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NOÇÕES DE SUSTENTABILIDADE Resolução CNJ nº 201/2015. ..............................................................................................................................................................................01 Lei nº 8.666/1993 e suas alterações: artigo 3º. ........................................................................................................................................... 12 Decreto nº 7.746/2012. ........................................................................................................................................................................................13 Política Nacional sobre Mudanças do Clima (Lei nº 12.187/2009). .................................................................................................... 15 Política Nacional de Resíduos Sólidos (Lei nº 12.305/2010). ................................................................................................................. 17 Conceito de Desenvolvimento Sustentável. .................................................................................................................................................. 28 1 NOÇÕES DE SUSTENTABILIDADE RESOLUÇÃO CNJ Nº 201/2015. RESOLUÇÃO Nº 201 DE 03/03/2015 Dispõe sobre a criação e competências das unidades ou núcleos socioambientais nos órgãos e conselhos do Poder Judiciário e implantação do respectivo Plano de Logística Sustentável (PLS-PJ) O PRESIDENTE DO CONSELHO NACIONAL DE JUSTI- ÇA (CNJ), no uso de suas atribuições legais e regimentais, CONSIDERANDO o disposto no artigo 170, VI, da Constituição da República Federativa do Brasil, que trata da defesa do meio ambiente, inclusive mediante tratamento diferenciado conforme o impacto ambiental dos produtos e serviços e de seus processos de elaboração e prestação; bem como artigo 225 que estabelece que todos têm direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado; CONSIDERANDO o disposto no artigo 3º da Lei 8.666, de 21 de junho de 1993, que cuida das normas para licita- ções e contratos da Administração Pública e Decreto 7.746, de 5 de junho de 2012, que regulamenta o artigo 3º da citada Lei, estabelecendo critérios, práticas e diretrizes para a promoção do desenvolvimento nacional sustentável nas contratações realizadas pela Administração Pública Federal; CONSIDERANDO a Lei 12.187, de 29 de dezembro de 2009, que instituiu a Política Nacional de Mudança de Clima, com diretrizes ao estímulo e apoio à manutenção e pro- moções de padrões sustentáveis de produção e consumo e como um de seus instrumentos à adoção de critérios de preferência nas licitações e concorrências públicas para as propostas que propiciem maior economia de energia, água e outros recursos naturais e a redução da emissão de gases de efeito estufa e de resíduos; e o disposto na Lei 12.305, de 2 de agosto de 2010, que institui a Política Nacional de Resíduos Sólidos e Decreto 7.407, que regulamenta a su- pracitada Lei; CONSIDERANDO as diretrizes contidas na Lei 11.419, de 19 de dezembro de 2006, que dispõe sobre a informa- tização do processo judicial e a Resolução CNJ 185/2013, a qual institui o Processo Judicial Eletrônico (PJe), que destaca a necessidade de estabelecimento de diretrizes e critérios para a racionalização dos recursos orçamentários, pautados na eficiência do gasto público e melhoria contínua da ges- tão de processos de trabalho; CONSIDERANDO a Resolução CNJ 114/2010, que dis- põe sobre o planejamento, a execução e o monitoramento de obras, bem como os parâmetros e orientações para pre- cificação, elaboração de editais, composição de Benefícios e Despesas Indiretas (BDI), critérios mínimos para habilitação técnica e cláusulas essenciais nos novos contratos de refor- ma e construção de imóveis no Poder Judiciário; e a Reso- lução CNJ 198/2014, que dispõe sobre o Planejamento e a Gestão Estratégica no âmbito do Poder Judiciário, classifi- cando como atributo de valor judiciário a Responsabilidade Socioambiental; CONSIDERANDO as Recomendações CNJ 11/2007 e 27/2009, que tratam da inclusão de práticas de socioam- bientais nas atividades rotineiras dos tribunais e a necessi- dade de atualizá-la no PJe; CONSIDERANDO os modelos de boas práticas de ges- tão sustentável do Poder Executivo, constantes das Instru- ções Normativas CNJ 1/2010; 10/2012, que estabelecem regras para elaboração dos Planos de Gestão de Logística Sustentável de que trata o art. 16 do Decreto 7.746, de 5 de junho de 2012; e 2, de 4 de junho de 2014, o qual dispõe sobre a economia de energia nas edificações públicas; CONSIDERANDO as recomendações do Tribunal de Contas da União, dispostas no Acórdão 1752, de 5 de julho de 2011, que trata das medidas de eficiência e sustentabi- lidade por meio do uso racional de energia, água e papel adotadas pela Administração Pública; CONSIDERANDO a efetiva influência do Poder Públi- co na atividade econômica nacional, especialmente por meio das contratações necessárias para o bom desenvol- vimento de suas atividades e efetiva prestação de serviços ao público em geral e a importância de ações planejadas e continuadas ligadas à mobilização e sensibilização para questões socioambientais no âmbito do Poder Judiciário; CONSIDERANDO a decisão plenária tomada no julga- mento do Ato Normativo 0005176-96.2014.2.0000 na 203ª Sessão Ordinária, realizada em 3 de março de 2015; RESOLVE: CAPÍTULO I DA CRIAÇÃO DAS UNIDADES OU NÚCLEOS S OCIOAMBIENTAIS NO PODER JUDICIÁRIO E SUAS COMPETÊNCIAS Art. 1º Os órgãos do Poder Judiciário relacionados nos incisos I-A a VII do art. 92 da Constituição Federal de 1988 bem como nos demais conselhos, devem criar unidades ou núcleos socioambientais, estabelecer suas competências e implantar o respectivo Plano de Logística Sustentável (PL- S-PJ). Art. 2º Os órgãos e conselhos do Poder Judiciário de- verão adotar modelos de gestão organizacional e de pro- cessos estruturados na promoção da sustentabilidade am- biental, econômica e social. Art. 3º Para os fins desta Resolução, consideram-se: I – visão sistêmica: identificação, entendimento e ge- renciamento de processos interrelacionados como um sistema que contribui para a eficiência da organização no sentido de atingir os seus objetivos; II – logística sustentável: processo de coordenação do fluxo de materiais, de serviços e de informações, do forne- cimento ao desfazimento, que considerando o ambiental- mente correto, o socialmente justo e o desenvolvimento econômico equilibrado; III – critérios de sustentabilidade: métodos utilizados para avaliação e comparação de bens, materiais ou serviços em função do seu impacto ambiental, social e econômico; 2 NOÇÕES DE SUSTENTABILIDADE IV - práticas de sustentabilidade: ações que tenham como objetivo a construção de um novo modelo de cultura institu- cional visando à inserção de critérios de sustentabilidade nas atividades do Poder Judiciário; V – práticas de racionalização: ações que tenham como objetivo a melhoria da qualidade do gasto público e o aper- feiçoamento contínuo na gestão dos processos de trabalho; VI – coleta seletiva: coleta de resíduos sólidos previamen- te separados conforme sua constituição ou composição com destinação ambientalmente adequada; VII – coleta seletiva solidária: coleta dos resíduos recicláveis descartados, separados na fonte geradora, para destinação às associações e cooperativas de catadores de materiais recicláveis; VIII – resíduos recicláveis descartados: materiais passíveis de retorno ao seu ciclo produtivo, rejeitados pelos órgãos do Poder Judiciário; IX – material de consumo: todo material que, em razão de sua utilização, perde normalmente sua identidade física e/ou tem sua utilização limitada a dois anos; X - gestão documental: conjunto de procedimentos e operaçõestécnicas para produção, tramitação, uso e avalia- ção de documentos, com vistas à sua guarda permanente ou eliminação, mediante o uso razoável de critérios de responsa- bilidade ambiental; XI – inventário físico financeiro: relação de materiais que compõem o estoque onde figuram a quantidade física e fi- nanceira, a descrição, e o valor do bem; XII – compra compartilhada: contratação para um grupo de participantes previamente estabelecidos, na qual a res- ponsabilidade de condução do processo licitatório e geren- ciamento da ata de registro de preços serão de um órgão ou entidade da Administração Pública Federal com o objetivo de gerar benefícios econômicos e socioambientais; XIII – ponto de equilíbrio: quantidade ideal de recursos materiais necessários para execução das atividades desempe- nhadas por uma unidade de trabalho, sem prejuízo de sua eficiência; XIV – corpo funcional: magistrados, servidores e estagiários; e XV – força de trabalho auxiliar: funcionários terceirizados. Art. 4º As unidades ou núcleos socioambientais deverão ter caráter permanente para o planejamento, implementação, monitoramento de metas anuais e avaliação de indicadores de desempenho para o cumprimento desta Resolução, de- vendo ser criadas no prazo máximo de 120 (cento e vinte) dias, a partir da publicação da presente. Art. 5º As unidades ou núcleos socioambientais deverão estimular a reflexão e a mudança dos padrões de compra, consumo e gestão documental dos órgãos do Poder Judiciá- rio, bem como do corpo funcional e força de trabalho auxiliar de cada instituição. Art. 6º As unidades ou núcleos socioambientais deverão fomentar ações que estimulem: I - o aperfeiçoamento contínuo da qualidade do gasto público; II -o uso sustentável