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zz 2 Sumário Introdução 1. Sistema Financeiro Nacional e Participantes do Mercado ..................................... 8 1.1 Funções Básicas. ........................................................................................... 8 1.2 Estrutura do Sistema Financeiro Nacional ...................................................... 9 1.2.1 Conselho Monetário Nacional – CMN ...................................................... 9 1.2.2 Banco Central do Brasil – BACEN ......................................................... 11 1.2.3 Comissão de Valores Mobiliários – CVM ............................................... 13 1.2.4 Superintendência de Seguros Privados – SUSEP ................................. 15 1.2.5 Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de capitais - ANBIMA. ............................................................................................... 16 1.2.5.1 Papel da ANBIMA. ............................................................................. 16 1.2.5.1.1 Padrões de Conduta ..................................................................... 23 1.2.5.2 Código Anbima de Regulação e Melhores Práticas de Distribuição de Investimento no Varejo. .................................................................................... 24 1.2.5.2.1 Objetivo ........................................................................................ 24 1.2.5.2.2 Princípios gerais. .......................................................................... 26 1.2.5.2.3 Da publicidade e divulgação dos produtos de investimento. ......... 26 1.2.6 Principais Intermediários Financeiros .................................................... 30 1.2.6.1 Banco Comercial ................................................................................ 30 1.2.6.2 Banco de Investimento ....................................................................... 31 1.2.6.3 Banco Múltiplo ................................................................................... 33 1.2.7 Outros Intermediários ou Auxiliares Financeiros .................................... 33 1.2.7.1 B3 S/A: Bolsa, Balcão e BM&F Bovespa. ........................................... 33 1.2.7.2 Corretoras e Distribuidoras de Títulos e Valores Mobiliários. ............. 34 1.2.9 Sistema de Pagamentos Brasileiros – SPB ........................................... 37 2. Noções de Economia e Finanças ........................................................................ 38 2.1 Conceitos Básicos de Economia ................................................................... 38 2.1.1 PIB ........................................................................................................ 38 2.1.2 IPCA ...................................................................................................... 39 2.1.3 IGP-M e IGP-DI ..................................................................................... 40 2.1.4 Taxa de Câmbio .................................................................................... 41 2.1.5 Taxa Selic (over e meta) ........................................................................ 43 3 2.1.6 Taxa DI / CDI ......................................................................................... 45 2.1.7 Taxa TR ................................................................................................. 45 2.2 COPOM – Comitê de Política Monetária ....................................................... 46 2.3 Conceito Básico de Finanças ....................................................................... 47 2.3.1 Taxa de Juro Nominal e Taxa de Juro Real ........................................... 47 2.3.2 Taxa Equivalente Versus Taxa de Juros Proporcional ........................... 48 2.3.3 Capitalização Simples e capitalização composta. .................................. 49 2.3.4 Índice de Referência (Benchmark) ......................................................... 52 2.3.5 Volatilidade ............................................................................................ 52 2.3.6 Prazo Médio Ponderado de uma carteira de Títulos .............................. 53 2.3.7 Marcação a mercado ............................................................................. 54 2.3.8 Mercado Primário e Mercado Secundário .............................................. 54 3. Princípios de Investimento. .................................................................................. 56 3.1 Principais Fatores de Analise de Investimento .............................................. 56 3.1.1 Rentabilidade Absoluta Versus Rentabilidade Relativa .......................... 56 3.1.2 Rentabilidade Esperada e Rentabilidade Observada ............................. 57 3.1.3 Rentabilidade Bruta Versus Rentabilidade Liquida. ............................... 57 3.1.4 Liquidez e Risco .................................................................................... 58 3.2 Principais Riscos do Investidor ..................................................................... 59 3.2.1 Risco de Mercado .................................................................................. 59 3.2.2 Risco de Mercado Externo ..................................................................... 60 3.2.3 Risco de Crédito .................................................................................... 60 3.2.4 Risco de Liquidez .................................................................................. 61 3.3 Fatores Determinantes para adequação dos produtos de investimentos as necessidades dos investidores ................................................................................ 62 3.3.1 Objetivo do investidor e horizonte de investimento ................................ 62 3.3.2 Risco Versus Retorno ............................................................................ 63 3.3.3 Diversificação, Risco Sistemático e não sistemático .............................. 64 3.3.4 Conceito de orçamento pessoal e Familiar. ........................................... 65 3.3.5 Patrimônio Líquido (Ativos e Passivos). Índice de endividamento .......... 66 4. Instrumentos de Renda Variável e Renda Fixa .................................................... 67 4.1 Ações ........................................................................................................... 67 4.1.1 Oferta pública de ações (IPO) e conceitos sobre ações. ....................... 68 4.1.2 Despesas incorridas na negociação com ações: ................................... 73 4.1.3 Tributação: ............................................................................................ 73 4.1.4 LCI- Letra de Crédito Imobiliário ............................................................ 76 4 4.1.5 LCA ....................................................................................................... 77 4.1.6 Caderneta de poupança ........................................................................ 78 4.1.7 CDB – Certificado de Depósito Bancário ............................................... 79 4.1.8 Debêntures e Debêntures Incentivadas ................................................. 81 4.1.8.1 Garantias debêntures ......................................................................... 82 4.1.8.2 Tributação .......................................................................................... 83 4.1.8.3 Debêntures Incentivadas ....................................................................85 4.1.9 Títulos Públicos ..................................................................................... 86 4.1.9.1 Principais Títulos públicos e sua Característica ................................. 87 4.1.10 . Operações Compromissadas .............................................................. 95 5. COMPLIANCE LEGAL, ÉTICA E ANÁLISE DO PERFIL DO INVESTIDOR ......... 97 5.1 Ética. ............................................................................................................ 97 5.1.1. Definições .............................................................................................. 98 5.1.2. Objetivo ............................................................................................... 100 5.1.3. Princípios Gerais ................................................................................. 100 5.1.4. Segurança e Sigilo das Informações ................................................... 