Buscar

1565030063 (1)

Prévia do material em texto

VICTOR AQUINO DE PAULA 
FORMAÇÃO ACADÊMICA 
Eletrotécnica - SENAI.
Técnico em Mecânica - SENAI.
Graduação em Administração de Empresas - FGV .
Especialização em Engenharia de Produção - UFJF.
MBA – Finanças, Auditoria e Controladoria - FGV 
Mais de 20 cursos na área de Gestão Empresarial.
APRESENTAÇÃO
PESSOAL
CARREIRA EXECUTIVA 
Supervisor de Manutenção, 10 anos. Hiper Roll – Industria de porte médio 
Coordenador de Produção , 6 anos. Esdeva – Industria de grande porte 
Diretor Industrial ( Cargo atual). Grupo AG – Industria de porte médio 
Consultoria em Gestão Empresarial.
Microempresário ( 2012 – 2017) segmento de saúde.
CARREIRA ACADÊMICA 
Professor: Cursos de Administração, Logística, Recursos Humanos e Sistemas de Informação no Instituto Vianna Junior.
Professor Executivo - Pós Graduação FGV.
Palestras e seminários relacionados a área de Gestão.
Prezados Alunos (as),
Coloco-me à disposição para qualquer dúvidas ou esclarecimentos se necessários nos contatos abaixo:
 vpaula@vianna.edu.br
 (32) 99834-3304
 