de recursos naturais e bens públicos; III - a redução do impacto negativo das atividades do órgão no meio ambiente com a adequada gestão dos resíduos gerados; IV - a promoção das contratações sustentáveis; V - a gestão sustentável de documentos, em conjunto com a unidade responsável; VI - a sensibilização e capacitação do corpo funcional, for- ça de trabalho auxiliar e de outras partes interessadas; e VII - a qualidade de vida no ambiente de trabalho, em conjunto com a unidade responsável. § 1º A adequada gestão dos resíduos gerados deverá pro- mover a coleta seletiva, com estímulo a sua redução, ao reuso e à reciclagem de materiais, e à inclusão socioeconômica dos catadores de resíduos, em consonância com a Política Nacio- nal de Resíduos Sólidos e as limitações de cada município. § 2º O uso sustentável de recursos naturais e bens públi- cos deverá ter como objetivos o combate ao desperdício e o consumo consciente de materiais, com destaque para a ges- tão sustentável de documentos como a implementação de processo judicial eletrônico e a informatização dos processos e procedimentos administrativos. § 3º A promoção das contratações sustentáveis deverá observar a integração dos aspectos ambientais, econômicos e sociais do desenvolvimento sustentável. § 4º As unidades ou núcleos socioambientais, em intera- tividade com as áreas envolvidas direta ou indiretamente com as contratações, deverão fomentar a inclusão de práticas de sustentabilidade, racionalização e consumo consciente, que compreende as seguintes etapas: I – estudo e levantamento das alternativas à aquisição de produtos e serviços solicitados, considerando: a) verificação da real necessidade de aquisição do produ- to e/ou serviço; b) existência no mercado de alternativas sustentáveis considerando o ciclo de vida do produto; c) a legislação vigente e as normas técnicas, elaboradas pela ABNT, para aferição e garantia da aplicação dos requisi- tos mínimos de qualidade, utilidade, resistência e segurança dos materiais utilizados; d) conformidade dos produtos, insumos e serviços com os regulamentos técnicos pertinentes em vigor expedidos pelo Inmetro de forma a assegurar aspectos relativos à saúde, à segurança, ao meio ambiente, ou à proteção do consumidor e da concorrência justa; e) normas da Anvisa quanto à especificação e classifica- ção, quando for o caso; f) as Resoluções do CONAMA, no que couber; g) descarte adequado do produto ao fim de sua vida útil, em observância à Política Nacional de Resíduos Sólidos; II – especificação ou alteração de especificação já existen- te do material ou serviço solicitado, observando os critérios e práticas de sustentabilidade, em conjunto com a unidade solicitante; III – lançamento ou atualização das especificações no sis- tema de compras e administração de material da instituição; IV - dentre os critérios de consumo consciente, o pedido de material e/ou planejamento anual de aquisições deverão ser baseados na real necessidade de consumo até que a uni- dade possa atingir o ponto de equilíbrio. § 5º. O histórico de consumo da unidade deverá ser con- siderado para monitoramento de dados e poderá ser um dos critérios utilizados no levantamento da real necessidade de consumo. 3 NOÇÕES DE SUSTENTABILIDADE § 6º A sensibilização e capacitação do corpo funcional, força de trabalho auxiliar e, quando for o caso, de outras partes interessadas deverão estimular de forma contínua o consumo consciente e a responsabilidade socioambiental no âmbito da instituição. § 7º A qualidade de vida no ambiente de trabalho deve compreender a valorização, satisfação e inclusão do capital humano das instituições, em ações que estimulem o seu de- senvolvimento pessoal e profissional, assim como a melhoria das condições das instalações físicas. Art. 7º As unidades ou núcleos socioambientais deverão, preferencialmente, ser subordinados à alta administração dos órgãos tendo em vista as suas atribuições estratégicas e as mudanças de paradigma que suas ações compreendem. Art. 8º Os órgãos e conselhos do Poder Judiciário deverão implementar o Plano de Logística Sustentável do Poder Judi- ciário (PLS-PJ), de acordo com o Capítulo II desta Resolução. Art. 9º O CNJ deverá publicar anualmente, por intermé- dio do Departamento de Pesquisas Judiciárias (DPJ), o Balanço Socioambiental do Poder Judiciário, fomentado por informa- ções consolidadas nos relatórios de acompanhamento do PLS -PJ de todos os órgãos e conselhos do Poder Judiciário. CAPÍTULO II DO PLANO DE LOGÍSTICA SUSTENTÁVEL DO PODER JUDICIÁRIO (PLS-PJ) Art. 10. O PLS-PJ é instrumento vinculado ao plane- jamento estratégico do Poder Judiciário, com objetivos e responsabilidades definidas, ações, metas, prazos de exe- cução, mecanismos de monitoramento e avaliação de re- sultados, que permite estabelecer e acompanhar práticas de sustentabilidade, racionalização e qualidade que obje- tivem uma melhor eficiência do gasto público e da gestão dos processos de trabalho, considerando a visão sistêmica do órgão. Art. 11. Ficam instituídos os indicadores mínimos para avaliação do desempenho ambiental e econômico do Pla- no de Logística Sustentável do Poder Judiciário (PLS-PJ), conforme Anexo I, que devem ser aplicados nos órgãos e conselhos do Poder Judiciário. Art. 12. Os órgãos e conselhos do Poder Judiciário de- verão constituir comissão gestora do PLS-PJ composta por no mínimo 5 (cinco) servidores, que serão designados pela alta administração no prazo de 30 dias a partir da constitui- ção das unidades ou núcleos socioambientais. § 1º A comissão gestora do PLS-PJ será composta, obrigatoriamente, por um servidor da unidade ou núcleo socioambiental, da unidade de planejamento estratégico e da área de compras ou aquisições do órgão ou conselho do Poder Judiciário. § 2º A comissão gestora do PLS-PJ terá a atribuição de elaborar, monitorar, avaliar e revisar o PLS-PJ do seu órgão. Art. 13. O PLS-PJ será aprovado pela alta administração do órgão. § 1º O PLS-PJ poderá ser subdividido,a critério de cada órgão, em razão da complexidade de sua estrutura. § 2º Os PLS-PJ dos órgãos seccionais da Justiça Federal deverão estar em conformidade com o PLS-PJ do órgão a que é subordinado. Art. 14. O PLS-PJ deverá conter, no mínimo: I – relatório consolidado do inventário de bens e materiais do órgão, com a identificação dos itens nos quais foram inse- ridos critérios de sustentabilidade quando de sua aquisição; II – práticas de sustentabilidade, racionalização e consu- mo consciente de materiais e serviços; III – responsabilidades, metodologia de implementação, avaliação do plano e monitoramento dos dados; IV – ações de divulgação, sensibilização e capacitação. Art. 15. A elaboração e atualização do inventário de bens e materiais, adquiridos pelo órgão no período de um ano, deverão ser feitas em conformidade com a normatização interna de cada órgão do Poder Judiciário conforme definição no art. 3º, XII. Art. 16. As práticas de sustentabilidade, racionalização e consumo consciente de materiais e serviços deverão abran- ger, no mínimo, os seguintes temas: I – uso eficiente de insumos e materiais considerando, inclusive, a implantação do PJe e a informatização dos proces- sos e procedimentos administrativos; II – energia elétrica; III – água e esgoto; IV – gestão de resíduos; V – qualidade de vida no ambiente de trabalho; VI – sensibilização e capacitação contínua do corpo fun- cional, força de trabalho auxiliar e, quando for o caso, de ou- tras partes interessadas; VII – contratações sustentáveis, compreendendo, pelo menos, obras, equipamentos, combustível, serviços de vigi- lância, de limpeza, de telefonia, de processamento de dados, de apoio administrativo e de manutenção predial, conforme artigo 15; VIII – deslocamento de pessoal, bens e materiais conside- rando todos os meios de transporte, com foco na redução de gastos e de emissões de substâncias poluentes. Parágrafo único: As práticas de sustentabilidade, raciona- lização e consumo consciente de materiais e serviços cons- tantes no Anexo II desta Resolução poderão ser utilizadas como referência na elaboração dos planos de ação dos PLS-PJ dos conselhos e órgãos do Poder Judiciário. Art. 17. As contratações efetuadas pelo órgão ou conse- lho deverão observar: I – critérios de sustentabilidade na aquisição de bens, tais como: a) rastreabilidade e origem dos insumos de madeira como itens de papelaria e mobiliário, a partir de fontes de manejo sustentável; b) eficiência energética e nível de emissão de poluentes de máquinas e aparelhos consumidores de energia, veículos e prédios públicos; 4 NOÇÕES DE SUSTENTABILIDADE c) eficácia e segurança dos produtos usados na limpeza e conservação de ambientes; d) gêneros alimentícios. II - práticas de sustentabilidade na execução dos serviços; III – critérios e práticas de sustentabilidade no projeto e execução de obras e serviços de engenharia, em consonância com a Resolução CNJ 114/2010; IV – emprego da logística reversa na destinação final de suprimentos de impressão, pilhas e baterias, pneus, lâmpadas, óleos lubrificantes, seus resíduos e embalagens, bem como produtos eletroeletrônicos e seus componentes, de acordo com a Política Nacional de Resíduos Sólidos, observadas as limitações de cada município. Art. 18. O PLS-PJ deverá ser formalizado em processo ad- ministrativo e, para cada tema citado no art. 16, deverão ser criados planos de ação com os seguintes tópicos: I – objetivo do plano de ação; II – detalhamento de implementação das ações; III - unidades e áreas envolvidas na implementação de cada