101 5.1.5. Material Publicitário ............................................................................. 102 5.1.6. Material Técnico .................................................................................. 102 5.1.7. Avisos Obrigatórios.............................................................................. 103 5.1.8. Divulgação de Informações via Site ..................................................... 103 5.1.9. Conheça seu Cliente ........................................................................... 104 5.1.10. Suitability ............................................................................................. 105 5.1.11. Selo ANBIMA ....................................................................................... 106 5.2 Prevenção a Lavagem de Dinheiro ............................................................. 107 5.2.1 Identificação dos clientes ..................................................................... 107 5.2.2 Fases da lavagem de dinheiro ............................................................. 108 5.2.3 Pena .................................................................................................... 110 5.2.4 Comunicação ao COAF. ...................................................................... 111 5.3 COAF – Conselho de Controle de Atividades Financeiras .......................... 112 5.4 Ética na Venda ........................................................................................... 112 5.5 Análise do perfil do investidor. .................................................................... 113 6. FUNDO DE INVESTIMENTO E FUNDO DE INVESTIMENTO EM COTAS ....... 117 6.1. Características Fundos de Investimento ............................................. 117 6.2. Registro dos fundos .................................................................................... 119 6.3. Assembleia geral de cotistas (Competências e Deliberações) .................... 120 6.3.1. Convocação da Assembleia ................................................................ 121 5 6.3.2. Assembleia Geral Ordinária (AGO) e Assembleia Geral Extraordinária (AGE) 122 6.3.3. Direitos e obrigações dos condôminos. ............................................... 122 6.4. Informações relevantes (Disclaimers) ......................................................... 124 6.5. Obrigações dos Administrador de um fundo de investimento ..................... 125 6.6. Regras gerais sobre divulgação de informação: ......................................... 125 6.7. Segregação de funções e responsabilidades: ............................................. 126 6.8. Tipos de fundos: ......................................................................................... 127 6.9. Tipos de Taxas ........................................................................................... 129 6.10. Despesas ................................................................................................ 130 6.11. Documentos dos fundos .......................................................................... 130 6.12. Gestão de Recursos ............................................................................... 135 6.13. Investidores qualificados ......................................................................... 137 6.14. Investidores profissionais ........................................................................ 138 6.14. Tributação em Fundos de Investimento ........................................................ 138 6.15. PRINCIPAIS MODALIDADES DE FUNDOS DE INVESTIMENTO .......... 139 6.15.1. FUNDOS DE RENDA FIXA ................................................................. 139 6.14.2. FUNDO DE RENDA FIXA DE CURTO PRAZO ................................... 140 6.15.2. FUNDOS DE RENDA FIXA REFERENCIADOS .................................. 141 6.15.3. FUNDOS DE RENDA SIMPLES .......................................................... 142 6.15.4. FUNDOS DE RENDA FIXA DE DIVIDA EXTERNA ............................. 143 6.15.5. FUNDO CAMBIAL ............................................................................... 144 6.15.6. . FUNDO DE AÇÕES .......................................................................... 145 6.15.7. FUNDOS MULTIMERCADOS ............................................................. 146 6.15.8. FUNDO DE CRÉDITO PRIVADO - NORMAS RELATIVAS À CONCENTRAÇÃO EM CRÉDITOS PRIVADOS ................................................ 146 6.15.9. FUNDO DE INVESTIMENTO EM COTAS DE FUNDOS DE INVESTIMENTO ................................................................................................ 147 6.15.10. Come-Cotas ..................................................................................... 148 6.16. RESUMÃO FUNDOS DE INVESTIMENTO ............................................. 150 7. PREVIDÊNCIA COMPLEMENTAR ABERTA: PGBL E VGBL ........................... 152 7.1. PREVIDÊNCIA SOCIAL X PREVIDÊNCIA PRIVADA ................................. 152 7.2. CARACTERÍSTICAS TÉCNICAS QUE INFLUENCIAM O PRODUTO ....... 152 7.3. PLANO GERADOR DE BENEFÍCIOS LIVRES (PGBL) .............................. 155 7.4. VIDA GERADOR DE BENEFÍCIOS LIVRES(VGBL) ................................... 155 7.5. Regimes de Tributação (Imposto de Renda)............................................... 157 6 Módulo Adicional – Tributação ........................................................................... 159 Tributação em “Fundo de Investimento” ............................................................ 159 A ÚNICA exceção para esta regra são os fundos que possuem a sistemática do “COME-COTAS”, na qual irá ocorrer a cobrança 15% ou 20% anualmente, cobrados semestralmente (Maio e Novembro) e esta cobrança irá afetar a quantidade de cotas, reduzindo a quantidade de cotas. .................................... 159 O único fundo que não cobra IOF, é o fundo de ações, os demais seguem a regra de cobrança para resgates até 29 dias. ............................................................. 159 Investimentos Isentos de IMPOSTO de RENDA para pessoa física (Renda Fixa): ................................................................................................................. 160 LCI; ............................................................................................................. 160 LCA; ........................................................................................................... 160 Poupança (isento para pessoa física e jurídica sem fins lucrativos); ........... 160 Debêntures incentivadas ............................................................................160 Tributação de IMPOSTO de RENDA para pessoa física (Renda Fixa) .............. 160 Tabela Regressiva ............................................................................................. 160 IOF: Fica isento após 30 dias da data da aplicação ........................................... 161 Tributação em compra e venda de Ações .......................................................... 161 Ex.: Investidor teve prejuízo de R$ 10.000,00 no mês anterior, porém neste mês ele ganhou R$ 10.000,00, este investidor está isento do pagamento do imposto de renda. ................................................................................................................ 162 Tributação em Previdência Privada ................................................................... 163 7 Introdução Este material foi desenvolvido para você que deseja mudar sua vida e carreira. Voltado para a certificação CPA-10 Anbima o mesmo busca aliar o conteúdo com a prática oferecendo conteúdo dinâmico desenvolvido através do programa detalhado da Certificação Anbima CPA-10. O conteúdo do material busca aliar o melhor conteúdo bibliográfico para te apoiar no alcance da sua certificação. Material Atualizado com o conteúdo 01/07/2019. A prova da CPA-10 é desenvolvida com 50 questões, com total de 2 horas de prova. A estrutura da prova é extremamente conceitual, sendo assim não é necessário realizar cálculos na prova sendo somente cobrado o conhecimento dos conceitos apresentados neste material. É necessário obter 70% dos acertos para ser profissional Anbima CPA-10, sendo assim são necessários 35 questões corretas para alcançar a sua certificação, na qual possui vigência de 5 anos (para funcionário de instituição participante da Anbima) e 3 anos (para não funcionários de instituição participante Anbima). Abaixo segue o site para inscrição: http://www.anbima.com.br/pt_br/educar/quero-me-certificar/inscricao.htm O valor da prova é de: Funcionário de instituição Associada: R$ 260,50. Não Funcionário de Instituição Associada: R$ 313,00. A prova é dividida nos seguintes percentuais por conteúdo conforme abaixo: 8 1. Sistema Financeiro Nacional e Participantes do Mercado Este módulo equivale de 5 a 10% do conteúdo que cairá em sua prova. Este módulo busca apresentar o conhecimento do Sistema Financeiro Nacional mostrando as principais instituições que participam da construção e estrutura do mercado financeiro nacional e quais são suas atribuições e seu impacto no contexto brasileiro. 