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TOXINA BOTULINICA

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UNIVERSIDADE PAULISTA – UNIP 
BIOMEDICINA 
 
 
 
TOXINA BOTULÍNICA 
 
 
 
FRANCIELE CRISTINA DE GODOY PEREIRA – N371951 
CRISTIANE PEREIRA PIAZENTINE – D835998 
EDUARDA MARIA PALADINO ROCCO – D8362I2 
VITOR AUGUSTO MEDEIROS – T6154G5 
MARCELO SALZEDAS RICCI – D847FI0 
 
 
 
 
 CAMPINAS,SP 
 2019 
 
 
 
 
 
 
FRANCIELE CRISTINA DE GODOY PEREIRA – N371951 
CRISTIANE PEREIRA PIAZENTINE – D835998 
EDUARDA MARIA PALADINO ROCCO – D8362I2 
VITOR AUGUSTO MEDEIROS – T6154G5 
MARCELO SALZEDAS RICCI – D847FI0 
 
 
TOXINA BOTULÍNICA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 CAMPINAS,SP 
 2019 
Trabalho apresentado ao curso 
de Biomedicina, Universidade 
Paulista (UNIP) como requisito 
para obtenção de nota. 
Orientador: Marcelo Datti 
 
SUMÁRIO 
 
1 INTRODUÇÃO ..................................................................................................... 4 
2 OBJETIVO ............................................................................................................ 5 
3 METODOLOGIA ................................................................................................... 6 
4 ORIGEM DA TOXINA BOTULÍNICA.................................................................... 7 
5 O QUE É A TOXINA BOTULÍNICA ...................................................................... 8 
6 PRINCÍPIO ATIVO ............................................................................................... 9 
7 MECANISMO DE AÇÃO .................................................................................... 10 
8 UTILIZAÇÕES DA TOXINA TIPO A .................................................................. 11 
8.1 Uso estético ................................................................................................ 11 
8.2 Uso terapêutico .......................................................................................... 12 
8.3 Uso clínico .................................................................................................. 12 
8.3.1 Desordens neurológicas ..................................................................... 13 
8.3.2 Enxaquecas Crônicas ......................................................................... 13 
8.3.3 Oftalmologia ......................................................................................... 13 
8.3.4 Hiperidrose ........................................................................................... 13 
8.3.5 Condições Urológicas ......................................................................... 14 
8.3.6 Parkinson ............................................................................................. 14 
8.3.7 Fissura Anal ......................................................................................... 15 
8.3.8 Bruxismo .............................................................................................. 15 
8.3.9 Esclerose Múltipla ............................................................................... 15 
9 CONTRAINDICAÇÕES ...................................................................................... 16 
10 EFEITOS ADVERSOS ....................................................................................... 17 
11 PESQUISAS E NOVIDADES ............................................................................. 19 
11.1 Toxina botulínica pode causar botulismo, diz pesquisa dos EUA ........ 19 
11.2 Espasticidade:sequela do AVC pode ser tratada com toxina botulínica 19 
11.3 Toxina Botulínica superpura que não gera anticorpos .......................... 20 
11.4 Uso da toxina botulínica tipo A em pacientes com bruxismo reabilitados 
com prótese do tipo protocolo em carga imediata ...........................................20 
12 CONCLUSÃO .................................................................................................... 21 
13 REFERÊNCIAS...................................................................................................22
 