ação e respectivos responsáveis; IV – metas a serem alcançadas para cada ação; V – cronograma de implementação das ações; VI - previsão de recursos financeiros, humanos, instru- mentais, entre outros, necessários para a implementação das ações. § 1º Para os temas listados no art. 16, os resultados alcan- çados serão avaliados semestralmente e/ou anualmente pela comissão gestora do PLS-PJ, utilizando os indicadores cons- tantes no Anexo I e banco de boas práticas. § 2º Caso o órgão ou conselho inclua outros temas no PLS -PJ, deverão ser definidos os respectivos indicadores, conten- do: nome, fórmula de cálculo, fonte de dados, metodologia e periodicidade de apuração. Art. 19. As iniciativas de capacitação afetas ao tema sus- tentabilidade deverão ser incluídas no plano de treinamento de cada órgão do Poder Judiciário. Parágrafo único. As atividades de ambientação de novos servidores e colaboradores deverão difundir as ações susten- táveis praticadas, de modo a consolidar os novos padrões de consumo consciente do órgão. Art. 20. As seguintes iniciativas da Administração Pública Federal poderão ser observadas na elaboração dos PLS-PJ: I – Programa de Eficiência do Gasto Público (PEG), de- senvolvido no âmbito da Secretaria de Orçamento Federal do Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão (SOF/MP); II – Programa Nacional de Conservação de Energia Elé- trica (Procel), coordenado pela Secretaria de Planejamento e Desenvolvimento Energético do Ministério de Minas e Ener- gia (SPE/MME); III – Agenda Ambiental na Administração Pública (A3P), coordenada pela Secretaria de Articulação Institucional e Ci- dadania Ambiental do Ministério do Meio Ambiente (SAIC/ MMA); IV – Coleta Seletiva Solidária, desenvolvida no âmbito da Secretaria-Executiva do Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome (SE/MDS); V – Projeto Esplanada Sustentável (PES), coordenado pelo Mi- nistério do Planejamento, Orçamento e Gestão, por meio da SOF/ MP, em articulação com o Ministério do Meio Ambiente, Minis- tério de Minas e Energia e Ministério do Desenvolvimento Social; VI – Contratações Públicas Sustentáveis (CPS), coordena- da pelo órgão central do Sistema de Serviços Gerais (SISG), na forma da Instrução Normativa 1, de 19 de janeiro de 2010, da Secretaria da Logística e Tecnologia da Informação (SLTI/MP). § 1º Os planos de ação, ou instrumentos similares, das ini- ciativas elencadas neste artigo, poderão ser incorporados aos PLS-PJ dos órgãos e conselhos do Poder Judiciário. § 2º Os guias de contratações sustentáveis poderão ser utilizados com o objetivo de orientar a inclusão de critérios e práticas de sustentabilidade a serem observados na aquisição de bens e na contratação de obras e serviços. § 3º O banco de boas práticas estará disponível no sítio do CNJ, no qual serão elencadas as iniciativas e ações que resultaram em impacto positivo quanto aos aspectos ambientais, econômi- cos e sociais na gestão dos órgãos e conselhos do Poder Judiciário. CAPÍTULO III DISPOSIÇÕES FINAIS Art. 21. O PLS-PJ deverá ser elaborado e publicado no sí- tio dos respectivos órgãos e conselhos do Poder Judiciário no prazo de cento e oitenta dias, contados a partir da publicação desta resolução. Art. 22. Os resultados obtidos a partir da implantação das ações definidas no PLS-PJ deverão ser publicados ao final de cada semestre do ano no sítio dos respectivos conselhos e ór- gãos do Poder Judiciário, apresentando as metas alcançadas e os resultados medidos pelos indicadores. Art. 23. Ao final de cada ano deverá ser elaborado por cada órgão e conselho do Poder Judiciário relatório de desempenho do PLS-PJ, contendo: I – consolidação dos resultados alcançados; II – a evolução do desempenho dos indicadores estratégi- cos do Poder Judiciário com foco socioambiental e econômico, de acordo com o previsto no Anexo I; III – identificação das ações a serem desenvolvidas ou mo- dificadas para o ano subsequente. § 1º Os relatórios deverão ser publicados no sítio dos res- pectivos órgãos e conselhos do Poder Judiciário e encaminha- dos, em forma eletrônica, ao CNJ até o dia 20 de dezembro do ano corrente pela autoridade competente do órgãoou conselho. § 2º O DPJ disponibilizará aos órgãos e conselhos do Poder Judiciário acesso ao sistema informatizado para compilação das informações quanto ao PLS-PJ com o objetivo de padronizar o envio e recebimento de dados e facilitar a análise dos indicado- res que avaliarão o índice de sustentabilidade das instituições. Art. 24. O PLS-PJ irá subsidiar, anualmente, o Balanço So- cioambiental do Poder Judiciário, a ser publicado pelo CNJ por intermédio do DPJ, no prazo de 180 dias a contar do recebi- mento do relatório de desempenho dos órgãos. Art. 25. Esta Resolução entra em vigor na data de sua pu- blicação. 5 NOÇÕES DE SUSTENTABILIDADE ANEXO I DA RESOLUÇÃO 201, DE 3 DE MARÇO DE 2015 Indicadores mínimos para avaliação do desempenho ambiental e econômico do PLS-PJ I – Materiais de Consumo Papel Nome do Indicador/Índice Descrição Apuração Consumo de papel branco Quantidade (resmas) de papel branco utilizadas Mensal e anual Gasto com aquisição de papel branco Valor (R$) gasto com a compra de papel branco Mensal e anual Consumo de papel reciclado Quantidade (resmas) de papel reciclado utilizadas Mensal e anual Gasto com aquisição de papel reciclado Valor (R$) gasto com a compra de papel reciclado Mensal e anual Consumo total de papel branco e reciclado Quantidade total de resmas de papel branco e reciclado utilizadas Mensal e anual Copos Descartáveis e água engarrafada Nome do Indicador/Índice Descrição Apuração Consumo de copos de 200ml descartáveis Quantidade (centos) de copos de 200 ml/total corpo funcional + força de trabalho auxiliar Semestral e anual Gasto com aquisição de copos de 200 ml Valor (R$) gasto com a compra de copos de 200 ml Semestral e anual Consumo de copos de 50ml descartáveis Quantidade (centos) de copos de 50 ml/total corpo funcional + força de trabalho auxiliar Semestral e anual Gasto com aquisição de copos de 50 ml Valor (R$) gasto com a compra de copos de 50 ml Semestral e anual Gasto total com aquisição de copos descartáveis Valor (R$) gasto com a compra de copos descartáveis (200ml + 50ml) Semestral e anual Consumo de água envasada em embalagens plásticas (com e sem gás – explicitar o volume em ml ou litro) Quantidade (unidades) de garrafas descartáveis consumidas Semestral e anual Consumo de garrafões de água de 20 litros Consumo de garrafões de água de 20 litros Semestral e anual 6 NOÇÕES DE SUSTENTABILIDADE Gasto com aquisição de água envasada em embalagens plásticas (com e sem gás – explicitar o volume em ml ou litro) Valor (R$) gasto com a compra de garrafinhas plásticas (com e sem gás) Semestral e anual Gasto com aquisição de garrafões de 20 litros Valor (R$) gasto com a compra de garrafões 20 litros Semestral e anual II - Impressão de documentos e equipamentos instalados Nome do Indicador/Índice Descrição Apuração Impressões de documentos totais Quantidade total de impressões/ corpo funcional + força de trabalho auxiliar Semestral e anual Equipamentos instalados Quantidade de equipamentos instalados por unidade de trabalho Semestral e anual Performance dos equipamentos instalados (índice de ociosidade baseada na capacidade máxima de impressão) Quantidade de impressões/ equipamentos instalados por unidade de trabalho Semestral Gasto com aquisições de suprimentos Valor (R$) gasto com a compra de suprimentos Anual Gasto com aquisição de impressoras Valor gasto com a compra de equipamentos de impressão Anual Gasto com contratos de outsourcing de impressão (equipamento + manutenção + impressão por folha + suprimento) Valor (R$) gasto com o posto de impressão Anual III - Energia Elétrica Nome do Indicador Descrição Apuração Consumo de energia elétrica Quantidade de Kwh consumidos Mensal e anual Consumo de energia elétrica por área construída Quantidade de Kwh consumidos/total da área construída Mensal e anual Gasto com energia elétrica Valor (R$) da fatura Mensal e anual Gasto com energia elétrica Valor (R$) da fatura/total área construída Mensal e anual 7 NOÇÕES DE SUSTENTABILIDADE Adequação do contrato de demanda (fora de ponta) Demanda registrada fora de ponta/ demanda contratada fora de ponta (%) Mensal Adequação do contrato de demanda (ponta) Demanda registrada ponta/Demanda contratada ponta (5) Mensal IV - Água e esgoto Nome do Indicador Descrição Apuração Volume de água consumido Quantidade de m³ de água Mensal e anual Volume de água por área construída Quantidade de m³ de água/total área construída Mensal e anual Gasto com água Valor (R$) da fatura Mensal e anual Gasto com água por área construída Valor (R$) da fatura/área total construída Mensal e anual V – Gestão de resíduos Nome do Indicador Descrição Apuração Destinação de papel para reciclagem Quantidade (kg) de papel destinado à reciclagem Mensal e semestral Destinação de suprimentos de impressão para reciclagem Quantidade (kg) de suprimentos de impressão destinados à reciclagem Mensal e semestral Destinação de plástico para reciclagem Quantidade (kg) de plástico destinado à reciclagem Mensal e semestral Destinação de lâmpadas encaminhadas para descontaminação Quantidade (unidades) de lâmpadas encaminhadas para descontaminação Mensal e semestral Destinação de pilhas e baterias encaminhadas para descontaminação Quantidade (kg) de pilhas e baterias encaminhadas para descontaminação Mensal e semestral Destinação de madeiras para reaproveitamento Quantidade (kg) de madeira destinada à reciclagem Mensal e