção a pacientes de outras doenças.
No período de 2002 a 2005, a malária apresentou 
tendência de aumento até chegar a 607.782 casos 
em 2005, representando um incremento de 73,7% 
em relação ao número de casos de 2002. O aumento 
dos casos deveu-se, principalmente, à intensa e 
desordenada ocupação das periferias das grandes 
cidades da Região Amazônica. O desmatamento para 
extração de madeira, criação de gado, agricultura e 
assentamentos, atividades não autorizadas pelos 
órgãos competentes, contribuiu para o aumento da 
transmissão da doença.
Em 2015, o Ministério da Saúde lançou o Plano de 
Eliminação da Malária no Brasil, com ênfase na malária 
por Plasmodium falciparum. A medida faz parte dos 
Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) 
lançados pela Organização das Nações Unidas (ONU) 
em substituição aos Objetivos do Milênio. A meta é a 
redução de pelo menos 90% dos casos até 2030 e da 
eliminação de malária em pelo menos 35 países.
POR QUE A ANEMIA FALCIFORME É MAIS 
COMUM EM POPULAÇÕES AFRICANAS?
https://goo.gl/QRv9an
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TUBERCULOSE:
UMA AMEAÇA MUNDIAL
https://goo.gl/VNzy7q
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Mycobacterium tuberculosis
Se tem tratamento, por que a tuberculose 
é uma ameaça mundial?
Assim como em centenas de outras doenças, alguns 
focos de tuberculose tornaram-se resistentes 
aos antibióticos. Toda vez que um tratamento 
não é feito de forma contínua, além de um risco 
de agravamento da doença, existe o risco de 
desenvolvimento de uma bactéria resistente 
aos medicamentos utilizados. Nesses casos, os 
tratamentos podem durar até 2 anos, além de 
exigir a associação de outras drogas.
Em 2016, das 10 milhões de pessoas que adquiriram 
a doença, cerca de mais de 500 mil delas tinham 
resistência aos medicamentos mais eficazes 
para o tratamento dela: rifampicina e isoniazida. 
Infelizmente, poucas são as opções de tratamento 
para os tipos de tuberculose que são resistentes.
Plasmodium falciparum
DOENÇA DE CHAGAS
A Doença de Chagas acomete de 18 milhões de 
pessoas em países do continente americano, sendo 
responsável por danos sociais extremamente 
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Barbeiro – transmissor da Doença de Chagas
graves, com 90 a 120 milhões de pessoas expostas 
ao risco de adquirir a infecção, correspondendo 
a cerca de um quarto da população da América 
Latina. Somente no Brasil, o número de vítimas 
pode chegar até 5 milhões e as estatísticas mostram 
que a incidência da doença é crescente. 
Taenia solium
A Doença de Chagas é uma doença causada 
pelo protozoário flagelado Trypanosoma cruzi e 
transmitida ao homem por insetos triatomíneos, 
conhecidos como barbeiros. Dentre as pessoas 
infectadas, apenas 60% desenvolvem a doença, 
que se não tratada pode ser fatal. Os medicamentos 
utilizados no controle da doença apresentam muitos 
efeitos colaterais e são pouco eficazes no estágio 
avançado dessa condição. Nos 40% restantes dos 
casos, a doença provoca um inchaço no esôfago, 
intestino ou coração.
VERMES
TENÍASE E CISTECERCOSE
As duas espécies de Taenia spp. estão distribuídas 
em todo o mundo e são endêmicas na América 
Latina. No Brasil, foi detectada uma frequência 
média de 1% entre os anos de 1965 a 1968 e de 3% 
entre os anos de 1986 a 1989, devido ao aumento 
na população de bovinos e suínos (hospedeiros 
intermediários). A importância do complexo 
teníase-cisticercose para a saúde pública resulta 
de que o homem, além de hospedeiro definitivo 
da tênia, pode se tornar hospedeiro intermediário 
e abrigar a fase larval, o que se denomina de 
cisticercose humana.
Schistosoma mansoni
Estima-se que, anualmente, são infectadas no 
mundo cerca de 50 milhões de pessoas com 50.000 
mortes. Na América Latina, calcula-se que a taxa 
de prevalência por neurocisticercose é de 100 
casos por 100.000 habitantes, atingindo cerca de 
350.000 pessoas. A enfermidade foi encontrada em 
17 países latino-americanos.
ESQUISTOSSOMOSE
Estima-se que aproximadamente 25 milhões de 
pessoas estejam expostas ao risco de contrair 
a doença, e que 2,5 a 6 milhões se encontram 
infectadas. 
A esquistossomose é uma doença parasitária, 
causada pelo trematódeo Schistosoma mansoni, 
cujas formas adultas se desenvolvem e se alojam 
nas veias do intestino e fígado do hospedeiro 
definitivo (homem) e as formas intermediárias se 
desenvolvem em caramujos gastrópodes aquáticos 
do gênero Biomphalaria. 
As áreas endêmicas e focais abrangem 19 
estados brasileiros. A esquistossomose ocorre de 
forma endêmica em Alagoas, Maranhão, Bahia, 
Pernambuco, Rio Grande do Norte, Paraíba, Sergipe, 
Espírito Santo e Minas Gerais. No Pará, Piauí, Ceará, 
12 CADERNO 1
Rio de Janeiro, São Paulo, Santa Catarina, Paraná, 
Rio Grande do Sul, Goiás e no Distrito Federal, a 
transmissão é focal, não atingindo grandes áreas. 
As áreas mais afetadas são caracterizadas por 
condições precárias ou inexistentes de saneamento 
básico, pobreza e baixos níveis de escolaridade.
Além do adoecimento, o risco de óbito por 
esquistossomose é uma realidade. Atualmente 
considerada como grave problema de saúde 
pública, uma vez que se trata de doença prevenível 
e tratável, provocou no período de 1990 a 2010 
um número expressivo de formas graves, com uma 
média de 1.567 internações e 527 óbitos.
ANOTAÇÕES
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EXERCÍCIOS
1. (ENEM PPL 2017) Atualmente, o medicamento de escolha 
para o tratamento da esquistossomose causada por todas as 
espécies do verme Schistosoma é o praquizentel (PQZ). Apesar 
de ser eficaz e seguro, seu uso em larga escala e tratamentos 
repetitivos em áreas endêmicas têm provocado a seleção de 
linhagens resistentes.
LAGE, R. C. G. Disponível em: www.repositorio.ufop.br. 
Acesso em: 17 dez. 2012 (adaptado).
Qual é o mecanismo de seleção dos vermes resistentes 
citados? 
a) Os vermes tornam-se resistentes ao entrarem em 
contato com o medicamento quando invadem muitos 
hospedeiros. 
b) Os vermes resistentes absorvem o medicamento, 
passando-o para seus descendentes, que também se 
tornam resistentes. 
c) Os vermes resistentes transmitem resistência ao 
medicamento quando entram em contato com outros 
vermes dentro do hospedeiro. 
d) Os vermes resistentes tendem a sobreviver e produzir 
mais descendentes do que os vermes sobre os quais o 
medicamento faz efeito. 
e) Os vermes resistentes ao medicamento tendem a 
eliminar os vermes que não são resistentes, fazendo com 
que apenas os mais fortes sobrevivam. 
 