4 
 
 
1 Introdução 
A toxina botulínica é uma proteína, considerada uma neurotoxina, produzida pela 
bactéria Clostridium botulinum. Atua como um neuroparalítico, bloqueando a liberação 
de neurotransmissores responsáveis pela contratura muscular, atuando 
principalmente na inibição da exocitose de Acetilcolina na fenda pré-sináptica 
(PAVONE; LUVISSETO, 2010). 
A Toxina Botulínica é um dos procedimentos relevantes dos tempos modernos, 
podendo evitar o recurso a meios cirúrgicos. São diversas as aplicações desta toxina 
na terapêutica, tendo um objetivo complementar, como o assumido também pela 
Cirurgia Plástica. No entanto, o ato não cirúrgico característico da Toxina Botulínica 
torna a sua aplicação mais convidativa e libertadora de uma série de cuidados ligados 
a um tempo de recuperação mais longo e característico do ato cirúrgico. 
Atualmente, a toxina botulínica “A” é bastante utilizada e mostra ser um tratamento 
vantajoso, por não necessitar de aplicações diárias, onde, dependendo do quadro 
clínico do paciente, a reaplicação será de 4 a 6 meses, diferenciando de outros 
métodos, como é o caso dos fármacos orais, necessitando o seu uso diariamente, e 
por vez mais de uma vez ao dia (LILLO; HARO, 2014). 
A toxina botulínica tem muitas utilizações terapêuticas, além da estético, mostrando 
ser eficaz em diversos tratamentos. Logo, sua utilização é segura, tendo efeitos 
reversíveis e mínimos efeitos colaterais. Com isso foi aprovada pela Agência Nacional de 
Vigilância Sanitária (ANVISA) em 1992 a comercialização de toxina botulínica no Brasil 
para estes fins. A toxina também é disponibilizada pelo Sistema Único de Saúde (SUS), 
desde 1995(CARVALHO; GAGLIANI, 2014; CHINELATO et al, 2010). 
 
 
 
 
 
5 
 
 
 
2 Objetivo 
Este estudo tem o objetivo de descrever as ações e riscos do uso nos procedimentos 
decorrentes do uso da toxina botulínica tipo A, abordando o histórico do 
desenvolvimento desta toxina, assim como os aspectos taxonômicos e fisiológicos de 
Clostridium Botulinum, microrganismo responsável pela sua produção, relatar os tipos 
de toxina botulínicos utilizados na terapêutica, as ações farmacológicas do subtipo A, 
suas aplicações, descrevendo alguns procedimentos, utilizações e os riscos 
associados a seu uso. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
6 
 
3 Metodologia 
Esse trabalho de pesquisa trata-se recapitulação bibliográfica-explicativa, utilizando 
conteúdo dos meios de comunicação digital. E os seguintes artigos, história e 
existência da toxina botulínica, reações adversas do Botox e o uso de toxina botulínica 
em odontologia. Durante o processo de pesquisa e desenvolvimento foram 
selecionados artigos e realizado uma revisão explicativa dos mesmos, todos em 
língua portuguesa. 
Com base nas pesquisas realizadas temos como principal finalidade apresentar nesse 
trabalho, o que é, como é, e para que é utilizado a toxina botulínica. Durante o 
processo de construção e formatação do trabalho constatamos que a utilização dessa 
substância evoluiu ao longo dos anos beneficiando o ser humano em vários aspectos. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
7 
 
4 Origem da Toxina Botulínica 
A toxina botulínica é uma neurotoxina Gran Positiva da Bactéria Clostridium Botulinum. 
Se liga aos canais de cálcio fazendo com que aja a diminuição da liberação de 
acetilcolina, sendo assim há o relaxamento do músculo que recebeu a aplicação. 
A Clostridium Botulinum é uma bactéria anaeróbia, que em condições apropriadas à sua 
produção, cresce e produz sete tipos de sorotiposda toxina, dentre esses o tipo A é o 
mais comum, pois é o mais utilizado em fins terapêuticos. Mas há vários tipos de toxina 
do A ao G. 
O Surgimento da Toxina Botulínica foi na década de 60 quando o médico Dr. Edward J. 
Schantz, doou uma amostra da toxina para o oftalmologista Dr. Alan B. Scott, que buscava 
um tratamento alternativo não cirúrgico para casos de estrabismo. Foi então que 
médico começou sua pesquisa utilizando a toxina primeiro em nervos óticos de 
macacos, observando uma resposta positiva, veio então sua primeira publicação 
sobre o assunto no ano de 1973, confirmando então a eficácia da toxina tipo A no 
tratamento contra o estrabismo e também como um tratamento alternativo para o 
estrabismo. 
Ainda na década de 70, Scott recebeu autorização do FDA (Food and Drug Administration), 
órgão que regulamenta as medicações do EUA (Estados Unidos da América), à 
utilização da Toxina em humanos, conduzindo estudos nos anos de 1977 e 1978, 
descobriu que, quando injetado o medicamento no músculo, havia o relaxamento do 
mesmo. 
Após esse estudo começaram a utilizar a toxina para o uso cosmético em 1988, 
iniciou-se então as pesquisas para o uso da toxina em rugas, porém só foi autorizada 
o uso humano em 2002. 
A toxina também é utilizada em vários tratamentos odontológicos, tratamento de 
sorriso gengival, de bruxismo, disfunções e dores na articulação temporomandibular 
e nas dores de cabeça de origem não Odontogênica. 
Sendo lançado no mercado por uma empresa chamada Botox®, originou-se o nome 
comercial conhecido entre as pessoas. 
 