1.1 Funções Básicas. O Mercado Financeiro é o sistema que intermédia os recursos de agentes superavitários (que possuem recursos para aplicação) e os agentes deficitários (que necessitam de dinheiro para empréstimo). Este sistema é composto de diversas instituições financeiras de intermediação (Banco Múltiplo, Banco de Investimento, Banco Comercial, Bolsa de Valores, Corretoras e Distribuidoras), Instituições de prestação de serviço de gerenciamento de recursos (Cetip, Selic, Bm&F Bovespa), Instituições governamentais normativas e fiscalizadoras (CMN, Bacen, CVM e Susep) e instituições acessórias (Anbima) na qual exercem papel fundamental para o seu correto funcionamento. 9 Figura: Função Básica do Mercado Financeiro 1.2 Estrutura do Sistema Financeiro Nacional 1.2.1 Conselho Monetário Nacional – CMN Instituição máxima do Sistema Financeiro Nacional na qual é sua principal função é: “Fixar as diretrizes e normas da Política Cambial, Monetária (Controla Quantidade de moeda em circulação e taxa de juros) e de Crédito, compra e venda de ouro” Obs.: É o órgão que determina a Meta para INFLAÇÃO (IPCA – Índice de Preço do Consumidor Amplo) O CMN é um órgão Normativo, sendo assim ele determina o funcionamento do mercado financeiro. Sua atribuição é comandar o mercado, sendo assim é uma instituição financeira que não exerce EXECUÇÃO de atividades. O CMN em si somente determina o que as demais instituições irão seguir e adotar. 10 Dica: Nas questões o CMN é sempre ligado a verbos de comando. Ex.: Determinar, Regulamentar, Fixar, Disciplinar. As demais funções do CMN de acordo com a LEI 4.595 são: Aprovar os orçamentos monetários, preparados pelo Banco Central do Brasil, por meio dos quais se estimarão as necessidades globais de moeda e crédito; Fixar as diretrizes e normas da política cambial, inclusive quanto à compra e venda de ouro e quaisquer operações em Direitos Especiais de Saque e em moeda estrangeira; Disciplinar o crédito em todas as suas modalidades e as operações creditícias em todas as suas formas, inclusive aceites, avais e prestações de quaisquer garantias por parte das instituições financeiras; Coordenar sua própria política com a política de investimentos do Governo Federal; Regular a constituição, funcionamento e fiscalização das atividades de instituições monetárias, bancárias e creditícias, bem como a aplicação das penalidades previstas; Limitar, sempre que necessário, as taxas de juros, descontos, comissões e qualquer outra forma de remuneração de operações e serviços bancários ou financeiros, inclusive os prestados pelo Banco Central do Brasil, assegurando taxas favorecidas aos financiamentos que se destinem a promover atividades rurais; Disciplinar os instrumentos de política monetária e cambial; Autorizar emissões de papel moeda, para adequar o volume de pagamentos as necessidades da economia nacional; Regular o valor interno da moeda, para tanto prevenindo ou corrigindo os surtos inflacionários ou deflacionário de origem interna ou externa, as depressões econômicas e outros desequilíbrios oriundos de fenômenos conjunturais; 11 A composição de membros do CMN é escolhida pelo Presidente da República e são administradas pelos seguintes Membros: Ministro da Fazenda (presidente do conselho); Secretário Especial da Fazenda do Ministério da Economia; Presidente do Banco Central do Brasil (BACEN); DICA IMPORTANTÍSSIMA: O CMN é uma instituição que MANDA, REGULA, DETERMINA as regras no mercado financeiro. Ela não EXECUTA nenhuma função. 1.2.2 Banco Central do Brasil – BACEN O Banco Central é a Instituição Governamental na qual é responsável pelo: “Controle da inflação, atua para regular a quantidade de moeda na economia buscando a estabilidade nos preços (controle de inflação). Instituição também responsável pela regulação e supervisão das demais instituições Financeiras no País”. OBS: O BC executa as orientações do Conselho Monetário Nacional (CMN). Além disso, conduz as políticas monetária, cambial, de crédito, e de relações financeiras com o exterior; a regulação e da supervisão do Sistema Financeiro Nacional (SFN); a administração do Sistema de Pagamentos Brasileiro (SPB) e os serviços do meio circulante. 12 Dentre as suas principais atribuições estão: Emitir papel-moeda e moeda metálica; Executar os serviços do meio circulante (Sistema de Pagamentos – SPB); Receber recolhimentoscompulsórios e voluntários das instituições financeiras; Realizar operações de redesconto e empréstimo às instituições financeiras; Regular a execução dos serviços de compensação de cheques e outros papéis; Efetuar operações de compra e venda de títulos públicos federais; Exercer o controle de crédito; Exercer a fiscalização das instituições financeiras; Autorizar o funcionamento das instituições financeiras; Estabelecer as condições para o exercício de quaisquer cargos de direção nas instituições financeiras; Vigiar a interferência de outras empresas nos mercados financeiros e de capitais; Controlar o fluxo de capitais estrangeiros no país. A composição de membros do Bacen é escolhida pelo Presidente da República e sujeita à aprovação no Senado. É administrada pelos seguintes Membros: Presidente 8 Diretores O BC é uma autarquia federal, vinculada ao Ministério da Fazenda, e foi criado pela Lei 4.595, de 31.12.1964, que estabelece as suas competências e atribuições. 13 OBS: O BC executa as orientações do Conselho Monetário Nacional (CMN). OBS: Comitê criado pelo Banco Central Chamado de COPOM (Comitê de Política Monetária) é o responsável pela “Decisão da TAXA SELIC”, taxa básica de juros do país. 1.2.3 Comissão de Valores Mobiliários – CVM A Comissão de Valores Mobiliários é uma instituição governamental que foi criada em 07/12/1976 pela Lei 6.385/76, com o objetivo: “Fiscalizar, normatizar, disciplinar e desenvolver o mercado de valores mobiliários um título de propriedade (ação) ou de crédito (obrigação), emitido por um ente público (governo) ou privado (sociedade anônima ou instituição financeira] no Brasil”. Exemplos de Valores Mobiliários: Ação, Debêntures, Cota em Fundo de Investimento, Contrato Futuro, Opções e etc. Demais Funções: • Estimular investimentos no mercado acionário, poupança, e investimentos em valores mobiliários; • Fixar e implementar as diretrizes e normas do mercado de valores mobiliário; • Assegurar o funcionamento das bolsas de valores e mercado de balcão organizado; • Proteger os titulares contra ação fraudulenta, atos ilegais e manipulação de preço; • Fiscalizar a emissão, registro, distribuição e a negociação de Títulos emitidos por Sociedade Anônimas de Capital aberto; 14 DICA: A CVM tanto executa, quanto determina e regulamenta o mercado de títulos e valores mobiliários. Propósito e Visão - CVM Fonte: Site CVM A composição de membros da CVM é escolhida pelo Presidente da República. É administrada pelos seguintes Membros: Presidente 4 Diretores A CMV é uma autarquia federal, vinculada ao Ministério da Fazenda. OBS:A CVM determina, regular, e cria regras para o mercado de valores mobiliários (investimentos), a CVM executa tarefas. É a instituição governamental que regula e executa o mercado de valores mobiliários. As leis criadas por este órgão SERÃO sempre superiores e devem ser seguidas. 