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PlanoDeAula_411864

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Plano	de	Aula:	PRODUÇÃO	DA	NOTÍCIA	A	PARTIR	DOS	BANCOS
DE	DADOS	-	Continuação
JORNALISMO	DE	DADOS	-	CCA0799
Título
PRODUÇÃO	DA	NOTÍCIA	A	PARTIR	DOS	BANCOS	DE	DADOS	-	Continuação
Número	de	Aulas	por	Semana
Número	de	Semana	de	Aula
5
Tema
Perfil	do	profissional	e	os	novos	paradigmas	da	notícia
	
Objetivos
Gerais
Ao	final	da	aula,	o	aluno	terá	condições	de:
-	Compreender	o	perfil	do	profissional	que	atua	no	Jornalismo	de	Dados
-	Identificar	novas	possibilidades	de	notícias	oriundas	dos	bancos	de	dados
	
Específicos
-	Entender	a	mudança	de	mentalidade	exigida	para	o	profissional	que	atua	no
Jornalismo	de	Dados
-	Dominar	os	procedimentos	iniciais	para	o	tratamento	dos	dados	de	interesse
público
Estrutura	do	Conteúdo
O	conteúdo	desta	aula	irá	tratar	inicialmente	sobre	o	perfil	do	profissional	que
atua	como	jornalista	de	dados,	bem	como	elucidar	alguns	aspectos	que	devem
ser	considerados	para	se	tornar	um	jornalista	de	dados.	Para	isso,	deve-se
partir	da	ideia	de	que	o	jornalista	de	dados	precisa	partir	de	um	estado	mental
diferente.	Ele	deve	ter	um	radar	ligado	para	buscar	dados,	além,	é	claro,	de
buscar	fatos	e	declarações.	Ou	seja,	na	era	dos	dados	massivos,	o	jornalismo
se	coloca	em	uma	posição	crucial	ao	se	apoiar	na	tecnologia	informática	para
reinventar	métodos	de	pesquisa,	análise	e	cobertura	das	notícias.
	
Cabe	destacar	as	ponderações	da	jornalista	Fabiola	Torres	López,	fundadora	e
editora	de	um	meio	digital	de	grande	importância	para	a	América	Latina,
denominado	"OjoPúblico".	Ela	enfatiza	que	se	há	cinco	anos	os	repórteres	que
rastreavam	revelações	em	bases	de	dados	ajudados	por	hackers	ou
desenvolvedores	eram	os	"nerds"	das	redações,	o	panorama	atual	é	distinto.
Escreve	ela:	?o	mundo	conhece	desde	histórias	pontuais	de	corrupção	até
investigações	globais	como	os	Panamá	Papers,	graças	ao	fato	de	que	cada	vez
mais	meios	entendem	os	benefícios	da	aliança	entre	repórteres	e	tecnólogos.
A	entrega	do	Prêmio	Pulitzer	2017	a	esta	última	revelação	sobre	o	lado
obscuro	da	indústria	offshore	pode	ser	lido	como	o	maior	reconhecimento	ao
rigor	e	ao	impacto	desta	nova	forma	de	trabalho.?
	
Os	jornalistas	que	estão	atuando	nesta	área	são	unânimes	em	afirmar	que	o
jornalista	de	dados	deve	ligar	o	radar	para	procurar	onde	estão	os	números
que	revelam	as	informações	de	interesse	público.	Por	isso	a	ênfase	na
mudança	de	mentalidade,	pois	o	desafio	fundamental	dos	repórteres	de	uma
equipe	de	jornalismo	de	dados	não	está	em	aprender	a	usar	as	ferramentas
digitais	mais	sofisticadas,	mas	sim	em	pensar	de	uma	maneira	diferente	sobre
os	problemas	que	devem	ser	investigados	para	construir	novas	maneiras	de
perguntar,	buscar	informação,	formular	hipóteses	e	métodos	de	trabalho.
	