2. (ENEM 2017) Pesquisadores criaram um tipo de plaqueta 
artificial, feita com um polímero gelatinoso coberto de 
anticorpos, que promete agilizar o processo de coagulação 
quando injetada no corpo. Se houver sangramento, esses 
anticorpos fazem com que a plaqueta mude sua forma e se 
transforme em uma espécie de rede que gruda nas lesões dos 
vasos sanguíneos e da pele.
MOUTINHO, S. Coagulação acelerada. Disponível em: 
http://cienciahoje.uol.com.br. Acesso em: 19 fev. 2013 (adaptado).
Qual a doença cujos pacientes teriam melhora de seu estado 
de saúde com o uso desse material? 
a) Filariose. 
b) Hemofilia.c) Aterosclerose. 
d) Doença de Chagas. 
e) Síndrome da imunodeficiência adquirida. 
3. (ENEM (LIBRAS) 2017) No Brasil, a incidência da 
esquistossomose vem aumentando bastante nos estados 
da Região Nordeste e em Minas Gerais. Para tentar diminuir 
estes números, a Fundação Oswaldo Cruz anunciou a primeira 
vacina do mundo contra essa doença. A expectativa é que o 
produto chegue ao mercado em alguns anos.
Disponível em: www.fiocruz.br. Acesso em: 11 nov. 2013.
A tecnologia desenvolvida tem como finalidade 
a) impedir a manifestação da doença. 
b) promover a sobrevida do paciente. 
c) diminuir os sintomas da doença. 
d) atenuar os efeitos colaterais. 
e) curar o paciente positivo. 
 