8 
 
5 O que é a Toxina Botulínica 
A toxina botulínica é um complexo proteico (neurotoxina) produzida pela bactéria 
Clostridium botulinum, também responsável por causar a doença botulismo. É uma 
bactéria anaeróbia, ou seja, que não necessita de oxigênio para seu crescimento, mas 
toleram sua presença ou até mesmo podem utilizar o oxigênio se ele estiver presente. 
Entretanto, a toxina produzida por esta bactéria é importante para fins terapêuticos 
que em condições apropriadas (10 Graus Celsius) cresce e produz sete tipos de 
toxinas: B, C1, C2, D, E, F e G. As toxinas patogênicas para o homem são as dos 
tipos A, B, E e F, sendo as mais frequentes a A e a B. 
A mesma sofre desnaturalização se submetida temperaturas maiores do que 80 °C. 
A toxina tipo H é o veneno mais letal conhecido, tornando-se mais letal que a dioxina 
(conservante). 
Se administrada oralmente em grande quantidade promove o bloqueio dos sinais 
nervosos do cérebro para o músculo, tendo como resultado uma paralisia 
generalizada, porém se administradas em pequenas quantidades pode trazer 
benefícios ajudando no tratamento de doenças ou estético. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
9 
 
6 Princípio ativo 
Os esporos do C. botulinum resistem a temperaturas de 120°C por 15 minutos. Estão 
amplamente distribuídos na natureza, no solo e em sedimentos de lagos e mares. São 
encontrados em produtos agrícolas, como legumes, vegetais, mel, e em vísceras de 
crustáceos e no intestino de mamíferos e peixes. As condições ideais para que a 
bactéria assuma a forma vegetativa, produtora de toxina, são: anaerobiose, pH 
alcalino ou próximo do neutro (4,8 a 8,5), atividade de água de 0,95 a 0,97 e 
temperatura ótima de 37ºC. Os tipos A e B se desenvolvem em temperaturas próximas 
das encontradas no solo (acima de 25º e até 40ºC), enquanto o tipo E é capaz de 
proliferação a partir de 3ºC. A toxina botulínica é termolábil, sendo inativada pelo calor, 
em uma temperatura de 80ºC por, no mínimo, 10 minutos. 
Tendo como princípio para fins terapêuticos, produzida a partir da cepa Hall *1 da 
bactéria Clostridium Botulinum, a toxina tipo A é produzida de uma forma purificada, 
congelada a vácuo e estéril, esta forma proporciona maior duração na utilização de 
fins terapêuticos. Esta forma aplicada em pequenas doses bloqueia a liberação de 
acetilcolina – neurotransmissor responsável por levar as mensagens elétricas do 
cérebro aos músculos inibindo assim a contração muscular. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
10 
 
7 Mecanismo de ação 
A toxina botulínica tem como alvo o complexo SNARE e SANP25 que são proteínas 
envolvidas na fusão de vesículas contendo neurotransmissores com a membrana 
plasmática para a liberação de sinapses. A toxina é uma protease dependente de 
zinco, que então cliva ligações específicas entre as proteínas desse complexo, desta 
forma impede a liberação e acetilcolina nas sinapses das junções neuromusculares. 
Sua ação é tão letal que se um único grama fosse acidentalmente dispersado e 
inalado, seria capaz de matar mais de um milhão de pessoas. 
A toxina botulínica é liberada como um polipeptídio de 150 kDa, que sofre mudanças 
sob a função de endopeptidase dependente de zinco que cliva diferentes proteínas 
envolvidas na liberação de acetilcolina na fenda sináptica de acordo com o tipo da 
toxina A. 
Entre o músculo e os nervos, há uma placa responsável pela transmissão do estímulo 
nervoso que produz a contração muscular. A toxina botulínica age nessa placa, 
dificultando a transmissão do estímulo e levando ao relaxamento da musculatura. É 
dessa propriedade fisiológica que advém sua utilidade terapêutica, que numa 
concentração bem baixa, ela pode ser usada para relaxar músculos contraídos, 
sintoma de patologias como as lesões cerebrais. 
Uma vez bloqueada, a transmissão não volta por esse local, mas o efeito da Toxina 
Botulínica acaba sendo temporário porque o organismo faz novas vias de transmissão 
após alguns meses. Após um determinado tempo ocorre uma regeneração neuronal, 
ocorrendo a reativação do músculo, por isso são necessárias várias administrações 
da toxina botulínica. 
 
