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Material CPA 10 Lead Invest

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Sumário 
Introdução 
 
1. Sistema Financeiro Nacional e Participantes do Mercado ..................................... 8 
1.1 Funções Básicas. ........................................................................................... 8 
1.2 Estrutura do Sistema Financeiro Nacional ...................................................... 9 
1.2.1 Conselho Monetário Nacional – CMN ...................................................... 9 
1.2.2 Banco Central do Brasil – BACEN ......................................................... 11 
1.2.3 Comissão de Valores Mobiliários – CVM ............................................... 13 
1.2.4 Superintendência de Seguros Privados – SUSEP ................................. 15 
1.2.5 Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de 
capitais - ANBIMA. ............................................................................................... 16 
1.2.5.1 Papel da ANBIMA. ............................................................................. 16 
1.2.5.1.1 Padrões de Conduta ..................................................................... 23 
1.2.5.2 Código Anbima de Regulação e Melhores Práticas de Distribuição de 
Investimento no Varejo. .................................................................................... 24 
1.2.5.2.1 Objetivo ........................................................................................ 24 
1.2.5.2.2 Princípios gerais. .......................................................................... 26 
1.2.5.2.3 Da publicidade e divulgação dos produtos de investimento. ......... 26 
1.2.6 Principais Intermediários Financeiros .................................................... 30 
1.2.6.1 Banco Comercial ................................................................................ 30 
1.2.6.2 Banco de Investimento ....................................................................... 31 
1.2.6.3 Banco Múltiplo ................................................................................... 33 
1.2.7 Outros Intermediários ou Auxiliares Financeiros .................................... 33 
1.2.7.1 B3 S/A: Bolsa, Balcão e BM&F Bovespa. ........................................... 33 
1.2.7.2 Corretoras e Distribuidoras de Títulos e Valores Mobiliários. ............. 34 
1.2.9 Sistema de Pagamentos Brasileiros – SPB ........................................... 37 
2. Noções de Economia e Finanças ........................................................................ 38 
2.1 Conceitos Básicos de Economia ................................................................... 38 
2.1.1 PIB ........................................................................................................ 38 
2.1.2 IPCA ...................................................................................................... 39 
2.1.3 IGP-M e IGP-DI ..................................................................................... 40 
2.1.4 Taxa de Câmbio .................................................................................... 41 
2.1.5 Taxa Selic (over e meta) ........................................................................ 43 
 
 
 3 
2.1.6 Taxa DI / CDI ......................................................................................... 45 
2.1.7 Taxa TR ................................................................................................. 45 
2.2 COPOM – Comitê de Política Monetária ....................................................... 46 
2.3 Conceito Básico de Finanças ....................................................................... 47 
2.3.1 Taxa de Juro Nominal e Taxa de Juro Real ........................................... 47 
2.3.2 Taxa Equivalente Versus Taxa de Juros Proporcional ........................... 48 
2.3.3 Capitalização Simples e capitalização composta. .................................. 49 
2.3.4 Índice de Referência (Benchmark) ......................................................... 52 
2.3.5 Volatilidade ............................................................................................ 52 
2.3.6 Prazo Médio Ponderado de uma carteira de Títulos .............................. 53 
2.3.7 Marcação a mercado ............................................................................. 54 
2.3.8 Mercado Primário e Mercado Secundário .............................................. 54 
3. Princípios de Investimento. .................................................................................. 56 
3.1 Principais Fatores de Analise de Investimento .............................................. 56 
3.1.1 Rentabilidade Absoluta Versus Rentabilidade Relativa .......................... 56 
3.1.2 Rentabilidade Esperada e Rentabilidade Observada ............................. 57 
3.1.3 Rentabilidade Bruta Versus Rentabilidade Liquida. ............................... 57 
3.1.4 Liquidez e Risco .................................................................................... 58 
3.2 Principais Riscos do Investidor ..................................................................... 59 
3.2.1 Risco de Mercado .................................................................................. 59 
3.2.2 Risco de Mercado Externo ..................................................................... 60 
3.2.3 Risco de Crédito .................................................................................... 60 
3.2.4 Risco de Liquidez .................................................................................. 61 
3.3 Fatores Determinantes para adequação dos produtos de investimentos as 
necessidades dos investidores ................................................................................ 62 
3.3.1 Objetivo do investidor e horizonte de investimento ................................ 62 
3.3.2 Risco Versus Retorno ............................................................................ 63 
3.3.3 Diversificação, Risco Sistemático e não sistemático .............................. 64 
3.3.4 Conceito de orçamento pessoal e Familiar. ........................................... 65 
3.3.5 Patrimônio Líquido (Ativos e Passivos). Índice de endividamento .......... 66 
4. Instrumentos de Renda Variável e Renda Fixa .................................................... 67 
4.1 Ações ........................................................................................................... 67 
4.1.1 Oferta pública de ações (IPO) e conceitos sobre ações. ....................... 68 
4.1.2 Despesas incorridas na negociação com ações: ................................... 73 
4.1.3 Tributação: ............................................................................................ 73 
4.1.4 LCI- Letra de Crédito Imobiliário ............................................................ 76 
 
 
 4 
4.1.5 LCA ....................................................................................................... 77 
4.1.6 Caderneta de poupança ........................................................................ 78 
4.1.7 CDB – Certificado de Depósito Bancário ............................................... 79 
4.1.8 Debêntures e Debêntures Incentivadas ................................................. 81 
4.1.8.1 Garantias debêntures ......................................................................... 82 
4.1.8.2 Tributação .......................................................................................... 83 
4.1.8.3 Debêntures Incentivadas ....................................................................85 
4.1.9 Títulos Públicos ..................................................................................... 86 
4.1.9.1 Principais Títulos públicos e sua Característica ................................. 87 
4.1.10 . Operações Compromissadas .............................................................. 95 
5. COMPLIANCE LEGAL, ÉTICA E ANÁLISE DO PERFIL DO INVESTIDOR ......... 97 
5.1 Ética. ............................................................................................................ 97 
5.1.1. Definições .............................................................................................. 98 
5.1.2. Objetivo ............................................................................................... 100 
5.1.3. Princípios Gerais ................................................................................. 100 
5.1.4. Segurança e Sigilo das Informações ................................................... 101 
5.1.5. Material Publicitário ............................................................................. 102 
5.1.6. Material Técnico .................................................................................. 102 
5.1.7. Avisos Obrigatórios.............................................................................. 103 
5.1.8. Divulgação de Informações via Site ..................................................... 103 
5.1.9. Conheça seu Cliente ........................................................................... 104 
5.1.10. Suitability ............................................................................................. 105 
5.1.11. Selo ANBIMA ....................................................................................... 106 
5.2 Prevenção a Lavagem de Dinheiro ............................................................. 107 
5.2.1 Identificação dos clientes ..................................................................... 107 
5.2.2 Fases da lavagem de dinheiro ............................................................. 108 
5.2.3 Pena .................................................................................................... 110 
5.2.4 Comunicação ao COAF. ...................................................................... 111 
5.3 COAF – Conselho de Controle de Atividades Financeiras .......................... 112 
5.4 Ética na Venda ........................................................................................... 112 
5.5 Análise do perfil do investidor. .................................................................... 113 
6. FUNDO DE INVESTIMENTO E FUNDO DE INVESTIMENTO EM COTAS ....... 117 
6.1. Características Fundos de Investimento ............................................. 117 
6.2. Registro dos fundos .................................................................................... 119 
6.3. Assembleia geral de cotistas (Competências e Deliberações) .................... 120 
6.3.1. Convocação da Assembleia ................................................................ 121 
 
 
 5 
6.3.2. Assembleia Geral Ordinária (AGO) e Assembleia Geral Extraordinária 
(AGE) 122 
6.3.3. Direitos e obrigações dos condôminos. ............................................... 122 
6.4. Informações relevantes (Disclaimers) ......................................................... 124 
6.5. Obrigações dos Administrador de um fundo de investimento ..................... 125 
6.6. Regras gerais sobre divulgação de informação: ......................................... 125 
6.7. Segregação de funções e responsabilidades: ............................................. 126 
6.8. Tipos de fundos: ......................................................................................... 127 
6.9. Tipos de Taxas ........................................................................................... 129 
6.10. Despesas ................................................................................................ 130 
6.11. Documentos dos fundos .......................................................................... 130 
6.12. Gestão de Recursos ............................................................................... 135 
6.13. Investidores qualificados ......................................................................... 137 
6.14. Investidores profissionais ........................................................................ 138 
6.14. Tributação em Fundos de Investimento ........................................................ 138 
6.15. PRINCIPAIS MODALIDADES DE FUNDOS DE INVESTIMENTO .......... 139 
6.15.1. FUNDOS DE RENDA FIXA ................................................................. 139 
6.14.2. FUNDO DE RENDA FIXA DE CURTO PRAZO ................................... 140 
6.15.2. FUNDOS DE RENDA FIXA REFERENCIADOS .................................. 141 
6.15.3. FUNDOS DE RENDA SIMPLES .......................................................... 142 
6.15.4. FUNDOS DE RENDA FIXA DE DIVIDA EXTERNA ............................. 143 
6.15.5. FUNDO CAMBIAL ............................................................................... 144 
6.15.6. . FUNDO DE AÇÕES .......................................................................... 145 
6.15.7. FUNDOS MULTIMERCADOS ............................................................. 146 
6.15.8. FUNDO DE CRÉDITO PRIVADO - NORMAS RELATIVAS À 
CONCENTRAÇÃO EM CRÉDITOS PRIVADOS ................................................ 146 
6.15.9. FUNDO DE INVESTIMENTO EM COTAS DE FUNDOS DE 
INVESTIMENTO ................................................................................................ 147 
6.15.10. Come-Cotas ..................................................................................... 148 
6.16. RESUMÃO FUNDOS DE INVESTIMENTO ............................................. 150 
7. PREVIDÊNCIA COMPLEMENTAR ABERTA: PGBL E VGBL ........................... 152 
7.1. PREVIDÊNCIA SOCIAL X PREVIDÊNCIA PRIVADA ................................. 152 
7.2. CARACTERÍSTICAS TÉCNICAS QUE INFLUENCIAM O PRODUTO ....... 152 
7.3. PLANO GERADOR DE BENEFÍCIOS LIVRES (PGBL) .............................. 155 
7.4. VIDA GERADOR DE BENEFÍCIOS LIVRES(VGBL) ................................... 155 
7.5. Regimes de Tributação (Imposto de Renda)............................................... 157 
 