semestral Destinação de vidros para reciclagem Quantidade (kg) de vidros destinados à reciclagem Mensal e semestral Destinação de metais para a reciclagem Quantidade (kg) de metais destinados à reciclagem Mensal e semestral Destinação de resíduos de saúde para descontaminação Quantidade (kg) de resíduos de saúde destinados à descontaminação Mensal e semestral 8 NOÇÕES DE SUSTENTABILIDADE Destinação de resíduos de obras à reciclagem Quantidade (kg) de resíduos de obras destinados à reciclagem Anual Destinação de resíduos de informática (fitas, cabos, mídias, dentre outros) à reciclagem Quantidade (kg) de resíduos de informática (fitas, cabos, mídias, dentre outros) destinados à reciclagem Anual Total de material reciclável destinado às cooperativas Quantidade (kg) de resíduos recicláveis destinados às cooperativas Mensal e semestral VI – Qualidade de vida no ambiente de trabalho Nome do Indicador Descrição Apuração Participação dos servidores e/ou ações voltadas para a qualidade de vida no trabalho (Quantidade de servidores que participaram de ações de qualidade de vida/total de servidores da instituição) x 100 Anual Participação de servidores em ações solidárias (ex: inclusão digital, alfabetização, campanhas voluntárias) (Quantidade de servidores que participaram de ações solidárias/total de servidores da instituição) x 100 Anual Ações de inclusão para servidores com deficiência Quantidade de ações de inclusão Anual VII – Telefonia Nome do Indicador Descrição Apuração Gasto médio do contrato de telefonia fixa Valor (R$) da fatura/quantidade linhas Mensal e Anual Gasto médio do contrato de telefonia móvel Valor (R$) da fatura/quantidade de linhas Mensal e Anual Gasto total do contrato de telefonia fixa Valor (R$) da fatura de telefonia fixa Mensal e anual Gasto total do contrato de telefoniamóvel Valor (R$) da fatura de telefonia móvel Mensal e anual VII - Vigilância Nome do Indicador Descrição Apuração Valor inicial do posto Valor total anual do contrato/ quantidade de postos Anual Valor atual do posto Valor total anual de repactuação/valor total anual de assinatura do contrato Anual 9 NOÇÕES DE SUSTENTABILIDADE IX - Limpeza Nome do Indicador Descrição Apuração Gasto de limpeza pela área construída Valor (R$) anual do contrato/área construída Anual Grau de repactuação Valor total anual de repactuação/valor total anual da assinatura do contrato Anual Gasto com material de limpeza Valor (R$) gasto com aquisição de material de limpeza Anual X - Combustível Nome do Indicador Descrição Apuração Consumo de gasolina da frota oficial de veículos Quantidade de litros de gasolina consumidos/quantidade de km rodados Mensal e Anual Consumo de etanol da frota oficial de veículos Quantidade de litros de etanol consumidos/quantidade de km rodados Mensal e anual Consumo de diesel da frota oficial de veículos Quantidade de litros de diesel consumidos/quantidade de km rodados Mensal e anual XI - Veículos Nome do Indicador Descrição Apuração Veículos para transporte de servidores, tramitação de documentos e demais atividades funcionais Quantidade de veículos utilizados no transporte de servidores, tramitação de documentos e demais atividades funcionais/total de servidores Anual Veículos para transporte de magistrados Quantidade de veículos utilizados no transporte de magistrados /total de magistrados Anual Gasto com manutenção dos veículos da frota Valor (R$) da fatura do total de contratos de manutenção/ quantidade de veículos Anual 10 NOÇÕES DE SUSTENTABILIDADE XII - Layout Nome do Indicador Descrição Apuração Valor gasto com reformas nas unidades Valor gasto com reformas nas unidades no ano vigente/ Valor gasto com reformas no ano anterior Anual XIII – Capacitação de servidores em educação socioambiental Nome do Indicador Descrição Apuração Sensibilização e capacitação do corpo funcional e força de trabalho auxiliar Quantidade de ações de sensibilização e capacitação Anual ANEXO II DA RESOLUÇÃO 201, DE 3 DE MARÇO DE 2015 Sugestões de práticas de sustentabilidade, racionalização e consumo consciente quanto à aquisição de materiais e à contratação de serviços. Papel e suprimentos de impressão 1. Dar preferência ao uso de mensagens eletrônicas (e-mail) na comunicação evitando o uso do papel. 2. Evitar a impressão de documentos. 3. Fazer a revisão dos documentos antes de imprimi-los. 4. Sempre que possível, imprimir em fonte econômica (eco fonte) e frente e verso. 5. Configurar ou substituir os equipamentos de impressão e cópia para modo frente e verso automático. 6. Somente disponibilizar um cartucho/tonner novo ao receber o velho completamente vazio. 7. Reaproveitar as folhas impressas de um lado para nova impressão ou confecção de blocos de rascunho. 8. Dar preferência ao uso do papel reciclado ou não clorado; 9. Realizar campanhas de sensibilização e consumo consciente quanto ao uso do papel, e 10. Monitorar os dados de consumo e informá-los ao corpo funcional. Sistemas informatizados 1. Promover o desenvolvimento de sistemas informatizados de documentos em substituição aos documentos impressos. 2. Interagir de forma eficiente com os sistemas eletrônicos de processos administrativos e/ou judiciais com o objetivo de evitar a impressão. 3. Digitalizar os documentos impressos. 4. Promover o uso de ferramentas virtuais na gestão administrativa para melhor controle, gerenciamento e atendimento de demandas. Copos Descartáveis e águas engarrafadas 1. Substituir o uso de copos descartáveis por dispositivos retornáveis duráveis ou biodegradáveis. 2. Dar preferência para aquisição de copos produzidos com materiais que minimizem os impactos ambientais de seu descarte; 3. Incentivar o uso do copo retornável com campanhas de sensibilização e consumo consciente. 4. Monitorar os dados de consumo e informá-los ao corpo funcional. 5. Substituir o consumo de água engarrafada em copinhos plásticos de 200 ml e garrafas plásticas por garrafões de 20 litros, sistemas de filtragem ou bebedouros tendo em vista as questões econômico-financeiras e impactos ambientais nega- tivos gerados pelos resíduos plásticos. 6. Os equipamentos como garrafões de 20 litros, bebedouros e sistemas de filtragem devem ser higienizados periodica- mente de acordo com os normativos legais ou instruções do fabricante. Material de limpeza 1. Usar preferencialmente produtos biodegradáveis de limpeza. 2. Incluir nos contratos de limpeza a capacitação e sensibilização periódica das equipes de limpeza. 3. Rever as rotinas de trabalho quanto à limpeza das instalações de modo a otimizar os serviços realizados. 11 NOÇÕES DE SUSTENTABILIDADE Energia Elétrica 1. Fazer diagnóstico da situação das instalações elé- tricas e propor as alterações necessárias para redução de consumo. 2. Monitorar os dados de consumo e informá-los ao corpo funcional. 3. Desligar luzes e equipamentos ao se ausentar do ambiente. 4. Fechar as portas e janelas quando o ar condicionado estiver ligado para não diminuir sua eficiência. 5. Aproveitar as condições naturais do ambiente de tra- balho – ventilação, iluminação natural. 6. Desligar alguns elevadores nos horários de menor movimento e promover campanhas de incentivo ao uso das escadas. 7. Revisar o contrato de energia visando à racionaliza- ção em razão da real demanda de energia elétrica. 8. Dar preferência, quando da substituição, a aparelhos de ar condicionado e outros equipamentos eletroeletrô- nicos mais modernos e eficientes, respeitadas as normas técnicas vigentes. 9. Buscar implementar soluções que tragam eficiência energética à edificação, como a substituição de lâmpadas fluorescentes por dispositivos em led, placas fotovoltaicas para captação de energia solar e outras tecnologias limpas para geração de energia. 10. Utilizar, sempre que possível, sensores de presença em locais de trânsito de pessoas. 11. Reduzir a quantidade de lâmpadas, estabelecendo um padrão por m² e estudando a viabilidade de se trocar as calhas embutidas por calhas “invertidas”. 12. Realizar campanhas de sensibilização e consumo consciente quanto ao uso da energia. Água e Esgoto 1. Realizar levantamento e monitorar, periodicamente, a situação das instalações hidráulicas e propor alterações necessárias para redução do consumo. 2. Monitorar os dados de consumo e informá-los ao corpo funcional. 3. Adotar medidas para evitar o desperdício de água como a instalação de descargas e torneiras mais eficientes e com dispositivos economizadores. 4. Não utilizar água nobre para fins não nobres (ex: lavagem de veículos, manutenção de jardins, lavagem de brises). 5. Criar rotinas periódicas para lavagem de grandes áreas e irrigação de jardins. 6. Dar preferência a sistemas de reuso de água e trata- mento dos efluentes gerados. 7. Dar preferência a sistemas de medição individualiza- dos de consumo de água. 8. Analisar a viabilidade de aproveitamento da água da chuva e poços artesianos, com a devida outorga, e 9. Realizar campanhas de sensibilização e consumo consciente quanto ao uso da água. Gestão de resíduos 1. Promover a implantação da coleta seletiva em consonância com a Resolução CONAMA 275/2001, o Decreto 5.940/2006, a Lei 12.305/2010 e demais legislação pertinente, quanto ao estabeleci- mento de parcerias com cooperativas de catadores (sempre que possível, respeitadas as limitações dos municípios) e tabela de cores. 2. Promover a destinação ecologicamentecorreta dos re- síduos gerados (desde material de expediente até óleos lubrifi- cantes, pneus, pilhas, baterias, lixo eletrônico, quando houver). 3. Realizar campanhas de sensibilização e consumo consciente quanto ao descarte correto de resíduos. 