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TRABALHO DE PARTO PREMATURO (TPP) INTEGRANTES Daniela do Rosário RGM 16360834 Kelly Cristina Magalhães RGM 17990131 Kelly Cristina Viana RGM 21215391 Marcia Luana Santos RGM 17489806 Marli Rosa de Oliveira RGM 17719411 Michelle Nascimento Silva RGM 17310245 Murilo Soares Galvão RGM 17732719 Rosangela Costa dos Santos RGM 15697843 Sirleide da Silva Lins RGM 17451078 DEFINIÇÃO Segundo a OMS (2006) denomina-se parto pré-termo aquele que ocorre antes de 37 semanas. O parto pré-termo (PPT) tem riscos de complicações para o neonatal como neurodesenvolvimento, respiratório e gastrointestinais. Isso faz com que as taxas de morbidades e mortalidade neonatal, sejam maior neste tipo de parto. Já para a mãe o PPT aumenta o risco de nova interrupção nas próximas gestações. No Brasil assume a 10ª posição entre os países responsáveis por 60% dos nascimentos prematuros do mundo: cerca de 279 mil partos prematuros por ano. O recém-nascido pré–termo pode ser classificado em: Pré-termo extremo: < 28 semanas (5%) Muito pré-termo: 28 a 30 semanas (15%) Pré-termo precoce: 31 a 33 semanas (20%) Pré-termo tardio: 34 a 36 semanas (60%) O PPT pode ser classificado em: Espontâneo: ruptura prematura das membranas pré-termo. Indicado: interrupção provocada da gestação devido a complicações maternas ou fetais, como exemplo, distúrbios hipertensivos, hemorragia e sofrimento fetal. FATORES DE RISCO Parto prematuro prévio, presença de DIU; História de um ou mais abortos espontâneos no segundo trimestre; Hipertensão arterial, infecção do trato urinário (ITU); Presença de DIU; Ausência do controle pré-natal, antecedente de aborto induzido; Baixo nível socioeconômico e educacional, idade materna <18 ou >35; Tabagismo, uso de drogas, estresse, abuso de atividade física; Assistência pré natal deficiente; Baixo peso pré gravídico ou ganho de peso inadequado na gestação; Anomalias uterinas ou anomalias congênitas do feto, gestação múltipla; Polihidrâmnio, rotura prematura de membranas; Descolamento de placenta, mioma; insuficiência istmo-cervical; Etc... Processos patológicos que implicam a PPT: Vaginose bacteriana: alteração no pH e na flora vaginal com predomínio de bactérias anaeróbias (como por exemplo Gardnerella entre outras). Quando assintomático entre 16 e 22 semanas causa PPT, abortamento e infecção materna. Infecções não genitais: pielonefrite, pneumonias, apendicite e doenças periodental. Infecções intrauterinas: corioamnionite (25% PPT), presença de microrganismo no líquido amniótico de baixa virulência, o que faz ser uma infecção crônica e com ausência de sinais clínicos de infecção no PPT. Citocinas pro-inflamatórias: liberadas em processos inflamatórios podem causar PPT. Sobredistensao uterina: malformação uterina, polidramnia e gravidez gemelar, faz com que ocorra exacerbação da contratilidade uterina, amadurecimento do colo e ruptura das membranas. Processos patológicos que implicam a PPT: Sangramento vaginal: especialmente da placenta prévia ou deslocamento prematura da placenta (DPP) tem alto risco para PPT. Isquemia uteroplacentário: lesões vasculares sem alteração inflamatória na placenta. Doenças e cirurgias maternas: cirurgias abdominais no 2° e o 3° trimestre estimula contrações uterinas e algumas doenças maternas como da tireoide, asma, diabetes mellitus e hipertensão arterial aumenta as taxas de PPT. Doenças cervicais: lesão cervical causada por cirurgia, trauma ou fraqueza congênita do colo do útero pode causar PPT. Distúrbios hormonais: deficiência de progesterona, hormônio importante para manutenção da gravidez, pode causar ativação das membranas/decidual levando a infertilidade e de abortamento habitual. EXAME FÍSICO Avaliar atividade uterina por meio da palpação abdominal (frequência, intensidade e duração das contrações); Fazer ausculta e contagem de batimentos cardiofetais com estetoscópio de Pinard ou por intermédio do sonar-doppler. Se houver história de eliminação de líquido pela vagina, avaliar a possibilidade de rotura de membranas por meio de exame especular. Na suspeita ou confirmação de rotura de membranas ou de placenta prévia e na ausência de contrações rítmicas ou sangramento importante, a inspeção visual pode ser utilizada para avaliar o colo. Quando decidido pelo toque vaginal, devem ser tomados cuidados para evitar sangramento ou infecções. Se não houver rotura de membranas ou suspeita de placenta prévia, realizar