 
 6 
Módulo Adicional – Tributação ........................................................................... 159 
Tributação em “Fundo de Investimento” ............................................................ 159 
A ÚNICA exceção para esta regra são os fundos que possuem a sistemática do 
“COME-COTAS”, na qual irá ocorrer a cobrança 15% ou 20% anualmente, 
cobrados semestralmente (Maio e Novembro) e esta cobrança irá afetar a 
quantidade de cotas, reduzindo a quantidade de cotas. .................................... 159 
O único fundo que não cobra IOF, é o fundo de ações, os demais seguem a regra 
de cobrança para resgates até 29 dias. ............................................................. 159 
Investimentos Isentos de IMPOSTO de RENDA para pessoa física (Renda 
Fixa): ................................................................................................................. 160 
 LCI; ............................................................................................................. 160 
 LCA; ........................................................................................................... 160 
 Poupança (isento para pessoa física e jurídica sem fins lucrativos); ........... 160 
 Debêntures incentivadas ............................................................................160 
Tributação de IMPOSTO de RENDA para pessoa física (Renda Fixa) .............. 160 
Tabela Regressiva ............................................................................................. 160 
IOF: Fica isento após 30 dias da data da aplicação ........................................... 161 
Tributação em compra e venda de Ações .......................................................... 161 
Ex.: Investidor teve prejuízo de R$ 10.000,00 no mês anterior, porém neste mês 
ele ganhou R$ 10.000,00, este investidor está isento do pagamento do imposto de 
renda. ................................................................................................................ 162 
Tributação em Previdência Privada ................................................................... 163 
 
 
 
 
 
 
 7 
Introdução 
Este material foi desenvolvido para você que deseja mudar sua vida e 
carreira. Voltado para a certificação CPA-10 Anbima o mesmo busca aliar o 
conteúdo com a prática oferecendo conteúdo dinâmico desenvolvido através do 
programa detalhado da Certificação Anbima CPA-10. O conteúdo do material 
busca aliar o melhor conteúdo bibliográfico para te apoiar no alcance da sua 
certificação. Material Atualizado com o conteúdo 01/07/2019. 
A prova da CPA-10 é desenvolvida com 50 questões, com total de 2 horas 
de prova. A estrutura da prova é extremamente conceitual, sendo assim não é 
necessário realizar cálculos na prova sendo somente cobrado o conhecimento 
dos conceitos apresentados neste material. É necessário obter 70% dos acertos 
para ser profissional Anbima CPA-10, sendo assim são necessários 35 questões 
corretas para alcançar a sua certificação, na qual possui vigência de 5 anos (para 
funcionário de instituição participante da Anbima) e 3 anos (para não funcionários 
de instituição participante Anbima). 
 
Abaixo segue o site para inscrição: 
http://www.anbima.com.br/pt_br/educar/quero-me-certificar/inscricao.htm 
 
O valor da prova é de: 
 Funcionário de instituição Associada: R$ 260,50. 
 Não Funcionário de Instituição Associada: R$ 313,00. 
 
 A prova é dividida nos seguintes percentuais por conteúdo conforme 
abaixo: 
 
 
 
 8 
 
1. Sistema Financeiro Nacional e Participantes do Mercado 
 
Este módulo equivale de 5 a 10% do conteúdo que cairá em sua prova. 
Este módulo busca apresentar o conhecimento do Sistema Financeiro Nacional 
mostrando as principais instituições que participam da construção e estrutura do 
mercado financeiro nacional e quais são suas atribuições e seu impacto no 
contexto brasileiro. 
 
 
 
1.1 Funções Básicas. 
 
O Mercado Financeiro é o sistema que intermédia os recursos de agentes 
superavitários (que possuem recursos para aplicação) e os agentes 
deficitários (que necessitam de dinheiro para empréstimo). Este sistema é 
composto de diversas instituições financeiras de intermediação (Banco 
Múltiplo, Banco de Investimento, Banco Comercial, Bolsa de Valores, Corretoras 
e Distribuidoras), Instituições de prestação de serviço de gerenciamento de 
recursos (Cetip, Selic, Bm&F Bovespa), Instituições governamentais 
normativas e fiscalizadoras (CMN, Bacen, CVM e Susep) e instituições 
acessórias (Anbima) na qual exercem papel fundamental para o seu correto 
funcionamento. 
 
 
 
 9 
 
 
Figura: Função Básica do Mercado Financeiro 
 
 
 
1.2 Estrutura do Sistema Financeiro Nacional 
 
1.2.1 Conselho Monetário Nacional – CMN 
 
Instituição máxima do Sistema Financeiro Nacional na qual é sua 
principal função é: 
 
“Fixar as diretrizes e normas da Política Cambial, Monetária 
(Controla Quantidade de moeda em circulação e taxa de juros) e de Crédito, 
compra e venda de ouro” 
 
Obs.: É o órgão que determina a Meta para INFLAÇÃO (IPCA – Índice 
de Preço do Consumidor Amplo) 
 
O CMN é um órgão Normativo, sendo assim ele determina o 
funcionamento do mercado financeiro. Sua atribuição é comandar o mercado, 
sendo assim é uma instituição financeira que não exerce EXECUÇÃO de 
atividades. O CMN em si somente determina o que as demais instituições irão 
seguir e adotar. 
 
 
 
 10 
Dica: Nas questões o CMN é sempre ligado a verbos de comando. 
Ex.: Determinar, Regulamentar, Fixar, Disciplinar. 
 
As demais funções do CMN de acordo com a LEI 4.595 são: 
 
 Aprovar os orçamentos monetários, preparados pelo Banco Central 
do Brasil, por meio dos quais se estimarão as necessidades globais de moeda e 
crédito; 
 Fixar as diretrizes e normas da política cambial, inclusive quanto à 
compra e venda de ouro e quaisquer operações em Direitos Especiais de 
Saque e em moeda estrangeira; 
 Disciplinar o crédito em todas as suas modalidades e as operações 
creditícias em todas as suas formas, inclusive aceites, avais e prestações de 
quaisquer garantias por parte das instituições financeiras; 
 Coordenar sua própria política com a política de investimentos do 
Governo Federal; 
 Regular a constituição, funcionamento e fiscalização das atividades 
de instituições monetárias, bancárias e creditícias, bem como a aplicação das 
penalidades previstas; 
 Limitar, sempre que necessário, as taxas de juros, descontos, 
comissões e qualquer outra forma de remuneração de operações e serviços 
bancários ou financeiros, inclusive os prestados pelo Banco Central do Brasil, 
assegurando taxas favorecidas aos financiamentos que se destinem a promover 
atividades rurais; 
 Disciplinar os instrumentos de política monetária e cambial; 
 Autorizar emissões de papel moeda, para adequar o volume de 
pagamentos as necessidades da economia nacional; 
 Regular o valor interno da moeda, para tanto prevenindo ou 
corrigindo os surtos inflacionários ou deflacionário de origem interna ou externa, 
as depressões econômicas e outros desequilíbrios oriundos de fenômenos 
conjunturais; 
 
 
 
 
 
 11 
 
A composição de membros do CMN é escolhida pelo Presidente da 
República e são administradas pelos seguintes Membros: 
 Ministro da Fazenda (presidente do conselho); 
 Secretário Especial da Fazenda do Ministério da Economia; 
 Presidente do Banco Central do Brasil (BACEN); 
 
 
DICA IMPORTANTÍSSIMA: O CMN é uma instituição que MANDA, REGULA, 
DETERMINA as regras no mercado financeiro. Ela não EXECUTA nenhuma função. 
 