APRESENTAÇÃO
CONTATOS
APRESENTAÇÃO
NOTAS
1° BIMESTRE
 
 
Pontos
Critériodo Professor
2 pontos
Nota da 1ª prova
7 pontos
Nota APS
1 ponto
 
TOTAL
10 pontos
2° BIMESTRE
 
 
Pontos
Segmentada
5pontos
Nota da 1ª prova
2pontos
AtividadeIntegradora
2ponto
Nota APS 
1 ponto
TOTAL
10 pontos
MÉDIA PARA APROVAÇÃO: 7 PONTOS
Prova EXAME:
Prova com 07 questões objetivas e 03 subjetivas de TODA MATÉRIA, valendo 10 PONTOS.
Disciplina:
LOGÍSTICA 
APRESENTAÇÃO
6
Seções – Curso completo:
Logística, redes logísticas e gestão da cadeia de suprimentos (I).
Modelagem da cadeia de suprimentos (II).
Infraestrutura logística e gestão de transporte (III).
Gestão de estoques (IV).
Compras e desenvolvimento de fornecedores (V).
Armazenagem e distribuição (VI).
Terceirização e emprego de operadores logísticos (VII).
Tecnologia aplicada à logística (VIII).
Logística internacional (IX).
Logística
7
Unidade I: 
Logística, redes logísticas e gestão da cadeia de suprimentos 
1.1. Conceito de logística sob o ambiente de redes 
1.2. Globalização da economia e sua influência para a logística 
1.3. Análise conceptual da logística 
1.4. Cadeia de suprimentos e o novo conceito de gestão 
‹nº›
‹nº›
8
Logística, redes logísticas e gestão da cadeia de suprimentos 
1.1 Logística sob o ambiente de redes
A visão de rede, em amplo sentido, nos leva a refletir que, na realidade do século XXI, os problemas, tanto os regionais como os globais, estão interligados de tal forma que se alimentam mutuamente sob os mais diversos aspectos. Há uma grande interdependência entre as principais atividades que regem o atual estágio da economia global. No caso particular da Logística, podemos abordar dois exemplos:
(1) Aplicação do outsourcing global, isto é, de fornecimentos vindos de empresas ou de instalações do exterior. Consideremos o preço do petróleo. Se o preço sobe, as estratégias quanto à localização de empresas começa a ser repensada, porque o frete marítimo internacional sobe igualmente e pode impactar o custo de produção. A Ásia pode se tornar menos atraente como centro de produção e a produção pode ser transferida para localizações ocidentais que ofereçam incentivos tributários e custos de produção competitivos. 
 [continua]
‹nº›
‹nº›
9
Logística, redes logísticas e gestão da cadeia de suprimentos 
(2)A rede logística nacional do setor de alimentos depende das condições da economia mundial, porque o Brasil é o maior exportador de produtos básicos da cadeia alimentícia. Se a economia chinesa crescer acentuadamente, isto afetará o atendimento à demanda interna do Brasil. Poderá provocar impactos na economia interna (inflação, desabastecimento, etc.) e nas estratégias empresariais. Daí a importância do estudo dos aspectos econômicos, comerciais e de infraestrutura que regem as relações da logística e, particularmente, da gestão da cadeia de suprimento. 
A logística, no ambiente de redes, vai depender de transporte, de ideias para o planejamento da infraestrutura, de pessoas para criá-las, da educação para desenvolver pessoas que vão utilizar tecnologia para aplicá-las a transporte, e assim por diante. Outras vertentes poderão ser acrescidas, como a política e o comércio internacionais e a geopolítica. A visão de rede é ampla e permite um nível elevado de criatividade dos formuladores.
‹nº›
‹nº›
10
Logística, redes logísticas e gestão da cadeia de suprimentos 
Exercício:
Escolha, com a orientação do professor, um tipo de empresa qualquer e desenhe uma rede logística que envolva o fornecimento e a distribuição de produtos. Nesse primeiro trabalho, não são exigíveis detalhes, apenas concepções básicas para que o aluno compreenda o papel das redes na logística.
‹nº›
‹nº›
11
Logística, redes logísticas e gestão da cadeia de suprimentos 
1.2 Globalização da economia e sua influência para a logística
As três últimas décadas têm sido caracterizadas pela compreensão generalizada entre as noções de que o desenvolvimento depende, entre outros fatores, da abertura dos mercados e da troca progressiva de bens e serviços. É necessário estabelecer, de início, que a solução para o crescimento sustentado de países não é tão simplista, considerando-se a assimetria que existe, permanece e, em alguns casos, aumenta, a partir do que se tem denominado, genericamente, de globalização. 
O fim do socialismo soviético com a queda do muro de Berlim parece ser um marco que tornou, de forma crescente, o mundo plano. Sob o ponto de vista comercial, as fronteiras nacionais deixaram de ser obstáculo para os negócios. O liberalismo econômico passou a prevalecer e o capitalismo fez emergir a busca pela competitividade nos mercados mundiais. As assimetrias entre as economias fez com que surgisse um mercado global de produção, com uma base mundial de fornecedores de bens e de serviços.
‹nº›
‹nº›
12
Logística, redes logísticas e gestão da cadeia de suprimentos 
O custo global de produção, incluindo custos diretos de mão de obra, encargos sociais, custos portuários, impostos e transporte marítimo, tornou possível a utilização do offshore outsourcing, ou seja, o emprego de organizações no exterior, subsidiárias ou não, para produzir bens e serviços a custos competitivos (Bowersox et al.). 
A estratégia de praticar o offshore outsourcing deve considerar alguns desafios a serem vencidos. Bowersox et al. (2013) apresentam uma lista de sete desafios, a saber: 
identificação de fontes que possam produzir itens na qualidade e na quantidade requeridas; 
(2) proteção da propriedade intelectual, que exige medidas contra a cópia ou pirataria; (3) conhecimento da regulação presente nos países fabricantes, como a exigência de componentes nacionais em percentual mínimo;
 
 
 [continua]
‹nº›
‹nº›
13
Logística, redes logísticas e gestão da cadeia de suprimentos 
(4) qualidade da comunicação com fornecedores e transportadores, contornando dificuldades no procurement e na negociação com armadores (navios), despachantes, alfândega, língua e tecnologia; 
(5) garantia da segurança dos produtos quando em trânsito; 
(6) defesa contra estoques e obsolescência devido ao longo tempo dos produtos em trânsito; 
(7) desafio que sintetiza os anteriores, referente à compreensão das diferenças entre peça (unidade), preço e custo total. Enquanto o preço de uma peça pode incluir material e mão de obra diretos,além de custos indiretos, o custo total inclui outros elementos a serem considerados, como frete, estoque, obsolescência, encargos, impostos, recuperação, seguro e outros riscos associados.
 
