Buscar

Ecossistemas de Inovação em Incubadoras Brasileiras

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 24 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 24 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 24 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

Ecossistemas de inovação em incubadoras de empresas brasileiras: um 
estudo sobre parcerias entre empreendimentos incubados e grandes 
empresas 
 
 
Alexandre Rodrigues Cajuela
1
 
 
 
RESUMO 
O objetivo deste estudo é discutir as redes de colaboração entre empreendimentos incubados e 
grandes empresas, assim como a influência destas últimas nos ecossistemas de inovação. Para 
o desenvolvimento do trabalho, foi realizada uma pesquisa empírica tipo survey exploratória a 
uma amostra de 123 incubadoras localizadas nas cinco regiões do Brasil, com uma taxa de 
retorno de 29,3%. Foi aplicado o teste de significância não paramétrico qui-quadrado de um 
critério para validar as hipóteses e constatou-se que grandes empresas buscam expandir sua 
rede de parceiros inovadores, da mesma forma que empreendimentos incubados buscam 
vantagens em se relacionarem com grandes organizações. A existência de empresas hub 
comandando o ecossistema não pode ser comprovada no estudo e as razões que levam as 
organizações a realizarem parcerias envolvem aprendizagem compartilhada, ações em P&D e 
fortalecimento da proposta de valor. Concluiu-se que as incubadoras de empresas 
pesquisadas, sobretudo as de base tecnológica, estão inseridas em um ecossistema de 
inovação onde o desenvolvimento em rede auxilia a capacidade de geração de 
empreendimentos inovadores e bem-sucedidos. 
 
PALAVRAS-CHAVE: Ecossistemas de inovação. Governança. Incubadora de empresas. 
Inovação. Redes de colaboração. 
 
 
1
 Alexandre Rodrigues Cajuela. Bacharel em Administração pelas Faculdades Integradas de Votuporanga – 
UNIFEV, especialista em Administração Estratégica pela União das Faculdades dos Grandes Lagos – 
UNILAGO e RH e Psicologia Organizacional pelo Centro Universitário Toledo – UNITOLEDO, mestrando do 
Programa de Pós-Graduação em Administração de Organizações pela Faculdade de Economia, Administração e 
Contabilidade de Ribeirão Preto, Universidade de São Paulo – FEA-RP/USP, Av. dos Bandeirantes, 3900 – 
Bairro Monte Alegre – Ribeirão Preto - SP, CEP 14040-905, telefones (16) 3315-4746 / 3315-3884. Contato: 
alexandrecajuela@usp.br. 
 
 
Innovation ecosystems in Brazilian business incubators: a study of 
partnerships between incubated enterprises and large companies 
 
 
Alexandre Rodrigues Cajuela
2
 
 
 
ABSTRATC 
This paper aims to discuss the collaborative networks between small incubated firms and 
large companies, besides the influence of the large companies in the innovation ecosystems. 
The work summarised an empirical exploratory survey research with a sample of 123 
incubators located in five regions of Brazil, with a return rate of 29.3%. The chi-square 
nonparametric test of significance was applied to validate the hypothesis and the author 
identify that large companies seeking to expand its network of innovative partners in the same 
way that incubated enterprises seek advantages relate to large organizations. The existence of 
companies that leadership the ecosystem can not be comproved in this study and the reasons 
why organizations carry out partnerships involve shared learning, actions in R&D and 
strengthening proposition value. It was concluded that the incubators surveyed companies, 
especially technology-based, are inserted into an innovation ecosystem where network 
development helps the ability to generate innovative and successful ventures. 
 
KEYWORDS: Innovation ecosystems. Governance. Business incubator. Innovation. 
Collaborative networks.
 
2
 Alexandre Rodrigues Cajuela. Student of the Graduate Program in Business Administration on Master’s level 
at School of Economics, Business Administration and Accounting at Ribeirão Preto, University of São Paulo – 
FEA-RP/USP, Bandeirantes Avenue, 3900, Room 42 - Building B2, Monte Alegre, 14040-905 - Ribeirão Preto, 
SP – Brazil, telephone +55 (16) 3315-4746 / 3315 -3884. Contact: alexandrecajuela@usp.br. 
3 
 
 
1. Introdução 
 
O movimento brasileiro de incubadoras vem crescendo a uma taxa expressiva nos 
últimos dez anos e as incubadoras de empresas são vistas como habitats de inovação 
apropriados para oferecerem apoio administrativo e assistência tecnológica às micro e 
pequenas empresas inovadoras, em todos os setores da economia brasileira (ANPROTEC, 
2012). O movimento encontra-se entre os maiores do mundo, atuando como mecanismo de 
apoio à inovação e ao desenvolvimento local e regional, indutor do crescimento da economia 
e geração de empregos. O relatório técnico elaborado pela Associação Nacional de Entidades 
Promotoras de Empreendimentos Inovadores (ANPROTEC) e Ministério da Ciência, 
Tecnologia e Inovação (MCTI), publicado em 2012 identificou a necessidade de 
aprofundamento de estudos de vários pontos relacionados às incubadoras de empresas 
brasileiras, destacando a análise dos parceiros preferenciais, especialmente associações 
empresariais. 
O Manual de Oslo (OECD, 2005) enfatiza o papel das interações entre empresas no 
processo de inovação, em virtude da importância dos fluxos de conhecimento entre as 
organizações para o desenvolvimento e a difusão de inovações. Segundo Freeman (1995) são 
raras as organizações que conseguem inovar isoladamente porque, em geral, o processo de 
inovação não depende única e exclusivamente de competências internas, mas, em grande 
parte, do uso complementar da diversidade de competências, geralmente externas às 
organizações. O autor supracitado esclarece que estas competências são desenvolvidas e 
acumuladas a partir de interações econômicas e sociais com diversos atores externos, 
culminando em geração/criação de conhecimento novo. Essa perspectiva integrada do 
processo de inovação conduz os pesquisadores a buscarem identificar estes outros atores e, 
sobretudo, de que forma ocorrem estas relações. Discutir as redes de colaboração entre 
empreendimentos incubados e grandes empresas, assim como a influência destas últimas nos 
ecossistemas de inovação e as razões que levam as organizações a realizarem parcerias é o 
objetivo geral deste trabalho. 
O resultado deste estudo pode representar uma contribuição valiosa para o 
entendimento dos ecossistemas de inovação, ajudando profissionais a compreenderem a 
influência dos programas de incubação de empresas no Brasil, no que diz respeito a criação e 
desenvolvimento de novas empresas dentro deste contexto. O crescente interesse nas redes de 
colaboração para inovação representa um fenômeno econômico relevante e 
consequentemente, gestores e profissionais estão cada vez mais sendo solicitados a 
4 
 