15 1.2.4 Superintendência de Seguros Privados – SUSEP A SUSEP é a instituição governamental responsável pelo: “Controle e fiscalização dos mercados de seguro, previdência privada aberta, capitalização e resseguro.” Autarquia vinculada ao Ministério da Fazenda, foi criada pelo Decreto-lei nº 73, de 21 de novembro de 1966. Demais Funções da SUSEP: Fiscalizar a constituição, organização, funcionamento e operação das Sociedades Seguradoras, de Capitalização, Entidades de Previdência Privada Aberta e Resseguradores, na qualidade de executora da política traçada pelo CNSP; Atuar no sentido de proteger a captação de poupança popular que se efetua através das operações de seguro, previdência privada aberta, de capitalização e resseguro; Zelar pela defesa dos interesses dos consumidores dos mercados supervisionados; Promover o aperfeiçoamento das instituições e dos instrumentos operacionais a eles vinculados, com vistas à maior eficiência do Sistema Nacional de Seguros Privados e do Sistema Nacional de Capitalização; Promover a estabilidade dos mercados sob sua jurisdição, assegurando sua expansão e o funcionamento das entidades que neles operem; Zelar pela liquidez e solvência das sociedades que integram o mercado; Disciplinar e acompanhar os investimentos daquelas entidades, em especial os efetuados em bens garantidores de provisões técnicas; Cumprir e fazer cumprir as deliberações do CNSP e exercer as atividades que por este forem delegadas; Prover os serviços de Secretaria Executiva do CNSP. 16 A composição de membros da SUSEP é escolhida pelo Presidente da República. É administrada pelos seguintes Membros: Superintendente 4 Diretores Resumo CMN, BACEN, CVM e SUSEP 1.2.5 Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de capitais - ANBIMA. 1.2.5.1 Papel da ANBIMA. ANBIMA é uma Associação que reuni diversas empresas diferentes entre si (bancos, gestoras, corretoras, distribuidoras e administradoras) com o objetivo de reproduzir dentro de casa a pluralidade (diversidade) dos mercados. É uma instituição que conduz as melhores práticas para distribuição de investimento. 17 Obs.: O código de conduta da Anbima jamais irá se sobrepor a LEI. Sendo assim é um condigo de conduta que deve ser conduzido. A ANBIMA desenvolve quatro atividades que são: Informar; Representar; Autorregular; Educar; 18 Provedora de informações sobre os segmentos de mercado nas quais representa. Produz e divulga um conjunto de relatórios, estatísticas, estudos, rankings, referências de preços e de índices, além de uma série de ferramentas de consulta que é oferecido aos associados e ao mercado. Representa as Instituições Financeiras a eles associadas, exercendo da seguinte maneira: Promovendo o diálogo para construir propostas de aprimoramento do mercado, que são apresentadas e discutidas com o governo e com outras entidades do setor privado; Propondo boas práticas de negócios, que os associados seguem de forma voluntária; A Autorregulação é baseada em regras criadas pelo mercado, para o mercado e em favor dele. Essas regras estão nos “Códigos de Autorregulação e Melhores Práticas, que são de adesão voluntária”. O cumprimento das normas é acompanhado pela equipe técnica, que supervisiona as instituições e dá orientações de caráter educativo. A Educação é gerida em três (3) Vertentes: Capacitação dos profissionais por meio de certificações; Qualificação dos profissionais certificados por meio de educação continuada; Disseminação de conteúdo sobre educação financeira; 19 OBS: O Código Anbima se refere quanto a distribuição e negociaçãode valores mobiliários (Investimentos) de acordo com a LEI 6.385 e as regulamentações da (CVM) com o objetivo de proporcionar a adequada transparência a este mercado. SENDO ASSIM qualquer alteração na LEI que não haja alteração no Código Anbima a Lei se sobrepõe (prevalece) ao Código Anbima. A fim de garantir o equilíbrio e os controles necessários de sua atividade regulatória, a dinâmica básica da autorregulação da ANBIMA é a seguinte: (I) Os associados definem as regras: por meio dos comitês de representação, da Diretoria e de audiências públicas, os códigos são elaborados e revistos continuamente. As regras sujeitam todos os associados e qualquer instituição que voluntariamente queira aderir a elas. (II) A área técnica supervisiona: a área de Supervisão da ANBIMA é a responsável por acompanhar o mercado, inspecionando o cumprimento das regras pelas instituições participantes. Para isso, inclusive, ela dispõe do Sistema de Supervisão de Mercados (SSM), uma plataforma eletrônica por meio da qual as instituições podem gerenciar e acompanhar o status de suas obrigações com a autorregulação da ANBIMA, enviar documentos, agendar supervisões periódicas ou realizar todo o processo de adesão aos códigos de autorregulação ou filiação à ANBIMA. (III) Uma comissão especializada acompanha: cada código conta com uma comissão de acompanhamento, composta por pessoas do mercado com grande conhecimento técnico acerca da temática. Com esse conhecimento, as comissões orientam os trabalhos da área de Supervisão. (IV) Um conselho independente julga: cada código conta com um conselho misto, composto em sua minoria por profissionais ligados aos associados e, em sua maioria, por profissionais indicados por instituições do mercado externas à ANBIMA. Esse conselho é soberano na apreciação dos casos da autorregulação. 20 O Código de Regulação e Melhores Práticas está embasado em três pilares que serão abordados abaixo: Objetivo; Obrigatoriedade; Legislação; Objetivo: Estabelecer padrões, princípios e regras, na qual deverão ser observados pelas instituições participantes de maneira a buscar a permanente elevação da capacidade técnica de seus profissionais, bem como a observância de seus padrões de conduta no desempenho de suas respectivas atividades. Obrigatoriedade: Os princípios e regras deste Código será obrigatória para as instituições participantes, assim entendidas as instituições filiadas à ANBIMA (Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais), bem como as instituições que, embora não associadas, expressamente aderirem a este Código mediante a assinatura do competente termo de adesão. Obs.: As instituições participantes deverão exigir, de todos os Profissionais que exerçam atividade para a qual seja necessária a certificação pertinente, que esta seja obtida e mantida atualizada, nos termos deste Código. Legislação: O presente Código não se sobrepõe à legislação e à regulamentação vigentes, ainda que venham a ser editadas normas, após o início de sua vigência, que sejam contrárias às disposições ora trazidas. Caso haja contradição entre regras estabelecidas neste Código e normas legais ou regulamentares, a disposição deste Código deverá ser desconsiderada, sem prejuízo de suas demais regras 21 Código Anbima de Regulação e Melhores Práticas para o Programa de Certificação Continuada O objetivo do Código de Regulação e Melhores Práticas para o Programa de Certificação Continuada (Código) é estabelecer princípios e regras que deverão ser observados pelas instituições participantes, que atuam nos mercados financeiro e de capitais, de maneira a buscar a permanente elevação da capacitação técnica de seus profissionais, bem como a observância de padrões de conduta no desempenho de suas respectivas atividades. (Relação Funcionário com Mercado, Instituição Participante (Banco), Investidor). Fonte:www.anbima.com.br/data/files/92/36/9F/4D/9B7675106582A275862C16A8/Codigo_Certi ficacao_20150620_1_.pdf 22 Princípios e padrões de conduta exigidos das instituições participantes Os princípios e padrões exigidos diretamente das instituições participantes estão dispostos no art. 8º do Código de Certificação, podendo ser resumidos em: Seguir código de ética e evidenciar a adesão de seus profissionais a ele; Verificar se seus profissionais têm reputação ilibada e atestar que não tenham: a) Sido inabilitados para o exercício de cargo em instituições financeiras e demais entidades autorizadas a funcionar pelo BACEN, CVM, Superintendência Nacional de Previdência Complementar (Previc) ou Susep; b) Sofrido punição definitiva, nos últimos cinco anos, em decorrência de sua atuação como administrador ou membro de conselho fiscal de entidade sujeita a controle e fiscalização dos órgãos reguladores mencionados; Zelar pelo aperfeiçoamento de seus profissionais, fornecendo atualização profissional constante sobre práticas de mercado, produtos e regulação aplicável; Manter elevados padrões éticos, adotar práticas transparentes nas negociações e proibir práticas não equitativas e de concorrência desleal; Divulgar com clareza riscos e consequências que poderão advir dos produtos, instrumentos e modalidades operacionais disponíveis no mercado; Preservar as informações reservadas ou privilegiadas, excetuadas as hipóteses em que a sua divulgação seja exigida por lei ou tenha sido autorizada; Adotar procedimentos formais de controle, relacionados à obtenção e manutenção da certificação pertinente a todos os seus profissionais; 23 1.2.5.1.1 Padrões de Conduta Principais Padrões de Conduta em relação ao mercado (Eu com o mercado devo): Manter elevados padrões éticos na condução de todas as atividades; Conhecer e observar todas as normas, leis e regulamentos, inclusive as normas de regulação e melhores práticas Anbima; Assegurar