1.2.2 Banco Central do Brasil – BACEN 
 
O Banco Central é a Instituição Governamental na qual é responsável 
pelo: 
 
“Controle da inflação, atua para regular a quantidade de moeda na 
economia buscando a estabilidade nos preços (controle de inflação). 
Instituição também responsável pela regulação e supervisão das demais 
instituições Financeiras no País”. 
 
OBS: O BC executa as orientações do Conselho Monetário Nacional 
(CMN). 
 
Além disso, conduz as políticas monetária, cambial, de crédito, e de 
relações financeiras com o exterior; a regulação e da supervisão do Sistema 
Financeiro Nacional (SFN); a administração do Sistema de Pagamentos 
Brasileiro (SPB) e os serviços do meio circulante. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 12 
 
Dentre as suas principais atribuições estão: 
 Emitir papel-moeda e moeda metálica; 
 Executar os serviços do meio circulante (Sistema de Pagamentos 
– SPB); 
 Receber recolhimentoscompulsórios e voluntários das instituições 
financeiras; 
 Realizar operações de redesconto e empréstimo às instituições 
financeiras; 
 Regular a execução dos serviços de compensação de cheques e 
outros papéis; 
 Efetuar operações de compra e venda de títulos públicos federais; 
 Exercer o controle de crédito; 
 Exercer a fiscalização das instituições financeiras; 
 Autorizar o funcionamento das instituições financeiras; 
 Estabelecer as condições para o exercício de quaisquer cargos de 
direção nas instituições financeiras; 
 Vigiar a interferência de outras empresas nos mercados financeiros 
e de capitais; 
 Controlar o fluxo de capitais estrangeiros no país. 
 
A composição de membros do Bacen é escolhida pelo Presidente da 
República e sujeita à aprovação no Senado. É administrada pelos seguintes 
Membros: 
 Presidente 
 8 Diretores 
 
O BC é uma autarquia federal, vinculada ao Ministério da Fazenda, e foi 
criado pela Lei 4.595, de 31.12.1964, que estabelece as suas competências e 
atribuições. 
 
 
 
 
 
 
 13 
 
OBS: O BC executa as orientações do Conselho Monetário Nacional 
(CMN). 
OBS: Comitê criado pelo Banco Central Chamado de COPOM 
(Comitê de Política Monetária) é o responsável pela “Decisão da TAXA 
SELIC”, taxa básica de juros do país. 
 
1.2.3 Comissão de Valores Mobiliários – CVM 
 
A Comissão de Valores Mobiliários é uma instituição governamental que 
foi criada em 07/12/1976 pela Lei 6.385/76, com o objetivo: 
 
“Fiscalizar, normatizar, disciplinar e desenvolver o mercado de 
valores mobiliários um título de propriedade (ação) ou 
de crédito (obrigação), emitido por um ente público (governo) ou privado 
(sociedade anônima ou instituição financeira] no Brasil”. 
 
Exemplos de Valores Mobiliários: Ação, Debêntures, Cota em Fundo 
de Investimento, Contrato Futuro, Opções e etc. 
 
Demais Funções: 
• Estimular investimentos no mercado acionário, poupança, e 
investimentos em valores mobiliários; 
• Fixar e implementar as diretrizes e normas do mercado de valores 
mobiliário; 
• Assegurar o funcionamento das bolsas de valores e mercado de 
balcão organizado; 
• Proteger os titulares contra ação fraudulenta, atos ilegais e 
manipulação de preço; 
• Fiscalizar a emissão, registro, distribuição e a negociação de 
Títulos emitidos por Sociedade Anônimas de Capital aberto; 
 
 
 
 
 14 
 
DICA: A CVM tanto executa, quanto determina e regulamenta o 
mercado de títulos e valores mobiliários. 
 
Propósito e Visão - CVM 
 
Fonte: Site CVM 
 
A composição de membros da CVM é escolhida pelo Presidente da 
República. É administrada pelos seguintes Membros: 
 
 Presidente 
 4 Diretores 
 
A CMV é uma autarquia federal, vinculada ao Ministério da Fazenda. 
 
OBS:A CVM determina, regular, e cria regras para o mercado de valores 
mobiliários (investimentos), a CVM executa tarefas. É a instituição 
governamental que regula e executa o mercado de valores mobiliários. As leis 
criadas por este órgão SERÃO sempre superiores e devem ser seguidas. 
 
 
 
 15 
 
1.2.4 Superintendência de Seguros Privados – SUSEP 
 
A SUSEP é a instituição governamental responsável pelo: 
“Controle e fiscalização dos mercados de seguro, previdência 
privada aberta, capitalização e resseguro.” 
Autarquia vinculada ao Ministério da Fazenda, foi criada pelo Decreto-lei 
nº 73, de 21 de novembro de 1966. 
Demais Funções da SUSEP: 
 Fiscalizar a constituição, organização, funcionamento e operação das 
Sociedades Seguradoras, de Capitalização, Entidades de Previdência 
Privada Aberta e Resseguradores, na qualidade de executora da política 
traçada pelo CNSP; 
 Atuar no sentido de proteger a captação de poupança popular que se 
efetua através das operações de seguro, previdência privada aberta, de 
capitalização e resseguro; 
 Zelar pela defesa dos interesses dos consumidores dos mercados 
supervisionados; 
 Promover o aperfeiçoamento das instituições e dos instrumentos 
operacionais a eles vinculados, com vistas à maior eficiência do Sistema 
Nacional de Seguros Privados e do Sistema Nacional de Capitalização; 
 Promover a estabilidade dos mercados sob sua jurisdição, assegurando 
sua expansão e o funcionamento das entidades que neles operem; 
 Zelar pela liquidez e solvência das sociedades que integram o mercado; 
 Disciplinar e acompanhar os investimentos daquelas entidades, em 
especial os efetuados em bens garantidores de provisões técnicas; 
 Cumprir e fazer cumprir as deliberações do CNSP e exercer as atividades 
que por este forem delegadas; 
 Prover os serviços de Secretaria Executiva do CNSP. 
 
 
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A composição de membros da SUSEP é escolhida pelo Presidente da 
República. É administrada pelos seguintes Membros: 
 Superintendente 
 4 Diretores 
Resumo CMN, BACEN, CVM e SUSEP 
 
 
1.2.5 Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e 
de capitais - ANBIMA. 
 
1.2.5.1 Papel da ANBIMA. 
 
ANBIMA é uma Associação que reuni diversas empresas diferentes entre 
si (bancos, gestoras, corretoras, distribuidoras e administradoras) com o objetivo 
de reproduzir dentro de casa a pluralidade (diversidade) dos mercados. 
É uma instituição que conduz as melhores práticas para distribuição de 
investimento. 
 
 
 
 17 
 
Obs.: O código de conduta da Anbima jamais irá se sobrepor a LEI. Sendo 
assim é um condigo de conduta que deve ser conduzido. 
A ANBIMA desenvolve quatro atividades que são: 
 Informar; 
 Representar; 
 Autorregular; 
 Educar; 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 18 
 
 
Provedora de informações sobre os segmentos de mercado nas quais 
representa. Produz e divulga um conjunto de relatórios, estatísticas, 
estudos, rankings, referências de preços e de índices, além de uma 
série de ferramentas de consulta que é oferecido aos associados e ao 
mercado. 
 
 
 
Representa as Instituições Financeiras a eles associadas, exercendo 
da seguinte maneira: 
 Promovendo o diálogo para construir propostas de 
aprimoramento do mercado, que são apresentadas e 
discutidas com o governo e com outras entidades do setor 
privado; 
 Propondo boas práticas de negócios, que os associados 
seguem de forma voluntária; 
 
 
A Autorregulação é baseada em regras criadas pelo mercado, para o 
mercado e em favor dele. Essas regras estão nos “Códigos de 
Autorregulação e Melhores Práticas, que são de adesão voluntária”. 
O cumprimento das normas é acompanhado pela equipe técnica, que 
supervisiona as instituições e dá orientações de caráter educativo. 
 
 
A Educação é gerida em três (3) Vertentes: 
 Capacitação dos profissionais por meio de certificações; 
 Qualificação dos profissionais certificados por meio de 
educação continuada; 
 Disseminação de conteúdo sobre educação financeira; 
 
 
 
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OBS: O Código Anbima se refere quanto a distribuição e negociaçãode valores mobiliários (Investimentos) de acordo com a LEI 6.385 e as 
regulamentações da (CVM) com o objetivo de proporcionar a adequada 
transparência a este mercado. 
 
SENDO ASSIM qualquer alteração na LEI que não haja alteração no 
Código Anbima a Lei se sobrepõe (prevalece) ao Código Anbima. 
 