 
 
 
 
 
11 
 
8 Utilizações da toxina tipo A 
8.1 Uso estético 
Existem sete tipos de toxina, porém somente a tipo A foi aprovada pela ANVISA (Agência 
Nacional de Vigilância Sanitária) para uso estético sendo popularmente conhecida como 
Botox. 
Ao longo das décadas, o desenvolvimento de novas pesquisas tem revelado 
importantes aplicações da aplicação da toxina botulínica no campo da estética, ao 
contrário do que se pensa, a utilização da toxina é aplicada principalmente no campo 
terapêutico, porém por se tratar de injeção muscular direta com um efeito a curto prazo 
de 24 horas após a aplicação e efeito notável em 3 dias, a toxina tem sido muito 
utilizada para o tratamento de rugas de expressão, o chamado sorriso deprimido, além 
de tratamento de hiperidrose palmar e axilar, mais conhecido como excesso de 
transpiração nestes pontos do corpo humano. 
É mais eficaz para tratar as marcas de expressão do terço superior da face sendo 
indicado para eliminar rugas que se formam entre as sobrancelhas e as linhas 
horizontais na testa e pés de galinha. O procedimento consiste em relaxar a 
musculatura disfarçando as rugas já existentes e prevenindo o surgimento de outras 
mais profundas. 
Também é aplicado em outras partes do corpo como: 
Pescoço: local de pele delicada e fina, que diferente do rosto é pobre em glândulas 
sebáceas a tornando menos resistente ás agressões do dia-a-dia, sendo alvo dos 
raios solares. Essa agressão diária, com o passar dos anos, deixa a pele flácida e 
com rugas. A toxina botulínica é aliada para tratamento das linhas verticais que surge 
na região do pescoço que podem ser suavizadas com a aplicação na platisma 
(músculo bilateral) que desce da mandíbula para clavícula. 
Sobrancelhas: Com o tempo a tendência é ficar mais baixa por ação da gravidade e é 
usado para deixa-las mais arqueadas. 
Axilas, pés e mãos: usado para tratamento de hiperidrose axilar, plantar e palmar 
doença que causa suor excessivo, indicado como tratamento não cirúrgico de sucesso 
por ser minimamente invasivoe de resultados rápidos. 
12 
 
Gengiva: usado no tratamento de sorriso gengival, sendo eficaz e rápido pois diminui 
a contração muscular e impossibilita a gengiva de se evidenciar quando o indivíduo 
sorri. 
Mesmo sendo considerado como uma droga de risco por envenenamento, a aplicação 
da toxina é feita de forma segura, aplicada diretamente no ponto intramuscular 
evitando assim a utilização de intervenção cirúrgica. De acordo com a Sociedade 
Americana de Cirurgia Plástica e Estética dados confirmam que desde 2007 os 
tratamentos estéticos não cirúrgicos atingiram 82% dos procedimentos estéticos, 
contra 18% do restante, onde o público feminino é o público que mais procura o 
procedimento sendo responsável por 91 % contra 9% do público masculino. A faixa 
de idade que se concentra entre a procura deste tratamento compreende pessoas 
entre 35 e 50 anos (46%), entre 19 e 34 anos (21%) e 65 anos (6%), e por último 
menos de 18 anos (menos de 2% do total). 
8.2 Uso terapêutico 
Aplicada em pequenas doses para fins terapêuticos, promove o bloqueio da 
acetilcolina que é a molécula transmissora que atua na passagem do impulso nervoso 
dos neurônios para os músculos impossibilitando o recebimento dos comandos. 
Aplicada diretamente nos músculos comprometidos, a toxina provoca o relaxamento 
muscular bloqueando a atividade motora involuntária, reduz as dores que a contração 
muscular promove e aumenta a amplitude dos movimentos dos pacientes. 
Teve seu primeiro uso terapêutico para tratamento do estrabismo, distúrbio que afeta 
o paralelismo entre os dois olhos que apontam para direções diferentes e foi um 
sucesso abrindo as portas para novos estudos sobre o tema. Passou a ser usada 
também para tratamento de outros tipos de distúrbios em que ocorre espasticidades, 
como traumatismo craniano (contusão ou lesão na cabeça), paralisia cerebral (lesão 
no sistema piramidal) e sequelas de lesões do sistema nervoso central. 
8.3 Uso clínico 
Apesar de ser muito famoso o seu uso cosmético, com aplicações do Botox no rosto 
para tratar rugas, esta droga inicialmente foi usada para o tratamento de doenças. 
Como seu tempo de ação é longo, podendo paralisar músculos por até 6 meses, a 
inoculação controlada através de uma pequena injeção com quantidades mínimas da 
13 
 