4. (ENEM 2016) A sombra do cedro vem se encostar no 
cocho. Primo Ribeiro levantou os ombros; começa a tremer. 
Com muito atraso. Mas ele tem no baço duas colmeias de 
bichinhos maldosos, que não se misturam, soltando enxames 
no sangue em dias alternados. E assim nunca precisa de 
passar um dia sem tremer.
ROSA, J. G. Sagarana. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1984.
O texto de João Guimarães Rosa descreve as manifestações 
das crises paroxísticas da malária em seu personagem. Essas 
se caracterizam por febre alta, calafrios, sudorese intensa e 
tremores, com intervalos de 48 h ou 72 h, dependendo da 
espécie de Plasmodium.
Essas crises periódicas ocorrem em razão da:
a) lise das hemácias, liberando merozoítos e substâncias 
denominadas hemozoínas. 
b) invasão das hemácias por merozoítos com maturação 
até a forma esquizonte. 
c) reprodução assexuada dos esporozoítos no fígado do 
indivíduo infectado. 
d) liberação de merozoítos dos hepatócitos para a corrente 
sanguínea. 
e) formação de gametócitos dentro das hemácias. 
 
5. (ENEM 2016) Suponha que uma doença desconhecida 
esteja dizimando um rebanho bovino de uma cidade e alguns 
veterinários tenham conseguido isolar o agente causador 
da doença, verificando que se trata de um ser unicelular e 
procarionte.
Para combater a doença, os veterinários devem administrar, 
nos bovinos contaminados, 
a) vacinas. 
b) antivirais. 
c) fungicidas. 
d) vermífugos. 
e) antibióticos. 
14 CADERNO 1
6. (ENEM 2015) Euphorbia mili é uma planta ornamental 
amplamente disseminada no Brasil e conhecida como coroa-
de-cristo. O estudo químico do látex dessa espécie forneceu 
o mais potente produto natural moluscicida, a miliamina L.
MOREIRA. C. P. s.; ZANI. C. L.; ALVES, T. M. A. Atividade moluscicida do 
látex de Synadenium carinatum boiss. (Euphorbiaceae) sobre Biomphalaria 
glabrata e isolamento do constituinte majoritário. Revista Eletrônica de 
Farmácia. n. 3, 2010 (adaptado).
O uso desse látex em água infestada por hospedeiros 
intermediários tem potencial para atuar no controle da:
a) dengue. 
b) malária. 
c) elefantíase. 
d) ascaridíase. 
e) esquistossomose. 
 
7. (ENEM 2014) No ano de 2009, registrou-se um surto 
global de gripe causada por um variante do vírus Influenza 
A, designada H1N1 A Organização Mundial de Saúde (OMS) 
solicitou que os países intensificassem seus programas de 
prevenção para que não houvesse uma propagação da 
doença. Uma das ações mais importantes recomendadas pela 
OMS era a higienização adequada das mãos, especialmente 
após tossir e espirrar. 
A ação recomendada pela OMS tinha como objetivo :
a) reduzir a reprodução viral. 
b) impedir a penetração do vírus pela pele. 
c) reduzir o processo de autoinfecção viral. 
d) reduzir a transmissão do vírus no ambiente. 
e) impedir a seleção natural de vírus resistentes. 
 
8. (ENEM 2014) O movimento pelo saneamento do Brasil, 
desencadeado durante a Primeira República, colocou em 
evidência as precárias condições de saúde das populações 
rurais. A origem e trajetória desse movimento estiveram 
diretamente relacionadas à história da doença de Chagas. 
KROPF, S. P.; LIMA, N. T. Disponível em: www.fiocruz.br. 
Acesso em: 1 ago. 2012 (adaptado).
A intervenção ambiental considerada fundamental para a 
prevenção dessa doença é a:
a) limpeza de terrenos baldios, com a retirada de matéria 
orgânica em decomposição. 
b) construção de unidades de saúde, com atendimento 
mais eficiente aos indivíduos infectados. 
c) melhoria das condições de habitação, com redução de 
insetos no ambiente domiciliar e peridomiciliar. 
d) construção de estradas e rodovias, com garantias de 
melhor acesso da população rural ao sistema de saúde. 
e) limpeza do ambiente domiciliar e peridomiciliar, com 
retirada de entulhos e recipientes que possam acumular 
água. 
9. (ENEM 2013) Dupla humilhação destas lombrigas, 
humilhação de confessá-las a Dr. Alexandre, sério, perante 
irmãos que se divertem com tua fauna intestinal em perversas 
indagações: “Você vai ao circo assim mesmo? Vai levando 
suas lombrigas? Elas também pagam entrada, se não podem 
ver o espetáculo? E se, ouvindo lá de dentro, as gabarolas do 
palhaço, vão querer sair para fora, hem? Como é que você se 
arranja?” O que é pior: mínimo verme, quinze centímetros 
modestos, não mais — vermezinho idiota — enquanto Zé, 
rival na escola, na queda de braço, em tudo, se gabando 
mostra no vidro o novelo comprovador de seu justo gabo 
orgulhoso: ele expeliu, entre ohs! e ahs! de agudo pasmo 
familiar, formidável tênia porcina: a solitária de três metros. 
ANDRADE, C. D. Boitempo. Rio de Janeiro: Aguiar, 1988.
O texto de Carlos Drummond de Andrade aborda duas 
parasitoses intestinais que podem afetar a saúde humana. 
Com relação às tênias, mais especificamente, a Taenia solium, 
considera-se que elas podem parasitar o homem na ocasião 
em que ele come carne de:
a) peixe mal-assada. 
b) frango mal-assada. 
c) porco mal-assada. 
d) boi mal-assada. 
e) carneiro mal-assada. 
 