A fim de garantir o equilíbrio e os controles necessários de sua atividade 
regulatória, a dinâmica básica da autorregulação da ANBIMA é a seguinte: 
 
(I) Os associados definem as regras: por meio dos comitês de representação, 
da Diretoria e de audiências públicas, os códigos são elaborados e revistos 
continuamente. As regras sujeitam todos os associados e qualquer instituição 
que voluntariamente queira aderir a elas. 
(II) A área técnica supervisiona: a área de Supervisão da ANBIMA é a 
responsável por acompanhar o mercado, inspecionando o cumprimento das 
regras pelas instituições participantes. Para isso, inclusive, ela dispõe do 
Sistema de Supervisão de Mercados (SSM), uma plataforma eletrônica por meio 
da qual as instituições podem gerenciar e acompanhar o status de suas 
obrigações com a autorregulação da ANBIMA, enviar documentos, agendar 
supervisões periódicas ou realizar todo o processo de adesão aos códigos de 
autorregulação ou filiação à ANBIMA. 
(III) Uma comissão especializada acompanha: cada código conta com uma 
comissão de acompanhamento, composta por pessoas do mercado com grande 
conhecimento técnico acerca da temática. Com esse conhecimento, as 
comissões orientam os trabalhos da área de Supervisão. 
(IV) Um conselho independente julga: cada código conta com um conselho 
misto, composto em sua minoria por profissionais ligados aos associados e, em 
sua maioria, por profissionais indicados por instituições do mercado externas à 
ANBIMA. Esse conselho é soberano na apreciação dos casos da 
autorregulação. 
 
 
 20 
 
O Código de Regulação e Melhores Práticas está embasado em três 
pilares que serão abordados abaixo: 
 Objetivo; 
 Obrigatoriedade; 
 Legislação; 
 
Objetivo: Estabelecer padrões, princípios e regras, na qual deverão ser 
observados pelas instituições participantes de maneira a buscar a permanente 
elevação da capacidade técnica de seus profissionais, bem como a observância 
de seus padrões de conduta no desempenho de suas respectivas atividades. 
Obrigatoriedade: Os princípios e regras deste Código será obrigatória 
para as instituições participantes, assim entendidas as instituições filiadas à 
ANBIMA (Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de 
Capitais), bem como as instituições que, embora não associadas, 
expressamente aderirem a este Código mediante a assinatura do competente 
termo de adesão. 
Obs.: As instituições participantes deverão exigir, de todos os 
Profissionais que exerçam atividade para a qual seja necessária a certificação 
pertinente, que esta seja obtida e mantida atualizada, nos termos deste Código. 
Legislação: O presente Código não se sobrepõe à legislação e à 
regulamentação vigentes, ainda que venham a ser editadas normas, após o 
início de sua vigência, que sejam contrárias às disposições ora trazidas. Caso 
haja contradição entre regras estabelecidas neste Código e normas legais ou 
regulamentares, a disposição deste Código deverá ser desconsiderada, sem 
prejuízo de suas demais regras 
 
 
 
 21 
 
Código Anbima de Regulação e Melhores Práticas para o Programa 
de Certificação Continuada 
 
O objetivo do Código de Regulação e Melhores Práticas para o Programa 
de Certificação Continuada (Código) é estabelecer princípios e regras que 
deverão ser observados pelas instituições participantes, que atuam nos 
mercados financeiro e de capitais, de maneira a buscar a permanente elevação 
da capacitação técnica de seus profissionais, bem como a observância de 
padrões de conduta no desempenho de suas respectivas atividades. (Relação 
Funcionário com Mercado, Instituição Participante (Banco), Investidor). 
 
Fonte:www.anbima.com.br/data/files/92/36/9F/4D/9B7675106582A275862C16A8/Codigo_Certi
ficacao_20150620_1_.pdf 
 
 
 
 22 
 
Princípios e padrões de conduta exigidos das instituições participantes 
 
Os princípios e padrões exigidos diretamente das instituições 
participantes estão dispostos no art. 8º do Código de Certificação, podendo ser 
resumidos em: 
 Seguir código de ética e evidenciar a adesão de seus profissionais 
a ele; 
 Verificar se seus profissionais têm reputação ilibada e atestar que 
não tenham: 
a) Sido inabilitados para o exercício de cargo em instituições financeiras 
e demais entidades autorizadas a funcionar pelo BACEN, CVM, 
Superintendência Nacional de Previdência Complementar (Previc) ou Susep; 
b) Sofrido punição definitiva, nos últimos cinco anos, em decorrência de 
sua atuação como administrador ou membro de conselho fiscal de entidade 
sujeita a controle e fiscalização dos órgãos reguladores mencionados; 
 Zelar pelo aperfeiçoamento de seus profissionais, fornecendo 
atualização profissional constante sobre práticas de mercado, produtos e 
regulação aplicável; 
 Manter elevados padrões éticos, adotar práticas transparentes nas 
negociações e proibir práticas não equitativas e de concorrência desleal; 
 Divulgar com clareza riscos e consequências que poderão advir 
dos produtos, instrumentos e modalidades operacionais disponíveis no mercado; 
 Preservar as informações reservadas ou privilegiadas, excetuadas 
as hipóteses em que a sua divulgação seja exigida por lei ou tenha sido 
autorizada; 
 Adotar procedimentos formais de controle, relacionados à obtenção 
e manutenção da certificação pertinente a todos os seus profissionais; 
 
 
 
 
 
 
 
 23 
 
1.2.5.1.1 Padrões de Conduta 
 
Principais Padrões de Conduta em relação ao mercado (Eu com o 
mercado devo): 
 Manter elevados padrões éticos na condução de todas as 
atividades; 
 Conhecer e observar todas as normas, leis e regulamentos, 
inclusive as normas de regulação e melhores práticas Anbima; 
 Assegurar a observância de práticas negociais e equitativas; 
 Recusar a intermediação de investimentos ilícitos; 
 Não contribuir para veiculação ou circulação de notícias ou 
informações inverídicas; 
 Manter sigilo a respeito de informações confidências a que tenha 
acesso em razão de sua atividade profissional; 
Principais Padrões de Conduta em relação a instituição participante (Eu 
com a empresa que trabalho devo): 
 Não participar de atividades independentes que compitam direta ou 
indiretamente com seu empregador; 
 Informar seu empregador sobre a propriedade de quaisquer 
valores imobiliários ou outros investimentos que possam influenciar 
ou ser influenciado por sua atividade profissional; 
 Informar seu empregador sobre quaisquer valores ou benefícios 
adicionais que receba; 
 Não manifestar opinião que possa prejudicar a imagem do seu 
empregador; 
 Evitar pronunciamentos a respeito de investimento sob 
responsabilidade de outra instituição; 
 
 
 
 
 24 
 
Principais Padrões de Conduta em relação ao investidor (Eu com o 
investidor devo): 
 Manter a independência e objetividade no aconselhamento de 
investimentos; 
 Distinguir fatos de opiniões, pessoais ou no mercado, com relação 
aos investimentos aconselhados; 
 Agir com ética e transparênciaquando houver situações de 
conflito de interesse com seus clientes; 
 Informar ao cliente a possibilidade de recebimento de 
remuneração ou benefício pela instituição participante em razão 
da indicação de investimentos; 
 Orientar o cliente sobre o investimento que pretende realizar, 
evitando praticas capazes de induzi-lo ao erro; 
 
1.2.5.2 Código Anbima de Regulação e Melhores Práticas de 
Distribuição de Investimento no Varejo. 
 
1.2.5.2.1 Objetivo 
 
O objetivo do presente Código de Regulação e Melhores Práticas para 
Atividade de Distribuição de Produtos de Investimento no Varejo (“Código”) é 
estabelecer, para as instituições participantes abaixo definidas, os parâmetros 
relativos à atividade de Distribuição de Produtos de Investimento no Varejo, com 
as seguintes finalidades: 
 
 
 
 
 
 
 25 
 
I. Manter os mais elevados padrões éticos e consagrar a 
institucionalização das práticas equitativas no mercado; 
II. Estimular o adequado funcionamento da atividade de 
Distribuição de Produtos de Investimento no Varejo; 
III. Manter transparência no relacionamento com os investidores, 
de acordo com o canal utilizado e as características do produto; 
IV. Promover a qualificação das instituições e de seus profissionais 
envolvidos na atividade de Distribuição de Produtos de 
Investimento no Varejo; 
V. Comprometer-se com a qualidade da atuação na distribuição 
de produtos e serviços; 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Fonte: 
www.anbima.com.br/data/files/8E/B5/49/46/730D851093995C8569A80AC2/Codigo-Varejo-04-
11-16.pdf 
 
 
 
 
 
 
 
 26 
 
1.2.5.2.2 Princípios gerais. 
 
As instituições participantes devem observar os seguintes princípios e 
regras no desempenho da Atividade de Distribuição de Produtos de Investimento 
no Varejo: 
I. Adotar práticas que promovam a transparência na relação com 
o Investidor; 
II. Cumprir todas as suas obrigações, devendo empregar, no 
exercício de sua atividade, o cuidado que toda pessoa prudente 
e diligente costuma dispensar à administração de seus próprios 
negócios, respondendo por quaisquer infrações ou 
irregularidades que venham a ser cometidas; 
III. Efetuar prévia e criteriosa análise quando contratar serviços de 
terceiros; 
IV. Evitar práticas que possam vir a prejudicar o mercado de 
Distribuição de Produtos de Investimento no Varejo; 
Neste Próximo tópico você deve se atentar as frases que são exigidas e que 
devem estar informadas em todos os materiais de divulgação de investimento 
que TODOS os bancos e corretoras que estão filiadas a ANBIMA seguir este 
modelo. 
 