 
descobrirem opções estratégicas para criar e capturar valor nas relações de rede (DAGNINO 
et al, 2015). 
Nambisan e Baron (2013) afirmam que pesquisas em empreendedorismo tem 
negligenciado os ecossistemas de inovação como um local para o empreendedorismo, 
principalmente em ambientes nucleados por grandes empresas ou por uma empresa hub
3
. 
Porém, é evidente que ecossistemas de inovação baseados em parcerias com grandes 
empresas ou em hub tornam-se um ambiente fértil para a criação e desenvolvimento de novas 
empresas, dado os inúmeros benefícios associados ao acesso aos mercados já estabelecidos, 
branding
4
, vantagens de reputação, acesso a propriedade intelectual e know-how técnico 
(CECCAGNOLI et al, 2012), aumentando oportunidades e auxiliando as startups a superarem 
algumas barreiras de entrada, inexperiência e apoio para novas tecnologias, corroborando com 
o pensamento de Eisenmann, Parker e Alstyne (2008). 
Para atender aos objetivos propostos, estão apresentados neste artigo os referenciaisteóricos relacionados aos ecossistemas de inovação, governança baseada em hub e sobre o 
processo de inovação e incubação de empresas no Brasil. Na sequência, foi realizada uma 
pesquisa empírica tipo survey exploratória com o objetivo de identificar a existência de 
parcerias entre empreendimentos incubados e grandes empresas e a razão pela qual ocorrem 
as parcerias. Posteriormente, são descritos e analisados os dados da pesquisa empírica e 
apresentada a síntese dos resultados, destacando as redes de colaboração para inovação. 
 
2. Ecossistemas de inovação 
 
2.1. Redes de colaboração 
 
Nos últimos anos, grandes empresas em diferentes segmentos criaram redes globais de 
parceiros ou ecossistemas, para aumentar o alcance de mercado e variedade de seus produtos, 
serviços e tecnologia (NAMBISAN; BARON, 2013). Muitas destas empresas, segundo 
Gereffi, Humphrey e Sturgeon (2005) têm como estratégia a externalização de atividades 
secundárias (não core) junto às startups, com o objetivo de desenvolver formas de exercer e 
preservar um poder de mercado sem os custos fixos inerentes à manutenção de uma estrutura 
organizacional complexa. 
 
3
 Empresa hub é uma organização de grande porte, geralmente líder de mercado, que está inserida em um 
ecossistema fixando metas, coordenando e definindo a plataforma de inovação junto às startups (NAMBISAN; 
BARON, 2013). 
4
 Atribuição de um nome ou marca registrada a um produto (HINDLE, 2002). 
5 
 
 
Além da fragmentação geográfica das redes de produção, com objetivo de reduzir 
custos, as organizações de grande porte têm cada vez mais deslocado iniciativas de inovação 
para redes externas (NAMBISAN; SAWHNEY, 2011), visando complementar recursos 
internos, ampliar o âmbito e a velocidade das capacidades de inovação e geração de valor, 
atender as expectativas dos consumidores e sustentar uma vantagem competitiva, como 
afirma Botero Marin (2012). A esse respeito, Nambisan e Baron (2013) esclarecem que os 
ecossistemas de inovação referem-se a uma rede interconectada de empresas e outras 
entidades, que desenvolvem de forma compartilhada um conjunto de tecnologias, 
conhecimentos ou habilidades, trabalhando cooperativamente para desenvolver novos 
produtos e serviços. 
Quase todas as inovações exigem algum tipo de arranjo cooperativo para seu 
desenvolvimento ou comercialização e uma empresa terá múltiplos motivos para realizar uma 
aliança com outra organização (TIDD; BESSANT; PAVITT, 2008). Os mesmos autores 
afirmam que é útil agrupar as bases lógicas para colaboração em motivos tecnológicos, de 
mercado e empresariais. 
 
QUADRO 1 
Bases lógicas para colaboração 
Motivos Tecnológico Motivos de Mercado Motivos Empresariais 
Incluem custo, tempo e 
complexidade de 
desenvolvimento. 
Atender a mudanças nas 
necessidades dos clientes e do 
mercado. 
Vantagem competitiva, expansão 
de mercado, aumento na oferta de 
produtos ou serviços. 
Fonte: Adaptado de Tidd, Bessant e Pavitt (2008). Elaboração do autor. 
 
 Essencialmente, empresas colaboram para reduzir custos, tempo ou risco de acesso a 
tecnologia e mercados que não lhe são familiares, da mesma forma que analisam o trade-off 
entre desenvolver uma inovação internamente ou por meio de mecanismos externos, como 
mostra o Quadro 1. A terceira edição do Manual de Oslo (OECD, 2005) reforça o aumento 
das interações entre empresas e instituições no processo de inovação, destacando também a 
importância dos fluxos de conhecimento entre organizações, para o desenvolvimento e a 
difusão de inovação. Apesar da complexidade do tema, pesquisas sobre inovação cooperativa 
podem representar uma valiosa contribuição para o entendimento de sistemas de inovação e 
ajudar a determinar a influência de programas, como o movimento de incubadoras de empresa 
no Brasil. 
 Existem dois modos muito distintos da empresa abordar seus relacionamentos, de 
acordo com Ghoshal e Tanure (2004). O primeiro modo de relacionamento utiliza-se do uso 
6 
 
 
do poder de compra e da capacidade de barganha para conseguir resultados, seja para reduzir 
custos ou para aumentar capacidade de agregar valor. Este tipo de relacionamento baseado no 
poder representa uma relação ganha-perde, ou seja, uma situação em que um lado ganha e o 
outro perde. O outro modo de relacionamento, com destinos compartilhados, é construído 
com base na confiança mútua e num comprometimento com a interdependência das duas ou 
mais partes, exigindo capacidade de aprender e de resolver problemas juntos. O 
relacionamento com destinos compartilhados pode gerar ótimos resultados, como demonstra a 
multinacional brasileira Natura. 
 Fundada em 1969, a Natura está presente em sete países da América Latina e na 
França, sendo a indústria líder no mercado brasileiro de cosméticos, fragrâncias, higiene 
pessoal e venda direta. Para desenvolver seus produtos, a empresa mobiliza uma rede de 
pessoas capazes de integrar conhecimento científico e o uso sustentável da rica biodiversidade 
botânica brasileira. Projetos como o “Cocriando Natura”, “Natura Campus” e “Núcleo de 
Inovação Natura Amazônia” são exemplos de redes de colaboração, inovação e cocriação, 
onde são identificadas oportunidades de mútuo benefício e a geração de múltiplas formas de 
valor para toda a rede de parceiros. Em 2015, a Natura em parceria com a Anprotec abriu uma 
chamada convidando empresas de base tecnológica e startups que fazem parte das redes dos 
parques tecnológicas e incubadoras de empresas brasileiras, com competência para 
desenvolvimento de projetos, processos e produtos relacionados às diversas áreas de atuação 
da multinacional, buscando expandir sua rede de parceiros inovadores capazes de fortalecer a 
proposta de valor da empresa. 
 Diante deste cenário, surge a hipótese 1: grandes empresas buscam realizar parcerias 
com as incubadoras de empresas brasileiras, com o objetivo de conhecer projetos, processos e 
produtos inovadores dos empreendimentos incubados, a fim de introduzi-los no mercado. 
Em última análise, Freeman (1991) define organização em rede como um arranjo 
institucional básico para lidar com a inovação sistêmica, ressaltando a importância das 
relações de cooperação entre as empresas. Acrescenta também que estas relações não são 
exclusivas às grandes empresas, de modo que pequenas organizações também estão 
envolvidas nestas redes de colaboração. As grandes empresas enfrentam desafios de competir 
em mercados globais em constante mudança, por exemplo, ao passo que pequenas empresas 
são geralmente flexíveis e capazes de responder mais rapidamente às novas necessidades, na 
afirmação de Smith, Dickson e Smith (1991). Sob esta ótica, será analisada na próxima seção 
a influência exercida pelas grandes empresas nas redes de colaboração. 
 