10. (ENEM 2012) Medidas de saneamento básico são 
fundamentais no processo de promoção de saúde e qualidade 
de vida da população. Muitas vezes, a falta de saneamento 
está relacionada com o aparecimento de várias doenças. 
Nesse contexto, um paciente dá entrada em um pronto 
atendimento relatando que há 30 dias teve contato com águas 
de enchente. Ainda informa que nesta localidade não há rede 
de esgoto e drenagem de águas pluviais e que a coleta de lixo 
é inadequada. Ele apresenta os seguintes sintomas: febre, dor 
de cabeça e dores musculares.
Disponível em: http://portal.saude.gov.br. 
Acesso em: 27 fev. 2012 (adaptado).
Relacionando os sintomas apresentados com as condições 
sanitárias da localidade, há indicações de que o paciente 
apresenta um caso de:
a) difteria. 
b) botulismo. 
c) tuberculose. 
d) leptospirose. 
e) meningite meningocócica. 
 
11. (ENEM 2012) A doença de Chagas afeta mais de oito 
milhões de brasileiros, sendo comum em áreas rurais. É 
uma doença causada pelo protozoário Trypanosoma cruzi 
e transmitida por insetos conhecidos como barbeiros ou 
chupanças.
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Uma ação do homem sobre o meio ambiente que tem 
contribuído para o aumento dessa doença é:
a) o consumo de carnes de animais silvestres que são 
hospedeiros do vetor da doença. 
b) a utilização de adubos químicos na agricultura que 
aceleram o ciclo reprodutivo do barbeiro. 
c) a ausência de saneamento básico que favorece a 
proliferação do protozoário em regiões habitadas por 
humanos. 
d) a poluição dos rios e lagos com pesticidas que 
exterminam o predador das larvas do inseto transmissor 
da doença. 
e) o desmatamento que provoca a migração ou o 
desaparecimento dos animais silvestres dos quais o 
barbeiro se alimenta. 
12. (ENEM 2011) 
O mapa mostra a área de ocorrência da malária no mundo. 
Considerando-se sua distribuição na América do Sul, a maláriapode ser classificada como: 
a) endemia, pois se concentra em uma área geográfica 
restrita desse continente. 
b) peste, já que ocorre nas regiões mais quentes do 
continente. 
c) epidemia, já que ocorre na maior parte do continente. 
d) surto, pois apresenta ocorrência em áreas pequenas. 
e) pandemia, pois ocorre em todo o continente. 
13. (ENEM 2011) Durante as estações chuvosas, aumentam 
no Brasil as campanhas de prevenção à dengue, que têm 
como objetivo a redução da proliferação do mosquito Aedes 
aegypti, transmissor do vírus da dengue. Que proposta 
preventiva poderia ser efetivada para diminuir a reprodução 
desse mosquito? 
a) Colocação de telas nas portas e janelas, pois o mosquito 
necessita de ambientes cobertos e fechados para a sua 
reprodução. 
b) Substituição das casas de barro por casas de alvenaria, 
haja vista que o mosquito se reproduz na parede das casas 
de barro. 
c) Remoção dos recipientes que possam acumular água, 
porque as larvas do mosquito se desenvolvem nesse meio. 
d) Higienização adequada de alimentos, visto que as larvas 
do mosquito se desenvolvem nesse tipo de substrato. 
e) Colocação de filtros de água nas casas, visto que a 
reprodução do mosquito acontece em águas contaminadas. 
 