1.2.5.2.3 Da publicidade e divulgação dos produtos de investimento. 
 
A divulgação de publicidade e material técnico elaborado pelas 
instituições participantes deve obedecer às disposições da legislação, regulação 
e autorregulação vigente aplicável a cada produto de investimento, podendo o 
Conselho de Regulação e Melhores Práticas expedir diretrizes específicas sobre 
o tema: 
 
 
 
 27 
 
Todo o material utilizado para publicidade dos Produtos de Investimento 
é de responsabilidade de quem o divulga, inclusive no que se refere à 
conformidade de tal material com as normas do presente Código. Caso a 
divulgação seja feita por um prestador de serviço, este deve obter, antes 
da divulgação, aprovação expressa da instituição participante. 
 
As instituições participantes devem, no que diz respeito à publicidade e 
divulgação de material técnico de Produtos de Investimento: 
 
I. Envidar seus melhores esforços no sentido de produzir publicidade 
ou material técnico adequado ao seu público-alvo, minimizando incompreensões 
quanto ao seu conteúdo, e privilegiando informações necessárias para a tomada 
de decisão; 
II. Buscar transparência e clareza das informações, fazendo uso de 
linguagem adequada ao público-alvo, no intuito de embasar a decisão do 
Investidor; 
III. Conter informações alinhadas com a documentação do produto, 
quando for o caso; 
IV. Zelar para que não haja qualificações injustificadas, superlativos 
não comprovados, opiniões ou previsões para as quais não exista uma base 
técnica, promessa, garantia de resultados futuros ou isenção de risco para o 
Investidor, quando isso não refletir a realidade do produto; 
 
Os Produtos de Investimento de mesma natureza podem ser comparados, 
desde que sejam informadas simultaneamente as datas, os períodos, a fonte das 
informações utilizadas, os critérios de comparação adotados e demais 
informações consideradas relevantes para adequada avaliação pelo Investidor 
dos dados comparativos divulgados. 
 
 
 
 
 
 
 28 
 
É vedada a divulgação de comparativo entre Produtos de Investimento de 
diferentes instituições, diferentes naturezas e/ou categoria diversa. 
 
Obs: Você só pode comparar produtos de mesma característica. Se for 
comprar LCI você deve comparar com outra LCI. 
 
Toda publicidade, exceto aquela veiculada em rádio ou short message 
service (SMS), deve obedecer às seguintes regras na divulgação de avisos ao 
Investidor: 
 
 Publicidade que não possua selo ANBIMA proveniente das regras 
estabelecidas para o Produto de Investimento deve adicionar aviso com a 
seguinte redação: 
 
ESTA INSTITUIÇÃO É ADERENTE AO CÓDIGO ANBIMA DE 
REGULAÇÃO E MELHORES PRÁTICAS PARA ATIVIDADE DE 
DISTRIBUIÇÃO DE PRODUTOS DE INVESTIMENTO NO VAREJO. 
 
Publicidade que faça referência a histórico de rentabilidade, ou menção a 
sua performance, deve adicionar aviso com a seguinte redação, quando 
aplicável: 
 
A RENTABILIDADE DIVULGADA NÃO É LÍQUIDA DE IMPOSTOS. 
 Publicidade que mencione Produto de Investimento que não 
possua a garantia do Fundo Garantidor de Crédito, adicionar aviso com a 
seguinte redação: 
 
TRATA-SE DE UMA MODALIDADE DE INVESTIMENTO QUE NÃO 
CONTA COM A GARANTIA DO FUNDO GARANTIDOR DE CRÉDITO – (FGC). 
 
 
 
 
 
 
 29 
 
 Publicidade que divulgue simulação de rentabilidade, adicionar 
aviso com a seguinte redação: 
 
AS INFORMAÇÕES PRESENTES NESTE MATERIAL SÃO BASEADAS 
EM SIMULAÇÕES E OS RESULTADOS REAIS PODERÃO SER 
SIGNIFICATIVAMENTE DIFERENTES. 
 
Sem prejuízo das demais regras dispostas neste código, todo material de 
publicidade quando direcionado a um único Produto de Investimento deve 
possuir o seguinte conteúdo mínimo sobre o produto: 
 
I. Público-alvo; 
II. Classificação de risco. (Conservador, Moderado, Agressivo) 
III. Características do produto; 
IV. Informações sobre os canais de atendimento; 
V. Endereço para o portal de educação financeira da ANBIMA “Como 
Investir” (www.comoinvestir.com.br) e/ou portal de educação financeira da 
instituição participante, quando se tratar de material de publicidade 
disponibilizado na internet; 
 
 
 
 30 
1.2.6 Principais Intermediários Financeiros 
 
 
 
 
 
 
1.2.6.1 Banco Comercial 
 
Os bancos comerciais são instituições financeiras privadas ou públicas 
que têm como objetivo principal proporcionar suprimento de recursos 
necessários para financiar (emprestar), a curto e médio prazo, o comércio, a 
indústria, as empresas prestadoras de serviços, as pessoas físicas e terceiros 
em geral. 
A captação de depósitosà vista (conta corrente), livremente 
movimentáveis, e empréstimo de dinheiro é atividade típica do banco 
comercial. 
Deve ser constituído sob a forma de sociedade anônima e na sua 
denominação social deve constar a expressão "Banco". (Resolução CMN 2.099, 
de 1994). 
 Figura: Função Básica do Banco comercial 
 
 
 31 
 
Para melhor entendimento dos participantes do Banco Comercial: 
 
 Agente superavitário: Cliente/Investidor que possui dinheiro 
disponível buscando ganhar com investimentos; 
 Instituição financeira: O BANCO na qual irá realizar esta 
intermediação; 
 Agente Deficitário: Cliente que procura o banco em busca de 
empréstimo; 
 
Neste contexto o banco utiliza o dinheiro do agente superavitário e 
empresta para o agente deficitário cobrando juros maiores em relação os 
rendimentos pagos aos agentes superavitários. Esta diferença é chamada de 
“spread” e este é o lucro das instituições financeiras. 
 
1.2.6.2 Banco de Investimento 
 
Os bancos de investimento são instituições financeiras privadas 
especializadas em operações de participação societária de caráter temporário, 
de financiamento da atividade produtiva para suprimento de capital fixo e 
de giro e de administração de recursos de terceiros. 
Devem ser constituídos sob a forma de sociedade anônima e adotar, 
obrigatoriamente, em sua denominação social, a expressão "Banco de 
Investimento". 
Não possuem contas correntes e captam recursos via depósitos a 
prazo (conta de Investimento), repasses de recursos externos, internos e 
venda de cotas de fundos de investimento por eles administrados. 
As principais operações ativas são financiamento de capital de giro e 
capital fixo, subscrição ou aquisição de títulos e valores mobiliários, depósitos 
interfinanceiros e repasses de empréstimos externos (Resolução CMN 2.624, de 
1999). 
 
 
 
 32 
 
 
Figura: Função Básica do Banco de Investimentos 
 
 Para melhor entendimento dos participantes do banco de investimento: 
 
 Agente superavitário: Cliente/Investidor que possui dinheiro disponível 
buscando ganhar com investimentos; 
 Instituição financeira: O BANCO na qual irá realizar esta intermediação; 
 Agente Deficitário: Empresa que busca dinheiro emprestado junto a 
investidores; 
 
Neste contexto o banco utiliza o dinheiro do agente superavitário e 
repassa a empresa que deseja o dinheiro emprestado. Com isto a empresa cria 
uma dívida com o investidor que deverá ser paga a fim de garantir investidores 
disponíveis a financiar as atividades da empresa. 
 
Obs.: Nesta modalidade o investidor não é sócio da empresa. Nesta 
situação ele empresta dinheiro a empresa e a mesma deverá pagar o que 
foi emprestado mais os juros que serão a remuneração do investidor. 
 
 
 
 
 
 33 
 
1.2.6.3 Banco Múltiplo 
 
Os bancos múltiplos são instituições financeiras privadas ou públicas que 
realizam as operações ativas, passivas e acessórias das diversas instituições 
financeiras, por intermédio das seguintes carteiras: 
 
 Comercial, de investimento e/ou de desenvolvimento, de crédito 
imobiliário, de arrendamento mercantil e de crédito, financiamento e 
investimento. 
 
OBS: O banco múltiplo deve ser constituído com, no mínimo, duas 
carteiras, sendo uma delas, obrigatoriamente, comercial ou de 
investimento, e ser organizado sob a forma de sociedade anônima. 
 
Essas operações estão sujeitas às mesmas normas legais e 
regulamentares aplicáveis às instituições singulares correspondentes às suas 
carteiras. A carteira de desenvolvimento somente poderá ser operada por banco 
público. As instituições com carteira comercial podem captar depósitos à vista. 
Na sua denominação social deve constar a expressão "Banco" 
(Resolução CMN 2.099, de 1994). 
OBS: Deve possuir UM CNPJ para cada Carteira. Podendo publicar 
um balanço único. 
 