toxina se tornou uma boa opção no tratamento de doenças neurológicas/musculares. 
Entre as principais indicações para o uso terapêutico do Botox estão: 
 Desordens neurológicas 
A distonia é uma desordem neurológica caracterizada por contrações repetitivas e 
padronizadas de músculos produzindo movimentos e posturas anormais. Enquanto 
alguns pacientes com distonia primária ou secundária melhoram com Levodopa, 
anticolinérgicos e relaxantes musculares, há situações em que não há melhora. 
Assim, injeções de toxina botulínica são consideradas o tratamento de escolha na 
maioria dos pacientes com distonia focal ou segmentar (Jankovic, 2004). Podemos 
identificar vários tipos de distonias como a Cãibra do escritor, Distonia do pé, Distonia 
Axial, Discinesia Tardia, Síndrome de Tourette, Tremor, Espasticidade com taxas de 
resposta de 90% para blefarospasmo e 95% para o espasmo hemifacial (Carruthers, 
2005). 
 Enxaquecas Crônicas 
É útil para o tratamento de cefaleias tensionais e as resultantes de contratura na região 
cervical. Em 1992, o cirurgião plástico Willian Binder notou que quando aplicava Botox 
para diminuir as rugas de seus pacientes, eles relatavam menos dores de cabeça. 
Mais tarde, o FDA, agência nacional de saúde dos Estados Unidos, aprovou o uso do produto 
para essa finalidade. O tratamento é feito com mais de 30 aplicações em pontos da 
cabeça e do pescoço, e o efeito dura três meses 
 Oftalmologia 
Estrabismo: é o grupo de doenças onde os olhos não ficam paralelos, o popular “olho 
vesgo”, que ocorre por assimetria na contração dos músculos oculares. A aplicação 
de Botox ajuda a diminuir a força muscular de um dos olhos, conseguindo alinhar os 
globos oculares. 
 Hiperidrose 
A Hiperidrose define-se como a transpiração excessiva, pode dar-se nas palmas das 
mãos, pés ou axilas e afeta cerca de 0,5% da população. Ainda sem causa conhecida, 
pensa-se ser causada por disfunção hipotalâmica, raramente responde ao tratamento 
médico, e a simpatectomia está associada a um risco considerável (Jankovic, 2004). 
14 
 