14. (ENEM 2010) Investigadores das Universidades de 
Oxford e da Califôrnia desenvolveram uma variedade de 
Aedes aegypti geneticamente modificada que é candidata 
para uso na busca de redução na transmissão do vírus da 
dengue. Nessa nova variedade de mosquito, as fêmeas não 
conseguem voar devido à interrupção do desenvolvimento do 
músculo das asas. A modificação genética introduzida é um 
gene dominante condicional, isso é, o gene tem expressão 
dominante (basta apenas uma cópia do alelo) e este só atua 
nas fêmeas.
FU, G. et al. Female-specific hightiess phenotype for mosquito control. PNAS 
107 (10): 4550-4554, 2010.
Prevê-se, porém, que a utilização dessa variedade de Aedes 
aegypti demore ainda anos para ser implementada, pois 
há demanda de muitos estudos com relação ao impacto 
ambiental. A liberação de machos de Aedes aegypti dessa 
variedade geneticamente modificada reduziria o número de 
casos de dengue em uma determinada região porque:
a) diminuiria o sucesso reprodutivo desses machos 
transgênicos. 
b) restringiria a área geográfica de voo dessa espécie de 
mosquito. 
c) dificultaria a contaminação e reprodução do vetor 
natural da doença. 
d) tomaria o mosquito menos resistente ao agente 
etiológico da doença. 
e) dificultaria a obtenção de alimentos pelos machos 
geneticamente modificados. 
 
15. (ENEM 2010) A Síndrome da Imunodeficiência Adquirida 
(AIDS) é a manifestação clínica da infecção pelo vírus HIV, 
que leva, em média, oito anos para se manifestar. No Brasil, 
desde a identificação do primeiro caso de AIDS em 1980 
até junho de 2007, já foram identificados cerca de 474 mil 
casos da doença. O país acumulou, aproximadamente, 192 
mil óbitos devido à AIDS até junho de 2006, sendo as taxas 
de mortalidade crescentes até meados da década de 1990 e 
estabilizando-se em cerca de 11 mil óbitos anuais desde 1998. 
[...] A partir do ano 2000, essa taxa se estabilizou em cerca 
de 6,4 óbitos por 100 mil habitantes, sendo esta estabilização 
mais evidente em São Paulo e no Distrito Federal.
Disponível em: http://www.aids.gov.br. Acesso em: 01 maio 2009 
(adaptado).
16 CADERNO 1
A redução nas taxas de mortalidade devido à AIDS a partir da 
década de 1990 é decorrente: 
a) do aumento do uso de preservativos nas relações 
sexuais, que torna o vírus HIV menos letal. 
b) da melhoria das condições alimentares dos soropositivos, 
a qual fortalece o sistema imunológico deles. 
c) do desenvolvimento de drogas que permitem diferentes 
formas de ação contra o vírus HIV. 
d) das melhorias sanitárias implementadas nos últimos 30 
anos, principalmente nas grandes capitais. 
e) das campanhas que estimulam a vacinação contra o 
vírus e a busca pelos serviços de saúde. 
 
16. (ENEM 2010) Em 2009, o município maranhense de 
Bacabal foi fortemente atingido por enchentes, submetendo 
a população local a viver em precárias condições durante 
algum tempo. Em razão das enchentes, os agentes de saúde 
manifestaram, na ocasião, temor pelo aumento dos casos 
de doenças como, por exemplo, a malária, a leptospirose, a 
leishmaniose e a esquistossomose.
“Cidades inundadas enfrentam aumento de doenças”. Folha Online. 22 abr. 
2009.Disponível em: http://www1.folha.uol.com.br.Acesso: em 28 abr. 2010 
(adaptado).
Que medidas o responsável pela promoção da saúde da 
população afetada pela enchente deveria sugerir para 
evitar o aumento das doenças mencionadas no texto, 
respectivamente? 
a) Evitar o contato com a água contaminada por mosquitos, 
combater os percevejos hematófagos conhecidos como 
barbeiros, eliminar os caramujos do gênero Biomphalaria 
e combater o mosquito Anopheles. 
b) Combater o mosquito Anopheles, evitar o contato 
com a água suja acumulada pelas enchentes, combater 
o mosquito flebótomo e eliminar caramujos do gênero 
Biomphalaria. 
c) Eliminar os caramujos do gênero Biomphalaria, combater 
o mosquito flebótomo, evitar o contato com a água suja 
acumulada pelas enchentes e combater o mosquito Aedes. 
d) Combater o mosquito Aedes, evitar o contato com 
a água suja acumulada pelas enchentes, eliminar os 
caramujos do gênero Biomphalaria e combater os 
percevejos hematófagos conhecidos como barbeiros. 
e) Combater o mosquito Aedes, eliminar os caramujos do 
gênero Biomphalaria, combater o mosquito flebótomo e 
evitar o contato com a água contaminada por mosquitos. 
 