1.2.7 Outros Intermediários ou Auxiliares Financeiros 
 
1.2.7.1 B3 S/A: Bolsa, Balcão e BM&F Bovespa. 
 
É a empresa onde ocorrem as operações (compra e venda) de ações, 
Derivativos, Commodities, Balcão, Operações Estruturadas. É a instituição que 
permite que corretoras enviem ordem de compra e venda de seus clientes a fim 
de ocorrer a transacionalidade neste segmento do mercado financeiro. 
 
 
 
 34 
 
As negociações são realizadas no Pregão Eletrônico (Bovespa) e Via 
Internet, com intermédio do Home Broker das Corretoras. 
Na Bolsa, o investidor que deseja comprar uma ação deverá procurar sua 
corretora que emite uma ordem de compra para a bolsa, assim a bolsa divulga 
esta informação ao mercado. Após esta divulgação a bolsa procura alguma 
corretora que tenha enviado ordem de venda de algum investidor que aceite 
vender pelo preço que o comprador esteja disposto a comprar. Após a finalização 
desta transação se cria a negociação no mercado. 
 
1.2.7.2 Corretoras e Distribuidoras de Títulos e Valores Mobiliários. 
 
São empresas especializadas e autorizadas pela CVM que intermediam 
a compra, venda e distribuição de valores mobiliários através de ordem de 
terceiros (clientes investidores). 
Visto a impossibilidade de o investidor realizar compra e venda de títulos 
e valores mobiliários diretamente na bolsa, a corretora e distribuidora possui 
extrema importância para continuidade deste mercado sendo obrigatório o envio 
de ordem de compra e venda por Empresas “Corretoras e Distribuidoras” de 
valores mobiliários, na qual cobram corretagem e comissões por este tipo de 
serviço. Estas empresas devem ser constituídas sob forma de S/A (Sociedade 
Anônima). 
De acordo com a decisão do BACEN e CVM do dia 17/03/2009, foi 
definido que não há diferença na área de atuação entre Corretora de Valores e 
Distribuidora de Valores. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 35 
 
Considerações importantes sobre estas empresas: 
 Uma corretora pode atuar por conta própria; 
 Pode atuar como agente Fiduciário (pode representar os 
investidores garantindo seus interesses); 
 Sua principal função é dar liquidez e segurança ao mercado 
acionário; 
 Podem administrar fundos e clubes de investimento; 
 Podem Intermediar operações com câmbio (compra e venda de 
moeda estrangeira); 
 
1.2.8 Sistemas e Câmeras de Liquidação e Custódia (Clearing House) 
 
A Clearing House (câmara de compensação) é responsável pelo registro 
de todas as operações realizadas, acompanhamento das posições 
mantidas, compensação financeira dos fluxos e liquidação dos contratos. 
Obs: Quando ocorre a negociação (compra e venda) de algum título ou 
valor mobiliário, a Clearing House irá fazer o registro da operação garantindo a 
troca de titularidade de determinado investimento. Esta é uma garantia da 
Clearing House. 
 
Sua principal função no mercado financeiro é diminuir (mitigar) o risco de 
liquidação (garantir que seja transferido os recursos de quem comprou para 
quem vendeu). 
 
No Brasil há três Clearing House que serão descritas abaixo: 
 SELIC: é responsável pelas operações, acompanhamento de 
posições mantidas, compensação financeira e liquidação dos contratos 
financeiros de “TÍTULOS PÚBLICOS FEDERAIS” (LFT, LTN, NTN-B,NTN-B 
Principal, NTN-F) 
 
 
 
 
 36 
 
 CETIP: é responsável pelas operações, acompanhamento de 
posições mantidas,compensação financeira e liquidação dos contratos 
financeiros de “TÍTULOS PRIVADOS”: 
 
o Títulos privados: Derivativos (Termo, Futuros, Swaps e opções); 
o Renda Fixa: (CDB, RDB, LF, DI); 
o Títulos Agrícolas: (CPR, CRA E LCA); 
o Títulos de Crédito: (CCB); 
o Títulos Imobiliários: (CCI, CRI, LCI); 
o Valores Mobiliários (Debêntures e NC) e Cotas de fundos de 
investimento. 
 
 BM&F BOVESPA: é responsável pelas operações, 
acompanhamento de posições mantidas, compensação financeira e liquidação 
dos contratos financeiros de “AÇÕES e demais operações realizadas no 
mercado BM&F Bovespa (á vista, Derivativos, balcão organizado e renda 
fixa privada)”. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Fluxograma da Clearing House 
 
 
INVESTIDOR 
BANCO/ 
CORRETORA 
CLEARING 
HOUSE 
 
 
 37 
 
1.2.9 Sistema de Pagamentos Brasileiros – SPB 
 
O Sistema de Pagamentos Brasileiro (SPB) compreende as entidades, os 
sistemas e os procedimentos relacionados com o processamento e a liquidação 
de operações de transferência de fundos, de operações com moeda estrangeira 
ou com ativos financeiros e valores mobiliários. 
 
São integrantes do serviço do SPB 
 Compensação de cheques; 
 Compensação e liquidação de ordens eletrônicas de débito e de 
crédito; 
 Transferência de fundos e de outros ativos financeiros; 
 Compensação e liquidação de operações com títulos e valores 
mobiliários; 
 Compensação e liquidação de operações realizadas em bolsas de 
mercadorias e de futuros e outras entidades; 
 
Esses fatos possibilitaram a redução dos riscos de liquidação nas 
operações interbancárias, com consequente redução também do risco 
sistêmico, isto é, o risco de que a quebra de uma instituição financeira provoque 
a quebra em cadeia de outras, no chamado "efeito dominó". 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 38 
 
2. Noções de Economia e Finanças 
 
Este módulo equivale de 5 a 10% do conteúdo que cairá em sua prova. 
Este módulo busca apresentar o conhecimento dos principais indicadores 
econômicos utilizados no contexto nacional e conceitos básicos de finanças na 
qual irá te apoiar no entendimento e avaliação de investimentos. 
Obs.: Será cobrado somente os conceitos. Não há cobrança de cálculo na 
prova. 
 
2.1 Conceitos Básicos de Economia 
 
INDICADORES DE PRODUÇÃO 
2.1.1 PIB 
 
O PIB (Produto Interno Bruto) é a soma de TODOS OS BENS E 
SERVIÇOS “Finais” PRODUZIDOS EM UM PAÍS durante certo período. 
É um indicador que mede a capacidade produtiva e de geração de riqueza 
de um país, visto ele indicar todos os produtos e serviços produzidos em 
determinado país. 
 
Ex: Por exemplo, se você produziu um armário e vendeu por R$ 50,00, 
sabendo que precisou comprar madeira a R$ 10,00 mais as tintas R$ 20,00, 
neste caso a participação da indústria foi de R$ 30,00 e você que transformou o 
armário contribuiu com mais R$ 20,00 para o PIB do seu País. 
 
O índice só considera os bens e serviços finais, de modo a não calcular a 
mesma coisa duas vezes. A matéria-prima usada na fabricação não é 
considerada. 
 
 
 
 
 
 
 39 
 
Conceito do Cálculo do PIB: 
 
 
 NX (Exportação Líquida) = Exportação – Importação 
 
Obs.: No cálculo do PIB tudo é soma. 
 
 
Exemplo de como calcular o PIB 
 
 
INDICADORES DE INFLAÇÃO 
 
2.1.2 IPCA 
 
O IPCA é o índice de inflação ou deflação oficial Brasileiro e é medido 
pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). 
 
Abaixo seguem algumas características do IPCA: 
 
o O órgão que determina a meta do IPCA é o Conselho Monetário 
Nacional. 
o Este índice é divulgado mensalmente pelo IBGE. 
o Seu Cálculo abrange as famílias com rendimentos mensais entre 1 e 40 
Salários Mínimos e que sejam residentes nas regiões metropolitanas de Belém, 
Fortaleza, Recife, Salvador, Belo Horizonte, Rio de Janeiro, São Paulo, Curitiba, 
Porto Alegre, Brasília e Município de Goiânia. 
 
 
 40 
 
Participação Percentual no Cálculo do IPCA 
 
 
2.1.3 IGP-M e IGP-DI 
 
É um indicador que mede a variação dos preços, possui o mesmo conceito 
do IPCA, porém é medido pela FGV – Fundação Getúlio Vargas, porém não é o 
índice de inflação Oficial do Brasil. O IGM-M e IGP-DI é divulgado mensalmente. 
Este índice é muito utilizado para correção do preço de alugueis e 
contratos em geral. 
 
Para cálculo do IGP é utilizado à seguinte métrica: 
 
60% do IPA (Índice de Preços por Atacado) 
30% do IPC (Índice de Preço ao Consumidor) 
10% do INCC (Índice Nacional de Custo Construção Civil) 
 
Dica: Para gravar o percentual utilizar a seguinte pergunta: 
 
60% do IP é a primeira letra do alfabeto, sendo assim 60% esta o IPA. 
30% é o IP e a próxima letra no alfabeto, sendo assim IPC. 
E os demais 10% é o INCC que sobrou. 
 