4. Monitorar os dados de consumo e informá-los ao cor- po funcional. 5. Implantar planos de gestão de resíduos de saúde nos casos cabíveis, conforme previsto na RDC ANVISA 306/2004. 6. Incluir nos contratos para cessão de espaço público que tenham como objetos restaurantes ou lanchonetes, pre- visão para que a contratada dê destino ecologicamente cor- reto ao óleo de cozinha, apresentando relatório mensal dos resíduos gerados, e 7. Incluir nos contratos de manutenção predial a descon- taminação e descarte ecologicamente correto de lâmpadas. Qualidade de vida no ambiente de trabalho 1. Adotar medidas para promover um ambiente físico de trabalho seguro e saudável. 2. Adotar medidas para avaliação e controle da qualida- de do ar nos ambientes climatizados. 3. Realizar manutenção ou substituição de aparelhos que provocam ruídos no ambiente de trabalho. 4. Promover atividades de integração e de qualidade de vida no trabalho. 5. Realizar campanhas, oficinas, palestras e exposições de sensibilização das práticas sustentáveis para os servido- res, funcionários terceirizados e magistrados com divulgação por meio da intranet, cartazes eletrônicos e informativos. 6. Incentivar a adoção de práticas sustentáveis e cola- borativas reconhecendo e premiando as unidades que pos- suem bons índices de consumo. 7. Incentivar a realização de cursos à distância com a temática da sustentabilidade reforçando as práticas realizadas no tribunal. 8. Buscar parcerias com a comunidade e órgãos da ad- ministração local no sentido de implementar possíveis ino- vações e serviços (ex: coleta de óleo pela concessionária lo- cal, recolhimento de lixo eletrônico, etc.), e 9. Trocar experiências com outros órgãos no sentido de buscar novas práticas. Veículos e transporte 1. Dar preferência a contratos de aquisição de veículos com dação em pagamento. 2. Estabelecer rotas preferenciais entre os destinos mais utilizados considerando a redução no consumo de combus- tíveis e emissão de gases poluentes. 3. Utilizar preferencialmente combustíveis menos po- luentes e de fontes renováveis como o etanol. 4. Estabelecer rotinas de manutenção preventiva nos veículos. 5. Dar preferência à lavagem ecológica de veículos oficiais, e 6. Estabelecer intervalos sustentáveis entre as lavagens de veículos oficiais. 12 NOÇÕES DE SUSTENTABILIDADE Telefonia 1. Implantação de tecnologia VoIP (Voice over Interne Protocol) – substituição de linhas analógicas por rede de dados e voz (ramais). Mobiliário 1. Adquirir mobiliário observando as normas de ergonomia. 2. No caso dos itens em madeira, observar a origem legal do produto. Desfazimento de documentos, materiais e bens móveis 1. Recomendar que o desfazimento de bens móveis e ma- teriais tenha o apoio das unidades ou núcleos socioambien- tais, para identificação da melhor destinação, considerando o que estabelece Lei 12.305/2010, que institui a Política Nacional de Resíduos Sólidos e Decreto 7.404/2010, que regulamenta a mencionada Lei. 2. Descartar de forma ecologicamente correta os docu- mentos e processos judiciais de acordo com a tabela de tem- poralidade e Recomendação CNJ 37/2011. 3. Incentivar ações de reutilização de materiais. Contratações sustentáveis 1. Estimular contratações sustentáveis, ou seja, com a inser- ção de critérios de sustentabilidade na especificação do objeto. 2. Realizar análise de consumo antes da contratação para avaliação da real necessidade de aquisição. Material de consumo – planejamento e uso 1. A unidade responsável pela administração de material do órgão deve controlar e monitorar os dados de consumo e informá-los às unidades de trabalho. 2. Os gestores devem informar ao corpo funcional os índi- ces de consumo da unidade estimulando o consumo conscien- te em busca do ponto de equilíbrio. Fonte: http://www.cnj.jus.br/busca-atos-adm?documen- to=2795 LEI Nº 8.666/1993 E SUAS ALTERAÇÕES: ARTIGO 3º. Art. 3o A licitação destina-se a garantir a observância do princípio constitucional da isonomia, a seleção da proposta mais vantajosa para a administração e a promoção do desen- volvimento nacional sustentável e será processada e julgada em estrita conformidade com os princípios básicos da legalidade, da impessoalidade, da moralidade, da igualdade, da publicida- de, da probidade administrativa, da vinculação ao instrumento convocatório, do julgamento objetivo e dos que lhes são corre- latos. (Redação dada pela Lei nº 12.349, de 2010) (Regula- mento) (Regulamento) (Regulamento) § 1o É vedado aos agentes públicos: I - admitir, prever, incluir ou tolerar, nos atos de convocação, cláusulas ou condições que comprometam, restrinjam ou frus- trem o seu caráter competitivo, inclusive nos casos de socieda- des cooperativas, e estabeleçam preferências ou distinções em razão da naturalidade, da sede ou domicílio dos licitantes ou de qualquer outra circunstância impertinente ou irrelevante para o específico objeto do contrato, ressalvado o disposto nos §§ 5o a 12 deste artigo e no art. 3o da Lei no 8.248, de 23 de outubro de 1991; (Redação dada pela Lei nº 12.349, de 2010) II - estabelecer tratamento diferenciado de natureza co- mercial, legal, trabalhista, previdenciária ou qualquer outra, entre empresas brasileiras e estrangeiras, inclusive no que se refere a moeda, modalidade e local de pagamentos, mesmo quando envolvidos financiamentos de agências internacio- nais, ressalvado o disposto no parágrafo seguinte e no art. 3o da Lei no 8.248, de 23 de outubro de 1991. § 2o Em igualdade de condições, como critério de desem- pate, será assegurada preferência, sucessivamente, aos bens e serviços: I - (Revogado pela Lei nº 12.349, de 2010) II - produzidos no País; III - produzidos ou prestados por empresas brasileiras. IV - produzidos ou prestados por empresas que invis- tam em pesquisa e no desenvolvimento de tecnologia no País. (Incluído pela Lei nº 11.196, de 2005) V - produzidos ou prestados por empresas que compro- vem cumprimento de reserva de cargos prevista em lei para pessoa com deficiência ou para reabilitado da Previdência So- cial e que atendam às regras de acessibilidade previstas na le- gislação. (Incluído pela Lei nº 13.146, de 2015) (Vigência) § 3o A licitação não será sigilosa, sendo públicos e acessí- veis ao público os atos de seu procedimento, salvo quanto ao conteúdo das propostas, até a respectiva abertura. § 4º (Vetado). (Incluído pela Lei nº 8.883, de 1994) § 5o Nos processos de licitação, poderá ser estabelecida margem de preferência para: (Redação dada pela Lei nº 13.146, de 2015) (Vigência) I - produtos manufaturados e para serviços nacionais que atendam a normas técnicas brasileiras; e (Incluído pela Lei nº 13.146, de 2015) II - bens e serviços produzidos ou prestados por empre- sas que comprovem cumprimento de reserva de cargos pre- vista em lei para pessoa com deficiência ou para reabilitado da Previdência Social e que atendam às regras de acessibili- dade previstas na legislação. (Incluído pela Lei nº 13.146, de 2015) § 6o A margem de preferência de que trata o § 5o será estabelecida com base em estudos revistos periodicamente, em prazo não superior a 5 (cinco) anos, que levem em con- sideração: (Incluído pela Lei nº 12.349, de 2010) (Vide Decreto nº 7.546, de 2011) (Vide Decreto nº 7.709, de 2012) (Vide Decreto nº 7.713, de 2012) (Vide Decreto nº 7.756, de 2012) I - geração de emprego e renda; (Incluído pela Lei nº12.349, de 2010) II - efeito na arrecadação de tributos federais, estaduais e municipais; (Incluído pela Lei nº 12.349, de 2010) III - desenvolvimento e inovação tecnológica realizados no País; (Incluído pela Lei nº 12.349, de 2010) IV - custo adicional dos produtos e serviços; e (In- cluído pela Lei nº 12.349, de 2010) V - em suas revisões, análise retrospectiva de resulta- dos. (Incluído pela Lei nº 12.349, de 2010) § 7o Para os produtos manufaturados e serviços nacionais resultantes de desenvolvimento e inovação tecnológica reali- zados no País, poderá ser estabelecido margem de preferên- cia adicional àquela prevista no § 5o. (Incluído pela Lei nº 12.349, de 2010) (Vide Decreto nº 7.546, de 2011) 13 NOÇÕES DE SUSTENTABILIDADE § 8o As margens de preferência por produto, serviço, grupo de produtos ou grupo de serviços, a que se referem os §§ 5o e 7o, serão definidas pelo Poder Executivo federal, não podendo a soma delas ultrapassar o montante de 25% (vinte e cinco por cento) sobre o preço dos produtos ma- nufaturados e serviços estrangeiros. (Incluído pela Lei nº 12.349, de 2010) (Vide Decreto nº 7.546, de 2011) § 9o As disposições contidas nos §§ 5o e 7o deste artigo não se aplicam aos bens e aos serviços cuja capacidade de produção ou prestação no País seja inferior: (Incluído pela Lei nº 12.349, de 2010) (Vide Decreto nº 7.546, de 2011) I - à quantidade a ser adquirida ou contratada; ou (Incluído pela Lei nº 12.349, de 2010) II - ao quantitativo fixado com fundamento no § 7o do art. 23 desta Lei, quando for o caso. (Incluído pela Lei nº 12.349, de 2010) § 10. A margem de preferência a que se refere o § 5o poderá ser estendida, total ou parcialmente, aos bens e serviços originários dos Estados Partes do Mercado Co- mum do Sul - Mercosul. (Incluído pela Lei nº 12.349, de 2010) (Vide Decreto nº 7.546, de 2011) § 11. Os editais de licitação para a contratação de bens, serviços e obras poderão, mediante prévia justificativa da autoridade competente, exigir que o contratado promo- va, em favor de órgão ou entidade integrante da adminis- tração pública ou daqueles por ela indicados a partir de processo