7 
 
 
2.2. Governança baseada em hub 
 
Primeiramente, é necessário diferenciar o conceito de governança em seu qualificativo 
mais utilizado, a governança corporativa. A governança corporativa surgiu para superar o 
conflito de agência
5
 clássico, onde o proprietário delega a um agente especializado o poder de 
decisão sobre a empresa, situação em que podem surgir divergências no entendimento de cada 
um dos grupos daquilo que consideram ser o melhor para a empresa (IBGC, 2009). 
Neste estudo, destaca-se um modo de governança híbrido, onde as transações em redes 
ocorrem mediante laços informais mantidos por meio das ligações estruturais da rede de 
relacionamentos, bem como a partir de ligações formais estabelecidas por contratos e normas 
(CARNAUBA, 2012 apud OSTROM, 2000). Apesar das redes compreendem uma gama deinterações entre os participantes, o foco na governança envolve o uso de instituições, 
estruturas de autoridade e colaboração para alocar recursos, coordenar e controlar a ação 
conjunta na rede como um todo, citando Provan e Kenis (2007). Na governança baseada em 
empresa líder, todas as principais atividades em nível de rede e decisões-chave são 
coordenadas por um único membro participante, atuando como uma organização hub. Assim, 
a governança da rede torna-se altamente centralizada e intermediada pela organização 
principal, que gerencia as atividades das organizações membros para alcançar os objetivos da 
rede, que podem ser alinhados aos objetivos da organização principal. 
Os ecossistemas de inovação muitas vezes contam com estruturas de comando 
(governança) centralizados em uma empresa líder ou hub, particularmente no setor de 
tecnologia. A empresa hub conduz o ecossistema, definindo objetivos comuns ou a proposta 
de valor a ser alcançada pelo núcleo, oferecendo a plataforma básica de inovação que 
incorpora o conhecimento e as capacidades compartilhadas, servindo de apoio para que os 
outros membros construam suas próprias inovações complementares. A empresa hub pode 
também definir os critérios para a sociedade, selecionar os sócios e estabelecer regras e 
políticas que governarão a criação de valor, segundo Nambisan e Baron (2013). O grande 
objetivo da empresa hub é estabelecer uma plataforma de inovação dominante, capaz de 
assegurar sua permanência a longo prazo no mercado e manter a competitividade. 
Da mesma forma, o poder de influência da empresa hub pode variar. Em algumas 
redes, a empresa hub pode exercer um poder considerável, enquanto que em outras redes pode 
 
5
 Uma relação de agência ocorre quando uma parte (o agente) é contratada por outra (o principal) para realizar 
ações ou tomar decisões que afetam os lucros para o principal, por exemplo (BESANKO; DRANOVE; 
SHANLEY, 2012). 
8 
 
 
ser menos dominante (NAMBISAN; SAWHNEY, 2011). É o caso do programa BizSpark, 
desenvolvido pela Microsoft e lançado em 2008. O programa de três anos oferece às startups 
acesso a uma comunidade global de consultores, investidores e parceiros, bem como 
softwares da Microsoft e serviços gratuitos. Ao fornecer acesso aos principais produtos de 
tecnologia, negócios, suporte técnico e visibilidade no mercado, a Microsoft está ajudando no 
desenvolvimento e na expansão das pequenas empresas de software, em seus primeiros anos 
de existência. Atualmente, mais de 50.000 startups em mais de 100 países estão inscritas no 
programa. Em contrapartida, a validade das licenças não é eterna, ou seja, a microempresa vai 
começar a trabalhar com um custo reduzido porém, depois de alguns anos, terá que pagar 
pelas licenças de uso dos produtos da Microsoft, deixando a empresa amarrada à plataforma 
da transnacional. A estratégia da Microsoft é ganhar mercado nas micro e pequenas empresas, 
para poder recuperar o investimento no futuro, quando elas crescerem. 
Um outro exemplo é a parceria recente entre a CVS Sistemas, empresa integrante do 
programa de incubação da INCIT (Incubadora de Empresas de Base Tecnológica de Itajubá) e 
a multinacional Datalogic. Além de ampliar a rede de contatos e consolidar o nome da 
empresa, a CVS irá disponibilizará aos seus clientes sistemas homologados para os 
equipamentos da Datalogic, uma vez que atua no fornecimento de sistemas sob demanda. 
Neste caso, identifica-se a hipótese 2: diante das parcerias firmadas entre incubadoras 
e grandes empresas, existe uma única organização definindo a plataforma de operações e 
inovação do ecossistema. 
Neste tipo de ecossistema, a empresa hub define os objetivos comuns ou a proposição 
central de valor, além de oferecer a plataforma básica de inovação, que incorpora o 
conhecimento e as capacidades partilhadas e serve como base para outros membros 
construírem por meio de suas próprias inovações complementares (NAMBISAN; BARON, 
2013). A empresa hub pode também assumir a responsabilidade de ajudar ou orientar os 
parceiros na inovação, assunto que será tratado na seção a seguir. 
 
2.3. Processo de inovação 
 
Na afirmação de Tidd, Bessant e Pavitt (2008, p. 86) “a inovação é um processo de 
fazer de uma oportunidade uma nova ideia e de colocá-la em uso de maneira mais ampla 
possível”. O processo de inovação vem evoluindo desde 1950 e as teorias mais atuais 
concentram-se em operações paralelas e integradas entre organizações, onde os vínculos entre 
fornecedores, principais clientes e alianças horizontais estão fortalecidos, caracterizando uma 
9 
 
 
crescente interatividade para fora da empresa. Soma-se a isto um conjunto de ferramentas de 
tecnologia de informação e comunicação, acelerando e otimizando a interação entre as redes e 
o processo de inovação (ROTHWELL, 1994). 
Schumpeter (1961) teve uma influência decisiva nas teorias da inovação, pois defende 
que o desenvolvimento econômico é conduzido pela inovação, por meio de um processo 
dinâmico onde novas tecnologias substituem as antigas. Há diferentes graus de novidade, 
desde melhorias incrementais menores até mudanças realmente radicais (TIDD; BESSANT; 
PAVITT, 2008), corroborando com o pensamento do primeiro autor, que classifica a inovação 
como radical, apresentando rupturas mais intensas e incremental, que dá continuidade ao 
processo de mudança. A esse respeito, Schumpeter (1961) acrescenta que existe uma 
constante busca pela criação de algo novo, sempre orientado para novas fontes de 
lucratividade, causando a destruição de velhas regras e o estabelecimento de novas, em um 
processo que ele define como “destruição criadora”. 
Como proposto pelo Manual de Oslo (OECD, 2005), houve uma expansão na estrutura 
de mensuração da inovação em três importantes sentidos: a) maior ênfase no papel das 
interações com outras empresas e instituições no processo de inovação; b) importância da 
inovação em indústrias menos intensivas em P&D, como serviços e a indústria de 
transformação de baixa tecnologia; c) definição de inovação inclui inovação organizacional e 
de marketing, além da inovação de produto e processo. A PINTEC – Pesquisa Industrial 
Inovação Tecnológica 2011 (IBGE, 2013) aborda em sua quinta edição a cooperação para 
inovação como a participação ativa da empresa em projetos conjuntos de P&D e outros 
projetos de inovação com outra organização (empresa ou instituição), a classificação de 
atividade empresariais em indústria, eletricidade e gás e serviços selecionados, além da 
pesquisa em inovações organizacionais e de marketing, com o objetivo de fornecer 
informações para a construção de indicadores das atividades de inovação das empresas 
brasileiras. 
A Chili Beans é a terceira empresa mais inovadora do Brasil, segundo ranking 
elaborado pela consultoria DOM Strategy Partners e divulgado em 2014. A empresa iniciou 
suas atividades no final dos anos 90 e consolida-se como a maior rede especializada em 
óculos escuros e acessórios da América Latina, atuando em mais de 600 pontos de venda, 
incluindo Brasil, Portugal, Estados Unidos, Colômbia, Kuwait, Peru, Abu Dhabi e México. 
Para eleger as que mais investem em inovação, foi utilizada uma metodologia que considera a 
adequação (capacidade da organização de se equiparar aos padrões do mercado), o incremento 
(habilidade para criar vantagem competitiva explorando novos nichos) e ruptura (capacidade 
10 
 