17. (ENEM 2007) O Aedes aegypti é vetor transmissor da 
dengue. Uma pesquisa feita em São Luís - MA, de 2000 a 
2002, mapeou os tipos de reservatório onde esse mosquito 
era encontrado. A tabela adiante mostra parte dos dados 
coletados nessa pesquisa.
De acordo com essa pesquisa, o alvo inicial para a redução 
mais rápida dos focos do mosquito vetor da dengue nesse 
município deveria ser constituído por:
a) pneus e caixas d’água. 
b) tambores, tanques e depósitos de barro. 
c) vasos de plantas, poços e cisternas. 
d) materiais de construção e peças de carro. 
e) garrafas, latas e plásticos. 
 
18. (ENEM 2005) Foram publicados recentemente trabalhos 
relatando o uso de fungos como controle biológico de 
mosquitos transmissores da malária. Observou-se o 
percentual de sobrevivência dos mosquitos Anopheles sp. 
Após exposição ou não a superfícies cobertas com fungos 
sabidamente pesticidas, ao longo de duas semanas. Os dados 
obtidos estão presentes no gráfico a seguir.
 
No grupo exposto aos fungos, o período em que houve 50% 
de sobrevivência ocorreu entre os dias:
a) 2 e 4. 
b) 4 e 6. 
c) 6 e 8. 
d) 8 e 10. 
e) 10 e 12. 
 
19. (ENEM 2005) Entre 1975 e 1999, apenas 15 novos produtos 
foram desenvolvidos para o tratamento da tuberculose e de 
doenças tropicais, as chamadas doenças negligenciadas. No 
mesmo período, 179 novas drogas surgiram para atender 
portadores de doenças cardiovasculares. 
www.biologiatotal.com.br 17
Desde 2003, um grande programa articula esforços em 
pesquisa e desenvolvimento tecnológico de instituições 
científicas, governamentais e privadas de vários países para 
reverter esse quadro de modo duradouro e profissional.
Sobre as doenças negligenciadas e o programa internacional, 
considere as seguintes afirmativas:
I. As doenças negligenciadas, típicas das regiões 
subdesenvolvidas do planeta, são geralmente associadas à 
subnutrição e à falta de saneamento básico.
II. As pesquisas sobre as doenças negligenciadas não 
interessam à indústria farmacêutica porque atingem países 
em desenvolvimento sendo economicamentepouco atrativas.
III. O programa de combate às doenças negligenciadas 
endêmicas não interessa ao Brasil porque atende a uma 
parcela muito pequena da população.
Está correto apenas o que se afirma em: 
a) I. 
b) II. 
c) III. 
d) I e II. 
e) II e III. 
 
20. (ENEM 2005) Cândido Portinari (1903-1962), um dos 
mais importantes artistas brasileiros do século XX, tratou de 
diferentes aspectos da nossa realidade em seus quadros.
 
Sobre a temática dos “Retirantes”, Portinari também escreveu 
o seguinte poema:
“(...)
Os retirantes vêm vindo com trouxas e embrulhos
Vêm das terras secas e escuras; pedregulhos
Doloridos como fagulhas de carvão aceso
Corpos disformes, uns panos sujos,
Rasgados e sem cor, dependurados
Homens de enorme ventre bojudo
Mulheres com trouxas caídas para o lado
Pançudas, carregando ao colo um garoto
Choramingando, remelento
(...)”
(Cândido Portinari. “Poemas”. Rio de Janeiro: J. Olympio, 1964.)
No texto de Portinari, algumas das pessoas descritas 
provavelmente estão infectadas com o verme Schistosoma 
mansoni. Os “homens de enorme ventre bojudo” 
corresponderiam aos doentes da chamada “barriga d’água”.
O ciclo de vida do Schistosoma mansoni e as condições 
socioambientais de um local são fatores determinantes para 
maior ou menor incidência dessa doença.
O aumento da incidência da esquistossomose deve-se à 
presença de:
a) roedores, ao alto índice pluvial e à inexistência de 
programas de vacinação. 
b) insetos hospedeiros e indivíduos infectados, à 
inexistência de programas de vacinação. 
c) indivíduos infectados e de hospedeiros intermediários e 
à ausência de saneamento básico. 
d) mosquitos, à inexistência de programas de vacinação e 
à ausência de controle de águas paradas. 
e) gatos e de alimentos contaminados, e à ausência de 
precauções higiênicas. 
 