 
 [continua]
‹nº›
‹nº›
14
Logística, redes logísticas e gestão da cadeia de suprimentos 
Em síntese, a globalização é um processo interdependente, que tem impacto em economias, mas é também impactado por elas. Dois exemplos: 
(1) Os Estados Unidos para vencerem a crise econômica vêm inundando o mundo com dólares, desvalorizando sua moeda, porém, reduzindo o déficit de sua balança comercial. Sempre foram deficitários, importando mais do que exportando. Com a queda do dólar, seus produtos se tornaram mais competitivos e com isso suas exportações aumentaram. O Brasil, por exemplo, perdeu a condição de credor em relação aos norte-americanos. Estamos importando mais do que exportando. 
(2) Com o freio no crescimento da China, empresas como a Vale vêm perdendo negócios com aquele país, seu principal cliente para o minério de ferro. 
Assim, o desenvolvimento e o crescimento da economia de um país depende das políticas monetárias de outros países, principalmente dos que têm grande mercado, e do desempenho de suas empresas em relação às mudanças macroeconômicas ocorridas nos mercados emergentes, como o da China.
‹nº›
‹nº›
15
Logística, redes logísticas e gestão da cadeia de suprimentos 
Eis uma ilustração sobre a presença das grandes empresas transnacionais em uma economia globalizada. Com base nessa ilustração, devemos refletir sobre o presente e sobre o futuro da globalização.
‹nº›
‹nº›
16
Logística, redes logísticas e gestão da cadeia de suprimentos 
Quanto ao Brasil, seu modelo de crescimento e de desenvolvimento deverá ser repensado, principalmente agora, no primeiro quadrimestre de 2013, com a inflação se afastando gradativamente da meta estabelecida pelo Banco Central. A despeito de ser uma das maiores economias do mundo, em termos de PIB, os problemas com que se defronta são de tal magnitude, que impactam o seu desenvolvimento sustentado. Três desses problemas são: (i) elevado montante da dívida pública interna, oscilando entre 40 e 50% do PIB; (ii) necessidade de se implementar o desenvolvimento industrial sustentado, com o aporte de capitais externos; e (iii) reduzido nível de poupança interna, capaz de financiar investimentos públicos, principalmente em educação básica, saúde e infraestrutura. Tais carências exigem, entre outras medidas, uma política agressiva no comércio exterior (exportações), em busca de um saldo crescente na balança comercial. 
A participação do Brasil no comércio internacional (exportações mais importações) ainda é modesta, não mais que 1,4%, cálculo baseado nos números de 2012, da OMC. O comércio mundial foi da ordem de US$33,6 trilhões, contra US$466 bilhões do Brasil. 
‹nº›
‹nº›
17
Logística, redes logísticas e gestão da cadeia de suprimentos 
1.3 Análise conceptual da logística
Logística, logística integrada, logística empresarial, gestão da cadeia (ou da rede) de suprimentos são termos empregados, com frequência, como sinônimos ou como semelhantes. Isso tem causado certa dificuldade de compreensão por parte de estudantes, pesquisadores e de profissionais da área. Na realidade, há diferenças entre eles, embora nem sempre sejam explicitadas com precisão. Para Bowersox et al. (2013, p. 29), “logística envolve a gestão do processamento de pedidos (aquisição), estoques, transportes e a combinação de armazenamento, manuseio de materiais e embalagem, todos integrados por meio de uma rede de instalações”. Os mesmos autores, mais adiante, referem-se à responsabilidade da logística em criar sistemas que levem ao alcance do menor custo total. Está correta a afirmativa, porém o menor custo total como objetivo da logística é um dos alvos da logística integrada e da gestão da cadeia de suprimentos. Tais sutilezas podem levar alguns leitores a concluir, apressadamente, que logística, logística integrada e cadeia de suprimentos sejam a mesma coisa.
[continua] 
‹nº›
‹nº›
18
Logística, redes logísticas e gestão da cadeia de suprimentos 
Logística
Na realidade, a logística alcançou um patamar de tal magnitude que hoje está presente no cotidiano da sociedade e sempre que alguém quer se referir a meios, principalmente de transporte, para atingir um objetivo, utiliza o termo. Não há a preocupação com logística integrada ou gestão da cadeia de suprimentos. Logística é o mote para justificar ou condicionar o que poderia ou o que deve ser feito em termos de materiais, pessoas, transporte, comunicações e outros recursos. Para efeito didático e na expectativa de tornar precisas as diferenças existentes, avaliaremos os conceitos para as três expressões.
‹nº›
‹nº›
19
Logística, redes logísticas e gestão da cadeia de suprimentos 
O Conselho de Profissionais de Gestão da Cadeia de Suprimentos – CSCMP (www.cscmp.org) – considera que a logística é componente da cadeia de suprimentos e a define como: 
 