isonômico, medidas de compensação comercial, industrial, tecnológica ou acesso a condições vantajosas de financiamento, cumulativamente ou não, na forma estabe- lecida pelo Poder Executivo federal. (Incluído pela Lei nº 12.349, de 2010) (Vide Decreto nº 7.546, de 2011) § 12. Nas contratações destinadas à implantação, ma- nutenção e ao aperfeiçoamento dos sistemas de tecnolo- gia de informação e comunicação, considerados estratégi- cos em ato do Poder Executivo federal, a licitação poderá ser restrita a bens e serviços com tecnologia desenvolvida no País e produzidos de acordo com o processo produtivo básico de que trata a Lei no 10.176, de 11 de janeiro de 2001. (Incluído pela Lei nº 12.349, de 2010) (Vide De- creto nº 7.546, de 2011) § 13. Será divulgada na internet, a cada exercício finan- ceiro, a relação de empresas favorecidas em decorrência do disposto nos §§ 5o, 7o, 10, 11 e 12 deste artigo, com indicação do volume de recursos destinados a cada uma delas. (Incluído pela Lei nº 12.349, de 2010) § 14. As preferências definidas neste artigo e nas de- mais normas de licitação e contratos devem privilegiar o tratamento diferenciado e favorecido às microempresas e empresas de pequeno porte na forma da lei. (Incluído pela Lei Complementar nº 147, de 2014) § 15. As preferências dispostas neste artigo prevale- cem sobre as demais preferências previstas na legislação quando estas forem aplicadas sobre produtos ou serviços estrangeiros. (Incluído pela Lei Complementar nº 147, de 2014) DECRETO Nº 7.746/2012. DECRETO Nº 7.746, DE 5 DE JUNHO DE 2012 Regulamenta o art. 3o da Lei no 8.666, de 21 de junho de 1993, para estabelecer critérios, práticas e diretrizes para a promoção do desenvolvimento nacional sustentável nas contratações realizadas pela administração pública federal, e institui a Comissão Interministerial de Sustentabilidade na Administração Pública – CISAP. A PRESIDENTA DA REPÚBLICA, no uso das atribuições que lhe confere o art. 84, caput, incisos IV e VI, alínea “a”, da Constituição, e tendo em vista o disposto no art. 3o da Lei no 8.666, de 21 de junho de 1993, DECRETA: Art. 1o Este Decreto regulamenta o art. 3o da Lei no 8.666, de 21 de junho de 1993, para estabelecer critérios, práticas e diretrizes gerais para a promoção do desenvolvimento nacional sustentável por meio das contratações realizadas pela adminis- tração pública federal direta, autárquica e fundacional e pelas empresas estatais dependentes, e institui a Comissão Intermi- nisterial de Sustentabilidade na Administração Pública – CISAP. Art. 2o A administração pública federal direta, autárqui- ca e fundacional e as empresas estatais dependentes pode- rão adquirir bens e contratar serviços e obras considerando critérios e práticas de sustentabilidade objetivamente de- finidos no instrumento convocatório, conforme o disposto neste Decreto. Parágrafo Único. A adoção de critérios e práticas de sus- tentabilidade deverá ser justificada nos autos e preservar o caráter competitivo do certame. Art. 3o Os critérios e práticas de sustentabilidade de que trata o art. 2o serão veiculados como especificação técnica do objeto ou como obrigação da contratada. Parágrafo único. A CISAP poderá propor à Secretaria de Logística e Tecnologia da Informação do Ministério do Plane- jamento, Orçamento e Gestão o estabelecimento de outras formas de veiculação dos critérios e práticas de sustentabili- dade nas contratações. Art. 4o São diretrizes de sustentabilidade, entre outras: I – menor impacto sobre recursos naturais como flora, fauna, ar, solo e água; II – preferência para materiais, tecnologias e matérias-pri- mas de origem local; III – maior eficiência na utilização de recursos naturais como água e energia; IV – maior geração de empregos, preferencialmente com mão de obra local; V – maior vida útil e menor custo de manutenção do bem e da obra; VI – uso de inovações que reduzam a pressão sobre re- cursos naturais; e VII – origem ambientalmente regular dos recursos natu- rais utilizados nos bens, serviços e obras. 14 NOÇÕES DE SUSTENTABILIDADE Art. 5º A administração pública federal direta, autárquica e fundacional e as empresas estatais dependentes poderão exigir no instrumento convocatório para a aquisição de bens que estes sejam constituídos por material reciclado, atóxico ou biodegradável, entre outros critérios de sustentabilidade. Art. 6º As especificações e demais exigências do projeto básico ou executivo para contratação de obras e serviços de engenharia devem ser elaboradas, nos termos do art. 12 da Lei nº 8.666, de 1993, de modo a proporcionar a economia da manutenção e operacionalização da edificação e a redu- ção do consumo de energia e água, por meio de tecnologias, práticas e materiais que reduzam o impacto ambiental. Art. 7o O instrumento convocatório poderá prever que o contratado adote práticas de sustentabilidade na execução dos serviços contratados e critérios de sustentabilidade no fornecimento dos bens. Art. 8o A comprovação das exigências contidas no instru- mento convocatório poderá ser feita mediante certificação emitida por instituição pública oficial ou instituição creden- ciada, ou por qualquer outro meio definido no instrumento convocatório. § 1o Em caso de inexistência da certificação referida no caput, o instrumento convocatório estabelecerá que, após a seleção da proposta e antes da adjudicação do ob- jeto, o contratante poderá realizar diligências para verificar a adequaçãodo bem ou serviço às exigências do instrumento convocatório. § 2o Caso o bem ou serviço seja considerado inadequa- do em relação às exigências do instrumento convocatório, o contratante deverá apresentar razões técnicas, assegurado o direito de manifestação do licitante vencedor. Art. 9o Fica instituída a Comissão Interministerial de Sus- tentabilidade na Administração Pública – CISAP, de natureza consultiva e caráter permanente, vinculada à Secretaria de Logística e Tecnologia da Informação, com a finalidade de propor a implementação de critérios, práticas e ações de lo- gística sustentável no âmbito da administração pública fede- ral direta, autárquica e fundacional e das empresas estatais dependentes. Art. 10. A CISAP será composta por: I – dois representantes do Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão, sendo: a) um representante da Secretaria de Logística e Tecnolo- gia da Informação, que a presidirá; e b) um representante da Secretaria de Orçamento Federal; II – um representante do Ministério do Meio Ambiente, que exercerá a vice-presidência; III – um representante da Casa Civil da Presidência da República; IV – um representante do Ministério de Minas e Energia; V – um representante do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior; VI – um representante do Ministério da Ciência, Tecnolo- gia e Inovação; VII – um representante do Ministério da Fazenda; e VIII – um representante da Controladoria-Geral da União. § 1o Os membros titulares da CISAP deverão ocupar car- go de Secretário, Diretor ou cargos equivalentes no órgão que representam, possuindo cada um deles um suplente. § 2o Os representantes, titulares e suplentes, dos órgãos refe- ridos nos incisos II a VIII do caput serão designados, no prazo de trinta dias contado da data de publicação deste Decreto, por ato do Ministro de Estado do Planejamento, Orçamento e Gestão. Art. 11. Compete à CISAP: I – propor à Secretaria de Logística e Tecnologia da In- formação: a) normas para elaboração de ações de logística sustentável; b) regras para a elaboração dos Planos de Gestão de Lo- gística Sustentável, de que trata o art. 16, no prazo de noven- ta dias a partir da instituição da CISAP; c) planos de incentivos para órgãos e entidades que se destacarem na execução de seus Planos de Gestão de Logís- tica Sustentável; d) critérios e práticas de sustentabilidade nas aquisições, contratações, utilização dos recursos públicos, desfazimento e descarte; e) estratégias de sensibilização e capacitação de servi- dores para a correta utilização dos recursos públicos e para a execução da gestão logística de forma sustentável; f) cronograma para a implantação de sistema integrado de informações para acompanhar a execução das ações de sustentabilidade; e g) ações para a divulgação das práticas de sustentabilidade; e II – elaborar seu regimento interno. Art. 12. A CISAP poderá constituir Grupo de Apoio Téc- nico, formado por técnicos indicados pelos órgãos referidos no art. 10, com o objetivo de assessorá-la no desempenho de suas funções, nos termos do seu regimento interno. Art. 13. Poderão ser convidados a participar das reuniões da CISAP especialistas, pesquisadores e representantes de órgãos e entidades públicas ou privadas. Art. 14. A participação na CISAP é considerada prestação de serviço público relevante, não remunerada. Art. 15. Compete à Secretaria de Logística e Tecnologia da Informação, como órgão central do Sistema de Serviços Gerais – SISG, expedir normas complementares sobre crité- rios e práticas de sustentabilidade, a partir das proposições da CISAP. § 1o As proposições da CISAP serão avaliadas com base nas diretrizes gerais de logística e compras da administração pública federal. § 2o A Secretaria de Logística e Tecnologia da Informação exercerá a função de Secretaria-Executiva da CISAP. Art. 16. A administração pública federal direta, autárquica e fundacional e as empresas estatais dependentes deverão elaborar e implementar Planos de Gestão de Logística Sus- tentável, no prazo estipulado pela Secretaria de Logística e Tecnologia da Informação, prevendo, no