Obs: A principal diferença entre o IGP-M e o IGP-DI é nas datas de cálculo 
do índice. 
 
 
 41 
 
IGP-DI: É medido entre o 1° (primeiro) e último dia do mês. 
IGP-M: É medido entre o 21° dia do mês anterior ao 20° dia do mês atual. 
 
Câmbio (Moeda Estrangeira) 
 
2.1.4 Taxa de Câmbio 
 
Taxa de Câmbio é uma relação entre moedas de dois países que resulta 
no preço de uma delas medido em relação à outra. 
Ex: O preço do dólar esta R$ 3,50, quer dizer que 1 Dólar é equivalente a 
R$ 3,50, para trocar o Real pelo Dólar é necessário possuir R$ 3,50. 
 
 Mas, além de expressar quantitativamente a condição de troca entre duas 
moedas, a taxa de câmbio expressa às relações de troca entre dois países. 
Um dos fatores que afetam o preço da taxa de Câmbio é a Balança de 
Pagamentos, na qual é um instrumento da contabilidade nacional referente à 
descrição das relações comerciais de um país com o resto do mundo. 
 
Registra o total de dinheiro (moeda estrangeira) que entra e sai de um 
país, na forma de: 
 Importações e exportações de produtos; 
 Serviços; 
 Capital Financeiro; 
 Transferências comerciais; 
 
Taxa Ptax: é a taxa expressa de fechamento (diário, mensal, semestral, 
e etc) do câmbio. É divulgada diariamente e mensalmente pelo Banco Central 
(Taxa de fechamento, mensal, diária e etc.). Taxa relacionada ao passado. 
 
Taxa Spot: é a taxa de câmbio no mercado a vista (taxa expressa quando 
você decide comprar os dólares dentro do horário de funcionamento deste 
mercado). Taxa relacionada ao presente. 
 
 
 42 
 
Conceito de valorização do Dólar 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Sendo assim quando há uma saída muito expressiva de dólares no Brasil 
através do envio de dinheiro ao exterior, ocorrerá um aumento no preço do Dólar 
em relação ao Real. 
 
Quando há uma entrada muito expressiva de dólares no Brasil através do 
recebimento de dinheiro do exterior, ocorrerá uma diminuição do preço do Dólar 
em relação ao Real. 
 
 
 
 
 
 43 
 
 
Figura: Impactos do Dólar 
 
 
INDICADORES DE TAXA DE JUROS 
 
2.1.5 Taxa Selic (over e meta) 
 
Taxa Selic Meta: é a taxa expressa e decida pelo COPOM a fim de 
controlar a inflação medidapelo IPCA. 
A taxa Selic meta é quem regula a taxa Selic Over, como as demais taxas 
de juros de toda economia como exemplo da taxa CDI, DI. 
 Taxa Selic Over: É a taxa de juros interbancária (entre um banco e outro) 
usando como garantia os títulos públicos emitidos pelo tesouro nacional. Esta 
taxa também recebe o nome de Taxa Selic Overnight, uma vez que os 
empréstimos entre um banco e outro são feitos por períodos de curtíssimo prazo 
(1 dia). O termo overnight significa exatamente operações financeiras com prazo 
de 1 dia. 
Para manter o saldo dos depósitos compulsórios de acordo com o 
estabelecido pelo Banco Central, os bancos são obrigados a fazer empréstimos 
com outros bancos dando em garantia títulos do tesouro nacional. A garantia 
 
 
 44 
aqui funciona da mesma maneira que um financiamento imobiliário, nele você 
usa o imóvel como garantia até liquidar o financiamento, os bancos usam os 
títulos adquiridos do Banco central como garantia. 
Diante das explicações dos conceitos de Taxa Selic Meta e Taxa Selic 
Over, abaixo será apresentado como funciona na pratica. O Copom decide a 
taxa de Juros Selic, e assim esta taxa é utilizada como parâmetro para formar 
de remuneração da taxa CDI e Taxa Selic Over. 
 
 
A afirmação acima é comprovada com a correlação existente entre a Taxa 
Selic e o CDI. Os dois possuem quase sem distorções a mesma Taxa. 
 
0.00%
5.00%
10.00%
15.00%
SELIC
CDI
 
 
 45 
 
2.1.6 Taxa DI / CDI 
 
Taxa DI: é uma das taxas de juros praticadas nos empréstimos entre 
instituições financeiras. Todos os dias, bancos que ficam com o caixa negativo 
podem recorrer ao mercado interbancário para fazer empréstimos com os 
bancos que têm sobra de caixa. 
Isso ocorre porque as instituições financeiras não podem terminar o dia 
com caixa negativo. Trata-se de uma medida de segurança, para manter o 
sistema financeiro saudável e estável. 
 
2.1.7 Taxa TR 
 
Taxa Referencial é a taxa básica de nossa economia e é utilizada para 
correção de poupança, FGTS, e saldo devedor de financiamentos imobiliários. 
 
O valor da TR é de responsabilidade do Banco Central do Brasil 
(BACEN). 
A TBF (Taxa Básica Financeira) é calculada pela taxa da LTN aplicando 
um fator multiplicativo fixado em 0,93. 
 
Conceito do Cálculo TR: 
 
TBF: Taxa básica Financeira 
R: Redutor 
 
 
 
 
 
 
 46 
 
2.2 COPOM – Comitê de Política Monetária 
 
Copom é um órgão constituído no âmbito do Banco Central do 
Brasil em 20 de junho de 1996, por meio da circular n° 2.698 com as finalidades 
de estabelecer às diretrizes da política monetária e definir a taxa. Tem, ainda, a 
competência específica de regular a liquidez da economia, por meio dos 
instrumentos de política monetária. 
 
É composto pela Diretoria do Banco Central. 
 
Copom é quem define a taxa de juros “Selic-Meta”, são realizadas 8 
reuniões anuais, sendo divulgado até outubro. Podem ocorrer reuniões 
extraordinárias caso seja convocada pelo Presidente do Banco Central. As 
reuniões ocorrem em dois dias (Terça e Quarta-feira), no primeiro dia são 
apresentados dados e discussões no segundo dia acontece a votação e 
definição de taxa de juros. 
 
Comportamento dos Indicadores Econômicos 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 47 
 
2.3 Conceito Básico de Finanças 
 
2.3.1 Taxa de Juro Nominal e Taxa de Juro Real 
 
Taxa de Juro Nominal: As taxas de juros nominais são aquelas em que 
a taxa de juros é um valor aparente (taxa de Juros Bruta, ou seja, a taxa de juros 
divulgada), e não representa o custo efetivo do dinheiro seja ele recebido ou 
desembolsado. 
 
Ex.: Um investimento rendeu 18% no ano. (Esta é a taxa de juros Nominal). 
 
Taxa de Juros Real: As taxas de juro real, em contrapartida levam em 
consideração a inflação e todos os demais custos envolvidos na negociação. É 
a taxa nominal dividido pela taxa de inflação do período, na qual considera 
somente o ganho real do seu investimento. 
 
Cálculo: 
 
 
 
 Ex.: Um investido, ao realizar um investimento, receberá taxas pré-
estabelecidas, investindo R$ 10 000,00 e receberá, no prazo máximo de um ano, 
o percentual de 30% de rendimento. Se a inflação do período foi de 3%. 
Determine a taxa real de juros deste investimento? 
 
Taxa Real= _1+ 0,3_ - 1 * 100 = 26,21% 
 1+ 0,03 
 
 
 
 
 48 
 
 
 
2.3.2 Taxa Equivalente Versus Taxa de Juros Proporcional 
 
Taxa Equivalente: As taxas equivalentes irão produzir um mesmo 
montante que a outra operação, porém com períodos de capitalização 
(rendimento de juros diferente da taxa original). 
No mesmo exemplo o investimento que rende 10% ao ano renderá 0,79% 
a.m. Seu principal objetivo é buscar traduzir diversos períodos de investimento 
trazendo para a avaliação de investimento a taxa que equivale a determinado 
período de investimento. 
 
Obs.: Taxa de juros equivalentes são utilizados somente em juros compostos. 
 
Fórmula: 
 
 Obs.: Não é cobrado na prova 
 
Taxa de Juros Proporcionais: Duas taxas de juros são consideradas 
proporcionais quando possuem períodos de capitalização diferente e se 
aplicadas sobre um mesmo montante inicial produzem um mesmo valor final. 
 
OBS: Somente usada em juros simples. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 49 
 
Fórmulas: 
 
Taxa de Juro Proporcional= Taxa X Período 
 
Usado quando se deseja saber de Juros Mensais para Juros Anuais, Usado de 
períodos menores para períodos Maiores. 
 
Taxa de Juro Proporcional = Taxa / Período 
 
Usado quando se deseja saber de Juros Anuais para Juros Mensais. 
Usado de Períodos Menores para Períodos Maiores. 
 