a observância de práticas negociais e equitativas; Recusar a intermediação de investimentos ilícitos; Não contribuir para veiculação ou circulação de notícias ou informações inverídicas; Manter sigilo a respeito de informações confidências a que tenha acesso em razão de sua atividade profissional; Principais Padrões de Conduta em relação a instituição participante (Eu com a empresa que trabalho devo): Não participar de atividades independentes que compitam direta ou indiretamente com seu empregador; Informar seu empregador sobre a propriedade de quaisquer valores imobiliários ou outros investimentos que possam influenciar ou ser influenciado por sua atividade profissional; Informar seu empregador sobre quaisquer valores ou benefícios adicionais que receba; Não manifestar opinião que possa prejudicar a imagem do seu empregador; Evitar pronunciamentos a respeito de investimento sob responsabilidade de outra instituição; 24 Principais Padrões de Conduta em relação ao investidor (Eu com o investidor devo): Manter a independência e objetividade no aconselhamento de investimentos; Distinguir fatos de opiniões, pessoais ou no mercado, com relação aos investimentos aconselhados; Agir com ética e transparênciaquando houver situações de conflito de interesse com seus clientes; Informar ao cliente a possibilidade de recebimento de remuneração ou benefício pela instituição participante em razão da indicação de investimentos; Orientar o cliente sobre o investimento que pretende realizar, evitando praticas capazes de induzi-lo ao erro; 1.2.5.2 Código Anbima de Regulação e Melhores Práticas de Distribuição de Investimento no Varejo. 1.2.5.2.1 Objetivo O objetivo do presente Código de Regulação e Melhores Práticas para Atividade de Distribuição de Produtos de Investimento no Varejo (“Código”) é estabelecer, para as instituições participantes abaixo definidas, os parâmetros relativos à atividade de Distribuição de Produtos de Investimento no Varejo, com as seguintes finalidades: 25 I. Manter os mais elevados padrões éticos e consagrar a institucionalização das práticas equitativas no mercado; II. Estimular o adequado funcionamento da atividade de Distribuição de Produtos de Investimento no Varejo; III. Manter transparência no relacionamento com os investidores, de acordo com o canal utilizado e as características do produto; IV. Promover a qualificação das instituições e de seus profissionais envolvidos na atividade de Distribuição de Produtos de Investimento no Varejo; V. Comprometer-se com a qualidade da atuação na distribuição de produtos e serviços; Fonte: www.anbima.com.br/data/files/8E/B5/49/46/730D851093995C8569A80AC2/Codigo-Varejo-04- 11-16.pdf 26 1.2.5.2.2 Princípios gerais. As instituições participantes devem observar os seguintes princípios e regras no desempenho da Atividade de Distribuição de Produtos de Investimento no Varejo: I. Adotar práticas que promovam a transparência na relação com o Investidor; II. Cumprir todas as suas obrigações, devendo empregar, no exercício de sua atividade, o cuidado que toda pessoa prudente e diligente costuma dispensar à administração de seus próprios negócios, respondendo por quaisquer infrações ou irregularidades que venham a ser cometidas; III. Efetuar prévia e criteriosa análise quando contratar serviços de terceiros; IV. Evitar práticas que possam vir a prejudicar o mercado de Distribuição de Produtos de Investimento no Varejo; Neste Próximo tópico você deve se atentar as frases que são exigidas e que devem estar informadas em todos os materiais de divulgação de investimento que TODOS os bancos e corretoras que estão filiadas a ANBIMA seguir este modelo. 1.2.5.2.3 Da publicidade e divulgação dos produtos de investimento. A divulgação de publicidade e material técnico elaborado pelas instituições participantes deve obedecer às disposições da legislação, regulação e autorregulação vigente aplicável a cada produto de investimento, podendo o Conselho de Regulação e Melhores Práticas expedir diretrizes específicas sobre o tema: 27 Todo o material utilizado para publicidade dos Produtos de Investimento é de responsabilidade de quem o divulga, inclusive no que se refere à conformidade de tal material com as normas do presente Código. Caso a divulgação seja feita por um prestador de serviço, este deve obter, antes da divulgação, aprovação expressa da instituição participante. As instituições participantes devem, no que diz respeito à publicidade e divulgação de material técnico de Produtos de Investimento: I. Envidar seus melhores esforços no sentido de produzir publicidade ou material técnico adequado ao seu público-alvo, minimizando incompreensões quanto ao seu conteúdo, e privilegiando informações necessárias para a tomada de decisão; II. Buscar transparência e clareza das informações, fazendo uso de linguagem adequada ao público-alvo, no intuito de embasar a decisão do Investidor; III. Conter informações alinhadas com a documentação do produto, quando for o caso; IV. Zelar para que não haja qualificações injustificadas, superlativos não comprovados, opiniões ou previsões para as quais não exista uma base técnica, promessa, garantia de resultados futuros ou isenção de risco para o Investidor, quando isso não refletir a realidade do produto; Os Produtos de Investimento de mesma natureza podem ser comparados, desde que sejam informadas simultaneamente as datas, os períodos, a fonte das informações utilizadas, os critérios de comparação adotados e demais informações consideradas relevantes para adequada avaliação pelo Investidor dos dados comparativos divulgados. 28 É vedada a divulgação de comparativo entre Produtos de Investimento de diferentes instituições, diferentes naturezas e/ou categoria diversa. Obs: Você só pode comparar produtos de mesma característica. Se for comprar LCI você deve comparar com outra LCI. Toda publicidade, exceto aquela veiculada em rádio ou short message service (SMS), deve obedecer às seguintes regras na divulgação de avisos ao Investidor: Publicidade que não possua selo ANBIMA proveniente das regras estabelecidas para o Produto de Investimento deve adicionar aviso com a seguinte redação: ESTA INSTITUIÇÃO É ADERENTE AO CÓDIGO ANBIMA DE REGULAÇÃO E MELHORES PRÁTICAS PARA ATIVIDADE DE DISTRIBUIÇÃO DE PRODUTOS DE INVESTIMENTO NO VAREJO. Publicidade que faça referência a histórico de rentabilidade, ou menção a sua performance, deve adicionar aviso com a seguinte redação, quando aplicável: A RENTABILIDADE DIVULGADA NÃO É LÍQUIDA DE IMPOSTOS. Publicidade que mencione Produto de Investimento que não possua a garantia do Fundo Garantidor de Crédito, adicionar aviso com a seguinte redação: TRATA-SE DE UMA MODALIDADE DE INVESTIMENTO QUE NÃO CONTA COM A GARANTIA DO FUNDO GARANTIDOR DE CRÉDITO – (FGC). 29 Publicidade que divulgue simulação de rentabilidade, adicionar aviso com a seguinte redação: AS INFORMAÇÕES PRESENTES NESTE MATERIAL SÃO BASEADAS EM SIMULAÇÕES E OS RESULTADOS REAIS PODERÃO SER SIGNIFICATIVAMENTE DIFERENTES. Sem prejuízo das demais regras dispostas neste código, todo material de publicidade quando direcionado a um único Produto de Investimento deve possuir o seguinte conteúdo mínimo sobre o produto: I. Público-alvo; II. Classificação de risco. (Conservador, Moderado, Agressivo) III. Características do produto; IV. Informações sobre os canais de atendimento; V. Endereço para o portal de educação financeira da ANBIMA “Como Investir” (www.comoinvestir.com.br) e/ou portal de educação financeira da instituição participante, quando se tratar de material de publicidade disponibilizado na internet; 30 1.2.6 Principais Intermediários Financeiros 1.2.6.1 Banco Comercial Os bancos comerciais são instituições financeiras privadas ou públicas que têm como objetivo principal proporcionar suprimento de recursos necessários para financiar (emprestar), a curto e médio prazo, o comércio, a indústria, as empresas prestadoras de serviços, as pessoas físicas e terceiros em geral. A captação de depósitosà vista (conta corrente), livremente movimentáveis, e empréstimo de dinheiro é atividade típica do banco comercial. Deve ser constituído sob a forma de sociedade anônima e na sua denominação social deve constar a expressão "Banco". (Resolução CMN 2.099, de 1994). Figura: Função Básica do Banco comercial 31 Para melhor entendimento dos participantes do Banco Comercial: Agente superavitário: Cliente/Investidor que possui dinheiro disponível buscando ganhar com investimentos; Instituição financeira: O BANCO na qual irá realizar esta intermediação; Agente Deficitário: Cliente que procura o banco em busca de empréstimo; Neste contexto o banco utiliza o dinheiro do agente superavitário e empresta para o agente deficitário cobrando juros maiores em relação os rendimentos pagos aos agentes superavitários. Esta diferença é chamada de “spread” e este é o lucro das instituições financeiras. 