mínimo: 15 NOÇÕES DE SUSTENTABILIDADE I – atualização do inventário de bens e materiais do ór- gão e identificação de similares de menor impacto ambiental para substituição; II – práticas de sustentabilidade e de racionalização do uso de materiais e serviços; III – responsabilidades, metodologia de implementação e avaliação do plano; e IV – ações de divulgação, conscientização e capacitação. Art. 17. Este Decreto entra em vigor na data de sua pu- blicação. Brasília, 5 de junho de 2012; 191o da Independência e 124o da República. POLÍTICA NACIONAL SOBRE MUDANÇAS DO CLIMA (LEI Nº 12.187/2009). LEI Nº 12.187, DE 29 DE DEZEMBRO DE 2009. Institui a Política Nacional sobre Mudança do Clima - PNMC e dá outras providências. O PRESIDENTE DA REPÚBLICA Faço saber que o Con- gresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei: Art. 1o Esta Lei institui a Política Nacional sobre Mu- dança do Clima - PNMC e estabelece seus princípios, obje- tivos, diretrizes e instrumentos. Art 2o Para os fins previstos nesta Lei, entende-se por: I - adaptação: iniciativas e medidas para reduzir a vul- nerabilidade dos sistemas naturais e humanos frente aos efeitos atuais e esperados da mudança do clima; II - efeitos adversos da mudança do clima: mudanças no meio físico ou biota resultantes da mudança do clima que tenham efeitos deletérios significativos sobre a com- posição, resiliência ou produtividade de ecossistemas na- turais e manejados, sobre o funcionamento de sistemas so- cioeconômicos ou sobre a saúde e o bem-estar humanos; III - emissões: liberação de gases de efeito estufa ou seus precursores na atmosfera numa área específica e num período determinado; IV - fonte: processo ou atividade que libere na atmos- fera gás de efeito estufa, aerossol ou precursor de gás de efeito estufa; V - gases de efeito estufa: constituintes gasosos, natu- rais ou antrópicos, que, na atmosfera, absorvem e reemi- tem radiação infravermelha; VI - impacto: os efeitos da mudança do clima nos siste- mas humanos e naturais; VII - mitigação: mudanças e substituições tecnológicas que reduzam o uso de recursos e as emissões por unidade de produção, bem como a implementação de medidas que reduzam as emissões de gases de efeito estufa e aumen- tem os sumidouros; VIII - mudança do clima: mudança de clima que possa ser direta ou indiretamente atribuída à atividade humana que altere a composição da atmosfera mundial e que se some àquela provocada pela variabilidade climática natural obser- vada ao longo de períodos comparáveis; IX - sumidouro: processo, atividade ou mecanismo que remova da atmosfera gás de efeito estufa, aerossol ou pre- cursor de gás de efeito estufa; e X - vulnerabilidade: grau de suscetibilidade e incapaci- dade de um sistema, em função de sua sensibilidade, capa- cidade de adaptação, e do caráter, magnitude e taxa de mu- dança e variação do clima a que está exposto, de lidar com os efeitos adversos da mudança do clima, entre os quais a variabilidade climática e os eventos extremos. Art. 3o A PNMC e as ações dela decorrentes, executadas sob a responsabilidade dos entes políticos e dos órgãos da ad- ministração pública, observarão os princípios da precaução, da prevenção, da participação cidadã, do desenvolvimento susten- tável e o das responsabilidades comuns, porém diferenciadas, este último no âmbito internacional, e, quanto às medidas a serem adotadas na sua execução, será considerado o seguinte: I - todos têm o dever de atuar, em benefício das presentes e futuras gerações, para a redução dos impactos decorrentes das interferências antrópicas sobre o sistema climático;II - serão tomadas medidas para prever, evitar ou minimi- zar as causas identificadas da mudança climática com origem antrópica no território nacional, sobre as quais haja razoável consenso por parte dos meios científicos e técnicos ocupa- dos no estudo dos fenômenos envolvidos; III - as medidas tomadas devem levar em consideração os diferentes contextos socioeconomicos de sua aplicação, distribuir os ônus e encargos decorrentes entre os setores econômicos e as populações e comunidades interessadas de modo equitativo e equilibrado e sopesar as responsabilida- des individuais quanto à origem das fontes emissoras e dos efeitos ocasionados sobre o clima; IV - o desenvolvimento sustentável é a condição para en- frentar as alterações climáticas e conciliar o atendimento às necessidades comuns e particulares das populações e comu- nidades que vivem no território nacional; V - as ações de âmbito nacional para o enfrentamento das alterações climáticas, atuais, presentes e futuras, devem considerar e integrar as ações promovidas no âmbito esta- dual e municipal por entidades públicas e privadas; VI – (VETADO) Art. 4o A Política Nacional sobre Mudança do Clima - PNMC visará: I - à compatibilização do desenvolvimento econômico- social com a proteção do sistema climático; II - à redução das emissões antrópicas de gases de efeito estufa em relação às suas diferentes fontes; III – (VETADO); IV - ao fortalecimento das remoções antrópicas por su- midouros de gases de efeito estufa no território nacional; V - à implementação de medidas para promover a adap- tação à mudança do clima pelas 3 (três) esferas da Federação, com a participação e a colaboração dos agentes econômicos e sociais interessados ou beneficiários, em particular aqueles especialmente vulneráveis aos seus efeitos adversos; 16 NOÇÕES DE SUSTENTABILIDADE VI - à preservação, à conservação e à recuperação dos recursos ambientais, com particular atenção aos grandes bio- mas naturais tidos como Patrimônio Nacional; VII - à consolidação e à expansão das áreas legalmente protegidas e ao incentivo aos reflorestamentos e à recompo- sição da cobertura vegetal em áreas degradadas; VIII - ao estímulo ao desenvolvimento do Mercado Brasi- leiro de Redução de Emissões - MBRE. Parágrafo único. Os objetivos da Política Nacional sobre Mudança do Clima deverão estar em consonância com o desenvolvimento sustentável a fim de buscar o crescimento econômico, a erradicação da pobreza e a redução das desi- gualdades sociais. Art. 5o São diretrizes da Política Nacional sobre Mudança do Clima: I - os compromissos assumidos pelo Brasil na Conven- ção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudança do Clima, no Protocolo de Quioto e nos demais documentos sobre mu- dança do clima dos quais vier a ser signatário; II - as ações de mitigação da mudança do clima em con- sonância com o desenvolvimento sustentável, que sejam, sempre que possível, mensuráveis para sua adequada quan- tificação e verificação a posteriori; III - as medidas de adaptação para reduzir os efeitos ad- versos da mudança do clima e a vulnerabilidade dos sistemas ambiental, social e econômico; IV - as estratégias integradas de mitigação e adaptação à mudança do clima nos âmbitos local, regional e nacional; V - o estímulo e o apoio à participação dos governos federal, estadual, distrital e municipal, assim como do setor produtivo, do meio acadêmico e da sociedade civil organiza- da, no desenvolvimento e na execução de políticas, planos, programas e ações relacionados à mudança do clima; VI - a promoção e o desenvolvimento de pesquisas cien- tífico-tecnológicas, e a difusão de tecnologias, processos e práticas orientados a: a) mitigar a mudança do clima por meio da redução de emissões antrópicas por fontes e do fortalecimento das re- moções antrópicas por sumidouros de gases de efeito estufa; b) reduzir as incertezas nas projeções nacionais e regio- nais futuras da mudança do clima; c) identificar vulnerabilidades e adotar medidas de adap- tação adequadas; VII - a utilização de instrumentos financeiros e econômi- cos para promover ações de mitigação e adaptação à mu- dança do clima, observado o disposto no art. 6o; VIII - a identificação, e sua articulação com a Política prevista nesta Lei, de instrumentos de ação governamental já estabelecidos aptos a contribuir para proteger o sistema climático; IX - o apoio e o fomento às atividades que efetivamente reduzam as emissões ou promovam as remoções por sumi- douros de gases de efeito estufa; X - a promoção da cooperação internacional no âmbi- to bilateral, regional e multilateral para o financiamento, a capacitação, o desenvolvimento, a transferência e a difusão de tecnologias e processos para a implementação de ações de mitigação e adaptação, incluindo a pesquisa científica, a observação sistemática e o intercâmbio de informações; XI - o aperfeiçoamento da observação sistemática e pre- cisa do clima e suas manifestações no território nacional e nas áreas oceânicas contíguas; XII - a promoção da disseminação de informações, a educação, a capacitação e a conscientização pública sobre mudança do clima; XIII - o estímulo e o apoio à manutenção e à promoção: a) de práticas, atividades e tecnologias de baixas emis- sões de gases de efeito estufa; b) de padrões sustentáveis de produção e consumo. Art. 6o São instrumentos da Política Nacional sobre Mu- dança do Clima: (Regulamento) I - o Plano Nacional sobre Mudança do Clima; II - o Fundo Nacional sobre Mudança do Clima; III - os Planos de Ação para a Prevenção e Controle do Desmatamento nos biomas; IV - a Comunicação Nacional do Brasil à Convenção- Quadro das Nações Unidas sobre Mudança do Clima, de acordo com os critérios estabelecidos por essa Convenção e por suas Conferências das Partes; V - as resoluções da Comissão Interministerial de Mu- dança Global do Clima; VI - as medidas fiscais e tributárias destinadas a estimu- lar a redução das emissões e