Atenas historia de uma democracia

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Fichamento - Problemas Metáfisicos I
MOSSÉ, Claude Atenas: a História de uma Democracia; tradução de João Batista da Costa. - 3. ed - Brasília: Editora Universidade de Brasília, 1997.
Bibliografia:
Renomada helenista, lecionou história grega nas Universidades de Rennes e Clermont-Ferrand e participou da criação, em 1959, do Centro de Vincennes, que se tornou a Universidade de Paris VIII. É autora, entre outras obras, de História das doutrinas políticas na Grécia, As instituições gregas, O processo de Sócrates e Atenas.
" Sabemos conciliar o gosto pelo belo com a simplicidade , e o gosto pelos estudos com a energia. Usamos a riqueza para a ação e não para vã ostentação de palavras. Entre nós não é vergonhoso reconhecer a pobreza ; e o , bem mais, não tentar evitá-la." (Pg.11)
"No primeiro ano da Guerra do Peloponeso, Péricles caracteriza seus compatriotas por esse gosto pela palavra, ao qual devemos nosso conhecimento acerca dos atenienses." (Pg.11)
Os Primórdios
" Conhecemos o passado remoto de Atenas apenas através das narrações míticas, certas tradições míticas tendem a demonstrar que a Ática já era habitada antes da chegada dos gregos à península balcânica".
"Um fato permanece ainda de pé: mesmo que Atenas, a partir do final do século VII a.C., seja uma pólis, as peculiaridades regionais não deixam de subsistir, e formam a base das disputas que se travam entre os principais chefes dos géne , das familias aristocráticas.
A partir de certas representações alegóricas e, sobretudo, a partir de certas tradições que há muito a se perpetuaram, tentamos imaginar o que seria a sociedade ateniense, por volta do século VII a.C ela aparece dominada pela aristocracia guerreira, senhora da terra e do poder político, e que tinha em suas mãos os principais sacerdotes, a distribuir a justiça e o direito. A massa da população constitui, para essa aristocrácia, uma espécie de clientel." (Pg.12)
" Entre a aristocracia e a classe camponesa dependente, há um grupo intermediário de aldeões livres, suficientementes abastados para poderem adquirir uma panóplia e servir e servir na falange pesada dos hoplitas que, a partir de meados do séculos constituem a força militar da cidade".
" O povo começa adquirir uma importância cada vez maior na vida da cidade. As transformações do exército tiveram como consequência ampliação da classe dos homens em condição de porta armas. E estes começam a aspirar a substituição do direito os géne por uma lei observada para todos, e capaz de por fim às vendettas que dividiam as famílias aristocratas" (Pg.13)
" O Código de Drácon, elaborado nos últimos anos do século VII a.C., constitui a primeira tentativa, ainda limitada a caso de assassinatos, de instituir um direito comum a todos, e de pôr termo à prática de viganças de família."
 "A despeito do que arfirmam os oradores do século IV a.C., é discutível que Drácon tenha redigido um código de leis completo e, mais ainda, que tenha dotado Atenas de uma nova Constituição. Embora prejudicando os privilégios judiciários dos antigos géne, as leis de Drácon de modo algum feriram o monopólio político da aristocracia, assim como não ameaçaram sua denominação social." (Pg.13)
Sólon
" Solón, eleito arconte em 594 a.C., tomaria a si a tarefa de enfrentar a crise. Ele mesmo pertencia à aristocracia, mas, por temperamento ou por necessidade, fora levado a viajar o que o colocava a margem da aristocracia tradicional. Recusando a ser tirano, proclama a seisachtéia, medidas essas que eram jurídicas, políticas e econômicas.". (Pg15)
"Seja como for , e mesmo que Sólon não tenha sido pessoalmente responsável pelas mudanças, o certo que é que, nos anos seguintes às suas reformas, operam-se transformações na vida de Atenas, que terão grande relevância no futuro da cidade."
A Tirania de Pisístrato e dos seus Filhos
"Chefe do terceiro partido era Pisístrato, inscrever-se-ia no esquema tradicional do tirano demagogo, da época arcaica, que , para tomar o poder, subleva contra a aristocracia as massas camponesas empobrecidas que dele esperam algumas vantagens materiais." (Pg.17)