Num estudo randomizado, controlado por placebo da hiperidrose axilar, Naumann et al 
(2003) obtiveram uma taxa de resposta de 96% após um único tratamento A duração 
média entre os tratamentos foi de aproximadamente 7 meses e 28% dos pacientes 
necessitaram de uma injeção apenas após 16 meses (Carruthers, 2005). 
 Condições Urológicas 
Atualmente, o tratamento farmacológico para disfunções urológicas, como Bexiga 
Hiperativa ou Disfunção do Esfíncter Detrusor, são agentes anticolinérgicos. 
Infelizmente, vários pacientes não toleram tal medicação ou sofrem sintomas 
adversos graves. Estes pacientes podem necessitar de intervenções cirúrgicas, como 
cistoplastia ou neuromodulação. A Toxina Botulínica é um tratamento altamente eficaz 
nestes pacientes antes da intervenção cirúrgica (D. Sinhaa, 2006). 
É usado a toxina tipo A para tratamento de bexiga hiperativa e incontinência urinária 
sendo aplicada diretamente na parede da bexiga, gerando um relaxamento temporário 
da musculatura, proporcionando controle da vontade de urinar. Assim, o paciente 
adquiri um maior conforto e autoestima não tendo mais que se preocupar em liberar 
acidentalmente a urina. 
 Parkinson 
O Parkinson é uma doença caracterizada por uma desordem lentamente progressiva 
dos movimentos. Acontece uma disfunção dos neurônios secretores de dopamina que 
atuam na transmissão dos comandos do córtex para os músculos. Afeta o sistema 
motor, levando a alterações dos movimentos corporais, tremores, rigidez, sialorreia, 
distonias de várias ordens que levam a alterações na marcha entre outros. Esta 
doença não tem cura mas a sintomatologia pode ser aliviada. O excesso de tônus 
muscular é o causador das alterações fisiológicas nesta patologia e, sendo a toxina 
botulínica um relaxante muscular, consegue revertê-las temporariamente, o que a 
torna bastante eficaz no alívio das várias desordens debilitantes e incapacitantes do 
Parkinson (Jankovic, 2004, Jenner, 2014). 
 
 
15 
 
 Fissura Anal 
A fissura anal é uma das doenças anais mais comuns (D. Godevenoset al., 2004), é uma 
fenda na metade inferior do canal anal, mantida pela contração do esfíncter anal 
interno. Um dos mecanismos que perpetua a fissura anal é o espasmo do esfíncter do 
ânus, que acaba por lesionar a fissura e dificultar a evacuação. O uso de Botox ajuda 
a relaxar esta musculatura, facilitando o processo de cicatrização. 
 Bruxismo 
Apesar das injeções de toxina botulínica não curarem o bruxismo, produzem uma 
melhora sintomática que dura três a quatro meses introduzindo a injeção diretamente 
no músculo masseter relaxando-o de tal maneira que impede o típico ranger de dentes 
e seu desgaste, evitando a necessidade de usar os dispositivos que previnem o 
desgaste dos dentes. 
 Esclerose Múltipla 
Doença degenerativa que afeta o sistema nervoso, causada pela alteração na camada 
de mielina. Causa alterações sensitivas e de motilidade que evoluem com o passar 
do tempo e produz dano neurológico progressivo. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
16 
 
 
9 Contraindicações 
Toxina botulínica é contraindicada para pacientes que apresentam: 
 Gravidez e aleitamento; 
 Alergia conhecida ao medicamento ou seus componentes; 
 Portadores de doenças neuromusculares; 
 Portadores de doenças imunológicas e coagulopatias; 
 Hipersensibilidade (sãorespostas imunes protetoras que algumas vezes se 
resultam em reações inflamatórias e dano tecidual). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
17 
 
10 Efeitos adversos 
Os parâmetros de frequência das reações adversas para cada indicação são definidos 
como: 
 Muito comum (ocorre em mais de 10% dos pacientes que utilizam este 
medicamento); 
 Comum (ocorre entre 1% e 10% dos pacientes que utilizam este medicamento); 
 Incomum (ocorre entre 0,1% e 1% dos pacientes que utilizam este 
medicamento); 
 Rara (ocorre entre 0,01% e 0,1% dos pacientes que utilizam este medicamento) 
 
 Muito rara (ocorre entre menos de 0,01% dos pacientes que utilizam este 
medicamento) 
 
Reações muito comum: 
 Ptose palpebral (pálpebra caída). 
 Blefaroespasmo/espasmo hemifacial 
 
 
Reações comuns: 
 Ceratite (inflamação da córnea) superficial puntiforme, lagoftalmos (paralisia da 
pálpebra que deixa o olho parcialmente aberto), olho seco, irritação ocular, 
fotofobia (intolerância à luz), equimoses (manchas arroxeadas na pele) e 
aumento de lacrimejamento. 
 
Reações incomuns: 
 Ceratite (inflamação da córnea), ectrópio (pálpebra revirada para fora), diplopia 
(visão dupla), entrópio (pálpebra revirada para dentro), borramento de visão, 
tontura, erupção cutânea, paralisia facial, cansaço. 
 