exame digital cervical. Sinais de maturidade cervical (escore ou índice de Bishop elevados) são preditivos para risco de parto prematuro. Se houver sangramento vaginal, avaliar a possibilidade de placenta prévia ou descolamento de placenta. PREVENÇÃO E TRATAMENTO Tocolíticos: visa prolongar a gestação por 48 horas enquanto se aguardam os efeitos do corticoide e transferência da gestante para atendimento terciário. Indicado quando colo <15mm e parto dentro de 7 dias. Tocolíticos utilizados atualmente: Beta 2 agonista; Bloqueadores do canal de cálcio; Sulfato de magnésio (neuro proteção fetal); Inibidores da ciclo-oxigenase; Antagonista do receptor de ocitocina; Doadores de oxido nítrico; PREVENÇÃO E TRATAMENTO Contra indicação a tocólise: Morte fetal; Anomalia fetal letal; Sofrimento fetal; Pré-eclâmpsia grave / eclampsia; Sangramento maternal instabilidade hemodinâmica; Coroamnionite; Ruptura prematura das membranas pré-termo ; Contraindicações maternas; PREVENÇÃO E TRATAMENTO Progesterona: rastreio com ultrassonografia entre 19 e 23 semanas e com colo <20mm é indicação para progesterona vaginal até 34 a 36 semanas tem redução de 45% dos PPT. PREVENÇÃO E TRATAMENTO Corticoide antenatal: estimula a síntese e a liberação de material surfactante no alvéolo pulmonar, pois atravessam a barreira placentária e são capazes de reduzir a incidência de SAR (Síndrome de Angustia Respiratória) do RN pre-termo, além de outras complicações no bebe como, hemorragia interventricular, leucomalacia periventricular, retinopatia da prematuridade, enterocolite necrosante, persistência do canal arterial. O corticoide não é recomendável antes da viabilidade fetal (<24 semanas). Indicações: IG ≥ 24 e ≤ 34 semanas. • Betametasona 12mg IM de 24 em 24 h ou ; • Dexametasona 6mg IM de 12 em 12 h X 4 doses. Contraindicações: evidências clínicas de infecção e/ou parto iminente. DIAGNÓSTICOS DE ENFERMAGEM Privação do sono, relacionado à mudança de ambiente. Mobilidade física prejudicada, relacionada ao processo de internação. Ansiedade, relacionada à incerteza da evolução do período. Ansiedade, relacionada à ameaça de morte. Adaptação prejudicada, relacionado à estressores múltiplos. Medo, relacionado a hospitalização. Dor aguda, relacionada às contrações uterinas. Risco de infecção, relacionado à procedimentos invasivos. Hipotermia, relacionado à perda sanguínea. Náuseas, relacionada ao trabalho de parto. Fadiga, relacionada ao trabalho de parto. Mobilidade física prejudicada, relacionada ao desconforto e dor. Déficite no autocuidado para banho/higiene, relacionado à dor. Nutrição desiquilibrada: menos que a necessidades corporais, relacionadas à falta de apetite e dor. Risco para padrão respiratório alterado, relacionado à ansiedade. assistência de enfermagem Estimular e anotar ingesta hídrica e de alimentos. M T N Aferir e anotar SSVV de 2/2 horas Realizar contagem de movimentos fetais após o almoço e jantar. Comunicar se temperatura axilar ≥ 37,8o C, contrações uterinas, diminuição de movimentos fetais, dor torácica, pulso materno >100, leucócitos >15.000, BCF >160. Promover ambiente tranquilo. Comunicar alterações na saturação, PA, FC e dor. Oferecer apoio psicológico. Utilizar técnicas assépticas em todos os procedimentos M T N CONCLUSÃO Conclui-se que existem diversos fatores de risco para prematuridade e para que esta realidade seja modificada é necessário o preparo do sistema de saúde, capaz de atender as necessidades das gestantes.Dessa forma, os profissionais devem estar atentos à realização do pré-natal, visto que esse se apresenta como de extrema importância para a identificação precoce dos fatores de risco que a gestante possa apresentar e a intervenção adequada. REFERENCIAS Duarte MMP, Freire EEG, Oliveira JFB. Assistência de enfermagem a gestante em trabalho de parto prematuro. Rev Interfaces. 2015;3(1):1-8. Guimarães EAA, Vieira CS, Nunes FDD, Januário GC, Oliveira VC, Tibúrcio JD. Prevalência e fatores associados à prematuridade em Divinópolis, Minas Gerais, 2008-2011: análise do Sistema de Informações sobre Nascidos Vivos. Epidemiol. Serv. 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Washington, 1998. 10 p. Revisado em 2004. Antenatal Corticosteroid Therapy for Fetal Maturation. Committee Opinion, Washington, n. 210, october 1998. Preterm labor. Educational Bulletin, Washington, n. 206, 1995. Tocolysis in preterm labor. ACOG Criteria, Washington, n. 311, Sept. 998. OBRIGADO