 
que novas empresas têm de mudar as regras de um setor ao entrar no mercado, em vez de se 
adaptar a ele). A partir desse primeiro recorte, outros critérios foram considerados, tais como 
a oferta de produtos e serviços inovadores, interatividadecom o consumidor, disponibilização 
de formatos e modelos de atendimento, qualidade da gestão de relacionamento com o cliente e 
experiência da marca durante o consumo. Tendo o fast fashion como plataforma de negócios, 
a Chilli Beans lança semanalmente dez modelos de óculos de sol, cinco de relógios e três de 
armações de grau, sendo pioneira no conceito de ótica self service, permitindo ao cliente 
manusear e experimentar os produtos, além de ser a primeira marca do segmento a inaugurar 
uma máquina de customização, onde o cliente pode fabricar seus próprios óculos. 
É importante ressaltar que a empresa incubada tem que agregar um diferencial ao 
mercado com seu produto ou serviço. Somente o empreendimento inovador é selecionado por 
uma incubadora. Dependendo do setor que a incubadora atua, consultores específicos 
selecionam as empresas a serem incubadas, seguindo critérios como grau de inovação, 
viabilidade econômica e existência de demanda no mercado para o produto ou serviço. Em 
relação a tal aspecto, a próxima seção apresenta os principais conceitos sobre o movimento de 
incubação de empresas no Brasil e sua evolução. 
 
3. Incubadoras de empresas 
 
3.1. Conceitos 
 
As incubadoras de empresas são mecanismos dinâmicos para fomentar novos 
empreendimentos, com o objetivo de desenvolvimento econômico e geração de empregos em 
uma determinada região. As pequenas empresas são os motores do crescimento em muitas 
economias, na concepção de Chandra e Fealey (2009). Além do espaço físico e equipamentos 
básicos, uma incubadora deve oferecer serviços como apoio à gestão, acesso a 
financiamentos, assessoria jurídica, know-how operacional, acesso a novos mercados, etc. aos 
incubados (AERNOUDT, 2004). 
No Brasil, o surgimento das primeiras incubadoras está diretamente ligado ao 
Programa de Inovação Tecnológica, no âmbito do Conselho Nacional de Desenvolvimento 
Científico e Tecnológico (CNPq), iniciativa do Governo Federal como alternativa para o 
crescimento do setor de pequenas e médias empresas e desenvolvimento econômico do País, 
uma vez que a criação de novas empresas pode gerar novas tecnologias, produtos, serviços e 
empregos, na concepção de Engelman, Fracasso e Brasil (2011). Uma incubadora de 
11 
 
 
empresas tem um papel importante na geração de emprego e renda para toda a sociedade, pois 
agrega a relação entre os empreendimentos incubados e a comunidade local. Em um sentido 
mais amplo, o principal objetivo de uma incubadora de empresas está em facilitar e permitir o 
desenvolvimento econômico por meio da melhoria da base empresarial e na criação de novos 
empreendedores (VEDOVELLO, 2000). 
 
3.2. Tipos de incubadoras 
 
As incubadoras de empresas são consideradas centros que estimulam a criação de 
empreendimentos por meio de sua diversidade, compreendendo diferentes tipos de incubação 
de acordo com o foco do empreendimento. O Quadro 2 destaca a classificação dos tipos de 
incubadoras. 
 
QUADRO 2 
Classificação dos tipos de incubadoras de empresas 
Incubadora de empresas de base tecnológica 
Abriga empreendimentos na área de informática, 
biotecnologia, química fina, mecânica de precisão e 
novos materiais 
Incubadora de empresas de setores tradicionais 
Organização que abriga empreendimentos ligados 
aos setores tradicionais da economia e que detém 
tecnologias largamente difundidas 
Incubadora mista 
Organização que abriga ao mesmo tempo 
empreendimentos de base tecnológica e de setores 
tradicionais 
Incubadoras sociais 
São incubadoras que apoiam empreendimentos 
oriundos de projetos sociais, cooperativas e 
associações populares, que atendam à demanda de 
geração de emprego, renda e melhoria da qualidade 
de vida da comunidade em que está inserida 
Fonte: Adaptado de Camargo e Farah (2010); ANPROTEC (2015). Elaboração do autor. 
 
De acordo com dados de um estudo realizado em 2011 pela Anprotec e pelo 
Ministério de Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), o Brasil conta com 384 incubadoras 
em operação, abrigando 2.640 empresas e gerando 16.394 postos de trabalho (ANPROTEC, 
2015). 
 
3.3. Empreendimentos incubados 
 
Segundo a Anprotec (2015), um empreendimento incubado é uma empresa ou projeto 
que está passando pelo processo de incubação, ou seja, está recebendo suporte de uma 
incubadora para o seu desenvolvimento. O empreendimento pode ser incubado residente, 
12 
 
 
quando ocupa um espaço dentro da área física da incubadora ou incubado não residente, no 
caso de ter sede própria e receber suporte da incubadora. O tempo médio de incubação de um 
empreendimento é de três anos e varia de acordo com as características do negócio. 
Um empreendimento graduado é uma empresa que passou pelo processo de incubação 
e que possui competências suficientes para se desenvolver no mercado. A empresa, depois de 
graduada, pode continuar sendo associada à incubadora, mas não pode mais residir no espaço 
físico da instituição. Durante o processo de incubação, as incubadoras realizam 
acompanhamentos periódicos para avaliar o nível de desenvolvimento das empresas e garantir 
que o processo de saída do empreendimento incubado seja bem-sucedido (ANPROTEC, 
2014). 
 