21. (ENEM 2004) Algumas doenças que, durante várias 
décadas do século XX, foram responsáveis pelas maiores 
percentagens das mortes no Brasil, não são mais significativas 
neste início do século XXI. No entanto, aumentou o percentual 
de mortalidade devida a outras doenças, conforme se pode 
observar no diagrama:
 
No período considerado no diagrama, deixaram de ser 
predominantes, como causas de morte, as doenças:
a) infecto-parasitárias, eliminadas pelo êxodo rural que 
ocorreu entre 1930 e 1940. 
b) infecto-parasitárias, reduzidas por maior saneamento 
básico, vacinas e antibióticos. 
c) digestivas, combatidas pelas vacinas, vermífugos, novos 
tratamentos e cirurgias. 
d) digestivas, evitadas graças à melhoria do padrão 
alimentar do brasileiro. 
e) respiratórias, contidas pelo melhor controle da qualidade 
do ar nas grandes cidades. 
 
18 CADERNO 1
22. (ENEM 2003) Houve uma grande elevação do número de 
casos de malária na Amazônia que, de 30 mil casos na década 
de 1970, chegou a cerca de 600 mil na década de 1990. Esse 
aumento pode ser relacionado a mudanças na região, como:
a) as transformações no clima da região decorrentes do 
efeito estufa e da diminuição da camada de ozônio. 
b) o empobrecimento da classe média e a consequente 
falta de recursos para custear o caro tratamento da 
doença. 
c) o aumento na migração humana para fazendas, grandes 
obras, assentamentos e garimpos, instalados nas áreas de 
floresta. 
d) as modificações radicais nos costumes dos povos 
indígenas, que perderam a imunidade natural ao mosquito 
transmissor. 
e) a destruição completa do ambiente natural de 
reprodução do agente causador, que o levou a migrar para 
os grandes centros urbanos. 
 
23. (ENEM 2002) Uma nova preocupação atinge os 
profissionais que trabalham na prevenção da AIDS no Brasil. 
Tem-se observado um aumento crescente, principalmente 
entre os jovens, de novos casos de AIDS, questionando-se, 
inclusive, se a prevenção vem sendo ou não relaxada. Essa 
temática vem sendo abordada pela mídia:
“Medicamentos já não fazem efeito em 20% dos infectados 
pelo vírus HIV.Análises revelam que um quinto das pessoas 
recém-infectadas não haviam sido submetidas a nenhum 
tratamento e, mesmo assim, não responderam às duas 
principais drogas anti-AIDS. Dos pacientes estudados, 50% 
apresentavam o vírus FB, uma combinação dos dois subtipos 
mais prevalentes no país, F e B”.
(Adaptado do Jornal do Brasil, 02/10/2001.)
Dadas as afirmações acima, considerando o enfoque da 
prevenção, e devido ao aumento de casos da doença em 
adolescentes, afirma-se que:
I - O sucesso inicial dos coquetéis anti-HIV talvez tenha 
levado a população a se descuidar e não utilizar medidas de 
proteção, pois se criou a ideia de que estes remédios sempre 
funcionam.
II - Os vários tipos de vírus estão tão resistentes que não há 
nenhum tipo de tratamento eficaz e nem mesmo qualquer 
medida de prevenção adequada.
III - Os vírus estão cada vez mais resistentes e, para evitar sua 
disseminação, os infectados também devem usar camisinhas 
e não apenas administrar coquetéis.
Está correto o que se afirma em : 
a) I, apenas. 
b) II, apenas. 
c) I e III, apenas. 
d) II e III, apenas. 
e) I, II e III. 
 