“Parte da cadeia de suprimento que planeja, implementa e controla, eficiente e eficazmente, os fluxos adiante e reverso e a estocagem de bens, serviços e informações relacionadas, do ponto de origem ao ponto de consumo, a fim de atender às necessidades dos clientes.”
Trata-se de uma definição voltada para os percursos de materiais e serviços, independentemente dos relacionamentos dos mesmos interna ou externamente. Pode-se daí inferir que a logística é parte dura ou hard do processo logístico em geral. Nota-se que pessoas não aparecem, o conceito preocupa-se exclusivamente com bens, serviços e informações.
[continua]
‹nº›
‹nº›
20
Logística, redes logísticas e gestão da cadeia de suprimentos 
Em contraponto ao conceito da CSCMP, definimos logística como:
	
Conjunto que trata do movimento, em todos os sentidos, de materiais, serviços, recursos financeiros, pessoas e informações, nos ambientes inter e intraempresarial, com eficácia (alcance de objetivos), eficiência (otimização de custos) e efetividade (compromisso com o social, com o ambiente e com a sustentabilidade). 
[continua]
‹nº›
‹nº›
21
Logística, redes logísticas e gestão da cadeia de suprimentos 
Esse conceito adiciona ao da CSCMP elementos como pessoas, ambiente e sustentabilidade, indispensáveis nos dias atuais. Além disso, cria uma ligação com a gestão da empresa ao estabelecer que a prática da logística exige a conjugação de três parâmetros: eficiência, eficácia e efetividade. Alcançá-los, ao mesmo tempo, é tarefa das mais difíceis. Com efeito, na maior parte dos casos, esses parâmetros atuam com sinais contrários; quando um é privilegiado, um ou os outros dois são afetados. Em geral, aumento de eficácia onera a eficiência, enquanto vetos ambientais impactam os outros dois parâmetros. Por exemplo, níveis de estoques baixos, com alta rotatividade, levam à maior eficiência e, ao mesmo tempo, aumentam o risco de falta de produtos para atender a todas as demandas, reduzindo, assim, a eficácia. E, ao contrário, para atender a qualquer demanda (maior eficácia), é necessário manter estoques elevados (baixa eficiência). 
‹nº›
‹nº›
22
Logística, redes logísticas e gestão da cadeia de suprimentos 
Logística integrada
 