3.4. Rede de relacionamentos 
 
As empresas integram-se às incubadoras na busca de diversos benefícios para garantir 
o sucesso do empreendimento e uma vantagem destacada neste estudo é a manutenção de 
contatos de alto nível com grandes empresas. Da mesma forma, as incubadoras de empresas 
necessitam sistematizar processos de gerenciamento das redes de relacionamentos, no sentido 
de ampliar a qualidade dos empreendimentos incubados, aumentando sua taxa de sucesso no 
mercado (ANPROTEC, 2014). A Figura 1 exemplifica a rede de relacionamentos em uma 
incubadora de empresas. 
Em uma incubadora existem diversos empreendimentos incubados que relacionam-se 
diretamente com a instituição e entre si, criando um microambiente organizacional. Fora deste 
microambiente, estão os parceiros institucionais, compreendidos por organizações locais 
formalmente comprometidas em construir uma rede de cooperação com as incubadoras, 
constituído por instituições de ensino, associações comerciais e industriais, prefeitura 
municipal, dentre outros. Empresas públicas e privadas poderão ter acesso privilegiado aos 
projetos desenvolvidos em uma incubadora, podendo até mesmo participar deles como 
empresas-piloto ou investidores anjo, incluindo nesta rede os empreendimentos graduados. 
 
FIGURA 1 
Rede de relacionamentos em uma incubadora de empresas 
13 
 
 
 
 Fonte: Elaboração do autor (2015). 
 Neste contexto, admite-se a hipótese 3: incubadoras de empresas brasileiras 
incentivam a integração dos empreendimentos incubados com grandes empresas, 
demostrando capacidade de criar condições para que as empresas incubadas cresçam e se 
consolidem de forma sustentável e competitiva. 
 
3.5. Modelo de gestão Cerne 
 
O Centro de Referência para Apoio a Novos Empreendimentos (Cerne) é um modelo 
de gestão criado pela Anprotec, em parceria com o Sebrae, que visa promover a melhoria dos 
resultados das incubadoras em temos quantitativos e qualitativos. Em função da complexidade 
dos processos a serem implantados, o Cerne foi estruturado em quatro níveis crescentes de 
maturidade, refletindo a capacidade da incubadora em gerar, sistematicamente, 
empreendimentos de sucesso (ANPROTEC, 2014). Deste modo, o nível de maturidade Cerne 
3 tem como objetivo consolidar uma rede de parceiros para ampliar a atuação da incubadora, 
criando instrumentos capazes e efetivos para atender empresas associadas. Nesse nível, as 
incubadoras precisam reforçara atuação na rede de parceiros envolvidos no processo de 
promoção da inovação. 
 
4. Metodologia 
 
Para este estudo, foi realizada uma pesquisa empírica tipo survey exploratória, com o 
objetivo de identificar a existência de uma determinada situação (parcerias entre 
empreendimentos incubados e grandes empresas), suas causas (razão pela qual ocorrem as 
parcerias) e se existe relação entre a situação e a teoria proposta (incubadoras de empresas 
favorecendo o ecossistema de inovação). Foi definido como população alvo incubadoras de 
empresas brasileiras e o instrumento utilizado para coleta de dados foi um questionário 
14 
 
 
elaborado com a ferramenta LimeSurvey, enviado por e-mail a 123 incubadoras, no período 
de 7 de maio de 2015 a 23 de junho de 2015. Os endereços eletrônicos das incubadoras foram 
coletados no website da Anprotec, entre os membros associados que disponibilizaram a 
informação, além do contato pessoal com os participantes do curso de capacitação do modelo 
de gestão Cerne em Brasília-DF nos dias 8 e 9 de abril de 2015. O questionário foi estruturado 
em duas seções e respondido por 36 incubadoras de empresas. Na primeira seção foram 
levantadas informações sobre o perfil das entidades pesquisadas e na segunda, características 
das redes de colaboração para inovação. 
Em concordância com o Manual de Oslo (OECD, 2005), as questões formuladas para 
a pesquisa buscaram compreender a cooperação ativa entre empresas e o desenvolvimento de 
atividades de inovação conjuntas, chamado de inovação cooperativa. A metodologia da 
pesquisa utilizou uma escala binária, ou seja, de algumas variáveis espera-se a resposta sim ou 
não, assim como uma escala ordinal para identificar a razão pela qual as organizações 
colaboram, permitindo a ordenação dos fatores pesquisados de acordo com sua importância. 
A estrutura do questionário também contempla informações adicionais, como tipo de 
incubadora e empreendimentos incubados, localização geográfica e dados quantitativos sobre 
o processo de incubação e graduação de empresas, com o objetivo de detectar e melhor 
entender o processo de aglomeração ou de formação de redes no campo da inovação. 
A síntese apresentada no Quadro 3 fundamentou a construção do instrumento de 
pesquisa e é retomada na apresentação e análise dos dados. Observa-se a definição dos 
objetivos específicos, variáveis analisadas, configuração das perguntas no questionário e 
fundamentação teórica. 
A análise estatística foi realizada com auxílio do software SPSS Statistics 17.0, onde 
foram utilizados testes de significância não paramétricos para validar as hipóteses, destacando 
o teste qui-quadrado de aderência (
2
), aplicado para determinar se as frequências 
observadas previamente (
0f
) diferem de modo significativo de uma distribuição equilibrada (
ef
), expresso pela fórmula a seguir (LEVIN; FOX, 2004). 
 



e
e
f
ff 202 )(
 (1) 
 
 
QUADRO 3 
Síntese da pesquisa 
OBJETIVOS ESPECÍFICOS CONSTRUCTO DAS VARIÁVEIS 
PERGUNTA NO 
QUESTIONÁRIO 
REFERÊNCIAS 
Identificar se as incubadoras de 
empresas brasileiras buscam parcerias 
com grandes empresas, com o objetivo 
de promover alianças entre estas 
empresas e os incubados. 
Sim ou Não 
Existe uma ação proativa da 
incubadora em buscar parcerias com 
grandes empresas, tendo como 
objetivo a promoção de alianças entre 
estas empresas e os empreendimentos 
incubados? 
Nambisan e Sawhney (2011) 
Nambisan e Baron (2013) 
Determinar a principal razão para a 
promoção de parcerias entre as grandes 
empresas e as incubadoras brasileiras, 
sob o ponto de vista das incubadoras e 
com respeito à vantagem competitiva 
para os incubados. 
- Redução de custos tecnológicos ou de 
entrada no mercado; 
- Alcance de economias de escala; 
- Redução do tempo gasto para 
desenvolvimento e comercialização de novos 
produtos; 
- Aprendizagem compartilhada; 
- Acesso aos mercados já estabelecidos; 
- Vantagens de reputação, nome ou marca 
registrada forte no mercado; 
- Acesso a propriedade intelectual e know-
how técnico; 
- Vendas potenciais para o parceiro; 
- Resolver problemas técnicos do parceiro 
por meio de desenvolvimento conjunto e 
adquirir novos produtos, como resultado; 
- Estender a base de clientes; 
- Estender o alcance da empresa e aumentar a 
rede de distribuição; 
- Desenvolver novos produtos com o usuário 
(cliente) e vender para o parceiro. 
Quais as principais razões para a 
promoção destas alianças, parcerias 
ou colaboração entre grandes 
empresas e empreendimentos 
incubados? Pense na vantagem 
competitiva para os incubados. 
Botero Marin (2012) 
Smith, Dickson e Smith (1991) 
Tidd, Bessant e Pavitt (2008) 
Constatar se grandes empresas buscam 
realizar parcerias com as incubadoras de 
empresas brasileiras, com o objetivo de 
conhecer projetos, processos e produtos 
inovadores dos empreendimentos 
incubados, a fim de introduzi-los no 
 