1.2.6.2 Banco de Investimento Os bancos de investimento são instituições financeiras privadas especializadas em operações de participação societária de caráter temporário, de financiamento da atividade produtiva para suprimento de capital fixo e de giro e de administração de recursos de terceiros. Devem ser constituídos sob a forma de sociedade anônima e adotar, obrigatoriamente, em sua denominação social, a expressão "Banco de Investimento". Não possuem contas correntes e captam recursos via depósitos a prazo (conta de Investimento), repasses de recursos externos, internos e venda de cotas de fundos de investimento por eles administrados. As principais operações ativas são financiamento de capital de giro e capital fixo, subscrição ou aquisição de títulos e valores mobiliários, depósitos interfinanceiros e repasses de empréstimos externos (Resolução CMN 2.624, de 1999). 32 Figura: Função Básica do Banco de Investimentos Para melhor entendimento dos participantes do banco de investimento: Agente superavitário: Cliente/Investidor que possui dinheiro disponível buscando ganhar com investimentos; Instituição financeira: O BANCO na qual irá realizar esta intermediação; Agente Deficitário: Empresa que busca dinheiro emprestado junto a investidores; Neste contexto o banco utiliza o dinheiro do agente superavitário e repassa a empresa que deseja o dinheiro emprestado. Com isto a empresa cria uma dívida com o investidor que deverá ser paga a fim de garantir investidores disponíveis a financiar as atividades da empresa. Obs.: Nesta modalidade o investidor não é sócio da empresa. Nesta situação ele empresta dinheiro a empresa e a mesma deverá pagar o que foi emprestado mais os juros que serão a remuneração do investidor. 33 1.2.6.3 Banco Múltiplo Os bancos múltiplos são instituições financeiras privadas ou públicas que realizam as operações ativas, passivas e acessórias das diversas instituições financeiras, por intermédio das seguintes carteiras: Comercial, de investimento e/ou de desenvolvimento, de crédito imobiliário, de arrendamento mercantil e de crédito, financiamento e investimento. OBS: O banco múltiplo deve ser constituído com, no mínimo, duas carteiras, sendo uma delas, obrigatoriamente, comercial ou de investimento, e ser organizado sob a forma de sociedade anônima. Essas operações estão sujeitas às mesmas normas legais e regulamentares aplicáveis às instituições singulares correspondentes às suas carteiras. A carteira de desenvolvimento somente poderá ser operada por banco público. As instituições com carteira comercial podem captar depósitos à vista. Na sua denominação social deve constar a expressão "Banco" (Resolução CMN 2.099, de 1994). OBS: Deve possuir UM CNPJ para cada Carteira. Podendo publicar um balanço único. 1.2.7 Outros Intermediários ou Auxiliares Financeiros 1.2.7.1 B3 S/A: Bolsa, Balcão e BM&F Bovespa. É a empresa onde ocorrem as operações (compra e venda) de ações, Derivativos, Commodities, Balcão, Operações Estruturadas. É a instituição que permite que corretoras enviem ordem de compra e venda de seus clientes a fim de ocorrer a transacionalidade neste segmento do mercado financeiro. 34 As negociações são realizadas no Pregão Eletrônico (Bovespa) e Via Internet, com intermédio do Home Broker das Corretoras. Na Bolsa, o investidor que deseja comprar uma ação deverá procurar sua corretora que emite uma ordem de compra para a bolsa, assim a bolsa divulga esta informação ao mercado. Após esta divulgação a bolsa procura alguma corretora que tenha enviado ordem de venda de algum investidor que aceite vender pelo preço que o comprador esteja disposto a comprar. Após a finalização desta transação se cria a negociação no mercado. 1.2.7.2 Corretoras e Distribuidoras de Títulos e Valores Mobiliários. São empresas especializadas e autorizadas pela CVM que intermediam a compra, venda e distribuição de valores mobiliários através de ordem de terceiros (clientes investidores). Visto a impossibilidade de o investidor realizar compra e venda de títulos e valores mobiliários diretamente na bolsa, a corretora e distribuidora possui extrema importância para continuidade deste mercado sendo obrigatório o envio de ordem de compra e venda por Empresas “Corretoras e Distribuidoras” de valores mobiliários, na qual cobram corretagem e comissões por este tipo de serviço. Estas empresas devem ser constituídas sob forma de S/A (Sociedade Anônima). De acordo com a decisão do BACEN e CVM do dia 17/03/2009, foi definido que não há diferença na área de atuação entre Corretora de Valores e Distribuidora de Valores. 35 Considerações importantes sobre estas empresas: Uma corretora pode atuar por conta própria; Pode atuar como agente Fiduciário (pode representar os investidores garantindo seus interesses); Sua principal função é dar liquidez e segurança ao mercado acionário; Podem administrar fundos e clubes de investimento; Podem Intermediar operações com câmbio (compra e venda de moeda estrangeira); 1.2.8 Sistemas e Câmeras de Liquidação e Custódia (Clearing House) A Clearing House (câmara de compensação) é responsável pelo registro de todas as operações realizadas, acompanhamento das posições mantidas, compensação financeira dos fluxos e liquidação dos contratos. Obs: Quando ocorre a negociação (compra e venda) de algum título ou valor mobiliário, a Clearing House irá fazer o registro da operação garantindo a troca de titularidade de determinado investimento. Esta é uma garantia da Clearing House. Sua principal função no mercado financeiro é diminuir (mitigar) o risco de liquidação (garantir que seja transferido os recursos de quem comprou para quem vendeu). No Brasil há três Clearing House que serão descritas abaixo: SELIC: é responsável pelas operações, acompanhamento de posições mantidas, compensação financeira e liquidação dos contratos financeiros de “TÍTULOS PÚBLICOS FEDERAIS” (LFT, LTN, NTN-B,NTN-B Principal, NTN-F) 36 CETIP: é responsável pelas operações, acompanhamento de posições mantidas,compensação financeira e liquidação dos contratos financeiros de “TÍTULOS PRIVADOS”: o Títulos privados: Derivativos (Termo, Futuros, Swaps e opções); o Renda Fixa: (CDB, RDB, LF, DI); o Títulos Agrícolas: (CPR, CRA E LCA); o Títulos de Crédito: (CCB); o Títulos Imobiliários: (CCI, CRI, LCI); o Valores Mobiliários (Debêntures e NC) e Cotas de fundos de investimento. BM&F BOVESPA: é responsável pelas operações, acompanhamento de posições mantidas, compensação financeira e liquidação dos contratos financeiros de “AÇÕES e demais operações realizadas no mercado BM&F Bovespa (á vista, Derivativos, balcão organizado e renda fixa privada)”. Fluxograma da Clearing House INVESTIDOR BANCO/ CORRETORA CLEARING HOUSE 37 1.2.9 Sistema de Pagamentos Brasileiros – SPB O Sistema de Pagamentos Brasileiro (SPB) compreende as entidades, os sistemas e os procedimentos relacionados com o processamento e a liquidação de operações de transferência de fundos, de operações com moeda estrangeira ou com ativos financeiros e valores mobiliários. São integrantes do serviço do SPB Compensação de cheques; Compensação e liquidação de ordens eletrônicas de débito e de crédito; Transferência de fundos e de outros ativos financeiros; Compensação e liquidação de operações com títulos e valores mobiliários; Compensação e liquidação de operações realizadas em bolsas de mercadorias e de futuros e outras entidades; Esses fatos possibilitaram a redução dos riscos de liquidação nas operações interbancárias, com consequente redução também do risco sistêmico, isto é, o risco de que a quebra de uma instituição financeira provoque a quebra em cadeia de outras, no chamado "efeito dominó". 38 2. Noções de Economia e Finanças Este módulo equivale de 5 a 10% do conteúdo que cairá em sua prova. Este módulo busca apresentar o conhecimento dos principais indicadores econômicos utilizados no contexto nacional e conceitos básicos de finanças na qual irá te apoiar no entendimento e avaliação de investimentos. Obs.: Será cobrado somente os conceitos. Não há cobrança de cálculo na prova. 