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resumo ditadura militar

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UNIÃO DAS ESCOLAS SUPERIORES DE RONDÔNIA
FACULDADE INTERAMERICANA DE PORTO VELHO
HISTÓRIA E INTRODUÇÃO AO ESTUDO DO DIREITO
DIREITO 1º PERIODO/TARDE D 74
MARCO EDUARDO CHAVES DA SILVA 
BRASIL: DE 1946 À DITADURA MILITAR
RESUMO
Porto Velho
2017
Quanto ao aspecto politico, o Brasil passou por diversas mudanças, as quais estiveram interligadas em praticamente todas as suas fases. Após a segunda guerra mundial com Getúlio Vargas no poder, havia muitas promessas de mudança no cenário político para o que se chamava de “Redemocratização Política”, ocorreu então várias agitações, o que levou o atual presidente a abrir a política brasileira com a fundação de dois partidos políticos, como o PTB (Partido Trabalhista Brasileiro) e PSD (Partido Social Democrata) e ao mesmo tempo criar manobras para permanecer no poder. Ao final do ano de 1945, estava encerrado o Estado Novo e como Getúlio Vargas foi obrigado a abandonar o poder, houve a eleição de um novo governante e em consequência desta nova fase, com o intuito de superar os fatores negativos ocasionados pela constituinte de 1937, foi aberto o caminho para a criação de uma nova constituição.
A nova constituição foi aprovada em setembro de 1946, a qual se baseou na constituinte de 1934, demonstrando certo receio de um país que acabara de sair de um período ditatorial. Esta carta magna voltou a instituir os três poderes (Executivo, Legislativo e Judiciário) atribuindo novas funções a cada um, tais como: no poder executivo, a inserção da figura do vice-presidente o qual passava a acumular as funções de vice e função de presidente do senado e o sistema de votação no qual se votava no presidente e vice de forma independente. No poder legislativo, o retorno da sua composição pela câmara e senado, a qual tinha sido extinta pela constituição de 1937, inovação de se criar CPI (Comissões Parlamentares de Inquérito) e a possibilidade de membros do legislativo poderem exercer cargos do Executivo sem ter que abrir mão dos seus respectivos mandatos. Já o poder Judiciário, foi restaurado quanto a sua autonomia, garantido as prerrogativas dos magistrados, e instituindo uma nova estrutura.
Além da reestruturação dos poderes, a constituição de 1946 tratou de diversos assuntos como a estruturação do MP, dos Estados e Municípios e também a inserção dos direitos individuais inclusive do direito ao voto, a qual no que se refere a tais direitos ficou popularmente conhecida como a LIBERAL. 
Entretanto, com o surgimento da nova constituição, como mencionado anteriormente, houveram por consequência novos direitos e garantias. Contudo, com a reivindicação de tais direitos através de inúmeras greves somadas a uma crise econômica e politica, as quais se originaram em tempos muito anteriores ao que se refere, culminou no movimento militar, o qual ocorreu em 1964, onde Joao Goulart (presidente da época) foi retirado do poder sendo assumido pelos militares. 
Os militares afirmavam que era necessária uma intervenção por parte deles, pois os comunistas ou bolcheviques seriam os culpados da atual crise politica e econômica que o país enfrentava. E assim foi feito, após tomar o poder passaram a governar com mãos de ferro, sendo denominados, os “LINHA DURA”. Deram uma nova definição para a palavra “Revolução”, em principio não revogaram a constituição, no entanto de forma maquiada passavam a ignorar o que nela estava escrito e através de Ato institucional, o qual estaria acima do legislador de uma constituição passaram a governar por até duas décadas a partir do AI-1, por força das armas.
O primeiro ato institucional marcou o inicio do período da Ditadura, onde os militares tomavam para si o poder de legislar, afirmando que a legitimidade não originava no Congresso Nacional.
Assim como o AI-1 devido a diversos fatores, houve a necessidade de se instituir outros atos dentre os quais merecem ser citados: o AI-2, o qual restaurou os poderes especiais que tinha expirado com o primeiro ato, criando a lei de inelegibilidade, reduzindo a atuação do poder judiciário e tirando parte de sua competência.
O AI-3 mudou o processo eleitoral de governadores e prefeitos, por conseguinte o AI-4, no qual os militares inseriram na constituição os atos institucionais, convocando o Congresso para “votar a nova constituição”. Com a nova constituição os militares aprovaram aquilo que mais lhes fortaleciam, porém a população ainda continuava a eleger os esquerdistas, sendo necessária a implantação do AI-5 o qual atribuiu todo o poder em um grau jamais vivido no Brasil para aquele que ocupasse a presidência. E este assim o fez, limitando ainda mais o judiciário e fechando o poder legislativo, assumindo também a função de legislar. Com a implantação deste ato o país tomou proporções desenfreadas, muitos afirmam que a criação deste ato foi um erro, um exagero. Além dos atos citados houve outros que se sucederam, dentre os quais merecem destaque o AI-13 que possibilitava o banimento de cidadãos brasileiros e o AI-14 que previa a pena de morte.
Com todos os acontecimentos, e a partir de 1978, forças populares e democráticas começaram a ressurgir pelo país. Uma grande parte da população cansada deste regime autoritário, não estava mais disposta a suportar a repressão. O governo militar sofrendo com o modelo econômico adotado e somado com a crise do petróleo, poderia protelar mais não evitar a redemocratização. 
Nos últimos meses de 1983 um movimento que buscava eleições diretas, intitulado por “DIRETAS JÁ” ganhou força até conseguirem a votação de uma emenda constitucional para restabelecer as eleições diretas.
Após décadas de regime militar o primeiro presidente civil (José Sarney) tomou posse e logo após, em fevereiro de 1987 iniciou-se os trabalhos de uma nova constituinte. Era notório que o país tinha superado tal regime, pois a nova constituição aceitava propostas encaminhadas a população e emendas populares. Nesta constituinte todas as vitórias mais democráticas foram conseguidas.
A constituição de 1988 foi uma grande conquista no que se diz respeito à democracia, no seu texto nota-se que algumas matérias nem precisariam estar ali, no entanto para realizar qualquer alteração, somente por um processo muito complexo, isto justifica a inserção de matéria apenas formalmente constitucional, talvez por medo do retorno do arbítrio ainda muito recente na memória nacional.
REFERÊNCIAS
LAJES, LAVIA..

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