Durante muito tempo havia uma nítida separação entre os setores de venda (mais próximo ao marketing) e os de produção. Entre os dois ou eventualmente ligado a um ou a outro, funcionavam os setores básicos da logística, tais como gestão dos estoques, armazenagem, recebimento e expedição, além de compras. Esta última, em algumas organizações, era ligada ao setor financeiro. Era a época da gestão por funções com a busca da máxima eficiênciade cada uma delas. Com a evolução dos recursos empresariais, surgiu o conceito de custo total, este sim o verdadeiro balizador dos resultados desejados pelas empresas.
Além do custo total, reviu-se uma antiga afirmativa de que “a administração de materiais não adiciona valor aos negócios”. Essa visão estava atrelada a uma concepção simplista de que somente o que fosse adicionado fisicamente a um item de material poderia agregar valor ao mesmo. Assim, uma nova embalagem ou um melhor desempenho de um produto agregava valor, enquanto seu transporte, sua disponibilidade em estoques somente agregavam custos. A moderna logística desmentiu tais pontos de vista até então vigentes.
[continua]
‹nº›
‹nº›
23
Logística, redes logísticas e gestão da cadeia de suprimentos 
A gestão por processos, em oposição ao modelo funcional, alinhou o conceito de logística aos objetivos organizacionais, com a clara diretriz de buscar resultados em benefício do consumidor final. Este era o alvo da concorrência, portanto a busca da melhor qualidade associada ao menor custo era a palavra de ordem. Dentro dessa ótica, consideramos que:
A logística integrada resulta do alinhamento das atividades logísticas de uma organização relativas à obtenção de insumos, produção e comercialização de bens e serviços com preços e qualidade competitivos. 
 Não se trata mais de subordinar programas de produção às cotas de vendas, muitas vezes maximizadas sem levar em conta as limitações do parque de produção ou dos acréscimos do custo marginal. Assim, a integração considera o conceito de logística às necessidades do alinhamento de todas as funções de uma organização, preferencialmente sob a forma de processo. Esse conceito está associado à concepção de rede logística, em que existe um elevado grau de interdependência entre as funções envolvidas, a começar pela gestão da cadeia de suprimento. 
 [continua]
‹nº›
‹nº›
24
Logística, redes logísticas e gestão da cadeia de suprimentos 
Em resumo, a logística é a responsável pelo “design e administração de sistemas para controlar o movimento e a posição geográfica de matérias-primas, trabalho em processo e estoques de produtos acabados no menor custo total” (Bowersox et al., 2013, p. 29).
Um aspecto importante é o custo da logística em relação à economia de um país. Nos Estados Unidos, os custos logísticos em relação ao PIB vêm gradativamente baixando, de 16,1% em 1980 a 8,3% em 2010. As estatísticas americanas dividem esses custos em três segmentos: estoques, transporte e administrativos. O maior componente, em 2010, é o item transporte, responsável por 63,5% dos custos logísticos. Estoques respondem por 32,7%, ficando os administrativos com apenas 3,8%.
No Brasil, os estudos realizados consideram que nossos custos oscilam entre 12 e 16% do PIB, sendo o de transportes o que mais contribui.
‹nº›
‹nº›
25
Logística, redes logísticas e gestão da cadeia de suprimentos 
Questão a ser discutida:
No Brasil, as rodovias são, em geral, de má qualidade e oferecem um serviço deficiente a seus usuários. Ao contrário, nos Estados Unidos, as rodovias são de boa qualidade e em grande quantidade, oferecendo alternativas para o roteiro das cargas a serem transportadas. Além disso, possuem excelente malha ferroviária. Os portos são igualmente eficientes.
A situação brasileira é, praticamente, o inverso da norte-americana, com portos ineficientes operando com custos elevados.