O	foco	do	trabalho	no	jornalismo	tradicional	era	encontrar	um	caso	revelador,
uma	denúncia,	um	fato	relevante	diante	da	ação	dos	agentes	sociais.	No
jornalismo	com	bases	de	dados,	ao	contrário,	o	profissional		busca	padrões,
tendências	e	fenômenos	agora	decorrente	do	cruzamento	de	dados.	Seu
trabalho	já	não	se	limita	à	execução	da	pauta	simplesmente,	de	maneira
solitária.	É	uma	atividade	desenvolvida	em	equipe	que,	auxiliada	pela
tecnologia,	que	fornece	fórmulas	e	cruzamento	de	fontes	corretas,	se	dedica	a
fazer	inicialmente	uma	gigantesca	quantidade	de	perguntas	a	bases	de	dados
em	pouco	tempo	e	encontrar	pistas	e	provas	antes	inimagináveis.
	
Assim,	de	posse	do	dado,	o	jornalista	fica	menos	dependente	de	releases
oficiais	oriundos	das	assessorias	de	imprensa	dos	órgãos	governamentais,
mas	também	das	declarações	dos	agentes	públicos.	Com	os	recursos	do
Jornalismo	de	Dados,	a	matéria	jornalística	fica	mais	detalhada,	e	muitas	vezes
se	origina	deste	trabalho.	É	importante	destacar	que	o	Jornalista	de	Dados
deve	tratar	os	dados	como	outra	fonte	qualquer.	Ou	seja,	1)	se	perguntar	se	a
fonte	é	confiável.	2)	Se	perguntar	com	quais	outras	fontes	ele	pode	cruzar.		3)
O	que	essa	fonte	é	capaz	de	dizer	ao	jornalista.	Outra	recomendação	de
procedimento	técnico	é	relativa	a	fase	de	definição	da	pauta.	O	Jornalista	de
Dados	deve	definir	suas	suas	pautas	sempre	com	questões	e	nunca	com
afirmações.	Ou	seja,	se	perguntar	que	dados	o	jornalista	de	dados	pode	obter
para	verificar,	por	exemplo,	se	a	fome	no	Brasil	aumentou?	Para	isso,	a
recomendação	é	que	ele	busque	fontes	de	dados	disponíveis,	mas	nunca	deve
perder	de	vista	de	que	ele	deve	lutar	para	que	os	dados	não	disponíveis
fiquem	à	disposição.	Ou	seja,	o	jornalista	precisa	lutar	pela	abertura	de	dados,
pois	ele	é	um	dos	principais	agentes	de	pressão	pela	transparência	e	acesso
à	informação	de	interesse	público.	Para	encontrar	as	respostas,	em	muitos
casos,	o	Jornalista	de	dados	deve	usar	a	Lei	de	Acesso	à	Informação,	já
apresentada	na	aula	anterior.
	
Todos	esses	fatores	levam	a	um	novo	paradigma	para	a	notícia,	que	já	não
resulta	unicamente	da	atuação	dos	agentes	públicos	e	sujeitos	sociais,	mas
de	uma	nova	forma	de	racionalidade	que	permite	descobrir	furos	jornalísticos
em	planilhas	de	banco	de	dados,	a	partir	do	fluxo	de	trabalho	do	Jornalista	de
Dados.	Este	fluxo	envolve	técnicas	para	quatro	etapas,	a	saber:	busca	do
dado,	limpeza	das	planilhas,	análise	dos	dados	e	visualização	dos	dados,	a
serem	melhor	detalhadas	nas	aulas	seguintes.
Aplicação	Prática	Teórica
Leitura	de	caso	recomendada:
Bons	trabalhos	guiados	por	dados:	o	caso	do	The	Guardian,	ganhador	do	o
Data	Journalism
Awards	https://www.theguardian.com/world/interactive/2012/may/08/gay-rights-
united-states
	
Outros	exemplos	relacionados	pelo	Paradox	Zero:
https://www.paradoxzero.com/2014/projetos-jornalismo-dados-conferir/

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