Sim ou Não 
Alguma grande empresa já procurou a 
incubadora, com o objetivo de 
conhecer projetos, processos ou 
produtos inovadores, aplicáveis e/ou 
adaptáveis ao seu segmento de 
atuação? 
Freeman (1991) 
Gereffi (2001) 
16 
 
 
mercado. 
Esclarecer a razão pela qual as grandes 
empresas buscam parcerias com as 
incubadoras de empresas brasileiras. 
- Atender uma demanda específica de 
mercado; 
- Possuir um intermediário que esteja mais 
próximo ao cliente final; 
- Terceirização de atividades secundárias, 
para redução de custos; 
- Busca de parceiros inovadores capazes de 
fortalecer a proposta de valor da empresa; 
- Realizar Pesquisa & Desenvolvimento; 
- Acesso a pessoas com combinação certa de 
competências para desenvolver novos 
produtos; 
- Aumentar o alcance da empresa, 
oferecendo aos clientes um melhor serviço; 
- Decisão estratégica de investir em uma 
tecnologia-chave, explorando recursos 
necessários e especializados de pequena 
empresa; 
- Desenvolver uma grande gama de novos 
produtos; 
- Acesso ao conhecimento para desenvolver 
conjuntamente novos produtos, a fim de 
manter a participação no mercado. 
No caso de grandes empresas que 
buscam parcerias com a incubadora, 
para ter acesso aos empreendimentos 
incubados, qual a razão determinante? 
Nambisan e Sawhney (2011) 
Smith, Dickson e Smith (1991) 
Tidd, Bessant e Pavitt (2008) 
Identificar se nas parcerias entre os 
empreendimentos incubados e grandes 
empresas existe uma única empresa 
assumindo a liderança do ecossistema, 
fixando metas e definindo a plataforma 
de operações e inovação, exercendo uma 
influência considerável sobre as 
estratégias e resultados de todos os 
membros. 
Sim ou Não 
Quando parcerias são firmadas, as 
grandes empresas costumam definir 
uma plataforma de operações ou 
inovação, como por exemplo 
arquitetura de sistemas, linguagem de 
programação a ser utilizada, materiais 
que obrigatoriamente deverão ser 
utilizados, normas e condutas para 
relacionamento com clientes, etc.? 
Nambisan e Baron (2013) 
Fonte: Elaboração do autor (2015). 
 
 
5. Apresentação e análise dos dados 
 
O questionário de pesquisa foi encaminhado via e-mail a uma amostra de 123 
incubadoras de empresas brasileiras. Segundo o relatório técnico divulgado em 2012 pela 
Anprotec, existem 384 incubadoras de empresas no Brasil (ANPROTEC, 2012) e obteve-
se 36 respostas completas, ou seja, uma taxa de retorno de 29,3% da amostra pesquisada. A 
amostragem foi bastante abrangente com relação à distribuição geográfica,pois obteve-se 
um retorno de respostas de todas as regiões do País (Figura 1), destacando os Estados do 
Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul e São Paulo com os maiores índices. 
 
FIGURA 1 
Localização geográfica das incubadoras de empresas que responderam a pesquisa 
 
Fonte: Dados primários (2015). 
 
 A Figura 2 mostra os tipos de incubadoras de empresas pesquisadas e observa-se 
uma prevalência das incubadoras de base tecnológica. Uma característica importante deste 
tipo de incubadora é a oferta de oportunidades de networking para os empreendimentos 
incubados com o objetivo de estabelecer relações de colaboração com outras organizações, 
incluindo potenciais colaboradores, fornecedores, clientes e fontes de conhecimento (SÁ; 
LEE, 2012). Das 21 incubadoras de base tecnológica pesquisadas, 71,4% delas já foram 
procuradas por grandes empresas ou tiveram uma ação proativa em buscar realizar alianças 
e parcerias com grandes empresas. 
 
 
 
18 
 
 
FIGURA 2 
Tipos de incubadoras de empresas estudadas 
 
Fonte: Dados primários (2015). 
 
 Observa-se no Quadro 4 a relação de procura das grandes empresas às incubadoras, 
com o objetivo de conhecer projetos, processos ou produtos inovadores para realizar 
parcerias. A análise estatística foi realizada com auxílio do software SPSS Statistics 17.0, 
sendo aplicado o teste de significância não paramétrico qui-quadrado de um critério, 
assumindo que os valores esperados para cada grupo são iguais, ou seja, em dois grupos 
pode-se esperar 50% da amostra em cada um. No que diz respeito a variável parcerias com 
iniciativa das grandes empresas, o valor obtido do qui-quadrado foi 0,111 para um grau de 
liberdade 1 e nível de significância 0,739 indicando a aceitação da hipótese 1, pois a 
diferença entre os valores observados e esperados não é significativa (LEVIN; FOX, 
2004). Mais da metade das incubadoras de empresas pesquisadas afirmaram que já foram 
procuradas por grandes empresas e o grau de aderência é suficiente para concluir que 
grandes empresas buscam realizar parcerias com as incubadoras de empresas brasileiras de 
forma relevante. 
 
QUADRO 4 
Frequências observadas e esperadas 
 
 Fonte: Dados primários (2015). 
 
19 
 
 
 Quando parcerias são realizadas, as incubadoras apontaram que as grandes 
empresas buscam principalmente realizar P&D externo, para explorar recursos 
especializados da pequena empresa. A busca de parceiros inovadores capazes de fortalecer 
a proposta de valor da grande empresa também foi apontada como fator determinante para 
a escolha de parcerias, assim como o atendimento de demandas específicas de mercado. As 
empresas de maior dimensão aproximam-se das empresas de pequeno porte porque estão 
cientes das oportunidades apresentadas por estas últimas (SMITH; DICKSON; SMITH, 
1991). 
 Devido às limitações do questionário de pesquisa, os ecossistemas de inovação 
nucleados por uma empresa hub não puderam ser evidenciados, apesar dos dados 
estatísticos terem indicado a aceitação da hipótese 2. Em concordância com Nambisan e 
Baron (2013), o tipo de ecossistema de inovação mais prevalente, particularmente no setor 
de tecnologia, é referido como ecossistema baseado em hub, onde uma única empresa 
estabelece e lidera o ecossistema. Temos como exemplo o ecossistema da Apple para o 
iPhone, que gerou centenas de startups cujo objetivo era desenvolver aplicações 
complementares de mercado (apps) aos consumidores. A Apple definiu a plataforma de 
desenvolvimento dos apps, com a intenção de desencorajar seus parceiros a oferecer as 
mesmas aplicações em plataformas concorrentes de telefonia móvel, como a do Google e 
Android. O estudo observou que, quando parcerias são firmadas, as grandes empresas 
costumam definir uma plataforma de operações ou inovação, como por exemplo 
arquitetura de sistemas, linguagem de programação a ser utilizada, materiais que 
obrigatoriamente deverão ser utilizados, normas e condutas para relacionamento com 
clientes, contudo, não conseguiu comprovar se somente uma empresa lidera o ecossistema. 
 O movimento inverso de parcerias, ou seja, a atitude proativa da incubadora em 
buscar e incentivar alianças entre grandes empresas e empreendimentos incubados também 
foi estudado (Quadro 5) e o valor crítico do teste qui-quadrado ficou em 0,111. Com 
relação à hipótese 3, incubadoras de empresas incentivam a integração dos 
empreendimentos incubados com grandes empresas, havendo aceitação da hipótese devido 
grau de significância obtido ser superior a 0,05 (LEVIN; FOX, 2004), podendo concluir 
que as frequências observadas de busca de parcerias com grandes empresas, por parte das 
incubadoras não são significativamente diferentes do esperado. Diversas incubadoras 
brasileiras estão implantando o modelo de gestão Cerne nos níveis 1 e 2 e conquistando 
excelentes resultados (ANPROTEC, 2014) e a prática do desenvolvimento em rede 
proposta pelo Cerne 3 segue a mesma trajetória, pois o estudo demonstra a atuação das 
20 
 