Diante desse quadro, compare, dentro de suas possibilidades e com o apoio do professor, os números relativos ao item transporte. Argumente sobre o percentual brasileiro, se maior ou menor do que o americano e por quê? E os estoques, em função do tempo de trânsito, contribuiriam com uma participação maior no custo logístico?
Utilize, como referência e para ampliar a discussão, o texto de Novaes (2007, p. 55-58). 
‹nº›
‹nº›
26
Logística, redes logísticas e gestão da cadeia de suprimentos 
Logística empresarial
Esse termo está muito próximo da logística integrada, apenas mais sofisticado e associado ao planejamento estratégico das organizações. Na economia globalizada, essa abordagem voltada para os negócios tornou-se imprescindível. 
Uma das razões que levam a essa posição, em termos empresariais, é o fato de que a logística adiciona valor aos produtos, sendo parte integrante do negócio principal.
Por exemplo: o minério de ferro de
Carajás (Vale) tem pouco valor em si mesmo,
quando na mina, distante 892Km do porto de 
saída (São Luis, MA). O que faz com que o
produto atinja mais de US$ 100/t é o valor
adicionado pelo transporte por ferrovia 
operada pela própria Vale.
‹nº›
‹nº›
27
Logística, redes logísticas e gestão da cadeia de suprimentos 
1.4 Gestão da Cadeia de Suprimento
Para uma boa compreensão da gestão da cadeia de suprimentos, é importante avaliar a evolução da logística, desde a gestão baseada em funções, passando pela prática de processos, até alcançar o atual estágio de gestão da cadeia de suprimentos. Essa evolução, com os detalhes, pode ser avaliada por meio da ilustração mostrada a seguir:
‹nº›
‹nº›
28
Logística, redes logísticas e gestão da cadeia de suprimentos 
Gestão da cadeia de suprimentos
A gestão da cadeia de suprimento abrange o planejamento e a gestão de todas as atividades envolvidas na seleção de fontes de fornecimento, na aquisição, na transformação e em todas as atividades de gestão logística. Inclui, também, a coordenação e a colaboração com parceiros que podem ser fornecedores, intermediários, prestadores de serviços (terceiros) e clientes. Em síntese, a gestão da cadeia de suprimentos integra suprimento e gestão da demanda, de forma linear e cruzada com outras empresas (CSCMP – Council of Supply Chain Management Professionals – www.cscmp.org). 
Para ilustrar o conceito da CSCMP, apresentamos na ilustração a seguir o que seriam as ligações lineares e cruzadas, envolvendo materiais, serviços e troca de informações. Na realidade, as relações na cadeia de suprimentos são bem mais complexas do que é mostrado no diagrama apresentado.
‹nº›
‹nº›
29
Logística, redes logísticas e gestão da cadeia de suprimentos 
INSUMOS
CONSUMIDORES
Fluxo de materiais, serviços, informações e recursos financeiros
‹nº›
‹nº›
30
Logística, redes logísticas e gestão da cadeia de suprimentos 
Para um aprofundamento dos conceitos de logística e cadeia de suprimentos, os alunos devem ler o material de Chopra e Meindl (2011, p. 3-13). É importante que sejam compreendidos os processos de decisão na cadeia e as visões puxar/empurrar na cadeia de suprimentos.
‹nº›
‹nº›
31
BIBLIOGRAFIA
BÁSICA
CHOPRA, S.; MEINDL, P. Gestão da cadeia de suprimentos – estratégia, planejamento e operações. 4. ed. São Paulo: Pearson, 2011.
MARTEL, A.; VIEIRA, D.R. Análise e projetos de redes logísticas. 2. ed. São Paulo: Saraiva, 2010.
NOVAES, A.G. Logística e gerenciamento da cadeia de distribuição – estratégia, operação e avaliação. 3. ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2007.
COMPLEMENTAR
BOWERSOX, D.J. et al. Supply chain logistics management. 4. ed. New York: McGraw Hill, 2013.
BOWERSOX, D.J.; CLOSS, D.J.; COOPER, M.B. Gestão da cadeia de suprimentos. 2. ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2007.
‹nº›
‹nº›
32

Continue navegando