 
 
 
18 
 
Reação rara: 
 Edema (inchaço) palpebral. 
 
Reações muito raras: 
 Ceratite (inflamação da córnea) ulcerativa, defeito epitelial corneal, perfuração 
da córnea. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
19 
 
11 Pesquisas e novidades 
11.1 Toxina botulínica pode causar botulismo, diz pesquisa dos EUA 
Toxina botulínica pode causar sérios problemas a saúde, como, o botulismo, doença que paralisa os 
músculos e pode levar a morte. Pesquisa realizada pela universidade de wiscinsin-madisin, nos estados 
unidos, encontrou evidencias de que a aplicação da toxina pode provocar sintomas parecidos com do 
botulismo. Em testes realizados os cientistas descobriram que a substancia pode se movimentar do 
local da aplicação para outras áreas do corpo, como por exemplo o cérebro. 
Para o neurologista Henrique Ballalai, membro da academia brasileira de neurologia (ABN) é possível 
que o botulismo ocorra a depender da quantidade aplicada. O risco aumenta quando usam doses a 
mais do que é permitido, por exemplo, para idade ou tamanho da pessoa e quando ultrapassam essas 
doses há o risco de produzir sintomas semelhantes ao do botulismo. 
Embora seja pequena a chance de contrair o botulismo por meio da aplicação de toxina botulínica, o 
médico alerta que há outros problemas com maior incidência. Normalmente, a substância é aplicada 
na face ou no pescoço. Por isso, podem surgir complicações como dificuldades na degustação, queda 
de pálpebra (e consequentemente a visão é afetada). São efeitos colaterais que são possíveis. 
11.2 Espasticidade: sequela do AVC pode ser tratada com toxina botulínica 
Explicando de forma simples a espasticidade provoca descontrole do tônus muscular, podendo causae 
rigidez e dificuldade a movimentar a região afetada. 
Causando tantos entraves na vida dos pacientes, os médicos desdobram para conseguir criar 
tratamentos para reduzir sintomas. Uma das saídas é usar a famosa toxina botulínica para conseguir 
relaxar o musculo e evitar grande rigidez. 
Ao diminuir a rigidez e deixar os músculos mais relaxados, mais soltos, o tratamento promete uma 
melhora na mobilidade e fim da dor. 
A toxina pode ser aplicada em qualquer parte muscular do corpo, variando de acordo com grau de força 
muscular e da lesão. O medicamento começa a agir no sistema em 72 horas. Em 15 dias, há respostas 
mais claras e em um mês acontece o auge da melhora, após a aplicação é necessário ter 
acompanhamento de perto, para ver o paciente no pico de ação para saber como ele reagiu. 
Com o tempo uma ação neurológica faz com que o musculo (note) que existe uma enervação 
bloqueada temporariamente pela toxina botulínica e volta a estimular o musculo daquela forma 
negativa. Por isso, se houver melhora no tratamento, a replicação da toxina botulínica é indicada após 
um intervalo mínimo de três meses 
O tratamento com toxina botulínica para espasticidade em pacientes que tiveram AVC está disponível 
no SUS (Sistema Único de Saúde). 
 
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11.3 Toxina Botulínica superpura que não gera anticorpos 
Foi criada uma toxina botulínica superpura com ativos mais puros e sem conservantes que não gera 
anticorpos. 
O que temos de novidade é que a toxina botulínica vem sem a capsula proteica 
A toxina botulínica superpura é composta por toxina XEOMIN é uma neurotoxina altamente purificada, 
com quase 0% de chance de dar algum problema de alergia ou de um edema muito forte. 
O produto XEOMIN contem ingredientes ativo chamado toxina botulínica tipo A, que é tipo de proteína 
que é purificada da bactéria chamada CLOSTRIDIUM BOTULINUN. A toxina botulínica tipo A atua nas 
terminações nervosas dos músculos para impedir que as fibras musculares se contraiam e contribuem 
para os sinais de envelhecimento. 
Uma vantagem é que o XEOMIN não tem aditivos e contem toxina botulínica tipo A. algumas proteínas 
que são encontradas em outros medicamentos que podem desencadear uma resposta negativa do 
sistema imunológico são removidas, o que pode significar que leva menos efeitos colaterais. 
Alguns especulam que menos proteínas significam menos chances de desenvolvimento de anticorpos 
e menor o risco de resposta alérgica. 
11.4 Uso da toxina botulínica tipo A em pacientes com bruxismo reabilitados 
com prótese do tipo protocolo em carga imediata 
 