 
incubadoras em buscar consolidar uma rede de parceiros que possibilitem aos 
empreendimentos incubados ampliarem sua atuação no processo de promoção da inovação, 
no âmbito dos relacionamentos interorganizacionais (ANPROTEC, 2014). 
 
QUADRO 5 
Teste estatístico qui-quadrado para parcerias realizadas 
 
Fonte: Dados primários (2015). 
 
 A aprendizagem compartilhada é a principal razão para a efetivação de parcerias 
entre empreendimentos incubados e grandes empresas, de acordo com a pesquisa. Segundo 
Tidd, Bessant e Pavitt (2008) inovação tem a ver, essencialmente, com aprendizagem e 
mudança. Uma forma de olhar para a inovação é como se fosse um ciclo de aprendizagem, 
envolvendo um processo de experimentação, prática, reflexão e consolidação. 
Organizações não aprendem e sim, as pessoas que estão dentro delas. Analogamente, 
Teece e Pisano (1994 apud TIDD; BESSANT; PAVITT, 2008, p. 145) integraram as várias 
dimensões da estratégia da inovação na abordagem das capacidades dinâmicas, enfatizando 
a importância da mudança dinâmica e da aprendizagem corporativa. 
 Fazendo uma relação entre os motivos que levam uma grande empresa a realizar 
parcerias com empreendimentos incubados, levando em consideração a vantagem 
competitiva para ambos, a busca por soluções de problemas técnicos em conjunto vai ao 
encontro ao atendimento de demandas específicas de mercado, demonstrando interesses 
mútuos evidenciados pela pesquisa. 
 
6. Conclusões 
 
O objetivo neste artigo foi discutir as redes de colaboração entre empreendimentos 
incubados e grandes empresas, assim como a influência das grandes organizações nos 
ecossistemas de inovação e as razões que as levam a realizarem parcerias. 
21 
 
 
Foi destacado neste estudo a importância das parcerias interorganizacionais como 
fonte de sucesso para a inovação corporativa e o movimento de incubadoras de empresas 
brasileiro demonstrou significativa aderência a esta prática, uma vez que a análise 
estatística dos dados primários indicaram a aceitação da hipótese 3. Admite-se nestas 
condições que o modelo de gestão adotado pelas incubadoras pesquisadas atingiu um nível 
importante de maturidade, onde o desenvolvimento em rede configura uma prática 
potencialmente utilizada. Da mesma forma, identificou-se no levantamento um relevante 
índice de procura das grandes empresas à empreendimentos incubados, em busca de 
vantagens competitivas e de mercado (hipótese 1). Um dado que chamou atenção foi a 
terceirização de atividades secundárias para redução de custos, apontada na pesquisa como 
razão pouco importante para a efetivação de parcerias. A análiseindica uma tendência das 
grandes empresas em buscar externamente iniciativas de inovação, como P&D e 
fortalecimento da proposta de valor ante simplesmente redução de custos operacionais. A 
estratégia é a de buscar externamente funções que não têm relação direta com o 
estabelecimento e a preservação do poder de mercado. 
Com relação aos ecossistemas de inovação nucleados por uma empresa hub, o 
estudo não pode comprovar se uma única grande empresa lidera o ecossistema ao realizar 
parcerias com empreendimentos incubados. O resultado veio de encontro à proposição da 
hipótese 2 apenas quando foca na definição da plataforma de operações e inovação, onde 
63,2% das incubadoras afirmaram que as grandes empresas adotam esta prática. As 
empresas que comandam o ecossistema buscam dominar atividades estratégicas e que 
agreguem maior valor ao negócio, da mesma forma que visam o acesso a conhecimentos e 
recursos que de outra maneira não estariam disponíveis. Identifica-se, neste caso, uma 
oportunidade para pesquisas futuras, pois dadas as disparidades de tamanho, a empresa hub 
detém um poder significativo no ecossistema e pode "fazer o sucesso ou quebrar" o futuro 
de muitas das pequenas empresas por meio de suas decisões sobre a adesão à plataforma e 
governança. 
Os programas de incubação de empresas no Brasil, sejam fomentados por órgãos 
governamentais ou agências privadas, encontram nos ecossistemas de inovação uma 
oportunidade singular para ampliar a capacidade das incubadoras em gerarem, 
sistematicamente, empreendimentos inovadores e bem-sucedidos. É válido ressaltar que o 
Cerne visa criar um modelo de gestão padronizado e uma base de referência para que as 
incubadoras de diferentes áreas e tamanhos possam utilizar elementos básicos para reduzir 
o nível de variabilidade na gestão. Conclui-se que o modelo pode auxiliar incubadoras de 
22 
 
 
empresas a melhorar o desenvolvimento em rede e criar ecossistemas de inovação 
eficientes. 
Pesquisas futuras poderão avaliar de forma qualitativa se as incubadoras de 
empresas inseridas em ecossistemas de inovação contribuem para o sucesso e 
desenvolvimento dos empreendimentos incubados e se adotam modelos de gestão 
sistematizados que visam enriquecer o ecossistema de inovação nos ambientes de 
incubação, por meio de parcerias. 
As limitações do artigo estão relacionadas à amostra reduzida de incubadoras 
pesquisadas, procedimento não-aleatório na escolha dos elementos amostrais e taxa de 
resposta do questionário enviado via e-mail, caracterizado como erro amostral, embora 
tenha sido utilizado nas análises estatísticas um nível de 95% de confiança. 
 
