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Positivismo Criminológico e Estereótipo do Negro

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Criminologia
Aula 2: Positivismo
Apresentação
Nesta aula conheceremos os protagonistas do positivismo criminológico: Lombroso, Ferri e Garófalo.
A partir de pressupostos do positivistas, embasados por algumas opiniões cientí�cas que legitimavam a punição por
aspectos físicos, veremos como o negro �cou estereotipado como uma raça propensa ao crime.
A partir disso, entenderemos a importância de um Direito penal de fato, de acordo com o Estado democrático de direito,
em que a punição se baseia pelo fato praticado e não por características do sujeito que são exteriores ao fato.
Objetivos
Conhecer a primeira escola de criminologia e o momento histórico-cientí�co em que ela se encontra;
Conhecer o método e objeto de estudo da escola positivista: o criminoso;
Conhecer os fundamentos do positivismo de Lombroso, Ferri e Garófalo;
Associar o positivismo com a criação do estereótipo do criminoso.
Protagonistas do Positivismo
Para começarmos nossa aula, vamos conhecer três personagens muito importantes para o Positivismo e para a Criminologia:
 Cesare Lombroso (Fonte: Wikipédia)
Cesare Lombroso
Lombroso criou a escola positivista criminológica. Ele foi o médico que desenvolveu a teoria do criminoso nato, segundo a qual
uma parte dos criminosos já nascia com uma espécie de disfunção patológica que o levaria, invariavelmente à prática do
crime.
Para ele, o criminoso era um subtipo humano, degenerado e atávico. Para Lombroso, esta disfunção se exteriorizava na
aparência e no comportamento do sujeito, que podiam ser estudadas para que se pudesse identi�car o criminoso pela sua
aparência.
Assim, ele estudou as vísceras dos criminosos, crânio, linguagem, tatuagens, letra, comportamento etc. Para ele, as penas
deveriam ser por tempo indeterminado para os corrigíveis e perpétuas se incorrigíveis.
 Enrico Ferri (Fonte: Wikipédia)
Enrico Ferri
Ferri foi o advogado e político responsável pelas críticas à escola clássica, expressão criada por ele para denominar aqueles
que não eram adeptos das ideias positivistas.
Ele defendia que outros elementos poderiam determinar a prática do crime, não só o biológico, mas também fatores individuais
(raça, sexo), sociais (família, religião) e físicos (clima, temperatura).
Criou a teoria dos substitutivos penais. Ferri entendia que a ordem social burguesa tinha que ser defendida a todo custo,
inclusive com o sacrifício dos direitos individuais, o que ele chamava de teoria do relógio quebrado.
É a defesa de que crimes leves devem ser severamente punidos para se inibir crimes mais graves.
 Rafael Garófalo (Fonte: Wikipédia)
Rafael Garófalo
Garófalo era magistrado e criou o conceito de delito natural, sendo o crime uma ofensa feita à parte mais comum do senso
moral formada pelos sentimentos de piedade e probidade (justiça).
Dessa forma, o crime seria condutas nocivas em qualquer sociedade.
Constata-se que o positivismo foi uma teoria extremamente racista que auxiliou a legitimar políticas imperialistas na África,
políticas criminais repressivas, e a solidi�cação, posteriormente, do próprio nazismo.
Os 3 defendiam a prisão perpétua, Rafael Garófolo e Enrico Ferri, a pena de morte para os irrecuperáveis.
Positivismo no Brasil
Como os estudos positivistas tinham como objeto o criminoso, o melhor e mais seguro local para encontrá-los seria na cadeia.
Mas, lá chegando, que parcela da população era encontrada em maior número? Os negros.
A teoria do positivismo ajudou a concretizar a imagem do negro como
marginal, conferindo o aval da ciência de que a raça negra era inferior
e voltada para o crime, reforçando o estereótipo do criminoso.
Vamos conhecer agora os brasileiros que se basearam nas ideias positivistas que envolviam raça e criminalidade
 Euclides da Cunha (Fonte: Wikipédia)
Euclides da Cunha
O escritor Euclides da Cunha, apesar de contrário a Lombroso, defendeu a inferioridade da raça nordestina pelo meio.
 Nina Rodrigues (Fonte: Wikipédia)
Nina Rodrigues
O legista Nina Rodrigues defendeu a responsabilidade diferenciada para cada raça.
 Viveiros de Castro (Fonte: Wikipédia)
Viveiros de Castro
Viveiros de Castro repelia a existência do livre arbítrio.
 Moniz Sodré (Fonte: Wikipédia)
Moniz Sodré
Sodré negava a igualdade entre os homens e entendia que a pena deveria ser proporcional não ao delito, mas à inadaptação do
sujeito à vida social.
Direito Penal do autor
Com o amparo cientí�co possibilitando a identi�cação do criminoso pela sua aparência, o Direito Penal se vê legitimado a punir
condutas que exteriorizem esta periculosidade, modelando-se a um Direito Penal do autor. Ou seja, pune-se pelo que o sujeito
é, e não pelo que ele fez, sendo o crime um sintoma de um estado do autor.
Um exemplo disso é a criminalização da capoeira na primeira República. Tal prática era constituída pela reunião de
“negros vadios que, pela aglomeração, aproveitavam-se para praticar pequenos furtos”.
Ainda presente nos dias de hoje, a análise da personalidade do réu é usada para o cálculo e de�nição de pena, assim
como seus antecedentes, culpabilidade e sua conduta social (Art. 59 do CP).Isso vai de encontro a um “Direito Penal
do fato”, mais compatível com um Estado democrático de direito, que pune o sujeito pelo fato praticado, e não pelo que
ele é.
 Fonte: wikipedia
Atividades
1. Correlacione
Lambrose 1 Ferri 2 Euclides da cunha 3 Moniz Sodré 4
a) Escritor brasileiro que acreditava na inferioridade dos nordestinos.
b) Criador da teoria do “crime nato” e fundador da escola positivista
criminológica.
c) Negava a igualdade entre os homens e entendia que a pena
deveria ser proporcional não ao delito, mas à inadaptação do sujeito
à vida social.
d) Criador da teoria do “relógio quebrado”, defendia que crimes leves
devem ser severamente punidos para se inibir crimes mais graves.
2. Em que se baseia o Direito penal do autor?
Notas
Título modal 1
Lorem Ipsum é simplesmente uma simulação de texto da indústria tipográ�ca e de impressos. Lorem Ipsum é simplesmente
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Referências
BARATTA, Alessandro. Criminologia crítica e crítica ao direito penal: Introdução à sociologia do direito penal. Rio de Janeiro:
Freitas Bastos, 1999.
MOLINA, Antonio García-Pablos de; GOMES, Luiz Flávio. Criminologia. São Paulo: Revista dos Tribunais, 2002.
SHECAIRA, Sérgio Salomão. Criminologia. São Paulo: Revista dos Tribunais, 2004.
BRUNO, Aníbal. Direito Penal - Parte Geral. Tomo 1º. Rio de Janeiro: Forense, 1967.
LYRA, Roberto. Direito penal cientí�co (Criminologia). Rio de Janeiro: José Kon�no, 1974.
Próxima aula
A Escola de Chicago, criadora da Teoria Ecológica que estudará a cidade e a in�uência desta sobre as condutas delitivas, bem
como a Teoria da anomia, que analisa o enfraquecimento das normas no meio social.
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