Com a evolução dos implantes dentários, seu uso tem sido cada vez mais indicado como um dos 
principais tratamento reabilitados na odontologia melhorando o desempenho estético e funcional dos 
pacientes. 
Nos últimos anos o objetivo foi revisar a literatura sobre a toxina botulínica e suas indicações na 
implantodontia para pacientes bruxômanos. Nesses pacientes, o planejamento cirúrgico ou proteico e 
a utilização de técnicas para diminuir a sobrecarga nos implante são a melhor forma de preservação 
da integridade e de sucesso dos implantes. 
Na odontologia seu uso mais comum é no tratamento de bruxismo, que nada mais é do que o ato de 
ranger os dentes, e o briquismo definido como ato de apertar os dentes. 
A toxina botulínica é aplicada diretamente em um dos músculos da face, chamado musculo masseter. 
A toxina age diretamente na tensão muscular, diminuindo e tirando a força para o ato de ranger e 
apertar os dentes. 
 
 
 
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12 Conclusão 
Dada a importância do assunto, haja vista que a utilização da toxina botulínica pode 
trazer benefícios ao ser humano em vários aspectos, este trabalho contém todas as 
informações a respeito da mesma abrangendo suas áreas de atuação, 
contraindicações, efeitos adversos, público alvo, pesquisas e novidades a respeito do 
assunto. 
Ao longo do trabalho é possível observar que a utilização da toxina vai muito além da 
área estética que é o mais conhecido até então como o famoso Botox, podendo ser 
eficaz também na área terapêutica. 
O complexo proteico produzido pela bactéria Clostridium botulinum forma sete 
sorotipos diferentes, sendo que somente o tipo A foi liberado para uso. 
Sua principal utilização é na área terapêutica, onde foi descoberta a eficácia para 
tratamento de estrabismo o que abriu portas para novos estudos deste mecanismo. 
De um modo geral na área estética, os clientes são em sua maioria do sexo feminino 
por se tratar de tratamentos que possibilitam uma melhor aparência podendo ser 
aplicado em rugas de expressão, hiperidrose, sorriso deprimido e outros. A procura 
por homens é menor, mastambém é existente para ambas as utilizações. 
Verificou-se a partir deste estudo que a utilização da toxina botulínica se administrada 
de forma correta e por profissionais capacitados traz mais benefícios do que riscos 
para o ser humano e que a partir de novas pesquisas é possível expandir ainda mais 
o seu campo de ação, tendo em vista o quanto já evoluiu desde sua descoberta. 
 
 
 
 
 
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13 Referências 
http://portalms.saude.gov.br/saude-de-a-z/botulismo/11179-descricao-da-doenca 
http://www.anvisa.gov.br/datavisa/fila_bula/frmVisualizarBula.asp?pNuTransacao=29
368572016&pIdAnexo=4360394 
http://portalms.saude.gov.br/saude-de-a-z/botulismo/11179-descricao-da-doenca 
www.compass3a.com.br 
Autor correspondente: Emerson Delázari Donini 
 
WWW.NUTRINDOIDEIAS.COM 
https://mybeauty.ig.com.br/pele/2019-04-03/toxina-botulinica-superpura.html 
 
www.compass3a.com.br 
 
Toxina Botulínica no Tratamento da Dor – OCG Colhado, M Boeing, LB Ortega – 
Revista Brasileira de Anestesiologia, 2009 - vol.59 no.3 Campinas May/June 2009 
 
Alan B Scott, Carter C Collins: "Division of Labor in Human Extraocular 
Muscle". Archives of Ophthalmology, vol. 90, no. 4, pg. 319-322. Outubro de 1973. 
 
Soares, Carolina Lourenço – 2016 – Aplicações não Cosméticas da Toxina Botulínica 
em Dermatologia - Trabalho final de mestrado integrado em Medicina, apresentado à 
Faculdade de Medicina da Universidade de Coimbra.

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