remoção de gases de efeito estufa, incluindo alíquotas diferenciadas, isenções, compen- sações e incentivos, a serem estabelecidos em lei específica; VII - as linhas de crédito e financiamento específicas de agentes financeiros públicos e privados; VIII - o desenvolvimento de linhas de pesquisa por agências de fomento; IX - as dotações específicas para ações em mudança do clima no orçamento da União; X - os mecanismos financeiros e econômicos referentes à mitigação da mudança do clima e à adaptação aos efeitos da mudança do clima que existam no âmbito da Convenção- Quadro das Nações Unidas sobre Mudança do Clima e do Protocolo de Quioto; XI - os mecanismos financeiros e econômicos, no âmbi- to nacional, referentes à mitigação e à adaptação à mudança do clima; XII - as medidas existentes, ou a serem criadas, que esti- mulem o desenvolvimento de processos e tecnologias, que contribuam para a redução de emissões e remoções de ga- ses de efeito estufa, bem como para a adaptação, dentre as quais o estabelecimento de critérios de preferência nas licitações e concorrências públicas, compreendidas aí as par- cerias público-privadas e a autorização, permissão, outorga e concessão para exploração de serviços públicos e recursos naturais, para as propostas que propiciem maior economia de energia, água e outros recursos naturais e redução da emissão de gases de efeito estufa e de resíduos; XIII - os registros, inventários, estimativas, avaliações e quaisquer outros estudos de emissões de gases de efeito es- tufa e de suas fontes, elaborados com base em informações e dados fornecidos por entidades públicas e privadas; XIV - as medidas de divulgação, educação e conscien- tização; XV - o monitoramento climático nacional; XVI - os indicadores de sustentabilidade; 17 NOÇÕESDE SUSTENTABILIDADE XVII - o estabelecimento de padrões ambientais e de metas, quantificáveis e verificáveis, para a redução de emis- sões antrópicas por fontes e para as remoções antrópicas por sumidouros de gases de efeito estufa; XVIII - a avaliação de impactos ambientais sobre o mi- croclima e o macroclima. Art. 7o Os instrumentos institucionais para a atuação da Política Nacional de Mudança do Clima incluem: I - o Comitê Interministerial sobre Mudança do Clima; II - a Comissão Interministerial de Mudança Global do Clima; III - o Fórum Brasileiro de Mudança do Clima; IV - a Rede Brasileira de Pesquisas sobre Mudanças Cli- máticas Globais - Rede Clima; V - a Comissão de Coordenação das Atividades de Me- teorologia, Climatologia e Hidrologia. Art. 8o As instituições financeiras oficiais disponibili- zarão linhas de crédito e financiamento específicas para desenvolver ações e atividades que atendam aos objetivos desta Lei e voltadas para induzir a conduta dos agentes privados à observância e execução da PNMC, no âmbito de suas ações e responsabilidades sociais. Art. 9o O Mercado Brasileiro de Redução de Emissões - MBRE será operacionalizado em bolsas de mercadorias e futuros, bolsas de valores e entidades de balcão orga- nizado, autorizadas pela Comissão de Valores Mobiliários - CVM, onde se dará a negociação de títulos mobiliários representativos de emissões de gases de efeito estufa evi- tadas certificadas. Art. 10. (VETADO) Art. 11. Os princípios, objetivos, diretrizes e instru- mentos das políticas públicas e programas governamentais deverão compatibilizar-se com os princípios, objetivos, di- retrizes e instrumentos desta Política Nacional sobre Mu- dança do Clima. (Regulamento) Parágrafo único. Decreto do Poder Executivo esta- belecerá, em consonância com a Política Nacional sobre Mudança do Clima, os Planos setoriais de mitigação e de adaptação às mudanças climáticas visando à consolidação de uma economia de baixo consumo de carbono, na gera- ção e distribuição de energia elétrica, no transporte público urbano e nos sistemas modais de transporte interestadual de cargas e passageiros, na indústria de transformação e na de bens de consumo duráveis, nas indústrias químicas fina e de base, na indústria de papel e celulose, na mineração, na indústria da construção civil, nos serviços de saúde e na agropecuária, com vistas em atender metas gradativas de redução de emissões antrópicas quantificáveis e verificá- veis, considerando as especificidades de cada setor, inclu- sive por meio do Mecanismo de Desenvolvimento Limpo - MDL e das Ações de Mitigação Nacionalmente Apropria- das - NAMAs. Art. 12. Para alcançar os objetivos da PNMC, o País ado- tará, como compromisso nacional voluntário, ações de mi- tigação das emissões de gases de efeito estufa, com vistas em reduzir entre 36,1% (trinta e seis inteiros e um décimo por cento) e 38,9% (trinta e oito inteiros e nove décimos por cento) suas emissões projetadas até 2020. (Regulamento) Parágrafo único. A projeção das emissões para 2020 as- sim como o detalhamento das ações para alcançar o objetivo expresso no caput serão dispostos por decreto, tendo por base o segundo Inventário Brasileiro de Emissões e Remo- ções Antrópicas de Gases de Efeito Estufa não Controlados pelo Protocolo de Montreal, a ser concluído em 2010. Art. 13. Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação. Brasília, 29 de dezembro de 2009; 188o da Independên- cia e 121o da República. POLÍTICA NACIONAL DE RESÍDUOS SÓLIDOS (LEI Nº 12.305/2010). LEI Nº 12.305, DE 2 DE AGOSTO DE 2010. Institui a Política Nacional de Resíduos Sólidos; altera a Lei no 9.605, de 12 de fevereiro de 1998; e dá outras provi- dências. O PRESIDENTE DA REPÚBLICA Faço saber que o Con- gresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei: TÍTULO I DISPOSIÇÕES GERAIS CAPÍTULO I DO OBJETO E DO CAMPO DE APLICAÇÃO Art. 1o Esta Lei institui a Política Nacional de Resíduos Sólidos, dispondo sobre seus princípios, objetivos e instru- mentos, bem como sobre as diretrizes relativas à gestão in- tegrada e ao gerenciamento de resíduos sólidos, incluídos os perigosos, às responsabilidades dos geradores e do po- der público e aos instrumentos econômicos aplicáveis. § 1o Estão sujeitas à observância desta Lei as pessoas físicas ou jurídicas, de direito público ou privado, respon- sáveis, direta ou indiretamente, pela geração de resíduos sólidos e as que desenvolvam ações relacionadas à gestão integrada ou ao gerenciamento de resíduos sólidos. § 2o Esta Lei não se aplica aos rejeitos radioativos, que são regulados por legislação específica. Art. 2o Aplicam-se aos resíduos sólidos, além do dis- posto nesta Lei, nas Leis nos 11.445, de 5 de janeiro de 2007, 9.974, de 6 de junho de 2000, e 9.966, de 28 de abril de 2000, as normas estabelecidas pelos órgãos do Sistema Na- cional do Meio Ambiente (Sisnama), do Sistema Nacional de Vigilância Sanitária (SNVS), do Sistema Unificado de Atenção à Sanidade Agropecuária (Suasa) e do Sistema Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial (Sinmetro). 18 NOÇÕES DE SUSTENTABILIDADE CAPÍTULO II DEFINIÇÕES Art. 3o Para os efeitos desta Lei, entende-se por: I - acordo setorial: ato de natureza contratual firmado entre o poder público e fabricantes, importadores, distribui- dores ou comerciantes, tendo em vista a implantação da res- ponsabilidade compartilhada pelo ciclo de vida do produto; II - área contaminada: local onde há contaminação causada pela disposição, regular ou irregular, de quaisquer substâncias ou resíduos; III - área órfã contaminada: área contaminada cujos res- ponsáveis pela disposição não sejam identificáveis ou indi- vidualizáveis; IV - ciclo de vida do produto: série de etapas que envol- vem o desenvolvimento do produto, a obtenção de maté- rias-primas e insumos, o processo produtivo, o consumo e a disposição final; V - coleta seletiva: coleta de resíduos sólidos previamen- te segregados conforme sua constituição ou composição; VI - controle social: conjunto de mecanismos e procedi- mentos que garantam à sociedade informações e participa- ção nos processos de formulação, implementação e avalia- ção das políticas públicas relacionadas aos resíduos sólidos; VII - destinação final ambientalmente adequada: desti- nação de resíduos que inclui a reutilização, a reciclagem, a compostagem, a recuperação e o aproveitamento energéti- co ou outras destinações admitidas pelos órgãos competen- tes do Sisnama, do SNVS e do Suasa, entre elas a disposição final, observando normas operacionais específicas de modo a evitar danos ou riscos à saúde pública e à segurança e a minimizar os impactos ambientais adversos; VIII - disposição final ambientalmente adequada: distri- buição ordenada de rejeitos em aterros, observando normas operacionais específicas de modo a evitar danos ou riscos à saúde pública e à segurança e a minimizar os impactos ambientais adversos; IX - geradores de resíduos sólidos: pessoas físicas ou ju- rídicas, de direito público ou privado, que geram resíduos sólidos por meio de suas atividades, nelas incluído o con- sumo; X - gerenciamento de resíduos sólidos: conjunto de ações exercidas, direta ou indiretamente, nas etapas de cole- ta, transporte, transbordo, tratamento e destinação final am- bientalmente adequada dos resíduos sólidos e disposição final ambientalmente adequada dos rejeitos, de acordo com plano municipal de gestão integrada de resíduos sólidos ou com plano de gerenciamento de resíduos sólidos, exigidos na forma desta Lei; XI - gestão integrada de resíduos sólidos: conjunto de ações voltadas para a busca de soluções para os resíduos sólidos, de forma a considerar as dimensões política, econô- mica, ambiental, cultural
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