ANOTAÇÕES
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GABARITO DJOW
1: [D]
Os vermes naturalmente resistentes ao medicamento tendem 
a sobreviver e produzir mais descendentes do que os vermes 
sensíveis. 
2: [B]
As plaquetas artificiais trariam melhora aos portadores de 
hemofilia, porque, nesse caso, os pacientes apresentam 
dificuldade de conter hemorragias devido a não produzirem 
os fatores necessários para que o sangue coagule. 
3: [A]
A vacina contém antígenos que induzem o organismo a 
produzir anticorpos e desenvolver células de memória. Sua 
ação é profilática e duradoura. 
4: [A]
Essas crises, decorrentes da malária, ocorrem porque há lise 
das hemácias (ruptura), liberando os merozoítos, um estágio 
do Plasmodium, e liberação de hemozoínas, substância 
decorrente desta ação. 
5: [E]
De acordo com as informações do agente causador, unicelular 
e procarionte, chega-se à conclusão de que é uma bactéria, 
portanto, devem ser administrados antibióticos. 
 6: [E]
A milamina L. é um potente moluscicida que pode controlar 
a população de caramujos transmissores da Esquistossomose 
(barriga d’água). 
 7: [D]
Lavar bem as mãos com água e sabão, especialmente 
após tossir e espirrar, faz parte de uma série de medidas 
recomendadas pela OMS, com a finalidade de reduzir a 
transmissão do vírus H1N1 no ambiente. 
 8: [C]
A prevenção da doença de Chagas passa pela melhoria 
das condições de habitação com a consequente redução 
das populações dos insetos transmissores do protoctista 
Trypanosoma cruzi no ambiente domiciliar e peridomiciliar. 
O inseto transmissor é conhecido popularmente por barbeiro 
ou chupança. São exemplos: Triatoma infestans, Panstrogilus 
megistus e Rhodnius prolixus. 
9: [C]
A teníase (solitária), causada pela presença do platelminto 
Taenia Solium adulto no intestino humano, ocorreu pela 
ingestão de carne suína, crua ou malcozida, infestada pelas 
larvas cisticercos, conhecidas popularmente por “pipoquinha” 
ou “canjiquinha”. 
10: [D]
O acúmulo de lixo em ambientes urbanos atrai os ratos que 
são os reservatórios da bactéria causadora da leptospirose. 
As enchentes agravam o problema por espalhar a urina dos 
roedores com bactérias do gênero Leptospira. 
11: [E]
Na falta de alimento, os barbeiros vetores da doença de 
Chagas migram para as casas de pau-a-pique, onde sugam o 
sangue do homem e transmitem, por suas fezes, o protozoário 
flagelado Trypanosoma cruzi. 
12: [A]
A malária é uma doença tropical endêmica na América do 
Sul, já que sua incidência é estável e atinge uma área restrita 
desse continente. 
13: [C]
Os mosquitos transmissoresde doenças põem seus ovos na 
água e as larvas se desenvolvem nesse meio. Uma proposta 
para prevenir o aumento dessas doenças é evitar coleções de 
água parada onde seus insetos proliferam. 
14: [C]
Como a fêmea mutante de Aedes Aegypti não pode voar, 
teria dificuldades em picar as pessoas e, portanto, de se 
contaminar. A sua reprodução seria também dificultada 
devido à impossibilidade da ocorrência do encontro com o 
macho voador. 
15: [C]
O desenvolvimento de novos medicamentos e terapias 
contribuiu para a diminuição do número de óbitos causados 
pelo HIV (vírus da síndrome da imunodeficiência adquirida – 
AIDS ou SIDA). 
20 CADERNO 1
16: [B]
A malária é transmitida ao homem pela picada de fêmeas 
do mosquito prego (Anopheles). A leptospirose é adquirida 
quando o homem entra em contato com a água de enchentes 
contaminadas com urina de ratos portadores da bactéria 
Leptospira interrogans. A leishmaniose é transmitida pela 
picada dos mosquito palha fêmea. Caramujos infestados com 
larvas cercarias do verme Schistossoma mansoni transmitem 
a esquistossomose ao homem que entra em contato com a 
água onde vivem. 
17: [B]
A tabela mostra que a maior proliferação do mosquito vetor 
da dengue ocorre em tambores, tanques e depósitos de 
barro que acumulam água parada, onde se desenvolvem as 
larvas do Aedes Aegypti. As campanhas de prevenção contra 
a dengue devem enfatizar o fato e propor alternativas para 
reduzir o aumento populacional dos mosquitos. 
18: [D] 
O gráfico mostra que o período em que houve 50% de 
sobrevivência, entre os mosquitos expostos, ocorreu entre o 
oitavo e o décimo segundo dia após a exposição. 
19: [D]
O programa de combate às doenças negligenciadas interessa 
ao Brasil e a outros países, cuja população é grande e 
subdesenvolvida. 
20: [C]
A esquistossomose mansônica é transmitida pelas fezes 
contaminadas com os ovos do parasita. Esses ovos formam 
larvas que penetram e se reproduzem em caramujos de água 
doce. As novas larvas, denominadas cercárias, abandonam o 
molusco (hospedeiro intermediário) e penetram ativamente 
na pele humana. Os vermes parasitas tornam-se adultos e se 
reproduzem no sistema porta-hepático humano. 
21: [B]
O avanço tecnológico proporcionado pelo desenvolvimento 
do saneamento básico, de vacinas, antibióticos e difusão 
ampla de medidas preventivas contribuiu para o acentuado 
declínio das doenças infecto-parasitárias na segunda metade 
do século XX e no século XXI. 
22: [C]
O aumento do número de casos de malária, na região 
amazônica, é explicado pelo aumento da migração humana 
para a região à procura de trabalho e condições de vida 
melhores do que aquelas existentes nas regiões de onde 
saíram. 
23: [C]
Os diversos subtipos de vírus causadores da AIDS são 
combatidos por tratamentos relativamente eficazes e podem 
ser evitados por meios adequados como, por exemplo, o uso 
de preservativos em relações sexuais.
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