Referências bibliográficas 
 
AERNOUDT, R. Incubators: tool for entrepreneurship? Small Business Economics, v. 23, 
n. 2, p. 127-135, 2004. 
ANPROTEC. Incubadoras e parques. Disponível em: < 
http://anprotec.org.br/site/pt/incubadoras-e-parques/>. Acesso em: 11 maio 2015. 
ASSOCIAÇÃO NACIONAL DE ENTIDADES PROMOTORAS DE 
EMPREENDIMENTOS INOVADORES. Centro de referência para apoio a novos 
empreendimentos (Cerne). 3. ed. Brasília: ANPROTEC, 2014. 
ASSOCIAÇÃO NACIONAL DE ENTIDADES PROMOTORAS DE 
EMPREENDIMENTOS INOVADORES; MINISTÉRIO DA CIÊNCIA, TECNOLOGIA 
E INOVAÇÃO. Estudo, Análise e Proposições sobre as Incubadoras de Empresas no 
Brasil. Brasília: ANPROTEC, 2012. 24 p. Relatório técnico. 
BESANKO, D.; DRANOVE, D.; SHANLEY, M. A economia da estratégia. 5. ed. Porto 
Alegre: Bookman, 2012. 
BOTERO MARIN, D. C. Orchestrating innovation ecosystems: a case study of a telco 
wholesaler growing into a global hub for cross-innovation. 2012. Tese KTH, Skolan för 
Industriell Teknik och Management (ITM), Industriell Ekonomi och Organisation (Inst.), 
Industriell Ekonomi och Organisation (Avd.), 2012. 
CAMARGO, S. H. R. V.; FARAH, O. E. Gestão empreendedora e intraempreendedora: 
estudos de casos brasileiros. Ribeirão Preto: Villimpress, 2010. 
CARNAUBA, A. A. C. Governança e confiança em redes interorganizacionais: um 
estudo sobre a confiança e os mecanismos formais e relacionais de governança em redes 
imobiliárias. 2012. Dissertação (Mestrado em Administração) - Faculdade de Economia, 
Administração e Contabilidade, Universidade de São Paulo, São Paulo, 2012. Disponível 
em: <http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/12/12139/tde-04122012-144614/>. Acesso 
em: 4 jun. 2015. 
23 
 
 
CECCAGNOLI, M. et al. Cocreation of value in a platform ecosystem: the case of 
enterprise software. MIS Quarterly, v. 36, n. 1, p. 263-290, 2012. 
CHANDRA, A.; FEALEY, T. Business incubation in the United States, China and Brazil: 
a comparison of role of government, incubator funding and financial services. 
International Journal of Entrepreneurship, v. 13, n. S1, p. 67-86, 2009. 
CHILLI BEANS. A marca. Disponível em: <http://chillibeans.com.br/marca>. Acesso em: 
5 jun. 2015. 
DAGNINO, G. B. et al. Interorganizational network and innovation: a bibliometric study 
and proposed research agenda. Journal of Business & Industrial Marketing, v. 30, n. 3/4, p. 
354-377, 2015. 
EISENMANN, T. R., PARKER, G.; ALSTYNE, M. V. Opening platforms: how, when 
and why?: artigo científico. Harvard Business School, 2008. Disponível em: < 
http://www.hbs.edu/faculty/Publication%20Files/09-030.pdf>. Acesso em: 4 maio 2015. 
ENGELMAN, R.; FRACASSO, E. M.; BRASIL, V. S. A qualidade percebida nos serviços 
de incubação de empresas. Revista Eletrônica de Administração, v.17, n.3, p. 802-822, 
2011. 
EXAME.COM. Negócios. Disponível em: <http://exame.abril.com.br/negocios/noticias/as-
50-empresas-mais-inovadoras-do-brasil-boticario-lidera>. Acesso em: 5 jun. 2015. 
FREEMAN, C. Networks of innovators: a synthesis of research issues. Research Policy, v. 
20, n. 5, p. 499-514, 1991. 
FREEMAN, C. The national system of innovation in historical perspective. Cambridge 
Journal of Economics, v. 19, p. 5-24, 1995. 
GEREFFI, G.; HUMPHREY, J.; STURGEON, T. The governance of global value chains. 
Review of International Political Economy, v. 12, n. 1, p. 78-104, 2005. 
GEREFFI, G. Shifting governance structures in global commodity chains, with special 
reference to the internet. American Behavioral Scientist, v.44, n.10, p. 1616-1637, 2001. 
GHOSHAL, S.; TANURE, B. Estratégias e gestão empresarial: construindo empresas 
brasileiras de sucesso: estudos de casos. Rio de Janeiro: Elsevier, 2004. 
HINDLE, T. Tudo sobre administração. São Paulo: Nobel, 2002. 
IBGE. Pesquisa Industrial Inovação Tecnológica 2011 (PINTEC). Rio de Janeiro: IBGE, 
2013. 
INCTI. Notícias. Disponível em: <http://www.incit.com.br/incit/noticias/4421/empresa-
incubada-cvs-acerta-parceria-com-a-multinacional-datalogic;jsessionid=z5jq3uhl89n9>. 
Acesso em: 5 jun. 2015. 
INSTITUTO BRASILEIRO DE GOVERNANÇA CORPORATIVA. Código das 
Melhores Práticas de Governança Corporativa. 4. ed. São Paulo: IBGC, 2009. 
LEVIN, J.; FOX, J. A. Estatística para ciências humanas. 9. ed. São Paulo: Prentice Hall, 
2004. 
MICROSOFT. How BizSpark works. Disponível em: 
<https://www.microsoft.com/bizspark/about/default.aspx>. Acesso em: 4 jun. 2015. 
24 
 
 
NAMBISAN, S.; BARON, R. A. Innovation ecosystems: entrepreneurs’ self-regulatory 
processes and their implications for new venture success. Entrepreneurship: Theory and 
Practice, v.37, n.5, p.1071-1097, 2013. 
NAMBISAN, S.; SAWHNEY, M. Orchestration processes in network-centric innovation: 
evidence from the field. Academy of Management Perspectives, v. 25, n. 3, p. 40-57, 2011. 
NATURA. Inovação. Disponível em: <http://www.natura.com.br/www/a-
natura/inovacao/>. Acesso em: 22 maio 2015. 
OECD. Manual de Oslo: diretrizes para coleta e interpretação de dados sobre inovação. 
OECD, 2005. 
PROVAN, K.G.; KENIS, P. Modes of network governance: structure, management, and 
effectiveness. Journal of Public Administration Research and Theory, v.18, n.2, p.229-252, 
2007. 
ROTHWELL, R. Towards the fifth-generation innovation process. International 
Marketing Review, v.11, n.1, p.7-31, 1994. 
SÁ, C.; LEE, H. Science, business, and innovation: understanding networks in technology-
based incubators. R and D Management, v. 42, n. 3, 243-253, 2012. 
SCHUMPETER, J. A. Capitalismo, Socialismo e Democracia. Rio de Janeiro: Fundo de 
Cultura, 1961. 
SMITH, H. L.; DICKSON, K.; SMITH, S. L. “There are two sides to every story”: 
Innovation and collaboration within networks of large and small firms. Research Policy, v. 
20, n. 5, p. 457-468, 1991. 
TIDD, J.; BESSANT, J.; PAVITT, K. Gestão da inovação. 3. ed. Porto Alegre: Bookman, 
2008. 
VEDOVELLO, C. Aspectos relevantes de parques tecnológicos e incubadoras de 
empresas. Revista do BNDS, Rio de Janeiro, v. 7, n. 14, p. 273-300, 2000. 
 
Anexos 
 
Anexo 1 
 
Valores críticos do qui-quadrado nos níveis de significância de 0,05 e 0,01 ( 
 
gl 0,05 0,01 
1 3,841 6,635 
2 5,991 9,210 
3 7,815 11,345 
Fonte: Adaptado de Levin e Fox (2004). Elaboração do autor.

Outros materiais

Outros materiais