2.1 Conceitos Básicos de Economia INDICADORES DE PRODUÇÃO 2.1.1 PIB O PIB (Produto Interno Bruto) é a soma de TODOS OS BENS E SERVIÇOS “Finais” PRODUZIDOS EM UM PAÍS durante certo período. É um indicador que mede a capacidade produtiva e de geração de riqueza de um país, visto ele indicar todos os produtos e serviços produzidos em determinado país. Ex: Por exemplo, se você produziu um armário e vendeu por R$ 50,00, sabendo que precisou comprar madeira a R$ 10,00 mais as tintas R$ 20,00, neste caso a participação da indústria foi de R$ 30,00 e você que transformou o armário contribuiu com mais R$ 20,00 para o PIB do seu País. O índice só considera os bens e serviços finais, de modo a não calcular a mesma coisa duas vezes. A matéria-prima usada na fabricação não é considerada. 39 Conceito do Cálculo do PIB: NX (Exportação Líquida) = Exportação – Importação Obs.: No cálculo do PIB tudo é soma. Exemplo de como calcular o PIB INDICADORES DE INFLAÇÃO 2.1.2 IPCA O IPCA é o índice de inflação ou deflação oficial Brasileiro e é medido pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). Abaixo seguem algumas características do IPCA: o O órgão que determina a meta do IPCA é o Conselho Monetário Nacional. o Este índice é divulgado mensalmente pelo IBGE. o Seu Cálculo abrange as famílias com rendimentos mensais entre 1 e 40 Salários Mínimos e que sejam residentes nas regiões metropolitanas de Belém, Fortaleza, Recife, Salvador, Belo Horizonte, Rio de Janeiro, São Paulo, Curitiba, Porto Alegre, Brasília e Município de Goiânia. 40 Participação Percentual no Cálculo do IPCA 2.1.3 IGP-M e IGP-DI É um indicador que mede a variação dos preços, possui o mesmo conceito do IPCA, porém é medido pela FGV – Fundação Getúlio Vargas, porém não é o índice de inflação Oficial do Brasil. O IGM-M e IGP-DI é divulgado mensalmente. Este índice é muito utilizado para correção do preço de alugueis e contratos em geral. Para cálculo do IGP é utilizado à seguinte métrica: 60% do IPA (Índice de Preços por Atacado) 30% do IPC (Índice de Preço ao Consumidor) 10% do INCC (Índice Nacional de Custo Construção Civil) Dica: Para gravar o percentual utilizar a seguinte pergunta: 60% do IP é a primeira letra do alfabeto, sendo assim 60% esta o IPA. 30% é o IP e a próxima letra no alfabeto, sendo assim IPC. E os demais 10% é o INCC que sobrou. Obs: A principal diferença entre o IGP-M e o IGP-DI é nas datas de cálculo do índice. 41 IGP-DI: É medido entre o 1° (primeiro) e último dia do mês. IGP-M: É medido entre o 21° dia do mês anterior ao 20° dia do mês atual. Câmbio (Moeda Estrangeira) 2.1.4 Taxa de Câmbio Taxa de Câmbio é uma relação entre moedas de dois países que resulta no preço de uma delas medido em relação à outra. Ex: O preço do dólar esta R$ 3,50, quer dizer que 1 Dólar é equivalente a R$ 3,50, para trocar o Real pelo Dólar é necessário possuir R$ 3,50. Mas, além de expressar quantitativamente a condição de troca entre duas moedas, a taxa de câmbio expressa às relações de troca entre dois países. Um dos fatores que afetam o preço da taxa de Câmbio é a Balança de Pagamentos, na qual é um instrumento da contabilidade nacional referente à descrição das relações comerciais de um país com o resto do mundo. Registra o total de dinheiro (moeda estrangeira) que entra e sai de um país, na forma de: Importações e exportações de produtos; Serviços; Capital Financeiro; Transferências comerciais; Taxa Ptax: é a taxa expressa de fechamento (diário, mensal, semestral, e etc) do câmbio. É divulgada diariamente e mensalmente pelo Banco Central (Taxa de fechamento, mensal, diária e etc.). Taxa relacionada ao passado. Taxa Spot: é a taxa de câmbio no mercado a vista (taxa expressa quando você decide comprar os dólares dentro do horário de funcionamento deste mercado). Taxa relacionada ao presente. 42 Conceito de valorização do Dólar Sendo assim quando há uma saída muito expressiva de dólares no Brasil através do envio de dinheiro ao exterior, ocorrerá um aumento no preço do Dólar em relação ao Real. Quando há uma entrada muito expressiva de dólares no Brasil através do recebimento de dinheiro do exterior, ocorrerá uma diminuição do preço do Dólar em relação ao Real. 43 Figura: Impactos do Dólar INDICADORES DE TAXA DE JUROS 2.1.5 Taxa Selic (over e meta) Taxa Selic Meta: é a taxa expressa e decida pelo COPOM a fim de controlar a inflação medidapelo IPCA. A taxa Selic meta é quem regula a taxa Selic Over, como as demais taxas de juros de toda economia como exemplo da taxa CDI, DI. Taxa Selic Over: É a taxa de juros interbancária (entre um banco e outro) usando como garantia os títulos públicos emitidos pelo tesouro nacional. Esta taxa também recebe o nome de Taxa Selic Overnight, uma vez que os empréstimos entre um banco e outro são feitos por períodos de curtíssimo prazo (1 dia). O termo overnight significa exatamente operações financeiras com prazo de 1 dia. Para manter o saldo dos depósitos compulsórios de acordo com o estabelecido pelo Banco Central, os bancos são obrigados a fazer empréstimos com outros bancos dando em garantia títulos do tesouro nacional. A garantia 44 aqui funciona da mesma maneira que um financiamento imobiliário, nele você usa o imóvel como garantia até liquidar o financiamento, os bancos usam os títulos adquiridos do Banco central como garantia. Diante das explicações dos conceitos de Taxa Selic Meta e Taxa Selic Over, abaixo será apresentado como funciona na pratica. O Copom decide a taxa de Juros Selic, e assim esta taxa é utilizada como parâmetro para formar de remuneração da taxa CDI e Taxa Selic Over. A afirmação acima é comprovada com a correlação existente entre a Taxa Selic e o CDI. Os dois possuem quase sem distorções a mesma Taxa. 0.00% 5.00% 10.00% 15.00% SELIC CDI 45 2.1.6 Taxa DI / CDI Taxa DI: é uma das taxas de juros praticadas nos empréstimos entre instituições financeiras. Todos os dias, bancos que ficam com o caixa negativo podem recorrer ao mercado interbancário para fazer empréstimos com os bancos que têm sobra de caixa. Isso ocorre porque as instituições financeiras não podem terminar o dia com caixa negativo. Trata-se de uma medida de segurança, para manter o sistema financeiro saudável e estável. 2.1.7 Taxa TR Taxa Referencial é a taxa básica de nossa economia e é utilizada para correção de poupança, FGTS, e saldo devedor de financiamentos imobiliários. O valor da TR é de responsabilidade do Banco Central do Brasil (BACEN). A TBF (Taxa Básica Financeira) é calculada pela taxa da LTN aplicando um fator multiplicativo fixado em 0,93. Conceito do Cálculo TR: TBF: Taxa básica Financeira R: Redutor 46 2.2 COPOM – Comitê de Política Monetária Copom é um órgão constituído no âmbito do Banco Central do Brasil em 20 de junho de 1996, por meio da circular n° 2.698 com as finalidades de estabelecer às diretrizes da política monetária e definir a taxa. Tem, ainda, a competência específica de regular a liquidez da economia, por meio dos instrumentos de política monetária. É composto pela Diretoria do Banco Central. Copom é quem define a taxa de juros “Selic-Meta”, são realizadas 8 reuniões anuais, sendo divulgado até outubro. Podem ocorrer reuniões extraordinárias caso seja convocada pelo Presidente do Banco Central. As reuniões ocorrem em dois dias (Terça e Quarta-feira), no primeiro dia são apresentados dados e discussões no segundo dia acontece a votação e definição de taxa de juros. Comportamento dos Indicadores Econômicos 47 2.3 Conceito Básico de Finanças 2.3.1 Taxa de Juro Nominal e Taxa de Juro Real Taxa de Juro Nominal: As taxas de juros nominais são aquelas em que a taxa de juros é um valor aparente (taxa de Juros Bruta, ou seja, a taxa de juros divulgada), e não representa o custo efetivo do dinheiro seja ele recebido ou desembolsado. Ex.: Um investimento rendeu 18% no ano. (Esta é a taxa de juros Nominal). Taxa de Juros Real: As taxas de juro real, em contrapartida levam em consideração a inflação e todos os demais custos envolvidos na negociação. É a taxa nominal dividido pela taxa de inflação do período, na qual considera somente o ganho real do seu investimento. Cálculo: Ex.: Um investido, ao realizar um investimento, receberá taxas pré- estabelecidas, investindo R$ 10 000,00 e receberá, no prazo máximo de um ano, o percentual de 30% de rendimento. Se a inflação do período foi de 3%. Determine a taxa real de juros deste investimento? Taxa Real= _1+ 0,3_ - 1 * 100 = 26,21% 1+ 0,03 48 2.3.2 Taxa Equivalente Versus Taxa de Juros Proporcional Taxa Equivalente: As taxas equivalentes irão produzir um mesmo montante que a outra operação, porém com períodos de capitalização (rendimento de juros diferente da taxa original). No mesmo exemplo o investimento que rende 10% ao ano renderá 0,79% a.m. Seu principal objetivo é buscar traduzir diversos períodos de investimento trazendo para a avaliação de investimento a taxa que equivale a determinado período de investimento. Obs.: Taxa de juros equivalentes são utilizados somente em juros compostos. Fórmula: Obs.: Não é cobrado na prova Taxa de Juros Proporcionais: Duas taxas de juros são consideradas proporcionais quando possuem períodos de capitalização diferente e se aplicadas sobre um mesmo montante inicial produzem um mesmo valor final. OBS: Somente usada em juros simples. 