Usando o exemplo anterior de 10% anuais, teríamos o valor de 0,83% 
a.m. Usando o cálculo de (10/12= 0,83). 
 
 
2.3.3 Capitalização Simples e capitalização composta. 
 
 
Capitalização Simples: Os juros incidem somente sobre o capital 
Inicial. Sendo assim a correção e valorização irão ocorrer somente sobre o 
valor que foi aplicado. 
 
Fórmula: 
 
 
 
 50 
 
 
Ex.: Qual o valor do montante produzido por um capital de R$ 1.200,00, 
aplicado no regime de juros simples a uma taxa mensal de 2% durante 
10 meses 
 
 
 
Capitalização Composta: Os juros incidem sobre o capital acrescido os 
juros de período anterior. Famoso Juros sobre Juros. 
 
Fórmula: 
 
 
 
 
 51 
 
Ex.: Qual o montante gerado pelo capital de R$ 1.500,00 aplicados a juros 
compostos durante 6 meses, a uma taxa de 2% a.m.? 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
OBS: “PERGUNTA DE PROVA”; Os juros compostos sempre produziram 
maior resultado financeiro, visto rentabilizar juros sobre juros, a imagem abaixo 
ajuda a entender que a longo prazo os juros compostos sempre produziram 
resultados maiores que o juros simples. 
 
 
 
 
 52 
 
2.3.4 Índice de Referência (Benchmark) 
 
O Índice de Referência (Benchmark) é uma referência na qual seu 
investimentoserá corrigido ou terá sua rentabilidade acompanhada. Um exemplo 
de Benchmark é um investimento que terá o rendimento sobre a rentabilidade do 
CDI, sendo assim o CDI será o índice de referência deste investimento e ele será 
remunerado pelo CDI. 
 
 
2.3.5 Volatilidade 
 
Volatilidade é uma medida de dispersão (variação) dos retornos 
(Rentabilidade) de um título (investimento) ou índice de mercado. 
 
 Quanto maior a oscilação do preço de uma ação num determinado 
período, maior o risco de se ganhar ou perder dinheiro negociando 
esta ação, e, por isso, a volatilidade é uma medida de risco; 
 
 Quanto maior a volatilidade de investimento maior será seu risco e 
maior o retorno esperado devido a correr mais riscos; 
 
 
 
 
 
 
 
 53 
 
 
 
2.3.6 Prazo Médio Ponderado de uma carteira de Títulos 
 
O prazo médio impacta a definição de preço de um título ou carteira, 
devido aos seguintes conceitos: 
 
o Quanto maior o prazo, maior será o lucro ou a perda. O inverso é 
verdadeiro. 
o Quanto menor o prazo, menor será o lucro ou a perda. 
o O prazo, maior ou menor, define a volatilidade do investimento 
frente à oscilação da taxa de Juros. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 54 
 
2.3.7 Marcação a mercado 
 
Marcação a mercado é atualizar o valor das cotas de fundo de 
investimento ao valor de venda dos seus ativos investidos, ou seja, fazer 
refletir nas cotas do fundo os preços de mercado (ou preço de venda), o 
que pode facilitar para criar um padrão de comparação do fundo. 
Este método é realizado diariamente, trazendo a valor atual o preço 
dos fundos de investimento e atualização do valor de investimento de 
acordo com o benchmark escolhido para investimento. 
 
2.3.8 Mercado Primário e Mercado Secundário 
 
O Mercado primário e Secundário é utilizado para captar recursos que 
serão destinados a empresas e ao governo a fim de financiar suas atividades e 
dar liquidez ao mercado tanto quanto realizar a transferência de riqueza entre os 
agentes investidores. 
 
Mercado Primário: A empresa ou governo emitem títulos e valores 
mobiliários para captar “Recursos Novos” diretamente de investidores. 
(1° vez que é realizada a busca de investidores no mercado financeiro). A 
empresa ou governo recebe o dinheiro da venda dos títulos. 
 
Mercado Secundário: É composto por títulos e valores mobiliários 
previamente adquiridos no mercado financeiro via compras no mercado primário, 
ocorrendo somente a troca de titularidade. 
Obs.: Não há entrada de novos recursos, neste mercado somente ocorre 
transferência de titularidade devido à compra e venda dos títulos e valores 
mobiliários. Neste mercado ocorre a liquidez (compra e venda) gerando 
riqueza. 
 
 
 
 
 
 55 
 
 
Fluxo do dinheiro: mercado primário e secundário. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 56 
 
3. Princípios de Investimento. 
 
Este módulo equivale de 10 a 20% do conteúdo que cairá em sua prova. 
Este módulo busca apresentar o conhecimento dos princípios necessários para 
avaliação de investimentos, apresentando os conceitos necessários para que o 
profissional certificado possua o conhecimento técnico para apresentar ao 
cliente os investimentos, suas rentabilidades, risco e avaliações de forma 
correta. 
 
3.1 Principais Fatores de Análise de Investimento 
 
3.1.1 Rentabilidade Absoluta Versus Rentabilidade Relativa 
 
Rentabilidade Absoluta: É a rentabilidade nominal que se obteve no 
investimento, trata-se da rentabilidade recebida. 
 
Ex.: Um investimento rendeu 18% a.a. Esta rentabilidade trata-se da 
rentabilidade absoluta. 
 
Rentabilidade Relativa: É a rentabilidade em relação a um Benchmark 
(taxa). 
 
Ex.: Um investimento rendeu 97% do CDI. Esta rentabilidade é relativa a um 
percentual sobre os 100% de rentabilidade que o CDI obteve em determinado 
período. 
 
CDI rendeu 10% no ano. O cliente tinha um investimento que a rentabilidade 
relativa é de receber 90% do CDI (receber 90% de tudo que o CDI render), isto 
quer dizer que o cliente irá receber 90% de tudo que o CDI render, sendo assim 
o cliente irá receber 9% de rentabilidade sobre seu investimento. 
 
 
 
 
 57 
 
Rentabilidade do CDI a.a.: 10% 
Rentabilidade Relativa: 90% do CDI 
Taxa Nominal: 9% a.a. (rentabilidade recebida pelo investimento) 
 
3.1.2 Rentabilidade Esperada e Rentabilidade Observada 
 
Rentabilidade Esperada: É a rentabilidade que o investidor espera 
receber diante da sua aplicação. É uma rentabilidade relacionada com o futuro. 
 
 
Rentabilidade Observada: É a rentabilidade que foi efetivada, que já 
ocorreu. É a rentabilidade divulgada pelos fundos de investimentos e índices. 
Está relacionada com o passado. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
3.1.3 Rentabilidade Bruta Versus Rentabilidade Liquida. 
 
Rentabilidade Bruta: É a rentabilidade total a ser recebida, na qual ainda 
não foram descontados os impostos. Expressa pela rentabilidade nominal. 
 
Ex.: Um investidor obteve a rentabilidade de 5% sobre seu investimento. Esta 
Rentabilidade Bruta, visto não ter sido descontado imposto. 
RENTABILIDADE 
ESPERADA 
RENTABILIDADE 
OBSERVADA 
 PASSADO FUTURO 
 
 
 58 
 
Rentabilidade Líquida: É a rentabilidade já descontada dos impostos. É 
a rentabilidade que o investidor efetivamente irá ganhar. 
 
Ex.: Um investidor obteve a rentabilidade de 5%, porém deverá pagar 20% de 
imposto de renda, sendo assim sua rentabilidade liquida foi de 4,85%. 
 
3.1.4 Liquidez e Risco 
 
Liquidez: Este conceito é relacionado com a maior ou menor facilidade 
de negociar um ativo ou transformá-lo em dinheiro. 
 
Quanto mais fácil for transformar um ativo (investimento) em dinheiro 
maior liquidez terá o investimento. 
Quanto mais difícil for transformar um ativo (investimento) em dinheiro 
menor liquidez terá o investimento. 
 
Ex.: Um imóvel é um investimento com menor liquidez devido à maior dificuldade 
em negociar um imóvel. 
 
Risco: É a incerteza quanto ao retorno (lucro, resultado) recebido de um 
investimento ser diferente do retorno esperado. Risco também pode ser 
entendido como a combinação entre a probabilidade de ocorrência de um 
determinado evento (aleatório, futuro e independente da vontade humana) e os 
impactos (positivos ou negativos) resultantes, caso ele ocorra. 
 
 
 
 
 
 59 
 
3.2 Principais Riscos do Investidor 
 
3.2.1 Risco de Mercado 
 
O risco de mercado é relacionado com as oscilações dos “Preços” de 
um ativo (investimento) durante um determinado período de tempo. De modo 
geral é como as mudanças no preço afetam o seu investimento de forma 
negativa. O conceito de risco de mercado está diretamente ligado a volatilidade 
(variação) do preço de um ativo (investimento). 
 
 Quanto maior a volatilidade (oscilação) do preço de um ativo, 
maior será seu risco de mercado. 
 Quanto menor a volatilidade (oscilação) do preço de um ativo 
menor será seu risco de mercado. 
 
 
Figura: Investimento com muita volatilidade (Maior Risco de Mercado)

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