49 Fórmulas: Taxa de Juro Proporcional= Taxa X Período Usado quando se deseja saber de Juros Mensais para Juros Anuais, Usado de períodos menores para períodos Maiores. Taxa de Juro Proporcional = Taxa / Período Usado quando se deseja saber de Juros Anuais para Juros Mensais. Usado de Períodos Menores para Períodos Maiores. Usando o exemplo anterior de 10% anuais, teríamos o valor de 0,83% a.m. Usando o cálculo de (10/12= 0,83). 2.3.3 Capitalização Simples e capitalização composta. Capitalização Simples: Os juros incidem somente sobre o capital Inicial. Sendo assim a correção e valorização irão ocorrer somente sobre o valor que foi aplicado. Fórmula: 50 Ex.: Qual o valor do montante produzido por um capital de R$ 1.200,00, aplicado no regime de juros simples a uma taxa mensal de 2% durante 10 meses Capitalização Composta: Os juros incidem sobre o capital acrescido os juros de período anterior. Famoso Juros sobre Juros. Fórmula: 51 Ex.: Qual o montante gerado pelo capital de R$ 1.500,00 aplicados a juros compostos durante 6 meses, a uma taxa de 2% a.m.? OBS: “PERGUNTA DE PROVA”; Os juros compostos sempre produziram maior resultado financeiro, visto rentabilizar juros sobre juros, a imagem abaixo ajuda a entender que a longo prazo os juros compostos sempre produziram resultados maiores que o juros simples. 52 2.3.4 Índice de Referência (Benchmark) O Índice de Referência (Benchmark) é uma referência na qual seu investimentoserá corrigido ou terá sua rentabilidade acompanhada. Um exemplo de Benchmark é um investimento que terá o rendimento sobre a rentabilidade do CDI, sendo assim o CDI será o índice de referência deste investimento e ele será remunerado pelo CDI. 2.3.5 Volatilidade Volatilidade é uma medida de dispersão (variação) dos retornos (Rentabilidade) de um título (investimento) ou índice de mercado. Quanto maior a oscilação do preço de uma ação num determinado período, maior o risco de se ganhar ou perder dinheiro negociando esta ação, e, por isso, a volatilidade é uma medida de risco; Quanto maior a volatilidade de investimento maior será seu risco e maior o retorno esperado devido a correr mais riscos; 53 2.3.6 Prazo Médio Ponderado de uma carteira de Títulos O prazo médio impacta a definição de preço de um título ou carteira, devido aos seguintes conceitos: o Quanto maior o prazo, maior será o lucro ou a perda. O inverso é verdadeiro. o Quanto menor o prazo, menor será o lucro ou a perda. o O prazo, maior ou menor, define a volatilidade do investimento frente à oscilação da taxa de Juros. 54 2.3.7 Marcação a mercado Marcação a mercado é atualizar o valor das cotas de fundo de investimento ao valor de venda dos seus ativos investidos, ou seja, fazer refletir nas cotas do fundo os preços de mercado (ou preço de venda), o que pode facilitar para criar um padrão de comparação do fundo. Este método é realizado diariamente, trazendo a valor atual o preço dos fundos de investimento e atualização do valor de investimento de acordo com o benchmark escolhido para investimento. 2.3.8 Mercado Primário e Mercado Secundário O Mercado primário e Secundário é utilizado para captar recursos que serão destinados a empresas e ao governo a fim de financiar suas atividades e dar liquidez ao mercado tanto quanto realizar a transferência de riqueza entre os agentes investidores. Mercado Primário: A empresa ou governo emitem títulos e valores mobiliários para captar “Recursos Novos” diretamente de investidores. (1° vez que é realizada a busca de investidores no mercado financeiro). A empresa ou governo recebe o dinheiro da venda dos títulos. Mercado Secundário: É composto por títulos e valores mobiliários previamente adquiridos no mercado financeiro via compras no mercado primário, ocorrendo somente a troca de titularidade. Obs.: Não há entrada de novos recursos, neste mercado somente ocorre transferência de titularidade devido à compra e venda dos títulos e valores mobiliários. Neste mercado ocorre a liquidez (compra e venda) gerando riqueza. 55 Fluxo do dinheiro: mercado primário e secundário. 56 3. Princípios de Investimento. Este módulo equivale de 10 a 20% do conteúdo que cairá em sua prova. Este módulo busca apresentar o conhecimento dos princípios necessários para avaliação de investimentos, apresentando os conceitos necessários para que o profissional certificado possua o conhecimento técnico para apresentar ao cliente os investimentos, suas rentabilidades, risco e avaliações de forma correta. 3.1 Principais Fatores de Análise de Investimento 3.1.1 Rentabilidade Absoluta Versus Rentabilidade Relativa Rentabilidade Absoluta: É a rentabilidade nominal que se obteve no investimento, trata-se da rentabilidade recebida. Ex.: Um investimento rendeu 18% a.a. Esta rentabilidade trata-se da rentabilidade absoluta. Rentabilidade Relativa: É a rentabilidade em relação a um Benchmark (taxa). Ex.: Um investimento rendeu 97% do CDI. Esta rentabilidade é relativa a um percentual sobre os 100% de rentabilidade que o CDI obteve em determinado período. CDI rendeu 10% no ano. O cliente tinha um investimento que a rentabilidade relativa é de receber 90% do CDI (receber 90% de tudo que o CDI render), isto quer dizer que o cliente irá receber 90% de tudo que o CDI render, sendo assim o cliente irá receber 9% de rentabilidade sobre seu investimento. 57 Rentabilidade do CDI a.a.: 10% Rentabilidade Relativa: 90% do CDI Taxa Nominal: 9% a.a. (rentabilidade recebida pelo investimento) 3.1.2 Rentabilidade Esperada e Rentabilidade Observada Rentabilidade Esperada: É a rentabilidade que o investidor espera receber diante da sua aplicação. É uma rentabilidade relacionada com o futuro. Rentabilidade Observada: É a rentabilidade que foi efetivada, que já ocorreu. É a rentabilidade divulgada pelos fundos de investimentos e índices. Está relacionada com o passado. 3.1.3 Rentabilidade Bruta Versus Rentabilidade Liquida. Rentabilidade Bruta: É a rentabilidade total a ser recebida, na qual ainda não foram descontados os impostos. Expressa pela rentabilidade nominal. Ex.: Um investidor obteve a rentabilidade de 5% sobre seu investimento. Esta Rentabilidade Bruta, visto não ter sido descontado imposto. RENTABILIDADE ESPERADA RENTABILIDADE OBSERVADA PASSADO FUTURO 58 Rentabilidade Líquida: É a rentabilidade já descontada dos impostos. É a rentabilidade que o investidor efetivamente irá ganhar. Ex.: Um investidor obteve a rentabilidade de 5%, porém deverá pagar 20% de imposto de renda, sendo assim sua rentabilidade liquida foi de 4,85%. 3.1.4 Liquidez e Risco Liquidez: Este conceito é relacionado com a maior ou menor facilidade de negociar um ativo ou transformá-lo em dinheiro. Quanto mais fácil for transformar um ativo (investimento) em dinheiro maior liquidez terá o investimento. Quanto mais difícil for transformar um ativo (investimento) em dinheiro menor liquidez terá o investimento. Ex.: Um imóvel é um investimento com menor liquidez devido à maior dificuldade em negociar um imóvel. Risco: É a incerteza quanto ao retorno (lucro, resultado) recebido de um investimento ser diferente do retorno esperado. Risco também pode ser entendido como a combinação entre a probabilidade de ocorrência de um determinado evento (aleatório, futuro e independente da vontade humana) e os impactos (positivos ou negativos) resultantes, caso ele ocorra. 59 3.2 Principais Riscos do Investidor 3.2.1 Risco de Mercado O risco de mercado é relacionado com as oscilações dos “Preços” de um ativo (investimento) durante um determinado período de tempo. De modo geral é como as mudanças no preço afetam o seu investimento de forma negativa. O conceito de risco de mercado está diretamente ligado a volatilidade (variação) do preço de um ativo (investimento). Quanto maior a volatilidade (oscilação) do preço de um ativo, maior será seu risco de mercado. Quanto menor a volatilidade (oscilação) do preço de um ativo menor será seu risco de mercado. Figura: Investimento com muita volatilidade (Maior Risco de Mercado)
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